Sociologia – 2011 Turma- 2211 Os agrupamentos sociais Família

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Sociologia – 2011
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Os agrupamentos sociais
OS GRUPOS SOCIAIS
Grupo social: é a reunião de duas ou mais pessoas, interagindo umas com as
outras, e por isso capazes de ação conjunta,
visando atingir um objetivo
comum.
Principais grupos sociais:
Grupo familiar – família;
Grupo vicinal – vizinhança;
Grupo educativo – escola;
Grupo religioso – igreja;
Grupo de lazer – clube;
Grupo profissional – empresa;
Grupo político – Estado, partidos políticos;
* Características de um grupo social:
Pluralidade de indivíduos – há sempre mais de um individuo no grupo, coletivismo;
Interação social – os indivíduos comunicam-se uns com os outros;
Organização – todo o grupo, para funcionar bem precisa de uma ordem interna;
Objetividade e exterioridade – quando uma pessoa entra no grupo ele já existe,
quando sai ele permanece existindo;
Objetivo comum – união do grupo para atingir os objetivos dos mesmos;
Consciência grupal ou sentimento de “nós” – compartilham modos de agir,
pensamentos, idéias, etc. Ex: Nós ganhamos.
Continuidade – é necessário ter certa duração. Não pode aparecer e desaparecer com
facilidade.
*Classificação dos grupos sociais:
Grupos primários- predominam os contatos primários, mais
pessoais, diretos, como a família, os vizinhos, etc.
Grupos secundários –
são
mais complexos, como as
igrejas e o estado, em que predominam os contatos
secundários, neste caso, realizam-se de forma pessoal
e direta – mas sem intimidade –
ou de maneira
Família- grupo social primário
indireta como cartas, telegramas, telefonemas, etc.
Grupos intermediários – são aqueles que se alternam e se complementam as duas
formas de contatos sociais (primários e secundários). Ex: escola.
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OUTRAS FORMAS DE AGRUPAMENTOS SOCIAIS
Agregado social: é uma aglomeração de pessoas com pouco contato
primário, ou seja, pouco contato social umas com as outras, com um
sentimento grupal. Diferentemente dos grupos sociais, os agregados sociais
não são organizados, não possuem hierarquia definida e são desconhecidas
entre si. Existem três tipos de agregados sociais: multidão, público e massa.
Multidão: é a aglomeração de pessoas bastante próximas fisicamente, sem
normas ou uma organização pré-estabelecida, anônimas, iguais e com um
objetivo em comum. Em uma multidão, não importa a raça, cor, nível
intelectual ou de poder aquisitivo dos indivíduos, visto que não há espaço
para esta diferenciação. Alguns exemplos de multidão: aglomerações de
pessoas brincando o carnaval, grupo de curiosos vendo um acidente de
trânsito
que
acabou
de
acontecer,
etc.
Características da multidão
• Falta de organização: não possui um conjunto
de normas.
• Anonimato: não importa quem faz parte da
multidão.
• Objetivos comuns: os interesses, as emoções
e os atos têm o mesmo sentido.
• Indiferenciação: todos são iguais perante a multidão, não há espaço para
manifestar as diferenças individuais.
• Proximidade física:
os componentes da multidão ficam e contato
direto e temporário uns dos outros.
Público: é bastante diferente da multidão. As principais características que fazem
essa distinção é que o público é uma associação intermediária entre o grupo social e a
multidão, visto que o esse tipo de agregado social possui certo contato primário entre
seus participantes e há uma organização estabelecida. Na multidão, a integração das
pessoas é ocasional, no público é intencional, sendo que inclusive as pessoas
agrupadas na forma de público possuem a capacidade de criticar (palmas, vaias, etc ).
Exemplos: público de pessoas que vão a um show musical, ao teatro ou a uma
partida de futebol.
- Opinião
publica:
modo
de pensar,
agir, e sentir de um
público.
Massa: diferentemente do público, que pode criticar, esse tipo é marcado
principalmente pela passividade em relação ao que é imposto. Um exemplo claro de
massa é o grupo de pessoas que vê a uma propaganda na TV. Neste caso, o conjunto
de telespectadores é a massa. Como características nós ainda podemos ver: não há
contato entre as pessoas do grupo, seu processo de formação é espontâneo, não há a
possibilidade de crítica e o tipo de comunicação
que predomina é aquele
transmitido
pelos
veículos
de
comunicação
de
massa.
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Diferença entre público e massa
Público – recebe a opinião e pode opinar.
Massa – predomina a comunicação transmitida pelo os meios de massa.
MECANISMOS DE SUSTENTAÇÃO DOS GRUPOS SOCIAIS
Todo grupo social dispõe de meios que o sustente. Sem esses mecanismos, os
grupos sociais não existiriam tudo seria uma anarquia geral.
Liderança: que consiste na capacidade de alguém chefiar, comandar ou orientar
outros indivíduos. O homem mostrou ao longo da história a importância que a
liderança tem sobre os grupos sociais, já que desde a pré-história já existiam líderes.
Existem dois tipos de liderança:
- a institucional, que deriva da autoridade e sua promulgação;
-a pessoal, originada pelas habilidades próprias do líder. Desta forma, um líder
institucional pode não ter nenhuma habilidade ou característica de líder, mas
definitiva e simplesmente é.
Normas e Sanções Sociais
As normas e sanções sociais são as formas dos grupos sociais orientarem e
controlarem as atitudes dos indivíduos.
Normas: ditam aos participantes, o que é permitido e o que é proibido naquele
contexto. São regras de conduta de uma sociedade, que controlam e orientam o
comportamento das pessoas.
Sanções sociais: são as formas que os grupos sociais recompensam ou punem os
indivíduos. As recompensas são aplicadas sob a forma de aceitação, aplausos,
honrarias, etc. As punições vão desde vaias e insultos até a prisão do indivíduo.
Símbolos: se caracterizam por representar algo mais complexo e abstrato. São
exemplos de símbolos: a bandeira nacional, representando um país; o logotipo de
uma empresa, a simbolizando, etc. A linguagem é o conjunto de símbolos mais
importante em um grupo social. Sem a linguagem não haveria organização social
humana em nenhuma de suas manifestações: política, religiosa, cultural, etc.
Valores Sociais: os grupos sociais também são sustentados por valores. Valores são
conjuntos de idéias e opiniões que regem o comportamento da sociedade dentro de
um contexto social. Os valores estão em constante evolução. Um exemplo de
mudança de valores é a do trabalho feminino, onde algum tempo atrás, o trabalho
doméstico e a criação dos filhos eram considerados trabalhos exclusivamente
femininos. Hoje em dia, esse valor está mudando, já que as atividades são divididas
naturalmente entre o casal.
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SISTEMA DE STATUS E PAPÉIS
Apesar de semelhantes, os conceitos de status e papel social definem duas coisas
distintas no campo de estudos da sociologia. Por isso, devemos tomar mais atenção
para sabermos qual a utilidade de cada um desses conceitos e que tipo de informação
eles nos repassa ao trabalharmos com estes dois referenciais. Em primeiro lugar, é de
suma importância apontar que tais conceitos são necessários para uma análise um
tanto mais profunda da pirâmide social que organiza algumas coletividades.
A ideia de status social está ligada às diferentes funções que um sujeito pode
ocupar no interior da sociedade em que vive. Se compreendermos ele como um
sujeito oriundo das classes médias, por exemplo, podemos enxergar quais hábitos,
vínculos e funções que podem definir seu status no meio em que vive. Para tanto,
avaliamos qual tipo de posto de trabalho ocupado, os locais de lazer frequentados, o
partido político ao qual está filiado e sua posição no núcleo familiar.
Para se estabelecer uma definição mais bem acabada sobre os diferentes tipos de
status que uma pessoa pode ter, os estudos sociológicos costumam grifar a existência
de dois tipos de status:
Status atribuído: não é escolhido pelo individuo, e não depende de si próprio. Ex:
irmão caçula, filho de operário.
Status adquirido: depende das qualidades pessoais do individuo, de sua capacidade,
e habilidade. São status
adquiridos através de anos de luta e competição, supõe a
vitória sobre os rivais. A pessoa demonstra superioridade. Ex: classe alta.
Nesse momento o conceito de papel social aparece justamente para explicar quais
seriam os direitos e deveres que uma pessoa tem ao ocupar um determinado status
social. Dessa forma, vemos que o papel social envolve todo o tipo de ação que a
própria sociedade espera no momento em que um de seus integrantes ocupa certo
status. Exemplificando de forma simples, podemos dizer que o médico deve salvar
vidas, a mãe cuidar de seus filhos e o professor repassar conhecimento para os
alunos.
Na compreensão de algumas culturas, a relação entre o status e o papel social
pode nos mostrar algumas diferenças bastante interessantes. Realizando um
contraponto entre duas sociedades, é possível analisar que indivíduos com status
sociais semelhantes são levados a desempenhar diferentes funções. Um exemplo
disso pode ser notado quando pensamos em um curandeiro de uma tribo indígena e o
médico de alguma sociedade capitalista.
Enquanto o primeiro vive em contato com a comunidade e se utiliza de rituais
religiosos para cumprir a função de curar pessoas, esperamos que um médico esteja
em um consultório e que domine o uso de uma série de procedimentos científicos
para realizar essa mesa tarefa.
Não há status que não corresponda a um papel social e vice-versa.
Todas as pessoas sabem o que esperar ou exigir do individuo de acordo com o
status ocupado no grupo ou na sociedade. E a sociedade sempre encontra
meios para punir os indivíduos que não cumprem seu papel.
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ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO SOCIAL
Estrutura social: é a totalidade dos status existentes num determinado grupo social
Ou numa sociedade.
Organização social:
é o conjunto de todas as ações que são realizadas quando os
membros
de
um
grupo
desempenham
seus
papeis
sociais.
Assim, enquanto a estrutura social da a idéia de algo estático, que simplesmente
existe, a organização social da a idéia de uma coisa que acontece.
A estrutura social se refere a um grupo de partes – ex: reunião de indivíduos
– enquanto a organização social se refere às relações que se estabelecem entre essas
partes.
Quanto mais complexa a sociedade, mais complexa e maior será a sua estrutura e
organização
social.
Tanto a estrutura quanto a organização social não permanecem sempre iguais. Elas
podem passar, e passam com freqüência, por um processo de mudança social.
SOCIOLOGIA DA JUVENTUDE
Ao longo da História da
Cultura Ocidental,
a participação dos jovens era
desconsiderada
nos movimentos e transformações
sociais
ocorridas ao longo do tempo. A “voz da juventude” foi por muito tempo reclusa aos
olhos de uma sociedade conservadora que, na
maioria das vezes, ligava o jovem à imaturidade,
ignorância e subserviência familiar. No entanto, a partir da segunda metade do
século XX, esse cenário começou a
sofrer
consideráveis transformações.
A partir da década de 1960, intensas manifestações culturais e políticas juvenis
indicavam que o papel do jovem começava a ter outro lugar. Nesse período, podemos
destacar a ação do movimento hippie, que se contrapôs aos valores morais de sua
época pregando ideais de “paz e amor”, criticando a sociedade de consumo e
realizando intensa oposição à Guerra do Vietnã. Embalados pelo prazer, o uso de
alucinógenos e o rock’n’roll mostraram o novo lugar da juventude.
Com o esvaziamento desse primeiro movimento, a geração hippie deu lugar a
uma juventude mais conservadora que não mais se simpatizava com a ação
transgressora da geração anterior. Os chamados yuppies da década de 1980, mediante
a expansão do capitalismo e a competitividade do mercado de trabalho, começaram a
estudar cada vez mais cedo, buscando uma carreira profissional proeminente
acompanhada
do
tão
sonhado
conforto
material.
A consolidação de um mundo cada vez mais integrado pelo processo de
globalização provocou uma nova onda de movimentos juvenis que se colocam contra
a própria sociedade que o exclui. O movimento punk é um claro exemplo de ação
juvenil calcada pela crítica de um sistema que visa padronizar comportamentos em
torno de um mundo cada vez mais atrelado aos resultados imediatos e à eficiência.
Em contrapartida, essa reação à globalização também trouxe outras conseqüências.
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A juventude nascida na década de 1980 integra, de acordo com alguns estudiosos
e analistas, a chamada geração “Z”. O uso desta letra vem do termo inglês “zapping”,
ou seja, dar “uma volta”. Essa tal volta, por conseguinte, simboliza a enxurrada de
tecnologias que colocaram esses jovens em contato simultâneo com a TV, telefone
celular e internet. A facilidade de acesso à informação transforma essa nova geração,
de
carta
maneira,
um
pouco
mais
acomodada.
Em contrapartida, essa nova situação da juventude não indica uma morte das
utopias e da ação direta do jovem na sociedade. Por mais que não possamos ver
claramente a ascendência de novos movimentos juvenis politizados, não podemos
desconsiderar a presença de uma juventude que possui e demonstra suas demandas
sob as mais diferentes formas. Enquanto isso, as gerações futuras nos reservam a
transformação que os adultos de amanhã talvez não imaginassem.
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