universidade federal da bahia – ufba instituto de saúde

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – UFBA
INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA: CONCENTRAÇÃO
EM GESTÃO DA ATENÇÃO BÁSICA
ISABELLA PEREIRA ROSA DE CASTRO
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: CONTRIBUIÇÃO DA ATENÇÃO
BÁSICA PARA PREVENÇÃO E ATENDIMENTO PRECOCE
Salvador
2014
ISABELLA PEREIRA ROSA DE CASTRO
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: CONTRIBUIÇÃO DA ATENÇÃO
BÁSICA PARA PREVENÇÃO E ATENDIMENTO PRECOCE
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Instituto de
Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia, como
requisito parcial para obtenção do título de especialista, através
do Curso de Especialização em Saúde Coletiva: concentração
em Gestão da atenção Básica,.
Linha de pesquisa: Análise de situação de saúde
Orientadora: Dra. Gesilda Meira Lessa
Salvador
2014
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................
03
2. METODOLOGIA ................................................................................................ 06
3. RESULTADOS .................................................................................................... 09
4. DISCUSSÃO ......................................................................................................... 11
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 13
6. REFERÊNCIAS
7.
................................................................................................ 14
APÊNDICE -A ..................................................................................................... 17
1.
INTRODUÇÃO
O estudo trata da importância da gestão da atenção básica como orientadora
para prevenção e atendimento precoce do Acidente Vascular Cerebral (AVC). A escolha
desse tema foi se conformando durante a especialização em Gestão da Atenção Básica,
no Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia e sua definição
ocorreu a partir da prática em serviço de atenção terciária, na reflexão sobre o impacto
da atenção básica na vida dos pacientes.
A observação empírica indicou, em Unidade de Referência de AVC (UAVC),
no município de Salvador, o fato de que muitos pacientes internados apresentavam
fatores de risco que não eram controlados previamente ao AVC, desta forma
interferindo diretamente na prevalência da doença.
Nesse contexto, ganha destaque a percepção de que os níveis de saúde estão
interligados, e que as ações de educação e prevenção na atenção primária vão interferir
nos outros níveis de atenção.
O AVC pode ser definido como um déficit neurológico focal súbito, de origem
vascular e cujos sintomas duram por mais de 24 horas (MAZZOLA, 2007). Cerca de
80% dos casos são de origem isquêmica onde há uma obstrução do fluxo sanguíneo
arterial, e os outros 20% de origem hemorrágica, caracterizado por um sangramento
anormal no parênquima cerebral (FIGUERÔA, 2007).
O AVC é a principal causa de internações, mortalidade e deficiências na
população brasileira, superando as doenças cardíacas e o câncer que são as duas
primeiras causas de morte nos países industrializados (FONSECA, 2007). De acordo
com o DATASUS 2011, no período de 2000 a 2011, 1.351.030 milhões de pacientes
foram internados no país devido à ocorrência de acidentes vasculares, representando um
gasto de aproximadamente um bilhão de reais para o governo federal. No mesmo
3
período, no estado da Bahia, foram registrados 102.852 casos de internação por
acidentes vasculares, gerando um custo de cerca de 50 milhões de reais para o governo
estadual. Ao analisar a cidade de Salvador, entre os anos de 2000 e 2011, observa-se
que foram notificados 8167 casos de internação por acidentes vasculares.
Aproximadamente 80% das vítimas de AVC sobrevivem à fase aguda e destes
sobreviventes, 50 a 75% permanecem com algum grau de incapacidade crônica
(BRASIL, 2011).
O quadro clínico após o AVC depende principalmente da extensão e
localização da lesão. Dessa forma, o paciente poderá apresentar déficits motores,
cognitivos, sensoriais, emocionais, perceptuais, além de distúrbios de linguagem e
alterações esfincterianas. A hemiplegia/paresia se caracteriza como principal sequela do
AVC e a que mais se relacionada com a incapacitação física, exercendo grande
influência sobre a capacidade funcional dos indivíduos (COSTA, 2011; CECATTO,
2010).
Classicamente os fatores de risco dividem-se em fatores de risco não
modificáveis (idade, sexo, raça e história familiar) e fatores de risco modificáveis
(Hipertensão Arterial Sistêmica - HAS, colesterol, tabaco, inatividade física, obesidade
e alcoolismo). Os fatores de risco modificáveis são considerados os mais importantes na
prevenção da doença cerebrovascular. (SILVA, 2004)
Segundo o Caderno de Atenção Básica (BRASIL. 2006), dos fatores
potencialmente controláveis para evitar um AVC, a HAS é crítica do ponto de vista de
saúde pública. No Brasil dados apontam a HAS para uma prevalência alta. Estima-se
que mais de 15 milhões de brasileiros têm HAS, sendo aproximadamente 12.410.753
usuários do SUS. Mais de 1/3 desconhecem a doença e menos de 1/3 dos hipertensos
com diagnóstico apresentam níveis adequados de pressão arterial com tratamento
proposto.
A viabilidade do tratamento eficaz dos pacientes com AVC depende
diretamente do conhecimento dos seus sinais e sintomas pela população, da agilidade
dos serviços de emergência, incluindo os serviços de atendimento pré-hospitalar, e das
equipes clínicas, que deverão estar conscientizadas quanto à necessidade da rápida
identificação e tratamento (MACHADO, 2011).
De acordo com o manual de rotinas para atenção ao AVC (BRASIL, 2013):
4
Os modelos assistências de cuidado integral ao paciente
com AVC agudos prevêem a inclusão de diversos setores
de assistência à saúde, distribuídos em padrão reticular,
com fluxos pré-definidos. Dentro deste conceito devem
estar previstas a educação populacional, a atenção
primária,
os
serviços
de
urgência/emergência
(hospitalares, componentes fixos e móveis), as Unidades
de AVC, a reabilitação, cuidados médicos ambulatoriais
pós-ictus e a reintegração social.
Porém percebe-se na atenção à saúde dos pacientes com AVC, maior
investimento nos setores para atendimento pós-AVC, com ênfase no tratamento e
reabilitação, não dando à devida importância as estratégias de educação e prevenção da
doença, que deveriam ser desenvolvidas principalmente na atenção básica e nas
populações em geral.
O AVC trata-se de uma emergência médica que pode ser evitada através de
medidas preventivas de controle dos fatores de risco e o sucesso do tratamento durante a
fase aguda se inicia com a identificação, pelo público e profissionais da saúde, dos
principais sinais e sintomas de alerta.
A Portaria MS/GM nº 665, de 12 de abril de 2012, institui a linha do cuidado
do AVC como parte integrante da Rede de Atenção às Urgências e Emergências.
Esperamos com este trabalho privilegiar um olhar também para a Rede de Atenção
Básica, como parte de estratégias que dêem conta das necessidades específicas do
cuidado ao AVC.
Partimos do pressuposto de que a gestão da Atenção Básica precisa estar ciente
da necessidade da promoção de ações educativas sobre os fatores de risco, sinais de
alerta e a urgência do tratamento do AVC, na população e entre os profissionais de
saúde, visando à redução de internações e o fortalecimento dessa Linha de Cuidado.
Desta forma, tendo a Atenção Básica, como porta de entrada do sistema e
facilitadora da reorganização da rede de atenção à saúde no SUS, o estudo busca
respostas para o seguinte problema: Como a gestão na Atenção Básica pode contribuir
para o melhor prognóstico em casos de AVC de sua população?
Para alcançarmos respostas, para a pergunta direcionadora do estudo,
procedemos a uma busca, na literatura estudada, de possibilidades de ações gestoras,
voltadas para a promoção da saúde e prevenção do AVC, em unidades de atenção da
Rede Básica do SUS.
5
O estudo apresenta como objetivo geral: descrever, a partir do conhecimento
científico disponível, como a gestão na Atenção Básica pode contribuir para a
prevenção e melhor prognóstico em casos de AVC. Em sua operacionalização tomamos
como objetivos específicos: levantar possibilidades de ações de saúde voltadas para a
prevenção e informação do AVC diante da população, na rede básica de saúde; e,
analisar ações gestoras impulsionadoras da prevenção e reconhecimento do AVC, na
rede básica de saúde.
Destacamos, nos resultados do presente estudo, a possibilidade do controle da
HAS, incentivo a hábitos de vida saudáveis e educação da população, como estratégia
gestora da Atenção Básica na prevenção, facilitando o atendimento nas demais unidades
da linha de cuidado e níveis de atenção à saúde
.
2. METODOLOGIA
A pesquisa procedeu através da observação empírica, em uma unidade de
saúde para pacientes com AVC no município de Salvador, do baixo controle dos fatores
de risco e de informação sobre AVC pelos pacientes internados.
A escolha do tipo de pesquisa objetivou o caráter exploratório da pesquisa,
buscando uma abordagem do fenômeno pelo levantamento de informações sobre o tema
proposto.
Trata-se de uma revisão de literatura onde foi adotada a metodologia de
pesquisa bibliográfica feita a partir do levantamento de referências teóricas já
analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos
científicos, páginas de web sites.
O instrumento de pesquisa enquadra-se como qualitativa por ter partido da
observação, descrição, compreensão e significado do tema proposto tendo como
principal objetivo a interpretação do fenômeno.
A coleta de dados seguiu as seguintes etapas:

Leitura Exploratória de todo o material selecionado (leitura rápida que
objetiva verificar se a obra consultada é de interesse para o trabalho).
6

Leitura Seletiva com um maior aprofundamento das partes que
realmente interessam e por fim registro das informações extraídas das
fontes em instrumento específico.

Leitura analítica, para análise e interpretação dos resultados, com a
finalidade de ordenar e sumariar as informações contidas nas fontes, de
forma que estas possibilitem a obtenção de respostas ao problema da
pesquisa.
Na leitura Exploratória foram analisados 28 artigos baseando-se nos
descritores: AVC, atenção básica, prevenção, fatores de risco, programa saúde da
família e epidemiologia. Em seguida foram selecionados 16 artigos para uma leitura
seletiva e por fim, para análise do tema proposto foram coletados 07 artigos científicos
voltados especificamente sobre a temática gestão da atenção básica diante do AVC.
(QUADRO 1)
QUADRO 1 - Descrição dos artigos analisados. Salvador, fevereiro, 2014.
Autor
Ano
ARAUJO.J
2007
Base de
Dados
Scielo
XAVIER.A
2008
Scielo
PEREIRA.A
2009
Scielo
MOREIRA.
2010
Scielo
BARBOS A.M
et al
GAGLIARD. R.
SILVA. F.
2009
BVS
2009
2004
Scielo
Scielo
Descritores específicos dos artigos selecionados
Hipertensão,
prevenção
e
controle.
Hipertensão,
enfermagem. Fatores de risco. Programa Saúde da Família
Atenção Primária em Saúde, Estratégia de Saúde da
Família, Geriatria, Avaliação em Saúde.
Acidente Vascular Cerebral, Programa Saúde da Família,
idoso
Hipertensão, Diabetes Mellitus, doença cardiovascular,
fatores de risco, atenção primária á saúde.
Acidente vascular encefálico, fatores de rico, hipertensão
arterial sistêmica.
Hipertensão Arterial, Acidente Vascular Cerebral
Acidente Vascular, fatores de risco, hipertensão, lipídios,
ACE inibidor, antiagregação plaquetária.
Fonte: Dados da Pesquisa.
Os sete artigos selecionados foram publicados nos últimos dez anos (2004 2011) e submetidos a uma leitura seletiva, em seguida através de matriz de
sistematização de artigos, foi elaborado quadro com dados contendo ano e titulo do
artigo, objetivos, metodologia, principais resultados e conclusões (APÊNDICE A).
Os materiais coletados nos artigos foram analisados, em paralelo à leitura de
publicações do Ministério da Saúde relativa aos programas de saúde sobre o paciente
com AVC, focados na atenção e gestão da atenção básica (QUADRO 2).
7
QUADRO 2 - Descrição das referências do Ministério da Saúde do Brasil incluídas na revisão.
Salvador, fevereiro, 2014.
Ano
2013
2013
Título
Manual de rotinas para atenção ao AVC
Manual Instrutivo da Rede de Atenção às Urgências e Emergências no Sistema único de
Saúde ( SUS)
2012 Linha de Saúde ao infarto acidente vascular cerebral / Portaria MS/GM 2.994, de 12 de
abril de 2012
2011 Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não
Transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011- 2022
2006 Cadernos de Atenção Básica –Prevenção Clinica de doença Cardiovascular,
Cerebrovascular e Renal Crônica
Fonte: Dados da Pesquisa.
Finalizando, na análise propriamente dita, os resultados levantados nos textos,
dialeticamente interpretados, conforme destacado por Minayo, 2002 apud Azevedo,
2004, p. 132,
Sendo assim, a orientação dialética de qualquer análise diz que
é fundamental realizar a crítica das idéias expostas nos produtos
sociais (discursos, textos, instituições, monumentos) buscando,
na sua especificidade histórica, a cumplicidade com seu tempo e
nas diferenciações internas, sua contribuição à vida, ao
conhecimento e às transformações.
Nesse processo de “desvelar” da visão gestora nesse processo, tomamos como
base uma triangulação entre os resultados clínicos, ações gestores e propostas da
Política de Saúde, na busca de ações gestoras para o enfrentamento dos problemas
identificados no estudo.
8
3.
RESULTADOS
Os textos analisados traziam informações referentes à atuação da Atenção
Básica como orientadora e provocadora da prevenção do AVC, assim como o impacto
que esta atenção pode provocar na condição de saúde da população.
A Portaria nº 665, de 12 de abril de 2012, considera a necessidade de uma
integração no âmbito do SUS para reduzir a ocorrência de doenças cerebrovasculares.
Para isso é importante estruturar as Redes de Atenção à Saúde e de se estabelecer uma
Linha de cuidados para o atendimento de doentes de AVC e diretrizes nacionais para o
diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos indivíduos com esta doença.
A linha de cuidado do AVC dispõe sobre os critérios de habilitação, os
estabelecimentos hospitalares como centros de atendimento de urgência aos pacientes
com AVC no âmbito do SUS e institui o respectivo incentivo financeiro para o
funcionamento destes serviços (BRASIL, 2013).
O manual de rotinas para atenção ao AVC traz um protocolo de Atendimento
Pré – Hospitalar do AVC. Este protocolo orienta a regulação médica para o
encaminhamento do tratamento do AVC com menos de 4,5 horas de evolução da
doença. (pg. 5 Brasil, 2013). Chamando atenção para a necessidade do reconhecimento
da doença pelos profissionais de saúde.
Alem de ações educativas é preciso reconhecer os fatores de riscos que
favorecem um episódio de AVC. Existem alguns fatores de riscos que são
determinantes para a ocorrência de um novo AVC. Barbosa et al (2009), Gagliard
(2009) através dos dados coletados na sua pesquisa, confirmaram a Hipertensão Arterial
Sistólica (HSA) como o principal fator de risco para o AVC. No estudo de Barbosa
(2009) a prevalência de HAS foi de 97% dos pacientes estudados com AVC.
Gagliard (2009) no seu estudo pontua que apenas 53% dos hipertensos estão
em tratamento, e destes, apenas 68.5% estão devidamente controlados. O mesmo autor
mostra evidencias que o controle da pressão arterial é importante para reduzir casos de
AVC.
9
O Ministério da Saúde, em consonância com as atuais políticas de promoção e
proteção à saúde, tem recomendado e promovido ações multiprofissionais na atenção
primária á saúde, como distribuição gratuita de medicamentos para hipertensão arterial
e diabetes. Em março de 2011, o governo brasileiro criou o programa Saúde Não Tem
Preço, com o objetivo de ampliar o acesso a medicamentos para indivíduos diabéticos e
hipertensos. Nesse programa, as farmácias e drogarias conveniadas à rede Aqui Tem
Farmácia Popular passaram a oferecer 11 medicamentos gratuitos para o tratamento de
hipertensão (BRASIL, 2011)
Araujo (2007) no seu estudo observacional percebeu que no inicio do
tratamento 28,9% dos hipertensos tinham níveis pressóricos controlados contra 57% no
final da observação. Mostrando desta forma o impacto da Atenção Básica através do
programa de atenção da família como relevante no controle da HAS e
consequentemente na prevenção do AVC.
Segundo o manual de Prevenção clinica de doença cardiovascular,
cerebrovascular e renal crônica as principais variáveis relacionadas com risco são:
pressão arterial sistólica, tabagismo, colesterol total, HDL-C,LDL-C, intolerância a
glicose, índice de massa corporal e idade (BRASIL, 2006).
Pereira (2009) e Xavier (2007) trazem a idade como principal fator de risco
não modificável, sendo necessárias medidas urgentes de prevenção e controle de fatores
de risco para doenças cerebrovasculares, a serem realizadas pela atenção básica que
promovam a redução dos comportamentos de risco na população adulta, com o intuito
de permitir que atinjam o envelhecimento de forma saudável.
Xavier (2007) pontua a alta incidência do AVC resultante da longa interação de
fatores de risco tais como HAS, Diabetes, dislipidemias, tabagismo, sedentarismo,
estresse e obesidade. O estudo chama atenção em não focar somente no controle das
patologias mais prevalentes, mas também no desenvolvimento de programas de
atividade física, cessação do tabagismo, educação em saúde, prevenção primária e
rastreio de fatores de risco para doenças cerebrovasculares e grupos de idosos.
Em contrapartida Moreira (2010) e Silva (2004) chamam atenção para um
olhar às camadas populacionais mais jovens pelos serviços de saúde. Silva (2004)
10
afirma que a prevenção deve começar aos 20 anos de idade com a avaliação do risco
cardiovascular.
A cartilha de doenças crônicas propõe como plano de enfrentamentos no
Brasil, ações desde a gestação e desenvolvimento intra útero, infância e adolescência,
adultos e idosos. Todas as idades devem ser acompanhadas pela Atenção Básica com
ações educativas de hábitos saudáveis, programa Academia da Saúde como incentivo à
atividade física, redução do sal dos alimentos industrializados e incentivo ao consumo
de frutas, legumes e verduras, medidas regulatórias para o tabaco, o álcool e os
alimentos não saudáveis (BRASIL, 2011)
4. DISCUSSÃO
A Portaria nº 665, de 12 de abril de 2012, considera a necessidade de uma
integração no âmbito do SUS para reduzir a ocorrência de doenças cerebrovasculares,
porém quando estabelece a Linha de Cuidados para o atendimento do AVC indica
apenas estabelecimentos hospitalares como centro de urgência destes doentes no âmbito
do SUS. È percebido a necessidade de habilitação também do serviço de Atenção
Básica para o reconhecimento prévio de um AVC para que haja um tratamento precoce
e melhor prognóstico destes pacientes.
A capacitação de profissionais de saúde da atenção básica para o
reconhecimento do AVC favorece uma regulação médica e o encaminhamento do
tratamento com menos de 4 horas de evolução da doença.
Dentre os fatores de risco modificáveis para um AVC destaca-se a HAS como
a principal causa. Para que ocorra o controle da HAS é necessária a adesão do indivíduo
ao tratamento assim como acesso ao sistema de saúde para disponibilidade de
atendimento médico e recebimento dos medicamentos pela rede básica.
Ainda observamos um alto índice de inadequação no uso da droga de controle
para a HAS e resistência ao tratamento pela população. O controle da HAS é viável,
desde que haja participação e conscientização do hipertenso, com – participação da
família, dos profissionais de saúde e do empenho dos gestores dos programas de saúde.
Não adianta diagnosticar a hipertensão se não for conduzido corretamente o
tratamento e controle da doença. Para isso é necessário a disponibilidade de
11
profissionais capacitados para atuar na atenção básica com uma visão preventiva e de
orientação para promoção de hábitos de vida saudáveis e disponibilidade de fármacos
nos programas da atenção primária do SUS.
Estudos mostram que locais onde há uma maior frequência de hipertensos
tratados e controlados ocorre um declínio na mortalidade pelo AVC.
A HAS é o principal fator de risco para doenças cerebrovasculares, seguido por
colesterol elevado, inatividade física, tabaco e o baixo consumo de frutos e vegetais,
sendo estes itens fundamentais e prioritários na prevenção primária do AVC.
Entre os fatores de risco não modificáveis os artigos estudados apontam as
doenças cardiovasculares e cerebrovasculares como as primeiras causas de
morbimortalidade entre idosos. Necessitando um maior controle e acompanhamento
com vigilância à saúde dos idosos como medidas preventivas de um evento do AVC. O
rastreio de fatores de risco nesta população com posterior tratamento continuo e
adequado dos pacientes são medidas importantes a serem executadas pelos gestores da
atenção básica.
Apesar de alguns artigos trazerem um foco para assistência preventiva no idoso
como combate ao AVC, o Ministério da Saúde coloca que a prevenção deve começar
cedo, se possível desde a gestação e desenvolvimento intra útero, infância e
adolescência, adultos e idosos, através de educação sobre dieta saudável, malefícios do
tabaco, álcool e do sedentarismo.
A falta de informação sobre prevenção, incluindo o conhecimento a respeito de
hábitos e comportamentos de risco à saúde fazem com que a população de um modo
geral fique mais propensa a um episódio de AVC.
Conforme os estudos analisados fazem-se necessário qualificar o atendimento
da atenção básica para com a população para que possam contemplar tantos os aspectos
preventivos como de educação sobre a doença. Alem disso, os resultados apresentados,
diante da importância do controle da HAS como ação preventiva de um AVC, constata
o caráter emergencial de condutas gerenciais por parte da Atenção Básica para uma
assistência qualificada à saúde da população acometida por HAS, no intuito de reduzir a
incidência de casos novos de AVC.
12
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A expansão da Atenção Básica organizada pela estratégia Saúde da Família
surgiu como uma importante mudança da antiga proposição de caráter exclusivamente
centrado na doença.
O ministério da Saúde vem adotando várias estratégias e ações para reduzir o
número de casos novos de AVC na população brasileira como as ações de atenção
preventivas pela atenção básica. O impacto da implantação da estratégia da Saúde da
Família trouxe melhoria do controle de fatores de risco do AVC, porém ainda não há
um controle adequado.
Medidas gerenciais para o adequado controle da HAS na população através da
garantia do acesso as consultas médicas regulares e disponibilidade de medicamentos;
incentivo a hábitos de vida saudável; combate ao tabagismo e etilismo são ações de
saúde que favorecem a prevenção do AVC. Alem disso, encontramos também a
importância de instituir programas globais de informação, educação na rede básica de
saúde, diante da população, sobre os principais sinais e sintomas de um AVC, para que
esta possa estar apta para reconhecer a doença e prestar os primeiros socorros dentro das
04 horas, essenciais para o bom prognóstico do paciente.
Destacamos, também, como ações gestoras impulsionadoras da prevenção e
reconhecimento do AVC, na rede básica de saúde influenciam no manuseio adequado
dos fatores de risco cerebrovasculares. Equipes de saúde devem estar bem informadas e
disporem de condições para desenvolverem para alem da prevenção e do tratamento, o
estímulo ao autocuidado visando o controle e o tratamento dos fatores de risco da
população.
O que se espera é que os resultados deste estudo possam chamar atenção para a
necessidade da Promoção da Saúde na Atenção Básica, através de uma política de
educação da população e educação de profissionais de saúde da Linha de Cuidado, para
prevenção através do controle de fatores de risco, principalmente os modificáveis, a ser
incluída nos Planos Municipais de Saúde e outros instrumentos gestores, conforme os
níveis de responsabilidade e rede de atenção ao cuidado.
13
6. REFERÊNCIAS
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adultos jovens com hipertensão arterial e/ ou diabetes mellitus. Ver. Gaucha de
Enfermagem, Porto ALEGRE/ RS. 31 (04) 662-669. 2010. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rgenf/v31n4/a08v31n4.pdf. Acesso em: 03 de março 2014.
PEREIRA.A.B, ALVARENGA.H,JUNIOR. R, BARBOSA.M.T. Prevalência de
acidente vascular cerebral em idosos no município de Vassouras,Rio de Janeiro,
Brasil, através do rastreamento de dados do Programa Saúde da Família. Cad.
Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25 (09): 1929-1936. 2009. Disponível em:
http://www.scielosp.org/pdf/csp/v25n9/07.pdf. Acesso em: 03 de março de 2014
15
.
SILVA.F. Acidente vascular cerebral isquêmico – Prevenção: Aspectos atuais – É
preciso
agir.
Medicina
Interna.
Vol.11,
N.2,
2004.
Disponível:
http://www.spmi.pt/revista/vol11/vol11_n2_2004_99_108.pdf. Acesso: 03 de março de
2014.
XAVIER. A, REIS.S, PAULO.E,ORSI.E. Tempo de adesão á Estratégia de Saúde
da Família protege idosos de eventos cardiovasculares e cerebrovasculares em
Florianópolis, 2003 a 2007. Ciência e Saúde Coletiva. 13(05): 1543-1551. 2008.
Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/csc/v13n5/19.pdf. Acesso em: 03 de março
de 2014.
16
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: CONTRIBUIÇÃO DA ATENÇÃO
BÁSICA PARA PREVENÇÃO
APÊNDICE A
Título/ ano/ autor
Objetivos
Metodologia
Principais resultados
Conclusões
1
Controle da HAS
em uma unidade
de saúde da
família.2007,
Araujo.
J,
Guimarães. A.
Avaliar o impacto da
implantação
do
programa de saúde da
família sobre o controle
da HAS, em uma
unidade básica de saúde.
135 pacientes com
diagnóstico de HAS.
Comparou-se a P.A. no
inicio e no fim do
período de observação e
sua associação com
fatores
de
riscos
cardiovascular.
2
Tempo
de
Adesão
à
Estratégia
de
Saúde da Família
protege idosos de
eventos
cardiovasculares
e
cerebrovasculares
em Florianópolis,
2003 a 2007.A.
Xavier. A, Reis.
S, Paulo. E.
Hipertensão
Arterial e AVC,
GALIARD.R.
2009
Avaliar a influencia do
tempo de adesão à ESF
sobre a incidência de
eventos cardiovasculares
e cerebrovasculares entre
idosos cadastrados na
CASSI Florianópolis
Pesquisa avaliativa do
tipo longitudinal , tipo
coorte histórico, 715
idosos cadastrados na
CASSI.
Inicio do tratamento
28,9% dos hipertensos
tinham
níveis
pressóricos controlados
contra 57% no final da
observação.
As
prevalências
dos
demais fatores de risco
na admissão foram
sobrepeso/ obesidade
71.9%,
dislipidemia
58.5%
e
diabetes
43.7%
Idos acima de 80 anos:
3,5 tinham tido eventos
cerebrovasculares, 2,62
diabetes,
2,06
sedentarismo,
1,68
hipertensão arterial
O impacto da
implantação
do
PSF
trouxe
melhoria
do
controle de HAS,
mas os fatores de
risco associados
acima dos níveis
atualmente
recomendados,
necessitam
controle
adequado.
Quanto maior o
tempo de adesão à
ESF, menor a
incidência
de
eventos agudos
Avaliar a relação da
hipertensão com o AVC.
Revisão bibliográfica
O estudo mostrou
redução do declínio
cognitivo com a queda
da pressão arterial.
Mostrou também 21%
de redução do risco
relativo
nos
hipertensos
controlados.
O controle da
pressão arterial é
um item
fundamental na
prevenção
primária ou
secundária dos
AVCS
Prevalência de
acidente vascular
cerebral em
idosos
no
Município
de
Vassouras, Rio
de
Janeiro, Brasil,
através
do
rastreamento de
dados
do
Programa Saúde
da Família, 2009,
A. Pereira, R.
Junior,
M.
Barbosa.
Avaliar a magnitude do
AVC entre
idosos,
discutir
a
necessidade
de
um
modelo
de atenção primária para
algumas
doenças
neurológicas,
o que pode ser observado
na Estratégia
Saúde da Família, por
meio da prevenção e
do
controle
destas
doenças, como também
avaliar a qualidade e o
potencial dos dados
obtidos
por este programa na
formulação de estudos
neuroepidemiológicos no
Brasil.
Estudo epidemiológico
observacionaltransversal.4.154 idosos
com AVC residente em
Vassouras.
Analise das fichas de
cadastro de todas as
pessoas que tinham
AVC.13 unidades de
PSF do município
122
idosos
com
diagnóstico
de
AVC,2,9%, e aumento
progressivo com o
avançar
da
idade,homens (3,2%),
mulheres (2,7%). 60%
negros ,61% a de
aposentados.
23%
eram analfabetos,
46% tinham cursado
apenas até a 4a série .
E 62,2% eram de
AVCi, 9,8% de AVCh
e 28% de AVC não
especificado.
A prevalência de AVC
na população geral foi
de 0,52%.
O conhecimento
da magnitude da
prevalência do
AVC
na população
idosa é
fundamental para
melhor
planejamento
de saúde
3
4
17
5
Fatores de risco
cardiovasculares
em adultos
Jovens com
hipertensão
arterial e/ou
diabetes
mellitusa
MAGALHÃES.T
MOREIR
A, GOMES. E,
SANTOS.J.
Investigar os fatores de
risco associados em
adultos jovens com
hipertensão arterial e
diabetes mellitus
acompanhados em seis
Unidades Básicas de
Saúde
da
Família
(UBASF), de Fortaleza,
Ceará.
Estudo descritivo e
documental,
desenvolvido a partir
das fichas de cadastro
do Programa de
Atenção à Hipertensão
Arterial e ao
Diabetes Mellitus
(HIPERDIA). A
amostra é composta de
60 fichas, incluindo
hipertensos, diabéticos
e os que
possuíam
os
dois
diagnósticos
6
Acidente
vascular cerebral
isquêmico
–
Prevenção:
Aspectos atuais –
É preciso agir,
Silva .F, 2004
Salientar a importância
da terapêutica
preventiva, abordam-se
os fatores de risco mais
frequentemente
relacionados com o
AVC, com especial
ênfase para aqueles que
podem ser controlados,
nomeadamente a
hipertensão arterial e a
dislipidemia, entre outros
Revisão bibliográfica
7
Prevalência
da
HAS
nos
pacientes
portadores
de
AVC, atendidos
na emergência de
um
hospital
público terciário.
Barbosa.M, 2009
Verificar a prevalência
de HAS em pacientes
com AVC atendidos na
Emergência
de
um
Hospital Terciário
Análise de dados de
280 prontuários de
pacientes atendidos no
H.G. de Fortaleza
maior frequência de
adultos jovens do sexo
feminino
(78%). Com relação
aos fatores de risco,
sobressaíram-se a
hipertensão arterial
(n=45), antecedentes
familiares
(n=33), sobrepeso
(n=33) e sedentarismo
(n=27). Na
estratificação do risco
cardiovascular, a
maioria apresentou
médio risco adicional
para
doença
cardiovascular
Chama-se a atenção
para a empatia
necessária entre
médico-doente para
uma melhor aderência
às medidas preventivas
propostas. Salienta-se a
importância de
campanhas globais de
informação como
medida fundamental na
diminuição da
incidência do AVC.
a avaliação
individualizada
dos fatores de
risco
subsidia uma ação
direcionada para
eventos possíveis,
sendo necessários
investimentos na
prevenção e
também na
capacitação
A idade variou entre 30
e 98 anos.
A prevalência de HAS
foi de 97%. AVC i
mais
freqüente.
Presença de diabetes
em
46.6%
dos
pacientes
Os
dados
confirmam a HAS
como o principal
fator de risco para
o AVC.
A única arma
eficaz no
tratamento do
AVC é a
prevenção.
18
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