Unidade Regional de Balsas

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2013
Unidade Regional de Balsas
Perfil Econômico
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Conselho Deliberativo Estadual
Cláudio Donisete Azevedo
Presidente
Diretoria Executiva
Simone Lucília Andrade Macieira
Diretor-Superintendente
José de Ribamar da Silva Morais
Diretor-Técnico
Raimundo Nonato Corrêa
Diretor de Administração e Finanças
Gerência Executiva de Estratégia e Diretrizes
Ilka Maria Furtado Costa Sarney
Gerente
Unidade de Estratégias e Diretrizes
Dulcileide Oliveira Gonçalves de Salinas
Gerente
Coordenação de Pesquisa
Teresinha Drummond Gonçalves Moreira
Coordenadora de Pesquisa
Luiz Otavio Cantanhede
Maria Juliana Souza Alves
Auxiliares Técnicos
Apoio
Galeria Consultoria
M6 Consultoria Integrada
2
SUMÁRIO
1.0 Apresentação........................................................................................................................5
2.0 Conjuntura Econômica.........................................................................................................5
2.1 Economia Mundial...........................................................................................................5
2.2 Economia Brasileira.........................................................................................................7
2.3 Economia Maranhense.................................................................................................11
3.0 Unidade de Negócios de Balsas.......................................................................................15
3.1 Perfil do Território............................................................................................................15
3.1.1 Alto Paranaíba....................................................................................................16
3.1.2 Balsas...................................................................................................................17
3.1.3 Barão de Grajaú.................................................................................................17
3.1.4 Benedito Leite.....................................................................................................17
3.1.5 Buriti Bravo...........................................................................................................17
3.1.6 Carolina...............................................................................................................17
3.1.7 Colinas.................................................................................................................17
3.1.8 Feira Nova do Maranhão .................................................................................18
3.1.9 Fortaleza dos Nogueiras....................................................................................18
3.1.10 Jatobá.................................................................................................................18
3.1.11 Loreto..................................................................................................................18
3.1.12 Mirador................................................................................................................18
3.1.13 Nova Colinas......................................................................................................18
3.1.14 Nova Iorque........................................................................................................19
3.1.15 Paraibano............................................................................................................19
3.1.16 Passagem Franca...............................................................................................19
3.1.17 Pastos Bons..........................................................................................................19
3.1.18 Riachão...............................................................................................................19
3.1.19 Sambaíba............................................................................................................19
3.1.20 São Domingos do Azeitão.................................................................................20
3.1.21 São Felix de Balsas.............................................................................................20
3.1.22 São Domingos do Maranhão............................................................................20
3.1.23 São João dos Patos............................................................................................20
3.1.24 São Pedro dos Crentes......................................................................................20
3.1.25 São Raimundo das Mangabeiras.....................................................................20
3.1.26 Sucupira do Norte..............................................................................................21
3.1.27 Sucupira do Riachão.........................................................................................21
3.1.28 Tasso Fragoso.....................................................................................................21
3.2 Desenvolvimento Municipal do Território...................................................................21
3.3 Perfil Econômico do Território......................................................................................23
3.4 Setores Prioritários da Unidade de Negócios............................................................25
3.4.1 Grãos..................................................................................................................25
3.4.2 Cadeia da Cana-de-açúcar...........................................................................26
3.4.3 Leite e Derivados...............................................................................................26
3.4.4 Ovinocaprinocultura.........................................................................................29
3
3.4.5 Logística.............................................................................................................30
3.4.6 Turismo...............................................................................................................31
3.4.7 Artesanato.........................................................................................................31
4.0 Validação dos Setores da Unidade de Negócios.........................................................31
4.1 Resultados da Validação dos Setores.......................................................................32
4.2 Oportunidades de Negócio para as MPES..............................................................33
5.0 Cenários.............................................................................................................................33
6.0 Projeções do PIB da Unidade de Negócios – 2010-2015 .............................................34
4
1.0 Apresentação
O Realinhamento Estratégico do SEBRAE-MA para o período 2012/2015 apresentou os
seguintes setores prioritários de atuação da Unidade de Negócios de Balsas: Grãos,
Cadeia da Cana de Açúcar, Leite e Derivados, Ovinocaprinocultura, Logística, Turismo e
Artesanato.
O presente trabalho estuda a importância econômica dos setores prioritários, o potencial
de desenvolvimento, bem como as oportunidades e ameaças para as MPEs. Também
contribui para uma análise da realidade desses segmentos na área de atuação da
Unidade de Negócios de Balsas.
Através de dados secundários obtidos de instituições como IBGE, CNA, CNC, CNI, BACEN,
IPEA, SERASAEXPIRIAN é realizada uma análise econômica e elaborado um cenário de
médio prazo para os setores definidos.
A primeira parte do trabalho apresenta uma análise da conjuntura econômica mundial,
brasileira e maranhense, onde são apresentados dados secundários disponibilizados por
instituições oficiais. Na segunda parte do trabalho é realizado um estudo detalhado de
cada um dos setores, destacando-se a dinâmica dos mercados, importância na
economia local, potencial de desenvolvimento, pontos fortes, pontos fracos, oportunidade
e ameaças para as MPEs. A parte final destaca o cenário provável para os setores
prioritários da Unidade de Negócios de Balsas.
2.0 Conjuntura Econômica
2.1 Economia Mundial
No cenário da economia mundial persistem as incertezas quanto à solução dos problemas
econômicos, não sendo possível visualizar o retorno do dinamismo econômico das
economias desenvolvidas no curto prazo. Nas economias desenvolvidas o cenário é de
baixo nível de crescimento, desemprego em alta e acumulo de dívidas públicas e
privadas.
Nos EUA, a economia cresce a taxas decrescentes e o crescimento da demanda interna
está comprometido pelo mercado de trabalho ainda pouco dinâmico e a retirada de
alguns incentivos fiscais. A fase aguda da crise passou, mas o fraco desempenho da
demanda interna concorre para que a economia cresça, quando muito, a taxa
semelhante a do seu crescimento potencial. No período de 1993 a 2007 a taxa média
anual de expansão da absorção doméstica foi de 3,5% e nos últimos seis trimestres o
crescimento médio anual dessa variável estabilizou-se em 1,9%. A desaceleração da
economia americana ocorre em função do menor ritmo de crescimento do consumo
5
pessoal e investimentos, bem como elevado patamar da taxa de desemprego (acima de
8%). Cabe destacar o comportamento da relação Dívida/PIB da economia americana.
Segundo as previsões do FMI, a dívida soberana dos EUA deve comprometer mais de 100%
do PIB em 2012 e atingir 130% em 2017.
Para retomar o ritmo de crescimento da economia as autoridades monetárias executam
uma política monetária expansionista que consiste no aumento da liquidez do sistema
financeiro, através da compra de títulos e redução do custo do crédito. No entanto, os
estímulos ao consumo, ou seja, a expansão da demanda interna, que tem um peso
significativo na composição do PIB, não conseguiu impor um ritmo no consumo. O que
pode ser explicado pelas incertezas com relação ao futuro da economia americana o
que reduz o nível de confiança dos consumidores americanos. Dessa maneira o consumo
é substituído pela poupança, apesar das taxas de juros negativas.
Na União Européia, permanece o cenário de crise com a atividade econômica
registrando uma contração de 0,2% no segundo trimestre comparativamente ao mesmo
período do ano passado, segundo informações divulgadas pelo Eurostat. A crise
econômica concentra-se na fragilidade do sistema bancário e no elevado volume da
dívida soberana da região. As autoridades européias adotam medidas para tentar
recuperar a credibilidade do sistema bancário a fim de evitar uma situação de contágio
na região, bem como medidas de austeridade fiscal. Entretanto, a lentidão das decisões
dos líderes europeus e a resistência da sociedade quanto às medidas de ajuste fiscal
impõem barreiras ao processo de retomada do crescimento econômico.
Para o FMI a previsão do PIB da Zona do Euro é de uma redução de 0,3% em 2012 e o
início da sua lenta recuperação, a partir de 2013.
6
A economia Chinesa ainda apresenta taxas exuberantes de crescimento. No entanto,
verifica-se uma desaceleração da taxa de crescimento da economia chinesa. Para
combater a desaceleração em curso, o governo central tem adotado uma política
monetária expansionista com a redução dos juros e aumento da liquidez dos bancos para
estimular o crédito e o nível de atividade do país.
Num cenário de crise na Europa e nos EUA a economia chinesa busca alternativas para
desenvolver o seu mercado interno (expansão do crédito) e tende a direcionar seus
produtos para os países emergentes, intensificando a concorrência em função da sua
estrutura de custos. Principalmente no que se refere aos custos de produção e mão-deobra. Por outro lado, a desaceleração do ritmo de expansão da economia chinesa
contribui para contração dos preços das commodities minerais e metálicas.
A desaceleração da economia chinesa influencia diretamente o comportamento da
Balança Comercial das economias em desenvolvimento, na medida em que é um grande
comprador de commodities e exportador de produtos manufaturados. Nesse sentido, a
economia chinesa apresenta um cenário de redução das importações de commodities,
aumento as exportações para os países em desenvolvimento e diminuição da
dependência do mercado externo, através da expansão do seu mercado interno.
A economia japonesa apresentou crescimento de 2,9% e 3,2% nos dois primeiros trimestres
de 2012, respectivamente. Esse crescimento pode ser considerado bom quando
comparado com o padrão recente da economia japonesa. No entanto, as exportações
exigem maior atenção, pois as vendas externas caem a 11 meses consecutivos e
historicamente a economia japonesa é dependente desta variável. A situação da
7
economia japonesa, semelhante à da Alemanha e de tantas outras economias, revela um
fenômeno de grande relevância: a perda de dinamismo do comércio mundial.
2.2 Economia Brasileira
A economia brasileira apresenta em 2012 um desempenho modesto do crescimento do
PIB. Diferentemente de 2010, quando apresentou uma taxa de crescimento do PIB de
7,5%, em 2011 a expansão da atividade foi de 2,7%. Os dados apresentados em 2012, com
o PIB dessazonalizado crescendo 0,1% e 0,4% no primeiro e no segundo trimestres
respectivamente e no acumulado em 12 meses 1,2%, confirma a lenta recuperação da
economia brasileira em 2012.
Os principais resultados do PIB do 2° semestre de 2011 ao 2° semestre de 2012 demonstram
uma redução da taxa crescimento a partir do 3° trimestre de 2011, no acumulado do ano,
nos últimos 12 meses e na comparação trimestre/último trimestre do ano anterior. No
entanto, na comparação trimestre/trimestre imediatamente anterior com ajuste sazonal
não houve desaceleração do PIB, mas uma pequena expansão no 2° trimestre de 2012.
Tabela 1 -:Principais Resultados do PIB - 2° Semestre 2011 ao 2° Semestre 2012
Taxa (%)
Acumulado ao longo do
ano/mesmo período do ano anterior
Últimos quatro trimestres/quatro
trimestres imediatamente anteriores
Trimestre/mesmo trimestre do ano
anterior
Trimestre/trimestre imediatamente
anterior (com ajuste sazonal)
2011.II
2011.III
2011.IIV
2012.I
2012.II
3,8
3,2
2,7
0,8
0,4
4,9
2,7
3,7
1,9
1,2
3,3
2,1
1,4
0,8
0,5
0,6
(-) 0,2
0,1
0,1
0,4
Fonte: IBGE
O baixo crescimento do PIB no 2° trimestre de 2012 é explicado, no âmbito da oferta, pela
retração do setor industrial de transformação. Este setor sofre a concorrência dos produtos
importados, destacando-se os produtos de origem chinesa. Soma-se a concorrência dos
produtos importados a baixa competitividade da indústria nacional, o aumento do custo da
mão de obra, em função dos reajustes salariais, bem como a falta de investimentos em
infraestrutura. O custo elevado da mão de obra e a infraestrutura precária justificam a baixa
produtividade da indústria nacional. Três das quatro atividades que compõem a Indústria
registraram taxas negativas. Destaca-se a Indústria de Transformação que sofreu uma redução
de 2,5%, seguida por Extrativa Mineral (-2,3) e Construção Civil (-0,7). Apenas na atividade
industrial de Eletricidade e gás, água e esgoto e limpeza urbana houve crescimento de 1,6%.
Os setores agropecuários e de serviços com variações trimestrais de 4,9% e 0,7%
respectivamente sustentaram o crescimento do PIB no 2° trimestre.
8
6
5
Gráfico 2- PIB setores e subsetores (com ajuste sazonal)
Taxa (%)do trimestre em relação ao trimestre imediatamente anterior
4,9
4
3
1,8
2
1,6
1
1
0,8
0,8
0,4
0
0,4
-0,1
-0,7
-1,2
-2,3
-2,5
-1
-2
-3
Fonte: IBGE
Analisando o PIB, sob a ótica da demanda, a Despesa de Consumo do Governo e
Despesa de Consumo das Famílias cresceram respectivamente, 1,1% e 0,6% no segundo
trimestre de 2012. Desde o terceiro trimestre de 2011 que a variável Formação Bruta de
Capital - FBCF registra queda, comprometendo a expansão do PIB, bem como a
competitividade da Indústria. A Formação Bruta de Capital Fixo-FBCF que representa um
importante componente da demanda interna teve uma queda 0,7% no 2° semestre 2012.
Com relação ao setor externo as Importações de Bens e Serviços apresentaram um
aumento de 1,9% e as Exportações de Bens e Serviços tiveram uma queda de 3,9%. Com
esses resultados, o setor externo influenciou negativamente a evolução do PIB no período.
Tabela 2 -:PIB- Trimestre/trimestre imediatamente anterior (com ajuste sazonal)
PIB a preços de mercado
Agropecuária
Indústria
Serviços
Consumo das famílias
Consumo do governo
Forma Bruta de Capital fixo
Exportação
Importação
2011.II
0.6
(-)4,5
0,0
0,8
0,6
1,6
0,8
4,0
7,0
2011.III
(-)0,2
1,7
(-)0,7
(-)0,2
(-)0,1
(-)0,5
(-)1,4
O,7
(-)1,6
2011.IV
0,1
1,3
(-)1,0
0,4
1,0
0,6
(-)0,2
1,4
1,5
2012.I
0,1
(-)5,9
1,7
0,6
0,9
1,6
(-)1,5
(-)0,3
(-)0,4
2012.II
0,4
4,9
(-)2,5
0,7
0,6
1,1
(-)0,7
(-)3,9
1,9
Fonte: IBGE
Para 2012 as expectativas giram em torno de um crescimento entre 1,5 e 2,0%. A
desaceleração do crescimento da economia brasileira só não foi mais intensa em virtude
do baixo nível de desemprego, crescimento da renda disponível e o dinamismo da
9
demanda interna. O cenário externo caracterizado pelo fraco desempenho da economia
americana, crise na zona do euro e desaceleração do crescimento economia chinesa
que deve encerrar 2012 com uma taxa de crescimento de 7,8% (FMI), influenciaram
negativamente o desempeno da economia brasileira. Diante deste cenário de incertezas
na economia internacional, o governo adotou a flexibilização das políticas monetária e
fiscal para reverte a trajetória da economia brasileira no curto prazo. Entre as medidas
econômicas adotas destacam-se, o processo de redução da taxa Selic, desoneração da
folha salarial, através da redução do INSS para 40 setores industriais, redução do IPI para
automóveis e linha branca, do IOF, do custo da energia elétrica e dos juros dos
financiamentos direcionados para o aumento da produtividade e inovação da indústria e
o incentivo aos investimentos privados em infraestrutura através da concessão de portos,
aeroportos, estradas, ferrovias, dentre outros.
Desta forma, o governo vem adotando uma postura de distensão das políticas monetária
e fiscal sem comprometer significativamente os resultados fiscais. Os efeitos dessas
medidas ainda são parciais, na medida em que existe uma defasagem de tempo entre a
adoção das medidas e o efetivo impacto no desempenho da economia. No que se refere
às medidas adotadas para fortalecer a demanda no curto prazo, existem limitações para
redução dos juros e impostos. A inadimplência e o nível de endividamento das famílias,
bem como o maior rigor na concessão financiamentos pelos bancos podem impor
barreiras ao nível de expansão da demanda interna. Na atual conjuntura econômica,
diferente do que ocorreu em 2009, quando o PIB cresceu 7,5%, as medidas de estimulo
não possuem o mesmo alcance.
Mesmo com desaceleração do ritmo de crescimento da economia brasileira o governo
não conseguiu atingir o centro da meta de inflação de 4,5%. Em 2011 a inflação registrou
taxa de 6,5% e a inflação projetada para 2012 está em 5,44% (Relatório Focus-Baceno1/11/2012). Tudo indica que o objetivo de controle da inflação não está mais no centro
da meta, mas em qualquer valor igual ou inferior ao limite superior (6,5%). Na atual
conjuntura econômica a política monetária foi flexibilizada, através da redução da taxa
Selic, e foi priorizado o estímulo à expansão da demanda interna. A capacidade ociosa
da economia, a concorrência dos produtos importados e o cenário de crise na economia
mundial funcionam como inibidores dos reajustes de preços. Nesse sentido uma possível
aceleração da atividade econômica não gera, no curtíssimo prazo, o aumento de preços.
No entanto, é necessário atenção quanto ao comportamento do preço dos serviços. A
inflação de serviços é alimentada pelo crescimento da renda, pois à medida que as
pessoas aumentam a sua renda e adquirem bens duráveis, estas passam a demandar
serviços como: educação, saúde, viagens e outros. Os segmentos de serviços não
comercializáveis internacionalmente (non-tradables) como, por exemplo, educação,
viagens, saúde e outros, podem reajustar seus preços em função do aumento da
10
demanda, pois não estão expostos à concorrência externa. Um reaquecimento da
economia acima do PIB potencial poderá desencadear uma inflação de oferta. A
indústria poderá não responder a expansão da demanda interna, ocasionando a
aumento de preços.
No curto prazo, a governo dispõem dos instrumentos clássicos de política monetária
(aumento da taxa Selic e compulsório bancário). A interrupção da redução da taxa Selic,
diante do cenário econômico incerto demonstra que o governo poderá fazer uso deste
instrumento caso seja necessário. A questão fundamental é saber quando e qual a
intensidade do ajuste na taxa Selic. As medidas adotadas para o controle da inflação em
2010, através do controle do crédito e elevação da taxa Selic foram exageradas e
contribuíram, em parte, para o fraco desempenho da economia em 2012.
Numa visão de médio prazo é estratégico para o controle da inflação o aumento do
volume de investimentos em inovação, capacidade produtiva da indústria e infraestrutura
de transportes.
Espera-se que aumente a velocidade do crescimento da economia a partir 4° trimestre de
2012. Segundo o relatório Focus do Banco Central (01/11/2012) a mediana das projeções
da taxa de expansão do PIB em 2012 foi de 1,54% e de 4,00% em 2013.
Os efeitos das políticas econômicas expansionistas são limitados pelo elevado nível de
endividamento e inadimplências das famílias. O crescimento do PIB Brasileiro fundamentase na expansão consumo interno por meio do crédito pessoal. No entanto, os abusos do
passado aparecem no elevado nível de endividamento das famílias. Da mesma forma, a
taxa de atrasos nos pagamento acima de 90 dias se mantém no nível elevado (5,9% no
mês de setembro). Nesse cenário os bancos estão mais cautelosos e está cada vez mais
difícil para as famílias obter financiamentos com prazos mais longos.
O comprometimento da renda para o pagamento das parcelas dos financiamentos/
empréstimos e a elevada taxa de inadimplência reduzem o potencial de expansão do
crédito. Não será possível observar uma significativa expansão do PIB por meio de políticas
expansionistas como ocorreu em2009, através de estímulos ao consumo interno. As
incertezas quanto aos desdobramentos da crise no mercado externo, principalmente na
zona do Euro, retardam as decisões de investimentos das empresas. Em outras palavras a
conjuntura econômica internacional não tem favorecido a Formação Bruta de Capital
Fixo e a expansão do consumo das famílias o que compromete a expansão do PIB
Brasileiro.
Não obstante as medidas expansionistas adotadas é necessário agir sobre os fatores
inibidores da expansão no médio e longo praza da economia brasileira. Cabe destacar, o
chamado Custo Brasil, que compreende nossa infraestrutura precária, baixa produtividade
11
da indústria, sistema tributário complexo e a burocracia governamental. O Custo Brasil
compromete a competitividade dos produtos brasileiros tanto no mercado interno quanto
no mercado externo. Nesse sentido é essencial a expansão dos investimentos públicos e
privados, racionalização do sistema tributário e a redução dos processos burocráticos.
Dessa maneira estrutura-se a base de sustentação do crescimento da economia no médio
e no longo prazo.
2.3 Economia Maranhense
O estudo das fontes de crescimento da economia maranhense mostra que as maiores
contribuições para seu dinamismo foram por ordem de importância os setores: comércio e
serviços, agropecuária e indústria. No setor agropecuário destacam-se as atividades de
agricultura, silvicultura e exploração florestal. As atividades de comércio e serviços de
manutenção e reparação e administração, saúde e educação públicas que integram o
setor de comércio e serviços contribuem positivamente para o crescimento do PIB. No
setor industrial a maior contribuição para o crescimento do PIB Maranhense vem da
indústria extrativa mineral. A indústria de transformação no Estado apresenta pouca
diversificação e está concentrada quase que inteiramente nos segmentos de metalurgia,
alimentos e bebidas.
A economia maranhense destaca-se nos cenários regional e nacional em função dos
investimentos já em execução e previstos. São estimados investimentos públicos e privados
na ordem de R$ 120 Bi até 2018. Tais investimentos irão mudar o perfil da economia
maranhense, caracterizado como exportador de 3 commodities: minério de ferro, ferro,
alumínio e soja. Cerca de 95% das exportações da economia local estão baseadas nessas
commodities. A concentração das exportações com pouco valor agregado revela a
dependência em relação ao comércio internacional e torna a economia maranhense
bastante vulnerável as oscilações de preços no mercado internacional.
Com o PIB no valor de R$ 39,855 Bi em 2009 o Maranhão ocupava a 16ª colocação no
Ranking do PIB dos Estados, a 4ª posição dentre os Estados do Nordeste. O PIB per capita
do Estado do Maranhão no ano de 2009 correspondeu a R$ 6.259,43 ocupando a 26ª
posição no Ranking Nacional.
Tabela 3 – PIB per capita-2009 (em mil Reais)
Brasil
16.917,66
Nordeste
8.167,75
Maranhão
6.259,43
Fonte: IBGE;IMESC
12
Com relação à contribuição do Estado do Maranhão no PIB Brasil foi registrada uma
participação de 1,2% no ano de 2009. A economia no período de 2005, 2006 e 2007
apresentou variação real anual do PIB superior à variação observada no Brasil e no
Nordeste. No ano de 2008 a variação real anual foi positiva (4,4%), mas inferior a taxa de
crescimento anual do Brasil (5,2%) e do Nordeste (5,5%). A taxa de variação real do PIB do
Estado do Maranhão no ano de 2009, no auge da crise econômica internacional, foi de 1,7, demonstrando a dependência e vulnerabilidade externa da economia maranhense.
Abrangência
Geográfica
Brasil
Nordeste
Maranhão
Tabela 4-Variação real do PIB, Brasil, Nordeste e Maranhão (%)
2005/2004
2006/2005
2007/2006
2008/2007
2009/2008
3,2
4,0
6,1
5,2
-0,3
4,6
4,8
4,8
5,5
1,0
7,3
5,0
9,1
4,4
-1,7
Fonte: IBGE;IMESC
Cabe destacar, no entanto, que o crescimento acumulado de 43,4% do maranhão ao
longo da série 2005-2009, revela um ritmo de crescimento bem superior ao que foi
apresentado no mesmo período pelo Brasil e pela região Nordeste que foi de 32,8% e
27,4%, respectivamente. As projeções do PIB do Maranhão para o período 2010-2012 o PIB
do Estado supera a variação anual do PIB do Brasil , conforme tabela:
Tabela 5–Comparativo PIB Maranhão e PIB Brasil
2010
10,0*
7,5
PIB Maranhão
PIB Brasil
2011
7,0*
2,7
2012
6.5*
3,0%**
Fonte: IBGE;IMESC
*Projeção IMESC
**Projeção Ministério da Fazenda
Gráfico 3- Variação Real Acumulada do PIB no
período - 2002-2009
43,43
50
40
27,52
32,80
30
20
10
0
Brasil
Nordeste
Maranhão
13
Fonte: IBGE;IMESC
O mercado de trabalho no ESTADO do Maranhão, em função dos investimentos públicos e
privados, apresenta saldo positivo na geração de empregos formais no acumulado do
ano. Na análise mensal os três primeiros meses do ano apresentaram saldo negativo. A
partir de abril o número de empregados é superior ao número de desligamentos, atingindo
uma geração líquida 3.400 empregos gerado no mês julho.
Gráfico 4 – Resumo dos últimos 12 meses- Geração de Empregos-MA
Fonte: CAGED/MTE
Em setembro de 2012 foram gerados 1.832 empregos celetistas, equivalente à expansão
de 0,42% em relação ao estoque de trabalhadores com carteira assinada do mês anterior.
Este aumento deve-se à geração de 975 postos no setor de Serviços e de 818 postos no
setor do Comércio. Nos últimos 12 meses verificou-se acréscimo de 4,66% no nível de
emprego (+16.556 postos) e nos primeiros nove meses do ano houve um acréscimo de
16.556 postos (+3,85%).
Tabela 6 – Dez maiores contratações no Maranhão (Jan-Set-2012)
14
Ocupação
Salário Médio
Contratação
Desligamento Contratação
Líquida
Servente de Obras
Vendedor
de
Comércio
Varejista
Pedreiro
Auxiliar de Escritório, em Geral
Motorista de Caminhão (Rotas
Regionais e Internacionais)
Vigilante
Trabalhador
de
Extração
Florestal, em Geral
Trabalhador
Volante
da
Agricultura
Assistente Administrativo
Continuo
662,76
686,12
16.087
9.007
14.902
9.739
1.185
-732
950,55
755,69
1.103,13
5.962
5.010
3.743
6.511
4.774
3.636
-549
236
107
831,18
637,02
3.363
3.242
2.865
3.690
498
-448
698,38
3.098
1.719
1.379
1.081,24
649,05
2.875
2.591
2.313
2.451
562
140
Fonte CAGED/MTE
A Tabela 6 traz a análise das dez maiores contratações nos nove primeiros meses de 2012.
Observa-se que o setor da construção civil lidera as contratações no período, sendo
responsável por uma oferta de 16.087 vagas na ocupação de Servente de Obras e por um
saldo de contratação líquida de 1.185 postos. Cabe destacar que o elevado número de
desligamentos (14.902) está relacionado a alta rotatividade do setor da construção civil. O
setor de comércio apresentou saldo de contratações 9.007 postos. Entretanto, o saldo de
contratação líquida apresentou o maior saldo negativo com redução de 732 vagas na
ocupação de Vendedor de Comércio Varejista. Este comportamento reflete a redução
de vagas no início do ano e a retomada das contratações a partir de maio.
O Setor da Construção Civil desempenha importante papel no mercado de trabalho
local, no entanto nos nove primeiros meses do ano ainda não consegui apresentar um
saldo positivo de contratações líquidas. Destaca-se que o setor da Agropecuária que nos
primeiros noves meses de 2012 a gerou um saldo de contratação líquida de 1.379 postos
na ocupação de Trabalhador Volante da Agricultura.
Focando a análise no mês de setembro, verifica-se que os setores de serviços, comércio e
construção civil foram responsáveis pelas maiores variações. Estes setores apresentaram,
respectivamente, as seguintes variações positivas 975, 818 e 194.
3.0 Unidade de Negócios de Balsas
3.1 Perfil do Território
15
O território que abrange a Unidade de Negócios de Balsas localiza-se na região centro sul
do Estado é composto 28 municípios, compreendendo uma área de 85.114,02 mil Km². De
acordo com o senso demográfico de 2010 o território de abrangência da Unidade de
Negócios concentra possui uma população de 448,1 mil pessoas, com 64,4% localizada na
zona urbana. No período de 200-2010 apresentou uma taxa de crescimento anual da
população de 1,2%.
A região apresenta um clima quente e úmido e vegetação típica do cerrado propício
para agricultura e a pecuária.
Tabela 7 – Municípios integrantes da UN de Balsas
Unidade de Negócios
Balsas
Municípios
Alto Parnaíba
Balsas
Barão de Grajaú
Benedito Leite
Buriti Bravo
Carolina
Colinas
Feira Nova do Maranhão
Fortaleza dos Nogueiras
Jatobá
Loreto
Mirador
Nova Colinas
Nova Iorque
Paraibano
Passagem Franca
Pastos Bons
Riachão
Sambaíba
São Domingos do Azeitão
São Félix de Balsas
São Domingos do Maranhão
São João dos Patos
São Pedro dos Crentes
São Raimundo das Mangabeiras
Sucupira do Norte
16
Sucupira do Riachão
Tasso Fragoso
Fonte:SEBRAE-MA
3.1.1 Alto Parnaíba
O município de Alto Paranaíba possui 10.766 habitantes (Censo 2010), área de 11.132,176
Km² e densidade demográfica de 0,97 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 52,5% (5.468 pessoas) são do sexo masculino e
47,5% (5.298 pessoas) do sexo feminino, 57,4% (22.982 pessoas) são alfabetizadas e 65,3%
(7.028 pessoas) reside na área urbana.
O município possui 152 empresas atuantes com salário médio mensal de 1,5 salários
mínimos. (Cempre-2010).
3.1.2 Balsas
O município de Balsas possui 31.702 habitantes (Censo 2010), área de 13.141,733 Km² e
densidade demográfica de 16,36 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 49,8% (41.574 pessoas) é do sexo masculino e
50,2% (41.954 pessoas) do sexo feminino, 76,6% (63.958 pessoas) são alfabetizadas e 87,1%
(72.771 pessoas) reside na área urbana.
3.1.3 Barão de Grajaú
O município de Barão de Grajaú possui 17.841 habitantes (Censo 2010), área de 2.247,239
Km² e densidade demográfica de 7,94 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 50,7% (8.937 pessoas) é do sexo masculino e
49,9 % (8.904 pessoas) do sexo feminino, 71,9% (12.836 pessoas) são alfabetizadas e 57,9%
(10.338 pessoas) reside na área urbana.
3.1.4 Benedito Leite
O município de Benedito Leite possui 5.469 habitantes (Censo 2010), área de 1.781,734 Km²
e densidade demográfica de 3,7 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 50,5% (2.855 pessoas) é do sexo masculino e
49,5% (2.614 pessoas) do sexo feminino, 63,1% (3.567 pessoas) são alfabetizadas e 49,8%
(8.371pessoas) reside na área urbana.
3.1.5 Buriti Bravo
O município de Buriti Bravo possui 22.899 habitantes (Censo 2010), área de 1.582,552 Km² e
densidade demográfica de 14,47 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 49,5% (11.325 pessoas) é do sexo masculino e
50,5% (11.574 pessoas) do sexo feminino, 63% (14.423 pessoas) são alfabetizadas e 74,3%
(17.014 pessoas) reside na área urbana. A população residente do município é
predominantemente urbana.
17
3.1.6 Carolina
O município de Carolina possui 23.959 habitantes (Censo 2010), área de 6.441,603 Km² e
densidade demográfica de 3,72 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 51,3% (12.285 pessoas) é do sexo masculino e
48,7% (11.674 pessoas) do sexo feminino, 76,2% (18.264 pessoas) são alfabetizadas e 67,8%
(16.237 pessoas) reside na área urbana.
3.1.7 Colinas
O município de Colinas possui 39.132 habitantes (Censo 2010), área de 1.980,552 Km² e
densidade demográfica de 19,76 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 49,6% (19.395 pessoas) é do sexo masculino e
50,4% (19.737 pessoas) do sexo feminino, 61,8% (24.195 pessoas) são alfabetizadas e 65,4%
(25.575 pessoas) reside na área urbana.
3.1.8 Feira Nova do Maranhão
O município Feira Nova do Maranhão possui 8.126 habitantes (Censo 2010), área de
1.473,415 Km² e densidade demográfica de 5,52 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 52,5% (4.266 pessoas) é do sexo masculino e
47,5% (3.860 pessoas) do sexo feminino, 72% (5.849 pessoas) são alfabetizadas e 76.3%
(6.199 pessoas) reside na área rural. A população residente do município é
predominantemente rural.
3.1.9 Fortaleza dos Nogueiras
O município de Fortaleza dos Nogueiras possui 11.646 habitantes (Censo 2010), área de
1.664,329 Km² e densidade demográfica de 7,0 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 51,3% (5.972 pessoas) é do sexo masculino e
48,7% (5.674) pessoas) do sexo feminino, 77,5% (9.020 pessoas) são alfabetizadas e 60,3%
(7.019 pessoas) reside na área urbana.
3.1.10 Jatobá
O município de Jatobá possui 8.526 habitantes (Censo 2010), área de 591,384 Km² e
densidade demográfica de 14,42 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 50,5% (4.303 pessoas) é do sexo masculino e
49.5% (4.223 pessoas) do sexo feminino, 60% (5.117 pessoas) são alfabetizadas e 56,1%
(7.019 pessoas) reside na área rural.
3.1.11 Loreto
O município de Loreto possui 11.390 habitantes (Censo 2010), área de 3.595,840 Km² e
densidade demográfica de 3,17 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 51,5% (5.870 pessoas) é do sexo masculino e
48,5% (5.520 pessoas) do sexo feminino, 70,5% (8001 pessoas) são alfabetizadas e 55,8%
(6.360 pessoas) reside na área urbana.
18
3.1.12 Mirador
O município de Mirador possui 20.452 habitantes (Censo 2010), área de 638,891 Km² e
densidade demográfica de 2.42 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 51,1% (10.456 pessoas) é do sexo masculino e
51% (9.996 pessoas) do sexo feminino, 62,6% (12.795 pessoas) são alfabetizadas e 54,2%
(11.079pessoas) reside na área rural.
3.1.13 Nova Colinas
O município de Nova Colinas possui 4.885 habitantes (Censo 2010), área de 1743,106 Km² e
densidade demográfica de 6,57 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 53,2% (2.600 pessoas) é do sexo masculino e
46,8% (2.285 pessoas) do sexo feminino, 68,6% (3.353 pessoas) são alfabetizadas e 54,8%
(2.675 pessoas) reside na área rural.
3.1.14 Nova Iorque
O município de Nova Iorque possui 4.590 habitantes (Censo 2010), área de 976,853 Km² e
densidade demográfica de 4,70 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 50,8% (2.331 pessoas) é do sexo masculino e
49,2% (2.259 pessoas) do sexo feminino, 62,1% (2.849 pessoas) são alfabetizadas e 62,7%
(2.876 pessoas) reside na área urbana.
3.1.15 Paraibano
O município de Paraibano possui 20.103 habitantes (Censo 2010), área de 530,520 Km² e
densidade demográfica de 37,89 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 49,1% (9.878pessoas) é do sexo masculino e
50,9% (10.225 pessoas) do sexo feminino, 65,8% (13.233 pessoas) são alfabetizadas e 78,3%
(15.746 pessoas) reside na área urbana. A população residente do município é
predominantemente urbana.
3.1.16 Passagem Franca
O município de Passagem Franca possui 17.562 habitantes (Censo 2010), área de 1.358,328
Km² e densidade demográfica de 12,93 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 49,5% (8.693 pessoas) é do sexo masculino e
50,5% (8.869 pessoas) do sexo feminino, 58,5% (10.273 pessoas) são alfabetizadas e 59,6%
(10.464 pessoas) reside na área urbana.
3.1.17 Pastos Bons
O município de Pastos Bons possui 18.067 habitantes (Censo 2010), área de 1.635,305 Km² e
densidade demográfica de 11,05 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 50,8% (9.179 pessoas) é do sexo masculino e
49,2% (8.888 pessoas) do sexo feminino, 67,7% (12.226 pessoas) são alfabetizadas e 68,1%
(pessoas) reside na área urbana.
19
3.1.18 Riachão
O município de Riachão possui 20.209 habitantes (Censo 2010), área de 6.373,017 Km² e
densidade demográfica de 3,17 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 51,4% (10.390 pessoas) é do sexo masculino e
48,6% (9.819 pessoas) do sexo feminino, 71,4% (14.436 pessoas) são alfabetizadas e 50,5%
(pessoas) reside na área urbana.
3.1.19 Sambaíba
O município de Sambaíba possui 5.487 habitantes (Censo 2010), área de 2.478,696 Km² e
densidade demográfica de 2,21 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 52,7% (2.894 pessoas) é do sexo masculino e
47,3% (2.593 pessoas) do sexo feminino, 70,5% (pessoas) são alfabetizadas e 51,7% (2.836
pessoas) reside na área urbana.
3.1.20 São Domingos do Azeitão
O município de São Domingos do Azeitão possui 6.983 habitantes (Censo 2010), área de
960,929 Km² e densidade demográfica de 7,27 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 50,9% (3.566 pessoas) é do sexo masculino e
49,1% (3.417 pessoas) do sexo feminino, 60,4% (4.215 pessoas) são alfabetizadas e 71%
(4.961 pessoas) reside na área urbana. A população residente do município é
predominantemente urbana.
3.1.21 São Félix de Balsas
O município de São Félix possui 4.702 habitantes (Censo 2010), área de 2.032,364 Km² e
densidade demográfica de 2,31 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 52,2% (2.454 pessoas) é do sexo masculino e
47,8% (2.248 pessoas) do sexo feminino, 64,3% (3.022 pessoas) são alfabetizadas e 65,4%
(pessoas) reside na área rural. A população residente do município é predominantemente
rural.
3.1.22 São Domingos do Maranhão
O município de São Domingos do Maranhão possui 33.607 habitantes (Censo 2010), área
de 1.151,978 Km² e densidade demográfica de 29,17 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 50,3% (16.904 pessoas) é do sexo masculino e
49,7% (16.703 pessoas) do sexo feminino, 66,3% (22.291 pessoas) são alfabetizadas e 51,5%
(17.313 pessoas) reside na área urbana.
3.1.23 São João dos Patos
O município de São dos Patos possui 24.928 habitantes (Censo 2010), área de 1.500,631
Km² e densidade demográfica de 16,61 hab/Km².
20
Do total da população residente, cerca de 49% (12.210 pessoas) é do sexo masculino e
51% (12.718 pessoas) do sexo feminino, 69,5% (17.332 pessoas) são alfabetizadas e 82,5%
pessoas) reside na área urbana. A população residente do município é
predominantemente urbana.
3.1.24 São Pedro dos Crentes
O município de São Pedro dos Crentes possui 4.425 habitantes (Censo 2010), área de
979,631 Km² e densidade demográfica de 4,52 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 53,2% (2.355 pessoas) são do sexo masculino e
46,8% (2.070 pessoas) do sexo feminino, 71,5% (3.162 pessoas) são alfabetizadas e 55,1%
pessoas) reside na área urbana.
3.1.25 São Raimundo das Mangabeiras
O município de São Raimundo das Mangabeiras possui 17.474 habitantes (Censo 2010),
área de 3.521,525 Km² e densidade demográfica de 4,96 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 50,8% (8.884 pessoas) é do sexo masculino e
49,2% (8.590 pessoas) do sexo feminino, 73,6% (12.866 pessoas) são alfabetizadas e 71,7%
pessoas) reside na área urbana. A população residente do município é
predominantemente urbana.
3.1.26 Sucupira do Norte
O município de Sucupira do Norte possui 10.444 habitantes (Censo 2010), área de 1.074,466
Km² e densidade demográfica de 9,72hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 51,1% (5.337pessoas) é do sexo masculino e
48,9% (5.107 pessoas) do sexo feminino, 65,5% (6.826 pessoas) são alfabetizadas e 52,7%
pessoas) reside na área rural.
3.1.27 Sucupira do Riachão
O município de Sucupira do Riachão possui 4.613 habitantes (Censo 2010), área de 564,968
Km² e densidade demográfica de 8,17 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 51,4% (2.372 pessoas) é do sexo masculino e
48,6% (2.241 pessoas) do sexo feminino, 60,9% (2.809 pessoas) são alfabetizadas e 62%
pessoas) reside na área urbana. A população residente do município é
predominantemente urbana.
3.1.28 Tasso Fragoso
O município de Tasso Fragoso possui 7.796 habitantes (Censo 2010), área de 4.382,975 Km²
e densidade demográfica de 1,78 hab/Km².
Do total da população residente, cerca de 51% (3.973 pessoas) é do sexo masculino e 49%
(3.823 pessoas) do sexo feminino, 71% (pessoas) são alfabetizadas e 59% (4.648 pessoas)
reside na área urbana.
3.2 Desenvolvimento Municipal do Território
Para análise do desenvolvimento sócio-econômico dos 20 municípios que compõem a UN
de Balsas é empregado o Índice de Desenvolvimento Municipal - IDM elaborado pelo
Instituto Maranhense De Estudos Socioeconômicos e Cartográficos – IMESC.
21
O IDM é composto por dois grandes grupos de indicadores, que expressam aspectos
significativos do conceito de desenvolvimento municipal: Índice de Desenvolvimento
Econômico (IDE)- constituído por indicadores de infraestrutura, qualificação da mão-deobra e produtividade, e de produção municipal; Índice de Desenvolvimento Social (IDS)constituído por indicadores de saúde, educação, oferta de serviços básicos e de meio
ambiente.
Tabela 8 – Índice de Desenvolvimento Municipal, ranking, Índice de Desenvolvimento
Econômico e Índice de Desenvolvimento Social - 2009
Município
Índice de
Ranking Índice de
Índice de
Desenvolvimento
Desenvolvimento
Desenvolvimento
Municipal
Econômico
Social
Alto Parnaíba
0,334
80
0,313
0,356
Balsas
0,537
6
0,559
0,517
Barão de Grajaú
0,343
70
0,266
0,443
Benedito Leite
0,363
53
0,262
0,502
Buriti Bravo
0,260
174
0,219
0,309
Carolina
0,464
12
0,440
0,490
Colinas
0,338
76
0,310
0,369
Feira Nova do
0,252
188
0,197
0,332
0,329
83
0,274
0,395
Jatobá
0,264
171
0,180
0,386
Loreto
0,393
36
0,337
0,457
Mirador
0,275
156
0,280
0,271
Nova Colinas
0,297
135
0,216
0,409
Nova Iorque
0,322
87
0,214
0,484
Paraibano
0,348
60
0,285
0,458
Passagem Franca
0,288
145
0,211
0,394
Pastos Bons
0,337
77
0,257
0,443
Riachão
0,348
61
0,328
0,369
Sambaíba
0,345
68
0,348
0,342
São Domingos do
0,352
58
0,271
0,458
São Felix de Balsas
0,256
180
0,206
0,316
São Domingos do
0,344
69
0,320
0,369
Maranhão
Fortaleza dos
Nogueiras
Azeitão
22
Maranhão
São João dos Patos
0,411
25
0,397
0,425
São Pedro dos
0,307
109
0,217
0,434
0,453
16
0,412
0,499
Sucupira do Norte
0,301
123
0,230
0,395
Sucupira do
0,299
133
0,227
0,393
0,423
19
0,445
0,402
Crentes
São Raimundo das
Mangabeiras
Riachão
Tasso Fragoso
Fonte: IMESC
Uma análise da tabela revela a desigualdade em termos de Desenvolvimento Municipal
no território da UN. O município de Balsas apresenta o melhor Índice de Desenvolvimento
Municipal, ocupando a 6ª colocação no ranking estadual.
Em situação inversa o município de Feira Nova do Maranhão possui o pior Índice de
Desenvolvimento Municipal (188ª posição) e da mesma forma os piores indicadores de
desenvolvimento econômico e social do Estado do Maranhão.
3.3 Perfil Econômico do Território
Em 2009, o somatório do Produto Interno Bruto (PIB) dos vinte e oito municípios que
integram o território da UN de Balsas representava 8,79% do PIB do Maranhão. O município
de Balsas, sede da UM, possui o 4° maior PIB do Estado (IBGE-2009) o que corresponde a
2,81% do PIB Maranhense. O PIB Per capita do município sede, que correspondia a R$
13.397,05 em 2009, é superior ao PIB per capita do Estado (R$ 6.259,43).
O Agronegócio (produção de soja, arroz, milho, algodão e cana-de-açúcar) e os serviços
relacionados exercem papel importante na dinâmica da economia da região. A região
tem diversificado a produção com a introdução da cultura da cana-de-açúcar,
fruticultura, piscicultura, indústria extrativa (óleo de babaçu e calcário) e a indústria de
transformação (álcool). O crescimento do setor agrícola permitiu o desenvolvimento do
comércio, da construção civil e do setor de serviço. O setor de comércio e Serviços com
um Valor Adicionado Bruto de R$ 2,35 bilhões correspondia em 2009 a 50,11% do PIB da UN
de Balsas. O Valor Adicionado Bruto da Indústria responde por 8,11% do PIB territorial da UN
enquanto o Valor Adicionado da Agropecuária integra 36,55%. Os setores Indústria e
serviços e comércio concentram-se principalmente em Balsas, com participação
relevante do município de São Raimundo das Mangabeiras. A agropecuária destaca-se
23
como atividade econômica nos municípios de Balsas, São Raimundo das Mangabeiras,
Tasso Fragoso e Riachão.
Uma análise da composição setorial do PIB Municipal da área de abrangência da UN
Balsas mostra que em quase todas as cidades a maior parte do PIB é gerado pelas
atividades econômicas ligadas ao setor de serviços, com exceção dos municípios onde a
economia está baseada na agropecuária (Fortaleza dos Nogueiras, Loreto, Mirador,
Sambaíba, São Pedro dos Crentes, São Raimundo das Mangabeiras e Tasso Fragoso).
Tabela 9 – PIB a preço de mercado corrente, percentual de
agregados a preços correntes. Ano de 2009
Maranhão
38.854.677 100% 7.682.048
Área de Abrangência
PIB mil R$
% do VA Agro
PIB
mil R$
1.248.537
UN de Balsas
3.416.211
8,79
participação no PIB, valores
5.536.844
VA Indústria
mil R$
277.101
24.547.381
VA Serviços
mil R$
1.712.024
Alto Parnaíba
97.214
0,24
58.143
3.564
33.806
Balsas
1.120.221
2,81
244.299
87.149
685.383
Barão de Grajaú
73.868
0,19
6.557
11.246
51.159
Benedito Leite
18.226
0,05
4.537
1.841
11.431
Buriti Bravo
68.815
0,17
16.278
6.270
44.892
Carolina
117.393
0,29
35.072
9.055
67.173
Colinas
132.661
0,33
27.791
13.495
88.110
Feira Nova do Maranhão
32.301
0,08
13.089
2.030
16.843
Fortaleza dos Nogueiras
80.253
0,20
46.246
3.718
29.173
Jatobá
26.733
0,07
7.483
2.447
16.403
Loreto
83.674
0,21
48.806
3.298
30.565
Mirador
97.021
0,24
50.103
5.318
40.489
Nova Colinas
22.907
0,06
9.670
1.821
11.082
Nova Iorque
16.706
0,04
3.746
1.664
11.016
Paraibano
60.119
0,15
9.390
6.539
42.202
24
Passagem Franca
61.834
0,16
17.585
5.572
37.189
Pastos Bons
56.694
0,14
13.352
5.557
35.968
Riachão
151.116
0,38
63.984
14.338
66.681
Sambaíba
100.500
0,25
57.389
6.034
32.875
São Domingos do Azeitão
70.780
0,18
24.805
4.895
35.886
São Felix de Balsas
19.040
0,05
7.599
1.349
9.746
São Domingos do
117.009
0,29
30.151
10.474
73.747
São João dos Patos
89.164
0,22
7.739
9.836
66.917
São Raimundo das
374.489
0,94
248.023
35.608
77.103
Sucupira do Norte
31.425
0,08
9.136
2.863
18.862
Sucupira do Riachão
15.976
0,04
4.688
1.491
9.479
Tasso Fragoso
252.912
0,63
168.796
18.251
56.505
Maranhão
Mangabeiras
Fonte: IBGE-IMESC
3.4 Setores Prioritários
O Realinhamento Estratégico 2012-2015 definiu para a UN de Balsas os seguintes setores
prioritários de atuação:

Grãos

Cadeia da Cana de Açúcar

Leite e Derivados

Ovinocaprinocultura

Logística

Turismo

Artesanato
3.4.1 Grãos
O território da UN de Balsas é responsável por 89,3% da produção de soja, 37,6% da
produção de milho e 100% da produção de algodão no Estado do Maranhão. A
produção de soja está localizada nos municípios de Balsas, Tasso Fragoso, Sambaíba, São
Raimundo das Mangabeiras, Alto Parnaíba e Fortaleza dos Nogueira. A cultura do milho é
encontrada principalmente nos municípios de Loreto, Alto Parnaíba e Fortaleza dos
Nogueiras e a cultura do algodão em Tasso Fragoso e Balsas.
25
A produção de grãos (arroz, soja, algodão e milho) no território da UN constitui uma
importante atividade econômica na geração de emprego e renda.
TABELA 10 - PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO DE GRÃOS -PRODUTOS SELECIONADOS (*)
PRODUTIVIDADE (Em kg/ha)
PRODUÇÃO (Em mil t)
REGIÃO/UF
SAFRA 11/12 SAFRA 12/13 VAR% SAFRA 11/12 SAFRA 12/13
NORDESTE
1.700
1.989
17,0
12.470,5
14.938,0
MA
1.906
2.096
10,0
2.922,5
3.284,5
PI
1.947
2.062
5,9
2.286,0
2.542,7
CE
169
783
363,3
171,9
794,8
RN
580
754
30,0
12,0
15,6
PB
98
533
443,9
7,8
42,3
PE
165
564
241,8
73,1
249,3
AL
813
917
12,8
56,1
63,3
SE
2.510
3.836
52,8
609,9
932,2
BA
2.295
2.500
8,9
6.331,2
7.013,3
Fonte: CONAB
VAR%
19,8
12,4
11,2
362,4
30,0
442,3
241,0
12,8
52,8
10,8
(*) Produtos selecionados: Caroço de algodão, amendoim (1° e 2° safras), arroz, aveia, centeio,
cevada, feijão (1°, 2° e 3° safras), girassol, mamona, milho (1° e 2° safras), soja, sorgo, trigo.
A tabela 9 revela que no Estado do Maranhão a produtividade na produção grãos é
superior a média da região Nordeste, mas abaixo dos Estados da Bahia, Sergipe e Piauí.
Quanto a produção o Estado se destaca como o segundo produtor da região.
3.4.2 Cadeia da Cana-de-açúcar
A cultura da cana-de-açúcar foi responsável pela diversificação da produção na área de
abrangência da Unidade de Negócios de Balsas. Anteriormente a produção estava
concentrada na produção de grão (principalmente a soja). As condições de solo, clima,
bem como a mão-de-obra local favorecem a expansão da cultura da cana-de-açúcar,
abrindo possibilidades na indústria de bicombustíveis e cachaça. A produção de canade-açúcar
está
fortemente
concentrada
no
município
de
São
Raimundo
das
Mangabeiras.
O uso intensivo de capital na produção da cana-de-açúcar oferece barreiras a micro e
pequena empresa. No entanto, existem oportunidades na cadeia da cana-de-açúcar. As
micro e pequenas empresas podem atuar como fornecedoras da cadeia principal e
processadores de produtos e derivados da cana-de-açúcar. Segundo dados do IBGE o
Estado do Maranhão na safra 2011 produziu 2.673.211 toneladas de cana-de-açúcar e a
previsão para safra 2012 é de 3.016.644 toneladas.
26
3.4.3 Leite e Derivados
O Maranhão destaca-se como o quarto produtor de leite do Brasil e a UN de Açailândia é
responsável por aproximadamente 31,4% da produção de leite do Estado. A vocação do
Estado para a produção de leite está relacionada com a formação econômica do interior
baseada na pecuária extensiva.
A tabela 9 mostra o levantamento realizado pela Agência de Desenvolvimento
Agropecuário sobre o rebanho leiteiro, produção de leite por dia e número de produtores
na área de abrangência da Unidade de Negócios de Balsas nos nove primeiros meses de
2012.
A expansão das agroindústrias (Plataformas de Captação e Resfriamento do Leite) que
adquirem a produção oriunda a agricultura familiar e os programas do governo de
distribuição de leite estão proporcionando o fortalecimento e a sustentabilidade da
atividade.
Tabela 11 - Rebanho Leiteiro e Produção de Leite/ Dia
Área de Abrangência
N°
Propriedades
605
Rebanho Leiteiro Produção
(cabeças)
Leite/Dia (L)
23.811
25.160
24
398
1.250
Balsas
20
1.913
2.100
Barão de Grajaú
350
229
350
Carolina
4
923
640
Colinas
6
237
310
Fortaleza dos Nogueiras
32
1.258
9
Jatobá
1
22
75
10
433
7
UN Balsas
Alto Parnaíba
Benedito Leite
Buriti Bravo
Feira Nova do Maranhão
Loreto
Mirador
Nova Colinas
Nova Iorque
27
Paraibano
7
517
315
Passagem Franca
2
113
85
Pastos Bons
3
447
2.000
Riachão
25
1.932
10
9
155
180
23
1.824
10
São Pedro dos Crentes
73
12.020
16.365
São Raimundo das
4
843
694
Sucupira do Riachão
3
332
160
Tasso Fragoso
9
215
600
Sambaíba
São Domingos do Azeitão
São Félix das Balsas
São Domingos do Maranhão
São João dos Patos
Mangabeiras
Sucupira do Norte
Fonte: Agência de Defesa Agropecuária – AGED-MA (2012)
Tabela 12 – Produção de leite no período de 01.01 a 31.12. 2011
Grandes Regiões e
Unidades da
Federação
Brasil
Norte
Nordeste
Maranhão
Piauí
Ceará
Rio Grande do
Norte
Paraíba
Pernambuco
Alagoas
Sergipe
Bahia
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Produção de leite no período de 01.01 a 31.12,
Vacas
Quantidade
Valor
Produtividade
ordenhadas (1.000 litros)
(1.000 R$)
(litros/vaca/ano)
(cabeças)
23.227.221
32.091.012
24.392.966
1.382
2.442.355
1.675.284
1.034.630
686
4.925.593
4.100.730
3.340.767
833
591.945
386.673
323.962
653
156.232
89.119
114.823
570
549.897
455.800
401.432
829
262.489
243.249
237.129
927
259.283
619.919
154.893
226.927
2.104.008
7.919.660
4.140.257
3.799.356
237.102
953.230
238.249
315.968
1.181.339
11.308.133
10.229.801
4.777.064
199.020
758.499
173.771
232.299
899.832
9.001.891
7.496.079
3.519.599
938
1.538
1.538
1.392
561
1.428
2.471
1.257
Fonte: IBGE - Produção da Pecuária Municipal-2011
28
A tabela 12 revela a disparidade entre a produtividade do Estado e a produtividade
média da Região Nordeste, cujos valores são, respectivamente, 653 e 833. Nesse sentido
existe espaço para ampliação da produção de leite no Estado.
A produção de leite e derivados presente nos municípios da UN tem se beneficiado da
expansão do mercado. O consumo médio per capita de leite e derivados do Maranhão
corresponde a 15,7 kg/ano é bem inferior à média de 27,5 do NE, segundo dados do IBGE
– Pesquisa de Orçamento Familiar 2008/2009.
A expansão dos rendimentos dos trabalhadores é favorável ao setor de leite e derivados,
pois existe uma forte correlação entre aumento da renda e consumo de lácteos. Estima-se
que quando a renda aumenta em 10% o consumo de queijo aumenta 8%. A região
Nordeste é uma das que mais responde ao consumo de queijo com a melhoria na renda.
Gráfico 5 – Índice de aquisição de queijo
Índice de aquisição per capita de queijo
muçarela
4000
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
Até 830 Reais
Brasil
Mais de 830 a
1.245 Reais
Norte
Mais de 1.245 a Mais de 2.490 a Mais de 4.150 a Mais de 6.225
2.490 Reais
4.150 Reais
6.225 Reais
Reais
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Fonte: IBGE: Pesquisa de Orçamento Familiar-2008
O desenvolvimento da produção de leite e derivados favorece o desenvolvimento de
outros setores e atividades. A produção de leite e derivados em escala industrial possibilita
29
a oferta de serviços ligados a industrialização do leite. O setor de logística se beneficia
com oportunidades para pequenas empresas de distribuição e comércio de produtos
veterinários. Com a intensificação da fiscalização sanitária surge um mercado para cursos
de Boas Práticas de manipulação, Fabricação e Armazenagem.
3.4.4 Ovinocaprinocultura
A ovinocaprinocultura representa uma importante atividade econômica na região, sendo
responsável por 17% da produção da caprinos e 16,5 da produção de ovinos do Estado.
A tabela 9 mostra o levantamento realizado pela Agência de Desenvolvimento
Agropecuário sobre o rebanho leiteiro, produção de leire por dia e número de produtores
na área de abrangência da Unidade de Negócios de Balsas nos nove primeiros meses de
2012.
Tabela 15 - Caprinos e Ovinos na UN de Balsas
ÁREA DE ABRANGÊNCIA
UN DE BALSAS
SAO RAIMUNDO MANGABEIRAS
LORETO
SAMBAIBA
BENEDITO LEITE
FORTALEZA DOS NOGUEIRAS
NOVA COLINAS
BALSAS
SAO FELIX DE BALSAS
RIACHAO
FEIRA NOVA
ALTO PARNAIBA
TASSO FRAGOSO
CAROLINA
BARAO DE GRAJAU
BURITI BRAVO
MIRADOR
SUCUPIRA DO NORTE
PARAIBANO
PASSAGEM FRANCA
COLINAS
JATOBÁ
Caprinos
PROP
CAB
1153
23296
31
729
22
610
76
2.200
76
12
8
24
51
70
2
4
1
21
202
9
204
50
51
0
47
9
2200
158
205
610
1.317
1.197
32
78
30
410
6.153
171
239
125
58
0
1.684
135
Ovinos
PROP
1015
46
20
52
CAB
22.695
819
645
1.400
52
81
18
48
48
60
66
3
4
41
114
2
127
40
6
2
39
8
1.400
1.602
550
2.979
1.155
2.057
973
177
159
1.138
2.879
44
163
135
200
128
901
52
30
NOVA IORQUE
SÃO DOMINGOS DO AZEITÃO
PASTOS BONS
SÃO JOAO DOS PATOS
SUCUPIRA DO RIACHAO
SÃ0 PEDRO DOS CRENTES
SÃO DOMINGOS DO MARANHÃO
Fonte: AGED
61
15
16
35
22
9
25
1.436
888
435
1.163
424
186
423
14
9
17
21
5
44
28
270
343
482
296
48
1.030
670
3.4.5 Logística
Não existem dados secundários organizados sobre o setor de logística no território da
Unidade de Negócios de Balsas. No entanto, o setor oferece oportunidades para as micro
e pequenas empresas na Cadeia da Cana-de-açúcar, grãos, indústria extrativa,
ovinocaprinocultura e hortifruticultura.
3.4.6 Turismo
O Turismo tem se destacado como atividade econômica na Unidade de Negócios de
Balsas. O sul do Maranhão apresenta um grande potencial turístico nos municípios de
Carolina, Riachão e Balsas. Com destaque para o Parque da Chapada das Mesas, onde
se encontram cânions e cachoeiras. A cidade de Balsas desponta no Turismo de negócios,
eventos e no ecoturismo. O crescimento econômico verificado no município de Balsas e
região impulsiona o Turismo de Negócios e eventos. A região apresenta alguns gargalos na
infraestrutura turística o que demanda investimentos na área hoteleira, de alimentação,
bem como capacitação da mão-de-obra. O setor de turismo oferece oportunidades nas
áreas de transporte de pessoal, ecoturismo, locação de veículos e equipamentos de
esportes radicais.
3.4.6 Artesanato
O artesanato local concentra-se na produção de bordados, redes e confecções. A
expansão do artesanato local está diretamente relacionado com o desenvolvimento do
turismo e a busca de novos mercados.
4.0 Validação dos Setores da Unidade de Negócios
Para validação dos setores utilizou-se uma matriz com critérios para definição do grau de
prioridade do setor em análise. Foram utilizados os critérios de econômicos: potencial de
31
geração de emprego e renda, número de empresas no setor, participação do setor no PIB
da UN e potencial do mercado de cada Setor. Cada um dos critérios foi avaliado com
base em dados secundários e foram atribuídas notas de zero a dez. Quanto maior a nota
atribuída ao critério econômico maior sua importância para o crescimento e
desenvolvimento da região.
Matriz de Validação de Resultados
Na metodologia adotada, a prioridade do setor é definida de acordo com a pontuação
obtida na matriz de validação. De acordo com a pontuação obtida na matriz os setores
foram definidos o grau de prioridade.
A tabela mostra o intervalo de variação do somatório dos critérios econômicos e sua
classificação como prioridade forte, moderada e fraca.
Tab. 16 – Intervalo da Média do Resultados e Prioridade
Critério econômico - Intervalo
Prioridade
8 — 10
Forte
5—7
Moderada
Abaixo de 5
Fraca
4.1 Resultados da Validação dos Setores
A Matriz de Validação dos Setores está alinhada com a promoção da inovação nas MPEs
maranhenses, a conquista e ampliação de mercados, o fortalecimento da cultura do
empreendedorismo e o fomento ao desenvolvimento territorial e de sistemas produtivos
locais.
Tab. 17 – Resultados da Validação dos Setores
Setor
Potencial
Número
Participação
geração de
de
no PIB da UN
emprego e
empresas
renda
Grão
8
9
9
Cadeia da cana9
8
9
Potencial
do
Mercado
Resultado
(Média)
10
10
9,00
9,00
Prioridade
Forte
Forte
32
de-açúcar
Leite e Derivados
Ovinocaprinocultur
a
Logística
Turismo
Artesanato
8
9
8
8
7
8
9
9
8,00
8,50
Forte
Forte
7
9
7
7
7
5
7
7
5
10
9
8
7,75
8,00
6,25
Forte
Forte
Moderada
Os setores de comércio varejista, serviços e a cadeia da construção civil devem ser
incluídos como setores prioritários na medida em que se beneficiam do desenvolvimento
dos demais setores.
4.2 Oportunidades de Negócio para as MPEs
O estudo dos setores prioritários da UN permitiu identificar oportunidades de negócio para
as MPEs nas seguintes atividades econômicas:

Conservação , higiene e limpeza de armazéns e cargas;

Serviços de carga e descarga;

Organização; controle e gestão de estoque;

Serviços de manutenção (mecânica e elétrica);

Fornecimento de uniformes e roupas especiais para as empresas dos setores de
Leite e Derivados e da Cadeia Logística.
5.0 Cenários
Para as projeções do PIB dos Municípios, do Estado e da Unidade de Negócios no período
2009-2011 foram levados em consideração os efeitos da crise econômica internacional, o
comportamento da taxa de juros interna e as medidas econômicas adotadas.
Nas projeções PIB dos Municípios, do Estado e da Unidade de Negócios no período 20122015 consideramos como cenário mais provável a continuação da crise financeira
internacional, com os Estados Unidos tendo dificuldades para estabelecer uma trajetória
de crescimento econômico, redução do ritmo de crescimento da economia Chinesa,
33
aumento do desemprego na Zona EURO, inflação no Brasil acima da meta de 4,5% ao
ano, taxas de juros de um dígito e adoção de medidas macro prudenciais para conter a
inflação, crescimento anual do PIB Brasileiro abaixo de 3%, baixo nível, continuação da
execução dos investimentos previstos na economia maranhense, crescimento da
economia maranhense acima do crescimento da economia brasileira, redução da taxa
de crescimento do emprego no Brasil e o mercado interno sendo responsável pelo
crescimento da economia.
6.0 Projeções do PIB da Unidade de Negócios - 2010-2015
Expectativa de Evolução do PIB -2010/2015 (em R$ mil)
6000000
5000000
4000000
3000000
2000000
1000000
0
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
Unidade de Negócios de Balsas
Fonte: IBGE
34
Expectativa de evolução do PIB -2010/2015 (% ao ano)
9,77
10,00
8,90
8,17
9,00
8,00
7,56
7,03
7,00
6,00
5,00
4,58
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
2010
2011
2012
2013
2014
2015
Unidade de Negócios de Balsas
35
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