Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia (ano 1) Tema: Geologia Planetária Todos os planetas do Sistema Solar foram criados simultaneamente e a partir de uma mesma nébula primitiva original, há cerca de 4600 milhões de anos. Numa primeira análise, e a uma escala maior, os planetas telúricos (Mercúrio, Vénus, Terra e Marte) apresentam características semelhantes, no que diz respeito a tamanho, massa, densidade, número de satélites naturais, velocidade de rotação, composição e estrutura interna. Mas, se analisarmos em pormenor cada um deles, depressa se constata que cada um destes planetas constitui um sistema único, com características morfológicas, geológicas e ambientais ímpares. Métodos utilizados na Geologia Planetária Como qualquer ciência, a Geologia Planetária recorre a metodologias específicas para o objecto de estudo a que se destina: os planetas do Sistema Solar, nomeadamente, os planetas telúricos. De realçar que este estudo depende, e só é possível, com a contribuição de outras ciências, tais como a Física, a Química, a Geografia, a Topografia, a Óptica e muitas outras. Os parâmetros mais estudados pela Geologia Planetária são: - estrutura interna dos planetas, mediante estudos de densidade, campos gravitacional e magnético, sismologia, temperatura e meteoritos; - cartografia, com o recurso a fotografias, imagens de radar, comparação com estruturas da Terra e albedo (poder reflector das rochas); - composição, fazendo uso de análises laboratoriais directas (no caso de existirem amostras) e análises espectrais remotas (no caso de se analisar corpos muito distantes); - cronologia relativa e se possível absoluta, com utilização de métodos isotópicos. O estudo das formas e morfologia presentes nos planetas é feito através de um processo de comparação com as estruturas existentes no planeta Terra. Conhecendo as estruturas, é possível inferir os processos que as originaram, partindo do princípio que as forças e os processos que ocorrem na terra se podem aplicar a outros planetas. Assim, foram definidas três tipos de estruturas: estruturas endógenas, exóticas e exógenas. - As estruturas endógenas resultam da acção de processos e forças que actuam no interior dos planetas, tais como dobras, falhas, fissuras, cones vulcânicos, filões, etc. - As estruturas exógenas são originadas por processos que ocorrem na superfície do planeta, tais como rios, dunas, ravinamentos, etc. - As estruturas exóticas têm uma origem exterior ao planeta, tais como crateras de impacto de meteoritos e outros corpos celestes. Cratera de impacto – estrutura exótica Duna – estrutura exógena Cone vulcânico – estrutura endógena Os planetas telúricos podem ser classificados como sendo geologicamente activos e geologicamente inactivos. Um planeta será geologicamente activo se nele for possível observar ou detectar sinais de dinâmica externa e/ou interna, tais como erupções vulcânicas, sismos, escorrências de água, etc. Se tal não ocorrer, então o planeta é considerado, do ponto de vista geológico, inactivo. No entanto, é de salientar que um planeta que é actualmente considerado geologicamente inactivo, num passado distante, muito provavelmente, já teve fenómenos geológicos activos. 1. Define Geologia Planetária. 2. Descreve dois métodos utilizados na Geologia Planetária. 3. Prevê qual dos métodos será mais fácil de efectuar. Justifica. 4. Distingue planetas geologicamente activos de planetas geologicamente inactivos.