Hucam alerta: Dois casos de infecção pelo vírus Zika são

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Hucam alerta: Dois casos de infecção pelo vírus Zika são confirmados pela
Sesa
A Secretaria da Saúde do Estado do Espírito Santo confirmou
laboratorialmente os dois primeiros casos de infecção pelo vírus Zika,
ambos em Vitória, sendo um no bairro Maria Ortiz e outro no bairro Jesus
de Nazareth.
No entanto, há inúmeros outros suspeitos dispersos tanto pela cidade de
Vitória como por outros municípios que ainda aguardam confirmação e
outros que não poderão ser confirmados por via laboratorial, somente por
suspeita clínica, visto que a doença é de difícil diagnóstico laboratorial e,
ainda, o Ministério da Saúde limitou o número de
A doença na sua fase aguda se assemelha à dengue, tendo como
características o exantema (manchas avermelhadas pela pele), associado a
outros sintomas como febre baixa, irritação conjuntival e inchaço nas
articulações. Embora estes sintomas pareçam se manifestar de forma mais
branda que na dengue, a infecção pelo Zika não é menos preocupante pelas
conseqüências que podem advir após passada a fase aguda.
Há uma grande associação desta infecção com o surgimento da síndrome
de Guillain Barré em alguns pacientes acometidos. Trata-se de uma doença
neurológica que ocorre entre 7 a 14 dias após a doença viral, de extrema
gravidade e que ocasiona paralisia progressiva da musculatura, podendo
inclusive atingir músculos respiratórios e levar à morte.
No Nordeste brasileiro, que já passou por uma epidemia do vírus Zika no n
final do ano de 2014 e no início de 2015, uma notícia de grande importância
vem nos preocupando, embora não haja uma confirmação concreta. Nos
estados do Rio Grande do Norte e de Pernambuco, tem-se observado um
aumento significativo no nascimento de crianças com microcefalia (uma
diminuição desproporcional do tamanho da cabeça e, assim, do tamanho
do encéfalo, com conseqüências graves no desenvolvimento
neuropsicomotor das crianças afetadas).
Estes casos foram estudados e não se detectou quaisquer das infecções que
habitualmente causam malformações no bebê, como rubéola,
toxoplasmose, citomegalovírus ou alterações genéticas. Também se
investigou as mães e se verificou que as mesmas tinham adquirido infecção
altamente suspeita de Zika (embora sem confirmação laboratorial) no
primeiro trimestre da gravidez.
Os casos estão sendo estudados em conjunto pelas Secretarias de Saúde,
pelo Ministério da Saúde e pela Organização Panamericana de Saúde.
Embora não seja confirmado que o vírus Zika seja o causador de tais
malformações, há uma forte suspeita e, diante da gravidade do
acometimento, entendemos que, até que se confirme ou se descarte tal
associação, todas as medidas de precaução da doença sejam tomadas.
É de crucial importância que a população compreenda que o combate à
Dengue, à Chikungunya e à Zika está fundamentalmente ligado ao controle
do Aedes aegypti. Cada cidadão deve tomar todas as medidas possíveis e
verificar em toda sua residência e local de trabalho a existência de
criadouros do mosquito, com o intuito de exterminá-los, evitando riscos
para si e para terceiros.
Diante das três graves doenças atualmente transmitidas pelo Aedes aegypti
no Brasil não é exagero afirmar que é um dos maiores problemas de saúde
existente em nosso país na atualidade.
O Zika virus foi isolado, pela primeira vez, em 1947, num macaco Rhesus
utilizado para pesquisas na Floresta de Zika, em Uganda, no continente
africano. Aproximadamente 20 anos depois, ele foi isolado em seres
humanos na Nigéria. Dali, ele se espalhou por diversas regiões da África e
da Ásia e alcançou a Oceania. Possivelmente, ele entrou no Brasil trazido
por turistas que vieram assistir à Copa do Mundo de Futebol, em 2014,
segundo especialistas da área.
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