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PROFESSOR I - EDUCAÇÃO MUSICAL
FUNDAMENTOS TEÓRICOS-METODOLÓGICOS E POLÍTICO-FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
Texto 1:
Ideologia / Frejat e Cazuza
Meu partido
É um coração partido
E as ilusões estão todas perdidas
Os meus sonhos foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Eu nem acredito
Que aquele garoto que ia mudar o mundo
(Mudar o mundo)
Freqüenta agora as festas do “Grand Monde”
Meus heróis morreram de overdose
Meus inimigos estão no poder
Ideologia
Eu quero uma pra viver
Ideologia
Eu quero uma pra viver
O meu prazer
Agora é risco de vida
Meu sex and drugs não tem nenhum rock ‘n’ roll
Eu vou pagar a conta do analista
Pra nunca mais ter que saber quem sou eu
Pois aquele garoto que ia mudar o mundo
(Mudar o mundo)
Agora assiste a tudo em cima do muro
Meus heróis morreram de overdose
Meus inimigos estão no poder
Ideologia
Eu quero uma pra viver
Ideologia
Eu quero uma pra viver
Responda às questões 1 a 3 com base no Texto 1.
01. O sujeito social revelado no Texto 1 pode ser explicado através do seguinte fato:
A) “Emergiu, então, uma concepção mais social do sujeito. O indivíduo passou a ser visto como mais localizado
e “definido” no interior dessas grandes estruturas e formações sustentadoras da sociedade moderna.”
B) “O sujeito, previamente vivido como tendo uma identidade unificada e estável, está se tornando fragmentado;
composto não de uma única, mas de várias identidades, algumas vezes contraditórias ou não-resolvidas.”
C) “Cogito, ergo sum” era a palavra de ordem de Descartes: “Penso, logo existo” (...). Desde então, esta concepção
do sujeito racional, pensante e consciente, situado no centro do conhecimento, tem sido conhecida como o
“sujeito cartesiano”...”
D) “A sociologia (...) desenvolveu uma explicação alternativa do modo como os indivíduos são formados
subjetivamente através de sua participação em relações sociais mais amplas; e, inversamente, do modo
como os processos e as estruturas são sustentados pelos papéis que os indivíduos nele desempenham”
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02. “... por toda parte, o tripé ciência/técnica/indústria
perde seu caráter providencial. A idéia de progresso
continua sedutora e cheia de promessas apenas nos
lugares onde ainda se sonha com o bem-estar e com
recursos técnicos libertadores. Mas ela começa a
ser questionada no mundo do bem-estar.”
Minha mulher fugiu com o dono da venda
O que será de mim?
Eu já nem lembro pronde mesmo que vou
Mas vou até o fim
Como já disse era um anjo safado
O chato dum querubim
Que decretou que eu tava predestinado
A ser todo ruim
Já de saída minha estrada entortou
Mas vou até o fim
(MORIN, E. et WULF, C (2002) Planeta - a aventura desconhecida. Trad. Portuguesa: São Paulo, UNESP, 2002. pp: 16)
Com base no trecho acima e no contexto descrito
no Texto 1, pode-se fundamentar a motivação do
seguinte traço característico da educação brasileira contemporânea:
A) declínio do interesse em processos tecnicistas
B) declínio do interesse em políticas educacionais
C) declínio do interesse em fundamentos filosóficos
D) declínio do interesse em preparação para o trabalho
Texto 3: Brejo
A novidade
Que tem no Brejo da Cruz
É a criançada
Se alimentar de luz
03. O elemento do cotidiano escolar que mais proximamente atende à necessidade de resgate da relação entre a educação do sujeito contemporâneo
revelado no Texto 1 e sua integração social é:
A) currículo aberto
B) ensino integrado
C) avaliação continuada
D) atendimento individualizado
Texto 2: Até
Alucinados
Meninos ficando azuis
E desencarnando
Lá no Brejo da Cruz
Eletrizados
Cruzam os céus do Brasil
Na rodoviária
Assumem formas mil
Uns vendem fumo
Tem uns que viram Jesus
Muito sanfoneiro
Cego tocando blues
o fim / Chico Buarque
Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim
Uns têm saudade
E dançam maracatus
Uns atiram pedra
Outros passeiam nus
Mas há milhões desses seres
Que se disfarçam tão bem
Que ninguém pergunta
De onde essa gente vem
Inda garoto deixei de ir à escola
Cassaram meu boletim
Não sou ladrão, eu não sou bom de bola
Nem posso ouvir clarim
Um bom futuro é o que jamais me esperou
Mas vou até o fim
São jardineiros
Guardas noturnos, casais
São passageiros
Bombeiros e babás
Eu bem que tenho ensaiado um progresso
Virei cantor de festim
Mamão contou que eu faço um bruto sucesso
Em Quixeramobim
Não sei como o maracatu começou
Mas vou até o fim
Já nem se lembram
Que existe um Brejo da Cruz
Que eram crianças
E que comiam luz
São faxineiros
Balançam nas construções
São bilheteiras
Baleiros e garçons
Por conta de umas questões paralelas
Quebraram meu bandolim
Não querem mais ouvir as minhas mazelas
E a minha voz chinfrim
Criei barriga, minha mula empacou
Mas vou até o fim
Já nem se lembram
Que existe um Brejo da Cruz
Que eram crianças
E que comiam luz
Não tem cigarro, acabou minha renda
Deu praga no meu capim
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da Cruz / Chico Buarque
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Responda às questões 4 a 10 com base nos textos 2 e 3.
08. Os parâmetros curriculares nacionais definem os
objetivos da educação como “capacidades de ordem cognitiva, física, afetiva, de relação interpessoal
e inserção social, ética e estética, tendo em vista
uma formação ampla”. Considerando-se o modo
como são apresentados os sujeitos dos textos 2 e 3,
os aspectos e situações descritas revelam questões de ordem:
04. Ao revelarem pessoas em diferentes estágios de
vida, desde a infância à fase adulta, os textos 2 e 3
relacionam-se à noção de projeto político-pedagógico, a qual referencia o compromisso da Educação com:
A) a formação política do cidadão
B) os modelos de ensino diversificado
A) cognitiva
C) o desenvolvimento do sujeito social
B) afetiva
D) as etapas do desenvolvimento humano
C) física
D) ética
05. Ainda com relação aos estágios de vida registrados
nos textos 2 e 3, os versos que melhor justificam a
ênfase atribuída aos conceitos de educação inclusiva e de avaliação continuada pelos sistemas públicos de ensino são:
09. “Os conceitos espontâneos formam-se no contexto da interação social e neles a atividade consciente do sujeito se orienta aos objetos, quer dizer, o
sujeito não é consciente de seus próprios conceitos; seu pensamento se caracteriza pela falta de
conhecimento das relações, já que, mesmo que as
manipule, o faz de maneira não intencional”
A) “Não querem mais ouvir minhas mazelas / E a
minha voz chinfrim”
B) “Eu já nem lembro pronde mesmo que eu vou /
Mas vou até o fim”
(MINGUET, P. Org. (1998) A construção do conhecimento na
C) “Um bom futuro é o que jamais me esperou /
Mas vou até o fim”
Educação. Trad. Port.: Porto Algre, Artes Médicas. P: 120)
Os versos que descrevem situações associáveis
ao que é apresentado por Minguet são:
D) “Inda garoto deixei de ir à escola / Cassaram
meu boletim”
A) “Alucinados / Meninos ficando azuis”
B) “Eletrizados / Cruzam os céus do Brasil”
06. “Mas há milhões destes seres / Que se disfarçam
tão bem / Que ninguém pergunta / De onde essa
gente vem”
C) “São faxineiros / Balançam nas construções”
D) “Já nem se lembram / Que existe um Brejo da
Cruz”
Nos versos grifados, traduz-se a atitude do professor, quando este:
10. Dentre os excertos da Lei 9394/96 abaixo apresentados, o único que não arrola qualquer aspecto especificamente relacionado aos sujeitos descritos
nos textos 2 e 3 é:
A) não oferece oportunidades de ensino
individualizado
B) não preserva
constrangedoras
o
aluno
de
situações
A) “Os sistemas de ensino manterão cursos e
exames supletivos, que compreenderão a base
nacional comum do currículo, habilitando ao
prosseguimento de estudos em caráter regular”
C) não respeita os diferentes ritmos de
aprendizagem
D) não reconhece a natureza sócio-histórica do
aluno
B) “A educação de jovens e adultos será destinada
àqueles que não tiveram acesso ou
continuidade de estudos no ensino fundamental
e médio na idade própria”
07. “Como já disse era um anjo safado / O chato de um
querubim / Que decretou que eu tava predestinado
/ A ser todo ruim”
C) “O Poder Público viabilizará e estimulará o
acesso e a permanência do trabalhador na
escola, mediante ações integradas e
complementares entre si”
A forma como o sujeito expressa a sua condição, nos versos acima, revela uma forte orientação de base:
A) determinista
D) “Os sistemas de ensino definirão as normas de
gestão democrática do ensino público na
educação básica, de acordo com as suas
peculiaridades”
B) construtivista
C) associacionista
D) comportamentalista
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14. A avaliação é um processo que abrange todo o
desenvolvimento do ato de educar.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
11. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96) estabelece, em seu artigo 26,
parágrafo 2º, o seguinte parâmetro para o ensino
da arte:
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, em relação
ao que é relevante o aluno saber em Música, estabelecem, dentre outros, o seguinte critério:
A) compor a partir dos padrões estéticos da música erudita
A) promoverá diversas atividades alternativas para
a escola e os alunos na educação básica
B) reconhecer e interpretar os estilos musicais do
Brasil e do Mundo
B) constituirá componente curricular opcional na
educação básica, promovendo a realização de
diversas atividades
C) interpretar com autonomia, dominando as técnicas vocal e instrumental
D) criar e interpretar com autonomia, utilizando diferentes meios e materiais sonoros
C) abordará conteúdos de música, teatro, dança e
artes plásticas, obrigatório no 1º e 2º segmentos, sendo organizado em oficinas
15. “O Projeto é uma grande sinfonia,
no qual intervém a plural orquestra
das nossas operações mentais”.
D) constituirá componente curricular obrigatório, nos
diversos níveis da educação básica, de forma a
promover o desenvolvimento cultural dos alunos
José Antonio Marina
Atualmente, o trabalho com projetos é uma das
propostas para o aprender – ensinar Arte. Mais do
que uma técnica ou uma estratégia sujeita a regras
predeterminadas, os projetos refletem uma atitude
pedagógica fundamentada numa concepção de
educação que valoriza:
12. O eixo “Compreensão da Música como produto
cultural e histórico” apresenta nos PCN–Música um
dos seguintes conteúdos:
A) reflexões sobre a origem, transformações e
características de diferentes estilos da música
brasileira
A) a aquisição de conteúdos
B) o desenvolvimento da técnica
B) discussões sobre músicas próprias e/ou de seu
grupo sociocultural, observando semelhanças
e diferenças
C) a construção do conhecimento
D) a aplicação de uma metodologia
C) manifestações pessoais de idéias e sentimentos sugeridos pela escuta musical, levando em
conta o imaginário em momentos de fruição
16. “O canto coletivo para a formação de uma consciência musical brasileira”.
“Os exercícios têm que estar de acordo com o grupo social no qual o professor atua”.
D) arranjos, acompanhamentos e interpretações de
músicas das culturas populares brasileiras, fazendo uso dos elementos que as caracterizam
As propostas de musicalização registradas acima referem-se, respectivamente, aos métodos brasileiros de:
A) Sá Pereira e Villa-Lobos
13. “Paralelamente ao aumento progressivo da simultaneidade e intensidade dos sons, ocasionando mudanças no meio ambiente sonoro,
apresenta-se hoje uma área emergente na Educação Musical: a Ecologia Acústica”.
B) Villa-Lobos e Koellreutter
C) Koellreutter e Cacilda Borges
D) Gazzi de Sá e Liddy Chiaffarelli
17. Os procedimentos de ensino e aprendizagem em
música devem ser orientados para o aprender a fazer
e analisar produções estético-musicais, visando ao
desenvolvimento do pensamento musical do aluno.
PCN – Música
Para que o aluno desenvolva uma atitude crítica em
relação à poluição sonora, seus efeitos e conseqüências para o organismo humano, a atividade que,
dentre outras, pode ser proposta pelo professor é:
Para que isso aconteça, é necessário que os caminhos escolhidos ofereçam, prioritariamente, aos
alunos:
A) criação musical a partir de diferentes ambiências
B) elaboração de grafias musicais não convencionais
A) a prática de manuseio e seleção dos instrumentos musicais
C) improvisação com uso de diversos materiais
sonoros
B) a vivência da experiência estética na linguagem
musical
D) composições que utilizam os sistemas modal
ou tonal
C) o aprendizado da notação e registro da música
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D) a elaboração de arranjos musicais
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18. “As Pastorinhas de Realengo” é um evento popular característico desse bairro do Município do Rio
de Janeiro.
A) os conhecimentos da História da Música que
devem ser adquiridos pelos alunos
22. Dentre as muitas tendências em que se dividem as
criações artístico-musicais do século XX, destacase o dodecafonismo. O sistema serial criado por
Schoenberg, um dos mais significativos compositores desse período, está fundamentado na aplicação dos 12 sons da escala cromática e permite ao
compositor criar múltiplas variações combinatórias.
B) as produções artístico–musicais dos alunos no
encerramento das atividades
Essa tendência apresenta as seguintes características:
C) as manifestações folclóricas compreensíveis
para o nível do aluno
A) a repetição linear / a hierarquização intervalar /
a combinação sistemática das 12 notas
D) as experiências socioculturais vividas pelos
alunos
B) o uso constante da inversão retrograda da série
/ a liberdade de escolha / a negação da tônica
19. “Como a distinção entre figura e fundo num desenho, você agora pode distinguir entre figura e fundo também na escuta musical. Tente, por exemplo,
ouvir uma execução musical, concentrando-se não
na música em si, mas em todos os sons não-musicais exteriores a ela, que a rodeiam e forçam o caminho durante suas pausas momentâneas”.
C) a negação da escala diatônica / a liberdade de
escolha / afastamento de hierarquias
intervalares
Na atividade descrita acima, Murray Schafer apresenta a seguinte proposta:
23. A teoria antropofágica da Semana de 22 propunha
uma mudança na arte brasileira. Na Música Popular, esta idéia modernista, que se escorava no Manifesto Pau Brasil, de Oswald de Andrade, aconteceu em 1968, através do Tropicalismo, movimento
estético–musical liderado por Caetano Veloso e
Gilberto Gil.
Um planejamento de Música, que explore manifestações folclóricas como esta, valoriza:
D) o uso de intervalos estruturadores da ordem
tonal / a atonalidade / a previsibilidade da resolução harmônica
A) ignorar os ruídos
B) apreciar a música
C) refocalizar o ouvido
D) perceber os sons musicais
Uma das idéias do Tropicalismo foi o:
20. Segundo Ana Mae Barbosa, o ensino pós-moderno de arte caracteriza-se pelo posicionamento teórico-metodológico conhecido como Proposta Triangular, que tem por base a inter-relação entre:
A) protesto contra a dominação da tendência
hegemônica na MPB
B) rompimento com a cultura erudita e popular
nacional
A) a observação da forma, a estética e a crítica
musical
C) conformismo frente à invasão estrangeira na MPB
B) as artes cênicas, a educação musical e as artes plásticas
D) idealismo em relação às músicas do passado
C) o fazer artístico, a observação da forma e a
percepção do cotidiano
24. Na atualidade é visível o corte entre dois tipos de
música, os quais apresentam características que
vão em direções opostas, relacionadas ao pulso
rítmico e à escuta linear que, respectivamente, são:
D) a compreensão da história da arte, o fazer artístico e a análise da obra de arte
A) popular de mercado e de concerto contemporânea
21. Recursos tecnológicos como gravadores, Samplers
e sintetizadores, têm sido amplamente utilizados na
música contemporânea, propondo novas formas de
criação.
B) popular brasileira e popular internacional
C) instrumental e para vozes corais
O desenvolvimento técnico-industrial do pós-guerra favoreceu o surgimento de dois tipos de música
em que a produção de ruídos é feita por meio de
máquinas sonoras. Essas novas tendências são
denominadas:
D) percussiva e instrumental
25. As manifestações culturais que têm como característica o estilo responsorial do canto são:
A) concreta e aleatória
A) Maracatu e Bumba-meu-Boi
B) concreta e eletrônica
B) Fandango e Catira
C) eletrônica e dodecafônica
C) Pastoril e Ciranda
D) expressionista e de vanguarda
D) Coco e Reisado
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26. A cantoria é uma arte que floresceu no meio rural do Nordeste, principalmente no sertão. Os cantadores, representantes legítimos dos bardos, menestréis e trovadores, cantam suas esperanças, seus problemas, romances
amorosos, quadros do cotidiano, numa exibição de imaginação e singularidade na cultura tradicional.
São referenciais da cantoria:
A) cantos melodiosos e afinados num tom abaixo da afinação instrumental
B) versos improvisados ou memorizados ao som da viola ou rabeca
C) desenhos melódicos elaborados com versos bem marcados
D) versos falados acompanhados por violão ou flauta
27. Servindo de base para a construção de acordes, improvisações e composições, a escala Blues, de procedência
americana e de origem vocal, é freqüentemente usada nas músicas de jazz, rock, bossa nova, blues e soul.
Com a bemolização de certas notas, as blue notes, essa escala apresenta a seguinte forma:
A)
B)
C)
D)
28. Embutido no som, encontra-se um feixe freqüencial que dá origem à série harmônica, única seqüência de sons
natural, inseparavelmente ligada ao fenômeno acústico.
A representação da série harmônica, tomando-se como som fundamental a nota dó, é:
A)
B)
C)
D)
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Observe a pauta da composição abaixo e responda à questão 29.
SAMBA DE UMA NOTA SÓ
Tom Jobim e Newton Mendonça
29. Na concepção da música “Samba de uma nota só”, Tom Jobim utilizou a forma:
A)
B)
C)
D)
A A’ B B’ A
ABACA
ABA
ABC
30. É fundamental que o Hino Nacional Brasil seja executado e cantado de forma correta, pois representa o povo brasileiro.
O trecho que apresenta forma poética e estrutura musical autênticas é:
A)
B)
C)
D)
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LÍNGUA PORTUGUESA
programação era assim: se a Tupi fazia sucesso com
“Rin-Tin-Tin”, a Rio contra-atacava de “Lassie”. Se o 13
exibia “Ivanhoé”, o 6 rebatia com “Guilherme Tell”. “Este
Norte é de morte” era a atração de uma emissora; “Eta
Nordeste da peste” tentava segurar a audiência na
concorrente. Bem, tinha também o canal 9, a TV
Continental. Mas ninguém assistia ao canal 9. Mudar de
canal era balançar entre o 6 e o 13. E, assim, íamos
vivendo em paz.
Leia o texto abaixo e responda, em seguida, às
questões propostas.
Durante muitos anos, no século passado, a frase
era a mais repetida lá em casa: aproveite que está de pé e
aumente o som. Ninguém se arriscava a se levantar. Nem
para beber água, nem para ir ao banheiro. Sempre dava
para agüentar mais um pouquinho, ver se alguém desistia
primeiro e, em vez de ouvi-la, falar a frase ou uma de suas
variações:
Falei de dois botões. Faltam quatro, né? Bem, dois
eram meio inúteis: o de brilho e o de contraste. Não valia
a pena abandonar a poltrona para tentar regular estas
questões na imagem. Se a imagem estivesse ruim, com
fantasmas, por exemplo (era muito comum “dar”
fantasma na imagem), o jeito era mexer na antena.
_ Aproveite que está de pé e melhore o contraste.
Quem está chegando agora não pode imaginar o que
era o mundo sem controle remoto. Um aparelho de televisão
tinha, no mínimo, seis botões. O primeiro era para ligar e
desligar (e aumentar e diminuir o som). E era botão mesmo
e não uma tecla de apertar ou soltar. Um botão que se virava
para a direita e, ao ouvir-se o clique, sabia-se que a TV estava
ligada. (Para desligá-la, fazia-se o caminho contrário.)
_ Aproveite que está de pé e dê uma mexida na
antena.
Esta era a tarefa mais difícil. Geralmente,
necessitava de duas pessoas. Uma ficava em pé, atrás
do aparelho, mexendo nas antenas para baixo, para cima,
para os lados, enquanto o outro, sentado na poltrona, ia
dando as dicas:
Ligar a TV não significava que se passava
imediatamente a assistir a um programa. Tinha que
esperar o aparelho pegar no tranco. Ou esquentar o tubo.
Aí, sim, aparecia a imagem. O que ainda não significava
um programa no ar. Quem reclama dos intervalos das
emissoras de TV a cabo de hoje não faz idéia do que era
um intervalo comercial na televisão a certa altura do
século passado. Às vezes, entre dois programas de meia
hora, aturavam-se 40 minutos de anúncios.
_ Melhorou. Piorou. Mais pra direita. Volta um
pouquinho. Só um pouquinho!
Os dois botões que sobraram eram os mais
complexos: vertical e horizontal. Às vezes, sem mais nem
menos, a imagem começava a rodar, como se fosse um
carrossel. Era tão sensível o ponto exato em que o botão do
vertical fixava a imagem que, dependendo da situação, valia
a pena continuar sentado e tentar assistir assim mesmo. Com
o Falcão Negro ou os Patrulheiros Toddy dando a impressão
de que estavam com a doença de São Guido. Não paravam
quietos. Mas o defeito no horizontal era impossível de ser
ignorado. A tela era coberta por riscas que não deixavam o
espectador ver nada do que estava sendo exibido. Aí, não
tinha jeito: era preciso se levantar e ajustar o botão.
Lembro-me especialmente do “Teatro de Comédias
da Imperatriz das Sedas”, atração de sábado à noite na
TV Tupi. O patrocinador, como o próprio nome indica, era
uma loja de tecidos. O programa apresentava comédias
teatrais em três atos. Entre um ato e outro, exibiam-se os
anúncios que demoravam o tempo exato para mudanças
de cenário e trocas de figurinos. Quando estas mudanças
eram complexas, dava tempo de o espectador conhecer
toda a linha de tecidos da loja, pelo menos duas vezes.
Era comum a gente se distrair e até se esquecer de que
peça estava em cartaz. Você, acostumado com a era
moderna da televisão, deve estar se perguntando: “Mas
por que não mudavam de canal no intervalo?”
Acho que isso tem um pouco a ver com a geração
de gordos criada a partir do final do século passado. Ela
apareceu, principalmente, nos Estados Unidos. Há quem
atribua sua existência à dieta baseada em gorduras,
característica daquelas bandas. Não sei, não. Acho que
tem muito a ver com a família inteira sentada diante de
um aparelho de TV comandando um controle remoto. No
meu tempo, não tinha isso, não. Ver televisão queimava
tantas calorias quanto uma sessão de academia. Não dava
para ficar sentado 15 minutos seguidos. Se bem que, hoje,
lá em casa, a situação não mudou muito, não:
É aí que entra aquela frase do início deste texto.
Alguém tinha que se levantar para o resto da casa
explodir em coro das suas poltronas:
_ Aproveita que está de pé e muda de canal.
Mas ninguém entregava os pontos. Até porque
mudar de canal não significava, por exemplo, passar por
todos os filmes da coleção de Telecines. Mudar de canal
era girar o seletor (um dos botões era o seletor de canais)
do 6 ao 13 e ver o que estava passando na TV Rio.
Geralmente, era a mesma coisa. Ou seja, anúncios. A
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_ Aproveite que está de pé e procure o controle
remoto.
(XEXÉO, Artur. Aproveite para mudar o canal. O Globo. Segundo
Caderno, 14 de dezembro de 2003, p. 8.)
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34. Dentre as afirmações abaixo, a que não se pode
31. Segundo o texto, os anúncios comerciais na televisão do passado eram longos, dentre outros moti-
atribuir ao texto é:
vos, pelo seguinte:
A) A qualidade dos programas de televisão do
passado era bem melhor do que a atual.
A) Reunir em um só bloco todos os anúncios
B) A concorrência entre canais consistia em
programados para o mesmo dia.
transmitir programas de mesma natureza.
B) Permitir os ajustes necessários na transmissão
C) A tarefa de ajustar a imagem da televisão era
dos programas ao vivo.
uma complexa e paciente atividade conjunta.
C) Dar maior ênfase ao patrocinador do que ao
D) Os poucos canais de transmissão restringiam
as possibilidades de escolha de programas.
próprio programa.
D) Conferir mais expectativa quanto ao desenrolar
35. “Era comum a gente se distrair e até se esquecer
do programa.
de que peça estava em cartaz.”
Em cada alternativa abaixo, reescreve-se essa fra-
32. Quanto ao comportamento das pessoas ao assistir
se do texto. A nova redação não está bem
à televisão, o texto oferece a seguinte informação:
construída em:
A) Não se podia fazer nada com facilidade ou
A) Era comum a gente distrair-se e até esquecer-
conforto devido à falta do controle remoto.
se de que peça estava em cartaz.
B) Era comum distrairmo-nos e até esquecermo-
B) Evitava-se conversar demoradamente durante
nos de que peça estava em cartaz.
a transmissão de programas com muitos
C) Era comum que a gente se distraísse e nos
anúncios.
esquecesse de que peça estava em cartaz.
C) Havia certa preguiça de levantar e tomar as
D) Era comum que nos distraíssemos e até nos
providências necessárias para ajustar o aparelho.
esquecêssemos de que peça estava em cartaz.
D) Não se conseguia ficar sentado por muito tempo
36. “A programação era assim: se a Tupi fazia sucesso
devido à falta de programas que despertassem
com “Rin-Tin-Tin”, a Rio contra-atacava de “Lassie”.
o interesse.
Os dois-pontos presentes nessa frase do texto são usados com a mesma finalidade na seguinte alternativa:
33. O senta-levanta a que se sujeitava o espectador de
A) Fora convocado urgentemente para reformular
televisão no passado é expresso com maior ênfa-
a programação do canal: seus méritos eram
se na seguinte passagem:
justamente reconhecidos.
A) Ela apareceu, principalmente, nos Estados Unidos.
B) Resolveu-se modificar toda a programação do
B) Ver televisão queimava tantas calorias quanto
canal de televisão: a audiência havia caído
uma sessão de academia.
vertiginosamente.
C) Os dois botões que sobraram eram os mais
C) Optou pela seguinte atitude: caso não
alterassem a programação da televisão, seriam
complexos: vertical e horizontal.
todos demitidos.
D) A programação era assim: se a Tupi fazia
D) Temos que reconhecer: nossos programas não
sucesso com “Rin-Tin-Tin”, a Rio contra-atacava
conseguem cativar o interesse do grande público.
de “Lassie”.
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39. “ _ Aproveite que está de pé e melhore o con-
37. “Quem reclama dos intervalos das emissoras de
TV a cabo de hoje não faz idéia do que era um
traste.”
intervalo comercial na televisão a certa altura do
século passado.”
“_ Aproveita que está de pé e muda de canal.”
Em cada alternativa abaixo, modifica-se essa fra-
Analisando-se essas duas construções presentes
se do texto. A nova redação altera significativamente
no texto, pode-se fazer, quanto aos tempos e mo-
o sentido original em:
dos verbais, a seguinte afirmação:
A) Estes que se queixam dos intervalos das
A) H á e q u í v o c o g r a m a t i c a l a p e n a s n a
emissoras de TV a cabo hodiernas sequer
segunda frase.
fazem idéia do que era um intervalo comercial
na televisão a certa altura do século passado.
B) H á e q u í v o c o g r a m a t i c a l a p e n a s n a
B) Os que reclamam dos intervalos das emissoras
primeira frase.
de TV a cabo de hoje não têm idéia do que era
C) Em ambas as frases não há equívoco
um intervalo comercial na televisão a certa altura
gramatical.
do século passado.
D) Em ambas as frases há equívoco gramatical.
C) Quem reclama dos intervalos das emissoras de
TV a cabo de hoje não faz idéia quanto à
40. “Lembro-me especialmente do “Teatro de Comédi-
natureza de um intervalo comercial na televisão
as da Imperatriz das Sedas”, atração de sábado à
a certa altura do século passado.
noite na TV Tupi.”
D) Aquele que reclama dos intervalos das
emissoras de TV a cabo de hoje não imagina
Em cada alternativa abaixo, promovem-se altera-
ser um intervalo comercial na televisão a certa
ções nessa frase do texto. A nova redação não está
altura do século passado.
bem construída em:
38. “Às vezes, entre dois programas de meia hora, atu-
A) Lembra-me especialmente o “Teatro de
ravam-se 40 minutos de anúncios.”
Comédias da Imperatriz das Sedas”, atração
O sinal indicador da crase, presente na frase
de sábado à noite na TV Tupi.
acima, é usado indevidamente na seguinte alB) É do “Teatro de Comédias da Imperatriz das
ternativa:
Sedas”, atração de sábado à noite na TV Tupi,
A) Teimava em mudar às pressas o canal da
televisão logo que iniciava a novela das oito.
que eu lembro especialmente.
B) Dedicou-se às velhas atrizes do passado o
C) Era o “Teatro de Comédias da Imperatriz das
programa especial sobre o teatro e a televisão.
Sedas”, atração de sábado à noite na TV Tupi,
C) Não era comum que os programas de televisão
que eu lembrava especialmente.
se estendessem às altas horas da madrugada.
D) Especialmente do “Teatro de Comédias da
D) As emissoras de televisão sempre atribuíam à
uma concorrente o fracasso de sua
Imperatriz das Sedas”, atração de sábado à
programação.
noite na TV Tupi, era que me lembrava.
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PROVA DE REDAÇÃO
Uma questão permanente em nossa reflexão sobre a vida diz respeito à velhice. O inevitável
enlace da vida longa com o envelhecimento ainda causa desconforto para a maioria das pessoas.
Segundo dados da ONU, a expectativa de vida ao nascer aumentou de 46,5 anos, em 19501955, para 65, em 1995-2000. O Brasil acompanhou essa evolução, estando sempre um pouco
acima da média mundial (50,9 anos em 1950-55 para 67,2 em 1995-2000), mas um pouco abaixo
da média da América Latina (de 51,4 a 59,3 anos).
Como lembra o lingüista
Carlos Vogt, em texto
recentemente publicado
no site comciencia.com.br,
Cícero, em seu famoso
tratado De Senectute (Da Velhice) adverte: “todos querem chegar à velhice;
quando chegam, acusam-na”. E ainda: “Torna-te velho cedo, se quiseres ser
velho por muito tempo”. Pensamentos que, de certo modo, concordam com
esta afirmação de Simone de Beauvoir: “Todos desejam viver por muito tempo,
mas ninguém quer chegar a ser velho”.
Segundo Marcelo Antonio Salgado, gerontólogo do
SESC de São Paulo, “o envelhecimento físico se
evidencia, basicamente, pela perda da força e da
forma muscular, dando o tempo acumulado uma
imagem pesada e até mesmo gasta ao corpo
(...).Na mente, o processo não ocorre da mesma
forma, pois o envelhecimento mental não se
caracteriza pelas mudanças atrofiantes de sua
capacidade. Ao contrário, a mente amadurecendo,
torna-se mais apta a apreensões de toda ordem,
principalmente aos raciocínios abstratos que, em
idades anteriores, nem sempre foram possíveis.
Escreva uma dissertação entre 20 e 30 linhas, sobre o seguinte tema:
Vida, dignidade e velhice.
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