UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS FUNDAÇÃO DE MEDICINA TROPICAL DR. HEITOR VIEIRA DOURADO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA TROPICAL DOUTORADO EM DOENÇAS TROPICAIS E INFECCIOSAS AS COINFECÇÕES VIRAIS E O PERFIL IMUNOLÓGICO DE PACIENTES HIV POSITIVOS PORTADORES DE NEOPLASIA INTRAEPITELIAL ANAL ADRIANA GONÇALVES DAUMAS PINHEIRO GUIMARÃES MANAUS 2014 i ADRIANA GONÇALVES DAUMAS PINHEIRO GUIMARÃES AS COINFECÇÕES VIRAIS E O PERFIL IMUNOLÓGICO DE PACIENTES HIV POSITIVOS PORTADORES DE NEOPLASIA INTRAEPITELIAL ANAL Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical da Universidade do Estado do Amazonas, para obtenção do grau de Doutor em Doenças Tropicais e Infecciosas. Orientador: Prof°. Dr. Luiz Carlos de Lima Ferreira Co-Orientador: Profª. Dra. Adriana Malheiro MANAUS 2014 G963a Guimarães, Adriana Gonçalves Daumas Pinheiro. As coinfecções virais e o perfil imunológico de pacientes HIV positivos portadores de neoplasia intraepitelial anal / Adriana Gonçalves Daumas Pinheiro Guimarães. -- Manaus : Universidade do Estado do Amazonas, UFAM, 2014. 45 f. : il. Tese apresentada ao Programa de Pós Graduação em Medicina Tropical da Universidade do Estado do Amazonas, 2014. Orientador: Prof°. Dr. Luiz Carlos de Lima Ferreira Co-Orientador: Profa. Dra. Adriana Malheiro 1. Virus – HIV 2.Coinfecção anal 3. Perfil imunológico – Paciente – HIV I. Título. CDU: 616.98 Ficha Catalográfica elaborada pela Bibliotecária. Sheyla Lobo Mota. CRB: 484 ii FOLHA DE JULGAMENTO AS COINFECÇÕES VIRAIS E O PERFIL IMUNOLÓGICO DE PACIENTES HIV POSITIVOS PORTADORES DE NEOPLASIA INTRAEPITELIAL ANAL ADRIANA GONÇALVES DAUMAS PINHEIRO GUIMARÃES “Esta tese foi julgada adequada para obtenção do Título de Doutor em Doenças Tropicais e Infecciosas, aprovada em sua forma final pelo Programa de PósGraduação em Medicina Tropical da Universidade do Estado do Amazonas em convênio com a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado”. Banca Julgadora: Prof. Luiz Carlos de Lima Ferreira, Dr. Presidente Prof. Marcelo Cordeiro dos Santos, Dr. Membro Prof. João Vicente Braga de Souza, Dr. Membro Prof. Carmem Ruth Mazione Nadal, Dr. Membro Prof. Olindo Assis Martins Filho, Dr. Membro iii DEDICATÓRIA Aos meus amores: José Jorge Pinheiro Guimarães Paulo Daumas Kale Martins Roberta Daumas Kale Martins Bárbara Daumas Kale Martins iv AGRADECIMENTOS Aos pacientes que se doam à pesquisa na esperança de alcançarem a cura para suas dores nem sempre físicas, nem sempre abordáveis. Aos orientadores Prof. Dr. Luiz Carlos de Lima Ferreira e Prof. Dra. Adriana Malheiro pelo estímulo, apoio, disponibilidade e por acreditarem em mim. Aos colegas patologistas da FMTHVD José Ribamar de Araújo e Rosilene Viana de Andrade pelo apoio, carinho e esntusiasmos com o qual sempre trataram minha pesquisa. A técnica de enfermagem Elizabeth Monteiro, pela dedicação, pelo amor aos pacientes, por se doar a esta pesquisa e por sestar sempre pronta a ajudar. Os autores agradecem ao Dr Leandro Baldino, aos estudantes de medicina Aline Lury Hada, Bruno Queiroz e Isabelle Gracinda Aguiar; aos farmacêuticos Andreza Fernandes, Carolina Marinho e Cristiana Lima Laranjeira. Aos técnicos da patologia da FMT-HVD, Sandra Caranhas, Carlos Melquiades Marques, Sandra Eline e Sra. Maria Araújo pela ajuda incondicional e por sempre me acolherem com um soriso. A toda a equipe de suporte hospitalar da FMT-HVD pelo carinho e suporte indispensável a conclusão deste estudo. A Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas, na figura do Exmo Sr Secretário de Saúde Dr Wilson Duarte Alecrin por acreditar e apoiar o sonho de uma jovem médica. A FAPEAM, PPSUS e a FMT-HVD por alocarem os recursos necessários à realização deste estudo. Ao Dr Joaquim Alves de Barros Neto por sua amizade e apoio fundamental a este estudo. Aos colegas do plantão de domingo do Hospital Dr João Lúcio Pereira Machado por seu apoio, amizade e incentivo à concretização deste estudo. Ao diretor do Hospital de Aeronáutica de Manaus, Cel Med Jorge Viana Annibal pelo apoio e concessões indispensáveis à concretização deste projeto. A coordenação e mestres do programa de Doutorado strictu sensu em Doenças Tropicais e infecciosas da Universidade Estadual do Amazonas e Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado pela confiança, apoio e estímulo a conclusão deste estudo. A farmacêutica Andreza Fernandes pelo apoio e dedicação na execução dos procedimentos imunohistoquímicos, tão necessários ao fortalecimento deste estudo. Ao Farmacêitico João Paulo Pimentele e ao Enfermeiro Allyson Guimarães pelo apoio, esclarecimentos e auxílio indispensáveis a execução dos procedimentos de citometria de fluxo. v A farmacêutica Carolina Marinho e a biomédica Renata Galvão pela presteza e esmero na execução dos testes moleculares cumprindo meu exíguo prazo. Aos alunos do projeto de pesquisa “Câncer Anal”, em especial a Aline Hada, Josy Abranches, Isabella Aguiar e Bruno Queiroz pelas horas de dedicação a este trabalho, por compartilharem a minha angústia e por me incentivarem a permanecer na pesquisa. Aos amigos que souberam compreender minha ausência e esquecimentos, em especial à Paula Hargraves e à Júnia Ferreira Dutra que nos momentos de angústia sempre me ofereceram afeto. Ao meu pai, Bento Daumas, in memoriam, pela herança do prazer pelo estudo e pelo orgulho refletido em seu olhar. A minha mãe, Sebastiana de Carvalho Gonçalves, por ser tão maravilhosa e por sua docura, braveza e honestidade com os quais nos educou. Jamais conseguirei compensar seus esforços! A meus filhos Paulo, Roberta e Bárbara, meus verdadeiros tesouros, pelo seu amor, por terem suportado minha ausência, e por permanecerem junto à mim. Ao meu amado marido José Jorge Pinheiro Guimarães pelo exemplo, impulso à vida acadêmica, questionamentos científicos certeiros e principalmente por seu grande e maravilhoso coração. A Deus por tanto ter me dado sem que houvesse merecimento algum. A Ti, meu Senhor e Salvador toda Honra e Toda a Glória! vii RESUMO INTRODUÇÃO: Em todo o mundo a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) estendeu-se primariamente como resultado da exposição sexual ocasionando um acentuado aumento da incidência global do câncer anal. Nestes indivíduos, as interaçoes entre vírus como o HPV, Herpes simples, Citomegalovírus e Epstein-Barr são frequentes na região perianal e parecem aumentar o risco de células infectadas pelo HPV causarem lesões neoplásicas, decorrente da indução à respostas imunes tolerogênicas associadas as falhas na resposta citotóxica. Apesar do advento da terapia antiretrovital (TARV) ter sido essencial para a queda da morbidade e mortalidade associada a infecção pelo HIV, a reconstrução imune celular apresenta falhas traduzidas pelo aumento dos tumores não definidores de aids, entre eles o câncer anal. MATERIAIS E MÉTODOS: No primeiro estudo as taxas de co-infecção anal em pacientes com NIA foram avaliadas em 69 pacientes HIV-positivos e 30 HIV-negativos do sexo masculino submetidos à avaliação citológica por captura híbrida para a detecção do HPV e PCR em tempo real vírus para detecção do Epstein-Barr (EBV), Citomegalovírus (CMV), Herpes (HSV) tipo 1 e 2, anuscopia magnificada e análise histopatológica. No segundo estudo, uma abordagem de biologia de sistemas foi utilizado, a fim de integrar diferentes parâmetros imunológicos do tecido da mucosa anal e do sangue periférico avaliada por análise fenotípica e intra-citoplasmática de linfócitos e subpopulações de células dendríticas. Os pacientes foram submetidos à análise histopatológica, seguida de análise, por citometria de fluxo, das células dendríticas (CD11c+/CD123-, CD11c-/CD123+, CD1a+ e CD209+), de linfócitos (CD45+ e CD3+/CD4+) além da expressão de citocinas séricas e citoplasmáticas. RESULTADOS: No primeiro estudo a taxa de coinfecção viral foi de 16,9% nos casos de DST e diretamente correlacionada à carga viral HIV-1 maior que 10,001 cópias / mL (p= 0,017). A prevalência de NIA foi de 35% e restrita aos pacientes HIV positivos. Os pacientes infectados com o HPV de alto risco e com contagem inferior a 50 células T CD4+/mL apresentaram taxa de neoplasia intraepitelial anal(NIA) de 85,7%, (p <0,01). No segundo estudo, avaliamos 60 pacientes HIV-positivos e 25 HIVnegativos (sem fatores de risco para o câncer anal). Os dados demonstram que as células mononucleares da mucosa anal de pacientes HIV(+)NIA(+) mostraram uma robusta capacidade de produção de citocinas pró-inflamatórias/reguladoras, principalmente mucosa (m)TNF-α > IL-4> IL-10> IL-6 = IL-17a. TNF-αIFN-γ/IL-17a da mucosa são biomarcadores seletivos da HSIL. Níveis circulantes elevados de células CD11c+ CD123Low e CD1a+, juntamente com níveis elevados de células IFN-γ+ TCD4+ são características importantes associadas ao HSIL em pacientes (NIA+)(HIV+). Independentemente da presença de NIA, pacientes HIV(+) apresentaram uma rede complexa de biomarcadores, rico em conexões negativas. Entre esses pacientes, no entanto, os pacientes HSIL+ exibiram vínculos positivos mais fortes entre o sangue periférico e o ambiente da mucosa anal, exemplificadas pela sub-rede de IL-17a/TNFα/CD4+ IFN-γ+/ células CD11c+CD123Low. CONCLUSÕES: Na principal Instituição para o tratamento de HIV/aids na região amazônica do Brasil, a co-infecção anal pelo HPV, CMV, HSV-1, HSV-2 e EBV ocorreu seletivamente em pacientes HIV-positivos sendo influenciada pela carga viral do HIV. A associação significativa entre HSIL e os níveis de TNF-α / IL-17A / IFN-γ juntamente com os diferentes subconjuntos de DC presentes no ambiente da mucosa anal deve ser estudado em mais detalhe como uma maneira de identificar e categorizar os pacientes HIV (+) sob alto risco de desenvolvimento do câncer anal. PALAVRAS-CHAVE: Canal anal, Células dendríticas, Co-infecção anal, HIV, aids, Papilomavírus Humano, HPV, PCR em tempo real, Análise Histopatológica, Epstein-Barr Vírus, EBV, Citomegalovírus, CMV, Herpes Simples Vírus, HSV, Neoplasia intraepitelial escamosa anal, NIA, Resposta imune, Citocinas, Citometria de fluxo. vii ABSTRACT INTRODUCTION: Worldwide infection by the human immunodeficiency virus (HIV)spread primarily as a result of sexual exposure causing a sharp increase in the overall incidence of anal cancer. In these individuals, the interactions between viruses like HPV, herpes simplex, cytomegalovirus and Epstein-Barr virus are frequent in the perianal region and appear to increase the risk of HPV-infected cells cause neoplastic lesions resulting from the induction of tolerogenic immune responses associated with failures in the response cytotoxic. Despite the advent of antiretrovital therapy (ART) have been essential to the fall of the morbidity and mortality associated with HIV infection, the cellular immune reconstruction has flaws translated by the increase in non-AIDS-defining tumors, including anal cancer. In the studies we demonstrate rates of NIA and anal coinfection and that the evaluation of systemic and compartmentalized anal mucosa immune response is relevant to differentiating HIV(+) patients at risk of anal intraepithelial neoplasia (AIN). MATERIALS AND METHODS: In the first study, anal rates in co-infected patients with NIA were evaluated in 69 HIV negative (-) and 30 HIV (+) male patients undergoing cytologic evaluation by hybrid capture assay for HPV detection and real time PCR for detection by Epstein-Barr virus (EBV), cytomegalovirus (CMV), herpes (HSV) types 1 and 2, magnified anuscopy and histopathological analysis. In the second study, a systems biology approach was utilized in order to integrate different immunological parameters from anal mucosal tissue and peripheral blood assessed by phenotypic and intra- cytoplasmic analysis of lymphocytes and dendritic cell subsets. RESULTS: In the first study, the rate of viral coinfection was 16.9% in cases of STD and directly HIV-1 viral load greater than 10,001 copies/mL correlated (p = 0.017). The anal intraepithelial neoplasia (AIN) prevalence was 35% and restricted to HIV (+) patients. Patients infected with high-risk HPV and with less than 50 TCD4+ cells/mL showed count rate of AIN of 85.7% (p <0.01). In the second study, we evaluated 60 HIV (+) patients and 25 HIV negative (-) (no risk factors for anal cancer). Our data demonstrated that anal mucosal mononuclear cells from AIN(+)HIV(+)patients showed a robust capacity in producing proinflammatory/regulatory cytokines, mainly (m)TNF-α > IL-4> IL-10> IL-6 = IL-17a. Mucosal TNF-α IFN-γ/IL-17a are selective HSIL-related biomarkers. Higher levels of circulating CD11c+CD123Lowcells, and CD1a+ cells along with elevated levels of IFN- γ+CD4+ T-cells are major features associated with HSIL in AIN(+)HIV(+)patients. Regardless of the presence of AIN, HIV(+) patients presented a complex biomarker network, rich in negative connections. Among those patients, however, HSIL+ patients displayed stronger positive links between peripheral blood and anal mucosa environments, exemplified by the subnet of IL-17A/TNFα /CD4+IFN- γ+/CD11c+CD123Low cells. CONCLUSIONS: In the main Institution for the HIV/AIDS treatment of in the Amazon region of Brazil, the co-anal infection by HPV, CMV, HSV-1, HSV-2 and EBV selectively occurred in HIV(+) patients with viral load HIV associated. The significant association between HSIL and the levels of TNF-α/IL-17A/IFNγ along with the different subsets of DCs present in the anal mucosa milieu should be studied in more detail as a way to identify and cathegorize HIV(+) patients vis à vis the high risk of anal cancer outcome. KEYWORDS: Anal cancer, dendritic cells, anal co-infection, HIV, aids, Human Papillomavirus, HPV, Histopathological analysis, Real time-PCR, Epstein-Barr Vírus, EBV, Herpes Simplex Virus, HSV, Anal Intraephitelial Neoplasia, AIN, Anal cancer, Immune response, Cytokines, Flow cytometry. viii LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Anatomia do canal anal- Secção longitudinal ..............................................2 Figura 2 - Modelo de Diferenciação das DC.................................................................11 Figura 3 - Interação entre DC imatura, contendo o vírus da imunodeficiência símia e linfócitos t cd4+. ..........................................................................................................14 Figura 4 - Identificação dos Leucócitos (CD45+) no programa FlowJo (versão 9.4) 29 Figura 5 - Identificação dos Linfócitos T CD4+ no programa FlowJo (versão 9.4)...29 Figura 6 - Identificação das Células Dendríticas Epiteliais (CD1a+) no programa FlowJo (versão 9.4) ........................................................................................................30 Figura 7 - Identificação das Células Dendríticas Subepiteliais DC-SIGN (CD209+) no programa FlowJo (versão 9.4).......................................................................................30 Figura 8 - Identificação dos Linfócitos T CD4+no programa FlowJo (versão 9.4)....34 Figura 9 - Identificação dos Monócitos (CD14+)no programa FlowJo (versão 9.4)..35 Figura 10 - Identificação das Células Dendríticas CD1a+no programa FlowJo (versão 9.4)......................................................................................................................35 Figura 11 - Identificação das Células Dendríticas Mielóides (CD11c+/CD123-)(A) e Plasmocitóides (CD11c-/CD123+)(B) no programa FlowJo (versão 9.4) ....................36 ARTIGO 4.1 Figura 1 - Representative flow cytometric analysis of mononuclear cell subsets…………………………………………………………………………………………..66 Figura 2 - Phenotypic and functional features of peripheral blood and anal mucosal mononuclear cells from AIN(-)HIV(-) ( ),AIN(-)HIV(+) ( ) and AIN(+)HIV(+) ( ) individuals.......................................................................................................................67 Figure 3 - In vitro cytokine secretion profile (IL-6, TNF, IL-2, IFN-Y, IL-4, IL-10 AND IL-17A) of anal mucosa (M) and peripheral blood (PB) mononuclear cells from AIN(-)HIV(-), AIN(-)HIV(+) and AIN(+)HIV(+) individuals……………………….………68 Figura 4 - Histopathology, phenotypic and functional features associated with anal intraepithelial neoplasia (AIN).......................................................................................69 Figura 5 - Systemic analysis of phenotypic and functional features of peripheral blood and anal mucosa of HIV(+) patients and controls............................................................................................................................70 ARTIGO 4.2 Figura 1 - Rates of anal viral coinfection......................................................................83 ix LISTA DE QUADROS E TABELAS Quadro 1 - Classificação clínica e laboratorial dos pacientes com infecção pelo HIV ............................................................................................................................................7 Quadro 2 - Anticorpos utilizados para a marcação celular da mucosa anal ............28 Quadro 3 - Anticorpos utilizados na marcação das células mononucleares do sangue periférico............................................................................................................33 ARTIGO 4.1 Tabela 1 - Description of the study population ..........................................................65 ARTIGO 4.2 Tabela 1 - The association of ain with oncogenic HPV…………………………………80 Tabela 2 - The relationship between ain severity and the duration of HAART use………………………………………………………………………………………………..82 Tabela 3 - The occurrence of ain in relation to the peripheral levels of t CD4 cells in HIV-positive individuals infected with high-risk HPV..…………………………………83 Tabela 4 - Histopathological studies of coinfected patients………………………….84 xi LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS Aids AMI APC AR CBA CDC CD CD1a CD4+ CD8+ céls/mm2 CMV CTL CXCR4 CXCR7 DST DC DC-SIGN DNA EDTA EFV FACS FCECON FITC FMT-HVD Fms-like FLT3 FSC Síndrome da imunodeficiência adquirida Anuscopia com magnificação de imagens Células apresentadoras de antígenos Adeptos do sexo anal receptivo Cytometric bead array Center of diseases control and prevention Cluster of differentiation Membro da família do grupo I das proteínas CD1. Glicoproteína expressa na superfície de células apresentadoras de antígenos Grupo especializado de linfócitos T que expressam o receptor CD4, também chamado de linfócito T helper Grupo especializado de linfócitos T que expressam o receptor CD8, também chamado de linfócito T citotóxico Células por milímetro ao quadrado Citomegalovírus Cytotoxic T Lymphocyte (linfócitos T citotóxico) Receptor celular (de quimiocinas) tipo 4 Receptor celular (de quimiocinas) tipo 7 Doenças sexualmente transmissíveis Células dendríticas DC-specific, ICAM-3 grabbing, nonintegrin Ácido desoxiribonucleico ácido etilenodiamino tetraacético Efavirenz Fluorescence-Activated Cell Sorter Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas isotiocianato de fluoresceína Fundação de Medicina Tropical Dr Heitor Vieira Dourado Soluble Fms-like tyrosine kinase-1 fms-like tiyrosine kinase 3 ligant Forward Light Scatter xii GM-CSF HAART HEMOAM HIV HPV HSH HSIL HSV IC ICAM IL iNOs IFN INCA INTR INTR LC LPG LPV/r LSIL M-CSF MDDC MDSC MSC MFI MFF MHC Nef NIA NIA I NIA II NIA III NIC NK NIC I NIC II NIC III OR PMA PBS PBMC PCR PE PERCP RNA Fator estimulador de colônia de granulócitos e macrófagos High activity antiretroviral therapy (terapia anti-retroviral de alta potência) Fundação de hematologia e hemoterapia do Amazonas Human immunodeficiency vírus (vírus da imunodeficiência humana) Human Papillomavírus (papilomavírus humano) Homens que fazem sexo com homens High Squamous Intraepithelial Lesion (lesão intra-epitelial escamosa de alto grau) Herpes simples vírus Intervalo de confiança intercellular adhesion molecule (molécula de adesão intercelular) Interleucinas Oxido nítrico síntase Interferon Instituto de Oncologia Inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa Inibidores não-nucleosídeos da transcriptase reversa Langerhan’s cells (células de Langerhan’s) Linfadenopatia generalizada persistente Lopinavir/ritonavir Low Squamous Intraepithelial Lesion (lesão intraepitelial escamosa de baixo grau) macrophage colony-stimulating factor Célula dendrítica derivada de monócitos Células supressoras de linhagem mielóide Myeloid suppressor cells (células mielóides supressoras) média de intensidade de fluorescência Macs Facs fix (Solução Fixadora) Major Histocompatibility Complex (complexo principal de histocompatibilidade) Negative factor (fator negativo) Neoplasia Intraepitelial anal Neoplasia Intraepitelial anal de baixo grau ou leve Neoplasia Intraepitelial anal de moderado grau Neoplasia Intraepitelial anal de alto grau ou grave Neoplasia Intraepitelial cervical Natural Killer Neoplasia Intraepitelial cervical de baixo grau Neoplasia Intraepitelial cervical de moderado grau Neoplasia Intraepitelial cervical de baixo grau Odds ratio (razão de chances) acetato miristato de forbol Phosphate buffered saline Peripheral blood mononuclear cell (Células mononucleares do sangue periférico) Reação de cadeia da polimerase phico eritrina peridina-clorofila Ácido ribonucléico xiii RLU RNA RPMI RR R5 SCC STAT5 SIV TA TAM TAP TARV TCLE TDF TGF-ß TILs TNF-α TNF- ß TLR Treg UFAM UEA VEGF ZTA 3TC WHIM relative light units Ácido ribonucleico Roswell Park Memorial Institute médium Risco relativo Vírus tipo 1 do HIV que utiliza o receptor CCR5 Right Angle Scatter signal transducer and activator of transcription 5 Simian immunodeficienty vírus (vírus da imunodeficiência dos símios) Temperatura ambiente Macrógagos associados a tumor Transporter associated with antigen presentation Terapia anti-retroviral de alta potência Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Tenofovir Fator de crescimento e transformação tumoral beta tumor infiltrating lymphocytes Fator α de necrose tumoral Fator ß de necrose tumoral Receptores TOLL-like( receptores do tipo Toll) Células T Regulatórias Universidade Federal do Amazonas Universidade Estadual do Amazonas Vascular endothelial growth factor Zona de transição anal Lamivudina Warts, Hypogammaglobulinemia, Infections and Myelokathexis syndrome xiv SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 1 1.1 Aspectos Relevantes que Cercam a Anatomia do Canal Anal ..................................1 1.2 A Neoplasia Intraepitelial Cervical e Anal ..................................................................2 1.2.1 Incidência do Câncer Anal ....................................................................................3 1.2.2 Fatores de Risco Relacionados à Neoplasia Intraepitelial Anal ...........................4 1.3 O papel do Papilomavírus humano (HPV) .................................................................5 1.4 Incidência da aids e Epidemiologia do HIV na Neoplasia Intraepitelial Anal e no Câncer ..............................................................................................................................6 1.5 Classificação Clínica e Laboratorial da Infecção pelo HIV-1......................................6 1.5.1 A Terapia Antirretroviral de Alta Potência (TARV) ................................................8 1.5.2 O papel da TARV na progressão da NIA/câncer ..................................................8 1.6 Resposta Imune e a Caracterização das Células Dendríticas ...................................9 1.6.1 Maturação das Células Dendríticas ....................................................................10 1.6.2 Origem e Diferenciação das DC .........................................................................10 1.6.2.1. Facilitação da Aquisição Sexual do HIV ......................................................13 1.6.2.2 Células Dendríticas não-LC, co-receptores e a Infecção pelo HIV ..............14 1.6.2.3 O papel da DC DC-SIGN+ nas Infecções Via DC .........................................14 1.6.3 Variações nas Frequências das DC e o Risco de Câncer ..................................15 1.6.4 A geração de respostas regulatórias ..................................................................16 1.6.5 DC e a importância dos Mecanismos de Tolerância ..........................................16 1.6.6 Estratégias de escape tumoral ...........................................................................18 2 OBJETIVOS................................................................................................................... 21 2.1 Geral.........................................................................................................................21 xv 2.2 Específicos ...............................................................................................................21 3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................. 22 3.1 Modelo de Estudo ....................................................................................................22 3.2 Universo de Estudo ..................................................................................................22 3.2.1 População de Estudo ..........................................................................................22 3.2.2 Critérios de Inclusão ...........................................................................................22 3.2.3 Critérios de Exclusão (para ambos os grupos) ...................................................23 3.3. Classificação e definição dos Grupos de Estudo ....................................................23 3.4 Procedimentos .........................................................................................................24 3.4.1 Coleta..................................................................................................................24 3.4.2 Emprego dos meios diagnósticos .......................................................................24 3.4.2.1 Anuscopia com Magnificação de Imagens (AMI) e Obtenção das Amostras Teciduais ..................................................................................................................24 3.4.2.2 Coleta de amostra sanguínea ......................................................................25 3.4.2.3 Diagnóstico Histológico ................................................................................26 3.4.2.4 Preparo dos Fragmentos de Mucosa Anal ...................................................26 3.4.2.5 Cultura in vitro das células isoladas da Mucosa Anal ..................................27 3.4.2.6 Imunofenotipagem das células obtidas dos Fragmentos de Mucosa Anal ..27 3.4.2.7 Isolamento das Células Mononucleares (PBMC) por Gradiente de Ficoll ...31 3.4.2.8 Cultura in vitro das Células do Sangue Periférico ........................................31 3.4.2.9 Imunofenotipagem das Células do Sangue Periférico e marcação das citocinas citoplasmáticas ..........................................................................................32 3.4.2.10 Dosagem de Citocinas no Sobrenadante de Cultura dos Fragmentos de Mucosa Anal (Cytometric Bead Array - CBA) ...........................................................36 3.4.3 Detecção do HPV por Captura Híbrida ...............................................................37 3.4.4 Diagnóstico Molecular dos vírus Herpes 1 e 2, EBV e CMV através do Rapid Real-Time PCR System .................................................................................................38 3.4.5 Diagnóstico sorológico do HIV ............................................................................38 3.4.6 Contagem de linfócitos T CD4+ e determinação da carga viral do HIV ..............38 3.5 Análise dos Resultados ............................................................................................39 3.5.1 Amostra...............................................................................................................39 3.5.2 Cálculo da Amostra.............................................................................................39 3.5.3 Tratamento Estatístico ........................................................................................39 3.5.4 Considerações Éticas .........................................................................................40 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................................... 40 xvi 4.1 Artigo 1. CD11c+CD123Low Dendritic Cell subset and the triad TNF-α/IL-17A/IFN-γ integrate mucosal and peripheral cellular responses in HIV patients with High-grade anal intraepithelial neoplasia – a systems biology approach. ........................................41 4.2 Artigo 2. Coinfection of Epstein-barr Virus, Cytomegalovirus, Herpes Simplex Virus, Human Papillomavirus and Anal Intraepithelial Neoplasia in HIV Patients in Amazon, Brazil. .............................................................................................................................71 5 CONCLUSÕES.............................................................................................................. 85 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 86 7 ANEXOS ........................................................................................................................ 97 7.1 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido .........................................................97 7.2 Cronograma de Execução Física .............................................................................99 7. 3 Orçamento – PPSUS-FAPEAM ............................................................................100 7.4 Equipe Científica ....................................................................................................103 7.5 Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisas (CEP) ............................................104 7.6 Certificado de edição na língua inglesa referente ao artigo 4.1.............................105 7.7 Artigo suplementar - IHQ CD1a e DCSIGN ...........................................................106 7.8 Outras produções científicas ocorridas durante o doutoramento...........................125 1 1 INTRODUÇÃO Em todo o mundo, a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) estendeu-se primariamente como resultado da exposição sexual através das superfícies mucosas, o que ocasionou significante aumento da incidência global do câncer anal principalmente entre homens HIV positivos que fazem sexo com homens (Levis, 2010). o câncer anal, à semelhança com o câncer cervical, apresenta como estágio precedentes a neoplasia escamosa intraepitelial (NIA) e a forte associação causal com o HPV (MELBYE e SPROGEL, 1991; PALEFSKY et al., 1991; ZAKI et al., 1992). A defesa do organismo contra invasores virais potenciais nas mucosas é realizada principalmente pela imunidade inata, que entre seus agentes efetores destaca-se as células dendríticas dispostas nos sítios de interação entre o indivíduo e o meio, que capturam e carreiam partículas virais até as estações linfáticas dando início a resposta imune. Nos pacientes imunocomprometidos são descritos alterações no perfil fenotípico e funcional das células dendríticas que acarretariam uma deficiente resposta imune frente à infecções facilitando o desenvolvimento de neoplasias malignas locais (TAY et al., 1987; SOBHANI et al., 2004; NADAL et al., 2006; BURG et al., 2007). 1.1 Aspectos Relevantes que Cercam a Anatomia do Canal Anal O canal anal é a porção terminal do aparelho digestivo que mede cerca de 2,5 cm e inicia-se à altura da linha pectínea e termina no orifício anal ou ânus, sendo revestido por pele completa que se abre na região perineal em forma de fenda longitudinal (DINIZ, 1999). O ânus é precedido, por um segmento revestido por pele modificada desprovida de pêlos, o anoderma, até a linha pectínea (Figura 1). O epitélio de revestimento do canal anal é do tipo estratificado escamoso abaixo da linha pectínea e colunar simples acima desta. A região é envolta pela musculatura puborretal. 2 Figura 1 - Anatomia do canal anal- Secção longitudinal Fonte: http://www.medscape.com/viewarticle/489483_2 1.2 A Neoplasia Intraepitelial Cervical e Anal O epitélio displásico ou portador de lesões intraepiteliais escamosas é caracterizado pela presença de graus progressivos de anomalias de diferenciação celular e de maturação, ocorridas desde a membrana basal até a superfície epitelial. As alterações são classificadas em leve ou neoplasias intraepitelial escamosa de baixo grau (NIAI), cujas alterações ocupam 1/3 da espessura do epitélio escamoso, podendo apresentar células atípicas, porém sem mitoses atípicas. O grau moderado ou neoplasia intraepitelial escamosa de grau moderado (NIAII), apresenta alterações que ocupam 1/2 da espessura do epitélio, onde células atípicas podem ser vistas, mas não figuras de mitoses. Na forma grave ou neoplasia intraepitelial escamosa de alto grau (NIAIII) há extensa destruição da arquitetura de todo epitélio, presença de atipias citoplasmáticas, nucleares e mitoses. Por fim, a NIA pode evoluir para o carcinoma in situ ou o carcinoma invasivo escamoso quando ocorre infiltração da lâmina própria por aglomerados de células tumorais (BANDEIRA et al., 2001; APGAR e ZOSCHNICK, 2003; ABRAMOWIT et al., 2007). A neoplasia intraepitelial já é bem estabelecida como precursora do câncer cervical e parece desempenhar papel semelhante na gênese do câncer anal. Sendo assim, a 3 transposição do conhecimento da oncogênese do câncer cervical para o câncer escamoso anal foi apresentada por compartilharem características biológicas, inclusive sob aspectos histopatológicos e anatômicos, como a zona de transição epitelial, o papel do HPV e similaridades entre a lesão intraepitelial escamosa cervical e a anal, consideradas precursoras dos cânceres cervicais e anais, respectivamente (MELBYE e SPROGEL, 1991; PALEFSKY et al., 1991; ZAKI et al., 1992) Chin-Hong et al. (2005) postulam que a evolução para o desfecho do carcinoma anal ocorra entre 9 a 10 anos. Apesar da progressão da NIA de neoplasia intraepitelial anal leve (NIA I) a NIA III nem sempre ocorrer, ela é clinicamente importante, conforme relatado por Palefsky J. (2000), quando reporta 62% de NIA I em pacientes portadores do vírus da imunodeficiência humana e em 36% de homossexuais masculinos HIV negativos, com progressão da lesão para NIA III em 2 anos 1.2.1 Incidência do Câncer Anal O câncer anal é incomum na população geral, com uma incidência de 0,8 casos para cada 100.000 habitantes, sendo até cinco vezes mais incidente em mulheres e, após a sexta década de vida (FRIEDMAN et al., 1998; LOIOLA, 2007). Após a epidemia de aids, a prevalência do câncer anal entre homens que fazem sexo com homens (HSH) tornou-se superior a do câncer cervical, antes do emprego da técnica do Papanicolau para o seu rastreamento (PALEFSKY e HOLLY, 1995), sendo impulsionada a 35/100.000 em HSH HIV negativos a até 80/100.000 em HSH HIV positivos com baixos níveis periféricos de linfócitos T CD4+ (MARTINS, 2005; VOLBERDING, 2000), passando, nestes grupos, a ser mais prevalente na terceira e quarta décadas de vida (FRIEDMAN et al., 1998) No Brasil, o Instituto Nacional do câncer (INCA) publicou que no período de 2000 a 2004, foram registrados 234 casos de câncer anal na cidade de São Paulo, enquanto no mesmo período apenas 10 casos foram registrados no Amazonas (INCA, 2010). Na revisão realizada no banco de dados da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCECON), principal Instituição pública de referência no tratamento de neoplasias malignas do Estado do Amazonas, no período de 2002 a outubro de 2011, foram registrados 42 casos de carcinoma do ânus, 12 em homens, dois 4 destes em pacientes HIV-positivos (FCECON, 2011). Na Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), principal unidade de referência para o tratamento do HIV/aids no Estado do Amazonas, em quase sete anos de rastreamento do câncer anal, somente 01 caso de carcinoma epidermóide anal foi detectado em paciente HIV-positivo, do sexo feminino e que apresentava histórico de radioterapia por carcinoma de colo uterino. (DAUMAS et al., 2011- dados referentes aos anos de 2005 e 2006; GIMENEZ et al., 2008; TRAMUJAS et al., 2011) 1.2.2 Fatores de Risco Relacionados à Neoplasia Intraepitelial Anal Vários eventos têm sido imputados no desfecho NIA/câncer, com importâncias díspares entre os estudos, em especial os relacionados aos fatores sóciocomportamentais, dentre eles a multiplicidade de parceiros sexuais, o tabagismo, as doenças sexualmente transmissíveis (DST) e a prática do sexo anal receptivo (AR) (DALING et al.,1987; KREUTER et al., 2005). Fatores biológicos como a presença de NIA, a frequência das células dendríticas na mucosa e a imunodepressão sistêmica são também apontados como contribuintes à este desfecho (SOBHANI et al., 2002, YAGHOOBI et al., 2010) Entre homossexuais HIV negativos, adeptos da prática do sexo anal receptivo, Chin-Hong et al. (2005) descreveram importantes taxas de NIA, 15% de NIA I e 5% de NIA III e taxas de detecção do HPV entre 20% e 57% respectivamente. O risco de desenvolvimento do câncer quando relacionado com AR tem apresentado conflitos entre os dados dos autores, não se mostrando como fator de risco isolado para Sobhani et al. (2001; 2004), embora os estudos de Daling et al. (1987) tenham relatado NIA III em 37% dos HSH homossexuais ou bissexuais e em apenas 1 caso no grupo controle, representando risco de 33,1 para o grupo masculino e de 1,8 para o feminino Quanto a progressão da NIA, Palefsky et al. (1997) relataram estimativa da progressão à NIA III de 49% em 04 anos entre os HSH HIV positivos e de 17% nos demais, e segundo Palefsky et al. (2002), a taxa de NIA III, mesmo com o descontinuar do sexo anal receptivo, tende a se manter O papel das doenças sexualmente transmissíveis foi elegantemente abordado por 5 Daling et al. (1987) que descreveram risco de 17,2% para pacientes com histórico de infecção pela Neisseria gonorrhoeae e de 2,3% para Chlamydia trachomatis e Herpes simples virus tipo 2 (HSV-2) em mulheres sem história de verrugas genitais. Em indivíduos heterossexuais com verrugas genitais, o RR de câncer anal foi de 32,5 (DALING et al., 1987), sendo também elevado entre pacientes HIV positivos heterossexuais (PIKETTY et al., 2003; WILKIN et al., 2004) Estudos abordando a relação entre HPV - NIA - câncer, têm recebido ênfase nas últimas décadas alavancado pelo aumento epidêmico das lesões intraepiteliais nos pacientes coinfectados com o HIV. Em 1987, Pfister imputou ao HPV o papel de principal agente iniciador da lesão intraepitelial cervical (NIC) e do carcinoma escamoso cervical (apud PALEFSKY et al., 1991), sendo mais recentemente implicado na maioria dos tumores do trato anogenital, com prevalências díspares (STEENBERGEN et al., 2005). Roka et al. (2008), utilizando a captura híbrida encontraram o DNA do HPV de baixo potencial oncogênico em 58,6%, e de alto risco em 51,4% de 555 amostras anais de HSH, independente do status do HIV 1.3 O papel do Papilomavírus humano (HPV) Os HPVs são vírus essencialmente epiteliotrópicos que necessitam romper a barreira epitelial para invadirem as células da camada basal. Eles não são líticos e, portanto não se liberam da célula até sua chegada à superfície epitelial (MARCHETTI et al., 2002). Mais de 40 tipos de HPV foram descritos como capazes de infectar o trato anogenital humano de ambos os sexos. A classificação do risco oncogênico é baseada na freqüência de associação dos tipos com as neoplasias epiteliais de alto grau e o carcinoma cervical (MUNOZ et al., 2003). Na população saudável, em mais de 80% dos casos a evolução é frustra, com regressão às características epiteliais normais em torno da décima sexta semana após a infecção, quando se observa a infiltração da mucosa por linfócitos T citotóxicos (PALEFSKY e HOLLY, 2003; STEENBERGER et al., 2005) Segundo Daling et al. (2004), o HPV é fator determinante na oncogênese do câncer anal. A interação direta HPV-HIV tem sido demonstrada mesmo em pacientes sem alterações nos níveis de linfócitos T CD4+, onde partes do genoma do HIV, como a proteína tat, potencializariam a expressão de E6 e E7 do HPV (VERNON et al., 1993). 6 Para Palefsky (1997), a presença do HPV, o número de tipos detectados e a quantidade de DNA são inversamente proporcionais aos níveis periféricos de células T CD4+, tornando os pacientes mais propensos a desenvolverem NIA III, sugerindo que a imunossupressão influenciaria a patogênese viral. Welters et al. (2006), demonstraram resposta T específica contra HPV 18 satisfatória apenas em doadores saudáveis, o que sugere falha na resposta T imune específica nos pacientes co-infectados com o HIV 1.4 Incidência da aids e Epidemiologia do HIV na Neoplasia Intraepitelial Anal e no Câncer A exposição sexual através das superfícies mucosas, foi em todo mundo, imputada como o fator inicial relacionado a difusão da infecção pelo vírus HIV (JAMESON et al., 2002). No Brasil até o ano de 2009 foram registrados 492.581 casos de aids. No Amazonas, 5.341 casos foram notificados e cerca de 40% destes pacientes declararam-se homossexuais ou bissexuais (BRASIL, 2010), a grande maioria destes pacientes encontram-se em acompanhamento na FMT-HVD, principal Instituição de referência no Estado. Em pessoas infectadas pelo HIV o câncer é uma significante causa de mortalidade. Segundo Spamo et al. (2002) apud Fernandez (2003), 30% a 40% desses pacientes irão desenvolver alguma doença maligna durante a vida. O câncer anal é descrito nesta população como “malignidade associada a aids” ou “câncer oportunista” (MELBYE et al., 1994; FERNANDEZ, 2003), ocorrendo cerca de duas décadas mais precoce em relação ao grupo controle (NADAL et al., 2006, YAGHOOBI et al., 2010). Na análise de 11 Estados americanos, o risco do câncer anal em pacientes HIV positivos, foi de 6,8 nas mulheres e de 37,9 entre os homens, elevando-se para 134 e 162,7 respectivamente, quando se avalia apenas indivíduos com menos de 30 anos (KLENCKE e PALEFSKY, 2003). Sobhani et al., (2004), apontaram a carga viral como ferramenta de valor na seleção dos pacientes com risco elevado para o desenvolvimento da NIA. 1.5 Classificação Clínica e Laboratorial da Infecção pelo HIV-1 Pacientes infectados pelo HIV são classificados pelos níveis plasmáticos de linfócitos T CD4+ e pela ocorrência das doenças definidoras de aids, conforme mostrado 7 no Quadro 1 Quadro 1 - Classificação clínica e laboratorial dos pacientes com infecção pelo HIV Células CD4/mm3 Assintomáticos ou Sintomáticos Doenças Infecção aguda exceto A e C indicadoras de aids LPG (1997) > 500 mm3 A1 B1 C1 201 a 499 mm3 A2 B2 C2 < 200 mm3 A3 B3 C3 Fonte: World Health Organization (WHO-CDC) (2005) Uma vez classificado como A3, B3, C1, C2 e C3 os pacientes devem ser notificados como aids, não podendo, o paciente, ser reclassificado quando cessarem os sintomas. Segundo Bazin (2005) são considerados portadores de aids os pacientes que apresentam as doenças definidoras da doença com quaisquer níveis de T CD4+ ou os com contagem de linfócitos T CD4+ inferior a 200/mm³, mesmo sem relato de infecção oportunista. Apesar do conhecimento prévio sobre a importância da queda dos linfócitos T CD4, existe, segundo a convenção de Amsterdam (2010), evidências de que altos níveis de ativação imune seriam prejudiciais aos pacientes HIV-positivos. Hazenberg et al (2003), descreveram numa coorte prospectiva, que niveis elevados de células TC4+, TCD8+, de ativação de células T ou de divisão celular como preditores independentes da progressão da aids. O estudo afirma também que um sistema imune ativado antes da infecção pelo HIV, como nos pacientes com DST anais por exemplo, onde há erosão das células T ocasionada pela contínua ativação do sistema imune, ou quando ocorre rápida depleção das células T após a soroconversão apresentariam maior risco de desenvolvimento da aids. Em outro estudo, realizado com pacientes infectados assintomáticos por longos períodos, revelou que estes pacientes abrigavam vírus de igual virulência mas que suas células T apresentavam baixas taxas de ativação (CHOUDHARY et al., 2007). 8 1.5.1 A Terapia Antirretroviral de Alta Potência (TARV) A ampliação do acesso da população aos esquemas TARV foram responsáveis pela queda da morbimortalidade associada a aids na maioria dos países (FERNANDEZ, 2003). Os antirretrovirais são classificados em três grupos e a terapia inicial utiliza frequentemente dois inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa (INTR) associados a uma droga dentre as duas classes restantes (RAMOS FILHO, 2005). A terapia deve ser iniciada antes do aparecimento de sintomas e de quedas pronunciadas nos linfócitos T CD4+. Dados do encontro de Amsterdam em 2010, reafirmam que o início precoce da TARV têm sido correlacionado a doença de progressão mais lenta e com menos falhas terapêuticas. Vários países relatam a elevação do número de casos de NIA após o início da TARV. Segundo estudo de Critchlow et al., (1995), a incidência de câncer anal na era pré-TARV era de 35 x 105 casos, passando a 92 x 105 na era pós-TARV e a não regressão de neoplasias intraepiteliais de médio e alto grau em 75% destes pacientes. 1.5.2 O papel da TARV na progressão da NIA/câncer A progressão de NIA grave ao câncer parece ocorrer em torno de uma década (STEENBERGEN et al., 2005), sendo impulsionado pela incompleta restauração imune proporcionada pela TARV, a prolongada exposição aos vírus oncogênicos e a instabilidade genômica que podem resultar em prejudicada vigilância imune e subseqüente elevação da incidência de tumores (FERNANDEZ, 2003). Segundo Doorbar (2005), apesar da imunossupressão aumentar o risco de desenvolvimento da NIA III, uma vez estabelecida a NIA, fatores genéticos como os induzidos pelas oncoproteínas E6 e E7 do HPV parecem desempenhar um papel mais direto na progressão da NIA ao câncer (DOORBAR, 2005), e uma vez instaladas as mutações, a reconstrução do sistema imune pela TARV não se acompanha da reconstrução da resposta imune específica ao HPV, como ocorre com outros patógenos (PALLEFSKY e HOLLY, 2003). Retamozo-Palacios (2004) e Abramowitz et al., (2007) concluíram que a melhora 9 da imunidade associada à era TARV não é capaz de prevenir a recorrência das lesões relacionadas ao HPV. Porém, estudos recentes relatam taxas similares de sobrevida entre pacientes HIV positivos e negativos acometidos pelo câncer anal (ABRAMOWITZ et al., 2009), onde a restauração das funções imunológicas promovidas pela TARV, como a redução de citocinas pró-inflamatórias associadas ao HIV (BARRETTA et al. (2003), permitiria uma resposta imune satisfatória e tolerância a quimioterapia (ABRAMOWITZ et al., 2009). A mudança do prognóstico destes pacientes em relação a algumas doenças associadas ao HIV também foram descritas por Hessol et al. (2007). Apesar do possível aumento da incidência da NIA ter uma parcela apoiada na maior acessibilidade aos testes diagnósticos, o crescimento da patologia é alarmante e vem encorajando a implementação de programas de rastreamento precoce das lesões precursoras do câncer anal (PALEFSKY et al., 1998), principalmente em indivíduos transplantados renais, HIV positivos e portadores de defeitos genéticos que acometam o sistema imune, que também apresentem particular susceptibilidade para o desenvolvimento de quadros infecciosos difusos e refratários (DOORBAR, 2005). 1.6 Resposta Imune e a Caracterização das Células Dendríticas As células apresentadoras de antígenos (APC) são representadas por linfócitos, células de Langerhan’s (células dendríticas imaturas) (LC), células dendríticas da epiderme, macrófagos e linfócitos epiteliais disponibilizados nas camadas do epitélio, sendo seu papel parte fundamental da resposta imune. As células dendríticas capturam antígenos, processam-os e os expressam, em sua superfície, através do complexo principal de histocompatibilidade (Major Histocompatibility Complex - MHC) de classe II, e os apresentam aos linfócitos auxiliares T CD4+, desencadeando a resposta imune. As formas imaturas das DC são levadas pela corrente sangüínea aos órgãos periféricos como pele e mucosas, onde se instalam. As DC da pele ou LC possuem grande poder migratório através dos plexos subepidérmicos, localizando-se nos sítios de interação entre o indivíduo e o meio externo, onde formam extensa rede unidirecional ascendente até os órgãos linfóides secundários iniciando, juntamente com linfócitos intraepiteliais, a resposta imune contra antígenos inalados, ingeridos ou inoculados (ABBAS e LICHTMAN, 2005c; PACHIADAKIS et al., 2005; ABBAS e LICHTMAN, 2005d; 10 JAMESON et al., 2002). 1.6.1 Maturação das Células Dendríticas As DC antes de capturarem e fagocitarem os antígenos por macropinocitose ou endocitose, são consideradas imaturas por expressarem pouco MHC, moléculas coestimuladoras e devido a expressão elevada de CD1a e receptores de quimiocinas como os CCR1, CCR2, CCR5 e CCR6 que recrutam outras DC para os tecidos inflamados (ZIMMER et al., 2002). Durante o processo migratório, a expressão de MHC I, MHC II, como o HLA-DR, moléculas co-estimuladoras, CD80 (B7-1) e CD86 (B7-2) e CD4 aumentam nas DC, enquanto diminui a ligação e o processamento de novos Ag. exógenos, sendo então consideradas DC maduras, que expressam ainda CXCR4 e CCR7 que direcionam a migração celular até as áreas T dos tecidos linfáticos, auxiliadas pelas quimiocinas linfonodais CCL19 e CCL21 (ZIMMER et al., 2002; KAWAMURA et al., 2005). Na zona de células T, as DC maduras, têm a expressão de CD1a reduzida, apresentam os antígenos capturados ( ZIMMER et al., 2002; KAWAMURA et al., 2005) às células T que em resposta às citocinas e moléculas co-estimuladoras expressas ativam macrófagos, fundamentais à resposta infecciosa aguda, que sofrem expansão clonal e então migram para a pele para participarem da resposta inflamatória (ABBAS e LICHTMAN, 2005c). 1.6.2 Origem e Diferenciação das DC As DC são um grupo de APC bastante heterogêneas. Quanto à origem, as DC apresentam precursores mielóides e linfóides; que, conforme a exposição e expressão de receptores de citocinas, irão se diferenciar em DC mielóides, LC e DC plasmocitóides, classificadas de acordo com seu fenótipo e morfologia. Os eventos são sumarizados na figura 2 (ARDAVÍN et al., 2001; WU e KEWALRAMANI, 2006). 11 Figura 2 - Modelo de Diferenciação das DC Via comum de diferenciação das DC. Após as setas estão representados os produtos finais de cada via de diferenciação. As principais citocinas envolvidas estão indicadas. Legenda: FLT3: fms-like tyrosine kinase 3 ligant; IL: interleucina; TGF-ß: fator ß de crescimento e transformação; TNF-α: fator α de necrose tumoral. Fonte: Ardavín et al. (2001). As DC mielóides(CD11c+/CD123-) são APC clássicas, pois apresentam os produtos antigênicos degradados aos linfócitos T CD4+ e TCD8+, secretam citocinas próinflamatórias como a IL-12, essenciais ao desenvolvimento da resposta imune efetiva, além de interferon I, quando infectadas por vírus, porém em menor quantidade que as DC plamocitóides(CD11c-/CD123+) consideradas produtoras naturais de interferon, porém com capacidade 10 a 50 vezes inferior para expandir células T CD4+ e TCD8+ (PACHIADAKIS et al., 2005; WU e KEWALRAMANI, 2006) A secreção de citocinas pelas DC guiam as propriedades efetoras dos linfócitos T naive (Reis e Sousa, 2006), onde a secreção de IL-12 parece induzir fortes respostas efetoras nas células T, já a IL-10 parece induzir as células T a produzirem mais IL-10 com propriedades supressoras (SVENSSON et al., 2004). Numa abordagem simplificada a relação entre essas citocinas parece definir a resposta imune como predominantemente pró-inflamatória ou anti-inflamatória, o que também é influenciado pela quantidade de antígenos e ligantes dos receptores do tipo toll nos patógenos 12 (PACHIADAKIS et al., 2005). Turville et al., 2003 e Geijtenbeek et. al. (2000) descreveram, in vitro, as seguintes subpopulações de DC no epitélio: Ø LC intraepiteliais langerina+ CD1a+ Ø DC da derme, submucosas ou subepiteliais CD1a- CD14+ DC-SIGN+ (DCspecific, ICAM-3 grabbing, nonintegrin) Ø DC da derme, submucosas ou subepiteliais CD1a+ CD14- DC-SIGNØ Células dendríticas derivadas de monócitos (MDDC) CD1a+ CD14+ DC-SIGN+ No sangue periférico Ito et al.(1999) descreveram 03 populações distintas de DC, caracterizadas inicialmente pela expressão de CD1a e CD11c. As células eram CD1a+/CD11c+/Lin-/DR+, CD1a-/CD11c+/Lin-/DR+ e CD1a-/CD11c-+/Lin-/DR+, segundo os autores, a primeira e última populações eram as mais prevalentes perfazendo aproximadamente 0,50 a 0,18% das PBMC de 30 voluntários saudáveis. Com base na expressão de CD2, CD9, CD11b, CD11c, CD13, CD32, CD33, CD64, e GM-CSFR, a população de células CD1a+/CD11c+, denominada fração 1, foi definida como proveniente de linhagem de monócitos, derivadas do progenitor CD34, não LC. Já a população de DC CD1a-/CD11c-, fração 3, expressavam pobremente CD33, CD13, CD1c, CD2, CD49e, CD45RO, CD32, CD64, mas apresentavam significativa expressão de CD45RA, possuindo portanto morfologia e fenótipo compatíveis com DC plasmocitóides. Por fim, as DC CD1a-/CD11c+ ou fração 2, não apresentam expressão de CD1a, CD1c, CD11b ou de CD64, mas expressam CD11c, CD33, CD13 e GM-CSFR, indicando também serem da linhagem dos monócitos (CAUX et al., 1997). A capacidade de estimular células T e de endocitose de partículas de FITcdextran foram superiores nas frações 1 e 2, e após sete dias de cultura, apenas a cultura da fração 1 das DC e em presença de GM-CSF, IL-4 e TGF- β1, foi capaz de diferenciar DC à LC, confirmadas pela expressão de Langerin, CD1a e presença dos grânulos de Birbeck (ITO et al., 1999). 13 1.6.2.1. Facilitação da Aquisição Sexual do HIV Yaghoobi et al. (2010) descreveram a coinfecção HPV-HIV como fator de risco para o câncer anal. Segundo Sheth et al., (2005) e Grosskurth et. al.,1995), a presença de uma DST favorece a aquisição do HIV, por alterações induzidas no sistema imune local, o que segundo Coen et al (1998) e Kaul et al. (2008) seria fator determinante local para a aquisição da infecção. Na mucosa LC e queratinócitos respondem a infecção induzindo o afluxo de monócitos, macrófagos, e células T CD4, além do aumento de células NK, mediado pelas IL-12, IL-1 e IL-6 e DC plasmocitóides que secretam mais IFN-α culminando, na maioria dos eventos, com o clareamento viral (DIVITO et al., 2006). Segundo Bosnjak et al.( 2005), os vírus como o HSV podem desencadear a apoptose em LC, monócitos e células T, e Anzala et al. (2000), descreveram elevação em até 10x nos níveis de IL-4, IL-6 e IL-10 e de HIV no sêmen de pacientes com gonorréia, o que de acordo com Sheth et al (2006), independem da carga viral do HIV e dos níveis periféricos das células T CD4. Sprecher e colaboradores em 1986 demonstraram que a depleção de LC da mucosa estaria associada ao aumento da virulência do HSV, e Jones et al (2003), relataram o efeito deletério do HSV sobre as DC ocasionando a diminuição da produção de IL-12. As alterações se estendem à resposta imune adaptativa pois de acordo com Sheth et al. (2005) as células TCD8+ de pacientes infectados pelo HIV, apresentam aumento das citocinas pró-inflamatórias no sêmem e na cérvix uterina. Frank et al. (2008), enfatizaram a necessidade de pesquisas contínuas objetivando as estratégias múltiplas para impedir a interação vírus-célula e a amplificação viral nas DC. Neste sentido, duas moléculas capazes de vincular-se as DC-SIGN (DC-specific, ICAM-3 grabbing, nonintegrin), a BSSL (sais biliares lipase estimulada) encontrada no intestino e no leite humano e a MUC 6 no sêmen foram descritas como capazes de bloquear a transferência do HIV às células T CD4, via DC e devem alavancar estudos futuros (AMSTERDAN, 2010). 14 1.6.2.2 Células Dendríticas não-LC, co-receptores e a Infecção pelo HIV Segundo Kawamura et al. (2005), o caminho a ser seguido pela infecção parece depender do tipo celular encontrado inicialmente pelo HIV ao invadir o organismo e de acordo com Hu et al. (2000) toda a subpopulação de DC são capazes de transportar o HIV até o linfonodo. Na figura 3 observa-se, à microscopia eletrônica, a interação entre a DC madura, o vírus da imunodeficiência símia, semelhante ao HIV, e as células T CD4+. A B Figura 3 - Interação entre DC imatura, contendo o vírus da imunodeficiência símia e linfócitos t cd4+. A: interação dc-célula t CD4+, b: vírus da imunodeficiência símia e linfócitos t CD4+. Aumento de 60x à microscopia eletrônica. Os vírus intactos estão identificados pelo símbolo estrela. Fonte: Frank et al. (2008). Geijtenbeek et al., 2000 relataram a capacidade do HIV em subverter a função habitual das DC DC-SIGN+, ocasionando a transmissão viral às células T, via exossomo, o que pode ter impacto no controle da infecção, considerando-se a produção artificial de exossomos, visando o estímulo da resposta imune contra agentes infecciosos e tumorais (SEGURA et al., 2005). 1.6.2.3 O papel da DC DC-SIGN+ nas Infecções Via DC A ICAM-3 (intercellular adhesion molecule) é uma molécula de adesão intercelular que adere a não-integrinas, inicialmente designadas como específicas das DC imaturas 15 e denominadas DC-SIGN. As células DC-SIGN+ são dispostas na derme, placenta, mucosas, tecidos linfóides e de forma difusa nas fibras de tecido conjuntivo fibroso, mas não em LC (SOILLEUX, 2002). Com o uso de Anticorpos específicos, Geijtenbeek et al. (2000) demonstraram que as células que expressam DC-SIGN, na mucosa do reto e vagina, são distintas dos linfócitos T e B, macrófagos ou monócitos, mas compatíveis com as DC. As DC DC-SIGN+ formam uma banda estreita logo abaixo do lúmem epitelial, separadas apenas por uma tênue camada única de epitélio colunar, sendo o acesso viral às estas células facilitado (JAMESON et al., 2002), ocasionando portanto, um maior risco de transmissão do HIV-1 através do intercurso retal (VOELER, 1991; JAMESON et al., 2002; KAWAMURA et al., 2005). 1.6.3 Variações nas Frequências das DC e o Risco de Câncer A diminuição das DC tem sido relacionada a eventos como o agravamento da NIA e o câncer anal (SOBHANI et al., 2002; NADAL et al., 2006, YAGHOOBI et al., 2010). Para Arany et al. (1998) alguns tumores parecem secretar substâncias que incapacitam as células dendríticas na promoção da imunidade antitumoral. Nos pacientes infectados pelo HIV, o cenário é agravado pela diminuição do número total de células T CD4+ na aids e pelo estado tolerogênico dos linfócitos associados à mucosa intestinal (SCHIEFERDECKER et al., 1992). Sobhani et al. (2004) encontraram uma média de 15 a 19 cél/mm2 em DC CD1a+ da camada basal anal na população geral, um aumento destas células, 24 a 27 cél/mm2, em pacientes com condiloma anal e diminuição, 16 cél/mm2 à zero, nos pacientes com NIA III ou câncer anal. Os achados foram corroborados por Nadal et al.( 2006) que demonstraram uma diminuição de aproximadamente 50% na média das LC em pacientes com câncer anal e de 50-75% nos pacientes HIV positivos com câncer anal. Bella et al (2003) e Ferrari et al (2005) descreveram, em pacientes com câncer, alteração nas populações de DC tipo-1 (mielóides) e tipo-2 (plasmocitóides) no sangue periférico. Quanto as DC plasmocitóides, sua resposta imune parece depender do tipo de 16 estímulo à ativação, do estágio de maturação e do tipo de antígeno (BOONSTRA et al., 2003). Em relação a infecção pelo HIV, a frequência e a função das DC plasmocitóides são inversamente proporcionais a carga viral do HIV (DONAGHI et al., 2001), e segundo Levy et al. (2003), a TARV parece restaurar estas DC a níveis próximos a normalidade. 1.6.4 A geração de respostas regulatórias Segundo Marguti, (2007) após o estímulo a maturação, as DC aumentam a produção de citocinas pró-inflamatórias como a IL-12 e o TNF-α e mantêm os níveis de TGF-ß e de citocinas supressoras, estando este evento relacionado à manutenção e geração de células T regulatórias (Treg) Foxp3+. Diferentemente de indivíduos saudáveis, onde as células T CD4+ específicas produzem IFN-γ, em pacientes com câncer cervical associado a oncoproteína E6 do HPV 16, a produção de IL-10 foi relacionada a geração de Linfócitos Treg específicos, capazes de suprimir a produção de IFN-γ e IL-2 (BURG et al., 2007). Na mucosa anal, foram descritos recentemente o aumento da IL-8 e IL-23 como associados a NIA III e o câncer (YAGHOOBI et al., 2010). Nos pacientes HIV-positivos, a infecção das DC prejudica o estímulo às células T devido a perda da capacidade de maturação, consequente à deficiência de expressão de moléculas co-estimuladoras e do MHC, ocasionando a inibição da secreção de citocinas como a IL-12 e o retardo da resposta imune (PACHIADAKIS et al., 2005, LORÉ et al., 2002), e associado a produção de citocinas regulatórias como a IL-10, induzidas por células Treg. 1.6.5 DC e a importância dos Mecanismos de Tolerância Na periferia, foi demonstrado que a manutenção da interação entre células Treg e DC imaturas constituí importante mecanismo de manutenção da geração e expansão das células reguladoras a partir dos linfócitos T naive, estando envolvida nos mecanismos de tolerância e na manutenção da viabilidade de órgãos transplantados (MIN et al., 2003) independente da IL-10 e do TGF-ß (CONG et al., 2005). Portanto, as DC estão implicadas nos mecanismos de regulação das células Treg (CD4+CD25+highFoxp3+) por mecanismos de apoptose, anergia ou hiperexpressão de IL- 17 10 (MARGUTI, 2007). De acordo com Burchill et al. (2007), a produção de células Treg é influenciada pelos níveis de IL-15 e IL-2, onde cadeias ß do receptor ativariam o fator de transcrição STAT-5 que se ligaria a regiões do Foxp3. A geração destas células depende também da IL-10 produzidas pelas DC, porém a forma de ação das citocinas sobre a função efetora das células Treg ainda não foi totalmente esclarecida (MARGUTI, 2007). Gabrilovith et al., (2004) sumarizou as falhas na diferenciação de células mielóides no câncer que acarretariam diminuição do número de DC mielóides no sangue periférico e aumento proporcional do número de DC imaturas. Efeitos estes mediados por fatores solúveis produzidos pelo tumor e reversíveis após a remoção da neoplasia e quando colocadas em meio sem a presença de fatores tumorais (Gabrilovith et al., 1997), como o VEGF, o Fator de Estimulação de Colônias de Granulócitos e monócitos (GM-CSF) in vitro, Fator de Estimulação de Colônias de monócitos (M-CSF), Interferon-γ (IFN-γ), Fator de Crescimento Transformador-β (TGF-β), Interleucina-6 (IL-6), Interleucina-10 (IL-10) e gangliosideos (GABRILOVITH et al.,1999; MENETRIER-CAUX et al., 2001; RATTA et al., 2002; BRONTE et al., 1999; STEINBRINK et al., 2002; PEGUET-NAVARRO et al., 2003). Diversos efeitos inibitórios imputados a IL-10, como a supressão de respostas T, induzidas por DC tolerogênicas imaturas (SHARMA et al., 1999), a diminuição da expressão de moléculas co-estimuladoras (STEINBRINK et al., 1999) e a supressão da proliferação da resposta T CD4+ e TCD8+ ocorrem devido ao contato direto célula-célula entre DC tratadas e células T naïve (STEINBRINK et al., 2002). Almand et.(2010) não encontrou correlação entre IL-10 séricas e defeitos na diferenciação de DC em pacientes com câncer, mas em ratos a diferenciação de DC pode ser alterada pela IL-10, GABRILOVICH; 2004, SHARMA et al ,1999). A importância do STAT3 foi demonstrada na diferenciação anormal de células mielóides em pacientes infectados com HPV (NEFEDOVA et al., 2004; WANG et al., 2004), já que o STAT3 é necessário na via usada pelas citocinas para diferenciar estas células juntamente com a JAK2 (NEFEDOVA et al., 2004). A IL-10 é um reconhecido ativador da atividade da STAT3, Gabrilovith et al., (2004) sintetizou as interações entre IL-10, DC e STAT3, os autores associaram o aumento da STAT3, na presença de 18 fatores derivados do tumor, com o acúmulo de DC imaturas e diminuição da produção de DC no sangue periférico. A capacidade de células supressoras de linhagem mielóide (MDSC) em induzir a formação de Treg foi descrita por Huang et al. (2006), na presença de células T tumorais específicas ativadas, IFN-γ e IL-10 e independente dos níveis do óxido nítrico (NO) observados no sobrenadante de cultivo de MSC e Linfócitos T CD4+ de esplenócitos de ratos transgênicos. Em sua revisão Gabrilovich e Nagaraj (2009) descreveram os indícios de que a supressão tumoral ocorra de maneira distinta no sítio tumoral e na periferia, onde MDSC chegariam ao sítio tumoral e aumentariam a expressão de arginase e induziriam o iNOs (Oxido nítrico síntase) e a diminuição da expressão de reactive oxygen species (ROS) e então as MDSC se diferenciariam em macrófagos associados a tumores (TAM) (KUSMARTSEV E GABRILOVICH, 2005). O TAM produzem elevados níveis de citocinas que suprimem a resposta nas células T, de forma não específica. O somatório dos mecanismos antígeno específico, via STAT 3, e inespecífico via STAT1 e TAM potencializariam os efeitos supressivos sobre os linfócitos T Nas áreas de NIC, Kobayash et al. (2004), descreveram células CD1a+ produtoras de IL-10 dispostas no estroma e não no epitélio, indicando a produção de células regulatórias por células CD1a+, porém em quantidade menor nos pacientes HIV+NIC II/III (15 cells/mm2) do que nos controles (23 cells/mm2) e nos HIV-CIN+ (69 cells/mm2). No câncer de mama, Pinzon-Charry et al. (2005) descreveram apoptose de DC LIN-CD40- e defeitos na maturação celular reversíveis na presença de CD40-L 1.6.6 Estratégias de escape tumoral Vários são os mecanismos utilizados pelos tumores para forjarem sua presença e evitarem seu reconhecimento e exterminação, um dos mais antigos é a produção direta de IL-10 ou induzida por fatores solúveis tumorais. Como APC e macrófagos que podem diminuir os níveis de MHC II, moléculas co-estimulatórias B7-1 e B7-2 e de citocinas inflamatórias como IL-2 e IFN-γ (KELLY & BANCROFT, 1996; STEINBRINK et al., 1999) 19 e induzirem tolerância nas células Th1, T CD4+ (STEINBRINK et al., 1997) e TCD8+ (STEINBRINK et al., 1999) além de suprimirem células NK (KURTE et al., 2004). O IFN-γ apesar de desempenha um papel fundamental na inclinação de células T naive a um fenótipo Th1, através da inibição da produção de IL-4 (GAJEWSKI et al., 1988) e indução da secreção de IL-12, pode ainda suprimir o desenvolvimento das células Th17 a partir de células T naive em camundongos, mas também estimular fortemente a expressão de IL-1 e IL-23 por APC mielóides levando a expansão de memória de células Th17 em humanos (KRYCZEK et al., 2008). O aumento da expressão da B7-H1 tem sido descrito em pacientes de alto risco de progressão a leucemia aguda, onde o IFN-γ associado ao TNF-α induziria uma maior expressão em blastos MDS (Kondo et al., 2010). O IFN-γ induz também o aumento da IDO em DC e células Treg mediando a progressão ao câncer (MELLOR et al, 2008). Macrófagos IFN+ foram associados à sobrevivência de células do melanoma (Garbe et al., 1990). O IFN-γ também foi associado a apoptose de células T CD4+, afetando indiretamente a função das células TCD8+ (Berner et al., 2007). A apresentação de um efeito antagônico ao usual desempenhado por algumas citocinas têm sido descrito na resposta tumoral. Wilke et al. (2011) e Yanagawa et al. (2011) demonstraram que citocinas antagônicas podem trabalhar em sinergismo suprimindo respostas imunoestimulatórias de DC através do aumento do óxido nítrico. Outro mecanismo é o aumento da expressão da purified anti-indoleamine 2,3dioxygenase (IDO) nas APC, via IL-10, desencadeando mecanismos imunes regulatórios (Yanagawa et al., 2008) que podem ser potencializados pelo aumento da IDO em DC e células Treg, via IFN-γ, mediando assim a progressão ao câncer. Apesar dos efeitos dúbios, Wilker et al., (2011) relataram que o efeito predominante da IL-10 e do IFN-γ serão sempre regulatórios e inflamatórios respectivamente. As citocinas não são as únicas a terem seus efeitos subvertidos. A função reguladora das LCs tem sido discutida para diversas situações tolerogênicas apresentadas (LUTZ, AZUKIZAWA, 2010). Segundo Stoitzner (2010), as LCs não são obrigatórias para a indução de tolerância periférica contra autoantígenos expressos em 20 queratinócitos da epiderme. Assim, as LC podem exercer uma dupla função, ou seja, induzirem a tolerância ou a imunidade, dependendo da situação específica na pele. Além das Lc epiteliais, um subconjunto de DC dérmica Langerhan’s positivas pode assumir o papel de induzir a tolerância periférica e a imunidade. Segundo Ueno et al., (2010) as LCs parecem importantes para a indução de respostas às células T e DCs dérmicas e seriam responsáveis pela indução a respostas humorais. Esse papel díspar das DC tem promovido muita discussão científica como os estudos de Allan et al. ( 2003) que demonstram que LCs não são necessárias às respostas das células T contra o vírus herpes simplex que infecta células na epiderme. Burg et al. (2007), encontraram em pacientes com câncer cervical associados ao HPV16, um aumento do IFN-γ e da citocina supressora IL-10 como associadas a geração de células Treg. Sendo o câncer anal uma das patologias de importância ascendente em indivíduos HIV positivos, por não ser controlada pelo uso da TARV, elegemos esta área para o estudo desta tese buscando aprofundar o conhecimento a cerca das alterações imunes periféricas e locais associadas a NIA grave, lesão precursora do câncer anal, com o intúito de acrescentar ferramentas objetivando manejo futuro do quadro imunológico apresentado por estes pacientes, ainda na fase pré-neoplásica. Para conhecer a relação da NIA grave com a produção e secreção de citocinas e células dendríticas locais e periféricas e as interações virais em pacientes HIV positivos delineamos este estudo, que analisou a variação na expressão de células dendríticas e de citocinas na mucosa anal e sangue periférico de pacientes HIV positivos e doadores sadios, correlacionando-os com a lesão intraepitelial anal e o câncer, em pacientes atendidos na Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, principal instituição pública de apoio a pacientes HIV positivos de Manaus-AM. 21 2 OBJETIVOS 2.1 Geral Analisar as taxas de coinfecção viral e os aspectos fenotípicos e funcionais da resposta imune sistêmica e na mucosa anal de pacientes HIV positivos portadores de neoplasia intraepitelial anal. 2.2 Específicos 1-Descrever as particularidades da resposta imune apresentada pelos pacientes nos grupos estudados quanto ao status do HIV e a ocorrência de neoplasia intraepitelial anal; 2-Traçar correlações entre as alterações observadas no sangue periférico e na mucosa anal; 3-Relacionar os tipos oncogênicos de HPV com o grau de neoplasia intraepitelial anal entre os grupos HIV positivos e negativos; 4-Descrever as taxas de coinfecção anal entre os vírus HPV, CMV, EBV e HSV-1 e HSV-2 e relacioná-las ao grau de neoplasia intraepitelial anal; e 5-Descrever a influência da carga viral do HIV e dos níveis periféricos de células T CD4+ nas taxas de coinfecção viral dos pacientes HIV-positivos. 22 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Modelo de Estudo Estudo observacional analítico prospectivo, transversal do tipo detecção de casos. 3.2 Universo de Estudo 3.2.1 População de Estudo Foram estudados 85 pacientes do sexo masculino, 60 portadores de sorologia positiva para o HIV e 25 pacientes controle (HIV negativos). A amostra foi composta por pacientes encaminhados ao ambulatório de coloproctologia da FMT- HVD, provenientes dos ambulatórios de DSTs/aids, dermatologia e ainda por pacientes HIV negativos que procuraram a unidade por livre demanda, por apresentarem sintomas proctológicos. Os indivíduos receberam informações por escrito sobre o conteúdo do estudo, riscos e benefícios, sendo oferecido aos que se interessaram o termo de consentimento livre e esclarecido (T.C.L.E.) (Anexo 7.1), para a coleta da assinatura, expressando o livre interesse na participação deste estudo 3.2.2 Critérios de Inclusão Grupo caso: Pacientes do sexo masculino, HIV positivos, com idade compreendida entre 14 anos completos a 70 anos incompletos (com consentimento dos pais ou responsável quando menores de 18 anos), divididos em grupos quanto à presença ou a ausência das seguintes características: aids, ocorrência de NIA/câncer anal e se adeptos à prática do sexo anal receptivo (AR), caracterizado pela prática do ato superior a 1X ao mês por pelo menos 04 meses no ano. 23 Grupo controle: Pacientes do sexo masculino, com sorologia negativa para o HIV, não adeptos do AR e sem NIA/câncer anal nos laudos histopatológicos, com idade compreendida entre 14 anos completos a 70 anos incompletos (com consentimento obrigatório dos pais ou responsável quando menores de 18 anos). 3.2.3 Critérios de Exclusão (para ambos os grupos) a) portadores de outras doenças imunossupressoras não relacionadas a aids, inclusive o câncer (exceto o câncer anal); b) pacientes em uso de drogas imunossupressoras; c) neutropênicos (< 500 céls x mm3); d) em uso de drogas com efeito anticoagulante nos últimos quinze dias; e) plaquetopênicos (< 75000 céls x mm3); f) incapazes mentalmente; g) portadores de quadro infeccioso bacteriano com repercussão clínica (sepse); h) indígenas; e i) transplantados de órgãos sólidos em uso de imunosupressores. Grupo controle (especificamente): a) pacientes HIV positivos; b) pacientes em uso de drogas imunossupressoras; c) tabagistas nos últimos 24 meses, mesmo que na forma interrupta; d) presença de DST clinicamente detectável; e) portadores de neoplasia maligna e/ou uso de drogas imunossupressoras; e f) adeptos do sexo anal receptivo. 3.3. Classificação e definição dos Grupos de Estudo Objetivando uma melhor caracterização dos casos, foram estudados pacientes HIV positivos sem aids (aqui definidos como pacientes com diagnóstico laboratorial do HIV e que não tenha apresentado nenhuma das doenças constantes da lista de doenças 24 definidoras ou sugestiva de aids e que possuam contagem de células T CD4 superior a 201 mm3, ou seja classificados com A1, B1,A2 ou B2) e ainda que não estejam em uso atual ou passado de antiretrovirais, pacientes com aids (aqui definidos como pacientes que tenham apresentado uma ou mais doenças definidoras de aids e/ou que apresentem, ou tenham apresentado, contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 mm3 ou seja classificados como C3 e que estejam em uso regular da TARV. Cabe ressaltar, que neste estudo, pacientes com aids em uso de TARV há menos de 01 mês foram considerados aids negativos, desde que não apresentassem doenças definidoras de aids ou CD4< 200. Os subgrupos foram divididos ainda quanto a ocorrência de NIA/câncer e em pacientes HIV negativos (denominados controle, ou seja pacientes HIV negativos, não portadores de infecção pelo HPV, Clamídia, Herpes e Gonococo, ou outra patologia viral, bacteriana ou fúngica detectada clínica ou laboratorialmente pelos métodos aqui empregados, e nos quais os laudos histopatológicos, não apresentassem processos inflamatórios específicos, NIA ou câncer). Para melhor descrição e compreensão do efeito dos fatores de risco sobre o indivíduo, combinamos estas variáveis dando origem a três grandes grupos: Pacientes controle (HIV-/NIA-) e pacientes casos: (HIV+/NIA-) e (HIV+/NIA+). 3.4 Procedimentos 3.4.1 Coleta Após os experimentos para a validação do métodos, foi iniciada a inclusão dos pacientes na pesquisa de forma contínua, no período de março de 2010 a julho de 2011, obedecendo aos critérios de elegibilidade até que se completasse o universo amostral proposto. Na oportunidade, foi aplicado o protocolo de estudo e compilados os dados socioculturais dos pacientes. 3.4.2 Emprego dos meios diagnósticos 3.4.2.1 Anuscopia com Magnificação de Imagens (AMI) e Obtenção das Amostras Teciduais 25 Os pacientes selecionados, foram submetidos a inspeção anal seguida da coleta de material citológico para a detecção do HPV, por captura híbrida II (Digene®), Herpes tipos 1 e 2, citomegalovírus e Epstein-Barr vírus, por PCR em tempo real. A coleta citológica foi adquirida através da rotação de um swab sintético estéril (Dacron®) por 10 vezes no canal anal, sobre a região pectínea, e então colocadas no meio apropriado fornecido pelo fabricante (ROKA et al., 2008) e encaminhadas ao laboratório multidisciplinar da FMT-HVD. Os pacientes foram submetidos ainda ao toque retal e a AMI, onde a pele perianal, o epitélio transicional e a mucosa foram inspecionados com colposcópio analógico de aumento (16 a 40 x), após a retirada de eventuais resíduos fecais com solução fisiológica a 0,9%. A seguir foram realizadas duas biópsias, com pinça convencional de retossigmoidoscopia, de área(s) suspeita(s) como: lesões elevadas, plano elevadas, depressões da pele transicional ou da mucosa, ulcerações, presença de vasos atípicos ou imagens em mosaíco. Nos casos de inexistência de lesões que sustentassem suspeitas clínicas, a biópsia foi realizada às 3h na linha pectínea. A(s) amostra(s) designadas ao estudo histopatológico foram conservadas em formalina tamponada a 10%, processadas e submetidas a exame histopatológico convencional no laboratório de anatomia patológica da FMT-HVD, o outro fragmento destinado a análise por citometria de fluxo, foi acondicionado em frasco do tipo Eppendorf estéril de 2ml contendo RPMI (Roswell Park Memorial Institute Medium) estéril, mantido em isopor com gelo químico reciclável, do tipo gelox®, e transportado para o laboratório de pesquisas com citometria de fluxo da Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (FHEMOAM) para realização de cultura rápida, imunofenotipagem e detecção de citocinas. 3.4.2.2 Coleta de amostra sanguínea Durante a consulta inicial do paciente foi realizado a coleta de uma amostra sanguínea de 8mL de sangue periférico total em tubo estéril contendo EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético), sendo a seguir mantido em isopor com gelo químico reciclável e imediatamente transportado para o laboratório de pesquisas da FHEMOAM 26 para realização de hemograma convencional, cultura rápida, imunofenotipagem e detecção sérica de citocinas citoplasmáticas e secretadas. 3.4.2.3 Diagnóstico Histológico As amostras permaneceram no formol tamponado por um período de 18 a 24 horas e a seguir foram submersas em solução de zinco da Becton Dickinson (BD)®, por 24 a 48 horas, para propiciar melhor recuperação antigênica necessária a etapa subsequente de imunohistoquímica. As amostras eram então submetidas a desidratação, inclusão em parafina, confecção dos blocos e seccionadas em fatias de 4µ. A seção histológica foi montada em lâminas de vidro com extremidade fosca, sendo os cortes histológicos corados pela técnica da hematoxilina-eosina (BEHMER et al., 1976) e a seguir observadas através de microscopia ótica à procura de alterações inflamatórias, citopáticas, displásicas ou neoplásicas. 3.4.2.4 Preparo dos Fragmentos de Mucosa Anal O tecido da mucosa anal foi processado dentro da capela de fluxo laminar nível II, previamente esterilizado com álcool a 70% e depois por 15 minutos com luz ultravioleta (UV) no Laboratório de Terapia Celular da Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (FHEMOAM). Primeiramente o tecido foi dissociado com o auxílio de lâminas de bisturi em cubetas de aço inox previamente esterilizadas. Em seguida, o tecido foi transferido para tubos de 15 mL contendo colagenase (Sigma-AldrichTM, USA) na concentração de 0,001% (diluída em meio RPMI), para dissociação enzimática do tecido, por 30 minutos à temperatura ambiente e sob inversão. Após esse período, a suspensão contendo o tecido dissociado foi ressupendida em 10 mL de meio RPMI 1640 (Sigma-AldrichTM, USA) estéril e centrifugado a 1300 rpm por 7 minutos a 20°C com freio. Esta etapa foi repetida 2 vezes e em seguida, o tecido dissociado foi ressuspendido em 2 mL de meio RPMI 1640 estéril suplementado com 10% de soro bovino Fetal (SBF) (GibcoTM Invitrogen, NY, USA) e 1% de penicilina (100 unidades/mL) e estreptomicina (100 µg/mL) (GibcoTM Invitrogen, NY, USA). 27 3.4.2.5 Cultura in vitro das células isoladas da Mucosa Anal A cultura das células isoladas da mucosa anal foi realizada em tubos cônicos de 15 mL (TPPTM, Trasadingen, Switzerland). Para a cultura não estimulada foi utilizado 1 mL de suspensão celular com 500 µL de meio RPMI 1640 (Sigma-AldrichTM, USA) Suplementado com 10% de soro bovino fetal (SBF) (GibcoTM Invitrogen, NY, USA) e 1% de penicilina (100 unidades/mL) e estreptomicina (100 µg/mL) (GibcoTM Invitrogen, NY, USA). Para a cultura estimulada foi utilizado 1 mL de suspensão celular com 500 µL de RPMI 1640 (Sigma-AldrichTM, USA) Suplementado com 10% de soro bovino fetal (SBF) (GibcoTM Invitrogen, NY, USA) e 1% de penicilina (100 unidades/mL) e estreptomicina (100 µg/mL) (GibcoTM Invitrogen, NY, USA), além de 10 ηg/mL de PMA (forbol-miristatoacetato; Sigma-AldrichTM, Steinhein, Alemanha) e 125 ηg/mL de Ionomicina (SigmaAldrichTM, Steinhein, Alemanha) de concentração final. As células foram incubadas por 12h à 37°C sob atmosfera de 5% de CO2. Após 12h de cultura foi retirado o sobrenadante para quantificação de citocinas. 3.4.2.6 Imunofenotipagem das células obtidas dos Fragmentos de Mucosa Anal Pós-cultura, as células foram lavadas 3 vezes e ressupendidas em 500 µL de PBS-W (Tampão Fosfato Salino com 0,5% de albumina). Para a caracterização imunofenotípica das células obtidas dos fragmentos de mucosa anal, foi realizada a técnica de citometria de fluxo. As células foram marcadas com anticorpos monoclonais marcados com fluorescência excitáveis que são captadas pelo Citômetro de Fluxo e que se fixam nas moléculas de superfície dessas células. Neste estudo foi utilizado o seguinte painel de anticorpos monoclonais marcados, alocados em 5 tubos: 1. CN, sem marcação; 2. antiCD45 PercP (Clorofilpiridina, code 347464, lote 80096, clone 2D1 marca BD® Biosciences); 3. anti-CD45 PercP (Clorofilpiridina, code 347464, lote 80096, clone 2D1 marca BD® Biosciences) e anti-CD4 FITC (Isotiocianato de Fluoresceína, code 555346, lote 75982, clone RPA-T4, marca BD® Biosciences); 4. anti-CD45 PercP (Clorofilpiridina, code 347464, lote 80096, clone 2D1 marca BD® Biosciences) e anti-CD1a FITC (Isotiocianato de Fluoresceína, code 555806, lote 74276, clone HI149, marca BD® Biosciences).; 5. anti-CD45 PercP (Clorofilpiridina, code 347464, lote 80096, clone 2D1 28 marca BD® Biosciences) e anti-CD209 FITC (Isotiocianato de Fluoresceína, code 551264, lote 18335, clone DCN56, marca BD® Biosciences)( quadro 2) Quadro 2 - Anticorpos utilizados para a marcação celular da mucosa anal Tubo Fluorescência FITC PercP Sem marcação Sem marcação Tubo 2 - Anti-CD45 Tubo 3 Anti-CD4 Anti-CD45 Tubo 4 AntiCD1a Anti-CD45 Tubo 5 Anti-CD209 Anti-CD45 Tubo 1 (CN) Inicialmente foi incubado 100µL de suspensão celular com 4 µL de cada anticorpo nos seus respectivos tubos. Estes foram homogeneizados e incubados por 30 minutos a temperatura ambiente e ao abrigo da luz. Após a marcação, foi feito a lise das hemácias com o uso da solução de lise (FACS Lysing solution, BD® Biosciences), diluída 10 vezes em água destilada estéril. Os tubos foram novamente homogeneizados e incubados por 10 minutos nas mesmas condições. Passado a fase de incubação, os tubos foram centrifugados a 1300 rpm por 7 minutos. Em seguida o sobrenadante foi descartado e acrescentou-se 2 mL de PBS-W para lavagem do pellet formado. Os tubos foram homogeneizados e centrifugados a 1300 rpm por 7 minutos. Após essa centrifugação, o sobrenadante foi descartado e foi adicionado 300µL de PBS-W para fazer a aquisição da amostra no citômetro de fluxo. A leitura foi feita no Citômetro de Fluxo FACSCalibur® Becton Dickinson (BD) da Fundação HEMOAM. Para a identificação morfométrica e imunofenotípica das células foi utilizado o programa FlowJo (versão 9.4). Foram utilizados “gates” para a seleção das populações de interesse em gráficos que combinaram características morfológicas com características imunofenotípicas das células identificadas pelo uso dos anticorpos monoclonais marcados com fluorescências descritos acima. Os gráficos utilizados foram do tipo “contour plot” e histograma, por apresentaram uma melhor visualização das estratégias de análise. 29 A identificação dos Leucócitos foi realizada com um gráfico de SSC x CD45 (Figura 4) e uma “gate” foi feita na região CD45+ cujo marcador é expresso pelos Leucócitos Figura 4 - Identificação dos Leucócitos (CD45+) no programa FlowJo (versão 9.4) Para identificação dos Linfócitos T CD4+ foi feito primeiramente um gráfico de SSC x FSC (Figura 5) e uma “gate” foi feita na região de linfócitos totais. Em seguida foi feito um gráfico de CD4 e CD45 (Figura 2xb), sendo selecionado a população CD4+, cujo marcador é expresso pelos Linfócitos T CD4+. A B Figura 5 - Identificação dos Linfócitos T CD4+ no programa FlowJo (versão 9.4) 30 A identificação das Células Dendríticas Epiteliais (CD1a+) foi realizada com um gráfico de SSC x CD1a (Figura 6) e uma “gate” foi feita na região CD1a+ cujo marcador é expresso pelas Células Dendríticas Epiteliais. Figura 6 - Identificação das Células Dendríticas Epiteliais (CD1a+) no programa FlowJo (versão 9.4) Para a identificação das Células Dendríticas Subepiteliais DC-SIGN (CD209+) foi feito um gráfico de SSC x CD209 (Figura 7) e uma “gate” foi feita na região CD209+ cujo marcador é expresso pelas Células Dendríticas Subepiteliais DC-SIGN (CD209+). Figura 7 - Identificação das Células Dendríticas Subepiteliais DC-SIGN (CD209+) no programa FlowJo (versão 9.4) 31 3.4.2.7 Isolamento das Células Mononucleares (PBMC) por Gradiente de Ficoll O sangue periférico foi processado dentro da capela de fluxo laminar nível II, previamente esterilizado com álcool a 70% e a seguir com 15 minutos com luz ultravioleta (UV) no Laboratório de Terapia Celular da Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (FHEMOAM). O isolamento das células mononucleares foi realizado por gradiente de Ficoll-HypaqueTM (Acros, New Jersey, USA) volume a volume (sangue/Ficoll) em tubo de fundo cônico de 15mL estéril. Este passou por centrifugação a 2100 rpm por 30 minutos, a 20°C e sem freio. Em seguida, o anel de células mononucleares (creme de leucócitos) formado foi cuidadosamente coletado com micropipeta de 1000µL e transferido para outro tubo de fundo cônico de 15 mL . O anel foi ressuspendido em 10 mL de meio RPMI 1640 (Sigma-AldrichTM, USA) e centrifugado a 1300 rpm por 7 minutos e 20°C com freio. O sobrenadante foi desprezado e esta etapa foi repetida 2 vezes. Ao final, o pellet de células foi ressuspendido em 2 mL de meio RPMI 1640 (Sigma-AldrichTM, USA) suplementado com 10% de Soro Bovino Fetal (SBF) (GibcoTM Invitrogen, NY, USA), 1% de penicilina (100 unidades/mL) e estreptomicina (100 µg/mL) (GibcoTM Invitrogen, NY, USA) e homogenizado. Uma alíquota da suspensão foi separada para a realização da contagem e viabilidade celular em câmara de Neubauer, utilizando a solução de Turk para contagem e o corante vital Azul de Tripan para análise da viabilidade. 3.4.2.8 Cultura in vitro das Células do Sangue Periférico Após a contagem e análise da viabilidade celular, a suspensão celular contendo as células mononucleares do sangue periférico (PBMC, do inglês: Peripheral blood mononuclear cell) foi colocada em cultura com e sem estímulo em placa de cultura de fundo chato com 12 poços (TPPTM, Trasadingen, Switzerland). Para a cultura não estimulada foi utilizado 1 mL de suspensão celular com 500 µL de meio RPMI 1640 (Sigma-AldrichTM, USA) Suplementado com 10% de Soro Bovino Fetal (SBF) (GibcoTM Invitrogen, NY, USA) e 1% de penicilina (100 unidades/mL) e estreptomicina (100 µg/mL) (GibcoTM Invitrogen, NY, USA), além de 5 µg/mL de concentração final de Brefeldina A (Sigma-AldrichTM, Steinhein, Alemanha) . Para a cultura estimulada foi utilizado 1 mL de PBMC com 500 µL de RPMI 1640 (Sigma-AldrichTM, USA) Suplementado com 10% de Soro Bovino Fetal (SBF) (GibcoTM Invitrogen, NY, USA) e 32 1% de penicilina (100 unidades/mL) e estreptomicina (100 µg/mL) (GibcoTM Invitrogen, NY, USA), além de 5 µg/mL de Brefeldina A (Sigma-AldrichTM, Steinhein, Alemanha), 10 ηg/mL de PMA (forbol-miristato-acetato, Sigma-AldrichTM, Steinhein, Alemanha) e 125 ηg/mL de concentração final de Ionomicina (Sigma-AldrichTM, Steinhein, Alemanha). As células foram incubadas por 12h à 37°C e atmosfera de 5% de CO2. Após às 12h de cultura foi retirado o sobrenadante para quantificação de citocinas. Quanto às células, estas foram ressuspendidas com o auxilio de screaper e jato gelado de meio RPMI. 3.4.2.9 Imunofenotipagem das Células do Sangue Periférico e marcação das citocinas citoplasmáticas Após a cultura, as células foram lavadas 3 vezes e ressupendidas em 500 µL de PBS (Tampão Fosfato Salino). Para a caracterização imunofenotípica das células mononucleares (PBMC), foi realizada a técnica de Citometria de Fluxo. As células foram marcadas com anticorpos monoclonais marcados com fluorescência excitável que são captadas pelo Citômetro de Fluxo e que se fixam nas moléculas de superfície dessas células. Neste estudo foi utilizado o seguinte painel de anticorpos monoclonais marcados, alocados em 5 tubos: 1. CN, sem marcação; 2. antiCD3 PercP (Clorofilpiridina, code 347344, lote 41864, clone SK7, marca BD® Biosciences) e e anti-CD4 FITC (Isotiocianato de Fluoresceína, code 555346, lote 75982, clone RPA-T4, marca BD® Biosciences); 3. anti-CD14 FITC (Isotiocianato de Fluoresceína, code 555397, lote 56623, clone M5E2, marca BD® Biosciences); 4. antiCD1a FITC (Isotiocianato de Fluoresceína, code 55806, lote 74276, clone HI149, marca BD® Biosciences); 5. anti-CD11c PE (Ficoeritrina, code 301606, lote B140910, clone 3.9, marca BioLegend®) e anti-CD123 FITC (Isotiocianato de Fluoresceína, code 306014, lote B140008, clone 646, marca BioLegend®).(Quadro 3). 33 Quadro 3 - Anticorpos utilizados na marcação das células mononucleares do sangue periférico Fluorescência Tubo FITC PE PercP APC - - - - Tubo 2 Anti-CD4 Anti-IFN-γ Anti-CD3 Anti-IL-10 Tubo 3 Anti-CD14 - - - Tubo 4 AntiCD1a Anti-IFN-γ - Anti-IL-10 Tubo 5 Anti-CD123 Anti-CD11c - - Tubo 1 (CN) Inicialmente foi incubado 100µL de suspensão celular com 4 µL de cada anticorpo nos seus respectivos tubos. Estes foram homogeneizados e incubados por 30 minutos à T.A. ao abrigo da luz. Após a marcação, foi feito a lise (destruição) das hemácias com o uso da solução de lise (FACS Lysing solution, BD® Biosciences), diluída 10 vezes em água destilada. Os tubos foram novamente homogeneizados e incubados por 10 minutos nas mesmas condições. Passado a fase de incubação, os tubos foram centrifugados a 1300 rpm por 7 minutos. Em seguida o sobrenadante foi descartado e acrescentou-se 2 mL de PBS-W para lavagem do pellet formado. Os tubos foram homogeneizados e centrifugados a 1300 rpm por 7 minutos. Após a centrifugação, o sobrenadante foi descartado e foi adicionado 2 mL de PBS-P (Tampão Fosfato Salino com 0,5% de albumina e 0,5% de saponina). Os tubos foram homogeneizados novamente e incubados por 10 minutos a temperatura ambiente e ao abrigo da luz. Em seguida os tubos foram centrifugados a 1300 rpm por 7 minutos. O sobrenadante foi descartado e acrescentou-se 2 mL de PBS-W para lavagem do pellet formado. Os tubos foram homogeneizados e centrifugados a 1300 rpm por 7 minutos. Ao término da centrifugação, os tubos foram incubados por mais 30 minutos com 50 µL de anticorpos diluídos em PBS-P (1:10) complementando o protocolo: Ao tubo 2, foi adicionado antiIL10 APC (Aloficocianina, code 554707, lote 87108, clone JES3-19F1, marca BD® Biosciences) e anti-IFN-γ PE (Ficoeritrina, code 340452, lote 47998, clone 2573.11, marca BD® Biosciences); ao tubo 4. adicionado anti-IL10 APC (Aloficocianina, code 554707, lote 87108, clone JES3-19F1, marca BD® Biosciences) e anti-IFN-γ PE (Ficoeritrina, code 340452, lote 47998, clone 2573.11, marca BD® Biosciences). Após a incubação as células foram lavadas com 2 mL PBS-W. Os tubos foram homogeneizados 34 e centrifugados a 1300 rpm por 7 minutos. Ao final, o sobrenadante foi descartado e adicionado 300µL de PBS-W para realizar a aquisição da amostra no citômetro de fluxo. A leitura foi feita no Citômetro de Fluxo FACSCalibur® Becton Dickinson (BD) da Fundação HEMOAM. Para a identificação morfométrica e imunofenotípica das células foi utilizado o programa FlowJo (versão 9.4). Foram construídas “gates” para a seleção das populações de interesse em gráficos que combinaram características morfológicas com características imunofenotípicas das células identificadas pelo uso dos anticorpos monoclonais marcados com as fluorescências acima descritas. Os gráficos utilizados foram do tipo “contour plot” e histograma, por apresentarem uma melhor visualização das estratégias de análise. A identificação dos Linfócitos T CD4+ foi realizada primeiramente com um gráfico de SSC x FSC (Figura 8A) e uma “gate” foi construída na região de linfócitos totais. Em seguida foi feito um gráfico de CD3 e CD4 (Figura 8B), sendo selecionado a população CD3+/CD4+, cujo marcador é expresso pelos Linfócitos T CD4+. Para selecionar a população destes linfócitos produtores de IFN-γ e IL-10 foram feitos um gráfico de CD4 e IFN (Figura 8C) e um gráfico de CD4 e IL-10 (Figura 8D), respectivamente. A B C D Figura 8 - Identificação dos Linfócitos T CD4+no programa FlowJo (versão 9.4) (C): Linfócitos T CD4+produtores de IFN-γ. (D) Linfócitos TCD4+ produtores de IL10 35 Para a identificação dos Monócitos (CD14+) foi feito um gráfico de SSC x CD14 (Figura 9) e uma “gate” foi construída na região CD14+ cujo marcador é expresso pelos monócitos. Figura 9 - Identificação dos Monócitos (CD14+)no programa FlowJo (versão 9.4) A identificação das Células Dendríticas (CD1a+) foi realizada primeiramente com um gráfico de SSC x CD1a (Figura 7A) e uma “gate” foi construída na região CD1a+. Para selecionar a população de Células Dendríticas (CD1a+) produtoras de IFN-γ e IL-10 foram feitos um gráfico de CD1a e IFN (Figura 7B) e um gráfico de CD1a e IL-10 (Figura 10), respectivamente. A B C Figura 10 - Identificação das Células Dendríticas CD1a+no programa FlowJo (versão 9.4) (B): Células Dendríticas CD1a+produtoras de IFN-γ. (C): Células Dendríticas CD1a+produtoras de IL-10. 36 A identificação das Células Dendríticas Mielóides (CD11c+/CD123-) e Plasmocitóides (CD11c-/CD123+) (CD11c+) foi realizada com um gráfico de SSC x FSC (Figura 11a) e uma “gate” foi feita na região de monócitos. Para selecionar a população de Células Dendríticas Mielóides (CD11c+/CD123-) e Plasmocitóides (CD11c-/CD123+) (CD11c+) foi feito um gráfico de CD11c e CD123 (Figura 11b) e selecionado os quadrantes para exclusão das populações mencionadas. A B Figura 11 - Identificação das Células Dendríticas Mielóides (CD11c+/CD123-)(A) e Plasmocitóides (CD11c-/CD123+)(B) no programa FlowJo (versão 9.4) 3.4.2.10 Dosagem de Citocinas no Sobrenadante de Cultura dos Fragmentos de Mucosa Anal (Cytometric Bead Array - CBA) A dosagem de citocinas do plasma e do sobrenadante da cultura dos fragmentos de mucosa anal foram realizados pela técnica de Citometria de Fluxo CBA (Cytometric Bead Array) seguindo o protocolo descrito no Kit BDTM HU TH1, TH2, TH17 CBA Kit (code 560484, marca BD® Biosciences). Através desse kit foram dosadas as citocinas Interleucina-2 (IL-2), Interleucina-4 (IL-4), Interleucina-6 (IL-6), Interleucina-10 (IL-10), Fator de Necrose Tumoral-α (TNF-α), Interferon-γ (IFN-γ) e Interleucina-17 (IL-17). O kit BD™ Cytometric Bead Array (CBA) utiliza uma série de partículas (microesferas ou beads) com intensidade de fluorescência distinta para detecção das citocinas solúveis, através de uma superfície simultânea de captura. Cada bead de captura está conjugada com um anticorpo específico para cada citocina. A detecção das citocinas presentes na amostra é realizada através do fluorocromo ficoeritrina (PE) conjugado a anticorpos que fornecem um sinal fluorescente proporcional a quantidade 37 de citocina da amostra ligada a bead. Os complexos formados de bead de captura + citocina da amostra + reagente de detecção são mensurados. A intensidade da fluorescência PE de cada complexo revela a concentração em pg/mL de cada citocina. Para a aquisição das amostras, foi utilizado o Citômetro de Fluxo FACScalibur® da Becton Dickinson (BD) da Fundação HEMOAM. O cálculo das concentrações e intensidade média de fluorescência de cada citocina foi realizado através do software FCAP arrayTM versão 1.0.1. 3.4.3 Detecção do HPV por Captura Híbrida Os testes para detecção dos grupos de risco do HPV foram feitos utilizando a captura híbrida II, onde foram detectados os HPV de maior relevância designados segundo o potencial oncogênico para induzir o câncer anal. As amostras foram analisadas para os seguintes subtipos de HPV: baixo risco: 6, 11, 41, 42, 43 e alto risco: 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68 (ROKA et al., 2008). O processamento das amostras foi feito de acordo com o protocolo do fabricante DIGENE® (ROKA et al, 2008) e teve como princípio a detecção, via sonda, do ácido nucléico híbrido RNA-DNA específicos para os subtipos do HPV de baixo e alto grau previstos. O RNA-DNA híbrido foi marcado com anticorpo fluorescente que ao reagir com a sonda emite luz capturada pelo luminômetro como unidade de luz relativa (relative light units) (RLU). O limite de ≥1 pg/ml RLU do HPV 16 foi utilizado como controle positivo, além dos resultados negativo, positivo de baixo ou alto risco para o HPV. As etapas de detecção por captura híbrida empregadas foram: Fase de Desnaturação: Foram feitas alíquotas de 500µl de reagente de desnaturação no tubo com amostra que deveriam adquirir a cor púrpura e a seguir homogeneizadas no vortex e incubadas a 65ºc por 45 minutos. Fase de Hibridização: alíquotas de 25µl de sonda e 75µl de amostra foram colocadas no microtubo, cobertas com Plate Sealers e homogeneizadas a 1.100 rpm por 2 minutos. A coloração deveria se tornar amarela. Incubar a 65ºC por 60 minutos. Fase de Captura dos Híbridos: Todo o material foi transferido para uma microplaca, centrifugados a 1.100 rpm por 60 minutos a 20-25ºC. Fase de Reação com o conjugado: O conteúdo da microplaca foi desprezado e adicionado 75µl de reagente de detecção 1 em cada micropoço e a seguir incubados a 20-25ºC por 30 minutos. As microplacas foram lavadas 6 vezes. Fase de Amplificação de Sinais: Foi adicionado 75µl de reagente de detecção 2 em cada micropoço e incubado a 20-25ºc por 15 38 minutos. Fase de leitura por quimioluminescência: introduzido a microplaca no dml2000 e realizado a leitura 3.4.4 Diagnóstico Molecular dos vírus Herpes 1 e 2, EBV e CMV através do Rapid Real-Time PCR System Para a reação foi utilizado o 7500 Rapid Real-Time PCR System fabricado pela Applied Biosystems®. Os primers H1P32/H1M32, H2M40/H2P4, HSV-GF/CMV-R e HSVGF/EBV-R foram adquiridos da Invitrogen Life Technologies® Maxima com SYBR Green/qPCR ROX 2Master Mix (2X). O processamento seguiu as recomendações de Aldea et al. (2002) com adaptações menores. Os ciclos de anelamento e extensão da PCR em tempo real foram as seguintes 50°C por 2 mim, 95°C por 10 mim, 95°C 30 seg e 60 °C por 1 mim, 40 ciclos. Foi observado uma curva de dissociação 85-90 para Herpes 2, entre 80-85 para Epstein Barr Vírus e de 85-90 para o Citomegalovírus 3.4.5 Diagnóstico sorológico do HIV Foi realizado no Laboratório de Análises Clínicas da FMT-HVD de acordo com a rotina estabelecida na Instituição: a) Indivíduos assintomáticos para aids: teste de reação de ensaio imunoenzimático ELISA; b) Sintomáticos para aids: dois testes rápidos - Determine® e Rapid Check®, sendo os casos discordantes confirmados pelo Unigold®. Em ambos os casos, os resultados positivos foram confirmados pelas técnicas de imunofluorescência indireta (IFI), e nos discordantes pelo teste de Western Blot. 3.4.6 Contagem de linfócitos T CD4+ e determinação da carga viral do HIV Foram coletados dos dados do prontuário dos pacientes com HIV/aids da FMTHVD e do laboratório multidisciplinar da Instituição, onde os mesmos são realizados. A contagem dos linfócitos T CD4+ foi realizada pela técnica da citometria de fluxo no aparelho BD FACSCalibur® e a determinação da carga viral do HIV-1 pelo ensaio NASBA Biomérieux®. 39 Os resultados aceitos foram os realizados a até o máximo de 03 meses antes da coleta da amostra anal, desde que não tenha ocorrido nenhum episódio de infecção oportunista no período, nos casos contrários, um novo exame foi realizado. 3.5 Análise dos Resultados 3.5.1 Amostra Foram coletadas amostras histológicas da zona de transição anal e do sangue periférico de 85 pacientes, divididos em 03 grupos de interesse. 3.5.2 Cálculo da Amostra Tomando como base a dissertação de Daumas (2007), que analisou a prevalência de NIA em pacientes HIV positivos em Manaus, Amazonas, o cálculo amostral foi realizado através do programa EPIINFO® (CDC, 2005), com os seguintes parâmetros: Estimativa de p: 0.05 Erro: 5% Coeficiente de Confiança: 95% N obtido: 96 3.5.3 Tratamento Estatístico Os dados foram registrados em um banco de dados eletrônico e alimentados prospectivamente. Para avaliar se as medianas entre dois subgrupos eram iguais foi utilizado o teste de Wilcox. A frequência de células, de PBMC produtoras de citicinas e a frequência de produção de citocinas por células mononucleares da mucosa anal foram comparadas através de testes não paramétricos baseados na análise de variância (anova), KruskalWallis seguido do teste de comparação múltipla de Dunn’s. A distribuição dos dados foi não-paramétrica e o nível de significância utilizado foi de 5%. As análises foram realizadas com o software estatístico livre R na versão 2.14 de 40 31 de outubro de 2011 e o Graphpad Prism software version 5.0 (San Diego, USA). A assinatura das citocinas (“altos produtores”) foi feita conforme descrito nos métodos. 3.5.4 Considerações Éticas Em obediência à resolução n. 196 de 10 de outubro de 1996 e emendas, este estudo somente teve início após a aprovação do comitê de ética em pesquisa da FMTHVD (Anexo 7.5). Os pacientes receberam os esclarecimentos quanto aos objetivos do estudo, riscos e benefícios da pesquisa. Os que concordaram, assinaram o TCLE (Anexo 7.1), ficando-lhes assegurado o caráter confidencial dos dados e o recebimento de uma cópia do TCLE contendo o telefone de contato e a assinatura do pesquisador responsável. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados e a discussão são apresentados, a seguir, na forma de artigos originais relacionados a tese. Os artigos referem-se a projetos desenvolvidos durante o Curso de Pós-Graduação em Medicina Tropical da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em convênio com FMT-HVD, para a obtenção do título de Doutor em Doenças Tropicais e Infecciosas. O primeiro artigo “ANÁLISE DAS CÉLULAS DENDRÍTICAS E CITOCINAS NO SANGUE PERIFÉRICO E MUCOSA ANAL DE PACIENTES HIV POSITIVOS PORTADORES DE NEOPLASIA INTRAEPITELIAL ANAL” engloba os objetivos específicos 1 e 2 deste estudo e submetido a revista Journal of AIDS. O segundo artigo, “Co-infection of Epstein-Barr virus, Cytomegalovirus, Herpes Simplex VIrus, Human Papillomavirus and anal intraepithelial neoplasia in HIV patients in Amazon, Brazil”, foi publicado na Revista Brasileira de Coloproctologia no vol. 32, nº 1 de 2012 (artigo 4.2 desta tese). No anexo desta tese encontra-se ainda o artigo “Morphometric analysis of dendritic cells from anal mucosa of HIV-positive patients and the relation to intraepithelial lesions and cancer seen at a tertiary health institution in Brazil” 41 publicado na revista Acta Cirúrgica Brasileira, vol. 26 (6) 2011, completando assim a quantidade regulamentar de artigos publicados necessários para a defesa desta tese (Anexo 7.8). 4.1 Artigo 1. CD11c+CD123Low Dendritic Cell subset and the triad TNF-α/IL-17A/IFN-γ integrate mucosal and peripheral cellular responses in HIV patients with High-grade anal intraepithelial neoplasia – a systems biology approach. Adriana Gonçalves Daumas Pinheiro Guimarães, MD PhD 1,2,3, Allysson Guimarães da Costa, Ms2,3,4,7, Olindo Assis Martins-Filho, PhD5, João Paulo Pimentel, Ms 4, Danielle Alves Gomes Zauli, PhD5, Vanessa Peruhype-Magalhães, PhD5*, Andréa Teixeira-Carvalho, PhD5, Samantha Ribeiro Béla, PhD5, Marcelo Antônio Pascoal-Xavier, MD PhD6, Jordana G. Coelho-dos-Reis, PhD5; Josilene da Silva Abranches, Ms 4, José Jorge Pinheiro Guimarães, MD Ms 1, Adriana Malheiro, PhD 4,7, Luiz Carlos de Lima Ferreira, MD PhD2,3 1- Department of Surgery, Medicine School, Federal University of Amazonas, Manaus, AM, Brazil 2- Graduate program in Tropical Medicine, State University of Amazonas, Manaus, AM, Brazil 3- Tropical Medicine Foundation of Amazonas, Manaus, AM, Brazil 4- Hematology and Hemotherapic Foundation of Amazonas, Manaus, AM, Brazil 5- Laboratory of Biomarkers for Diagnosis and Monitoring, René Rachou Research Center, FIOCRUZ, Belo Horizonte, MG, Brazil 6- Department of Anatomic Pathology, Medicine School, Federal University of Minas Gerais, MG, Brazil 7- Graduate program in Basic and Applied Immunology, Federal University of Amazonas, Manaus, AM, Brazil *Corresponding Author: Vanessa Peruhype-Magalhães Laboratory of Biomarkers for Diagnosis and Monitoring René Rachou Research Center – FIOCRUZ/MG Av. Augusto de Lima 1715, Barro Preto - Belo Horizonte – Minas Gerais – Brazil CEP 30190-002 - e-mail: [email protected] Tel: +55 31 3349 7764 – Fax: +55 31 3291 3115 42 Conflicts of Interest and Source of Funding: LCLF is currently receiving a grant from Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (FAPEAM). OAMF and ATC are currently receiving grants from Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) and Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG). JGCDR is currently receiveing fellowship from FAPEMIG (PMPD). SRB is currently receiveing fellowship from CNPq (PDJ). ATC, OAMF and AM thank CNPq for fellowships (PQ). For the remaining authors none were declared. 43 Running head: Immunological networks in HIV and Anal cancer Text word count: 3,430 Abstract word count: 231 Number of figures: 5 Number of references: 42 ABSTRACT Backgroud: The incidence of anal cancer has increased over the last 25 years and HIV/HPV co-infection is the most important risk factor for anal squamous cell carcinoma. In this study, we demonstrated that the evaluation of systemic and compartmentalized anal mucosa immune response is relevant to differentiating HIV(+) patients at risk of anal intraepithelial neoplasia (AIN). Methods: A systems biology approach was utilized in order to integrate different immunological parameters from anal mucosal tissue and peripheral blood assessed by phenotypic and intra-cytoplasmic analysis of lymphocytes and dendritic cell subsets. Results: Our data demonstrated that anal mucosal mononuclear cells from AIN(+)HIV(+)patients showed a robust capacity in producing pro-inflammatory/regulatory cytokines, mainly mTNF-α>IL-4>IL-10>IL6=IL-17A. Mucosal TNF-α/IFN-γ/IL-17A are selective HSIL-related biomarkers. Higher levels of circulating CD11c+CD123Lowcells, and CD1a+ cells along with elevated levels of IFN-γ+CD4+ T-cells are major features associated with HSIL in AIN(+)HIV(+)patients. Regardless of the presence of AIN, HIV(+) patients presented a complex biomarker network, rich in negative connections. Among those patients, however, HSIL+ patients displayed stronger positive links between peripheral blood and anal mucosa environments, exemplified by the subnet of IL-17A/TNF-α/CD4+IFN-γ+/ CD11c+CD123Low cells. Conclusion: The significant association between HSIL and the levels of TNF-α/IL-17A/IFN-γ along with the different subsets of DCs present in the anal mucosa milieu should be studied in more detail as a way to identify and cathegorize HIV(+) patients vis à vis the high risk of anal cancer outcome. Key words: immunological biomarkers, HIV, HIV/HPV co-infection, AIN INTRODUCTION The incidence of anal cancer has increased over the last 25 years by around 50% in the general population with current annual incidence rates of between 0.8 and 1.8 cases per 44 100,000 1-7 . Among HIV-infected adults, the incidence of anal cancer is about 30-fold higher than the general population1. HIV co-infection with the oncogenic Human Papilloma virus (HPV) infection is a strong risk factor for anal squamous cell carcinoma4, as well as its severe precursor lesion, the high-grade squamous intraepithelial lesions (HSIL). Among those, HPV-associated anogenital tumors occur at increasing rates in persons with HIV/AIDS 2,4. Cell-mediated immune responses seem to play an important role in controlling HPV/HIV-associated neoplasia, but lack of data in the anal mucosal milieu due to difficulties in sampling and handling mucosal tissue obscure the search for conclusive findings. Some reports have associated increased levels of Langerhans’ cells (CD1a+) and intraepithelial T lymphocytes in the anal mucosa of HPV-infected patients 8. On the other hand, CD1a+ cells and DC-SIGN+Dendritic cells+ (CD209+-DC +) are reduced in HIV/HPV co-infected patients 9-11 . In situ reduction of CD3+ lymphocytes and CD4+/CD8+ ratio may also be a risk factor for susceptibility to infection and malignancy in HIV-infected patients at risk of HPV infection 10,12,13. Dissemination and progressive growth of HPV-induced lesions may be related to escape from local cytokine-mediated surveillance 14,15 . Type-1 cytokines, such as IL-2 and IFN- γ, stimulate and enhance cellular and humoral immunity. Patients with HPV-associated neoplasms presenting a type-1 cytokine profile have displayed a better clinical outcome compared with others exhibiting a type-2 cytokine profile 14,15 . Other cytokines such as IL-6 and TNF-α are increased in HPV-infected patients, whereas higher IL-10 and IL-12 levels were found to predict HIV/HPV co-infection 15,16 . HPV-related cervical SIL in HIV/HPV co-infected patients present increase in HPV-inespecific IFN-γ+CD8+ T cells when compared with HPV-infected patients14. Regarding the high-grade lesions, HIV/HPV co-infected-HSIL patients were associated with assembling of a suboptimal 45 type-1 immune response, characterized by decreased IL-2, IFN-γ and TNF-α levels 14,17 . These findings suggest an important role of cytokines in the development/morbidity of intraepithelial lesions, and studying the interplay between the pro- inflammatory/regulatory cytokines secreted from immune cells residing at the anal mucosa site and from peripheric cells would allow for the rational selection of putative biomarkers of disease progression to AIN. Thus, in the present study, a new systems biology approach was utilized to reveal potential immunological biomarkers in AIN that would improve the diagnosis of HPV/HIV-associated disease morbidity. MATERIAL AND METHODS Ethical Aspects The study had approval by the Ethics Committee from the TMFAM (Protocol# 3319/2008). All patients signed an informed written consent form in accordance to the guidelines established by the 466/2012 resolution of the Brazilian National Health Council. Study Population This study included 85 male patients, with age ranging from 15-60 years. The patients were invited to participate in the study and were examined at the ambulatory of coloproctology of the TMFAM. Genotyping of HPV was performed on samples obtained from biopsy of the anal canal using a nested PCR method as described previously 1. HIV test was performed by ELISA immunoassay, and indirect immunofluorescence. In addition, histological analysis was performed to assess the presence of AIN, squamous cell carcinoma, adenocarcinoma and inflammatory diseases as described by Guimarães et al., (2011) 1. 46 Supplemental table 1 displays the details of the study population, which was categorized as follows: i) Group AIN(-)/HIV(-); ii) Group AIN(-)/HIV(+) and iii) Group AIN(+)/HIV(+). Group AIN(+) was subcategorized based on the histopathology analysis of anal mucosa and classified as low-grade (LSIL) or high- grade squamous intraepithelial lesion (HSIL). Clinical Samples All patients were evaluated by high-resolution anoscopy. The digital rectal examination was performed, followed by an inspection of the mucosa with the use of a optical colposcope with 16 to 40-times magnification after introduction of gauze soaked in 3% acetic acid into the anal canal for two minutes. The anoscope was re-introduced for the analysis of the anal canal, and rectum examination under image magnification. The findings were registered, and the predominant acetowhite areas were biopsied. The samples designated by histopathological analyses were preserved in 10% formalin. For flow cytometry analysis, blood samples were collected in EDTA, and the biopsy fragments were maintained in RPMI (Roswell Park Memorial Institute) medium. Immunophenotypic and intracytoplasmic cytokine analysis Immunophenotypic and intracytoplasmic cytokine staining of peripheral blood mononuclear cells (PBMC) and anal mucosa mononuclear cells The FlowJo software version 9.4 was used for data analysis. For analysis of PBMC, the identification of total lymphocytes was performed, initially by a lymphocyte scatter gate set-up, using FSC versus SSC contour plot, as illustrated in figure 1 (Figure 1A). Monocyte analysis was performed by FITC anti-CD14 versus SSC contour plots gated on SSClowCD14high cells (Figure 1B). 47 Identification of the DC subsets was performed by immunophenotypic analysis using PE anti-human CD11c and FITC anti-human CD123 monoclonal antibodies. As shown in figure 1C, the non-overlapping myeloid DC (mDC) and plasmacytoid DC (pDC) subsets were identified as CD11c+ CD123- and CD123HighCD11c- cells, respectively overlapping DC subset was characterized as CD11c+CD123Low cells 21,22 19,20 . The . Subsequently, The selection of CD1a+ cells was done by anti-FITC-CD1a versus SSC contour plots. The CD4+ T-cells were determined by anti- PerCP-CD3 versus anti- FITC-CD4 contour plots. All results were expressed as percentage of cells for each cell subset. Following the selection of CD4+ T-cells subset, and CD1a+ cells, the frequency of cytokine-producing cells was determined using quadrant statistics on PE anti-IFN-γ or APC anti-IL-10 contour plots. A single cell suspension from the anal mucosal tissues was prepared by homogenization of samples with collagenase. Mononuclear cells were obtained by Ficoll-Hypaque (Acros, New Jersey, USA) from the cell suspension as well as from blood. Samples were treated with FACS lysing solution (Becton Dickinson Biosciences) and after erythrocyte lysis was completed, the samples were washed with PBS containing 0.5% BSA and 0.1% sodium azide. In vitro short-term cultures of mononuclear cells obtained from blood and anal mucosal tissues were performed as described by Luiza-Silva et al. 2 and modified as follows: 1 x 106 cells were incubated for 6 hours at 37°C, 5% CO2, in the presence of RPMI 1640 medium (GIBCO, Grand Island, NY; controlculture) After culturing, cells were re-incubated in the presence of brefeldin A (BFA; Sigma Chemical Company, St. Louis, MO) at 10 ng/mL for an additional period of 4 hours at 37oC, 5% CO2, and then treated with 2 mM final concentration of ethylenediamine tetraacetic acid (EDTA; Sigma Chemical Company) for 10 minutes at room temperature. Cell suspension was washed 48 with fluorescence-activated cell sorting (FACS) buffer (phosphate buffered saline [PBS], pH 7.2, supplemented with 0.5% bovine serum albumin and 0.1% sodium azide, all from Sigma Chemical Company) and aliquots were stained with anti-human cell surface monoclonal antibodies: PercP-CD45-clone/2D1, FITC-CD4-clone/RPA-T4, FITC-CD1aclone/HI149 and FITC-CD209-clone/DCN56 (Becton Dickinson® Biosciences or Biolegend®), PerCP-CD3-clone/SK7, FITC-CD4-clone/RPA-T4, FITC-CD14- clone/M5E2, FITC-CD1a-clone/HI149, PE-CD11c-clone/3.9, FITC- CD123-clone/646; PE-IFN-γ-clone/2573.11, and APC-IL-10 -clone/JES3-19F1 (Becton Dickinson® Biosciences and Biolegend®). Samples were then fixed in 200µL of FACS fixing solution (10g/L paraformaldehyde, 10.2g/L sodium cacodylate and 6.63g/L sodium chloride, pH 7.2), and stored at 4°C in the dark prior to flow cytometric analysis within 24 hours. A total of 30,000 events/sample were acquired using FACScalibur® flow cytometer (Becton Dickinson). Selective analysis of anal mucosa mononuclear cells was achieved by side scatter-SSC versus anti-CD45/anti-CD4 or anti-CD1a or anti-CD209. Identification of CD4+ T-cells was performed initially by a lymphocyte scatter gate set-up, using SSC versus anti-PercPCD45 (Figure 1D). After that, intraepithelial CD4+ T-cells were characterized within CD45high cells. Analysis of DC subsets was performed using SSC versus anti-FITC-CD1a (Figure 1E) or anti- FITC-CD209 (Figure 1F) contour plots. Flow cytometric quantitative analysis of cytokines secreted by culture of PBMC and anal mucosal cells The cytokine levels of IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, TNF-α, IFN-γ and IL-17A were measured in the culture supernatant of PBMC and anal mucosal mononuclear cells from all patients by Cytometric Bead Array (BDTM HU TH1, TH2, TH17 CBA Kit - code 560484, BD® 49 Biosciences, San Jose, CA, USA). The cytokine levels were measured as per manufacturer’s instructions and modified according to Peruhype-Magalhães et al (2006) 23 . Data acquisition was performed by flow cytometry using a FACSCalibur flow cytometer (Becton Dickinson, La Jolla, CA, USA). The results were expressed as pg/mL, as assessed by the standard curve. Cytokine Signature Analysis The cytokine signature was assembled as reported previously2. Briefly, the global median value for each cytokine was calculated using data from all patients (AIN(- ) HIV(-) + AIN(-)HIV(+) + AIN(+)HIV(+)).The global median for each cytokine was employed as a cut off point to discriminate each individual as “Low” or “High” producer of the cytokine secreted in the culture supernatant of both PBMC and anal mucosal mononuclear cells summarized in radar graphs. The relevant differences, considered when the values were above the 50th percentile were highlighted by underline and bold format. Statistical Analysis The frequency of cells and cytokine-producing PBMC subsets and the frequency of cytokine-producing anal mucosal mononuclear cell subsets were compared by nonparametric tests based on analysis of variance (anova), Kruskal–Wallis test followed by Dunn’s multiple comparison test. The Graphpad Prism software version 5.0 (San Diego, USA) was employed for data analysis. Statistically significant differences were considered if p<0.05 and are highlighted by connecting lines. Cytokine signature analysis was performed as described in supplemental material. Systems biology analysis To model the complex interactions between the biomarkers evaluated in the study, networks were assembled by, first, assessing the association within the cytokines secreted 50 in the culture supernatant of either PBMC with/and anal mucosal mononuclear cells for each clinical group. Spearman’s correlation test was performed to assess the association between the levels of each cytokine (pg/mL) and the percentage of cell subsets tested. The positive and negative correlations were significant when the p<0.05. The correlation index (r) were used to categorize the correlation strength as negative (r<0), moderate (0.36>r<0.67) and strong (r>0.68) and shown in Figure 5. The Graphpad Prism software version 5.0 (San Diego, USA) was used for data analysis and the Cytoscape (version 2.8) was employed for computing the subsystems composed by networks of the biomolecules24. RESULTS Variations in the frequency of circulating IFN-g+ or IL-10+ CD4+ T-cells, IFN-g+ or IL10+ CD1a+ cells, CD11c+CD123Low and pDC are associated with the HIV infection rather than the presence of AIN Aiming to identify cell biomarkers associated with AIN, the analysis of phenotypic/functional features in the peripheral blood of groups AIN(-)/HIV(-), AIN()HIV(+) and AIN(+)HIV(+) were performed (Fig. 2). Data analysis demonstrated that despite the presence of AIN, all HIV(+) patients presented decreased percentage of circulating lymphocytes, mainly CD4+ T-cells along with decreased frequency of CD11cCD123+-pDC, and increased levels of circulating CD1a+ cells (Fig 2A). Moreover, regardless of the presence of AIN, higher frequency of IFN-γ+ or IL-10+ -CD4+ T-cells, and CD11c+CD123LowDCs as well as lower frequency of IFN-γ+ or IL-10+ CD1a+ cells was observed in HIV(+) patients with or without AIN (Fig. 2B). Single quantitative alteration in intraepithelial lymphocyte and DC subsets in anal mucosa of HIV-infected patients are unrelated to the presence of AIN 51 We have characterized the phenotypic features of anal mucosal intraepithelial mononuclear cells of the groups: AIN(-)/HIV(-), AIN(-)HIV(+) and AIN(+)HIV(+) (Fig. 2C). Data analysis revealed an increased frequency of intraepithelial CD45High lymphocytes as well as increased frequency of CD1a+-DCs and CD209+-DCs in all HIV(+) patients regardless of the presence of AIN (Fig. 2C). AIN is associated with prominent secretion of pro-inflammatory/regulatory cytokines from anal mucosal mononuclear cells as opposed to PBMC Aiming to further characterize the immunological profile associated with AIN during HIV infection, we have assembled, for each clinical group, the biomarker signature with the frequency of high producers of each cytokine secreted in the supernatant of anal mucosa (m) and peripheral blood (pb) mononuclear cells (Fig. 3). Initially, the number of subjects with “High” cytokine levels was compiled in gray-scale diagrams to determine the frequency of High producers in each clinical group (Fig. 3A). Our data demonstrated that whereas AIN(-)HIV(-) subjects presented more relevant cytokine production by PBMC, AIN(-)HIV(+) presented a balanced contribution of both compartments (Fig. 3A). Moreover, AIN(+)HIV(+) group presented significantly increased cytokine production in the anal mucosa compartment (Fig. 3A). Comparative analysis was also performed after assembling radar graphs of each clinical group, aiming to identify the most relevant biomarkers. Data analysis showed that AIN()HIV(-) subjects showed an overall IL-10-modulated pro-inflammatory profile (pbIL-6, pbTNF-α and pbIFN-γ) in peripheral blood with discrete cytokine production in anal mucosa (Fig. 3B). On the other hand, AIN(-)HIV(+) patients displayed a balanced proinflammatory/regulatory profile in anal mucosa (mIL-6, mIL-2, mIL-10), and peripheral blood (pbIL-6, pbTNF-α, pbIL-2, pbIFN-γ and pb-IL-17A). Anal mucosal mononuclear 52 cells from AIN(+)HIV(+) patients showed significant capacity to secrete proinflammatory/regulatory cytokines, specifically mTNF-α > mIL-4 > mIL-10 > mIL-6 = mIL-17A, with minor secretion (pbIL-2) from PBMC (Fig. 3B). Higher levels of circulating CD11c+CD123Low and CD1a+ DCs along with elevated levels of IFN-γ-secreting CD4+ T-cells are major features associated with HSIL in AIN(+)HIV(+) patients Aiming to further characterize the localized and systemic immune response in AIN(+)HIV(+)patients, we have sub-categorized these patients based on the histopathology analysis of anal mucosa, classified as low-grade squamous intraepithelial lesion (LSIL), and high-grade squamous intraepithelial lesion (HSIL) (Fig. 4). Histological data showed that LSIL displayed anal transition zone with acanthosis, papillomatosis, and diffuse mononuclear inflammatory infiltrate (Fig. 4A). The presence of koilocytes, enlarged cells with a cytoplasmic halo surrounding the nucleus was indicative of active HPV replication (Fig. 4A –left panel highlight). HSIL showed squamous mucosa with disorders of maturation and polarity across its thickness, and abnormal basaloid cells with an increased nuclear to cytoplasmic ratio (Fig 4A – right panel). Considering the relevance of the histopathological findings of AIN to the disease outcome, we have further analyzed the phenotypic and functional profile of anal mucosa mononuclear cells from patients with either LSIL or HSIL. Although HSIL+ patients showed lower levels of circulating and intraepithelial lymphocytes, these subjects presented similar levels of CD4+ T-cells, but significantly higher levels of IFN-γ+CD4+ Tcells in peripheral blood as compared to LSIL (Fig. 4B). On the other hand, HSIL+ patients showed higher levels of circulating CD11c+CD123Low and CD1a+ DCs, but lower 53 frequency of IFN-γ or IL-10-secreting CD1a+ DCs in the peripheral blood as compared to LSIL (Fig. 4B). Radar graphs displayed that mTNF-α and mIL-4 are AIN-related elements, mIL-6, mIFN-γ, mIL-10, and mIL-17A are selective HSIL-related features. Also, enhanced frequency of pbIL-2 and pbIL-10 were observed in HSIL+ patients (Fig 4C). HIV(+) patients presented a complex biomarkers network rich in negative connections, regardless of the presence of AIN. HIV(+) patients presented some preserved interactions among biomarkers as illustrated for peripheral blood and anal mucosa by the triad TNF-α/IL-10/IL-6 (Fig. 5). However, regardless the presence of AIN, HIV(+) patients presented more complex and imbricated biomarker network rich in negative connections, mainly between peripheral blood cells and anal mucosal cells, as well as soluble cytokines, when compared to the reference HIV(-) controls (Fig. 5A and B). Noteworthy, AIN was associated with a relevant loss of connections between anal mucosal CD1a+ DCs with several biomarkers from the peripheral blood, such as IFN-γ+CD4+ cells and pbIL-2, as well as anal mucosa such as, mTNF-α and the CD1a+/CD209+/CD45+ triad (Fig. 5B). Mucosal IL-17A (mIL-17A) also lost negative and positive connections with pDCs (negative), IFN-γ+CD4+ cells (positive) and CD209+ DCs (negative). Interestingly, mIL-17A gained positive correlation with mIL-6 in HIV(+)AIN(+), which is absent in HIV(+)AIN(-) and kept the strong mIL10/mTNF-α/mIL-6 triad seen in both groups (Fig. 5B). This strong mIL-10/mTNFα/mIL-6 triad is seen in LSIL, however it is absent in HSIL indicating the regulatory axis of mucosal IL-10 and IL-6 is important to regulate the effects of mucosal TNF-α. Regarding the degree of lesion, LSIL+ patients presented a broader set of negative connections between PBMC and anal mucosal cytokines. On the other hand, although 54 HSIL+ patients presented more concise biomarker subnets, these were composed by stronger and positive interactions between peripheral blood and anal mucosa environments, exemplified by the triad of mIL-17A/mTNF-α/IFN-γ+CD4+cells. In HSIL+ patients, IFN-γ+CD4+cells and CD11c+CD123Low DC form a strong direct positive interaction, which was weak in LSIL+ patients. The pbMON/mIL-10 dyad stands alone without other connections in HSIL+ patients. The strong mIL-10/mTNF-α/mIL-6 triad seen in AIN(-) and LSIL+ patients is not formed in HSIL+ patients indicating that this regulatory subnet is not operating in the higher-grade lesion (Fig. 5C). Also, HSIL+ patients presented a complete loss of connections within the mucosal CD1a+/CD209+/CD45+ triad, which is observed in AIN(-) and partially seen in LSIL+ patients (Fig. 5C). DISCUSSION In the context of local and systemic immune deregulation, a systems biology approach allowed for a unique analysis in a wider perspective. The frequency of cell subsets taken alone may not vary during the process of deregulation of the immune system but their function and interaction with the microenvironment may shift from one stage to another. The analysis of networks composed of the biomarkers tested, indicated that these might gain or loose either positive or negative connections with each other in different clinical settings of the AIN and may indicate the presence of high-grade squamous intraepithelial lesions (HSIL), which may progress to anal cancer. Our data regarding the anal mucosa mononuclear cells from AIN(+)HIV(+) patients with HPV infection showed a prominent capacity in producing pro-inflammatory/regulatory cytokines, mainly mTNF-α>IL-4>IL-10>IL-6=IL-17A. Mucosal TNF-α/IFN-γ/IL-17A were selective HSIL-related biomarkers. Regardless the presence of AIN, HIV(+) 55 patients presented a complex biomarker network rich in negative connections. However, HSIL+ patients display stronger positive links between peripheral blood and anal mucosa environments, exemplified by the triad mIL-17A/mTNF-α/pbIFN-γ+CD4+. Several studies have shown that the presence of high-grade cervical intraepithelial neoplasia (CIN) in HIV/HPV co-infected patients had high statistical significance and correlation with cytokine deregulation17,25. Indeed, the lack of immune surveillance in tumors has been associated with increased tissue inflammatory cytokines (IL-12, IL-1, TNF-α and IL-17)25-28, which was associated with poorer outcomes in some epithelial cancers, when accompanied by the presence of regulatory T-cells in tumor specimens13,29,30. Another consequence of HIV infection that predisposes to HPV-related carcinomas is the impairment of local immunity by reducing the function of cytotoxic and regulatory Tcells, CD1a+ and DC-SIGN+ DCs in anal tissue13,14,31. Particularly, CD1a+ and DC-SIGN+ DCs have a role in protecting anal tissue from malignancy13. The interplay of these cells with leukocytes in the anal mucosa exemplified by the CD1a+/CD209+/CD45+ triad in AIN(-) and LSIL+ patients may be important to prevent the development of high-grade lesions. Yaghoobi et al. have observed a higher risk of recurrence of anal cancer and HSIL in patients with low CD4+ T-cells, nonetheless they suggested that the levels of circulating CD4+ T-cells taken alone does not contribute for predicting HPV-associated neoplasia13. Our data demonstrated that decreased frequency of circulating CD4+ T-cells, pDC, and IFN-γ+ or IL-10+-producing CD1a+ DCs as well as increased percentage of CD1a+ cells, IFN-γ+ or IL-10+ CD4+ T-cells, and CD11c+CD123Low found are associated to HIV infection rather than the presence of AIN. Regarding the HIV infection, in agreement with the present results, several reports demonstrate alteration in the percentages of DC subsets in HIV-infected patients31-36. 56 Myeloid DCs (CD11c+CD123Low) exhibited increase during HIV infection and in HIVinfected patients with AIN, while pDCs had decreased levels in the peripheral blood of HIV-infected patients, which is in agreement with previous findings32-37. During HIV infection, plasmacytoid DCs (CD123High) strongly suppress HIV replication in autologous CD4+ T cells via a mechanism involving IFN-α as well as other antiviral factors38. Upon exposure to LPS, TNF-α and IL-1β, HIV-1 gp120 was demonstrated to sensitize cultured DC and blood DC for apoptosis. Binding of HIV-1 gp120 to DC-SIGN was shown to promote ASK-1-dependent activation-induced apoptosis of human DCs 36,37 . This could be a mechanism by which HIV escapes from its surveillance in vivo. An alternative hypothesis to explain the lower percentage of pDCs in the peripheral blood of HIV-infected patients could be that pDCs with a partially-activated phenotype accumulate in lymphoid tissue during asymptomatic, chronic HIV-1 infection 35 . pDCs display outstanding capacity on producing IFN type I, and have therefore robust antiviral activity, which could drive these cells to the mucosal and lymphoid tissues upon inflammatory signals 36,35,39. The decreased percentage of pDCs in the peripheral blood of HIV-infected patients with AIN also could be related to their migration to the local inflammatory site to attempt resolving the mucosal infection. Regarding the DC myeloid compartment, it has been shown that HIV-1 infection induces the production of endogenous lipids required for effective viral production. Previous studies have demonstrated that CD1c and CD1d molecules are down-regulated by HIV-1 in a Vpu-dependent and Nef-independent manner40. Both immature and mature myeloid DCs optimally present lipid antigens making CD11c+CD123lowDCs and CD1a+DCs possible lipid presenting cells in the anal mucosa. However, the percentages of IFN-γ+ and IL-10+CD1a+DCs are decreased in HSIL+ patients, which may suggest an immature profile of CD1a+DCs. In this regard, peripheral tolerance mediated by immature DCs 57 could take place by inducing the proliferation of regulatory T cells or inducing T-cell anergy41,42. Therefore, a putative hypothesis to explain the altered circulating DC profile is the compensatory mechanism by which the host tries to recover lipid presentation systemically in order to halt tumor growth. However, expansion of immature DCs during this process may induce peripheral tolerance and regulate IFN-γ+CD4+T-cell function. The increased frequency of these cells may be due to accumulation rather than proliferation considering that these cells are not able to clear infection or control the tumor growth. In this context, the increase in mucosal IL-17A/TNF-α/IFN-γ could be an outcome of the Th1/Th17 cell migration to mucosa, contributing to the inflammatory process without controlling tumor growth. More studies need to be performed in order to understand the interplay between the CD1a+ and CD11c+CD123lowDCs with the remaining CD4+T cells as well as Th1 and Th17 balance in mucosal tissue in vivo. Moreover, the increased frequency of intraepithelial CD45+ lymphocytes, CD1a+ DCs, and CD209+-DCs were also not associated with the presence of AIN. Higher levels of circulating CD11c+CD123Low cells, and CD1a+ DCs along with elevated levels of IFNγ+CD4+ T-cells are associated with HSIL in AIN(+)HIV(+)patients. CD1a+ cells were found in the stratified epithelium of patients with AIN arranged in an interconnected network at the suprabasal layer of the anal mucosa and exhibited the characteristics of dendritic cells11. However, analysis of biomarker networks show that CD1a+ DCs loose either positive or negative connections with other subsets of cells when we compare LSIL patients with HSIL AIN(+)HIV(+)patients. These results are in agreement with previous study that demonstrates that depletion of CD1a+ cells in the anal mucosa is likely to contribute to the risk of HPV-related anal cancer in HIV-infected patients13. In previous study of our group, we demonstrated that an elevation in the percentage of CD1a+ cells and CD209+- 58 DCs reflects a distinct role of these cells in relation to protection and vulnerability of the patients to infections and tumors9. In the biomarker network analysis, the strong dyad CD11c+CD123Low DCs and IFN-γ+CD4+ formed in HSIL+ patients may represent an ineffective attempt to control virus-induced lesion. Our findings suggest that a quantitative and/or qualitative disturbance of DC subsets might potentially interfere with the immune surveillance of HIV/HPV-associated neoplastic lesions. The analysis of the interactions among biomarkers revealed essential connections among subsets of DCs and cytokines. Considering the novel strategies for controlling HIV infection via dendritic cells and the importance of these interactions on them, it is important to take these findings into account when designing and testing the efficacy of these therapeutic/immunoprophylactic approaches in the mucosal context. It is important to consider, however, that future studies with proper validation of the immunological subsets as well as with their implementation for monitoring mucosal tissue in the clinical setting are still needed in order to support their predictive value, specificity and applicability as putative biomarkers of progression of AIN in HIV patients. Acknowledgments The authors would like to thank Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (FAPEAM), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), FIOCRUZ and Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) for finantial support. The authors also thank PDTIS-FIOCRUZ for the use of its facilities. ATC, OAMF and AM thank CNPq for fellowships (PQ). 59 References 1. van Leeuwen MT, Vajdic CM, Middleton MG, et al. Continuing declines in some but not all HIV-associated cancers in Australia after widespread use of antiretroviral therapy. AIDS. 2009;23(16):2183-2190. 2. Yen Moore A, Tong LX, Moore T. Management of human papillomavirus-related anal and colon cancer. Curr Probl Dermatol. 2014;45:225-235. 3. van der Zee RP, Richel O, de Vries HJ, Prins JM. The increasing incidence of anal cancer: can it be explained by trends in risk groups? Neth J Med. 2013;71(8):401-411. 4. Silverberg MJ, Lau B, Justice AC, et al. 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Representative flow cytometric analysis of mononuclear cell subsets. For analysis of peripheral blood mononuclear cells, the identification of total lymphocytes was performed by a lymphocyte scatter gate set-up, using FSC versus SSC pseudo-color plot (A). The selection of the monocyte subset was made after setting the gate on high CD14+ versus SSC pseudo-color plot (B). Peripheral Blood dendritic cell subsets were detected using specific anti-CD11c versus anti-CD123 dual color contour plot (C). The nonoverlapping myeloid DC (mDC) and plasmacytoid DC (pDC) were identified as CD11c+CD123- and CD11c-CD123+ cells, respectively. The overlapping DC was characterized as CD11c+CD123Low DCs. For analysis of anal mucosa mononuclear cells, the identification of total lymphocytes was performed using anti-CD45 versus SSC contour plot (D). The selection of CD1a+ DC subset was done using anti-CD1a versus SSC contour plot (E). Analysis of anal mucosal Langheran’s DC subsets was performed using anti-CD209 contour plot (F). Fig. 2. Phenotypic and functional features of peripheral blood and anal mucosal mononuclear cells from AIN(-)HIV(-) ( ),AIN(-)HIV(+) ( ) and AIN(+)HIV(+) ( ) individuals. (A) Frequency of peripheral blood mononuclear cell subsets (Lymphocytes, CD4+ T-cells, CD14+-Monocytes, CD1a+ cells, CD11c+CD123--mDC, CD11c-CD123+ pDC, and - CD11c+CD123Low DC); (B) Intracellular cytokine profile (IFN-γ and IL-10) of circulating CD4+ T-cells and CD1a+ cells; (C) Frequency of anal mucosal mononuclear cell subsets (CD45High lymphocytes, CD1a+-DC, and -CD209+-DC). The results are expressed as scattering plots of individual values and median percentage of mononuclear cells represented as a line. Significant differences (p<0.05) are highlighted by connecting lines. 64 Fig. 3. In vitro cytokine secretion profile (IL-6, TNF, IL-2, IFN-γ, IL-4, IL-10 and IL17A) of anal mucosa (m) and peripheral blood (pb) mononuclear cells from AIN(-)HIV(), AIN(-)HIV(+) and AIN(+)HIV(+) individuals. (A) Black-and-white diagrams representing Low ( ) and High ( ) cytokine producers. Each lane represents a cytokine and each block represents the pattern of cytokine production of each patient. The numbers bellow each lane represent the frequency of High producers of the cytokine tested (B) Biomarker radar graphs summarize the percentage of high cytokine producers from each studied group. When the frequency of high producers was above the 50th percentile (in a scale of 0-100%), the result was highlighted by underline and bold format in both diagrams and radar graphs. ND – not determined. Fig. 4. Histopathology, phenotypic and functional features associated with anal intraepithelial neoplasia (AIN). (A) Histopathology analysis of anal mucosa from AIN(+)HIV(+) patients defining low-grade squamous intraepithelial lesion (LSIL), and high-grade squamous intraepithelial lesion (HSIL). LSIL: Anal transition zone (ATZ) with acanthosis, papillomatosis and diffuse mononuclear inflammatory infiltrate. The highlight shows the presence of koilocytes, enlarged cells with a cytoplasmic halo surrounding the nucleus that is indicative of active HPV replication. HSIL: Squamous mucosa with disorders of maturation and polarity across its thickness and abnormal basaloid cells with an increased nuclear to cytoplasmic ratio. Left panel: hematoxylin and eosin 20×; right panel: hematoxylin and eosin 63×. (B) Phenotypic and functional features of peripheral blood (pb) and anal mucosa (m) mononuclear cells from LSIL+ and HSIL+ HIV(+) patients. The data are represented in bar charts as median percentage of mononuclear cells and interquartile range. Significant differences (p<0.05) are highlighted by connecting lines. (C) Biomarker radar graphs were plotted with the 65 percentage of high cytokine producers (scale 0-100%) in LSIL and HSIL subgroups. Relevant changes are considered when the frequency of high producers is above the 50th percentile, and highlighted by underline and bold format. Fig. 5. Systemic analysis of phenotypic and functional features of peripheral blood and anal mucosa of HIV(+) patients and controls. Biomarker networks were assembled in four subnets (each) using the correlations among the selected biomarkers within each clinical group (AIN(-)HIV(-) – reference biomarker network in blue shades (A); AIN()HIV(+) in orange shades and AIN(+)HIV(+) in dark mustard shades – HIV-related biomarker network (B); LSIL and HSIL – AIN-related biomarker network in red shades (C)). Subnets of blood (left) and anal mucosa (right) were sided with each other with cellular (top) and cytokine (bottom) biomarkers from each of these compartments. Significant correlations were compiled as described in material and methods. The Spearman correlation between each pair of biomarkers is illustrated if p<0.05 and is represented by lines. The strength of the correlation was given by “r” and is illustrated as negative, (r<0; ), moderate (0.36>r<0.67; ) and strong (r>0.68; Table 1 – Description of the study population ! Groups Sample size Age range HIV diagnosis* AIN(-)/HIV(-) 25 24-60 AIN(-)/HIV(+) AIN(+)/HIV(+) HSIL+ AIN(+) LSIL+ 32 28 20-39 15-49 18-55 15-49 8 20 NA 39 months 35 months Patients on HAART NA 60% 41% 35 months 41% ). + NA 40 (2 a 94 months) 43 (3 a 108 months) CD4 T-cell count (cells/mm3)* NA 353 (30 - 986) 325 (28 - 756) 43 (3 a 108 months) 325 (28 - 756) 10,911 (0 - 95,196) Duration of HAART* Viral Load (copies/mL)* Histopathological status NA normal 7,961 (0 – 52,758) 10,911 (0 - 95,196) normal altered HSIL LSIL 66 A B CD123 SSC D CD11c E F DC - CD1a+ DC - CD209+ SSC SSC CD11c+ CD123low SSC SSC Peripheral blood C DC - CD11c+ and CD123+ CD14 Lymphocytes - CD45+ CD45 Figure'1' Monocytes - CD14+ FSC Anal Mucosal Representative Analysis Lymphocytes - FSC x SSC CD1a CD209 67 Phenotypic'and'Func5onal'Features'of'Peripheral'Blood'and'Anal'Mucosa'Mononuclear'cells' 0 0 0 0.0 AIN(-) HIV(-) HIV(-) HIV(+) 1.5 0 0 0.0 HIV(-) IFNCγ+'CD4+'TCcells' HIV(-) HIV(+) ILC10+'CD4+'TCcells' HIV(+) IFNCγ+'C'CD1a+' ILC10+'CD1a+' 20 10 15 15 0 0 0 0 HIV(+) HIV(-) HIV(+) AIN(+) AIN(-) AIN(-) AIN(-) AIN(-) HIV(-) AIN(+) 30 AIN(-) 30 AIN(+) 20 AIN(-) 40 HIV(-) HIV(-) HIV(+) AIN(+) HIV(+) AIN(-) AIN(-) HIV(-) AIN(+) 10 AIN(-) 10 AIN(+) 3.0 AIN(-) 20 AIN(-) %'of'posi5ve''cells' 20 AIN(+) CD11c+CD123Low' AIN(-) pDC'–'CD123+CD11cC' HIV(+) AIN(-) HIV(+) AIN(-) HIV(-) mDC'–'CD123CCD11c+' %'of'posi5ve''cells' AIN(+) AIN(-) AIN(+) AIN(-) AIN(-) HIV(+) AIN(+) 2.5 AIN(+) 25 AIN(-) 30 AIN(-) 50 B' Peripheral'Blood' CD1a+'Cells' 5.0 HIV(-) %'of'posi5ve''cells' Peripheral'Blood' A' Monocytes'–'CD14+' 50 AIN(-) CD4+'TCcells' 60 AIN(-) Lymphocytes' 100 HIV(+) C' 0 0 HIV(-) AIN(+) AIN(-) HIV(+) HIV(+) HIV(-) AIN(+) 0 AIN(-) 8 AIN(-) 10 AIN(-) 25 AIN(+) 16 AIN(-) DC'–'CD209+' 20 HIV(-) Figure'2' DC'–'CD1a+' 50 AIN(-) %'of'posi5ve''cells' Anal'Mucosa' LYM'–'CD45High' HIV(+) 68 Cytokine'Profiles'Secreted'by'Mononuclear'Cells' pbIL>6' pbTNF>α' pbIL>2' pbIFN>γ' pbIL>4' pbIL>10' pbIL>17A' mIL>6' mTNF>α' mIL>2' mIFN>γ' mIL>4' mIL>10' mIL>17A' HIV(+)AIN(+)' mIL>6' mTNF>α' mIL>2' mIFN>γ' mIL>4' mIL>10' mIL>17A' HIV(+)AIN(>)' pbIL>6' pbTNF>α' pbIL>2' pbIFN>γ' pbIL>4' pbIL>10' pbIL>17A' mIL>6' mTNF>α' mIL>2' mIFN>γ' mIL>4' mIL>10' mIL>17A' Subjects' HIV(>)AIN(>)' pbIL>6' pbTNF>α' pbIL>2' pbIFN>γ' pbIL>4' pbIL>10' pbIL>17A' A' ND ND ND 62' 52' 14' 57' 5' 62' 48' 35' 35' 57' 39' 13' 43' 43' %' 28' 28' 40' 48' 40' 16' 48' 54' 86' 46' 50' 64' 61' 54' 63' 34' 59' 50' 44' 66' 44' 52' 58' 61' 52' 20' 45' 52' pbIL%6' mIL>6' pbTNF%α" mTNF>α" pbIL>2' mIL>2' B' %'of'High'Cytokine'Producers' Scale& 100" mIFN>γ" pbIFN%γ" mIL>4' 50" pbIL>4' pbIL%10' mIL>10' 0" pbIL>17A" mIL>17A" HIV(>)AIN(>)' pbIL%6' mIL%6' pbIL%2' mIL%2' mIFN>γ" pbIFN%γ" mIL>4' pbIL>4' pbIL>10' mIL%10' pbIL%17A" mIL>17A" Figure'3' HIV(+)AIN(>)' pbIL>6' mIL%6' pbTNF%α" mTNF>α" pbTNF>α" mTNF%α" pbIL%2' mIL>2' mIFN>γ" pbIFN>γ" mIL%4' pbIL>4' pbIL>10' mIL%10' pbIL>17A" mIL%17A" HIV(+)AIN(+)' 69 A' Anal'Intraepithelial'Neoplasia'(AIN)'Histophatology'' HSIL' LSIL' B' Phenotypic'and'FuncBonal'Features'of'Mononuclear'Cells' %'of'posiBve''cells' CD4+'TIcells' IFNIγ+'CD4+'TIcells' ILI10+'CD4+'TIcells' 30 30 6 50 15 15 3 LYM'–'CD45High' 0 CD11c+CD123Low' 0 0 CD1a+'Cells' IFNIγ+'CD1a+'Cells' ILI10+'CD1a+'Cells' 4 10 4 2 5 2 2 %'of'posiBve''cells' 0 Anal'Mucosa' 30 15 HSIL LSIL 0 1 HIV(+) AIN(+) HIV(+) AIN(+) HIV(+) AIN(+) HSIL LSIL HSIL 0 LSIL HSIL LSIL HIV(+) AIN(+) 0 HSIL 0 0 LSIL %'of'posiBve''cells' Peripheral'Blood' Lymphocytes' 100 HIV(+) AIN(+) Cytokine'Profile'of'Mononuclear'Cells' C' pbIL-6 mIL-6 pbIL-6 mIL-6 pbTNF-α# mTNF-α# pbTNF-α# mTNF-α# %'of'High'Cytokine'Producers' Scale& 100# 50# pbIL-2 mIL-2 mIFN-γ# pbIFN-γ# mIL-4 pbIL-4 pbIL-2 mIL-2 mIFN-γ# pbIFN-γ# mIL-4 pbIL-4 0# pbIL-10 mIL-10 pbIL-17A# mIL-17A# Figure'4' LSIL pbIL-10 mIL-10 pbIL-17A# mIL-17A# HSIL 70 MON LYM Reference''Biomarkers'Network' pDC CD11c+ CD1a+ CD4+ CD123low CD45+ Peripheral'Blood' CD209+ mDC CD4+ IL-10+ CD4+ IFN-γ+ pbIL-2 mIL-2 pbIL-4" pbIFN-γ" pbIL-10" pbIL-6" pbIL-17A" Anal'Mucosa' A' pTNF-α" mIFN-γ" mIL-4" mIL-10" mIL-6" mIL-17A" mTNF-α" HIV(6)AIN(6)' MON B' HIV6related'Biomarkers'Network' pDC MON LYM CD11c+ CD123low CD1a+ CD4+ CD209+ mDC pDC CD4+ IL-10+ CD4+ IFN-γ+ CD209+ CD4+ IFN-γ+ mIL-10" pbTNF-α" mIL-2 pbIL-2 mIFN-γ" mIL-4" pbIL-4" pbIFN-γ" pbIL-10" pbIL-6" mIL-4" mIFN-γ" mIL-10" mIL-6" mIL-6" mIL-17A" mTNF-α" mIL-17A" mTNF-α" pbIL-17A" pbTNF-α" HIV(+)AIN(6)' MON LYM pDC CD11c+ CD123low CD123low CD209+ CD4+ IFN-γ+ Figure'5' CD45+ pbIL-2 mIL-2 mIL-4" pbIFN-γ" pbIL-6" CD209+ CD45+ CD4+ IL-10+ pbIL-2 pbIL-10" CD4+ IFN-γ+ mDC CD4+ IL-10+ pbIL-4" CD1a+ CD4+ CD11c+ CD4+ mDC LYM pDC CD1a+ mIL-10" " pbIL-17A" pbTNF-α . HIV(+)AIN(+)' MON HIV/AIN6related'Biomarkers'Network' C' CD45+ IL-10+ mIL-2 pbIL-6" pbIL-17A" CD1a+ CD4+ CD4+ pbIFN-γ" pbIL-10" CD11c+ CD123low mDC pbIL-2 pbIL-4" CD45+ LYM mIFN-γ" mIL-6" mIL-17A" mTNF-α" LSIL' pbIL-4" pbIL-10" mIL-2 pbIFN-γ" pbIL-6" pbIL-17A" pbTNF-α" mIL-4" mIL-10" mIL-17A" HSIL' mIFN-γ" mIL-6" mTNF-α" 71 4.2 Artigo 2. Coinfection of Epstein-barr Virus, Cytomegalovirus, Herpes Simplex Virus, Human Papillomavirus and Anal Intraepithelial Neoplasia in HIV Patients in Amazon, Brazil. Original Article Rev bras Coloproct Coinfection of Epstein-Barr virus, cytomegalovirus, herpes simplex virus, human Vol. 32 January/March, 2012 papillomavirus and anal intraepithelial neoplasia in HIV patients in Amazon, Brazil No 1; p:18-25. Coinfection of Epstein-barr Virus, Cytomegalovirus, Herpes Simplex Virus, Human Papillomavirus and Anal Intraepithelial Neoplasia in HIV Patients in Amazon, Brazil. Adriana Gonçalves Daumas Pinheiro Guimarães1, José Ribamar de Araujo2, Rosilene Viana de Andrade3, Carolina Marinho da Costa4, Renata da Silva Galvão4, Aline Lury Hada5, Luiz Carlos de Lima Ferreira6 1PhD; Adjunct Professor at the Universidade Federal do Amazonas, Department of Surgery – Manaus (AM), Brazil. 2MsC; Laboratory Manager of the Pathological Anatomy of Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado – Manaus (AM), Brazil. 3MsC; Pathologist of the Pathological Anatomy Laboratory of Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado – Manaus (AM), Brazil. 4Postgraduate students of Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado – Manaus (AM), Brazil. 5Graduate Medical Student at Universidade do Amazonas – Manaus (AM), Brazil. 6PhD; Associate professor at Universidade Federal do Amazonas and the Laboratory of Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado – Manaus (AM), Brazil. Guimarães AGDP, Araujo JR, Andrade RV, Costa CM, Galvão RS, Hada AL, Ferreira LCL. Coinfection of Epstein-Barr virus, cytomegalovirus, herpes simplex virus, human papillomavirus and anal intraepithelial neoplasia in HIV patients in Amazon, Brazil. J Coloproct, 2012;32(1): 18-25. ABSTRACT: Objective: The prevention of anal cancer is a goal of worldwide Aids support centers. Despite the efforts that have been made and progress in the antiretroviral therapy, effective disease control remains elusive. Difficulty in preventing anal cancer may result from the ineffectiveness of highly active antiretroviral therapy on the human papillomavirus (HPV) since the coinfection with HIV and HPV appears to increase the risk of HPV-infected cells, becoming cancerous. Methods: We evaluated 69 HIV-positive and 30 HIV-negative male patients who underwent cytological evaluation by RT-PCR for the presence of HPV, Epstein-Barr virus, cytomegalovirus and herpes virus types (HSV) 1 and 2, and histopathology analysis of the anal canal. results: The prevalence of anal intraepithelial neoplasia was 35% and it was restricted to HIV-positive patients. Patients infected with high-risk HPV and with fewer than 50 TCD4 cells/µL showed an anal intraepithelial neoplasia rate of 85.7% compared to those with TCD4 cells >200 cells/µL (p<0.01). The rate of viral coinfection was 16.9% of the sexual transmitted diseases cases and it was correlated with HIV-1 viral load of more than 10.001 copies/mL (p=0.017). The rate of AIN in coinfected patients was 36.4% (p=0.047). Conclusions: In this study, at the main institution for the treatment of HIV/ AIDS in the Amazon region of Brazil, anal coinfection with HPV, cytomegalovirus, HSV-1, HSV-2 and Epstein-Barr virus occurred only in HIV-positive patients and it was directly influenced by the viral load of HIV-1. In this study, anal viral coinfection showed no additional risk for the development of anal intraepithelial neoplasia. Keywords: sexually transmitted disease; anal coinfection; human papillomavirus; Epstein-Barr virus; cytomegalovirus; herpes simplex virus; anal intraepithelial neoplasia; anal cancer. RESUMO: Objetivo: A prevenção do câncer anal tem sido aplicada pelos centros de apoio a pacientes com Aids em todo o mundo. Apesar dos esforços empregados, o eficaz controle da doença permanece distante. A dificuldade na prevenção do câncer anal pode resultar, em parte, da ineficácia da ação da terapia antirretroviral sobre o papilomavírus humano (HPV), pois a coinfecção com HIV e HPV parece aumentar o risco das células infectadas pelo HPV em tornarem-se cancerosas. Métodos: Foram avaliados 69 HIVpositivos e 30 pacientes HIV-negativos do sexo masculino, que foram submetidos à avaliação citológica anal por real time-PCR para a presença de HPV, vírus Epstein-Barr, citomegalovírus e herpes vírus tipos (HSV) 1 e 2 além da análise histopatológica de fragmento de mucosa do canal anal. resultados: A prevalência de neoplasia intraepitelial anal foi de 35% e foi restrita a pacientes HIV-positivos. Os pacientes infectados com o HPV de alto risco e com contagem inferior a 50 células TCD4/µL mostraram taxa de neoplasia intraepitelial anal de 85,7%. A diferença foi significativa quando comparado a pacientes com células TCD4 >200 células/µL (p<0,01). A taxa de coinfecção viral foi de 16,9% dos casos de doenças sexualmente transmissíveis e diretamente correlacionada à carga viral HIV-1 superior a 10,001 cópias/mL (p=0,017). A taxa de neoplasia intraepitelial anal em pacientes coinfectados foi de 36,4% (p=0,047). Conclusões: Neste estudo, realizado na principal instituição para o tratamento de HIV/Aids na região amazônica do Brasil, a coinfecção anal com HPV, citomegalovírus, HSV-1, HSV-2 e vírus Epstein-Barr ocorreu somente em pacientes HIV-positivos e foi influenciada pela carga viral do HIV-1. Neste estudo, a 72 coinfecção viral anal não representou risco adicional ao desenvolvimento da neoplasia intraepitelial anal. Palavras-chave: doenças sexualmente transmissíveis; coinfecção anal; papilomavírus humano; EpsteinBarr vírus; citomegalovírus; herpes simples vírus; neoplasia intraepitelial anal; câncer anal. Introduction The human papillomavirus (HPV) is the most prevalent sexually transmitted disease (STD) of the perianal region1,2, and it is associated with a broad spectrum of benign and malignant lesions3. In HIV-positive men, who have sexual relations with men, there is frequent association between multiple HPV types3, increasing the risk of anal intraepithelial neoplasia (AIN) and anal cancer by at least 60.1 times4. Among immunosuppressed patients, cytomegalovirus (CMV) has been established as a cause of ano-rectal disorders5, ulcers, vesicles and perianal warts, which are often associated with herpes simplex virus6. Coinfection by multiple pathogens is not uncommon among immunocompromised patients. Davis and Goldstone7 described 86% of STD in patients with proctitis, and three cases of multiple infections. The association between viral and bacterial coinfections has also been described8. The presence of coinfections appears to increase the risk of HPV-infected cells progressing to malignancy. These pathogens act synergistically to induce anogenital epithelial lesions, particularly in HIV-posi- tive patients9. The EpsteinBarr virus (EBV) infection has also been studied in genital warts and perianal intraepithelial lesions for which the role of synergism in the etiology of cancer has also suggested10,11. Developing a more detailed understanding of the relationship between viral coinfections and the devel- opment of anal cancer, particularly in HIVpositive patients, is of critical importance. This study aims to assess the prevalence of viral coinfection with AIN in the main institution for the treatment of HIV/AIDS in the Amazon region of Brazil. Methods Ninety-nine male patients were evaluated from July, 2010 to June, 2011. Sixty-nine patients were HIV-positive and 30 were HIV-negative, who had no known risk factors for anal cancer. This study received authorization from the 73 Research Ethics Committee. Volunteer patients, who met the eligibility criteria, were submitted to the collection of cytological material for the detection of EBV, HPV, CMV, HSV-1 and HSV-2 as well as anal in- spection, digital rectal examination, anoscopy mag- nification imaging, and biopsies of the suspected ar- eas. If there were no injuries or clinical suspicion, a biopsy was performed at the three o’clock position along the dentate line. Hybrid capture was used to detect the main types of HPV with either low or high oncogenic potential12. The samples were processed according to the manufacturer’s recommended protocols. Levels of HPV 16 ≥1 pg/mL relative lights unit (RLU) were designated as positive. Molecular diagnoses of HSV-1, HSV-2, CMV and EBV were performed by real-time PCR (RT-PCR) using the 7500 Fast Real-Time PCR System, manufactured by Applied Biosystems. The samples were ex- tracted with a QIAamp DNA Mini Kit according to the manufacturer’s instructions. H1P32/H1M32, H2M40/ H2P4, HSV-GF/CMV-R and HSV-GF/EBV-R prim- ers were purchased from Invitrogen Life Technologies with Maxima® SYBR Green/ROX qPCR Master Mix (2X). The cycling conditions were 50°C for two minutes, 95°C for ten minutes, 40 cycles at 95°C for 30 seconds and 60°C for one minute13. In this study, to calculate rates of coinfection ano- rectal, isolated HPV-HIV infection was not considered. RESULTS Overview In this study, the mean age of HIV-positive patients was 34.3 years-old; the mean age in the Control Group (HIV-negative) was 47.4 years-old (p<0.001). The average duration of HIV infection was 44 months, and the average under treatment with highly active antiretroviral therapy (HAART) was 34 months. The prevalence of AIN in HIV-positive patients was 35%, and AIN was absent in the Control Group (p<0.001) as determined by histopathological analysis. 45.8% (n=11/24) of patients presented with low-grade AIN (AIN I), and 54.2% of the patients presented with high-grade AIN (AIN II/III), with p<0.001, (data are not shown). 74 The impact of STDs Patients were evaluated for the presence of a STD, either alone (n=65) or in the form of coinfec- tion (n=11). Twenty-three patients, all HIV-negative, did not show any STD. The rates of STD infections were as follows: low-risk HPV, 73.8% (n=48); high- risk HPV, 90.8% (n=59); HSV-1, 7.7% (n=5); HSV-2, 16.9% (n=11); EBV, 7.7% (n=5); CMV, 1.5% (n=1) –data not shown. Of the patients with at least one type of STD, 57 out of 65 were HIV-positive (p<0.01). The term ‘HPV total’ was defined as an infection with either high or low oncogenic potential HPV, which oc- curred in 60.6% (n=60) considering all patients and in 81.2% (n=56) of HIV-positive patients (RR=26.6; p<0.001). Similar results were found in the analysis of HPV oncogenic risk (OR=29.5 and 26.2 for the occurrence of HPV infection, high and low risk in HIV-positive patients, respectively, n=97; p<0.001, Fisher’s exact test) – data not shown. The prevalence of AIN in HPV infected patients Patients were evaluated to assess the influence of HPV infection on the occurrence of AIN. It was found that 86.4% (19/22) of patients diagnosed with AIN were infected with low-risk HPV (OR=9.81; p<0.001), and 95.8% were infected with high-risk HPV (OR=23.7; p<0.001), as in Table 1. Patients without HPV infection were not present with AIN (n=39), as seen in Table 2; all patients with severe AIN (n=13) were infected with high-risk HPV, and the rate of association between high- and low-risk HPV was 83.3% (p<0.001 for all analyses in Table 1). To assess the potential for a single infection with low-risk HPV to cause AIN, 39 patients with AIN, who were found to be negative for high-risk HPV, were analyzed; and only one of these patients was positive for low-risk HPV and was infected with low-grade squamous intraepithelial lesion – LSIL (data not shown). Patients with severe AIN (n=13) began the study presenting a median duration of HIV-1 infection of 54 months (with a range of 3 to 144 months); 76.9% of the patients (n=10) were using HAART and showed a significant increase in the average duration of HAART use compared to patients with normal histology or inflam- matory or mild AIN (p=0.041), as seen in Table 2. 75 The influence of HIV-1 viral load and TCD4 cell concentration Patients infected with HPV had a significantly higher viral load of HIV-1 than those not infected (41,540 and 17,693 copies/µL, respectively; p=0.03) (data not shown). We also evaluated the potential of CD4 + T cells of causing AIN in patients infected with HPV-H. In this analysis, patients infected with high-risk HPV with TCD4 cell concentrations of <50 cells/µL presented AIN at a rate of 85.7% (n=6), as follows: four cases of AIN III and two of AIN I. Of the patients with high-risk HPV infection and levels of TCD4 cells >250 cells/µL, 70.3% did not present AIN (n=22; p<0.01), as seen in Table 3. Viral coinfection We evaluated the occurrence of anal viral coinfec- tion, which was detected in 11 of 65 patients (16.9%) with a STD. Of the 11 coinfected patients, 6 (55%) presented a coinfection of high-risk HPV with HSV-2; 3 (27%) were coinfected with both low- and high-risk HPV and EBV; 1 (9%) patient presented with a triple coinfection of low- and high-risk HPV, HSV-2 and EBV; and the last case was coinfected with all pathogens tested (Figure 4). 100% (n=11) of anal coinfections occurred in HIV-positive patients (p=0.01) and 60% in man who has sex with man (MSM). The average TCD4 cell concentration in coin- fected patients was 141 cells/µL and 35,500 copies/ µL of HIV-1 viral load. There were significant differences found when comparing patients to a viral load of either less than or greater than 10,000 copies/µL (p=0.01) (data no shown). In patients with viral load lower than 10,000 copies/µL, there were only simple coinfections; in the group with higher viral loads, there were eight patients with coinfections: six are cases of simple coinfection, one case of triple coinfection, and another patient infected with all four types of investi- gated STDs. There was no difference in the duration of HAART use in HIV coinfected patients (p=1.0 and p=0.81, respectively) (data not shown). AIN and coinfection Among the 11 coinfected patients, there were four cases of AIN (36.4%), one of AIN III and three of AIN I. Therefore, no correlation was found between the incidence of AIN and viral anal coinfection (Table 5). Among coinfected patients, there were also three condyloma cases and four nonspecific inflammatory changes in these patients (Table 4). 76 DISCUSSION In this study, we addressed viral coinfection in HIV-positive patients and its relationship with AIN and HAART patient and immune status. We began the analysis with an evaluation of the influence of HIV on HPV infection rates. A 26.6fold greater risk of infection by high and/or low oncogenic HPV types in HIVpositive patients was observed. These findings cor- roborate those of previous studies14-16. Sobhani et al.17 and Kreuter et al.18 highlighted the greater multiplicity of high- and low-risk HPV in anal margin carcinomas compared to carcinomas of the anal canal, which are mostly associated with HPV 16. An increased risk of severe high-grade squamous intraepithelial (HSIL) has been described in patients infected with oncogenic HPV, particularly HPVs 16 and 18, when associated with low TCD4 cell concentrations before HAART initiation (OR=14.18)19. These data are similar to those found in the present study in patients infected with high-risk HPV and a current TCD4 cell count of <50 cells/µL. The risk of AIN in patients with low TCD4 cell counts has also been previously reported20,21. A recent study described the possible protective effect of HAART on the development of severe AIN when HAART was administered for more than four years, and the analysis was adjusted for TCD4 nadir cells19. According to CrumCianflone22, the beneficial effect of HAART may be less pronounced for individuals with moderate or severe AIN as a result of the already severe degree of HIV-related immune depletion. In those cases, either the immune restoration promoted by HAART was insufficient to restore specific immunity to HPV-infected cells or, in cases with a more severe degree of AIN, patients may have accumulated sufficient genetic alterations to lead the failure of HAART22. Other authors argue that the duration of HIV infection is of primary importance, since patients infected with more than 15 years had 12 times greater chance of developing anal cancer (p<0.001)23. The average time of HIV infection in this study was much higher than that of our patients with HSIL. Regarding the anal coinfection, we did not detect coinfection in HIVnegative subjects, probably as a result of the strict selection criteria employed for the Control Group that did not involve MSM. Anal coinfection occurred in 40% of patients who had not declared themselves adherents of receptive anal sex, highlighting the potential for the acquisition of STDs regardless of the sexual 77 practice, as previously noted24,25, and emphasizing the importance of prevention programs that encompass heterosexual patients. Our rate of anal STDs are similar to the findings of Sobhani et al.26, who described an 8% rate of EBV coinfection, a 12% rate of CMV anal infection and a 24% rate of HSV anal infection. However, this study found lower prevalence of EBV (7.7%) and CMV (1.5%) infection compared to the findings of Löwhagen et al.27 and Rodrigues et al.9, who reported a prev- alence of HSV and EBV of over 30%. Because we used RT-PCR as a means of diagnosis, and the method is known to be higher than conventional PCR and the culturing of samples28; therefore, we do not consider our results to be contradictory with previous findings, but as features of our study population. The presence of HSV-EBV coinfection as a risk factor for the development of anal cancer among pa- tients of both sexes coinfected with HPV-HIV has already been described9-11. In the present study, we report five cases of coinfection with EBV. Three cases had severe AIN, and one patient was coinfected with all the viruses studied and presented very low levels of peripheral TCD4 cells. In a study conducted in Rio de Janeiro, Brazil9, HPV-EBV coinfection occurred in 21% of HIV-positive patients and in 7% of HIV-negative patients (p=0.017). These data are similar to those from a study conducted in Skovde, Sweden27, which found HSV rates similar to ours but with significantly higher percentages of EBV. Regardless of geographical area, a considerably high rate of anal coinfection in immunocom- promised patients has been found, highlighting the importance of STD surveillance and the monitoring of clinical progression in terms of AIN occurrence and anal cancer. In Botswana, Africa, an increase has been seen in ocular surface squamous neoplasia pathology with significant rates of coinfection with HPV, HSV, CMV and EBV, particularly in HIV-pos- itive patients, but in percentages much higher than those reported here29. Despite the limited number of coinfected evaluated individuals and the limitations inher- ent in cross-sectional studies, these results show that patients with anal viral coinfection by HPV, HSV-1, HSV-2, EBV or CMV showed no addition- al risk for the development of AIN and that coin- fection seems to be directly related to high HIV-1 viral load. New follow-up studies are needed to confirm the findings revealed in this study regarding the incidence of AIN and anal cancer in coinfected individuals. 78 CONCLUSIONS This study was conducted in the main Institution for the treatment of HIV/AIDS in the Amazon region of Brazil. The rate of AIN was associated with severe infection with high and low risk HPV, low levels of TCD4 cells, and a high HIV-1 viral load. Anal coinfection by HPV, CMV, HSV and EBV occurred only in HIV-positive patients, it was directly influenced by the HIV-1 viral load. In this study, viral anal coinfection showed no additional risk for the development of AIN. ACKNOWLEDGMENTS The authors are grateful to the medical students Bruno Queiroz and Isabelle Gracinda Aguiar; statis- ticians Erico Jander da Silva Lopes and Edson Lira; pharmacists Andreza Fernandes and Cristiana Lima Laranjeira; pathology laboratory technicians San- dra Eline, Sandra Caranhas and Carlos Melquiade Marques; nursing technician Elizabeth Monteiro and all of the hospital support staff for their expert technical assistance. REFERENCES 1. Koutsky L, Galloway D, Holmes K. Epidemiology of genital human papillomavirus infection. Epidemiol Rev 1988;10:122-63. 2. Nadal SR, Manzione CR. 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HPV types No AIN AIN present Total n % n % n No 46 61.3 3 13.6 49 Yes 29 38.7 19 86.4 48 Total 75 100 22 100 97 No 38 51.4 1 4.2 39 Yes 36 48.6 23 95.8 59 Total 74 100 24 100 98 No 39 52.0 0 0.0 39 Yes 36 48.0 24 100.0 60 RR p-value 9.81 <0.001 23.7 <0.001 Low HPV High HPV Total HPV <0.001 81 Total 75 100 24 100 99 HPV association No 46 61.3 6 25.0 52 Yes 29 38.7 18 75.0 47 Total 75 100.0 24 100.0 99 4.68 0.001 HPV: human papillomavirus; Total HPV: low-risk HPV or high-risk HPV infection; HPV association: infection by both low- and high-risk HPVs; data were analyzed using Fisher's exact test. 82 Table 2. The relationship between AIN severity and the duration of HAART use. Histopathology Duration of HAART use p-value No AIN AIN III (+) AIN I Average 2.23 5.34 Standard deviation 2.59 6.3 0.041 Median 0.82 2.84 n 27 10 AIN: anal intraepithelial neoplasia; HAART: highly active antiretroviral therapy; data were analyzed with Mann-Whitney test. 83 Table 3. The occurrence of AIN in relation to the peripheral levels of T CD4 cells in HIVpositive individuals infected with high-risk HPV. AIN T CD4 (cells/µL) No AIN p-value <50 1 2 4 7 >250 22 5 4 31 Total 23 7 8 38 AIN I AIN III Total <0.01 AIN: anal intraepithelial neoplasm; HPV: human papillomavirus; data were analyzed using Fisher's exact test. Anal viral co-­‐infec3on 9% 27% HPV-­‐H+HSV-­‐2 9% 55% HPV-­‐H+HPV-­‐L+EBV HPV-­‐H+HPV-­‐L+HSV-­‐2+EBV HPV-­‐H+HPV-­‐L +HSV-­‐1+HSV-­‐2+EBV+CMV Figure 1. Rates of anal viral coinfection HPV: Human papillomavirus; HSV: Herpes simplex virus; EBV: Epstein-Barr virus; CMV: cytomegalovirus. 84 Table 4. Histopathological studies of coinfected patients. Histopathology Coinfection 0 coinfect 1 coinfect 2 coinfect 4 coinfect Total Histo n % n % n % n % Normal 20 23.8 0 0.0 0 0.0 0 0.0 20 Proctitis 34 40.5 4 44.4 0 0.0 0 0.0 38 AIN I 7 8.3 2 22.2 1 100.0 0 0.0 10 AIN III 12 14.3 0 0.0 0 0.0 1 100.0 13 No neo. 9 10.7 3 33.3 0 0.0 0 0.0 12 Metaplasia 2 2.4 0 0.0 0 0.0 0 0.0 2 Total 84 100 9 100 1 100 1 100 95 AIN I: low-grade anal intraepithelial neoplasia; AIN III: anal intraepithelial neoplasia of moderate or high degree; no neo: other non-neoplastic-specific processes such as condyloma, herpes or tuberculosis; coinfect: coinfection; 0 coinfection: no coinfection; 1 coinfection: one coinfection occurred; 2 coinfection: two coinfections occurred; 4 coinfection: four coinfections occurred. 85 5 CONCLUSÕES Os estudos realizados na principal Instituição para o tratamento de HIV/aids na região amazônica do Brasil, permitiram as seguintes conclusões: - A ocorrência de coinfecção anal entre os vírus: HPV, citomegalovírus, HSV-1, HSV-2 e vírus Epstein-Barr ocorreram apenas em pacientes HIV-positivos. - A ocorrência de coinfecção anal entre os vírus: HPV, citomegalovírus, HSV-1, HSV-2 e Epstein-Barr vírus foi influenciada pela carga viral do HIV-1. - Neste estudo, a ocorrência de coinfecção viral anal não esteve relacionada ao risco adicional de desenvolvimento da neoplasia intraepitelial anal. - Na mucosa anal, o número de linfócitos CD45High, DC CD1a+ e DC CD209+ em pacientes HIV+ foi maior do que no grupo controle (HIV-NIA-), independente da ocorrência da NIA. - Na análise da rede de biomarcadores do grupo controle (HIV-NIA-), observamos, tanto na mucosa anal quanto no sangue periférico, a ocorrência de forte correlação entre IL-10 e IL-6, entre IL-10 e TNF-α e ainda entre IL-6 e o TNF-α. (r>0.68). - A diminuição da frequência de células TCD4+ circulantes, pDC e IFN-γ+ ou IL10+CD1a+ DCs, bem como o aumento da porcentagem de células CD1a+, IFNγ+ ou IL-10+TCD4+, e CD11c+CD123Low estiveram associados a infecção por HIV, independente da ocorrência da NIA. - O aumento das Dcs Mielóides (CD11c+CD123Low) durante a infecção pelo HIV e nos infectados pelo HIV com NIA, e a diminuição das DC plasmacitóides (pDCs) no sangue periférico de pacientes infectados pelo HIV, sinalizam uma migração para a mucosa anal inflamada na tentativa de resolver a infecção apresentada. - Na análise da rede de biomarcadores tanto o grupo de pacientes (HIV+NIA-) quanto o (HIV+NIA+), apresentaram forte correlação entre IL-10 e IL-6 e entre IL-6 e TNF-α no sangue periférico e ainda entre IL-10 e IL-6, IL-10 e TNF-α, e IL6 e TNF-α na mucosa anal (r>0.68). - Células mononucleares da mucosa anal de pacientes HIV(+)NIA(+) apresentaram significativa capacidade de secretar citocinas pró- 86 inflamatórias/reguladoras, especificamente mTNF-α> Mil-4> Mil-10> Mil-6 = mIL17A, com menor secreção de pbIL-2 pelas PBMC. - Pacientes HSIL+ apresentaram diminuição do número de linfócitos, IFN-ϒ+DC CD1a+ e de IL-10+CD1a+ e aumento das DC CD1a+ e de IFN-γ+TCD4+ no sangue periférico, associados a diminuição dos linfócitos CD45HIGH na mucosa anal, quando comparados aos HIV+LSIL+. - Na rede de biomarcadores de pacientes com HSIL, houve forte correlação entre as Dcs mielóides (CD11c+CD123Low) e as células IFN-γ+CD4+, demonstrando uma ineficaz tentativa para o controle da lesão induzida por vírus. - O aumento tecidual de IL-17A/TNF-α/IFN-γ em pacientes com HSIL pode refletir a migração de células Th1/Th17 para a mucosa, contribuindo com o processo inflamatório, sem o eficaz controle do desenvolvimento tumoral. - A associação significativa entre HSIL e os níveis de TNF-α/IL-17A/IFN-γ e os diferentes subtipos de DC presentes na mucosa anal pode identificar e categorizar pacientes HIV(+) sob alto risco de desfecho câncer anal. - Na mucosa anal, TNF-a/IFN-γ/IL-17A comportaram-se como biomarcadores HSIL seletivos. Esses pacientes exibem ainda fortes ligações positivas entre os ambientes circulatório periférico e a mucosa anal entre a mIL-17A/mTNFα/pbIFN-γ+CD4+, demonstrando conexões positivas ou negativas em indivíduos sob forte risco de evolução para o câncer anal. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Abbas AK, Lichtman AH. Mecanismos efetores da imunidade mediada por células. In:______. Imunologia celular e molecular. 5ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005c. Abbas AK, Lichtman AH. Processamento de antígenos e apresentação aos linfócitos T. In: ______. Imunologia celular e molecular. 5ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005d. Abramowitz L, Benabderrahmane D, Ravaud P, Walker F, Rioux C, Jestin C, Bouvet E, Soulé JC, Leport C, Duval X. Anal squamous intraepithelial lesions and condyloma in HIV-infected heterosexual men, homosexual men and women: prevalence and associated factors. 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Na consulta veremos se as células dendríticas e outras células de defesa do seu ânus (via) estão normais em você, as coletaremos durante o exame no ânus (via) com um aparelho descartável (que se joga fora após o uso) para olhar por dentro e faremos biópsia( retirada de um pequenino pedaço) no local suspeito de doença, isso geralmente causa discreta dor, mas faremos uma pequena anestesia no local, que poderá arder levemente, acelerar o coração ou dar um mal estar, caso aconteça você ficará em observação conosco até que a “sensação ruim” passe. Um pequeno sangramento também poderá ocorrer na primeira vez que for defecar( obrar), não é preciso se preocupar. Uma amostra de seu sangue será necessária para testar o HIV/aids, sua quantidade e o número de células de defesa que você tem no sangue (se você apresentar sorologia positiva para o HIV). Gostaríamos, com o trabalho, de conhecer quantas pessoas tem a inflamação grave no ânus (via) que pode virar câncer, e se as células de defesa do ânus (via) e do sangue estão diminuídas facilitando a doença, com isso podemos criar um programa para descobrir a doença no início, antes que ela vire câncer. Você precisará responder perguntas íntimas sobre a sua doença, tipo de sexo, doenças do sexo e o quanto estudou. Não existem outros exames melhores ou com menos riscos. O material será examinado no laboratório da Fundação de Medicina Tropical e no FHEMOAM, e você receberá os resultados em seu prontuário. Caso você passe mal, ou tenha algum problema devido aos exames ou dúvidas quanto à pesquisa, procure a Dra. Adriana Daumas pelo telefone (92)2127-3432 ou no endereço Av. Pedro Teixeira, 25 Dom Pedro. 98 Você tem a liberdade e o direito de negar sua participação ou retirar seu consentimento (autorização) em qualquer momento, podendo mesmo assim continuar a ser atendido. Em caso de ocorrer algum dano eventual à sua saúde durante o período de estudo, provocado pela coleta dos exames, a responsabilidade recairá inteiramente sobre o pesquisador e a Fundação de Medicina Tropical Dr Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), conforme prevê a Resolução 196/96 – CNS. Sua identidade (nome e rosto) será mantida em segredo pelo pesquisador e pela Fundação. Os resultados da pesquisa serão analisados e colocado em tabelas, figuras, fotos ou gráficos e mostrados em palestras, conferências, periódico científico ou outra forma que leve o conhecimento à sociedade e autoridades da área da saúde nacionais ou internacionais, de acordo com as normas (leis) de proteção nacional ou internacional. Os custos dos exames, das consultas e do tratamento serão de responsabilidade da Fundação de Medicina Tropical e do FHEMOAM, você só precisará se deslocar, por meios próprios, até o local da consulta ou para o tratamento conforme a orientação que receberá durante a pesquisa. Você receberá uma cópia deste termo, e caso concorde com sue conteúdo, assiná-lo e pedir que o pesquisador(médico) assine também. CONSENTIMENTO PÓS-INFORMAÇÃO: Eu, ................................................................................................................., participante do estudo acima descrito, recebi a explicação de que serei um(a) dos(as) participantes desta pesquisa. Se eu não souber ler ou escrever, uma pessoa de minha confiança lerá este documento para mim e depois escreverá nesta página o meu nome. E por estar devidamente informado (a) e esclarecido (a) sobre o conteúdo deste termo, livremente e sem qualquer pressão por parte dos pesquisadores, expresso(dou) meu consentimento de inclusão nesta pesquisa. ................................................................. ASSINATURA DO PACIENTE OU REPRESENTANTE LEGAL IMPRESSÃO DO POLEGAR DIREITO DO PACIENTE, CASO ESTE NÃO SAIBA ESCREVER SEU NOME ................................................................. LOCAL E DATA PESQUISADOR RESPONSÁVEL PELO ACOMPANHAMENTO E INFORMAÇÕES AO PACIENTE: NOME LEGIVEL: ADRIANA DAUMAS PINHEIRO GUIMARÃES FONE: (92)2127-3432 99 7.2 Cronograma de Execução Física ANO 2008 ITEM ATIVIDADES MESES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 01 Revisão bibliográfica X 02 X 04 Definição do modelo de estudo e amostra Cumprimento dos Créditos obrigatórios e facultativos Qualificação do Projeto de Tese 05 Coleta da amostra 03 X X X X X X ANO 2009 01 Revisão bibliográfica 02 Testes de padronização da citometria X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X ANO 2010 01 Revisão de Literatura X X X X X X X X 02 Execução do método histológico X X X X X X X X X X 03 Execução do método citométrico X X X X X X X X X X 04 Revisao dados artigo imunohistoquímica X X X X 05 Submissão do artigo científico X ANO 2011 01 Execução do método histológico X X X X X X X 02 Execução do método citométrico X X X X X X X 03 Execução do CBA X X 04 Elaboração do segundo artigo científico X X 05 Redação da Tese X X X 100 7. 3 Orçamento –PPSUS-FAPEAM Tipo Item Especificação do Item Qtd Valor Unit. Valor Total GRADUADOS/ACADÊMICO DO ÚLTIMO PERÍODO DOS Bolsa --CURSOS DE BIOLOGIA, QUÍMICA, FARMÁCIA OU 24 R$ 1.234,00 R$ 29.616,00 BIOMEDICINA- TIPO DE BOLSA: DCTA/C AGITADOR MAGNÉTICO MOD:752A COM PLACA DE AGITAÇÃO EM ALUMÍNIO INJETADO INCLUINDO RESISTÊNCIA TUBULAR; TEMPERATURA CONTROLADA POR TERMOSTATO CAPILAR DE 50 Material 320ºC; LÂMPADA PILOTO; CORPO EM CHAPA DE AÇO Capital Permanente e REVESTIDO EM EPÓXI; CONTROLE DE ROTAÇÃO 1 R$ 984,00 R$ 984,00 Equipamentos ELETRÔNICO DE 80-1.500 RPM; AGITA ATÉ 4 LITROS; PLACA Ø DE 14 CM E ALTURA DE 10 CM; 60 HZ, 650 WATTS; ACOMPANHA BARRA MAGNÉTICA Ø 9 X 25 MM. Material Capital Permanente e Equipamentos Material Capital Permanente e Equipamentos Material Capital Permanente e Equipamentos Material Capital Permanente e Equipamentos Material de Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Custeio Custeio Material de Consumo Material de Consumo Custeio Material de Custeio EQUIPAMENTO PORTÁTIL PARA BANHO MARIA CUBA EM AÇO INOX AISI 304; TERMOSTATO ELETROMECÂNICO 40ºC ATÉ 100ºC; DIÂMETRO DA CUBA DE 220 MM. VOLUME TOTAL DA CUBA DE 3 LITROS; NÃO ACOMPANHA TAMPA; CONSUMO 750 WATTS; MAIS INDICADO PARA USO EM TEMPERATURAS ACIMA DE 50ºC. 110 VOLTS HOMOGEINIZADOR PORTÁTIL DE TECIDOS COM SISTEMA DE ROTOR E ESTATOR, MARCA ULTRA STIRRER, MODELO ULTRA 80-I. ( HASTE DE 5 MM X 50 MM ). POTÊNCIA DE ENTRADA 130 WATTS; POTÊNCIA DE SAÍDA 80 WATTS; COM VELOCIDADE VARIÁVEL DE 8.000 A 30.000 RPM; VOLTAGEM 220 VOLTS, 50/60 HZ; MOTOR CONSTRUÍDO COM ESTRUTURA macbook 4G, monitor de 17 polegadas, dual core, HD320, wireless, placa de vídeo integrado, gravador de dvd, sistema operacional incluso PHGÂMETRO PHMETRO DIGITAL DE BANCADA ESTRUTURA MOLDADA EM PLÁSTICO ABS RESISTENTE A PROVA DE RESPINGOS; DISPLAY DIGITAL DE FÁCIL LEITURA; AJUSTE DE “SLOPE” PARA CALIBRAÇÃO; COMPENSAÇÃO AUTOMÁTICA E MANUAL DE TEMPERATURA (0 A 100ºC); FAIXA DE MEDIÇÃO: PH: 0,0 A 14 PH MV: -1999 A +1999 MV , TEMPERATURA: 0 A 100ºC , EXATIDÃO: PH: ± 0,001 PH MV: ± 0.1% MV , TEMPERATURA: ± 0.5ºC , DIMENSÕES: 290 X 210 X 95MM . PESO: 1.5 KG. CONJUNTO É COMPOSTO POR: 01 UNIDADE PRINCIPAL. MOD. PHS3B, 01 ELETRODO C 1 R$ 593,00 R$ 593,00 1 R$ 4.031,00 R$ 4.031,00 1 R$ 2500,00 R$ 2500,00 1 R$ 750,00 R$ 750,00 5 R$ 5,00 R$ 25,00 Rack tipo estante em polipropileno, para acomodar 20 tubos tipo 3 falcon de 25 ml. Embalagem com 01 pç. R$ 25,00 R$ 75,00 ÁCIDO ACÉTICO GLACIAL – 1 LITRO 1 R$ 35,00 R$ 35,00 ÁLCOOL ABSOLUTO – 1 LITRO 2 R$ 20,00 R$ 40,00 ÁLCOOL 95% - 1 LITRO 6 R$ 5,00 R$ 30,00 110 R$ 2,50 R$ 275,00 1 R$ 710,00 R$ 710,00 2 R$ 25,00 R$ 50,00 1 R$ 40,00 R$ 40,00 DISCO DE DVD ANUSCÓPIOS DESCARTÁVEIS ABERTOS. embalagem individual BSA, ALBUMINA BOVINA, FRAÇÃO V, MÍNIMO DE 96%, FRASCO 50 GRAMAS, PRODUZIDO POR SIGMA (USA) E REEMBALADO POR EASYPATH MARCA : SIGMA REFERÊNCIA : A-9647 (50G) CAIXA C/ 50 TUBETES DE LIDOSTESIN 3% COM VASOCONSTRITOR CAIXA DE AGULHAS GENGIVAIS LONGAS – CAIXA 101 Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Custeio Material de Consumo Material de Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Custeio Material de Custeio COM 100 UNIDADES CANETA PARA RETROPROJETOR PONTA FINA 3 R$ 6,00 R$ 18,00 CARTUCHO PARA IMPRESSORA HP1350 4 R$ 93,00 R$ 372,00 CORANTE GIEMSA – 500ML 3 R$ 60,00 R$ 180,00 DIMETHYL SULFOXIDE- DMSO. FRASCO COM 100 ML 1 R$ 108,00 R$ 108,00 EDTA FRASCO COM 500G 2 R$ 62,00 R$ 124,00 R$ 508,30 R$ 508,30 FICOLL MOLECULAR BIOLOGY REAGENT. FRASCO 1 COM 10GR. FILTRO PARA UTILIZAÇÃO EM CONJUNTO COM SERINGAS, PARA A FILTRAÇÃO ESTÉRIL E ULTRAPURIFICAÇÃO DE SOLUÇÕES AQUOSAS (POROSIDADE 0,22UM), DO TIPO CELL STRAINNER , PARA SEPARAÇÃO DE PARTICULAS DOS LIQUIDOS, 14 REDUÇÃO DOS MICROORGANISMOS (FILTRAÇÃO DESGERMINANTE), MEDIDA; DIÂMETRO DE 30MM E ALTURA DE 25MM, CAIXA COM 30 UNIDADES. MARCA : EASYPATH REFERÊNCIA : EP-51-25232 R$ 137,60 R$ 1.926,40 GAZE – COMPRESSAS – PACOTES COM 500 UNIDADES 2 R$ 26,00 R$ 52,00 GENTAMICINA 80 MG/DL 15710064 GENTAMICIN 10ML INVITROGEN 5 R$ 49,88 R$ 249,40 GLUTAMINA L PCT COM 25G 1 R$ 13,06 R$ 13,06 HEMATOXILINA - 500ML 3 R$ 105,00 R$ 315,00 HEMATOXILINA AUTOMATION 500ML 1 R$ 481,61 R$ 481,61 LÂMINAS DE VIDRO C/ EXTR. FOSCA FINA – CX COM 50 U 6 R$ 2,45 R$ 14,70 LAMÍNULAS DE VIDRO 24 X 50 MM – CX C/ 100 U 6 R$ 5,40 R$ 32,40 LIVRO DE PROTOCOLO 2 R$ 7,00 R$ 14,00 LUVAS DE LÁTEX DESCARTÁVEIS – PROCEDIMENTO – 4 CAIXA COM 50 PARES R$ 23,00 R$ 92,00 1 R$ 152,32 R$ 152,32 1 R$ 40,00 R$ 40,00 4 R$ 40,00 R$ 160,00 NAVALHAS DESCARTAVEIS PARA MICROTROMO 1 R$ 445,00 R$ 445,00 PAPEL A4 RESMA COM 500 U 5 R$ 15,00 R$ 75,00 PARAFILM “M” ROLO ESTÉRIL DE COM 10,2CM X 38,1M 2 R$ 107,70 R$ 215,40 MEIO DE MONTAGEM ENTHELLAN – FRA 100 ML MICRO-TUBOS TIPO EPPENDORF – 2 ML, PCT COM 500 U MICRO-TUBOS TIPO EPPENDORF – 2 ML, PCT COM 500 U 40,00 04 PASTAS PORTA-ARQIVO COM ALÇA EM PAPELÃO REFORÇADO 3 R$ 48,00 R$ 144,00 PENDRIVE DE 8G 2 R$ 79,00 R$ 158,00 PENSTREP® 1X SOLN., 100ML 2 R$ 45,00 R$ 90,00 POLY-LYSINE ( anterior era 490,00- ajuste) 1 R$ 363,15 R$ 363,15 RPMI 1640- CONTAIN L-GLUTAMINE. 500ML GIBCO 3 R$ 83,52 R$ 250,56 5 R$ 50,00 R$ 250,00 2 R$ 377,67 R$ 755,34 SOLUÇÃO DE FORMALDEÍDO 10% TAMPONADA – FRASCOS DE 1 LITRO SOLUÇÂO DE SAL BALANCEADA HANK’S DE CÁLCIO 102 Consumo Material de Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Material de Custeio Consumo Custeio Custeio Material de Consumo Custeio Material de Consumo Material de Consumo Material de Custeio Consumo Totais Bolsa Capital Custeio Geral Custeio LIVRE DE MAGNÉSIO (GIBCO INVITROGEN, PAISLEY,UK)- 1L SOLUÇÃO DE TRYPAN BLUE, FRASCO COM 1000ML 1 R$ 100,00 R$ 100,00 SOLUÇÃO FIXADORA MACS FACS FIX (MFF). 200ml 1 R$ 87,00 R$ 87,00 SORO FETAL BOVINO 500ML INVITROGEN 1 R$ 207,34 R$ 207,34 R$ 7,50 R$ 300,00 R$ 69,30 R$ 485,10 R$ 23,30 R$ 233,00 TELA DE AÇO TIPO STAINLESS STEEL GAUZE. MALHA 40 DE 0,11MM TUBO DE POLIETILENO DE 25ML ESTÉRIL PARA CULTURA CELULAR COM TAMPA (COM AO MENOS 2 7 ESTÁGIOS DE FECHAMENTO). Embalagem com 30U TUBOS DE POLIPROPILENO PARA CENTRÍFUGA TIPO FALCON DE 25 ML COM TAMPA, ESTÉRIL. PCT COM 40 10 U XILENO - 1 L 3 R$ 30,00 R$ 90,00 XILOCAÍNA GELÉIA 2% 30 R$ 21,00 R$ 630,00 R$ 29.616,00 R$ 8.858,00 R$ 11.138,93 R$ 49.612,93 103 7.4 Equipe Científica FORMAÇÃO (TITULAÇÃO) INSTITUIÇÃO DE TRABALHO ATIVIDADES NO PLANO DE DISSERTAÇÃO Médica-Aluna de doutorado UFAM Coleta, citometria, tratamento dos dados, bibliografia, redação final. Enfermeiro-Alundo de Mestrado HEMOAM Rosilene Viana de Andrade Médico-Mestre FMT-HVD Laudos histopatológicos José de Araújo Médico-Mestre FMTAM Laudos histopatológicos Farmacêutico-Mestre HEMOAM Bióloga FAPEAM Aquisição e análise dos dados Acadêmica de Biomedicina HEMOAM Auxiliar de citometria de fluxo Bióloga- Doutor HEMOAM Co-orientação Médico-Doutor UFAM Orientação NOME Adriana Gonçalves Daumas Pinheiro Guimarães 2 Allysson Guimarães da Costa João Paulo Diniz Pimentel Paula Emmanuele Hargraves Vasco 6 Josilene da Silva Abranches Adriana Malheiro Luiz Carlos de Lima Ferreira citometria, CBA, tratamento dos dados e redação final. Aquisicão e nálise das amostras de citometria 104 7.5 Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisas (CEP) 105 7.6 Certificado de edição na língua inglesa referente ao artigo 4.1 106 7.7 Artigo suplementar - IHQ CD1a e DCSIGN Morphometric analysis of dendritic cells from anal mucosa of HIV-positive patients and the relation to intraepithelial lesions and cancer seen at a tertiary health institution in Brazil1 Análise morfométrica das células dendríticas da mucosa anal de pacientes HIV- positivos e relação com as lesões intraepiteliais e o câncer numa instituição de saúde terciária no Brasil MD Adriana Gonçalves Daumas Pinheiro GuimarãesI,; MD Roberto Moreira da Silva JuniorII; PhD Oscar Tadeu Ferreira da CostaIII, MD Ivan Tramujas da Costa e SilvaIV ; MD Felicidad Santos GimenezV; MD José Ribamar de AraujoVI,1; MD Rosilene Viana de AndradeVI; Erico Jander da Silva Lopes VII; Jacqueline Pereira PinheiroVIII; MD Junia Raquel D. FerreiraIX; PhD Adriana MalheiroX. PhD Luiz Carlos de Lima FerreiraXI I Research performed at the Outpatient Clinic of Coloproctology and the Division of Pathology of the Tropical Medicine Foundation Dr Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Manaus-AM, Brazil. Part of a master’s dissertation in Tropical Pathology of the Post-Graduation Program of the Federal University of Amazonas (UFAM). Tutor: Luiz Carlos de Lima Ferreira. 1 MD, Fellow PhD degree, Post-Graduation Program of FMT-HVD and State University of Amazonas (UEA). Associate Professor of Surgery, Federal University of Amazonas, Manaus-AM, Brazil. Contribution: main author; study concept and design; acquisition of data; analysis and interpretation of data; drafting of the manuscript; critical revision of the manuscript for important intellectual content; study supervision; technical support. II Master in Biology; Fellow PhD degree, Post-Graduation Program of National Institute of Amazonian Research( INPA). Participated in immunohistochemical method; technical support. III PhD. Associate Professor, Institute of Biological Sciences, UFAM; Participated in study concept and design; analysis and interpretation of morphometric data. IV MD, PhD. Associate Professor of Surgery, UFAM, Manaus-AM, Brazil. Participated in acquisition of data; technical support. V MD, Master, Volunteer Faculty, Department of Surgery, UFAM, Manaus-AM, Brazil. Participated in acquisition of data; technical support. VI MD, Master, Division of Pathology, FMT-HVD. 1Assistant Professor of Pathology, UEA, Manaus-AM, Brazil. Participated in study concept and design; acquisition of data; critical revision of the manuscript for important intellectual content; technical support. VII Volunteer Faculty, Department of Statistics, UFAM, Manaus-AM, Brazil. Participated in study concept and design; analysis and interpretation of data; statistical analysis. VIII Volunteer biomedical, FMT-HVD, Manaus-AM, Brazil. Participated in review and acquisition of data; technical support. IX Master, Assistant Professor of pharmacy, Federal University of Amazonas (UFAM), Manaus-AM, Brazil. Participated in molecular biology method; analysis and interpretation of data. X MD, PhD, Associate Professor, UFAM; Foundation of Hematology of the Amazon, ManausAM, Brazil. Co-Tutor. Study concept and design; critical revision of the manuscript for important intellectual content; study supervision; technical support. XI MD, PhD, Department of Research and Division of Pathology, FMT-HVD. Associate Professor of Pathology, UFAM, Manaus-AM, Brazil. Tutor. Study concept and design; critical revision of the manuscript for important intellectual content; obtained funding; study supervision; technical support ____________________________________________________________________________________________ ABSTRACT Objectives: To morphometrically quantify CD1a+ dentritic cells and DC-SIGN+ dendritic cells in HIV-positive patients with anal squamous intraepithelial neoplasia and to evaluate the effects of HIV infection, antiretroviral therapy and HPV infection on epithelial and subepithelial dendritic cells. Design: A prospective study was performed to morphometrically analyze the relative volume of the dendritic cells and the relationship between anal intraepithelial neoplasia and cancer in HIV-positive patients from the Tropical Medicine Foundation of Amazonas, Brazil. Methods: All patients were submitted to biopsies of anorectal mucosa to perform a classic histopathological and immunohistochemical analysis, employing antibodies against CD1a and DC-SIGN for the morphometric quantification of dendritic cells. Results: HIV-negative patients displayed a CD1a DC density significantly higher than that of HIV-positives patients (3.75 versus 2.54) (p=0.018), and in patients with severe anal 107 intraepithelial neoplasia had correlated between DC CD1a density with levels of CD4 + cells (p: 0.04) as well as the viral load of HIV-1 (p: 0.035). A not significant rise in the median density of CD1a+ DC was observed in the HIV positive/ HAART positive subgroup compared to the HIV positive/ HAART negative subgroup. The CD1a+ DC were also significantly increased in HIVnegative patients with anorectal condyloma (2.33 to 3.53; p=0.05), with an opposite effect in HIV-positive patients. Conclusions: Our data support an enhancement of the synergistic action caused by HIV-HPV co-infection on the anal epithelium, weakening the DC for its major role in immune surveillance. Notoriously in patients with severe anal intraepithelial neoplasia, the density of CD1a+ epithelial dendritic cells was influenced by the viral load of HIV-1. Our study describes for the first time the density of subepithelial DC-SIGN+ dendritic cells in patients with anal severe anal intraepithelial neoplasia and points to the possibility that a specific therapy for HIV induces the recovery of the density of epithelial DC. Key words: Dendritic cells, HIV, Highly active antiretroviral therapy. Anal dysplasia, anal intraephitelial neoplasm. Anus neoplasms. _____________________________________________________________________ RESUMO Objetivos: Quantificar morfometricamente as células dendríticas DC CD1a+ e DC DC-SIGN+ em pacientes HIV positivos portadores de neoplasia escamosa intraepithelial anal e avaliar os efeitos da infecção pelo HIV, da terapia antirretroviral e da infecção pelo HPV sobre as células dendríticas epiteliais e subepiteliais. Design: Um estudo prospectivo foi realizado para analisar morfometricamente o volume relativo das células dendríticas e as relações entre neoplasia intraepitelial anal e o câncer em pacientes HIV positivos da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, Brasil. Métodos: Todos os pacientes foram submetidos a biópsia da mucosa retal para realizar uma análise clássica histopatológica e imunohistoquímica utilizando anticorpos contra anti-CD1a e anti-DC-SIGN, para a quantificação morfométrica das células dendríticas. Resultados: Os pacientes HIV negativos apresentaram densidade das DC CD1a+ significativamente maior do que a dos pacientes HIV positivos (3.75 versus 2.54) (p:0.018), e os pacientes com grave apresentaram correlação das DC CD1a com os níveis de células T CD4(p:0.04) assim como a carga viral do HIV-1 (p:0.035). Observamos no subgrupo HIVpositivo/ HAART positivo elevação não significativa na mediana da densidade das DC CD1a+ em relação ao grupo HIV-positivo/HAART negativo. As DC CD1a+ também se elevaram nos pacientes HIV negativo portadores de condiloma anorretal (2.33 para 3.53; p:0.05), com efeito inverso nos pacientes HIV positivos. Conclusões: Nossos dados confirmam a potencialização da ação sinérgica representada pela coinfecção HIV-HPV sobre o epitélio anal, fragilizando as DC em sua função primordial de vigilância imune. Notoriamente nos pacientes com neoplasia intraepithelial anal grave, a densidade das DC CD1a+ epiteliais sofreu influência da carga viral do HIV-1. Nosso estudo descreveu pela primeira vez a densidade das DC subepiteliais DC-SIGN+ em pacientes com neoplasia intraepithelial anal grave e apontamos para a possibilidade de que a terapia específica para o HIV induza a recuperação da densidade das DC epiteliais. Palavras-chave: Células dendríticas, HIV, Terapia antiretroviral de alta potência, Displasia anal, Neoplasia intraepitelial anal, Neoplasias de ânus. ___________________________________________________________________________ Introduction Anal cancer is a rare pathology among the population in general. The incidence of this cancer has been increasing in the last few decades and has risen by thirty times in patients who are practitioners of receptive anal sex; with incidence of 70/100,000 in HIV positive (+) men who have sex with men (MSM)1,2. Among the factors causing anal cancer in immunodeficient patients is a compromised cell immunity, particularly to the dendritic cells (DC)3,4 These cells are strategically located at the 108 interaction sites between the individual and the environment; because of their characteristic function of capturing and presenting antigens to the CD4+ T cells (i.e., to trigger the specific immune response), DC carry viral particles to the lymphatic stations, favoring CD4+ T cells infection and the deregulation of the immune system by the virus5. The infection of DC by HIV seems to hinder the capacity of the DC to stimulate T cells due to the inhibition of cytokine secretion (chiefly IL-12), loss of maturation capacity (through a decrease in the expression of a co-stimulating molecule) and MHC deficiency, which delays the immune response5,6. In high degree anal intraepithelial neoplasia (AIN), patients have a decrease in the inflammatory response, TH1 type, characterized by a decrease in IL-2, IFN-γ and TNF-α7. The mechanism by which anal cancer is established has not yet been elucidated, but HPVHIV interactions and the performance of dendritic cells in immune surveillance are known to be crucial in the development of this cancer. We therefore conducted a comparative study of the density of dendritic cells in HIV-positive patients with anal squamous intraepithelial neoplasia with or without HPV infection. The anal samples were analyzed by histopathology and immunohistochemistry to perform morphometric analysis of the density of CD1a+ DC and DC-SIGN+ DC in the anorectal epithelium. Statistical analysis was used to evaluate the effects of HIV infection, antiretroviral therapy and HPV infection on DC in different groups. Methods Study and Patients A nonparametric prospective observational analytic study was performed to assess the relationship between dendritic cells and AIN or anal mucosa cancer of patients at the main institution for the treatment of HIV/AIDS in the Amazon region, Tropical Medicine Foundation Dr Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Brazil. The participants were divided into two groups: 1) the case group (n=59), which was comprised of HIV-positive patients of both sexes whom were under specialized medical monitoring in the institution and 2) the control group (n=55), which was comprised of HIVnegative patients referred to the service due to proctologic complaints. All of the patients were given information regarding the objectives of the project as well as the benefits and risks of the research. Those who agreed to participate were asked to sign a consent form. This study was initiated only following approval by the FMT-HVD ethical research committee (n:3137105). Statistical analysis To assess the association between the categorical variables, the HIV result and the AIN occurrence, a Pearson chi-square statistical test and Fisher exact test were used for 2x2 tables, as 109 indicated. The variance analysis test was used in the comparison of the averages, and when the normality hypothesis was not accepted; the Kruskal-Wallis test was used, depending on the number of comparisons9, 10. Epi-Info 3.3.2 software was used in the analysis, and the level of significance used in the tests was 0.05. Definition of groups based to the classification of the Center for Disease Control (CDC) Control patients- patients who were negative for HIV, as determined by performing immunoassayELISA and indirect immunofluorescence test; HIV-positive patients without AIDS- defined as patients with a serologic diagnosis of HIV, but whom did not show any of the defining illnesses suggestive of AIDS or have a CD4+ T cells count greater than 201 mm3 (i.e., classified as A1, B1, A2 or B2); and AIDS patients-patients who displayed one or more aids defining illness with CD4+ T counts below 200 and/or were being treated with HAART. We analyzed the antiretroviral drugs taken by patients with AIDS and noted the large number of drug combinations. For the purposes of analysis, the most frequent associations were studied as outcome variables. ZDV or AZT: zidovudine, 3TC: Lamivudine, EFV: Efavirenz, NVP: Nevirapine, TDF: Tenofovir, LOP/R or LPV/R: Lopinavir / Ritonavir. Anal examination All of the patients were submitted to high resolution anoscopy. The digital rectal examination was performed and was followed by an inspection of the mucosa with the use of a 16 to 40 times magnification optical colposcope after gauze soaked in 3% acetic acid was introduced for two minutes. The anoscope was reintroduced for the performance of the anal canal and rectum examination under image magnification. The findings were registered and the predominant acetowhite areas were biopsied. Histological Analysis The samples were submitted to a pre-fixation with zinc (IHC Zinc fixative, ref 550523, BD Pharmingen®) and prepared for histological analysis, followed by processing for inclusion in paraffin blocks. Histological sections of 4 µm were stained with Hematoxylin-Eosin and examined under a light microscope11. The purpose of the histological exam was to assess the presence of AIN I, AIN II/III, squamous cell carcinoma, adenocarcinoma and inflammatory diseases 12, 13. HPV typing Genotyping of HPV present in the samples of the anal canal was performed using a nested PCR technique. Amplification of HPV-specific DNA was first performed using the consensus primer MY09/MY11 and was sequentially performed from the amplicons of positive reactions using a mix 110 containing the consensus primer GP5/GP6. DNA sequencing of amplicons from positive reactions was performed with 5 µL of primer MY09 or MY11 or GP5 or GP6 mixed with 4 µL of premix DYEnamic ET Terminator Kit (Amersham Bio- sciences, Piscataway, New Jersey). The product of this reaction was sequenced by electrophoresis, aligned (CLUSTAL W; Bio- Edit, Carlsbad. California) and the nucleotide sequences were compared to the GenBank sequences by the BLAST program. A known sequenced HPVpositive sample served as a positive control and water as a negative control. Immunohistochemical Analysis The anti-CD1a (IgG1, κ, MTB1, ref. 235-L-CE, Novocastra®) and the anti-DC-SIGN (CD209, mouse IgG2b, κ, ref. 551249, BD Pharmingen®) primary antibodies (diluted in PBS in the validated proportions of 1:30 and 1:50, respectively) were used on distinct slides from the same patient and incubated overnight in a humidified chamber at 4oC. The sections were incubated with the ready-to-use biotinylated secondary antibody (Novocastra®, ref. 103) or a biotinylated goat antimouse polyclonal Ig (ref. 550337, BD Pharmingen®) at a 1:150 dilution for 60 minutes, followed by application of streptavidin (Novocastra®, ref 104) for 30 minutes. Diaminobenzidine (DAB) 60% was used to reveal the stages the light shelter. The specificity of the immunoreaction was investigated by omitting the primary antibody. Determination of the volume density (Vv) of the dendritic cells The volume density, or relative volume, of the dendritic cells was determined using Delesse’s Principle, which estimates the volume fraction of a phase of interest (dendritic cells) within a reference volume (epithelial or subepithelial region) of an anal biopsy (Howard and Reed, 1998)14. A test system (point grid) that combines two sets of points of different densities in the same grid was used for this propose. The fine points (crosses and circled crosses) were used for counting the CD1a+ DC and DC-SIGN+ DC cells, while the coarse points (circled crosses only) were used for counting the reference space (epithelial and subepithelial regions of the biopsy)14. The cellular points which touched the test system, fine points hitting dendritic cells, were quantified as having a maximum of 7 consecutive fields and a minimum of 4 fields when 200 cells of interest were counted14 at an optical magnification of 100 x (Figures 1 and 2). To avoid confusion with the melanocytes of the basal layer, the marked cells in this region were computed separately. Results The study included 114 patients; 59 patients were male and 51.7% were seropositive for HIV. The characteristics of the group and the main behavioral factors implicated in anal carcinogenesis 111 were analyzed. The mean age was 38.3 years (range of 14-78) and 77.5% (31/40) of patients said that they were HIV-positive homosexual / bisexual men (OR=0.18; p <0.001). Among these patients 81.8% reported having had more than 10 partners in the last 5 years (p <0.001). Analysis of co-infection with HIV-HPV PCR was performed to genotype for HPV in 91 samples, and no significant difference between the HIV-positive and -negative group was shown (p=0.09; n=47). The most prevalent type was HPV type 6, which was detected in 18 patients; 10 of these patients had AIN I and 2 had AIN II/ III. We identified the highly oncogenic HPV serotypes 53, 58 and 16; the latter serotype was detected in five patients, among whom four were HIV + / HAART + and three had AIN. Many other less prevalent HPV types were found, including the serotypes 11 (n=4), 70 (n=4), 61 (n=3), 58 (n=3) and 33 (n=3). Types 31, 66, 85, 82, 71, 18 and 72 were each found in only one sample. The analysis of anal intraepithelial neoplasia revealed a high rate of severe AIN in HIVpositive patients The histopathological analysis of both groups indicated that 49/114 patients had AIN; of these patients with AIN, 71.9% showed AIN I and 22% showed AIN II/III. Fifty-nine (51.8%) examinations were normal. HIV-positive patients are admittedly more susceptible to anal cancer and its precursor lesion (AIN), but this study showed no difference in the prevalence of AIN among HIV-positive and HIV-negative individuals. AIN was present in 40% of HIV-negative cases (22/55), with 77.2% and 22.7% AIN I and AIN II/III, respectively. In the 53.8% (28/53) of cases representing the HIV-positive group with AIN, 71.4% (20/28) showed low AIN and 28.6% (8/28) showed severe AIN (p=0.09). The prevalence of AIN differed significantly in relation to the practice of receptive anal sex (p <0.006) and the occurrence of STDs (p <0.001). Only one case of anal squamous cell carcinoma was described in an HIV-negative elderly woman. Influence of antiretroviral therapy on CD4+ T cells The average duration of HAART was 25 months (range 2-103 months) in this study. No difference was observed in the incidence rates of HPV and AIN when comparing groups with a treatment time of 18 months, 19-36 months and more than 37 months. A comparison of the CD4+ T levels demonstrated a significant difference, pointing to the efficacy of prolonged treatment (p= 0.001, data not shown). The AZT + 3TC + EFV/NVP treatment regimen was used by 18 patients and 4T3C + DDI + NVP/RTV was used by 14 patients. Patients who received the first drug combination had a median CD4 + T cell count that was 50% lower than those using TDF +3 TC + LOP / R (p= 0.041) (data not shown). The mean CD4+ T count was 369.6 x 106 cells/liter (l) in HIV-positive patients and the viral load of HIV-1 was 40,152 copies/mm (n=41). No difference was present in the time of use of 112 HAART or the occurrence of AIN in patients on HAART (p=0.08, p= 0.52); only the log of viral load of HIV-1 levels and CD4+ T cells were different (p=0.012, r=-0.40, n=38; data not shown). Analysis of CD1a+ dendritic cells and DC-SIGN+DC anorectal mucosa We analyzed the CD1a+ and DC-SIGN+ dendritic cells of anorectal mucosa. The analyses of the division and the sum of the median density of these cells constituted the main objectives of this study. Analysis of CD1a+ DC showed a median density of 2.91 in the HIV-negative without AIN samples (n=33) (the control group), 1.74 in the HIV+/HAART- subgroup (n=6) and 2.54 in the HIV+/ HAART+ subgroup (n=51) (p=0.371). The study of the distribution of DC-SIGN in DC anal or rectal mucosa has previously been performed by other authors15,16,17. In our study, differences between the median DC-SIGN+ DC (p=0.481), sum of the cells (CD1a+ DC plus DC-SIGN+ DC) (p=0.605) and the cell ratio (CD1a+ DC/DC-SIGN+ DC) (p=0.605) among HIV-positive and negative groups were not significant. However, among those with severe AIN (n= 8), only one patient had a DC-SIGN+ DC density below 3.0, which was the opposite of the result in patients with AIN I. These data demonstrate the relationship between the accumulation of DC-SIGN+ DC and the occurrence of severe AIN. Several factors influenced the density of DC Significant analyses involving dendritic cells are briefly shown in Table 1, in which there is variability in the median CD1a+ DC in relation to the occurrence of STD and HIV status in patients with condyloma (p= 0.005 and p= 0.04, respectively). Patients with a median of CD1a + DC above the average of the control patients showed a variation in the CD4+ T cells greater than 50%. The CD4+ T cells negatively correlated with the DC-SIGN DC in patients on HAART+ (p= 0.018) and in HIV+ patients with severe AIN. The median of CD1a+ DC (p= 0.035) too was significantly correlated with the viral load of HIV-1 (p= 0.035). Partial recovery of CD1a + DC and DC-SIGN + DC in patients on HAART The analysis of the relationship between DC and the degrees of severity of AIN indicated that in the group with severe AIN (n=8), a strong negative correlation (r=-0.74; p=0.035) was observed between the density of CD1a + DC and CD4+ T cells (FIGURE 4). In the HIV+/HAART+ subgroup, an increase in the median density of DC subsets in relation to the HIV+/HAART- subgroup was observed, which, although not significant, can be seen in the main variables (Table 2). 113 Elevation of the density of CD1a+ DC in HIV-negative patients with condyloma and the opposite effect in co-infected patients The impact of STDs in DC of the anal mucosa was confirmed in patients with HIV-STD. Variations in the density of CD1a+ DC of 2.33 (n=53) to 3.53 (n=50) (p=0.05) in CD1a+/DC-SIGN+ DC (p=0.03) were observed among patients infected by HPV in the groups of HIV-positive and negative patients with anal or perianal warts. In HIV-HPV co-infected patients, we found clear effects on the density of CD1a+ DC compared to HIV-negative patients with condyloma (Table 3). Discussion In this study of 114 patients, the variation in the density of dendritic cells in patients with AIN was examined. We found that the incidence of STD was significantly concentrated in the HIV + / HAART + subgroup. No significant difference in the prevalence of HPV was present between the HIV-positive and HIV-negative groups (p= 0.09), probably due to the practice of anal intercourse by HIV-negative gay men (MSM) in this study, which is discordant with studies by Palefsky et al. (1998)18. However, Roka et al. (2008)19 have described a high prevalence of HPV DNA of low (58.6%) and high oncogenic potential (51.4%) in samples from MSM regardless of HIV status. In 2003, Palefsky and Holly described HPV-induced genomic instability as essential for the progression of AIN to cancer in HIV patients20. In our study, the prevalence of AIN in HIV-positive patients (53.8%) was slightly higher than in the studies by Abramowitz et al. (2007)21, Gimenez et al. (2005)22 and less than 81% among HIV-positive MSM described by Palefsky et al. (2002)23 and Manzione el al. (2003)24. The authors are unanimous in asserting the importance of the presence of HIV infection in the occurrence of AIN18, 3, 4, 21. In our study, the difference in the rates of AIN in HIV-positive and HIV-negative patients was not significant, this can be attributed to the presence of HIV-negative patients adherents of the practice of receptive anal intercourse, since the prevalence of AIN in this study was different in these patients (p <0.006) and patients with sexually transmitted diseases (p <0.001). Regarding severe AIN, our prevalence (28.6%) was similar to studies by Manzione et al. (2003)24 (30%) and was greater than that reported by others 23, 4, 22, including a study at the same institution with a reported 7.1% II/III AIN and 35.7% I AIN. The relationship between the occurrence of AIN and peripheral levels of CD4+ T cells has been described by Palefsky et al. (1998)18 in pre-HAART patients and more recently20, we have found a strong negative correlation (r= -0.74) between the density of CD1a+ DC and the number of T CD4+ cells in patients with severe AIN. Sobhani et al. (2002)3 and Abramowitz et al. (2007)21 have described the association of low levels count of CD4+ T cells only with the occurrence of condyloma. Yaghoobi et al. (2010)25 have observed a higher risk of recurrence of anal cancer and AIN III in patients with low CD4+ T cells, but they suggested that the levels of peripheral CD4+ T cells are not an adequate tool for predicting cancer associated with HPV. 114 The mean peripheral HIV-1 viral load of our patients was high but was close to that described by Abramowitz et al. (2007)21. In patients with severe AIN, viral load had a negative influence on the median CD1a+ DC, which has been described by Sobhany et al.4, showing the pressure of viral association with cellular immunity in these patients. However, Palefsky and Holly (2003)20 have reported the occurrence of AIN and cervical intraephitelial neoplasm (CIN) in these patients as more closely related to the levels of CD4+ T cells than to the HIV viral load. Upon measuring the density of dendritic cells, we observed a decrease in the median CD1a+ DC from the HIV-positive group. These data are in agreement with data from Nadal et al.26, which reported an odds ratio (OR) of 6 for the presence of HIV as a factor for the reduction of CD1a+ DC. In 1997, Steinbrink et al.27 described, in HIV-positive patients, the immune changes with decreased migration of dendritic cells for activation of the immune dysfunction of cellular maturation, where, according to Blauvelt et al. (2000)28, HIV would subvert the primary function of Langerhan cells. Yaghoobi et al. (2010)25 have shown an increased occurrence of III AIN and anal cancer that is associated with decreased tissue presence of CD1a+ Langerhan cells and CD3 T lymphocytes and increased expression of FoxP3, IL-23 and IL-8; these changes allow a regulatory T response that facilitates tumor outcome. In HIV-negative patients with condyloma, an increase in the median CD1a+ DC and CD1a+ DC/ DC-SIGN+ DC was observed, which differs from the HIV-positive group with condyloma (which showed a decrease in these cells). These findings are corroborated by Uchimura (2004)29, who have described a similar effect on S100+ DC in patients with squamous neoplasia, severe AIN and immunosuppressive therapy, and by Sobhani et al.3,4 in the HIV-positive group, revealing a potentiation of the effects on the anal epithelium. Here, we describe for the first time the density of subepithelial DC-SIGN+ DC in patients with AIN and the relationship between the accumulation of DC-SIGN+ DC and the occurrence of severe AIN. According to Gurney et al. (2005)15, in patients with viral and tumor diseases related to AIDS, the increase in DC-SIGN associated with the blockade of CD83 and CD86 co-stimulatory molecules is related to a regulatory DC response that is mediated by IL-10; these responses facilitate the spread of disease in these patients. In the analysis of HIV-positive patients, we observed no significant persistent increase in the median CD1a+ DC, DC-SIGN+ DC or CD1a+ DC + DC-SIGN+ DC in patients on HAART compared to the control group (despite recognizing that the significance of this finding may have been affected by the small number of HIV+ HAART- patients). Although previous studies have pointed to the not restructuring of cellular immune response to HPV in patients on antiretroviralspecific therapy20 (i.e., identifying these changes as additional risk factors for the development of severe AIN and anal cancer21), this study suggests that these patients could be recover the density of skin anal DC, especially of CD1a+ DC. Recent studies have reported similar rates of survival among patients on HAART and HIV-negative patients with anal cancer30, a pointing that change in patients' prognosis for some diseases associated with HIV31 would be encouraged by the reduction of pro- 115 inflammatory cytokines induced by HAART32 and translated by a favorable response and tolerance to chemotherapy30. Therefore, we hypothesize that HAART could allow the CD1a+ DC in the anal mucosa to recover. However, in a scenario in which the cellular maturation is ineffective, the formation of DC regulators15 and high survival afforded by HAART33 could further substantiate the high incidence of anal cancer in these patients, but with a better prognosis30,31. In this study, the elevation in the density of CD1a+ DC and DC-SIGN+ DC reflects the disparate role of these cells in relation to protection and vulnerability of the body to infections and tumors. Nagorsen et al.34 have shown that S100+ DC infiltrate colorectal cancer, with a positive correlation between regulatory T cells and better survival. However, studies by Witte et al.35 have demonstrated that DC-SIGN+ DC are associated with the facilitation of HIV infection in the body, while the langerin+ DC are effective in killing the virus, showing disparate functions performed by strategically positioned mucosal DC. Conclusions In this study, we confirmed the synergistic action between the HIV and HPV viruses on anal epithelium in weakening the major role of DC in immune surveillance. Furthermore, we demonstrated the immunosuppressive effect of HIV-1 viral load on epithelial DC, particularly in patients with severe AIN. References 1. Piketty C, Selinger-Leneman H, Grabar S, Dudivier C, Bonmarchandf M, Abramowitz L, Costagliolab D, Mary-Krause M. 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Med. 2007; 13(3):367-71. 117 Acknowledgments The authors are grateful to Doctors Ianaçara Machado and Bruno Meireles, Biologist Paula Emanuelle Hargreaves, Pharmaceutical Andreza Fernandes, Pathology Laboratory Technicians Sandra Eline, Sandra Caranhas, Carlos Melqiade Marques, Nursing technician Elizabeth Monteiro and to Administrative Technician Agustinho Monteiro for their expert technical assistance. 118 ___________________________________________________________________________ Conflict of interest: none Financial source: costs absorbed by the Tropical Medicine Foundation of Amazonas Responsible for the English version: Shirley M. by America Journal Experts Correspondence: Tropical Medicine Foundation of Amazonas Laboratory of Pathology Av. Pedro Teixeira, 25. Manaus-AM- Brazil. CEP: 69000-000. Fax: 0055 (92) 2127-3432 Email: [email protected] 119 TABLE 1: SIGNIFICANT FINDINGS INVOLVING DENDRITIC CELLS GROUP/ DC (density) Variable 1(n) Variable 2(n) p-value/n Pat. HIV+ and HIV-: CD1a+ DC (median) HIV+= 2.54(51) HIV-: 3.75(n=46) 0.018 (n=97) Pat. HIV+ and HIV-: CD1a+ DC (median) No STD: 2.33 (n=53) STD: 3.53 (n=50) 0.05(n=103) Pat. with condyloma: CD1a+ DC (median) HIV5.3 HIV+ 1.9 0.04 Pat. HIV+: T CD4+(x106 cell/l) CD1a+ DC <3.14: 498 CD1a+ DC >3.14 218 Pat. HIV+: CD1a+ DC (median) Viral load of HIV-1 < 30,000 viral copies/mm Between 30,001 and 50,000 > 50,000 0.035 Pat. HIV+/AIN III: CD1a+ DC (median) T CD4+(x106 cell/l) R= -0.74 0.035 (n=8) (FIGURE 4) 0.02 (n=18) Pat. HIV+/HAART+: T CD4+(x106 cell/l) 0.018 (n=46) DC-SIGN+ (median) R=-0.28 Pat= patients; DC= dendritic cells; HAART= highly active antiretroviral therapy; CD1a= Cluster of differentiation type 1a; DC-SIGN+ = dendritic cell-specific intercellular adhesion molecule-3 -grabbing non-integrin. 120 TABLE 2- MEDIAN OF DENDRITIC CELLS IN THE STUDY OF SUBGROUPS Groups HIV-/Histo Normal HIV + / HAART- HIV+ / HAART+ CD1a+ DC Mean±SD Median N 3.11 ± 1721 2.91 9 1.81 ± 1.24 1.74 6 3.3 ± 2.78 2.54 ↑↑ DC-SIGN+ DC Mean ± SD Median N 5.84 ± 1.4 5.78 10 4.7 ± 2.7 3.62 5 7.02 ± 4.72 6.41 ↑↑ 49 0.495 CD1a+ DC/ DC-SIGN+ DC Mean ± SD Median N 0.50 ± 0.22 0.52 8 0.51 ± 0.43 0.56 5 0.65 ± 0.59 0.49 48 0.939 CD1a+ DC+ DC-SIGN+ DC Mean ± SD 7.61 ± 2.99 6.51 ± 3.35 10.63 ± 6.10 Median 7.54 5.55 10.09 ↑↑ N 45 5 48 51 P-value* 0.371 0.130 Kruskal-Wallis Test. SD= standard deviation; Histo = histopathology analysis; DC = dendritic cells; HAART = highly active antiretroviral therapy; CD1a= cluster of differentiation type 1a; DC-SIGN = dendritic cell-specific intercellular adhesion molecule-3-grabbing non-integrin. 121 TABLE 3- MEDIAN CD1a+ DENDRITIC CELLS IN RELATION TO THE OCCURRENCE OF CONDYLOMA AND SEROLOGY FOR HIV HIV/CONDYLOMA N Mean DP Median p-value 4.48 4.66 2.79 3.14 3.18 3.63 2.27 2.94 3.71 5.3 2.37 1.92 0.04 CD1a+ DC HIV-/condHIV-/cond+ HIV+/condHIV+/cond+ 35 10 36 18 N = number of subjects, SD= Standard Deviation; DC = dendritic cells, HIV = human immunodeficiency virus; cond= condyloma; CD1a: Cluster of Differentiation type 1a. 122 FIGURE 1 - Immunohistochemical staining of a serial section of positive skin control. 1= CD1a+ DC, 2= anal squamous epithelium, 3 = cells of lamina propria; 4 = Melanocyte or CD1a+ DC in basal layer; DC= dendritic cells; Magnification= 100X. 123 FIGURE 2- Immunohistochemical staining of a serial section of rectum. 3= cells of lamina propria; 5= columnar epithelium; 6= rectal glands; 7= DC-SIGN+ DC ; DC= dendritic cells; Magnification=400 X. 124 6 5 CD1a 4 3 2 1 0 200 400 600 TCD4+ 800 1000 1200 FIGURE 4- Correlation between CD1a+ DC and the levels of CD4+ T (106 cells/l) in patients with AIN II/III. N= 8; l= liter; DC= dendritic cells; CD1a: cluster of differentiation type1a. 125 7.8 Outras produções científicas ocorridas durante o doutoramento 126 127 128 Rev bras Coloproct Janeiro/Março, 2008 Prevalência de Lesões Precursoras do Câncer Anal em Indivíduos HIV Positivos, Atendidos na Fundaçào de Medicina Tropical do Amazonas, Experiência Inicial em Manaus Felicidad Santos Gimenez e Cols. Vol. 28 Nº 1 Prevalência de Lesões Precursoras do Câncer Anal em Indivíduos HIV Positivos, Atendidos na Fundaçào de Medicina Tropical do Amazonas, Experiência Inicial em Manaus Prevalence of Precursory Lesions of Cancer in HIV positive, Individuals Assisted at Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, Initial Experience in Manaus FELICIDAD SANTOS GIMENEZ1; IVAN TRAMUJAS DA COSTA E SILVA2; ADRIANA GONÇALVES DAUMAS PINHEIRO GUIMARÃES3; LUIZ CARLOS DE LIMA FERREIRA4; JOSÉ DE RIBAMAR ARAÚJO5; RENATA PINA ROCHA6; LARISSA DE SOUZA ATALA7; SABRINA VELOSO AVI8; SINÉSIO TALHARI9 1 Mestranda em Patologia Tropical pela Universidade Federal do Amazonas; 2 Prof. Assistente do Departamento de Clínica Cirúrgica da Universidade Federal do Amazonas; 3 Profa. Auxiliar I do Departamento de Clínica Cirúrgica da Universidade Federal do Amazonas; 4 Prof. do Departamento de Patologia e Medicina Legal da Universidade Federal do Amazonas; 5 Gerente de Anatomia Patológica da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas; 6 Acadêmica de medicina da Universidade Federal do Amazonas; 7 Acadêmica de medicina da Universidade Federal do Amazonas; 8 Acadêmica de medicina da Universidade Federal do Amazonas; 9 Diretor Presidente da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas. Rev bras Coloproct Prevalência de Lesões Precursoras do Câncer Anal em Indivíduos HIV Positivos, Atendidos Vol. 28 GIMENEZ FS; 2008 SILVA ITC;naGUIMARÃES FERREIRA LCL; ARAÚJO JR; ROCHA RP;em ATALA LS; AVI SV; TALHARI S.Nº 1 Janeiro/Março, Fundaçào de AGDP; Medicina Tropical do Amazonas, Experiência Inicial Manaus Prevalência de Lesões Precursoras do Câncer Anal emFelicidad Indivíduos HIV Positivos, na Fundaçào de Medicina Tropical do AmazoSantos Gimenez eAtendidos Cols. nas, Experiência Inicial em Manaus. Rev bras Coloproct, 2008;28(1): 072-076. imunossupressão taxa deaproximadamente linfócitos T CD4)¹, No presente trabalho, são avaliados, através RESUMO: O câncer(menor anal representa 2% dos cânceres colorretais. Nos últimos anos observa-se o aumento da da apresentam-se mais suscetíveis aosEste efeitos infecAMI, a associação entre a presença de lesões precurincidência nos indivíduos HIV positivos. estudoda teve como objetivo avaliar a prevalência de lesões intra-epiteliais escamosas ção continuada HPV, HIV+ estando sob riscode77% mai- Foramsoras do câncer anal e HIV+ do câncer anal propriamente anais (ASIL) empelo pacientes procedentes Manaus. estudados 45 doentes encontrando-se no examedito orhistopatológico, do que a população de evoluir para câncer e o estado imunodepressão de pacientes HIV+, os seguintesgeral resultados: 15(35,7%) lesões de baixo grau, 3(7,1%)de lesões de alto grau e 24(57,2%) negativos paracom anal. tiverem hábitos estes paciende de seASIL estimar ASIL em ASIL.Se Houve, portanto, alta anorreceptivos, prevalência de ASIL, 42,8%. Concluímosos queobjetivos a prevalência entreaosprevalência pacientes HIVde positivos, tes terão esta chance aumentada para 93% 12. a implantação grupo populacional HIV positivo dee detecção Manaus;precoce, avaliar a da amostra estudada, é muito importante, justificando-se de um programa de acompanhamento O comportamento câncer anal é similar ao influência imunodepressão e dedo hábitos destas lesões; pois os pacientes do HIV+ representam um importante grupo de riscodapara o desenvolvimento cânceranorreceptivos anal. do câncer de colo uterino por apresentarem muitas caem relação a chance de apresentação de ASIL, e veriracterísticas em comum: ambos estão associados à inficar possíveis diferenças entre os gêneros e a chance Descritores: Prevalência, câncer anal, HIV. fecção crônica pelo vírus do papiloma humano (HPV); destes, anorreceptivos ou não, apresentarem ASIL. são precedidos por lesões precursoras não malignas, a lesão escamosa intra-epitelial cervical (CSIL) e a lePACIENTES E MÉTODOS INTRODUÇÃO mente transmissíveis, tais como: gonorréia, sífilis, hersão escamosa intra-epitelial anal (ASIL); demonstram pes simples tipo II, infecção pelo HIV, HPV, Chlamydia predileção pela zona de transição celular de células Trata-se de um estudo observacional, transverescamosas para glandulares; e ambos caracsal, em que4,5,6 foram estudados pacientes distriA incidência do câncer anal napossuem população em trachomatis ; portadores de45 lesões anais HIV+ crônicas terísticas biológicas comuns, incluindo os aspectos buídos em 4 grupos: 6 HIV+ não anorreceptivos e não geral é relativamente pouco freqüente, representando que evoluam com inflamação (fístulas, fissuras, 13 7 histopatológicos. imunodeprimidos (HIV+); 7 HIV+(transplantados) anorreceptivos e8;não apenas, aproximadamente 2% de todos os cânceres hemorróidas) ; os imunodeprimidos Diante desses aspectos, a mesma abordagem imunodeprimidos (HIV+AR); 4 HIV+ não 9 colorretais¹. Contudo, observa-se o aumento da incitabagistas e doentes portadores de câncer anal relacidiagnóstica feita em relação às lesões precursoras do anorreceptivos imunodeprimidos (HIV+D); e 7 HIV+ 10 dência desse tumor em alguns grupos populacionais, onado a fatores genéticos . câncer cervical tem sido empregada para as lesões anorreceptivos imunodeprimidos (HIV+ARD). denominadosdo“de risco”;anal: são indivíduos anorreceptivos, Dentre estescom grupos, destacam-se osCD4 indivíprecursoras câncer a citologia oncótica14, a Pacientes contagem de células < 350 . de ambos os sexos ² ³; portadores de doenças sexualduos infectados pelo vírus HIV, que, face anoscopia com magnificação de imagem (AMI), e a células/ml e/ou carga viral acima de 10.000 cópias,à fobiópsia dirigida.15 ram considerados imunodeprimidos. benefícios dadedetecção realizada pelo - Manaus - Amazonas Todos os pacientes foram submetidos à Trabalho Os realizado na Fundação Medicina Tropical do Amazonas - Brasil. Papanicolaou cervical, com o desenvolvimento de proanoscopia com magnificação de imagem e biópsia, com Recebidode emtratamento 13/11/2007 do câncer cervical, já foram bem tocolos anestesia local, dirigida a eventuais lesões acetobrancas Aceito para publicação em 01/02/2008 comprovados: a incidência deste câncer foi reduzida encontradas. Na ausência delas, biópsia de mucosa anal Fonte de auxilio à pesquisa: FMT-AM de 40/100.000 mulheres paranenhum 8/100.000 mulheres nos justapectínea proximal foram realizadas, às 7h. A biópsia Potenciais de conflito de interesse: países que adotaram esta abordagem.16 foi encaminhada para estudo histopatológico no LaboSendo o câncer anal uma doença de instalação ratório de Patologia da Fundação de Medicina Tropical insidiosa, são necessários alguns anos para que uma le- 72 do Amazonas (FMT-AM). As lâminas foram coradas são de baixo grau evolua para lesão de alto grau e desta pela hematoxilina-eosina, e foi utilizada técnica de para câncer. Portanto, se detectadas e tratadas precoimunoistoquímica para a proteína p16INK4a para concemente, pode-se prevenir a transformação maligna 17. firmação diagnóstica de casos duvidosos, nos quais se Assim, a detecção de neoplasias intra-epiteliais verificou indícios de integração do genoma do HPV de anais, utilizando o método do Papanicolaou-anal (Papalto risco aos das células infectadas. a) e da AMI poderá identificar precocemente aqueles Os dados obtidos foram analisados sob a forindivíduos sob maior risco de desenvolvimento do cânma de intervalos de confiança, tabelas de contingêncicer anal e oferecer condições de abordagem terapêuas ou classificação cruzada e razão de chances. Para tica eficiente naqueles casos em que forem detectadas comparar a prevalência total de ASIL nos 4 grupos foi lesões com maiores alterações celulares18. usado o teste exato de Fisher. Apesar da alta sensibilidade (98%), a citologia Significância estatística foi considerada para anal apresenta baixa especificidade (50%) para prevalores de p < 0,05. ver a gravidade da lesão, daí a importância da AMI