Implicações da filogeografia para a conservação do macaco

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54º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 54º Congresso Brasileiro de Genética • 16 a 19 de setembro de 2008
Bahia Othon Palace Hotel • Salvador • BA • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
Implicações da filogeografia para
a conservação do macaco-prego (Cebus)
na Mata Atlântica
Oliveira, CG; Gaiotto, FA; Martinez, RA
Programa de Pós-graduação em Genética e Biologia Molecular, Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC
[email protected]
Palavras-chave: Cebus, filogeografia, conservação, microssatélites, extinção
A preservação de áreas que incorporam o maior número de espécies ameaçadas de extinção tem sido uma das estratégias
mais comuns para conservação de organismos. Essa abordagem é pouco eficiente significativa em termos de evolução
dos seres vivos, pois não leva em consideração a história biogeográfica das espécies e suas populações, sendo considerado
enfoque incompleto e sua validade se limita em curto prazo de tempo. Assim, os estudos de filogeografia possibilitam
o entendimento da evolução das diferentes linhagens e sua relação com os eventos históricos determinantes de sua
diversificação, fornecendo importantes informações para orientar programas visando a sua conservação. Este trabalho
teve como objetivo a análise preliminar da filogeografia do Gênero Cebus na Mata Atlântica. As análises foram realizadas
a partir da genotipagem de 67 indivíduos coletados em toda extensão de distribuição das espécies, com seis locos
microssatélites, A estrutura populacional foi verificada através da GST de Nei (1978) com auxilio do programa Genetix
V. 4.02. O GST entre as espécies C. xanthosternos e C. libidinosus foi 0.0652. Já entre as espécies C. xanthosternos e C.
apella, GST = 0.0689, C. xanthosternos e C. nigritus foi GST = 0.1221 e C. xanthosternos e C. robustus GST = 0.1044. Os
valores obtidos do GST corroboraram a análise de barreiras, pois mostraram que as espécies que estão distribuídas mais
próximas geograficamente (C. apella e C. libidinosus) apresentam diversidade genética menor quando comparadas às
espécies mais distantes fisicamente (C. nigritus e C. robustus). Algumas evidências geológicas indicam que a formação
de refúgios durante o Pleistoceno pode ser uma possível explicação para a maior diversidade genética entre algumas
espécies. O que indica que num tempo passado essas populações eram contínuas e existia fluxo gênico entre elas.
Apoio financeiro: Fapesb, Margot Mash e CEPF.
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