LINGUA PORTUGUESA INFORMAÇÕES LITERAIS E INFERÊNCIAS POSSÍVEIS; PONTO DE VISTA DO AUTOR; SIGNIFICAÇÃO CONTEXTUAL DE PALAVRAS E EXPRESSÕES; RELAÇÕES ENTRE IDÉIAS E RECURSOS DE COESÃO; FIGURAS DE ESTILO. Interpretar um texto não é simplesmente saber o que se passa na cabeça do autor quando ele escreve seu texto. É, antes, inferir. Se eu disser: ―Levei minha filha caçula ao parque.‖, pode-se inferir que tenho mais de uma filha. Ou seja, inferir é retirar informações implícitas e explícitas do texto. E será com essas informações que o candidato irá resolver as questões de interpretação na prova. Há de se tomar cuidado, entretanto, com o que chamamos de ―conhecimento de mundo‖, que nada mais é do que aquilo que todos carregamos conosco, fruto do que aprendemos na escola, com os amigos, vendo televisão, enfim, vivendo. Isso porque muitas vezes uma questão leva o candidato a responder não o que está no texto, mas exatamente aquilo em que ele acredita. Vamos a um exemplo. Para tanto, temos que ter conhecimento da estrutura textual e por quais processos se passa um texto até seu formato final de dissertação, narração ou descrição. Como o tipo mais cobrado em provas de concurso é a dissertação, vamos entender como ela se estrutura e em que ela se baseia. Quando dissertamos, diz-se que estamos argumentando. Mas argumentando o quê? A respeito de quê? Para formular os argumentos, antes necessitamos de uma tese, algo que vamos afirmar e defender, a respeito de um determinado assunto. Então, por exemplo, se o assunto é ―Aquecimento global‖ é imperativo apresentar uma tese baseada nele. Pode-se escrever ―O aquecimento global tem sido motivo de preocupação por parte dos cientistas‖, ou ―A população deve preocupar-se com o superaquecimento do planeta‖ etc. O importante é que na tese esteja claro aquilo que deverá ser sustentado por meio de argumentos. O próximo passo é estabelecer quais argumentos poderão ser utilizados para tornar a afirmação feita na tese cada vez mais sólida. Apresentados os argumentos, basta concluir a dissertação. É mundialmente reconhecida a qualidade do champanhe francês. Imaginemos, então, que em um texto o autor trate do assunto ―bebidas finas‖ e escreva que na região de Champagne, na França, é produzido um champanhe muito conhecido. Mais tarde, em uma questão, a banca pergunta qual foi a abordagem do texto em relação ao tema e coloca, em uma das alternativas, que o autor afirma que o melhor champanhe vendido no mundo é o da região de Champagne, na França. Se você for um candidato afoito, vai marcar essa alternativa como correta, certo?, sem parar para pensar que o autor não havia feito tal afirmação e que, na verdade, o que ele assegurou foi que há um champanhe que é muito conhecido e que é produzido na França. O fato de possivelmente ser o melhor do mundo é uma informação que você adquiriu em jornais, revistas etc. Entendeu a diferença? Tudo o que aqui foi exposto é apenas ilustrativo para que se tenha ideia de como um texto é estruturado e, a partir daí, estudar o texto apresentado e procurar no lugar certo a resposta para cada questão. Propositadamente, a banca utiliza trechos inteiros idênticos ao texto só para confundir o candidato, e ao final, coloca uma afirmação falsa. Cuidado com isso! Contudo, não basta retirar informações de um texto para responder corretamente as questões. É necessário saber de onde tirá-las. Todavia, se a banca quiser saber em que o autor se fundamentou para fazer tal afirmação, basta procurar a resposta nos parágrafos em que forem apresentados os argumentos. Vejamos: Normalmente, a tese é explicitada na primeira frase do primeiro parágrafo, coincidindo com o que chamamos de ―tópico frasal‖, aquela sentença que usamos para chamar a atenção em um texto e apresentá-lo de forma clara. Mas ela pode aparecer também na última frase do primeiro parágrafo. Disso decorre que sempre que precisar encontrar a tese do texto para responder a questões sobre o que o autor pensa, por exemplo, deve-se procurá-la no primeiro parágrafo. Por exemplo, na última prova do MPU, cargo Analista Processual, da banca Fundação Carlos Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 1 LINGUA PORTUGUESA Chagas, foi perguntado aos candidatos o que revelava a argumentação do autor. Dentre as alternativas apresentadas, bastava saber qual era fundamentalmente um argumento utilizado pelo autor e o que ele demonstrava. É, portanto, muito importante conhecer a estrutura de um texto para saber trabalhá-lo de forma a fazer com que ele seja um aliado na conquista de um cargo público. I) Para interpretar bem Todos têm dificuldades com interpretação de textos. Encare isso como algo normal, inevitável. Importante é enfrentar o problema e, com segurança, progredir. Aliás, progredir muito. Leia com atenção os itens abaixo. 1) Desenvolva o gosto pela leitura. Leia de tudo: jornais, revistas, livros, textos publicitários, listas telefônicas, bulas de remédios etc. Enfim, tudo o que estiver ao seu alcance. Mas leia com atenção, tentando, pacientemente, apreender o sentido. O mal é ―ler por ler‖, para se livrar. 2) Aumente o seu vocabulário. Os dicionários são amigos que precisamos consultar. Faça exercícios de sinônimos e antônimos. (Consulte o nosso Redação para Concursos, que tem uma seção dedicada a isso.) 3) Não se deixe levar pela primeira impressão. Há textos que metem medo. Na realidade, eles nos oferecem um mundo de informações que nos fornecerão grande prazer interior. Abra sua mente e seu coração para o que o texto lhe transmite, na qualidade de um amigo silencioso. 4) Ao fazer uma prova qualquer, leia o texto duas ou três vezes, atentamente, antes de tentar responder a qualquer pergunta. Primeiro, é preciso captar sua mensagem, entendê-lo como um todo, e isso não pode ser alcançado com uma simples leitura. Dessa forma, leia-o algumas vezes. A cada leitura, novas idéias serão assimiladas. Tenha a paciência necessária para agir assim. Só depois tente resolver as questões propostas. 5) As questões de interpretação podem ser localizadas (por exemplo, voltadas só para um determinado trecho) ou referir-se ao conjunto, às idéias gerais do texto. No primeiro caso, leia não apenas o trecho (às vezes uma linha) referido, mas todo o parágrafo em que ele se situa. Lembre-se: quanto mais você ler, mais entenderá o texto. Tudo é uma questão de costume, e você vai acostumar-se a agir dessa forma. Então acredite nisso - alcançará seu objetivo. 6) Há questões que pedem conhecimento fora do texto. Por exemplo, ele pode aludir a uma determinada personalidade da história ou da atualidade, e ser cobrado do aluno ou candidato o nome dessa pessoa ou algo que ela tenha feito. Por isso, é importante desenvolver o hábito da leitura, como já foi dito. Procure estar atualizado, lendo jornais e revistas especializadas. EXERCÍCIOS Responda as questões de 1 a 10 de acordo com o texto abaixo: O primeiro dever passado pelo novo professor de português foi uma descrição tendo o mar como tema. A classe inspirou-se, toda ela, nos encapelados mares de Camões, aqueles nunca dantes navegados; o episódio do Adamastor foi reescrito pela meninada. Prisioneiro no internato, eu vivia na saudade das praias do Pontal onde conhecera a liberdade e o sonho. O mar de Ilhéus foi o tema de minha descrição. Padre Cabral levara os deveres para corrigir em sua cela. Na aula seguinte, entre risonho e solene, anunciou a existência de uma vocação autêntica de escritor naquela sala de aula. Pediu que escutassem com atenção o dever que ia ler. Tinha certeza, afirmou, que o autor daquela página seria no futuro um escritor conhecido. Não regateou elogios. Eu acabara de completar onze anos. Passei a ser uma personalidade, segundo os cânones do colégio, ao lado dos futebolistas, dos campeões de matemática e de religião, dos que obtinham medalhas. Fui admitido numa espécie de Círculo Literário onde brilhavam alunos mais velhos. Nem assim deixei de me sentir prisioneiro, sensação permanente durante os dois anos em que estudei no colégio dos jesuítas. Houve, porém, sensível mudança na limitada vida do aluno interno: o padre Cabral tomou-me sob sua proteção e colocou em minhas mãos livros de sua estante. Primeiro "As Viagens de Gulliver", depois clássicos portugueses, traduções de ficcionistas ingleses e franceses. Data dessa época minha paixão por Charles Dickens. Demoraria ainda a conhecer Mark Twain, o norte-americano não figurava entre os prediletos do padre Cabral. Recordo com carinho a figura do jesuíta português erudito e amável. Menos por me haver anunciado escritor, sobretudo por me haver dado o amor aos livros, por me haver revelado o mundo da criação literária. Ajudou-me a suportar aqueles dois anos de internato, a fazer mais leve a minha prisão, minha primeira prisão. Jorge Amado 1. Padre Cabral, numa determinada passagem do texto, ordena que os alunos: Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 2 LINGUA PORTUGUESA a)façam uma descrição sobre o mar; b)descrevam os mares encapelados de Camões; c)reescrevam o episódio do Gigante Adamastor;. d)façam uma descrição dos mares nunca dantes navegados; e)retirem de Camões inspiração para descrever o mar. 2. Segundo o texto, para executar o dever imposto por Padre Cabral, a classe toda usou de um certo: a)conhecimento extraído de "As viagens de Gulliver"; b)assunto extraído de traduções de ficcionistas ingleses e franceses; c)amor por Charles Dickens; d)mar descrito por Mark Twain; e)saber já feito, já explorado por célebre autor. 3. Apenas o narrador foi diferente, porque: a)lia Camões; b)se baseou na própria vivência; c)conhecia os ficcionistas ingleses e franceses; d)tinha conhecimento das obras de Mark Twain; e)sua descrição não foi corrigida na cela de Padre Cabral. 4. O narrador confessa que no internato lhe faltava: a)a leitura de Os Lusíadas; b)o episódio do Adamastor; c)liberdade e sonho; d)vocação autêntica de escritor; e)respeitável personalidade. 5. Todos os alunos apresentaram seus trabalhos, mas só foi um elogiado, porque revelava: a)liberdade; b)sonho; c)imparcialidade; d)originalidade; e)resignação. 6. Por ter executado um trabalho de qualidade literária superior, o narrador adquiriu um direito que lhe agradou muito: a)ler livros da estante de Padre Cabral; b)rever as praias do Pontal; c)ler sonetos camonianos; d)conhecer mares nunca dantes navegados; e)conhecer a cela de Padre Cabral. 7. Contudo, a felicidade alcançada pelo narrador não era plena. Havia uma pedra em seu caminho: a)os colegas do internato; b)a cela do Padre Cabral; c)a prisão do internato; d)o mar de Ilhéus; e)as praias do Pontal. 8. Conclui-se, da leitura do texto, que: a)o professor valorizou o trabalho dos alunos pelo esforço com que o realizaram; b)o professor mostrou-se satisfeito porque um aluno escreveu sobre o mar de Ilhéus; c)o professor ficou satisfeito ao ver que um de seus alunos demonstrava gosto pela leitura dos clássicos portugueses; d)a competência de saber escrever conferia, no colégio, tanto destaque quanto a competência de ser bom atleta ou bom em matemática; e)graças à amizade que passou a ter com Padre Cabral, o narrador do texto passou a ser uma personalidade no colégio dos jesuítas. 9. O primeiro dever... foi uma descrição... Contudo nesse texto predomina a: a)narração; b)dissertação; c)descrição; d)linguagem poética; e)linguagem epistolar. 10. Por isso a maioria dos verbos do texto encontra-se no: a)presente do indicativo; b)pretérito imperfeito do indicativo; c)pretérito perfeito do indicativo; d)pretérito mais que perfeito do indicativo; e)futuro do indicativo. Releia a primeira estrofe e responda as questões de 11 a 13 Cheguei, Chegaste, Vinhas fatigada E triste, e triste e fatigado eu vinha. Tinhas a alma de sonhos povoada. E a alma de sonhos povoada eu tinha. 11. À ordem alterada, que o autor elabora no texto, em busca da eufonia e ritmo, dá-se o nome de: a)antítese; b)metáfora; c)hipérbato; d)pleonasmo; e)assíndeto. 12. E a alma de sonhos povoada eu tinha. Na ordem direta fica: a)E a alma povoada de sonhos eu tinha. b)E povoada de sonhos a alma eu tinha. c)E eu tinha povoada de sonhos a alma. d)E eu tinha a alma povoada de sonhos. e)E eu tinha a alma de sonhos povoados. 13. Predominam na primeira estrofe as orações: a)substantivas; b)adverbiais; c)coordenadas; d)adjetivas; e)subjetivas. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 3 LINGUA PORTUGUESA Releia a segunda estrofe para responder as questões de 14 a 17: E paramos de súbito na estrada Da vida: longos anos, presa à minha A tua mão, a vista deslumbrada Tive da luz que teu olhar continha 14.O objetivo preso (presa) refere-se a: a)estrada; b)vida; c)minha mão; d)tua mão; e)vista. GABARITO 01. A 02. E 03. B 04. C 05. D 06. A 07. C 08. D 09. A 10. C 11. C 12. D 13. C 14. D Tipos e gêneros podem conviver num mesmo texto, mas normalmente um predomina. Textos dissertativos argumentativos podem trazer cenas descritivas, e vice-versa. Assim sendo, um texto, por exemplo, do gênero carta, pode ser do tipo narrativo, argumentativo, etc. Um romance pode trazer trechos descritivos, embora seja predominantemente narrativo. Numa bula de remédio estão presentes três tipos: descritivo, dissertativo e injuntivo. Na fábula, o narrativo e argumentativo. Concluímos que, um mesmo tipo de texto pode ocorrer em vários gêneros. O cão e o osso O cão e o osso Um dia, um cão ia atravessando uma ponte, carregando um osso na boca. Olhando para baixo, viu sua própria imagem refletida na água. Pensando ver outro cão, cobiçou-lhe logo o osso e pôs-se a latir. Mal, porém, abriu a boca, seu próprio osso caiu na água e se perdeu para sempre. Moral: Mais vale um pássaro na mão do que dois voando. (disponível em: www.dominiopublico.gov.br/.../DetalheObraDownl oad.do?select...acesso:21/08/11) Trabalhando conhecimentos TIPOS DE TEXTOS O modo de se estabelecer a interação entre texto e leitor é o que vai determinar o tipo de texto. Isso significa que o tipo é caracterizado pela natureza linguística de sua construção teórica, ou seja, por seus tempos verbais, aspectos lexicais e sintáticos, relações entre seus elementos. Os principais tipos textuais são: descritivos, dissertativo, narrativo, argumentativo, expositivo, injuntivo. Os gêneros de textos Se o tipo é organizado pelos seus elementos formais, o gênero é caracterizado pelo estilo do texto, pela sua função sociocomunicativa, ou seja, para o fim a que se destina. Surgem, pois, vários gêneros (orais e/ou escritos): bula de remédios, bilhete, narrativas, artigos de opinião, crônicas, romances, receitas, classificados, reportagens jornalísticas, carta pessoal, carta comercial, catálogos, lista telefônica, telefonema, email, cardápio, chat, manual de instruções, resenha, outdoor, plano de aula, aula virtual, resumo, charge, boletim de ocorrência, edital de concurso, relatório, piada, conversação comum, conferência, sermão, romance, biografia, horóscopo, reunião, etc. 1. Gênero: fábula. 2. Sobre o autor da fábula – Esopo: escritor grego, viveu no século V a.C., considerado o maior escritor de fábulas da Grécia. A Grécia é um país europeu, próximo à Asia – sua capital: Atenas. 3. Principais características das fábulas: textos com linguagem simples; - geralmente curtos, estilo narrativo e bem humorados; - mensagem do texto direcionada ao comportamento humano; - no final trazem uma nota chamando atenção para a moral da história. - os personagens que representam animais nas fábulas agem como se fossem humanos. Ver TIPOLOGIA TEXTUAL NARRAÇÃO, DESCRIÇÃO E DISSERTAÇÃO NARRAÇÃO: Desenvolvimento de ações. Tempo em andamento. DESCRIÇÃO: Retrato Tempo estático. através de DISSERTAÇÃO: Desenvolvimento Temporais/Atemporais. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br palavras. de idéias. Página 4 LINGUA PORTUGUESA Texto Em um cinema, um fugitivo corre desabaladamente por uma floresta fechada, fazendo ziguezagues. Aqui tropeça em uma raiz e cai, ali se desvia de um espinheiro, lá transpõe um paredão de pedras ciclópicas, em seguida atravessa uma correnteza a fortes braçadas, mais adiante pula um regato e agora passa, em carreira vertiginosa, por pequena aldeia, onde pessoas se encontram em atividades rotineiras. Neste momento, o operador pára as máquinas e tem-se na tela o seguinte quadro: um homem (o fugitivo), com ambos os pés no ar, as pernas abertas em larguíssima passada como quem corre, um menino com um cachorro nos braços estendidos, o rosto contorcido pelo pranto, como quem oferece o animalzinho a uma senhora de olhar severo que aponta uma flecha para algum ponto fora do enquadramento da tela; um rapaz troncudo puxa, por uma corda, uma égua que se faz acompanhar de um potrinho tão inseguro quanto desajeitado; um pajé velho, acocorado perto de uma choça, tira baforadas de um longo e primitivo cachimbo; uma velha gorda e suja dorme em uma já bastante desfiada rede de embira fina, pendurada entre uma árvore seca, de galhos grossos e retorcidos e uma cabana recém construída, limpa, alta, de palhas de buriti muito bem amarradas... Antes de exercitar com o texto, pense no seguinte: Narrar é contar uma história. A Narração é uma seqüência de ações que se desenrolam na linha do tempo, umas após outras. Toda ação pressupõe a existência de um personagem ou actante que a prática em determinado momento e em determinado lugar, por isso temos quatro dos seis componentes fundamentais de que um emissor ou narrador se serve para criar um ato narrativo: personagem, ação, espaço e tempo em desenvolvimento. Os outros dois componentes da narrativa são: narrador e enredo ou trama. Descrever é pintar um quadro, retratar um objeto, um personagem, um ambiente. O ato descritivo difere do narrativo, fundamentalmente, por não se preocupar com a seqüência das ações, com a sucessão dos momentos, com o desenrolar do tempo. A descrição encara um ou vários objetos, um ou vários personagens, uma ou várias ações, em um determinado momento, em um mesmo instante e em uma mesma fração da linha cronológica. É a foto de um instante. A descrição pode ser estática ou dinâmica. A descrição estática não envolve ação. Exemplos: "Uma velha gorda e suja." "Árvore seca de galhos grossos e retorcidos." A descrição dinâmica apresenta um conjunto de ações concomitantes, isto é, um conjunto de ações que acontecem todas ao mesmo tempo, como em uma fotografia. No texto, a partir do momento em que o operador pára as máquinas projetoras, todas as ações que se vêem na tela estão ocorrendo simultaneamente, ou seja, estão compondo uma descrição dinâmica. Descrição porque todas as ações acontecem ao mesmo tempo, dinâmica porque inclui ações. Dissertar diz respeito ao desenvolvimento de idéias, de juízos, de pensamentos. Exemplos: "As circunstâncias externas determinam rigidamente a natureza dos seres vivos, inclusive o homem..." "Nem a vontade, nem a razão podem agir independentemente de seu condicionamento passado." Linguagem Verbal Existem várias formas de comunicação. Quando o homem se utiliza da palavra, ou seja, da linguagem oral ou escrita, dizemos que ele está utilizando uma linguagem verbal, pois o código usado é a palavra. Tal código está presente, quando falamos com alguém, quando lemos, quando escrevemos. A linguagem verbal é a forma de comunicação mais presente em nosso cotidiano. Mediante a palavra falada ou escrita, expomos aos outros as nossas idéias e pensamentos, comunicando-nos por meio desse código verbal imprescindível em nossas vidas. ela está presente em textos em propagandas; Em reportagens (jornais, revistas, etc.); Em obras literárias e científicas; Na comunicação entre as pessoas; Em discursos (Presidente da República, representantes de classe, candidatos a cargos públicos, etc.); E em várias outras situações. Linguagem não Verbal Observe a figura abaixo, este sinal demonstra que é proibido fumar em um determinado local. A linguagem utilizada é a não-verbal pois não utiliza do código "língua portuguesa" para transmitir que é proibido fumar. Na figura abaixo, percebemos que o semáforo, nos transmite a idéia de atenção, Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 5 LINGUA PORTUGUESA de acordo com a cor apresentada no semáforo, podemos saber se é permitido seguir em frente (verde), se é para ter atenção (amarelo) ou se é proibido seguir em frente (vermelho) naquele instante. Daí a importância das inferências na interação verbal. Se quiséssemos dizer que Maria não conseguiu ver o filme até o final, isto teria que ser explicitado, porque, normalmente, a pessoa vê o filme inteiro. Implicatura Como você percebeu, todas as imagens podem ser facilmente decodificadas. Você notou que em nenhuma delas existe a presença da palavra? O que está presente é outro tipo de código. Apesar de haver ausência da palavra, nós temos uma linguagem, pois podemos decifrar mensagens a partir das imagens. O tipo de linguagem, cujo código não é a palavra, denomina-se linguagem não-verbal, isto é, usam-se outros códigos (o desenho, a dança, os sons, os gestos, a expressão fisionômica, as cores). Pressuposição É o conteúdo que fica à margem da discussão, é o conteúdo implícito. Assim, a frase "Pedro parou de fumar" veicula a pressuposição de que Pedro fumava antes; "Pedro passou a trabalhar à noite" contém a pressuposição de que antes ele trabalhava de dia, mas contém também a pressuposição de que ele não trabalhava antes, dependendo da ênfase colocada em passar a ou em à noite. Vale lembrar que, nestes exemplos, a pressuposição é marcada lingüisticamente pela presença dos verbos parar de, passar a. Existem também pressuposições que não apresentam marca lingüística; estes tipos de pressuposição denominam-se inferências. Inferências São informações normais que não precisam ser explicitadas no momento da produção do texto; são também chamadas de subentendidos. O exemplo seguinte ajuda a entender esta noção: "Maria foi ao cinema, assistiu ao filme sobre dinossauros e voltou para casa." Lendo esta frase, o ouvinte/leitor recupera os conhecimentos relativos ao ato de ir ao cinema: no cinema existem cadeiras, tela, bilheteria; há uma pessoa que vende bilhetes, outra que os recolhe na entrada; a sala fica escura durante a projeção, etc. Enfim, isto não precisa ser dito explicitamente. Se assim não fosse, que extensão teriam nossos textos para fornecer, sempre que necessário, todas estas informações? É um sentido derivado, que atribuímos a um enunciado depois de constatar que seu sentido literal é irrelevante para a situação. Se perguntamos: "Qual é a função de Pedro no jornal?" e ouvimos "Pedro é o filho do chefe", podemos depreender dessa resposta que Pedro não tem função nenhuma que Pedro não faz nada ou que Pedro não precisa fazer nada. Nem as implicaturas nem as pressuposições fazem parte do conteúdo explicitado. A diferença entre elas está no fato de que, com respeito às pressuposições, a estrutura lingüística nos oferece os elementos que permitem depreendêlas; já com as implicaturas isto não acontece -- o suporte lingüístico é menos óbvio e, portanto, elas dependem principalmente do conhecimento da situação, compartilhado pelo falante e pelo ouvinte. As pressuposições fazem parte do sentido literal das frases, enquanto as implicaturas são estranhas a ele. Ponto De Vista Do Autor Modos de narrar - na obra Para entender o texto: leitura e redação, de Platão & Fiorin, o autor afirma que as frases ou os enunciados que lemos ou ouvimos chegam até nós como uma forma pronta e acabada, mas é evidente que esses enunciados não sugiram do nada: eles foram produzidos por alguém. Dessa forma, qualquer enunciado – aquilo que foi dito ou escrito – pressupõe alguém que o tenha produzido. Com base nesses dados: a) aquilo que foi escrito ou dito por alguém chamaremos enunciado; b) o produtor de enunciado, responsável pela organização do texto, chamaremos narrador. O narrador não se confunde com o autor do texto ou com o escritor, tanto é verdade, que o narrador pode ser um personagem, aparecendo nos próprios enunciados. O autor é uma pessoa de carne e osso; o narrador faz parte do texto, é quem relata a partir de seu ponto de vista. Pode até mesmo ocorrer que autor e narrador tenham visão de mundo e ideologia completamente opostas entre si. O narrador não revela necessariamente as ideias, preferências e os pontos de vista do autor. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 6 LINGUA PORTUGUESA Há dois modos básicos de narrar: ou o narrador introduz-se no discurso, produzindo-o, então em primeira pessoa, ou ausenta-se dele, criando um discurso em terceira pessoa. Narrar em terceira pessoa ou em primeira pessoa são os dois pontos de vista fundamentais do narrador. O narrador em terceira pessoa pode assumir duas posições diante do que narra: 1) Ele conhece tudo, até os pensamentos e sentimentos dos personagens. Comenta, analisa e critica tudo. É como se pairasse acima dos acontecimentos e tudo visse. É chamado narrador onisciente (que sabe tudo). 2) O narrador também conhece os fatos, mas não invade o interior dos personagens para comentar seu comportamento, intenções e sentimentos. Essa posição cria um efeito de sentido de objetividade ou de neutralidade. É como se a história se narrasse sozinha. O narrador pode ser chamado observador. O narrador em primeira pessoa está presente na narrativa. Pode ser o personagem principal ou um personagem secundário: 1) Quando é personagem principal, ele não tem acesso aos sentimentos, pensamentos e intenções dos outros personagens, mas pode relatar suas percepções, seus sentimentos e pensamentos. É a forma ideal de explorar o interior de um personagem. É o que ocorre em O Ateneu, de Raul Pompeia. 2) Quando o narrador é um personagem secundário, observa de dentro os acontecimentos. Viveu os fatos relatados, conta o que viu ou ouviu e até mesmo se serve de cartas ou documentos que obteve. Não consegue saber o que se passa na cabeça dos outros. Pode apenas inferir, lançar hipóteses e pode ou não comentar os acontecimentos. O modo de narrar em primeira pessoa cria um efeito de subjetividade maior que o modo em terceira pessoa. Este produz um efeito de sentido de objetividade, pois o narrador não está envolvido com os acontecimentos.O narrador pode projetar uma imagem do leitor dentro da obra e dialogar com esse ―leitor‖, prevendo suas reações. Esse leitor instalado no texto não se confunde com o leitor real. RELAÇÃO ENTRE IDEIAS E RECURSOS DE COESÃO COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL Introdução Este trabalho foi realizado no âmbito do Seminário Pedagógico sobre Pragmática Linguística e Os Novos Programas de Língua Portuguesa, sob orientação da ProfessoraDoutora Ana Cristina Macário Lopes, que decorreu na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Procurou-se, no referido seminário, refletir, de uma forma geral, sobre a incidência das teorias da Pragmática Linguística nos programas oficiais de Língua Portuguesa, tendo em vista um esclarecimento teórico sobre determinados conceitos necessários a um ensino qualitativamente mais válido e, simultaneamente, uma vertente prática pedagógica que tem necessariamente presente a aplicação destes conhecimentos na situação real da sala de aula. Nesse sentido, este trabalho pretende apresentar sugestões de aplicação na prática docente quotidiana das teorias da pragmática linguística no campo da coerência textual, tendo em conta as conclusões avançadas no referido seminário. Será, no entanto, necessário reter que esta pequena reflexão aqui apresentada encerra em si uma minúscula partícula de conhecimento no vastíssimo universo que é, hoje em dia, a teoria da pragmática linguística e que, se pelo menos vier a instigar um ponto de partida para novas reflexões no sentido de auxiliar o docente no ensino da língua materna, já terá cumprido honestamente o seu papel. Coesão e Coerência Textual OS MECANISMOS DE COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS O texto não é simplesmente um conjunto de palavras; pois se o fosse, bastaria agrupá-las de qualquer forma e teríamos um: "O ontem lanche menino comeu" Veja que neste caso não há um texto, há somente um grupo de palavras dispostas em uma ordem qualquer. Mesmo que colocássemos estas palavras em uma ordem gramatical correta: sujeito-verbo-complemento, precisaríamos ainda organizar o nível semântico do texto, deixando-o inteligível. "O lanche O nível comeu sintático o menino está Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br ontem" perfeito: Página 7 LINGUA PORTUGUESA sujeito verbo complementos = o = = o menino lanche comeu ontem Mas o nível semântico apresenta problemas, pois não é possível que o lanche coma o menino, pelo menos neste contexto. Caso a frase estivesse empregada num sentido figurado e em outro contexto, isto seria possível. Pedrinho saiu da lanchonete todo lambuzado de maionese, mostarda e catchup, o lanche era enorme, parecia que "o lanche tinha comido o menino". A coesão e a coerência garantem ao texto uma unidade de significados encadeados. A COESÃO Há, na língua, muitos recursos que garantem o mecanismo de coesão: * por referência: Os pronomes, advérbios e os artigos são os elementos de coesão que proporcionam a unidade do texto. "O Presidente foi a Portugal em visita. Em Portugal o presidente recebeu várias homenagens." Esse texto repetitivo torna-se desagradável e sem coesão. Observe a atuação do advérbio e do pronome no processo de e elaboração do texto. "O Presidente foi homenageado." a Portugal. Lá, ele foi Veja que o texto ganhou agilidade e estilo. Os termos ―Lá‖ e ―ele‖ referem-se a Portugal e Presidente, foram usados a fim de tornar o texto coeso. * por elipse: Quando se omite um termo a fim de evitar sua repetição. "O Presidente homenageado." foi a Portugal. Lá, e escritores. * por substituição: É usada para abreviar sentenças inteiras, substituindo-as por uma expressão com significado equivalente. "O presidente viajou para Portugal nesta semana e o ministro dos Esportes o fez também." A expressão ―o fez também‖ retoma a sentença ―viajou para Portugal‖. * por oposição: Empregam-se alguns termos com valor de oposição (mas, contudo, todavia, porém, entretanto, contudo) para tornar o texto compreensível. "Estávamos todos aqui no momento do crime, porém não vimos o assassino." * por concessão ou contradição: São eles: embora, ainda que, se bem que, apesar de, conquanto, mesmo que. "Embora estivéssemos aqui no momento do crime, não vimos o assassino." * por causa: São eles: porque, pois, como, já que, visto que, uma vez que. "Estávamos todos aqui no momento do crime e não vimos o assassino uma vez que nossa visão fora encoberta por uma névoa muito forte." * por condição: São eles: caso, se, a menos que, contanto que. "Caso estivéssemos aqui no momento do crime, provavelmente teríamos visto o assassino." * por finalidade: São eles: para que, para, a fim de, com o objetivo de, com a finalidade de, com intenção de. "Estamos aqui a fim de assistir ao concerto da orquestra municipal." foi Veja que neste caso omitiu-se a palavra ―Presidente‖, pois é subentendida no contexto. * lexical: Quando são usadas palavras ou expressões sinônimas de algum termo subseqüente: "O Presidente foi a Portugal. Na Terra de Camões foi homenageado por intelectuais e escritores." Veja que ―Portugal‖ foi substituída por ―Terra de Camões‖ para evitar repetição e dar um efeito mais significativo ao texto, pois há uma ligação semântica entre ―Terra de Camões‖ e intelectuais A COERÊNCIA É muito confusa a distinção entre coesão e coerência, aqui entenderemos como coerência a ligação das partes do texto com o seu todo. Ao elaborar o texto, temos que criar condições para que haja uma unidade de coerência, dando ao texto mais fidelidade. “Estava andando sozinho na rua, ouvi passos atrás de mim, assustado nem olhei, saí correndo, era um homem alto, estranho, tinha em suas mãos uma arma...” Se o narrador não olhou, como soube descrever a personagem? Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 8 LINGUA PORTUGUESA A falta de coerência se dá normalmente: Na inverossimilhança, falta de concatenação e argumentação falsa. Observe outra situação: “Estava voltando para casa, quando vi na calçada algo que parecia um saco de lixo, cheguei mais perto para ver o que acontecia...” Ocorre neste trecho uma incoerência pois se era realmente um saco de lixo, com certeza não iria acontecer coisa alguma. Outro tipo de incoerência: Ao tentar elaborar uma história de suspense, o narrador escolhe um título que já leva o leitor a concluir o final da história. Um milhão de dólares “Estava voltando para casa, quando vi na calçada algo que parecia um saco de lixo, ao me aproximar percebi que era um pacote...” O que será que havia dentro do pacote? Veja como o narrador acabou com a história na escolha infeliz do título. A incoerência está presente, também, em textos dissertativos que apresentam defeitos de argumentação. Em muitas redações observamos afirmações falsas e inconsistentes. Observe: “No fundo nenhuma escola está realmente preocupada com a qualidade de ensino.” “Estava assistindo ao debate na televisão dos candidatos ao governo de São Paulo, eles mais se acusavam moralmente do que mostravam suas propostas de governo, em um certo momento do debate dois candidatos quase partem para a agressão física. Dessa forma, isso nos leva a concluir que o homem não consegue conciliar idéias opostas é por isso que o mundo vive em guerras freqüentemente.” Note que nos dois primeiros exemplos as informações são amplas demais e sem nenhum fundamento. Já no terceiro, a conclusão apresentada não tem ligação nenhuma com o exemplo argumentado. Esses exemplos caracterizam a falta de coerência do texto. Finalizando: tanto os mecanismos de coesão como os de coerência devem ser empregados com cuidado, pois a unidade do texto depende praticamente da aplicação correta desses mecanismos. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 9 LINGUA PORTUGUESA Exceções: anis, abatis, obus. ez, eza - (subst. abstratos) maciez, embriaguez, avareza ... 2.1 Ortografia: emprego das letras, 2.2 divisão silábica, 2.3 acentuação gráfica, 2.4 encontros vocálicos e consonantais, 2.5 dígrafos; 2.6 classes de palavras: substantivos, adjetivos, artigos, numerais, pronomes, verbos, advérbios, preposições, conjunções, interjeições: conceituações, classificações, flexões, emprego, locuções. 2.7 Sintaxe: estrutura da oração, estrutura do período, 2.8 concordância (verbal e nominal); 2.9 regência (verbal e nominal); 2.10 crase, 2.11 colocação de pronomes; 2.12 pontuação. REGRAS PRÁTICAS PARA O EMPREGO DE LETRAS 1. REPRESENTAÇÃO DO FONEMA /Z/ a) Dependendo da sílaba inicial da palavra, pode ser representado pelas letras z, x, s: Sílaba inicial a > usa-se z - azar, azia, azedo, azorrague, azêmola ... Exceções: Ásia, asa, asilo, asinino. Sílaba inicial e > usa-se x - exame, exemplo, exímio, êxodo, exumar ... Exceções: esôfago, esotérico, (há também exotérico) Sílaba inicial i > usa-se s - isento, isolado, Isabel, Isaura, Isidoro ... Silaba inicial o > usa-se s - hosana, Osório, Osíris, Oséias... Exceção: ozônio Sílaba inicial u > usa-se s - usar, usina, usura, usufruto ... b) No segmento final da palavra (sílaba ou sufixo), pode ser representado pelas letras z e s: 1) letra z - se o fonema /z/ não vier entre vogais: az, oz - (adj. oxítonos) audaz, loquaz, veloz, atroz ... iz, uz - (pal. oxítonas) cicatriz, matriz, cuscuz, mastruz ... 2) letra s - se o fonema /z/ vier entre vogais: asa - casa, brasa ... ase - frase, crase ... aso - vaso, caso ... Exceções: gaze, prazo. ês(a) - camponês, marquesa ... ese - tese, catequese ... esia - maresia, burguesia ... eso - ileso, obeso, indefeso ... isa - poetisa, pesquisa ... Exceções: baliza, coriza, ojeriza. ise - valise, análise, hemoptise ... Exceção: deslize. iso – aviso, liso, riso, siso ... Exceções: guizo, granizo. oso(a) - gostoso, jeitoso, meloso ... Exceção: gozo. ose – hipnose, sacarose, apoteose ... uso(a) - fuso, musa, medusa ... Exceção: cafuzo(a). c) Verbos: Terminação izar - derivados de nomes sem "s" na última sílaba: utilizar, avalizar, dinamizar, centralizar ... - cognatos (derivados com mesmo radical) com sufixo "ismo": (batismo) batizar - (catecismo) catequizar ... Terminação isar - derivados de nomes com "s" na última sílaba: avisar, analisar, pesquisar, alisar, bisar ... Verbos pôr e querer - com "s" em todas as flexões: pus, pusesse, pusera, quis, quisesse, quisera ... d) Nas derivações sufixais: letra z - se não houver "s‖ na última sílaba da palavra primitiva: marzinho, canzarrão, balázio, bambuzal, pobrezinho ... letra s - se houver "s" na última sílaba da palavra primitiva: japonesinho, braseiro, parafusinho, camiseiro, extasiado... e) Depois de ditongos: letra s - lousa, coisa, aplauso, clausura, maisena, Creusa ... 2. REPRESENTAÇÃO DO FONEMA /X/ Emprego da letra X a) depois das sílabas iniciais: me - mexerico, mexicano, mexer ... Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 10 LINGUA PORTUGUESA Exceção: mecha Ia – laxante ... li – lixa ... lu – lixo ... gra – graxa ... bru – bruxa ... en - enxame, enxoval, enxurrada ... Exceção: enchova. Observação: Quando en for prefixo, prevalece a grafia da palavra primitiva: encharcar, enchapelar, encher, enxadrista... b) depois de ditongos: caixa, ameixa, frouxo, queixo ... Exceção: recauchutar. 3. OUTROS CASOS DE ORTOGRAFIA 1. Letra g Palavras terminadas em: ágio - presságio égio – privilégio ígio – vestígio ógio – relógio úgio – refúgio agem – viagem ege – herege igem – vertigem oge – paragoge ugem – penugem Exceções: pajem, lajem, lambujem. 2. Letra c (ç) a) nos sufixos: barcaça, viração, cansaço, bonança, roliço. b) depois de ditongos: louça, foice, beiço, afeição. c) cognatas com "t": exceto > exceção - isento > isenção. d) derivações do verbo "ter": deter > detenção, obter > obtenção. 3. Letra s / ss Nas derivações, a partir das terminações verbais: Ender pretender > pretensão; ascender > ascensão. Ergir imergir > imersão; submergir > submersão. Erter inverter > inversão; perverter > perversão. Pelir repelir > repulsa; compelir > compulsão. correr discorrer > discurso; percorrer > percurso. ceder ceder > cessão; conceder > concessão. gredir agredir > agressão; regredir > regresso. primir exprimir > expressão; comprimir > compressa. tir permitir > permissão; discutir > discussão. EXERCíCIOS E QUESTÕES DE CONCURSOS Falso / verdadeiro Todas as palavras estão corretas: 1. ( ) ananás, loquaz, vorás, lilaz; 2. ( ) freguês, pequenez, duquesa, rijeza; 3. ( ) encapusado, cuscus, pirezinho, atroz; 4. ( ) azia, asilado, azinhavre, azedo; 5. ( ) guiso, aviso. riso, graniso; 6. ( ) extaziar, gase, ojeriza, deslisar; 7. ( ) valize, deslize, varize, garnizé; 8. ( ) batizar, catequizar, balizar, bisar; 9. ( ) papisa, balásio, ginásio, episcopisa; 10. ( ) maisena, deslizar, revezar, pequinês; 11. ( ) azoto, ozônio, atrasado, esotérico; 12. ( ) Izabel, Neuza, Souza, Isidoro; 13. ( ) passoca, ajiota, cafuso, enchurrada; 14. ( ) albatroz, permição, interceção, puz; 15. ( ) logista, gerimum, gibóia, pajem; 16. ( ) retrós, algoz, atroz, ilhós; 17. ( ) pretencioso, êxodo, baliza, aziago; 18. ( ) embaixatriz, sacerdotisa, coriza, az; 19. ( ) enxarcado, enxotar, enxova, enxido; 20. ( ) discussão, aversão, ajeitar, gorjear; 21. ( ) sarjeta, pajem, monje, argila; 22. ( ) tigela, rijeza, rabugento, gesto; 23. ( ) ascenção, obscessão, massiço, sucinto; 24. ( ) pixe, flexa, xispa, xucro; 25. ( ) cachumba, esguixo, lagarticha, toxa. Múltipla escolha 26. Assinale a opção onde há erro no emprego do dígrafo sc: a) aquiescer; d) florescer; b) suscinto; e) intumescer. c) consciência; 27. Assinale o vocábulo cuja lacuna não deve ser preenchida com "i": a) pr___vilégio; d) cum___eira; b) corr___mão; e) cas___mira. c) d___senteria; 28. Assinale a série em que todas as palavras estão corretamente grafadas: a) sarjeta - babaçu - praxe - repousar; b) caramanchão - mixto - caos - biquíni; c) ultrage - discução - mochila - flexa; d) enxerto - represa - sossobrar - barbárie; e) acesso - assessoria - ascenção - silvícola. 29. Aponte a opção de grafia incorreta. a) usina - buzina; b) ombridade - ombro; c) úmido - humilde; d) erva - herbívoro; e) néscio - cônscio. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 11 LINGUA PORTUGUESA 30. Aponte a alternativa com incorreção. a) Há necessidade de fiscalizar bem as provas. b) A obsessão é prejudicial ao discernimento. c) A pessoa obscecada nada enxerga. d) Exceto Paulo, todos participaram da organização. e) Súbito um rebuliço: a confusão era total. GABARITO 1.F 7.F 13.F 19.F 25.F 2.V 8.V 14.F 20.V 26.B 3.F 9.F 15.F 21.F 27.D 4.V 10.V 16.V 22.V 28.A 5.F 11.V 17.F 23.F 29.B 6.F 12.F 18.V 24.F 30.C A NOVA ORTOGRAFIA . O que muda O Novo Acordo Ortográfico foi elaborado para uniformizar a grafia das palavras dos países lusófonos, ou seja, os que têm o português como língua oficial. Ele entrou em vigor em janeiro de 2009. Os brasileiros terão quatro anos para se adequar às novas regras. Durante esse tempo, tanto a grafia anterior como a nova serão aceitas oficialmente. A partir de 1 de janeiro de 2013, a grafia correta da língua portuguesa será a prevista no Novo Acordo. As mudanças são poucas em relação ao número de palavras que a língua portuguesa tem, porém são significativas e importantes. Basicamente o que nos atinge mais fortemente no dia a dia é o uso dos acentos e do hífen. Neste site você encontra as novas regras, o que muda e como devemos escrever a partir de janeiro de 2009. 1. ENTENDA O CASO: A língua portuguesa tem dois sistemas ortográficos: o português (adotado também pelos países africanos e pelo Timor) e o brasileiro. Essa duplicidade decorre do fracasso do Acordo unificador assinado em 1945: Portugal adotou, mas o Brasil voltou ao Acordo de 1943. As diferenças não são substanciais e não impedem a compreensão dos textos escritos numa ou noutra ortografia. No entanto, considerase que a dupla ortografia dificulta a difusão internacional da língua (por exemplo, os testes de proficiência têm de ser duplicados), além de aumentar os custos editoriais, na medida em que o mesmo livro, para circular em todos os territórios da lusofonia, precisa normalmente ter duas impressões diferentes. O Dicionário Houaiss, por exemplo, foi editado em duas versões ortográficas para poder circular também em Portugal e nos outros países lusófonos. Podemos facilmente imaginar quanto custou essa ―brincadeira‖. Essa situação estapafúrdia motivou um novo esforço de unificação que se consolidou no Acordo Ortográfico assinado em Lisboa em 1990 por todos os países lusófonos. Na ocasião, estipulou-se a data de 1o de janeiro de 1994 para a entrada em vigor da ortografia unificada, depois de o Acordo ser ratificado pelos parlamentos de todos os países. Contudo, por várias razões, o processo de ratificação não se deu conforme o esperado (só o Brasil e Cabo Verde o realizaram) e o Acordo não pôde entrar em vigor. Diante dessa situação, os países lusófonos, numa reunião conjunta em 2004, concordaram que bastaria a manifestação ratificadora de três dos oito países para que o Acordo passasse a vigorar. Em novembro de 2006, São Tomé e Príncipe ratificou o Acordo. Desse modo, ele, em princípio, está vigorando e deveríamos colocá-lo em uso. 2. AS MUDANÇAS As mudanças, para nós brasileiros, são poucas. Alcançam a acentuação de algumas palavras e operam algumas simplificações nas regras de uso do hífen. 2.1. Acentuação A) FICA ABOLIDO O TREMA: palavras como lingüiça, cinqüenta, seqüestro passam a ser grafadas linguiça, cinquenta, sequestro; B) DESAPARECE O ACENTO CIRCUNFLEXO DO PRIMEIRO ‗O‘ EM PALAVRAS TERMINADAS EM ‗OO‘: palavras como vôo, enjôo, abençôo passam a ser grafadas voo, enjoo, abençoo; C) DESAPARECE OACENTO CIRCUNFLEXO DAS FORMAS VERBAIS DA TERCEIRA PESSOA DO PLURAL TERMINADAS EM –EEM: palavras como lêem, dêem, crêem, vêem passam a ser grafadas leem, deem, creem, veem; Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 12 LINGUA PORTUGUESA D) DEIXAM DE SER ACENTUADOS OS DITONGOS ABERTOS ÉI E ÓI DAS PALAVRAS PAROXÍTONAS: palavras como idéia, assembléia, heróico, paranóico passam a ser grafadas ideia, assembleia, heroico, paranoico; —pelo (é), flexão de pelar, pelo(s) (ê), substantivo, e pelo(s) combinação da preposição per e o artigo o(s); —pera (ê), substantivo (fruta), pera (é), substantivo arcaico (pedra) e pera preposição arcaica. MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS NO HORIZONTE 2.2 O caso do hífen OBSERVAÇÃO IMPORTANTE O hífen é, tradicionalmente, um sinal gráfico mal sistematizado na ortografia da língua portuguesa. O texto do Acordo tentou organizar as regras, de modo a tornar seu uso mais racional e simples: a) manteve sem alteração as disposições anteriores sobre o uso do hífen nas palavras e expressões compostas. Determinou apenas que se grafe de forma aglutinada certos compostos nos quais se perdeu a noção de composição (mandachuva e paraquedas, por exemplo). A mídia costuma apresentar o Acordo como uma unificação da língua. Há, nessa maneira de abordar o assunto, um grave equívoco. O Acordo não mexe na língua (nem poderia, já que a língua não é passível de ser alterada por leis, decretos e acordos) – ele apenas unifica a ortografia. Algumas pessoas – por absoluta incompreensão do sentido do Acordo e talvez induzidas por textos imprecisos da imprensa – chegaram a afirmar que a abolição do trema (prevista pelo Acordo) implicaria a mudança da pronúncia das palavras (não diríamos mais o u de lingüiça, por exemplo). Isso não passa de um grosseiro equívoco: o Acordo só altera a forma de grafar algumas palavras. A língua continua a mesma. E) FICA ABOLIDO, NAS PALAVRAS PAROXÍTONAS, O ACENTO AGUDO NO I E NO U TÔNICOS QUANDO PRECEDIDOS DE DITONGO : palavras como feiúra, baiúca passam a ser grafadas feiura, baiuca; F) FICA ABOLIDO, NAS FORMAS VERBAIS RIZOTÔNICAS (QUE TÊM O ACENTO TÔNICO NA RAIZ), O ACENTO AGUDO DO U TÔNICO PRECEDIDO DE G OU Q E SEGUIDO DE E OU I. Essa regra alcança algumas poucas formas de verbos como averiguar, apaziguar, arg(ü/u)ir: averigúe, apazigúe e argúem passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem; G) DEIXA DE EXISTIR O ACENTO AGUDO OU CIRCUNFLEXO USADO PARA DISTINGUIR PALAVRAS PAROXÍTONAS QUE, TENDO RESPECTIVAMENTE VOGAL TÔNICA ABERTA OU FECHADA, SÃO HOMÓGRAFAS DE PALAVRAS ÁTONAS. ASSIM, DEIXAMDE SE DISTINGUIR PELO ACENTO GRÁFICO: —para (á), flexão do verbo parar, e para, preposição; —pela(s) (é), substantivo e flexão do verbo pelar, e pela(s), combinação da preposição per e o artigo a(s); —polo(s) (ó), substantivo, e polo(s), combinação antiga e popular de por e lo(s); Para saber quais perderão o hífen, teremos de esperar a publicação do novo Vocabulário Ortográfico pela Academia das Ciências de Lisboa e pela Academia Brasileira de Letras. É que o texto do Acordo prevê a aglutinação, dá alguns exemplos e termina o enunciado com um etc. – o que, infelizmente, deixa em aberto a questão; b) no caso de palavras formadas por prefixação, houve as seguintes alterações: ● só se emprega o hífen quando o segundo elemento começa por h Ex.: pré-história, super-homem, pan-helenismo, semi-hospitalar EXCEÇÃO: manteve-se a regra atual que descarta o hífen nas palavras formadas com os prefixos des- e in- e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial (desumano, inábil, inumano). ● e quando o prefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento Ex.: contra-almirante, supra-auricular, autoobservação, micro-onda, infra-axilar EXCEÇÃO: manteve-se a regra atual em relação ao prefixo co-, que em geral se aglutina com o segundo elemento mesmo quando iniciado por o (coordenação, cooperação, coobrigação) Com isso, ficou abolido o uso do hífen: ● quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas Ex.: antirreligioso, antissemita, contrarregra, infrassom. EXCEÇÃO: manteve-se o hífen quando os prefixos terminam com r, ou seja, hiper-, inter- e superEx.: hiper-requintado, inter-resistente, superrevista. ● quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente Ex.: extraescolar, aeroespacial, autoestrada, Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 13 LINGUA PORTUGUESA autoaprendizagem, hidroelétrica antiaéreo, agroindustrial, OBSERVAÇÃO Permanecem inalteradas as demais regras do uso do hífen. 2.3. O caso das letras k, w, y Embora continuem de uso restrito, elas ficam agora incluídas no nosso alfabeto, que passa, então, a ter 26 letras. Importante deixar claro que essa medida nada altera do que está estabelecido. Apenas fixa a seqüência dessas letras para efeitos da listagem alfabética de qualquer natureza. Adotou-se a convenção internacional: o k vem depois do j, o w depois do v e o y depois do x. 2.4. O caso das letras maiúsculas Se compararmos o disposto no Acordo com o que está definido no atual Formulário Ortográfico brasileiro, vamos ver que houve uma simplificação no uso obrigatório das letras maiúsculas. Elas ficaram restritas a nomes próprios de pessoas (João, Maria, Dom Quixote), lugares (Curitiba, Rio de Janeiro), instituições (Instituto Nacional da Seguridade Social, Ministério da Educação) e seres mitológicos (Netuno, Zeus), a nomes de festas (Natal, Páscoa, Ramadão), na designação dos pontos cardeais quando se referem a grandes regiões (Nordeste, Oriente), nas siglas (FAO, ONU), nas iniciais de abreviaturas (Sr., Gen. V. Exª) e nos títulos de periódicos (Folha de S.Paulo, Gazeta do Povo). Evanildo Bechara, por exemplo, argumenta, em sua Moderna gramática portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2000, p. 536-7), que ambas as construções são corretas e cita o uso da contração em vários escritores clássicos da língua. No entanto, há uma cláusula do Acordo Ortográfico que adota aquela proibição. Assim, cometeremos, a partir da vigência do Acordo, erro gráfico se fizermos a contração. Parece que alguns filólogos não conseguem mesmo viver sem cultivar alguma picuinha... 2.6. Apreciação geral O Acordo é, em geral, positivo. Em primeiro lugar, porque unifica a ortografia do português, mesmo mantendo algumas duplicidades. Por outro lado, simplifica as regras de acentuação, limpando o Formulário Ortográfico de regras irrelevantes e que alcançam um número muito pequeno de palavras. A simplificação das regras do hífen é também positiva: torna um pouco mais racional o uso deste sinal gráfico. CONHEÇA AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES A IMPLEMENTAR PELA REFORMA ORTOGRÁFICA: Ficou facultativo usar a letra maiúscula nos nomes que designam os domínios do saber (matemática ou Matemática), nos títulos (Cardeal/cardeal Seabra, Doutor/ doutor Fernandes, Santa/santa Bárbara) e nas categorizações de logradouros públicos (Rua/rua da Liberdade), de templos (Igreja/igreja do Bonfim) e edifícios (Edifício/edifício Cruzeiro). 2.5. Uma curiosa (e infeliz) determinação Alegando que o sujeito de uma sentença não pode ser preposicionado, há uma certa tradição gramatical que proíbe, na escrita, a contração da preposição com o artigo ou com o pronome em sentenças como: Não é fácil de explicar o fato de os professores ganharem tão pouco. É tempo de ele sair. Nem todos os gramáticos subscrevem tal proibição. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 14 LINGUA PORTUGUESA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 15 LINGUA PORTUGUESA Sílaba é a unidade ou grupo de fonemas emitidos num só impulso da voz. Divisão silábica A fala é o primeiro e mais importante recurso usado para a divisão silábica na escrita. Regra geral: Toda sílaba, obrigatoriamente, possui uma vogal. Regras Não se Exemplos: práticas: separam ditongos mau, e tritongos. averiguei. Separam-se as letras que representam os hiatos. Exemplos: sa-í-da, vo-o... Separam-se somente os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc. Exemplos: pas-se-a-ta, car-ro, ex-ce-to... Separam-se pronunciados Exemplo: os encontros consonantais separadamente. car-ta. Os elementos mórficos das palavras (prefixos, radicais, sufixos), quando incorporados à palavra, obedecem às regras gerais. Exemplos: de-sa-ten-to, bi-sa-vô, tran-sa-tlân-tico... Consoante não seguida de vogal permanece na sílaba anterior. Quando isso ocorrer em início de palavra, a consoante será anexa à sílaba seguinte. Exemplos: ad-je-ti-vo, tungs-tê-nio, psi-có-logo, gno-mo... Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 16 LINGUA PORTUGUESA Emprego da acentuação gráfica ACENTUAÇÃO GRÁFICA Tipo de palavra ou sílaba Proparo xítonas Quando acentuar Exemplo Observações (como (como eram) ficaram) sempre Continua tudo igual ao que era antes da nova ortografia. Observe: Pode-se usar acento agudo simpática, ou circunflexo lúcido, de acordo sólido, com a cômodo pronúncia da região: acadêmico, fenômeno (Brasil) académico, fenómeno (Portugal). s avô, Observe: em: A, avós, 1. terminadas AS, E, refém, em I,IS, U, US ES, O, parabéns não levam OS, EM, acento: tatu, ENS Morumbi, abacaxi. 2. Usa-se indiferenteme nte agudo ou circunflexo se houver variação de pronúncia: bebê, purê(Brasil); bebé, puré(Portugal) . Continua tudo igual. Monossílab Atente para os terminado os tônicos vá, pás, acentos nos s em A, (são pé, mês, verbos com AS, E, oxítonas pó, pôs formas ES, O,OS também) oxítonas: adorá-lo, debatê-lo, etc. Continua tudo igual. Se terminada s em: R, X, N, L, I, IS, UM, UNS, US, PS, Ã, Paroxítonas ÃS, ÃO, ÃOS; ditongo oral, seguido ou não de S Oxítonas Observe: 1) Terminadas emENS não levam acento: hifens, polens. fácil, táxi, 2) Usa-se tênis, indiferenteme hífen, nte agudo ou próton, circunflexo se álbum(ns) houver , vírus, variação de caráter, pronúncia: látex, sêmen, fêmur bíceps, (Brasil) ou ímã, sêmen, fémur órfãs, (Portugal). bênção, 3) Não ponha órfãos, acento nos cárie, prefixo árduos, paroxítonos pólen, que terminam éden. em R nem nos que terminam emI: interhelênico, super-homem, anti-herói, semi-internato Se vatapá, Continua tudo terminada igarapé, igual. ÍeÚ levam Í e Ú em acento se palavras estiverem oxítonas e sozinhos paroxítonas na sílaba (hiato) 1. Se o i e u forem seguidos de s, a regra se mantém: balaústre, egoísmo, baús, jacuís. 2. Não se acentuam ie u se depois vier ‗nh‗: rainha, tainha, saída, moinho. saúde, 3. Esta regra miúdo, aí, é nova: nas Araújo, paroxítonas, Esaú, oi e unão Luís, Itaú, serão mais baús, acentuados se Piauí vierem depois de um ditongo: baiuca, bocaiuva, feiura, maoista, saiinha (saia pequena), cheiinho (cheio). 4. Mas, se, nasoxítonas, Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 17 LINGUA PORTUGUESA mesmo com ditongo, oi e uestiverem no final, haverá acento: tuiuiú, Piauí, teiú. Ditongos abertos em palavras paroxítonas Ditongos abertos em palavras oxítonas EI, OI, Esta regra desapareceu (para palavras paroxítonas). Escreve-se agora: ideia, colmeia, celuloide, boia. Observe: há casos em que idéia, a palavra se colméia, enquadrará bóia em outra regra de acentuação. Por exemplo: contêiner, Méier, destróier serão acentuados porque terminam em R. ÉIS, ÉU(S), ÓI(S) papéis, herói, heróis, troféu, céu, mói (moer) Continua tudo igual(mas, cuidado: somente para palavras oxítonas com uma ou mais sílabas). arguir e redarguir usavam acento agudo em algumas Verbos pessoas arguir e do redarguir indicativo, (agora sem do trema) subjuntivo e do imperativ o afirmativo . Esta regra desapareceu. Os verbos arguir e redarguir perderam o acento agudo em várias formas (rizotônicas): eu arguo (fale: ar-gú-o, mas não acentue); ele argui (fale: ar-gúi), mas não acentue. Verbos aguar terminados enxaguar, em guar, averiguar, quar e quir apaziguar Esta regra sofreu alteração. Observe:. , delinquir, obliquar usavam acento agudo em algumas pessoas do indicativo, do subjuntivo e do imperativ o afirmativo ôo, ee Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando a ou i tônicos, aí acentuamos estas vogais: eu águo, eleságuam e enxáguam a roupa (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í tônico). tu apazíguas as brigas; apazíguem os grevistas. Se a tônica, na pronúncia, cair sobre o u, ele não será acentuado: Eu averiguo (diga averi-gú-o, mas não acentue) o caso; eu aguo a planta (diga a-gú-o, mas não acentue). Esta regra desapareceu. Agora se escreve: zoo, perdoo veem, magoo, voo. vôo, zôo, enjôo, vêem na Continua tudo terceira igual. pessoa Ele vem aqui; Verbos ter e do plural eles têm, eles vêm aqui. vir do eles vêm Eles têm presente sede; ela tem do sede. indicativo Derivados de ter e vir (obter, manter, intervir) na terceira pessoa do singular leva acento agudo; na terceira pessoa do plural do ele obtém, detém, mantém; Continua tudo eles igual. obtêm, detêm, mantêm Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 18 LINGUA PORTUGUESA presente levam circunflex o Acento diferencial Esta regra desapareceu, exceto para os verbos: PODER (diferença entre passado e presente. Ele não pôde ir ontem, mas pode ir hoje. PÔR (diferença com a preposição por): Vamos por um caminho novo, então vamos pôr casacos; TER e VIR e seus compostos (ver acima). Observe: 1) Perdem o acento as palavras compostas com o verbo PARAR: Para-raios, para-choque. 2) FÔRMA (de bolo): O acento será opcional; se possível, deve-se evitálo: Eis aqui a forma para pudim, cuja forma de pagamento é parcelada. Trema (O trema não é acento gráfico.) Desapareceu o trema sobre o U em todas as palavras do português: Linguiça, averiguei, delinquente, tranquilo, linguístico. Exceto as de língua estrangeira: Günter, Gisele Bündchen, müleriano. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 19 LINGUA PORTUGUESA palavra, formando um ditongo ou tritongo. Exs.: cai-ça-ra, te-sou-ro, Pa-ra-guai. FONÉTICA CONSOANTES b, c, d, f, g, h, j, I, m, n, p, q, r, s, t, v, x, z Em sentido mais elementar, a Fonética é o estudo dos sons ou dos fonemas, entendendo-se por fonemas os sons emitidos pela voz humana, os quais caracterizam a oposição entre os vocábulos. Ex.: em pato e bato é o som inicial das consoantes p- e ti-que opõe entre si as duas palavras. ENCONTROS VOCÁLICOS A seqüência de duas ou três vogais em uma palavra, damos o nome de encontro vocálico. Ex.: cooperativa Três são os encontros vocálicos: ditongo, tritongo, hiato Tal som FONEMA. recebe a denominação de Quando proferimos a palavra aflito, por exemplo, emitimos três sílabas e seis fonemas: a-fli-to. Percebemos que numa silaba pode haver um ou mais fonemas. No sistema fonética do português do Brasil há, aproximadamente, 33 fonemas. É importante não confundir letra com fonema. Fonema é som, letra é o sinal gráfico que representa o som. Vejamos alguns exemplos: Manhã – 5 letras e quatro fonemas: m / a / nh / ã Táxi – 4 letras e 5 fonemas: t/a/k/s/i Corre – letras: 5: fonemas: 4 Hora – letras: 4: fonemas: 3 Aquela – letras: 6: fonemas: 5 Guerra – letras: 6: fonemas: 4 Fixo – letras: 4: fonemas: 5 Hoje – 4 letras e 3 fonemas Cango – 5 letras e 4 fonemas Tempo – 5 letras e 4 fonemas Campo – 5 letras e 4 fonemas Chuva — 5 letras e 4 fonemas LETRA - é a representação gráfica, a representação escrita, de um determinado som. CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS VOGAIS a, e, i, o, u SEMIVOGAIS Só há duas semivogais: í e u, quando se incorporam à vogal numa mesma sílaba da DITONGO É a combinação de uma vogal + uma semivogal ou vice-versa. Dividem-se em: - orais: pai, fui - nasais: mãe, bem, pão - decrescentes: (vogal + semivogal) - meu, riu, dói - crescentes: (semivogal + vogal) - pátria, vácuo TRITONGO (semivogal + vogal + semivogal) Ex.: Pa-ra-guai, U-ru-guai, Ja-ce-guai, saguão, quão, iguais, minguam HIATO É o encontro de duas vogais que se pronunciam separadamente, em duas diferentes emissões de voz. Ex.: fa-ís-ca, sa-ú-de, do-er, a-or-ta, po-dia, ci-ú-me, poei-ra, cru-el, ju-í-zo SÍLABA Dá-se o nome de sílaba ao fonema ou grupo de fonemas pronunciados numa só emissão de voz. Quanto ao número de sílabas, o vocábulo classifica-se em: Monossílabo - possui uma só sílaba: pá, mel, fé, sol. Dissílabo - possui duas sílabas: casa, me-sa, pom-bo. Trissílabo - possui três sílabas: Cam-pi-nas, ci-da-de, a-tle-ta. Polissílabo - possui mais de três sílabas: es-co-la-rida-de, hos-pi-tali-da-de. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 20 LINGUA PORTUGUESA TONICIDADE Nas palavras com mais de uma sílaba, sempre existe uma sílaba que se pronuncia com mais força do que as outras: é a sílaba tônica. Exs.: em lá-gri-ma, a sílaba tônica é lá; em ca-der-no, der; em A-ma-pá, pá. Considerando-se a posição da sílaba tônica, classificam-se as palavras em: Oxítonas - quando a tônica é a última sílaba: Pa-ra-ná, sa-bor, domi-nó. Paroxítonas - quando a tônica é a penúltima sílaba: már-tir, ca-rá-ter, a-má-vel, qua-dro. Proparoxítonas - quando a tônica é a antepenúltima sílaba: ú-mi-do, cá-li-ce, sô-f re-go, pês-sego, lágrima. ENCONTROS CONSONANTAIS É a sequência de dois ou mais fonemas consonãnticos num vocábulo. Ex.: atleta, brado, creme, digno etc. NOTAÇÕES LÉXICAS São certos sinais gráficos que se juntam às letras, geralmente para lhes dar um valor fonético especial e permitir a correta pronúncia das palavras. São os seguintes: 1) o acento agudo - indica vogal tônica aberta: pé, avó, lágrimas; 2) o acento circunflexo – indica vogal tônica fechada: avô, mês, âncora; 3) o acento grave - sinal indicador de crase: ir à cidade; 4) o til - indica vogal nasal: lã, ímã; 5) o cedilha - dá ao c o som de ss: moça, laço, açude; 6) o trema - indica que o u soa: lingüeta, freqüente, tranqüilo; 7) o apóstrofo – indica supressão de vogal: mãe-d'água, pau-d'alho; 8) o hífen – une palavras, prefixos, etc.: arcos-írirs, peço-lhe, ex-aluno. DÍGRAFOS São duas letras que representam um só fonema, sendo uma grafia composta para um som simples. Há os seguintes dígrafos: 1) Os terminados em h, representados pelos grupos ch, Ih, nh. Exs.: chave, malha, ninho. 2) Os constituídos de letras dobradas, representados pelos grupos rr e ss. Exs. : carro, pássaro. 3) Os grupos gu, qu, sc, sç, xc, xs. Exs.: guerra, quilo, nascer, cresça, exceto, exsurgir. 4) As vogais nasais em que a nasalidade é indicada por m ou n, encerrando a sílaba em uma palavra. Exs.: pom-ba, cam-po, on-de, can-to, manto. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 21 LINGUA PORTUGUESA substantivos, adjetivos, artigos, numerais, pronomes, verbos, advérbios, preposições, conjunções, interjeições: conceituações, classificações, flexões, emprego, locuções. FLEXÕES DO SUBSTANTIVO O substantivo admite as flexões de gênero, número e grau. GÊNERO São masculinos: o cachorro, o tomate, o guaraná. São femininos: a gata, a alface, a omoplata, a dinamite. FORMAÇÃO DO GÊNERO Substantivos biformes: cantor - cantora Substantivos comuns de dois gêneros São aqueles substantivos que mantêm uma só forma para os dois gêneros e diferenciam-se (feminino x masculino) através da colocação do artigo: o estudante - a estudante Substantivos sobrecomuns Aplicam-se a pessoa de ambos os sexos, não mudando nem mesmo o artigo. o cônjuge, a vítima, a criança, o algoz, a sentinela, etc. Substantivos epicenos São certos nomes de animais. Usa-se macho ou fêmea para distinguir o sexo. cobra macho - cobra fêmea NÚMERO Singular: carro, porta, capacete, mola, barata Plural: carros, portas, capacetes, molas, baratas 2. VARIA APENAS O SEGUNDO ELEMENTO: Nos compostos com as formas grã, grão, bel grão-duque - grão-duques; grã-cruz - grãcruzes; bel-prazer - bel-prazeres. Elemento invariável + palavra variável sempre-viva - as sempre-vivas Verbo + substantivo (V+S) guarda-chuva - guarda-chuvas Palavras repetidas quero-quero - quero-queros tico-tico - tico-ticos Elementos unidos sem hífen os pontapés, as autopeças 3. VARIA APENAS O PRIMEIRO Substantivo + de + substantivo pé-de-moleque - pés-de-moleque Quando o segundo elemento limita ou determina o primeiro navio-escola - os navios-escola 4. FICAM OS DOIS ELEMENTOS INVARIÁVEIS Verbo + advérbio o bota-fora - os bota-fora Só verbos não-repetidos os leva-e-traz 5. Não variam os compostos da palavra sem + substantivo, quando denominam unidade: sem-terra, sem-teto, sem-trabalho. 6. Há substantivos compostos que têm o segundo elemento sempre no plural, mesmo que a palavra seja utilizada no singular: guarda-costas, lustra-móveis, pára-raios. Exercícios 1. Forme o plural dos compostos abaixo: A) zunzum ____________________________ B) guarda-civil _________________________ C) beija-flor ____________________________ PLURAL DE SUBSTANTIVOS COMPOSTOS: D) salário-família _______________________ 1. PLURALIZAM-SE OS DOIS ELEMENTOS: Substantivo + substantivo (S+S) couve-flor - couves-flores Substantivo + adjetivo (S+A) cachorro-quente - cachorros-quentes Adjetivo + substantivo (A+S) curta-metragem – curtas-metragens Numeral + substantivo (N+S) meia-lua - meias-luas E) quinta-feira __________________________ F) estrela-do-mar ________________________ G) vice-governador _______________________ 2. O plural de couve-flor, pão-de-ló e amorperfeito é: A) couve-flores, pães-de-ló, amores-perfeitos Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 22 LINGUA PORTUGUESA B) couves-flores, pães-de-ló, amores-perfeitos C) couves-flor, pão-de-lós, amor-perfeitos D) couves-flores, pães-de-lós, amor-perfeitos E) couves-flores, pão-de-lós, amores-perfeitos GRAU Aumentativo: fogo/ fogaréu; garrafa/garrafão Diminutivo: rio/riacho, casa/casebre. a) Em geral, os diminutivos e aumentativos, juntamente com a idéia de grandeza ou pequenez, podem exprimir deformidade, desprezo ou troça. Dizemos, por isso, que podem assumir sentido pejorativo ou depreciativo. Ex.: gentalha, narigão, gentinha, povinho, coisinha. b) a idéia de pequenez se associa facilmente à de carinho que transparece nas formas diminutivas abaixo: ex:.paizinho, queridinha, bonitinha, mãezinha, filhinho, etc. Exercícios 3. Reescreva os enunciados abaixo, passando os termos destacados para o plural. Faça as adaptações que julgar necessárias: ―Devia ser bom o tempo em que existia mulasem-cabeça e lobisomem em lugares como aquele‖. ________________________________________ ________________________________________ 4. Na propaganda apresentada, o texto verbal que sintetiza corretamente as ideias presentes estritamente na imagem é que o cigarro é um(a) (A) vício que leva as pessoas à morte. (B) instrumento de prazer e desgosto, ao mesmo tempo. (C) arma, e por meio dela você está se matando. (D) forma de sociabilização das pessoas, mas mata. (E) marca do desequilíbrio das pessoas, antes de tudo. PRÁTICA DE TEXTO MINISTÉRIO DA DEFESA/2009 Audácia, prudência, temperança Uma sociedade é sustentável quando consegue articular a cidadania ativa com boas leis e instituições sólidas. São os cidadãos mobilizados que fundam e refundam continuamente a sociedade e a fazem funcionar dentro de padrões éticos. O presente momento da política brasileira e a situação atual do mundo estigmatizado por várias crises nos convidam a considerar três virtudes urgentes: a audácia, a prudência e a temperança. A audácia é exigida dos tomadores de decisões face à situação social brasileira que, vista a partir das grandes maiorias, é desalentadora. Muito se tem feito no atual Governo, mas é pouco face à chaga histórica que extenua os pobres. Nunca se fez uma revolução na educação e na saúde, alavancas imprescindíveis para transformações estruturais. Um povo ignorante e doente jamais dará um salto para frente. Algo semelhante ocorre com a política mundial face à escassez de água potável e ao aquecimento global do planeta. Audácia é aquela coragem de tomar decisões e pôr em prática iniciativas que respondem efetivamente aos problemas em questão. O que vemos, especialmente no âmbito do G-8, do FMI, do BM e da OMC diante dos problemas referidos, são medidas tímidas que mal protelam catástrofes anunciadas. No Brasil a busca da estabilidade macroeconômica inibe a audácia que os problemas sociais exigem. Dever-se-ia ir tão longe na audácia que um passo além seria insensatez. Só assim evitarse-ia que as crises, nacional e mundial, se transformassem em drama coletivo de grandes proporções. A segunda virtude é a prudência. Ela equilibra a audácia. A prudência é aquela capacidade de escolher o caminho que melhor soluciona os problemas e mais pessoas favorece. Por isso a prudência é a arte de congregar mais e mais agentes e de mobilizar mais vontades coletivas para garantir um objetivo bom para o maior número possível de cidadãos. Como em todas as virtudes, tanto a audácia quanto a prudência podem conhecer excessos. O excesso de audácia é a insensatez. A pessoa vai tão longe que acaba se isolando dos outros ficando sozinha como um Dom Quixote. O excesso da prudência é o imobilismo. A pessoa é tão prudente que acaba morrendo de ajuizada. Engessa procedimentos ou chega tarde demais na compreensão e solução das questões. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 23 LINGUA PORTUGUESA Há uma virtude que é o meio termo entre a audácia e a prudência: a temperança. Em condições normais significa a justa medida, o ótimo relativo, o equilíbrio entre o mais e o menos. Ela é a lógica do universo que assegura o equilíbrio entre a desordem originária do big bang (caos) e a ordem produzida pela expansão/ evolução (cosmos). Mas em situações de alto caos social como é o nosso caso, a temperança assume a forma de sabedoria política. A sabedoria implica levar tão longe a audácia até aquele ponto para além do qual não se poderá ir sem provocar uma grande instabilidade. O efeito é uma solução sábia que resolve as questões das pessoas mais injustiçadas, quer dizer, traz-lhes sabor à existência (donde vem sabedoria). Ninguém expressou melhor esse equilíbrio sutil entre audácia corajosa e prudência sábia que Dom Pedro Casaldáliga ao escrever: ―Saber esperar, sabendo ao mesmo tempo forçar as horas daquela urgência que não permite esperar‖. BOFF, Leonardo. Disponível em: http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/colunas/boff/ 1. Na alusão à ―...política mundial face à escassez de água potável e ao aquecimento global do planeta, o autor (A) demonstra maior incidência dos problemas ambientais no aspecto regional do que no universal. (B) sinaliza para uma oposição entre a política ambiental mundial e a nacional. (C) adverte para a necessidade de tratarmos de problemas de nível mais elevado. (D) estabelece uma analogia entre questões regionais e questões universais. (E) dissocia a escassez de água potável no país do aquecimento global do planeta. 2. ―Como em todas as virtudes, tanto a audácia quanto a prudência podem conhecer excessos.‖ Reescrevendo-se a passagem acima, o sentido fica mantido em: (A) A audácia e a prudência propiciam tantos excessos que desconhecem as outras virtudes. (B) A prudência pode conhecer tanto os excessos da audácia como os de todas as virtudes. (C) Dessa forma, é com a audácia que se conhecem os excessos de todas as virtudes. (D) Assim como a audácia, a prudência pode conhecer excessos, como em todas as virtudes. (E) Como em todas as virtudes, os excessos da prudência podem conhecer os excessos da audácia. 3. No 6o parágrafo o autor (A) resume, na segunda oração, sua opinião acerca do tema. (B) fundamenta seu ponto de vista numa série de comparações. (C) quebra a lógica do texto, acrescentando exemplos de heroísmo. (D) condiciona a solução para os problemas a procedimentos engessados. (E) constrói uma argumentação para o seu ponto de vista através da ideia de consequência. 4. ―Em condições normais significa a justa medida, o ótimo relativo,‖ (�. 48-49) A expressão destacada é explicada como (A) colocar em prática todas as virtudes de forma extremada. (B) adotar medidas radicais quanto à educação, mesmo com a instabilidade. (C) usar, racional e moderadamente, as virtudes, evitando o caos. (D) priorizar o desenvolvimento tecnológico em detrimento da educação. (E) tomar medidas drásticas com vistas ao sucesso da macroeconomia. 5. Para o autor, a sabedoria (A) é privilégio das maiorias ilustradas. (B) emerge sempre do caos social instalado. (C) resulta de ponderações lúcidas e éticas. (D) provém de uma revolução na educação. (E) ignora o protesto das pessoas mais injustiçadas. 6. Medidas prudentes são aquelas que todos aprovam. A forma verbal INADEQUADA quanto ao padrão culto para substituir o termo destacado acima é (A) requerem. (B) pedem. (C) concordam. (D) almejam. (E) aceitam. 7. Na passagem ―são medidas tímidas que mal protelam catástrofes anunciadas.‖ (L. 25-26), o uso do adjetivo destacado demonstra uma (A) linguagem figurada. (B) exacerbação de sentido. (C) impropriedade gramatical. (D) união de conceitos opostos. (E) incoerência com o restante da frase. Adjetivo Adjetivo é a palavra variável em gênero, número e grau que indica as qualidades ou propriedades de todos os seres, funcionando como modificador de substantivos. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 24 LINGUA PORTUGUESA O adjetivo exerce sempre a função sintática de adjunto adnominal ou de predicativo (do sujeito ou do objeto). LOCUÇÃO ADJETIVA Locução adjetiva é a expressão formada de preposição mais substantivo (ou advérbio) com valor de um adjetivo. Amor de mãe – materno Paixões sem freio – desenfreadas As patas de trás – traseiras FLEXÃO DOS ADJETIVOS GÊNERO Quanto ao gênero, o adjetivo pode ser: UNIFORME : uma única forma para os gêneros masculino e feminino. Homem eficiente – mulher eficiente Garoto sorridente – garota sorridente Homem simples – mulher simples BIFORME: duas formas, uma para o masculino outra para o feminino. Rapaz bonito – moça bonita Homem simpático – mulher simpática Garoto estudioso – garota estudiosa NÚMERO blusa amarelo-clara fita verde-amarela blusas amarelo-claras fitas verde-amarelas b) nenhum elemento varia quando um deles for substantivo: fita violeta-escuro fitas violetaescuro tonalidade azul-piscina tonalidades azul-piscina olho verde-garrafa olhos verde-garrafa OBS: Também permanecerão invariáveis os substantivos simples quando empregados em função adjetiva. Luvas pérola (=cor de pérola) Meias gelo (=cor de gelo) Calças cinza (=cor da cinza) c) não há variação nenhuma quando ocorre a preposição “de” ou as locuções “cor de, da cor de, de cor: olhos de verde-mar olhos cor de safira tecidos de cor azul Exercícios 1. Reescreva as frases abaixo trocando o substantivo sublinhado pelo que está entre parênteses e alterando, se necessário, o adjetivo composto. A) O homem decide o plano econômicofinanceiro da empresa. (estratégia) ________________________________________ ________________________________________ Os adjetivos simples seguem as mesmas regras da flexão numérica dos substantivos. Devemos, no entanto, observar o seguinte: Adjetivos simples: Cru – crus Feroz – ferozes Amável - amáveis B) Na fazenda, Zefa criava um cavalo castanhoclaro. (duas éguas) ________________________________________ Para a flexão de número dos adjetivos compostos, seguem-se as seguintes regras: 1) Nos adjetivos compostos (adjetivo + adjetivo), só o último elemento se pluraliza:. Singular Plural luso-brasileiro luso-brasileiros poético-musical poético-musicais anglo-saxônico anglo-saxônicos postal-telegráfico postal-telegráficos 2. Selecione a alternativa que completa as lacunas da frase apresentada: Os acidentados foram encaminhados a diferentes clínicas _____________. A) médicas-cirúrgicas D) médicos-cirúrgicos B) médica-cirúrgicas E) médica-cirúrgicos C) médico-cirúrgicas Um menino surdo-mudo viu dois meninos surdosmudos. Os adjetivos azul-marinho, azul-celeste são invariáveis. 2) adjetivos compostos designativos de cores: a) só varia o 2º elemento, quando constituídos de adjetivos: ________________________________________ 3. As palavras em destaque em ―... que, apesar do olhar profissional crítico, analítico,‖ são classificadas, respectivamente, como: (A) substantivo e adjetivo. (D) verbo e adjetivo. (B) substantivo e substantivo. (E) verbo e substantivo. (C) adjetivo e substantivo. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 25 LINGUA PORTUGUESA 4. Na narrativa a seguir, observe os termos destacados e depois assinale a alternativa correta em relação à sua flexão de número. A) ―Parte do destacamento foi designada, de última hora, para fazer a segurança de algumas manifestação-relâmpagos na cidade.‖ B) ―Antes de iniciar uma das manifestações, mulheres vestindo blusas vinho se concentraram diante do palanque. E começaram a protestar. Mostravam uma faixa onde se lia: ‗Fora às medidas sócio-econômico-culturais do administrador Ataliba‘.‖ C) ―E gritavam. As pessoas se aglomeravam em torno delas. A desordem tomou conta da praça. Soldados, vestindo fardas verde-abacates, começaram a agir.‖ D) ―No meio da confusão, estavam alguns surdosmudo que procuravam entender o que estava acontecendo. Eles acenavam bandeirolas azuispiscina.‖ E) ‖Para completar o quadro, as mulheres distribuíram fitas amarelas-ouro onde se podiam ver pequenas charges sobre o administrador.‖ 5. O adjetivo (entre parênteses) NÃO corresponde à locução adjetiva (destacada) em (A) ―Nos meses do verão,‖ (hibernais) (B) ―...afastado do bulício da cidade,‖ (urbano) (C) ―Às primeiras horas da tarde,‖ (vespertinas) (D) ―...grandes tachas de cobre...‖ (cúpreas) (E) ―o grande pilão de madeira,‖ (lígneo) PRÁTICA DE TEXTO MINISTÉRIO DA DEFESA/2009 Os atropelos da pressa Há um frenesi de velocidade no ar e muita gente já está ficando sufocada com esse novo tipo de poluição. Ser cada vez mais rápido se tornou uma obsessão quase que neurótica na sociedade consumista atual. É o nosso computador que tem de ser mais veloz e, portanto, mais potente. É o celular que tem de ser trocado por ofertas mais tentadoras. Plantas que começam a produzir frutos em questão de semanas. Milhares de hectares de florestas são desmatados em apenas alguns dias pelos correntões dos tratores de esteira. Eficiência hoje é mais produção no menor tempo possível, para mais consumo e mais lucro. Até o nosso presidente, diante dessa crise financeira atual, está-nos aconselhando a consumir mais, já que isso significa mais emprego. Sabemos que os sentimentos não podem conviver com o efêmero, nem com o fugidio. As nossas amizades, valores, crenças e os prazeres da alma são construídos de modo necessariamente lento. Por outro lado é sabido que todos nós gostamos de consumir, mas esse consumismo desbragado liberou, de modo tão exagerado, as amarras do desejo, esse sujeito ansioso, eternamente insatisfeito, que só se fala em busca, desapego e troca-troca interminável. Essas coisas passam longe do amor que é encontro, cuidado e merecimento. É certo que desejo e amor são partes constitutivas do humano, mas só o equilíbrio, que é a sábia opção do meio termo, poderia tornar a vida mais dignificante. O mundo da pressa desgasta nossos valores maiores e dilacera o paciente e delicado tecido amoroso, que é feito com muita persistência, alegria, renúncia e doações. O mundo dos afetos não passa pela regulagem dos megabits, nem pelas trocas periódicas, ele é sabiamente vagaroso no seu desenvolver. Ele se sustenta nos pilares das coisas que não mudam assim tão facilmente. Estas coisas são os valores que nós perenizamos através das memórias e que comemoramos com o prazer da alma. É em homenagem a eles que fazemos as festas e algumas são muito especiais. A festa natalina, por exemplo, significa o nascimento da esperança em Jesus e o Ano Novo exprime a morte do velho e o nascimento de um novo tempo. Um tempo que se perpetua, porque não destrói, não muda e nem mata. Portanto, fujamos dessa pressa incentivadora maior da ansiedade que penaliza a nossa capacidade de contemplar, de observar e de degustar com prazer o sabor do instante. Não podemos esquecer que um pouco de vagareza em nossas atitudes é um sinal positivo de que estamos tendo mais sabedoria, paz e serenidade em nosso bem viver. E assim, pronunciaremos mais raramente essa neurótica sentença: não tenho tempo! TRANCOSO, Alfeu, JB Ecológico, dez. 2008. 1. A leitura do primeiro parágrafo deixa evidente que o autor quis expressar que (A) para a economia brasileira, mais velocidade em diversos setores beneficia a sociedade. (B) o aspecto positivo da necessidade da pressa está na produção de alimentos. (C) a neurose constitui a principal consequência do desejo de consumo. (D) a saturação do ar ocasiona a sensação de sufocamento sofrida por muita gente. (E) a tendência à rapidez, na sociedade, aproxima-se de uma patologia social. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 26 LINGUA PORTUGUESA 2. No segundo parágrafo, o autor (A) enumera situações ilustrativas de uma vida movida pela pressa. (B) questiona a perenidade de alguns valores sociais, apontando semelhanças entre eles. (C) estrutura seus argumentos a partir de uma oposição de ideias. (D) revela a inconsistência do espírito ultraconservador das instituições sociais. (E) conclui sua argumentação, estabelecendo, para isso, uma série de comparações. 3. De acordo com o texto, o desapego relacionado ao consumismo significa (A) oposição ao que não é descartável. (B) valorização do que é permanente. (C) consciência da perenidade dos valores. (D) busca dos prazeres da alma. (E) preocupação com os bens espirituais. 4. ―Sabemos que os sentimentos não podem conviver com o efêmero,‖ (l. 16-17). O termo em destaque é substituível, sem alteração de sentido da frase, por (A) imutável. (B) transitório. (C) eterno. (D) eficiente. (E) eficaz. 5.Segundo o autor, a construção dos sentimentos se dá através de (A) ansiedade constante. (B) entrega generosa. (C) movimentos repentinos. (D) alterações extremadas. (E) mudanças bruscas. 6. A temática tratada no texto pode ser traduzida pelo(a) (A) descompasso entre a ansiedade de viver intensamente e a construção gradativa de uma vida interior. (B) equilíbrio entre a necessidade de recalcar os sentimentos e a vontade de viver mais intensamente. (C) crise existencial decorrente do imobilismo das instituições sociais do mundo moderno. (D) apologia ao consumismo como forma de compensar frustrações diárias. (E) perenização de valores humanos, causada pela crise econômica mundial. 7. Assinale a opção que NÃO corresponde ao texto. O frenesi da velocidade é comparado a um novo tipo de poluição porque (A) envolve as pessoas na ânsia do ter. (B) impede o enraizamento dos sentimentos. (C) contribui para encontros que sinalizam para ações altruístas. (D) seduz os cidadãos para a obtenção contínua de mais novidades. (E) impele o homem a afastar-se de ações prudentes e equilibradas. 8. A leitura do último parágrafo conduz à conclusão inequívoca de que (A) toda ansiedade é proveniente da pressa. (B) viver bem é ser vagaroso. (C) cada momento presente penaliza a contemplação. (D) reclamar não ter tempo revela sabedoria. (E) agir velozmente cerceia nossa visão do momento. 9. O autor se expressa através de uma linguagem figurada na seguinte passagem: (A) ―É o nosso computador que tem de ser mais veloz e, portanto, mais potente.‖ (l. 5-6) (B) ―Plantas que começam a produzir frutos em questão de semanas.‖ (l. 8-9) (C) ―É certo que desejo e amor são partes constitutivas do humano,‖ (l. 26-27) (D) ―A festa natalina, por exemplo, significa o nascimento da esperança em Jesus ...‖ (l. 41-43) (E) ―... que penaliza a nossa capacidade de contemplar, de observar e de degustar com prazer o sabor do instante.‖ (l. 47-49) 10. Em ―E assim, pronunciaremos mais raramente essa neurótica sentença: não tenho tempo!‖ (l. 52-54), a forma verbal destacada se refere a uma ação (A) hipotética. (B) passada e inconclusa. (C) passada e habitual. (D) futura e cotidiana. (E) futura em relação ao passado. Pronome PRONOMES PESSOAIS Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações, dividindose em pronomes do caso reto e do caso oblíquo. NÚMERO SINGULA R PESSO A 1ª CASO RETO 2ª 3ª 1ª TU ELE / ELA NÓS EU Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 27 LINGUA PORTUGUESA PLURAL NÚMERO SINGULA R PLURAL 2ª VÓS 3ª ELES / ELAS PESSO OBLÍQUO A ÁTONO Sem preposiçã o 1ª me 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª Deram os biscoitos para tu comeres. OBLÍQUO TÔNICO Com preposição 5. Os pronomes retos (exceto eu e tu), quando precedidos de preposição, passam a funcionar como oblíquos. Somente nesse caso, considerase correto seu emprego como complemento. Assiste a ele julgar o fato. Informaram a nós os danos causados. mim PRONOMES DE TRATAMENTO te o, a, lhe, se nos vos Ti si,ele os, as, lhes, se si, eles Também chamados de formas de tratamento, fazem parte de uma categoria dos pronomes pessoais. São eles: Pronome Abreviatur Emprego a Vossa Alteza V. A. Príncipes e duques Vossa V. Emª. Cardeais Eminência Vossa V. Exª. Altas autoridades Excelência em geral e bispos Vossa V. Magª. Reitores de Magnificência universidades Vossa V. Rev Sacerdotes Reverendíssim a Vossa V. S. Papa Santidade Vossa Senhoria V. Sª. Funcionários graduados Vossa V.M. Reis, imperadores Majestade 1. Esses pronomes são da 2ª pessoa, mas se usam com as formas verbais e os pronomes possessivos de 3ª pessoa. Ex: ―Vossa Majestade pode partir tranqüilo para a sua expedição‖. 2. Esses pronomes devem vir precedidos de vossa, quando nos dirigimos à pessoa representada pelo pronome, e, por sua, quando falamos dessa pessoa. Outros: você, vocês (no trato familiar), o Senhor (Sr.) e a Senhora (Sra.) (no tratamento de respeito). nós vós 1. Associados a verbos terminados em -r, -s ou z, os pronomes oblíquos o, a, os, as assumem as formas lo, la, los, las. Ex: prender + o = prendê-lo ajudemos + a = ajudemo-la fez + o = fê-lo 2. Associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em, -ão, -õe), os pronomes oblíquos o, a, os, as assume a seguinte forma: Ex: trazem + o = trazem-no dão + os = dão-nos 3. Na função de complemento, usam-se os pronomes oblíquos e não os pronomes retos. Avisei-o do fato. Faltaram-lhe modos. 4. Os pronomes pessoais do caso reto devem ser empregados na função sintática de sujeito. Considera-se errado o seu emprego como complemento. Chamei ele . (errado) / Chamei-o . (certo) Eu comprei a casa. (certo) As formas retas eu e tu só podem funcionar como sujeito. Considera-se errado o seu emprego como complemento. Nunca houve problemas entre eu e tu. (errado) Nunca houve problemas entre mim e ti. (certo) Obs 1: Quando precedidas de preposição, não se usam as formas retas eu e tu. Ninguém sairá sem eu. (errado) Ninguém sairá sem mim. (certo) Obs 2: Poderão ser empregadas as formas retas eu e tu mesmo precedidas por preposição quando essas formas funcionarem como sujeito de um verbo no infinitivo. Isso é para eu ler. PRONOMES POSSESSIVOS São aqueles que indicam posse com relação às três pessoas do discurso. Exercem, sintaticamente, a função de adjuntos adnominais. NÚMERO PESSOA 1ª SINGULAR 2ª Pronomes Possessivos meu, minha, meus, minhas teu, tua, teus, tuas Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 28 LINGUA PORTUGUESA 3ª 1ª PLURAL 2ª 3ª seu, sua, seus, suas nosso, nossa, nossos, nossas vosso, vossa, vossos, vossas seu, sua, seus, suas, PRONOMES DEMONSTRATIVOS Indicam o lugar ou a posição dos seres com relação às três pessoas do discurso. Exercem, assim como os possessivos, a função de adjunto adnominal. Pronomes Demonstrativos 1ª pessoa Este, esta, estes, estas, isto 2ª pessoa Esse, essa, esses, essas, isso 3ª pessoa Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo São também pronomes demonstrativos : o (quando equivale a aquele, aquela, aquilo), mesmo, próprio (como pronomes de reforço - ex: Ele mesmo tomou o lugar), tal (=este, esse, isso, etc) ex: Não havia razão para tal procedimento) PRONOMES INDEFINIDOS Referem-se à 3ª pessoa do discurso, designandoa de forma vaga, imprecisa, indeterminada. São pronomes indefinidos: Algo, qualquer, alguém, ninguém, outrem, quem, algum, nenhum, todo e toda (desacompanhados de artigo), certo (antes de nomes). Exemplos: Qualquer coisa que fizer será bom. Acreditam em tudo que fulano diz ou sicrano escreve. Vocês estão certos (adjetivo) / Não gosto de certas coisas. PRONOMES RELATIVOS Representam nomes já mencionados, com os quais estão relacionadas. Geralmente retomam um termo antecedente da oração, projetando-o numa outra oração. São eles: que (= o qual, a qual, os quais, as quais), quem, qual, quais, cujo, cuja, cujos, cujas, onde, quanto, quanta, quantos, quantas. Pagamos as contas. As contas estavam atrasadas. Pagamos as contas que estavam atrasadas. 1. O pronome relativo quem é empregado com referência a pessoas e sempre vem precedido de preposição. Ex: Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos. 2. Quanto deve ter por antecedente um pronome indefinido: (tudo) quanto, (o) quanto, (todos) quantos, (todas) quantas. Ex: Disse tudo o quanto desejava. 3. Os pronomes cujo, cuja sempre indicam posse e podem ser desdobrados em um complemento que também indica posse. Exemplos: "Devemos socorrer João, cuja casa se incendiou" (a casa de João se incendiou) ou "A mala, cuja chave foi perdida" (a chave da mala foi perdida). > Por indicar posse, esse pronome, sintaticamente, exercerá a função de adjunto adnominal, da mesma forma que os pronomes possessivos. > Cujo/cuja(s) admite(m) - e exige(m) - antes de si preposição quando o verbo que seguir este pronome assim o exigir. Assim, são consideradas erradas as formas O homem cuja casa estivemos. Nosso chefe, cujas ordens obedecemos, e corretas as seguintes: O homem em cuja casa estivemos. Nosso chefe, a cujas ordens obedecemos. > Somente quando o verbo posposto ao cujo não exigir preposição é que o relativo cujo deixará de vir antecedido de preposição. "O homem, cujo filho conheço..." "O papel, cujas dobras cortei..." > Jamais devemos colocar artigo depois do relativo cujo. Desta forma, são erradas as construções: O homem cujo o braço foi cortado e cuja a cabeça será decepada encontra-se num ambiente cujo o ar é desagradável. 4. Onde é usado para indicar lugar e significa em que, no qual e é usado com verbos que não dão idéia de movimento. Ex:Este é o lugar onde vivo. Exerce, sintaticamente, a função de adjunto adverbial PRONOMES INTERROGATIVOS Aparecem em frases interrogativas. Como os pronomes indefinidos, referem-se de modo impreciso à 3ª pessoa do discurso. Ex: Quantos vêm? Quem é você? Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 29 LINGUA PORTUGUESA Exercícios 01. Coloque P para pronome pessoal e D para demonstrativo: ( ) Esta casa é a que você sonhou comprar? ( ) Joaquina ainda não a conhece? ( ) Não quero conhecê-la. ( ) O que queres agora é impossível. ( ) Eu os conheço muito bem. ( ) Viram-no vocês? ( ) Os que fugirem morrerão. 02. Anexe corretamente os pronomes oblíquos aos verbos: Chamar + o __________________________ Conhecer + o _________________________ Levem + o __________________________ Indispõe + a __________________________ Convidam + o_________________________ Seguimos + o_________________________ Vimos + as___________________________ Fez + os_____________________________ 03. Anteponha às frases as letras R ou I, conforme o pronome for relativo ou interrogativo: ( ) As aulas a que assisti foram proveitosas. ( ) Que incógnitos veios de ouro exploram? ( ) Você o chamou para quê? ( ) Cada experiência por que passamos é favor de vida. 04. Observe o QUE nas frases abaixo e coloque (R) para pronome relativo, (I) para conjunção integrante. QUE => O QUAL, A QUAL (s) ---- Pronome relativo QUE => ISSO ------- Conjunção integrante. ( ) Deus, que é bom, perdoa. ( ) João comprou o feijão que pedi a ele. ( ) Lembrei que João não comprou o feijão. ( ) O professor exigia que todos estivessem em dia com os estudos. ( ) Os animais que põem ovos são ovíparos. ( ) Pedra que rola não cria limo. ( ) A mulher que trabalha é respeitada e temida pelos homens. 05. As frases abaixo são freqüentes na língua coloquial e familiar. Reescreva-as de acordo com o padrão culto da língua. A) O espião viu ela ontem pela manhã. ________________________________________ B) Eu encontrei ele no Estádio do Maracanã. ________________________________________ C) O rapaz deixou alguns produtos para mim vê. ________________________________________ D) Está tudo certo entre eu e você. ________________________________________ E) Eu trouxe ele aqui pra dá uma força pros garotos. ________________________________________ 06. Assinale a série de pronomes que completa adequadamente as lacunas do seguinte período: "Os desentendimentos existentes entre ______ e ______ advêm de uma insegurança que a vida estabeleceu para ________ traçar um caminho que vai de _______ a _______." A) mim - ti - eu - mim - ti B) mim - ti - mim - mim - tu C) eu - ti - mim - mim – tu D) eu - tu - eu - mim - tu E) eu - ti - eu - mim - ti 07. O QUE não é pronome relativo na opção: A) Não há mulher que não adore o amor. B) Não há porteira de curral que não se ria para ele, com risadinha asmática de velha regateira. C) "- Me espere em casa, que eu ainda vou dar uma espiada na novilha." D) "- Tenho uma corrente de prata lá em casa que brilha mais que a luz das estrelas." E) "Quem seria aquele sujeito que estava de pé, encostado no balcão, todo importante?" 08. Atente para os fragmentos do compositor Gonzaguinha: “A dama de lilás me (1) machucando o coração.” “Primeiro você me (2) azucrina” “Me (3) entorta a cabeça E me (4) deixa na boca Um gosto amargo de fel..” O pronome ME está empregado com valor possessivo nos casos: A) 1 e 2 B) 2 e 3 C) 3 e 4 D) 1, 3 e 4 E) 2, 3 e 4 09. Na passagem ―Eugênio examinava-lhe as mudanças do rosto com comovida atenção.‖, o pronome oblíquo lhe exerce função sintática idêntica ao termo destacado em (A) ―Olívia se aproximou de Eugênio...‖ (B) ―A enfermeira juntava os ferros.‖ (C) ―A respiração voltava lentamente,‖ (D) ―Vencera! Salvara a vida de uma criança!‖ (E) ―Sentia-se leve e aéreo.‖ Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 30 LINGUA PORTUGUESA 10. Assinale a afirmativa em que a palavra ―onde‖ está usada corretamente. (A) Trabalhamos com o conceito de serviços onde o fator ambiental é preponderante. (B) Durante a discussão dos técnicos foi levantado um novo argumento onde o diretor não gostou. (C) Nas áreas próximas às reservas, onde estão instaladas famílias, haverá grandes investimentos. (D) Alguns estudos apontam o ano de 2050 como decisivo, onde ocorrerá uma grande devastação. (E) As propostas onde se encontram as soluções mais econômicas para a melhoria do ambiente serão aprovadas. 11. Os pronomes relativos destacados substituem a palavra ou expressão que se encontra ao final de cada opção, EXCETO em (A) ―Está aí uma coisa que eu não sabia...‖ – coisa (B) ―Chefe de um país ou de um exército que preside...‖ – exército (C) ―E sempre desconfiei que ‗esdrúxulo‘ foi inventada por um antigo dicionarista que sentia falta de uma palavra...‖ – antigo dicionarista (D) ―...sentia falta de uma palavra que descrevesse coisas,‖ – uma palavra (E) ―figuras históricas que nunca foram –‖ figuras históricas 12. Considere as afirmações a seguir sobre o emprego dos pronomes nas frases. I – ―O vento da noite cortava-lhes o lombo,‖ (l. 30) – Pronome pessoal com sentido possessivo. II – ―Os pescadores de largo curso olhavam para eles com certo desprezo.‖ (l. 15-16) – Pronome indefinido atenuando o sentido do substantivo desprezo. III – ―era como se todo o mundo se aproximasse para aconchegá-los.‖ (l. 40-41) – Pronome indefinido todo equivalendo a qualquer. É(São) verdadeira(s), APENAS, a(s) afirmação(ões) (A) I (B) II (C) III (D) I e II (E) II e III PRÁTICA DE TEXTO (TJ-RO/ 2009) ÍNDIO QUER INTERNET A nova tacada do Google é usar a tecnologia para dar visibilidade a ações sociais e ambientais.(...) Em meados de junho, a nova-iorquina Rebecca Moore, 52 anos, esteve no Brasil pela primeira vez. Numa pequena sala em Cacoal, cidade de 77 mil habitantes em Rondônia, a 500 quilômetros da capital, Porto Velho, ensinou índios suruís a dar seus primeiros passos na Internet por meio de buscas no Google. Alguns digitavam ―povos indígenas‖ e ―Amazônia‖, mas a maioria estava mais interessada em ―Ronaldinho‖ e ―futebol‖. Rebecca conta que, num determinado momento daquela aula informal, pediu a um dos índios para entrar num site e avançar pelos links. Depois da demonstração, orientou como voltar à página inicial de busca. O aprendiz então começou a navegar sozinho, com cliques frenéticos. ―Diante dos meus olhos, ele começava a entender os hiperlinks‖, diz ela. ―Foi fascinante‖. Rebecca é cientista da computação e gerente do Google. Veio ao Brasil para lançar o Google Earth Solidário, uma parceria da empresa com ONGs para dar visibilidade a questões socioambientais por meio de imagens de satélite.(...) O embrião do Solidário, porém, nasceu fora da empresa, quando Rebecca era apenas uma usuária do programa. Em 2005, ela trabalhava em uma empresa de bioinformática e vivia em Santa Cruz, na Califórnia, numa casa suprida de energia solar, que ajuda a abastecer parte da vizinhança. Quando recebeu um comunicado informando que Santa Cruz era alvo de um plano de exploração de madeira aprovado pelo governo federal, a cientista usou o Google Earth para entender a questão. Pelas imagens, viu que a extração afetaria rios, seria feita a poucos metros de escolas, teria a produção escoada por caminhões em estradas frágeis e por helicópteros que transitariam durante todo o dia. Decidida a impedir isso, reuniu dados no programa e mostrou a um político e ao jornal local. O plano acabou revisto e vetado. Algum tempo depois, Rebecca sugeriu ao Google melhorias do Google Earth. Foi contratada. Após dezoito meses, em junho de 2007, o Solidário foi lançado. Em meio a isso, Rebecca recebeu um aviso curioso: um chefe indígena brasileiro queria fazer uma parceria. Chefe Almir, de 32 anos, é um índio incomum. Biólogo - o primeiro da tribo a ir à faculdade -, tem celular e três contas de e-mail. Como coordenador da associação que representa os quatro clãs suruís, ele queria se integrar ao Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 31 LINGUA PORTUGUESA resto do Brasil e criar novas formas de sustento, sem deixar sua cultura de lado. Sua preocupação era impedir que seu povo quase desaparecesse, como acontecera após o primeiro contato com o homem branco em 1969. Vinte anos depois, a população havia caído de 5 mil para 250, por causa de epidemias de gripe e sarampo. De lá para cá, esse número aumentou. Hoje, são 1,25 mil índios.(...) ―O futuro está na tecnologia, e precisamos dela se realmente queremos um diálogo com o mundo.‖ diz Almir. Época Negócios, ago. 2008. (adaptado) Glossário: Google - programa de busca de informações gerais na Internet. Google Earth - programa do Google que transmite imagens dos lugares da Terra, feitas por satélite. 1. No subtítulo, a expressão nova tacada está usada com o mesmo sentido do texto em: (A) O jogador de sinuca deu uma nova tacada genial. (B) O seringueiro deu uma nova tacada para a extração do látex. (C) A nova tacada do chefe Almir foi procurar a Rebecca. (D) Com uma nova tacada, o abatedor liquidou com o boi. (E) Nenhuma nova tacada alcançará o bicho, que já vai longe. 4. Assinale a opção que NÃO completa adequadamente a sentença, de acordo com o texto. Chefe Almir... (A) usa correio eletrônico e telefone celular. (B) teve contato com o homem branco em 1969. (C) foi o primeiro suruí a cursar uma faculdade. (D) procura a integração de seu povo com o resto do país. (E) coordena uma associação que congrega os clãs dos suruís. 05. Indique a opção em que as expressões NÃO se relacionam com o tema da Internet, de acordo com o texto. (A) ―...avançar pelos links.‖ (L. 11) (B) ―...página inicial de busca.‖ (L. 12-13) (C) ―...imagens de satélite.‖ (L. 21) (D) ―...casa suprida de energia solar,‖ (L. 26) (E) ―...contas de e-mail.‖ (L. 46) Advérbio É a palavra que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio. Ex: O navio chegou cedo. verbo advérbio A menina é muito linda. advérbio adjetivo Nós acordamos muito cedo. advérbio advérbio 2. Rebecca exclamou: ―Foi fascinante.‖ (L. 16) porque (A) é muito interessante para todo mundo navegar na Internet. (B) causou estranheza o modo como o índio passou a usar o teclado freneticamente. (C) não esperava que um índio fosse capaz de aprender tão depressa. (D) o índio demonstrou rapidez de aprendizagem e interesse pela navegação na Internet. (E) os índios preferiram buscar informações sobre o futebol às relativas a eles mesmos. CLASSIFICAÇÃO 3. O aspecto comum entre os objetivos da atitude de Rebecca em 2005 e a sua atual atividade profissional é o fato de ambas (A) contribuírem para a preservação do meio ambiente. (B) proporcionarem a ela fama na imprensa. (C) permitirem-lhe ganhar dinheiro. (D) revelarem sua preocupação com novas tecnologias. (E) mostrarem seu interesse em trabalhar para o Google. É todo conjunto constituído por duas ou mais palavras e que funciona como advérbio. Às dez horas voltarei. Maria estava à vontade no sofá. AFIRMAÇÃO: sim, certamente, realmente; DÚVIDA: talvez, acaso, possivelmente; INTENSIDADE: pouco, muito, bastante; LUGAR: perto, longe, acima, aqui, lá; MODO: mal, rapidamente; NEGAÇÃO: jamais, não; TEMPO: agora, sempre, hoje, etc. LOCUÇÃO ADVERBIAL: Exercícios 01. Destaque e classifique os advérbios ou locuções adverbiais nas frases abaixo: A) João agiu com franqueza. B) Éramos bastante complicados. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 32 LINGUA PORTUGUESA C) Aqui é o seu lugar. D) Antigamente as pessoas se respeitavam mais. _______________________________________ E) João penetrou no recinto às pressas. _______________________________________ 02. Classifique as palavras destacadas nas frases seguintes: A) O homem estava meio nervoso. B) Passou meio dia na fila do banco. C) Faça isso direito ! D) Aquele bonito carro é caro. 03. A opção em que há um advérbio exprimindo circunstância de tempo é: A) Possivelmente viajarei para São Paulo. B) Maria tinha aproximadamente quinze anos. C) Os fatos aconteceram concomitantemente. D) Os resultados chegaram demasiadamente atrasados. E) A menina ficou muito feliz. 05. Assinale a alternativa em que a locução destacada tem valor de adjetivo: A) Comprei móveis e objetos diversos que comecei a utilizar com receio. B) Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos. C) Pediu-me com voz baixa cinqüenta mil réis. D) Expliquei em resumo a prensa, o dínamo, as serras. E) Resolvi abrir o olho para que vizinhos sem escrúpulos não se apoderassem do que era delas. 06. Assinale a opção em que o termo destacado NÃO pertence à mesma classe gramatical dos destacados nas demais opções. (A) ―são queimadas anualmente pouco antes de começar a estação chuvosa.‖ (B) ―Assistimos , com espanto, à surpreendente visão da torrente de fogo...‖ (C) ―...ondulando poderosamente sobre a planície sem fim.‖ (D) ―Infelizmente (...), ávidos da carne do tatu galinha, não ponderam...‖ (E) ―o solo em geral está parcialmente esgotado...‖ PRÁTICA DE TEXTO Porque é importante saber ouvir A eficiência na comunicação pode ser alcançada com alguns cuidados, mas muita gente se preocupa com determinados aspectos, como desinibição e expressão verbal, ignorando pontos imprescindíveis para o êxito pretendido. A fluência verbal e o autodomínio são essenciais, mas todo o esforço do comunicador pode ser inútil se lhe faltarem alguns elementos ligados à atenção, à capacidade de acompanhar o comportamento do interlocutor e, notadamente, o prosaico ato de saber ouvir. A lição vem de Sócrates: ―Temos de aprender a perguntar e a ouvir‖. A maioria das pessoas não tem paciência: ou interrompem a pessoa que fala ou simplesmente passam a ignorá-la. E assim agem movidas por preconceitos em função de estereótipos. É importante frisar que a capacidade de concentração de uma pessoa, em média, é de 30 segundos. Daí o formato predominante do comercial no rádio e na televisão. É natural, então, que exista grande empecilho ao diálogo, que pressupõe disposição de efetiva troca de idéias e opiniões. O ato de ouvir exige, portanto, além de humildade, treinamento. Se, depois de 30 segundos, a tendência é pensar em outro assunto, a capacidade de ouvir exige do interlocutor especial atenção, além de todo o cuidado para que não ocorram associações de idéias. A dificuldade é tão acentuada que há os que não conseguem sequer ouvir a primeira frase do parceiro e vão logo atalhando com a expressão ―já sei o que você vai dizer‖. O mínimo que se deve fazer, com gestos de quem efetivamente acompanha o que está sendo dito, é aguardar o que o outro tem a dizer. É fundamental que exista ativa situação de audição, isto é, que os dois se empenhem em ouvir bem, de forma que um entenda perfeitamente a posição do outro. Essa situação reclama atenção, respeito, consideração e recusa qualquer forma de hierarquia na conversação. Em regra, um dos obstáculos à eficiência na comunicação é a tendência a avaliar ou prejulgar o que o parceiro está dizendo. Quando alguém conversa com um subordinado, há uma tendência no superior a criticar o que está ouvindo, precipitadamente, com evidente desprezo pelo princípio de igualdade que deve haver na relação interpessoal. Na verdade, três são os requisitos indispensáveis à comunicação eficiente: saber ouvir, saber conviver e saber avaliar. Saber conviver envolve, principalmente, a capacidade de atuar em grupo coletivamente. Quem não consegue conviver bem com colegas ou superiores nunca poderá ser um bom comunicador. Poderá até ser um bom orador. A Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 33 LINGUA PORTUGUESA comunicação só se completa com o retorno, quando o estímulo provoca a resposta. E o saber avaliar compreende, basicamente, a autocrítica. Esta é que dá à pessoa a dimensão exata do contexto, evitando erros insanáveis e abreviando o caminho do sucesso. NETO, Fernandes. Treinamento & Desenvolvimento. jan.96. p.34. 1. A humildade, no texto, está relacionada, semanticamente, ao(à) (A) poder de convencimento do comunicador. (B) autoconfiança do comunicador. (C) clareza das idéias apresentadas ao interlocutor. (D) capacidade de atenção do interlocutor. (E) procedência das perguntas feitas ao interlocutor. 2. Segundo o texto, a interferência indevida durante o diálogo deve-se ao(à) (A) tempo previsto para cada fala. (B) impaciência do comunicador. (C) falta de atenção do interlocutor. (D) clareza da pergunta feita pelo comunicador. (E) dificuldade de entendimento da pergunta pelo interlocutor. 3. No texto, ―estereótipos‖ (l. 17) equivale, semanticamente, a uma imagem (A) fluida e instável. (B) fixa e inalterável. (C) nítida, mas inconstante. (D) pré-fixada, mas inconsistente. (E) incomum, mas insignificante. 4. Com base nas idéias do texto, ser bom orador não implica ser bom comunicador porque a oratória e a comunicação caracterizam-se, respectivamente, pelas capacidades de (A) eloqüência e interação. (B) interação e autodomínio. (C) interação e atenção. (D) autocrítica e eloqüência. (E) verbalização e eloqüência. 5. A questão do preconceito na comunicação é enfocada no quarto parágrafo. Que outro parágrafo, em sua argumentação, faz alusão a esse mesmo problema? (A) Segundo (B) Quinto (C) Sétimo (D) Nono (E) Décimo 6. Como pode ser completado, de forma lógica e gramatical, o trecho abaixo, relativo às idéias apresentadas no texto? Saber ouvir é um dos requisitos fundamentais ao sucesso da comunicação. No entanto, (A) saber conviver envolve capacidade de atuar em grupo coletivamente. (B) o mínimo que se deve fazer é aguardar o que o outro tem a dizer. (C) a capacidade de convivência é essencial ao comunicador. (D) a capacidade de avaliar compreende basicamente a autocrítica. (E) a comunicação só se completa com o retorno, quando o estímulo provoca a resposta. 7. Em ―Essa situação reclama atenção, respeito, consideração...‖ (l. 38-39), o verbo destacado NÃO pode ser substituído, sem alteração de sentido, por (A) requer. (B) reivindica. (C) pleiteia. (D) demanda. (E) questiona. 8. O elemento destacado que NÃO retoma semanticamente o referente transcrito a seguir é: (A) ―...se lhe faltarem alguns elementos...‖ (l. 7-8): comunicador. (B) ―...ou simplesmente passam a ignorá-la.‖ (l. 15-16): pessoa. (C) ―que pressupõe...‖ (l. 22): empecilho. (D) ―...que deve haver na relação interpessoal.‖ (l. 46-47): princípio de igualdade. (E) ―Esta é que dá a pessoa à dimensão exata do contexto,‖ (l. 58-59): autocrítica. 9. Em ―...que há os que não conseguem sequer ouvir a primeira frase do parceiro...‖ (l. 29-30), o conectivo destacado introduz, no enunciado em que se insere, uma idéia de (A) conclusão. (B) explicação. (C) conseqüência. (D) concessão. (E) causa. 10. Reescrevendo a oração ―Esta é que dá à pessoa a dimensão exata do contexto,‖ (l. 5859), de modo que o termo destacado passe a funcionar como sujeito, o sentido NÃO se altera em: (A) Por esta é que é dada à pessoa a dimensão exata do contexto. (B) Por esta é que a pessoa dá a dimensão exata do contexto. (C) A dimensão exata do contexto é dada a esta pela pessoa. (D) A dimensão exata do contexto é que esta dá à pessoa. (E) A pessoa é que dá a esta a dimensão exata do contexto. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 34 LINGUA PORTUGUESA GABARITOS DOS EXERCÍCIOS PRONOME SUBSTANTIVO 01.D 02.D 03.E 04.C 5.C 6.C 7.A 01. D P P D P P D 02. -03. R I I R 04. R R C C R R R 05.a) O espião a viu...; b) Eu o encontrarei...; c) ...para eu ver; d) ...entre mim e você; e) eu o trouxe aqui para dar uma força para os garotos. 06.A 07.C 08.D 09.D 10.C 11.C 12.D ADJETIVO PRÁTICA DE TEXTO: 01. a) O homem decide a estratégia econômicofinanceira; b) Na fazenda, Zefa criava duas éguas-castanho-claras. 02.C 03.A 04.B 05.A 01.C 02.D 03.A 04.B 05.D 01. a) zumzuns; b) guardas-civis; c) beija-flores; d)salários-família / salários-famílias; e) quintasfeiras; f) estrelas-do-mar; g) vice-governadores. 02.B 03. ―Deviam ser bons os tempos em que existiam mulas-sem-cabeça e lobisomens em lugares como aquele.‖ 04.C PRÁTICA DE TEXTO: PRÁTICA DE TEXTO: 01.E 02.C 03.A 04.B 05.B 06.A 07.C 08.E 09.E 10.D VERBO 01.a) passava; b)chega; c) vir; d) odieis – incendieis – destruais – fazei – ajudai – contribuí; e) Dá – sigas. 02.E 03.B 04.C 05.a) vir – escapem; b) Reflete – mintas; c) tussa. 06. a) volta; b) prepara; c) preocupe; d) façais; e) fique 07.B 08.B 09.C 10.B 11.A 12.D 13.B 14.D 15.C 16.E 17.B PRÁTICA DE TEXTO: ADVÉRBIO 01.-- 02.--- 03.C 04.E 05.B PRÁTICA DE TEXTO: 01.D 02.B 03.B 04.A 08.C 09.C 10.A EMPREGO DE CONJUNÇÕES 05.D 06.E PREPOSIÇÕES 07.E E Preposição é a palavra que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração. Essa relação é do tipo subordinativa, ou seja, entre os elementos ligados pela preposição não há sentido dissociado, separado, individualizado; ao contrário, o sentido da expressão é dependente da união de todos os elementos que a preposição vincula. Exemplos: 1. Os amigos de João estranharam seu modo de vestir. o amigos de João / modo de vestir: elementos ligados por preposição de: preposição 2. Ela esperou com entusiasmo aquele breve passeio. esperou com entusiasmo: elementos ligados por preposição com: preposição 01.E 02.A 03.A 04.B 05.D 06.C 07.C Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 35 LINGUA PORTUGUESA Esse tipo de relação é considerada uma conexão, em que os conectivos cumprem a função de ligar elementos. A preposição é um desses conectivos e se presta a ligar palavras entre si num processo de subordinação denominado regência. Diz-se regência devido ao fato de que, na relação estabelecida pelas preposições, o primeiro elemento – chamado antecedente – é o termo que rege, que impõe um regime; o segundo elemento, por sua vez – chamado consequente – é o termo regido, aquele que cumpre o regime estabelecido pelo antecedente. Por exemplo: Eu obedeço "aos meus pais". b) Complementos Nominais Por exemplo: Continuo obediente "aos meus pais". c) Locuções Adjetivas Por exemplo: É uma pessoa "de valor". d) Locuções Adverbiais Por exemplo: Tive de agir "com cautela". Exemplos: e) Orações Reduzidas 1. A hora das refeições é sagrada. hora das refeições: elementos ligados por preposição Por exemplo: "Ao chegar", comentou sobre o fato ocorrido. de + as = das: preposição hora: termo antecedente = rege a construção "das refeições" Classificação das Preposições refeições: termo consequente = é regido pela construção "hora da" As palavras da Língua Portuguesa que atuam exclusivamente como preposição são chamadas preposições essenciais. São elas: 2. Alguém passou por aqui. passou por preposição aqui: elementos ligados por por: preposição Observações: passou: termo antecedente = rege a construção "por aqui" aqui: termo consequente = é regido pela construção "passou por" As preposições são palavras invariáveis, pois não sofrem flexão de gênero, número ou variação em grau como os nomes, nem de pessoa, número, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. No entanto, em diversas situações as preposições se combinam a outras palavras da língua (fenômeno da contração) e, assim, estabelecem uma relação de concordância em gênero e número com essas palavras às quais se ligam. Mesmo assim, não se trata de uma variação própria da preposição, mas sim da palavra com a qual ela se funde. o a As preposições podem introduzir: a) Complementos Verbais 1) A preposição após, acidentalmente, pode ser advérbio, com a significação de atrás, depois. Por exemplo: Os noivos passaram, e os convidados os seguiram logo após. 2) Dês é o mesmo que desde e ocorre com pouca frequência em autores modernos. Por exemplo: Dês que começaste a me visitar, sinto-me melhor. 3) Trás, modernamente, só se usa em locuções adverbiais e prepositivas: por trás, para trás, para trás de.Como preposição simples, aparece, por exemplo, no antigo ditado: Trás mim virá quem bom me fará. Por exemplo: de + por + em + um = num a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás = do = pela 4) Para, na fala popular, apresenta a forma sincopada pra. Por exemplo: Bianca, alcance aqueles livros pra mim. 5) Até pode ser palavra denotativa de inclusão. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 36 LINGUA PORTUGUESA Por exemplo: Os ladrões roubaram-lhe até a roupa do corpo. Há palavras de outras classes gramaticais que, em determinadas situações, podem atuar como preposições. São, por isso, chamadas preposições acidentais: Saiba que: como (= na qualidade de), conforme (= de acordo com), segundo (= conforme), consoante (= conforme),durante, salvo, fora, mediante, tiran te, exceto, senão, visto (=por). As preposições essenciais regem sempre forma oblíqua tônica dos pronomes pessoais: a Por exemplo: Não vá sem mim à escola. As preposições acidentais, por sua vez, regem a forma reta desses mesmos pronomes: Por exemplo: Todos, exceto eu, preferem sorvete de chocolate. Por exemplo: preposição a + artigo masculino o = ao preposição a + artigo masculino os = aos Contração: ocorre quando a preposição sofre modificações na sua estrutura fonológica ao unirse a outra palavra. As preposições de e em, por exemplo, formam contrações com os artigos e com diversos pronomes. Veja: do num disto naquele dos nuns disso naqueles da numa daquilo naquela das numas naquelas Observe outros exemplos: em + a = na em + aquilo = naquilo de + aquela = daquela de + onde = donde Obs.: as formas pelo, pela, pelos, pelas resultam da contração da antiga preposição per com os artigos definidos. Por exemplo: per + o = pelo Encontros Especiais Locução Prepositiva É o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra dessas locuções é sempre uma preposição. Principais locuções prepositivas: abaixo de acima de acerca de a fim de além de a par de apesar de antes de depois de ao invés de diante de em fase de em vez de graças a junto a junto com junto de à custa de defronte de através de em via de de encontro a em frente de em frente a sob pena de a respeito de ao encontro de A contração da preposição a com os artigos ou pronomes demonstrativos a, as ou com o "a" inicial dos pronomes aquele, aqueles, aquela, aquelas, aq uilo resulta numa fusão de vogais a que se chama de crase - que deve ser assinalada na escrita pelo uso do acento grave. Por exemplo: a+a=à Exemplos: às - àquela - àquelas - àquele - àqueles àquilo Principais Relações estabelecidas pelas Preposições Autoria - Esta música é de Roberto Carlos. Quando as preposições a, de, em e per unem-se a certas palavras, formando um só vocábulo, essa união pode ser por: Lugar - Estou em casa. Tempo -Eu viajei durante as férias. Combinação: ocorre quando a preposição, ao unir-se a outra palavra, mantém todos os seus fonemas. Modo ou conformidade - Vamos escolher por sorteio. Causa - Estou tremendo de frio Combinação e Contração da Preposição Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 37 LINGUA PORTUGUESA Assunto - Não gosto de falar sobre política. Fim ou finalidade - Eu vim para ficar Instrumento - Paulo feriu- se com a faca. Companhia - Hoje vou sair com meus amigos. Meio - Voltarei a andar a cavalo. Matéria - Devolva-me meu anel de prata. Posse - Este é o carro de João. Oposição - O Flamengo jogou contra Fluminense. Conteúdo - Tomei um copo de (com) vinho. as preposições estabelecem entre as apartes do discurso são tão diversificadas quanto imprescindíveis; seja em textos narrataivos, descritivos ou dissertativos, noções como tempo, lugar, causa, assunto, finalidade e outras costumam participar da construção da coerência textual e da obtenção dos efeitos de sentido discursivos. CONJUNÇÃO Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como elemento de ligação: a conjunção. Por exemplo: A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amiguinhas. Preço - Vendemos o filhote de nosso cachorro a (por) R$ 300, 00. Origem - Você descende de família humilde. Especialidade - João formouse em Medicina. a menina mostrou Destino ou direção - Olhe para frente! viu as amiguinhas Deste exemplo podem ser retiradas três informações: segurou a boneca Distinção entre Preposição, Pronome Pessoal Oblíquo e Artigo Preposição: ao ligar dois termos, estabelecendo entre eles relação de dependência, o "a" permanece invariável, exercendo função de preposição. Por exemplo: Fui a Brasília. Pronome Pessoal Oblíquo: ao substituir um substantivo na frase. Por exemplo: Eu levei Júlia a Brasília. Eu a levei a Brasília. Artigo: ao anteceder um substantivo, determinando-o. Por exemplo: A professora foi a Brasília. Preposições, leitura e produção de textos A referência constante às preposições quando se estuda a Língua Portuguesa demonstra a importância que elas possuem na construção de frases e textos eficientes. As relações que Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações: 1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e mostrou 3ª oração: quando viu as amiguinhas. A segunda oração liga-se à primeira por meio do "e", e a terceira oração liga-se à segunda por meio do "quando". As palavras "e" e "quando" ligam, portanto, orações. Observe: Gosto de natação e de futebol. Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra "e" está ligando termos de uma mesma oração. Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Morfossintaxe da Conjunção Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 38 LINGUA PORTUGUESA As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma função sintática: são conectivos. De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em coordenativase subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção depende da existência do outro. Conjunções Coordenativas São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função gramatical. Subdividemse em: 1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição. São elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só...como também, bem como, não só...mas ainda . Por exemplo: A sua pesquisa é clara e objetiva. pesquisa como Por exemplo: mais Por exemplo: Não demore, que o filme já vai começar. Saiba que: a) As conjunções "e"," antes", "agora"," quando" são adversativas quando equivalem a "mas". Por exemplo: Carlos fala, e não faz. O bom educador não proíbe, antes orienta. Sou muito bom; agora, bobo não sou. Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem. b) "Senão" é conjunção adversativa quando equivale a "mas sim". Por exemplo: Conseguimos vencer não por protecionismo, senão por capacidade. c) Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração: as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio. Por exemplo: 2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas:mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. Tentei chegar consegui. Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa. 5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo) , porquanto. Classificação da Conjunção Ela não só dirigiu a também escreveu o relatório. Por exemplo: cedo, porém não 3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou...ou, ora, já...já, quer...quer, seja...seja, talvez...talvez. Por exemplo: Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário. 4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta. Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta. d) A palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais termos da oração a que pertence. Por exemplo: Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques. Quando é conjunção explicativa," pois" vem, geralmente, após um verbo no imperativo e sempre no início da oração a que pertence. Por exemplo: Não tenha receio, pois eu a protegerei. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 39 LINGUA PORTUGUESA Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. Eu não desistirei desse plano mesmo que todos me abandonem. Conjunções Subordinativas São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada. c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc. Por exemplo: Veja o exemplo: O baile já tinha começado quando ela chegou. O baile já tinha começado: oração principal quando: conjunção subordinativa ela chegou: oração subordinada Se precisar de minha ajuda, telefone-me. Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum negócio muito urgente. d) Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro. São elas:conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc. Por exemplo: As conjunções subordinativas em integrantes e adverbiais: subdividem-se 1. Integrantes Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem orações que equivalem a substantivos. São elas: que, se. Por exemplo: Espero que você volte. (Espero sua volta.) Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.) 2. Adverbiais Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a circunstância que expressam, classificam-se em: a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc. Por exemplo: Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. Como não se interessa por arte, desistiu do curso. b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc. Por exemplo: O passeio ocorreu como havíamos planejado. Arrume a exposição segundo as ordens do professor. e) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc. Por exemplo: Toque o sinal para que todos entrem no salão. Aproxime-se a fim de que possamos vêlo melhor. f) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal. São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais...(mais), quanto menos...(menos), quanto menos ...(mais), quanto menos...(menos), etc. Por exemplo: O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam. Quanto mais reclamava menos atenção recebia. Obs.: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que e na medida em que. g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal. São elas:quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 40 LINGUA PORTUGUESA Por exemplo: A briga começou assim que saímos da festa. A cidade ficou mais triste depois que ele partiu. h) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)...como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que(combinado com menos ou mais), etc. Por exemplo: O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. Ele é preguiçoso tal como o irmão. i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. Por exemplo: Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame. A dor era tanta que a moça desmaiou. Esfrega que esfrega, mas a mancha não sai. 2. Explicativa Por exemplo: Apressemo-nos, que chove. 3. Integrante Por exemplo: Diga-lhe que não irei. 4. Consecutiva Por exemplo: Onde estavas, que não te vi? 5. Comparativa Por exemplo: Ficou vermelho que nem brasa. 6. Concessiva Por exemplo: Beba, um pouco que seja. 7. Temporal Por exemplo: Chegados que fomos, dirigimo-nos ao hotel. 8. Final Por exemplo: Vendo o amigo à janela, fez sinal que descesse. Locução Conjuntiva Recebem o nome de locução conjuntiva os conjuntos de palavras que atuam como conjunção. Essas locuções geralmente terminam em "que". Observe os exemplos: visto que desde que ainda que por mais que à medida que à proporção que logo que a fim de que Atenção: Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, portanto, ser classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contexto. Assim, a conjunção que pode ser: 1. Aditiva ( = e) Por exemplo: 9. Causal Por exemplo: "Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tempo." (V.Coaraci) Conjunções, leitura e produção de textos O bom relacionamento entre as conjunções de um texto garante a perfeita estruturação de suas frases e parágrafos, bem como a compreensão eficaz de seu conteúdo. Interagindo com palavras de outras classes gramaticais essenciais ao interrelacionamento das partes de frases e textos como os pronomes, preposições, alguns advérbios e numerais -, as conjunções fazem parte daquilo a que se pode chamar de " a arquitetura textual", isto é, o conjunto das relações que garantem a coesão do enunciado. O sucesso desse conjunto de relações depende do conhecimento do valor relacional das conjunções, uma vez que estas interferem semanticamente no enunciado. Dessa forma, deve-se dedicar atenção especial às conjunções tanto na leitura como na produção de textos. Nos textos narrativos, elas estão muitas vezes ligadas à expressão de circunstâncias fundamentais à condução Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 41 LINGUA PORTUGUESA da história, como as noções de tempo, finalidade, causa consequência. Nos textos dissertativos, evidenciam muitas vezes a linha expositiva ou argumentativa adotada - é o caso das exposições e argumentações construídas por meio de contrastes e oposições, que implicam o uso das adversativas e concessivas. CORRELAÇÃO VERBAIS ENTRE TEMPOS Verbo É a palavra que, por si só, indica um fato (ação, estado, fenômeno) e situa-o no tempo. É o termo, na maioria dos casos, essencial do enunciado. MODOS DO VERBO a) Modo Indicativo: expressa atitudes de certeza. As crianças brincam no parque. b) Modo Subjuntivo: expressa atitudes de dúvida, hipótese. Se você não fosse embora, nós nos entenderíamos. c) Modo Imperativo: indica ordem, súplica, etc. Preste atenção, menino! TEMPOS DOS VERBOS São três os tempos fundamentais do verbo: presente, pretérito e futuro. Presente: enuncia o fato como realizado agora, no momento em que se fala. Eu posso passar no Vestibular. Pretérito: indica fotos que já aconteceram. Divide-se em Pretérito Imperfeito, Pretérito Perfeito, Pretérito-mais-que-perfeito. Futuro: exprime o fato como posterior a determinado momento. Divide-se em Futuro do Presente e Futuro do Pretérito: CONJUGAÇÃO VERBAL Os verbos estão distribuídos em três grupos, chamados conjugações: 1ª conjugação: terminados em –AR. 2ª conjugação: terminados em –ER. 3ª conjugação: terminados em –IR. FORMAÇÃO DO IMPERATIVO O imperativo não possui a 1ª do singular nem as as 3 pessoas. IMPERATIVO AFIRMATIVO No imperativo afirmativo, a 2ª pessoa do singular (tu) e a 2ª pessoa do plural (vós) derivam do presente do indicativo sem o ―S‖ final. As demais pessoas derivam do presente do subjuntivo. Presente do Indicativo Eu canto Tu canta s Ele canta Imperativo Afirmativo Nós cantamos Cantemos nós Vós cantai s Cantai vós Eles cantam Cantem vocês --------------Canta tu Cante você Presente do Subjuntivo Que eu cante, que tu cantes, que ele cante Que nós cantemos, que vós canteis, que eles cantem IMPERATIVO NEGATIVO Já no imperativo negativo, suas pessoas se equivalem às correspondentes do presente do subjuntivo. Presente do Subjuntivo Que eu cante Que tu cantes Que ele cante Imperativo Negativo Que nós cantemos Não cantemos nós Que vós canteis Não canteis vós Que eles cantem Não cantem vocês --------------Não cantes tu Não cante você Exercícios 01. Complete as frases com as formas verbais solicitadas entre parênteses: A) Ele não __ __________ (passar, pretérito imperfeito do indicativo) por aqui com freqüência. B) Você sempre _________ (chegar, presente do indicativo) às oito horas? C) Só ficará feliz quando me ________ (ver, futuro do subjuntivo) amanhã. D) Não _________ (odiar, 2ª pessoa plural, imperativo), não ____________ (incendiar, 2ª pessoa plural, imperativo), não ___________ (destruir, 2ª pessoa plural, imperativo), ___________ (fazer, 2ª pessoa plural, imperativo) o bem, ___________ (ajudar, 2ª pessoa plural, imperativo) o próximo, ______________ (contribuir, 2ª pessoa plural, imperativo) para o desenvolvimento econômico do país e para a paz social. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 42 LINGUA PORTUGUESA E) _______(dar, 2ª pessoa singular, imperativo) atenção às palavras do mestre e não ___________ (seguir, 2ª pessoa singular, imperativo) os conselhos errados dos que aderiram à subversão. 02. ―Para você VIR à cidade , é preciso VIRAR à direita ao VER a Ponte da Amizade.” Frase transformada: Para tu ____ à cidade, é preciso que ______ à direita quando ______ a Ponte da Amizade. A) vir – vire - ver B) vires – vires – veres C) venhas – vires – vejas D) vir – virá – ver E) vires – vires – vires 03. Considere as orações: “Não faça pré-julgamento dos fatos. Analiseos.” Em que alternativa seus verbos estão corretamente flexionados na 2ª pessoa do singular? A) Não faz pré-julgamento dos fatos. Analise-os. B) Não faças pré-julgamento dos fatos. Analisaos. C) Não fazes pré-julgamento dos fatos. Analisaos. D) Não façais pré-julgamento dos fatos. Analisaios. E) Não façam pré-julgamento dos fatos. Analisem-nos. 04. — ―Dodói, vai-te embora! ―Deixa o meu filhinho, ―Dorme... dorme... meu...‖ Essa estrofe do poema é construída como um diálogo imaginário, com o uso da segunda pessoa do singular - tu. Empregando-se a terceira pessoa (você), como devem ficar os verbos adotados na estrofe? (A) vás / deixes / durmas (B) vais / deixas / dormes (C) vá / deixe / durma (D) ide / deixai / dormi (E) vão / deixem / durmam 05. Complete as frases, empregando as formas verbais solicitadas: A) Quando eu _______(ver, futuro do subjuntivo), tudo farei para que eles não_____________(escapar). B) ___________(refletir, imperativo) bem, não_________(mentir, imperativo), assim nós sempre acreditaremos em ti. C) Tomando este xarope, espero que você não _________(tossir, pres. subjuntivo) mais. 06. Através da palavra destacada, determine em que pessoa gramatical está cada uma das frases abaixo. Em seguida, preencha a lacuna com uma das formas de imperativo que estão entre parênteses: A) _______ para a casa de teus pais. (volte – volta) B) _______o futuro e serás feliz. (prepara – prepare) C) Você será chamado, não se _______.(preocupa– preocupes – preocupe) D) Não ________ a tolice de estudar tanto as vossas lições. (fazei – façai – façais) E) Tudo que lhe dizem é verdade, por isso ________ aqui. (fica – fique – fiques) 07. O anúncio publicitário a seguir é uma campanha de um adoçante, que tem como seu slogan a frase ―Mude sua embalagem‖. A palavra ―embalagem”, presente no slogan da campanha, é altamente expressiva e substitui a palavra (A) vida. (B) corpo. (C) jeito. (D) história. (E) postura. VERBOS IMPESSOAIS IMPESSOAIS são aqueles verbos conjugados apenas na 3ª pessoa do singular, que não apresentam sujeito. Geralmente indicam fenômenos da natureza. São também impessoais os verbos haver, no sentido de existir, e o verbo fazer no sentido de tempo decorrido. Aparecem normalmente: a) Nas orações existenciais com o verbo haver. Havia milhares de pessoas no recinto. b) Nas orações que fenômenos naturais: Ventou muito durante o dia. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br exprimem Página 43 LINGUA PORTUGUESA c) Nas orações onde o verbo fazer indica tempo decorrido: Faz dias que não os vejo. TRANSITIVIDADE A classificação de um verbo como intransitivo ou transitivo depende da oração ou do contexto em que ele surge. Ele lê mal. (verbo intransitivo) Ele lê jornais. (verbo transitivo) VERBO INTRANSITIVO Quando o verbo não exige um elemento sobre o qual recaia a ação, chama-se intransitivo. O rapaz caiu de mal jeito no chão. VERBO TRANSITIVO DIRETO Necessita de um complemento verbal (objeto direto) sem preposição. O menino imaginou coisas interessantes. VTD OD VERBO TRANSITIVO INDIRETO São verbos que necessitam de complemento iniciado por preposição (objeto indireto) para completar o seu sentido. Ela gosta DE feijão. VTI OI VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO São todos os verbos que apresentam dois complementos: um deles sem preposição (OD) e outro com preposição (OI). Ele deu um presente A você. VTDI OD OI Joana prefere as festas AO estudo. VTDI OD OI VOZES VERBAIS Vozes do verbo são as formas que estes assumem para indicar a relação de atividade, passividade ou, simultaneamente, ambas as coisas. São três: ativa, passiva e reflexiva. ATIVA O sujeito é agente, isto é, exerce a ação expressa pelo verbo. Observe: O presidente acabou com aquela nação. PASSIVA O sujeito é paciente, ou seja, sofre ou recebe a ação pelo verbo. Aquela nação foi destruída pelo mau presidente. A voz passiva pode apresentar-se de duas formas: analítica e sintética. ANALÍTICA: formada pelo verbo auxiliar SER seguido do particípio do verbo principal. As meninas foram beneficiadas no concurso. Os barcos serão consertados pelos pescadores. SINTÉTICA: o verbo principal apresenta-se conjugado na 3ª pessoa, acompanhado do pronome apassivador SE. Consertam-se barcos de pescadores. Ainda não se consertou o carro de corrida. REFLEXIVA O sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente: pratica e sofre a ação expressa pelo verbo. O homem feriu-se com a faca. Os amigos cumprimentaram-se na rua. Exercícios 08. Transpondo-se para a voz passiva a frase Esses meios desrespeitam a consciência e a liberdade da pessoa moral, a forma verbal resultante será (A) serão desrespeitadas. (B)) são desrespeitadas. (C) desrespeita-se. (D) são desrespeitados. (E) é desrespeitada. 09. Transpondo-se para a voz passiva a frase O jornal e os jornalistas devem sempre preservar sua independência, o segmento sublinhado ficará (A) sempre deverá ser preservada. (B) devem sempre ser preservados. (C) deve sempre ser preservada. (D) sempre se deverá preservar. (E) sempre se devem preservar. 10. A construção que admite transposição para a voz passiva é: (A) São inúmeras as conseqüências dessa idolatria. (B) As leis do mercado favorecem esse culto da juventude. (C) A juventude deixou de ser uma fase da vida. (D) Resulta disso tudo uma espécie de código comportamental. (E) Cresce a olhos vistos a oferta de produtos associados à juventude. 11. Pensam em novas formas de suprimento de energia ... O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está na frase: (A) Durante milênios convivemos com a convicção... (B) Há outros ângulos do problema ... Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 44 LINGUA PORTUGUESA (C) ... que entopem as caixas de recepção de mensagens no mundo ... (D) ... que a própria ONU criou diretrizes mundiais ... (E) ... se haverá um limite para a internet ... 12. Quem acompanhou a trajetória do Programa Nacional do Álcool ... O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está na frase: (A) ... ninguém apostava no seu êxito imediato ... (B) ... com que ele não contava em experiências anteriores do uso do álcool ... (C) ... sabe de seus altos e baixos. (D) ... provocaram a queda das vendas desses veículos (E) ... que se tornaram residuais. 13. O presente do indicativo, marcante na construção do poema, é um tempo verbal que pode ser empregado com valores diversos. Qual a explicação correta para o emprego do presente do indicativo nos versos ―...o operário / que esmerila seu dia de aço / e carvão / nas oficinas escuras‖? (A) Atualização do passado histórico. (B) Demonstração de ação habitual. (C) Expressão de ação simultânea. (D) Indicação de um futuro próximo. (E) Marcação de ação momentânea. 14. "É provável que haja uma correlação significativa entre o número de navios no porto e a ocorrência de ataques - O verbo que se apresenta no mesmo tempo e no modo da forma verbal grifada acima está na frase: (A) Tubarões atacam surfistas e banhistas nas praias. (B) Não se registraram casos de ataque antes da década de 90. (C) Duas espécies de tubarões comportam-se de maneira mais agressiva. (D) É importante que os surfistas se mantenham dentro desses limites. (E) Os ataques aos banhistas nas praias começam na década de 90. 15. A forma verbal corretamente conjugada está em (A) Escreve nesta folha o que você achou da proposta. (B) É indispensável que todos os interessados fazem a sua parte. (C) Todas as pessoas que vêem a Amazônia ficam deslumbradas. (D) Quando a Fundação propor um programa de preservação, a população aplaudirá. (E) Espero que as pessoas se precavenham contra a destruição da floresta. 16. Assinale a opção em que os verbos estão flexionados corretamente, de acordo com a norma culta da língua. (A) Vou ficar bastante feliz se você se dispor a aceitar o convite. (B) Quando ele compor a comissão, talvez já seja tarde demais. (C) Só vou à reunião de estudos se ele primeiro vir à minha casa. (D) Quer que eu digito o texto de português para você? (E) Quando eu vir o secretário, peço a ele para entrar em contato. 17. Na frase Investimentos na integração por meio dos rios vai tirar municípios amazonenses do isolamento, a expressão verbal vai tirar pode ser adequadamente substituída, sem alteração de sentido, por: (A) tiraria. (B) tirará. (C) tira. (D) teria tirado. (E) poderá tirar. PRÁTICA DE TEXTO OPERADOR(A) JÚNIOR/SUAPE-2009 Prata do lixo O valor da latinha de alumínio para a sociedade Reciclagem é um bom negócio. Um negócio sustentável. Assim é a reciclagem da lata de alumínio. Ela possui as vantagens de ser economicamente viável, ambientalmente correta e socialmente responsável. Por onde passa, a latinha de alumínio é reaproveitada e vira dinheiro. Por ser completa e infinitamente reciclável, uma só latinha recuperada pode ser revertida em outra idêntica. ―Ao reciclar uma lata, evita-se a extração da bauxita (matéria-prima do alumínio) da natureza e se economiza muita energia no processo de produção‖, salienta o gerente de política ambiental da Secretaria de Ciência Tecnologia e Meio Ambiente de Pernambuco (Sectma). Os números são impactantes. Um quilo de alumínio reciclado equivale a cinco quilos do minério, que não é renovável. Para produzir uma tonelada de latas são necessários 750 kWh, enquanto a mesma quantidade produzida com Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 45 LINGUA PORTUGUESA alumínio primário gasta 17.600 kWh. Ou seja, a reciclagem da latinha também proporciona uma economia de 95% de energia elétrica. Isso seria suficiente, por exemplo, para manter ligado um aparelho de TV durante três horas ou uma lâmpada de 100 watts por 20 horas. [...] Considerando o ciclo de vida das embalagens, a lata de alumínio para bebidas é uma das que levam menos tempo para ser reciclada e voltar para as prateleiras dos supermercados. Em média, são apenas 30 dias. Até chegar à indústria, no entanto, a latinha passa por várias mãos. Nas ruas e lixões ou nos condomínios e bares, ela é disputada por catadores [...]. O material é juntado em poucos quilos e vendido nas associações que comercializam o metal ou para deposeiros. ―Os deposeiros vendem as latinhas para comerciantes de alumínio, também chamados de atravessadores, em um volume maior, que ultrapassa os 100 kg‖, explica um dos coordenadores do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis do Norte/Nordeste. 1. Pela leitura do texto, pode-se inferir que o título (Prata do lixo) NÃO diz respeito ao fato de a(o) (A) palavra prata poder representar dinheiro. (B) lata ser reaproveitada, mesmo depois de descartada no lixo. (C) alumínio ser prateado. (D) nome prata se referir a material nobre. (E) material de que são feitas as latas de lixo ser prateado. 2. Conforme o primeiro parágrafo do texto, a latinha de alumínio NÃO pode ser (A) acusada de causar poluição. (B) considerada lucrativa. (C) transformada em outra, idêntica a ela. (D) reciclada mais de uma vez. (E) totalmente reaproveitada. (E) energia gasta pela indústria das latas de alumínio é sempre muito grande. 4. Observe as palavras à esquerda, retiradas do texto, e verifique se elas se referem à palavra ou às expressões à sua direita, apresentadas a seguir. I – ―Assim‖ (L. 2) – um negócio sustentável II – ―minério‖ (L. 15) – alumínio III – ―Isso‖ (L. 21) – 750 kWh IV – ―ela‖ (L. 30) – a latinha Estão corretas APENAS as referências (A) I e II. (B) I e IV. (C) II e III. (D) II e IV. (E) III e IV. 5. De acordo com o contexto em que está usada, a palavra ―salienta‖ (L. 11) significa (A) enaltece. (B) retifica. (C) diz. (D) destaca. (E) descreve. 6. O verbo virar foi usado da mesma maneira que em ―...vira dinheiro.‖ (L. 6) em (A) O pintor tropeça e vira a lata de tinta. (B) O mar, que estava de ressaca, virou o barco. (C) O petróleo, depois de devidamente processado, vira gasolina. (D) O mecânico, quando faz uma boa revisão, vira o carro do avesso. (E) Os policiais viraram todo o carro à procura de novas pistas. 7. Indique a única frase em que o verbo está flexionado corretamente. (A) 95% das televisões está diariamente em uso no país. (B) Para o consumo industrial,17.578 watts não representa nada. (C) Considera-se que até mesmo 1% de economia de água é bom para a Terra. (D) A imprensa noticia que menos de 10% dos cidadãos se preocupa com o meio ambiente. (E) Milhares de árvores da Floresta Amazônica é abatida mensalmente. 3. A afirmativa ―Os números são impactantes.‖ (L. 14) é feita porque o(a) (A) gasto de energia é muito menor para refazer uma lata do que para fazer uma lata completamente nova. (B) tempo de reciclagem de uma tonelada de latas equivale ao gasto de uma lâmpada de 100 watts. (C) produção de latas a partir de minério é mais vantajosa do que sua produção com material reciclável. (D) produção de latas proporciona economia de energia elétrica gasta pelas televisões. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 46 LINGUA PORTUGUESA SUJEITO INEXISTENTE ESTRUTURA DA ORAÇÃO, ESTRUTURA DO PERÍODO, TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO E PREDICATIVO Sujeito: é o termo que exprime o ser a respeito do qual se declara ou se indaga alguma coisa. Predicado: é aquilo que se declara a respeito do sujeito. Em sua formação é obrigatória a presença de um verbo ou locução verbal. TIPOS DE SUJEITO Os sujeitos podem ser determinados ou indeterminados. Há ainda orações que não têm sujeito. SUJEITO SIMPLES Apresenta apenas um núcleo. João comeu uma fruta. SUJEITO COMPOSTO Apresenta mais de um núcleo. O menino e o pai são unidos. Obs: Nem sempre há necessidade de explicitar o sujeito de uma oração, seja porque já figura numa oração contígua, seja porque a desinência do verbo claramente o indica. Diz-se, então, que o sujeito está elíptico, ou oculto por elipse. Estou sozinho. Saímos com Ana. SUJEITO INDETERMINADO Ocorre quando não se quer ou não se pode identificar a quem claramente o predicado da oração se refere. Há duas maneiras de se identificar o sujeito de uma oração: A) o verbo é colocado na 3ª pessoa do plural, sem referência a nenhum termo identificado anteriormente, nem aos pronomes ―eles‖ ou ―elas‖. Telefonaram para você hoje de manhã.. B) o verbo surge acompanhado do pronome ―se‖, que atua como índice de indeterminação do sujeito. Essa construção ocorre com verbos que não apresentam complemento direto - VERBOS INTRANSITIVOS, TRANSITIVOS INDIRETOS E DE LIGAÇÃO . O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular. Vive-se melhor nas cidades pequenas. Precisa-se de professores competentes. Tratava-se de questões delicadas. Em nossa terra não se vive senão de política. Ocorre com verbos impessoais. São eles: A) Verbos que exprimem fenômenos da natureza: Anoiteceu calmamente ontem. Obs: Quando usados de forma figurada, esses verbos podem ter sujeito determinado: Trovejei raiva para todos os lados. B) Os verbos estar, fazer, haver e ser nas frases em que se relacionam com a expressão de tempo ou fenômeno natural: Está cedo. Já é tarde. Faz meses que não o vimos. O verbo ser , em alguns casos, concorda na 3ª pessoa do plural, fato que não altera a sua impessoalidade. São duas horas. Daqui até em casa são sete quilômetros. C) O verbo haver, quando exprime existência ou acontecimento: Há boas notícias para você. Deve ter havido muitos episódios naquela viagem. O verbo HAVER (no sentido de existir) e outros impessoais transmitem a impessoalidade aos verbos que, com eles, formam locução verbal. Não possuem sujeito, então, as orações abaixo: Deve haver um problema. Vai chover à tarde. Pode fazer cinco anos que não chove. Há de haver fatos. Mantêm-se sempre na 3ª pessoa do singular. Muitas outras construções há que ocorrem sem sujeito possível. Aqui não está bom. Vai para 4 anos que ele viajou. Onde lhe dói? Passa das seis horas. TIPOS DE PREDICADO Os predicados podem ter como núcleo um verbo ou um nome. Há também predicados que têm um verbo e um nome como núcleos ao mesmo tempo. PREDICADO VERBAL: o núcleo é sempre um verbo. Os estudantes participaram das manifestações. Nada mais podia ser feito naquela situação. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 47 LINGUA PORTUGUESA PREDICADO NOMINAL: o núcleo é um nome ligado ao sujeito por um verbo de ligação. O núcleo do predicado nominal é o predicativo do sujeito. A vida é frágil. Nós permanecemos quietos. PREDICADO VERBO-NOMINAL: os núcleos são dois: um verbo e um nome predicativo que pode referir-se ao sujeito ou a um complemento verbal. Os excursionistas voltaram exaustos. Consideramos inaceitável a proposta. Casos de predicado verbo-nominal: Verbo intransitivo + predicativo do sujeito: Ela viajou insatisfeita. Verbo transitivo direto + predicativo do sujeito: Ela comprou um carro endividada. Verbo transitivo indireto + predicativo do sujeito: Mônica assistia a tudo impaciente. Verbo transitivo direto + predicativo do objeto: Ela considerou o carro bonito. PREDICATIVO Termo que, através de um verbo de ligação, relaciona-se ao sujeito ou ao objeto da oração atribuindo-lhes uma qualidade, uma característica ou um estado. A viagem foi monótona. Alguns participantes permaneciam calmos. O medo torna covardes os homens. O professor conversou com o nervoso aluno. QUANTO À ANÁLISE DO PREDICATIVO: a) Às vezes, o verbo de ligação pode estar oculto na oração. Os atletas terminaram a corrida (e estavam) exaustos. b) Quando se tratar de predicativo do objeto, note que nem sempre a estrutura da oração mostra claramente o verbo de ligação. A vitória deixou famoso o piloto. Exercícios 1. Há uma inversão na ordem natural dos termos da oração em: A) ―Fecha os olhos...‖ B) ―Escuta a água nos vidros...‖ C) ―Não anuncia nada.‖ D) ―Renascerão as cidades submersas?‖.‖ E) ‖Os homens submersos voltarão?‖ 2. Até ontem, já ....... duas mil pessoas desabrigadas em todo o estado, e muitas mais ....... se ........as chuvas torrenciais. A) existiam - haverá - continuar B) existiam - haverão - continuarem C) existia - haverá - continuar D) existia - haverão - continuarem E) existiam - haverá - continuarem 3. Explique a diferença que existe entre o emprego do verbo haver nas orações "Havia muitas estrelas" e "Haviam contado muitas estrelas". Observando essa diferença, empregue o verbo haver nas orações abaixo, mantendo o mesmo tempo em que foram construídas as orações indicadas no item ―a‖: I - Quando pequenos, .................................. participado de muitos jogos. II - No lugar onde construíram aquele conjunto residencial, ..........................apenas casas comerciais. 4. Assinale a alternativa correta em relação à classificação dos predicados das orações abaixo: I - Todos nós consideramos a sua atitude infantil. II - A multidão caminhava pela estrada poeirenta. III - A criançada continua emocionada. A) I - predicado verbal, II - predicado nominal, III predicado verbo-nominal B) I - predicado nominal, II - predicado verbal, III predicado verbo-nominal C) I - predicado verbo-nominal, II - predicado verbal, III - predicado nominal D) I - predicado verbo-nominal, II - predicado nominal, III - predicado verbal E) I - predicado nominal, II - predicado verbal, III predicado nominal TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO Os termos integrantes da oração são os complementos verbais (objeto direto e indireto), o complemento nominal e o agente da passiva. COMPLEMENTOS VERBAIS Há dois tipos de complementos verbais: o objeto direto e o objeto indireto. OBJETO DIRETO É o termo da oração que, sem a presença de preposição, relaciona-se a um verbo transitivo direto, complementando-lhe o sentido e servindo de receptor do processo verbal. Características: 1) O objeto direto não apresenta preposição. Muitos torcedores vaiaram o goleiro. 2) A oração que tem objeto direto admite a passagem para a voz passiva analítica. Todos discutiram o acordo. (voz ativa) Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 48 LINGUA PORTUGUESA O acordo foi discutido por todos. (voz passiva analítica) 3) Os pronomes O, A, OS, AS atuam como objetos diretos, ou seja, complementos de verbos transitivos diretos. Comuniquei minhas conclusões aos colegas presentes. Comuniquei- as aos colegas presentes (objeto direto) Avisei os presentes. Avisei- os . (objeto direto) OBJETO INDIRETO É o termo da oração que, por intermédio de preposição, relaciona-se a um verbo transitivo indireto, complementando-lhe o sentido e servindo de receptor do processo verbal. Características: 1) O objeto indireto sempre é iniciado por preposição. Algumas pessoas desconfiaram da situação. Elas precisam de você. A preservação da biodiversidade é necessária às gerações futuras. - núcleo do sujeito: preservação - complemento nominal: da biodiversidade - núcleo do predicativo do sujeito: necessária - complemento nominal: às futuras gerações. O pronome oblíquo LHE pode atuar como complemento nominal: Tenho-lhe uma justificada admiração. (Tenho uma justificada admiração por você) Exercícios 05. Nos períodos abaixo, dê a função sintática dos pronomes oblíquos destacados: A) Nós o elogiamos. ________________________________________ B) Eu lhe agradeci bastante. ________________________________________ C) João me persegue todos os dias. ________________________________________ 2) Os pronomes lHE, lHES atuam, geralmente como objetos indiretos. Comuniquei-lhes minhas conclusões. Todos lhe obedecem. Contei-lhe o segredo. D) Confie em mim. ________________________________________ OBS: Os pronomes me, te, se, nos e vos podem atuar como objetos diretos ou indiretos, de acordo com a transitividade verbal. Elegeram-me representante da classe. (O.D) Mostraram-me um mundo inusitado. (=Mostraram a mim) (O.I) Isto te pertence. (=Isto pertence a ti) (O. I) Ele nos chama. (=Ele chama por nós) (O.D) 06. Sublinhe os complementos nominais: A) O homem tinha medo das trovoadas. B) Ninguém está contente com a sua sorte. C) A moça tem muita disposição para a matemática. D) Há silêncio relativamente àquela denúncia. E) O telefone tornou-se indispensável ao homem moderno. COMPLEMENTO NOMINAL Característica: 1) Relaciona-se ao nome que ele completa sempre através de uma preposição. Faça uma cuidadosa leitura do texto. Há um amigo descontente com nossa atitude. Tenho confiança em Deus. O complemento nominal não se relaciona diretamente com o verbo da oração, e sim com um nome que pode desempenhar as mais diversas funções. E) Joana olhou-se no espelho. ________________________________________ AGENTE DA PASSIVA Característica: É o elemento que pratica a ação verbal quando a frase está na voz passiva. Em geral, o agente da passiva apresenta a preposição pelo e mais raramente a preposição de. O armazém foi destruído por um incêndio. AS VOZES VERBAIS Há três vozes verbais: a voz ativa, a passiva e a reflexiva. Na voz ativa, o sujeito é, normalmente, o agente do processo verbal. Na voz passiva, o sujeito é o paciente do processo verbal. Na reflexiva, o sujeito age sobre si mesmo, sendo ao mesmo tempo agente e paciente do processo verbal. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 49 LINGUA PORTUGUESA Ao lado dessa forma de voz passiva analítica (formada com um verbo auxiliar), está a passiva sintética. A voz passiva sintética (ou pronominal ou reflexiva) não é acompanhada do complemento de agente, como acontece na construção passiva com auxiliar + particípio. Ela tem como ponto de partida uma oração na voz ativa cujo sujeito está indeterminado. Para formála, utiliza-se o pronome se , que recebe o nome de pronome apassivador ou partícula apassivadora. O verbo na voz passiva sintética concorda em número e pessoa com o sujeito da oração: Vendeu-se aquela casa. / Venderam-se aquelas casas. Divulgou-se o resultado. / Divulgaram-se os resultados. Frases como: “A adolescente recebeu uma agressão” / “O homem recebeu um tapa” , apresentam-se na voz ativa. Apenas os verbos transmitem idéia de passividade. Lembre-se de que a voz passiva aparece ou na forma sintética (VTD+se; VTDI+se) ou na analítica (verbo auxiliar + particípio do verbo principal) Não confunda o predicado nominal com o predicado verbal na voz passiva: a. A casa está destruída. (Predicado nominal – o verbo exprime estado e é de ligação. Logo, destruída é um predicativo do sujeito). b. A casa foi destruída. (Predicado verbal – o verbo exprime ação, fato ocorrido a casa, além de caracterizar a voz passiva analítica). TERMOS ACESSÓRIOS E O VOCATIVO ADJUNTO ADVERBIAL O adjunto adverbial é representado por um advérbio, uma locução adverbial ou uma expressão adverbial. Algumas circunstâncias expressas pelos adjuntos adverbiais: . AFIRMAÇÃO: Sim, efetivamente estive lá. . DÚVIDA: Talvez a vida melhore. . FIM, FINALIDADE: Prepararam-se para o exame. . MEIO: Viajei de trem. . COMPANHIA: Foi acampar com alguns amigos. . INSTRUMENTO: Os astronautas agarraram o satélite com as próprias mãos. . INTENSIDADE: Tem sido uma crise bastante prolongada. . LUGAR: Vou à praia. Estou no meu quarto. . MODO: Agiu com determinação. Receberamnos afetuosamente. . NEGAÇÃO: Não se fazem certas coisas. . TEMPO: A repartição funciona das 8h às 11h. Partiram em janeiro. ADJUNTO ADNOMINAL (PLANA) É o termo que caracteriza um substantivo sem a intermediação de um verbo. É representado por PRONOMES ADJETIVOS, LOCUÇÃO ADJETIVAS ADJETIVOS, NUMERAIS e ARTIGOS,. Peguei seu óculos, mas não o perdi. Ela possui uma língua de víbora. O homem sofre com a dor de fígado. PRONOMES ÁTONOS COMO ADJUNTOS ADNOMINAIS Os pronomes átonos podem funcionar na frase com o valor de possessivos. Em tal caso são analisados como adjuntos adnominais dos substantivos a que se referem. Levaram-me o dinheiro. (meu dinheiro) Não lhe conheço os defeitos. (seus defeitos) Corrigiu-nos os erros. (nossos erros) A bebida anulou-me a razão. (minha razão) A mulher acariciou-lhe a face. (a face dele) Ninguém lhe ouvia as rezas. (as rezas dele). APOSTO A função do aposto é explicar, esclarecer, identificar de maneira mais exata ou resumir um nome da oração ao qual ele se refere. O aposto é empregado principalmente para: A. Explicar um termo anterior Petrópolis, cidade carioca, é muito bonita. B. Enumerar um termo anterior. Um outro país está fora da Copa do Mundo de Futebol: a Argentina. C. Resumir um termo anterior Primos, tios, padrinhos, todos compareceram. D. Especificar um termo anterior O rio Tietê atravessa o estado de São Paulo. VOCATIVO Vocativo é o termo da oração usado para chamar, pelo nome, apelido, característica, o ser com quem se fala. Na escrita, o vocativo aparece sempre isolado por vírgulas. Amigo, venha visitar-me no próximo domingo. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 50 LINGUA PORTUGUESA Senhor presidente, pedimos que comporte de forma condizente com importância de seu cargo. se a DIFERENÇAS ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL E COMPLEMENTO NOMINAL ADJUNTO ADNOMINAL Somente se refere a SUBSTANTIVOS (concretos e abstratos); É o agente da ação expressa pelo nome; Pode indicar posse ou possuidor. COMPLEMENTO NOMINAL Somente se refere a SUBSTANTIVOS ABSTRATOS, ADJETIVOS e a ADVÉRBIOS. É o paciente da ação expressa pelo nome. NUNCA indica posse ou possuidor. E) voz passiva e pronome apassivador. 09. Assinale a frase que não está na voz passiva. A) O atleta foi estrondosamente aclamado. B) Serve-se comida natural. C) Fizeram-se apenas os reparos mais urgentes. D) Escolheu-se, infelizmente, o homem errado. E) Entreolharam-se agressivamente os dois competidores. 10. ―Só assim evitar-se-ia que as crises, nacional e mundial, se transformassem em drama coletivo de grandes proporções.‖ As vírgulas, no segmento acima, ocorrem porque separam (A) aposto. (D) vocativo. (B) oração coordenada. (E) sujeitos. (C) complementos. Exercícios 07. Classifique as locuções abaixo sublinhadas em adjunto adnominal (AA) ou em complemento nominal (CN), colocando entre parênteses a sua resposta: ( ) A ofensa do torcedor irritou o juiz. ( ) As ondas do mar atingirão a costa. ( ) A invasão da floresta ocorreu em abril último. ( ) A casa de João desapareceu do mapa. ( ) Eu estava a favor, contrariamente a todos. ( ) A terra dos indígenas foi demarcada. ( ) Voltei ao banco, que estava cheio de policiais. ( ) A apresentação dos documentos é necessária. ( ) O conserto da rua foi aprovado pelo prefeito. ( ) Ela agiu contrariamente à vontade do grupo. ( ) A intervenção do cantor foi inesperada. ( ) A moça perdeu a carteira de identidade. ( ) A confiança nos irmãos ajudou-o a sair do buraco. ( ) A confiança dos irmãos ajudou-o a sair do buraco. ( ) Um oficial de justiça veio procurá-lo. ( ) Aquele homem era o rei da mentira. ( ) Encontraram vários pacotes de dinheiro. Exercícios 08. Na passagem "Serve-se comida natural", quanto à voz do verbo e à função da palavra SE, temos, respectivamente: A) voz reflexiva e pronome reflexivo. B) voz ativa e índice de indeterminação do sujeito. C) voz reflexiva e pronome apassivador. D) voz ativa e pronome reflexivo 11. A função sintática (entre parênteses) corresponde à palavra ou expressão destacada, EXCETO em (A) ―...morava na Rua da União, Bairro da Boa Vista.‖ (aposto) (B) ―a casa de meu avô era a última...‖ (predicativo) (C) ―na funda ribanceira, corria o rio,‖ (sujeito) (D) ―marcando com toquinhos de pau o progresso das águas...‖ (objeto direto) (E) ―que entrava a esmagar o milho verde cozido...‖ (adjunto adverbial de modo) 12. O termo da oração em destaque está identificado de acordo com a sintaxe em (A) ―Cantavam tristes,‖ – adjunto adverbial de modo (B) ―De manhã, chegavam ao mercado do peixe...‖ – adjunto adverbial de lugar (C) ―Viam-se cercados pelos fregueses.‖ – objeto indireto (D) ―Vinham cozinheiras, homens de importância da terra,‖ – núcleos do sujeito composto (E) ―Pareciam quietos, de noite bem dormida,‖ – objeto direto Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 51 LINGUA PORTUGUESA Sintaxe do Período Antes de se iniciar esse assunto, vale ressaltar que período é uma frase organizada em uma ou mais orações e terá tantas orações quanto for o número de verbos ou locuções verbais. Período Simples : é aquele formado por apenas uma oração. Período Composto: é aquele formado por duas ou mais orações. CLASSIFICAÇÃO As relações que se estabelecem entre as orações do período composto são de três tipos: Subordinação: relação que liga uma oração principal a uma ou mais de uma oração subordinada. Coordenação: relação entre orações independentes, do mesmo valor. Coordenação e Subordinação: relação entre orações subordinadas e coordenadas entre si. PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO As orações subordinadas podem ser: SUBSTANTIVAS: exercem função de substantivo. Ele admitiu que foi derrotado (a) (b) (a) Oração principal (b) Oração subordinada – desempenha a função de objeto direto da oração anterior. ADJETIVAS : exercem função de adjetivo. A mulher que trabalha é independente. (a) (b) (a) Oração principal Oração subordinada (= adjunto adnominal) ADVERBIAIS : exercem função de advérbio. Viajamos quando podemos. (a) (b) (a) Oração principal (b) Oração subordinada (= adjunto adverbial) ORAÇÕES SUBSTANTIVAS SUBORDINADAS Apresentam o valor de um substantivo e, sintaticamente, a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito e aposto. Elas podem apresentar-se em forma desenvolvida ou reduzida de infinitivo. Para mais fácil reconhecimento da função sintática de uma oração substantiva, podemos substituí-la pelo pronome demonstrativo ISTO: a função que couber ao pronome indicará a função exercida pela oração. CLASSIFICAÇÃO SUBJETIVAS Toda vez que a oração principal apresentar os casos abaixo, a oração subordinada substantiva será subjetiva: 1. Verbo de ligação + predicativo; 2. Verbo unipessoal (constar, parecer, convir, interessar, etc.); 3. Verbo na voz passiva. É conveniente que você regresse. No relatório consta que ele faltou. Foi divulgado que você retornaria. OBJETIVAS DIRETAS A oração desempenha função de objeto direto. A prefeitura exigiu que tudo fosse pago. Veja se ele está bem de saúde. OBJETIVAS INDIRETAS A oração desempenha função de objeto indireto. Seus amigos confiam em que você vença. Aconselha-o a que trabalhe mais. COMPLETIVAS NOMINAIS Possuem a função de complemento nominal de um substantivo ou adjetivo da oração principal. Estava ansioso por que voltasses. Sou favorável a que o prendam. PREDICATIVAS Exercem função de predicativo do sujeito da oração principal. Nossa preocupação era que chovesse. O fato é que eles não trabalham. APOSITIVAS Servem de aposto. Só desejo uma coisa: que sejam felizes. _______________________________________ Exercícios 01.Classifique as orações subordinadas substantivas de acordo com o seguinte código: S – subjetiva OD – objetiva direta _____ O rei berrou que estava cheio dos sermões da rainha. _____Convém que você fuja imediatamente. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 52 LINGUA PORTUGUESA _____Conta-se que naquela torre habita uma bruxa. _____Contam que naquela torre habita uma bruxa. _____É provável que ele chegue ainda hoje. _____Parece que eles chegaram à cidade. _____Ela afirmou categoricamente que o episódio não era verdadeiro. _____Comenta-se que poucos foram reprovados. 02. Anteponha aos períodos OI quando houver oração substantiva objetiva indireta e CN se ocorrer completiva nominal. _____Tenho a certeza de que um amigo irá ajudá-la muito. _____Joana agarrava-se loucamente à esperança de que Dedé haveria de voltar. _____Eles agora se convenceram de que o estudo é indispensável. 03. Assinale a alternativa cuja oração é predicativa: A) É claro que eles não virão. B) Acontece que ela sumiu. C) Sabe-se que a notícia não é verdadeira. D) Parece que tudo mudou. E) O certo foi que tudo morreu. 04. Assinale o único item em que a oração sublinhada não exerce a mesma função. A) Ignora-se como se deu o acontecimento. B) Argumenta-se que o país não tem tecnologia competitiva. C) Já se percebia que o tempo estava nublado. D) Esqueça-se de que ainda há problemas. E) Sabia-se que seria impossível a vitória da seleção do Chile. 05. Em ―É possível que comunicasses sobre política‖, a segunda oração é: A) subordinada substantiva objetiva direta. B) subordinada substantiva predicativa. C) subordinada substantiva apositiva. D) subordinada substantiva subjetiva. E) principal. 06. Classifique a oração subordinada nessa passagem de Drummond: ―Meu pai dizia que os amigos são para as ocasiões‖. A) subordinada substantiva objetiva indireta B) subordinada substantiva objetiva direta C) subordinada substantiva completiva nominal D) subordinada substantiva predicativa E) subordinada substantiva conclusiva. A) substantiva predicativa B) substantiva completiva nominal C) substantiva objetiva direta D) substantiva subjetiva E) substantiva apositiva ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS Apresentam o valor de um adjetivo, pois quase sempre modificam um termo antecedente a elas. Funcionam, sintaticamente, como adjunto adnominal e, às vezes, como se fossem um aposto explicativo. CLASSIFICAÇÃO EXPLICATIVAS Explicam ou esclarecem, à maneira de aposto, o termo antecedente, atribuindo-lhe uma qualidade que lhe é inerente ou acrescentandolhe uma informação. Na escrita, a adjetiva explicativa é sempre isolada por vírgulas. Deus, que é bom, perdoa sempre. A casa, cujo dono viajou, foi vendida. RESTRITIVAS Não aparece isolada por vírgulas e serve para restringir o sentido de seu antecedente. O homem que trabalha é útil à sociedade. Pedra que rola não cria limo. Exercícios 08. Ponha as orações adjetivas entre colchetes e escreva E para explicativas e R para restritivas: _____A mãe, que era surda, estava na sala com ela. _____Ela reparou nas roupas curiosas que as crianças usavam. _____Ele próprio desculpou a irritação com que lhe falei. _____É preciso gozarmos a vida, que é breve. _____Tem nas faces o branco das areias com que lhe falei. _____Esse professor de que falo era um homem magro e triste. _____Onde está a vela do veleiro que o mar engoliu? _____ Era a máquina mais complicada que ele conhecia. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS As orações subordinadas adverbiais exercem a função de adjunto adverbial em relação à oração principal de que dependem. Normalmente, são introduzidas pelas seguintes conjunções e locuções conjuntivas: 07. Na frase: ―Suponho que nunca teria visto um homem‖, a subordinada é: Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 53 LINGUA PORTUGUESA CONJUNÇÕES: CAUSAIS: porque, visto que, já que, como, etc. CONCESSIVAS: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, por mais que, por menos que, se bem que, nem que, etc. CONDICIONAIS: se, caso, salvo se, contanto que, a menos que, etc. COMPARATIVAS: tal como, como, quanto (mais...) do que, (menos...) do que, (tanto) quanto, etc. CONFORMATIVAS: como, conforme, segundo, consoante. CONSECUTIVAS: que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), de sorte que, de maneira que, de modo que, sem que, etc. FINAIS: a fim de que, para que, que (=para que). PROPORCIONAIS: à proporção que, ao passo que, à medida que, quanto mais, etc. TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, assim que, depois que, até que, mal (= logo que), etc. As orações subordinadas adverbiais classificamse de acordo com a circunstância que exprimem, e essas circunstâncias recebem os mesmos nomes das conjunções e locuções conjuntivas subordinativas acima esquematizadas. São elas: CAUSAL Indica o motivo determinante da realização ou não-realização do que se declara na oração principal: As ruas foram alagadas porque o rio transbordou. Como não se planejou a obra, os trabalhos falharam. CONCESSIVA Expressa um fato que poderia opor-se à realização de outro fato principal, mas que não influenciará no cumprimento deste. Josefa vestia-se bem, embora fosse pobre. Beba, nem que seja um pouco. Um fato cuja realização é possível, provável ou desejável. Se você não vier, ficaremos tristes. Desejo, esperança, pesar: Se a gente for mais humano, o mundo será melhor. Se a gente não envelhecesse... COMPARATIVA Contém fato ou ser comparado a fato ou ser mencionado na oração principal. A conjunção mais empregada é como; além dela, utilizam-se com muita freqüência as estruturas tão...como, mais (do) que, menos (do) que. Ele era arrastado pela vida como uma folha pelo vento. Sua disposição é tão mole como uma papa. Obs: É freqüente, nas orações comparativas, a omissão de verbo que já apareceu na oração principal: Ninguém o conhece melhor do que eu (o conheço). CONFORMATIVA Esse tipo de oração traduz a conformidade de um pensamento com o pensamento contido na oração principal. As coisas não são como dizem. Fiz o bolo como ensina a receita. Como se costuma fazer nesses casos, o pai levou a filha à igreja. CONSECUTIVA A oração consecutiva exprime o resultado de uma ação intensificada na oração principal. Em seu tipo mais característico apresenta-se encabeçada pela conjunção "que" precedida das partículas de intensidade tão, tal, tanto, tamanho - algumas vezes subentendidas. Minha mão tremia tanto que mal podia escrever. Ontem estive doente, de sorte que não saí. FINAL Indica a finalidade daquilo que se declarou na oração principal. Afastou-se depressa para que não o víssemos. Forçaram a porta para conseguir sair. Fiz-lhe sinal que se calasse. CONDICIONAL Apresenta a circunstância de que depende a realização do fato principal. Tais orações devem expressar: Um fato de realização impossível: Se eu tivesse dinheiro, comprar-lhe-ia uma casa. PROPORCIONAL Denota aumento ou diminuição que se faz paralelamente, no mesmo sentido ou em sentido contrário, a outro aumento ou diminuição. À medida que se vive, mais se aprende. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 54 LINGUA PORTUGUESA À proporção que subíamos, o ar ia ficando rarefeito. classificam-se da mesma forma pela qual se classificam as conjunções coordenativas: TEMPORAL ADITIVAS: e, nem, mas também, etc. ADVERSATIVAS: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, ao passo que, não obstante, etc. ALTERNATIVAS: ou, ou....ou, ora...ora, já...já, quer....quer, etc. CONCLUSIVAS: logo, portanto, por isso, pois (após o verbo), etc. EXPLICATIVAS: que , porque, porquanto, pois (antes do verbo), etc. Traz à cena um acontecimento ocorrido antes de outro, depois de outro, ou ao mesmo tempo que outro. Venha somente quando quiser. Desde que o mundo existe, sempre houve guerras. Não devemos falar enquanto comemos. Exercícios 09. Analise a sentença: ―Quem repete o verbete falso é porque copiou, por mais que o disfarce.‖ A idéia concessiva de por mais que só NÃO se mantém se essa expressão for substituída por (A) embora. (B) conquanto. (C) contanto que. (D) mesmo que. (E) ainda que . 10. ―As emoções são tão inerentes ao ser que, segundo alguns estudiosos, estão inscritas no nosso patrimônio genético.‖ A segunda oração do período destacado, em relação à primeira, expressa, sintaticamente, (A) causa. (B) tempo. (C) explicação. (D) conseqüência. (E) concessão. 11. A circunstância indicada pelo trecho destacado não está adequada em: A) Como se vê, a pesquisa do Dr. Zisman é muito importante. (conformação) B) Os bebês são considerados pigmeus, desde que não apresentem três quilos de peso. (condição) C) Os bebês são tão pequenos, que são considerados pigmeus. (conseqüência) D) Caso eu saiba a causa do seu choro, eu lhe darei atenção. (causa) E) Ainda que sejamos um país subdesenvolvido, não podemos aceitar que nasçam tantas crianças subnutridas. (concessão) As orações coordenadas podem apresentar-se com conjunção (sindéticas) ou sem conjunção (assindéticas). As coordenadas sindéticas podem ser: ADITIVAS: exprimem soma de idéias. O agricultor colheu o trigo e o vendeu. Parou e pensou. ADVERSATIVAS: revelam oposição, ressalva, contraste de idéias. Muito já foi prometido, mas pouco foi feito. A cidade não é bonita, contudo agrada. ALTERNATIVAS: revelam idéias que se alternam ou se excluem. Ou você corre ou abandona a corrida. CONCLUSIVAS: revelam a conclusão de um raciocínio. As árvores balançam, logo está ventando. O mal é irremediável; deves, pois, conformar-te. EXPLICATIVAS: revelam uma justificativa para ordem ou hipótese contidas na oração anterior. Não dirija bêbado, pois pode se matar. Não o perturbe, que ela precisa trabalhar. Exercícios 12. Numere as frases de acordo com o valor das conjunções coordenativas: ( 1 ) adição ( 2 ) contraste ( 3 ) alternância, alternativa ( 4 ) conclusão PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO No período composto por coordenação as orações não têm função sintática. Na coordenação, ligam-se orações com o mesmo valor. Conforme a natureza das relações que as ligam, as orações independentes coordenadas ( 5 ) explicação, motivo ( ) Fui à escola, no entanto, não prestei atenção nas explicações. ( ) Ora como fastfood, ora me alimento bem. ( ) Apressa-te, que o tempo é pouco. ( ) Não fui à escola nem joguei bola. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 55 LINGUA PORTUGUESA ( ) Aquele medicamento é tarja preta, logo, deve ser vendido somente com receita. 13. No trecho: ―Um romance, pois, pode começar como o autor quiser‖, a palavra destacada: A) tem sentido explicativo e pode ser substituída por porque B) tem sentido adversativo e pode ser substituída por mas C) tem sentido conclusivo e pode ser substituída por portanto D) tem sentido explicativo e pode ser substituída por mas também E) tem sentido conclusivo e pode ser substituída por todavia 14. ―Porém aquele que fala, mal ou bem, sempre fala de si mesmo.‖ Por qual conector a conjunção destacada acima pode ser substituída sem que haja alteração de sentido? (A) Logo. (B) Pois. (C) Entretanto. (D) Porquanto. (E) Quando. 15. Qual palavra pode substituir a destacada em ―Portanto, para aumentar a nossa sabedoria,‖sem que haja alteração de sentido, quanto à argumentação original? (A) Porquanto. (B) Contudo. (C) Entretanto. (D) Assim. (E) Conquanto. PRÁTICA DE TEXTO INEP 2008 Leia o texto a seguir, para responder às questões de nos 1 a 10. Infância e sabedoria Hoje vi uma senhora caminhando na rua. Ia com seu passo vagaroso, um pouquinho curvada, os cabelos brancos como que coroando a cabeça pequena. Diminuí o ritmo de meus passos para poder observá-la um pouco mais por trás, aquela figura frágil, e que contrastava com a ―modernidade‖ e a agitação de tudo à volta. À medida que ia ultrapassando aquela senhora, tomando cuidado para manter distância suficiente para observá-la, fui ficando cada vez mais encantado. Seu semblante era absolutamente sereno. O olhar firme no horizonte e o princípio de sorriso nos lábios me instigaram ainda mais, a ponto de eu indelicadamente permanecer olhando. Percebendo meu interesse, ela se voltou para mim e me fitou com seus olhos claros e profundos. Então sorriu de verdade, um sorriso luminoso, contagiante. Sem saber o que fazer, disse ―bom dia‖, no que fui prontamente correspondido pela senhora, que imediatamente voltou a mirar seu caminho e a segui-lo, firme e já não tão forte assim, mas com a segurança de quem sabe de onde veio e para onde vai, com toda a experiência dos anos a apoiá-la. Fiquei a imaginar a vida daquela mulher, todas as suas lutas e experiências passadas, tudo o que tinha vivenciado para chegar ali, passando dos 80 anos, segura e confiante, rumo ao caminho que se lhe abria à frente. Foi então que, meio sem saber por qual razão, me lembrei das crianças. Ou melhor, da importância e da necessidade de ser criança. Daí a recordar o texto denominado ―Tudo o que eu precisava saber eu aprendi no jardim da infância‖, do escritor Robert Fulghum, foi um instante. Não conheço mais nada desse autor, apenas o texto do qual me lembrei. Mas é um texto que me enternece porque boa parte do que verdadeiramente importa na vida está ali, nos anos mais tenros de nossas vidas. Sempre esteve; a gente é que não percebe. Eis o texto. Vale a pena lê-lo: ―A maior parte do que eu realmente precisava saber sobre viver e o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim da infância. Na verdade, a sabedoria não está lá no alto morro da faculdade, mas sim bem ali, na caixa de areia da escolinha. As coisas que aprendi foram estas: reparta as coisas, jogue limpo, não bata nos outros, ponha as coisas de volta onde as encontrou, limpe a bagunça que você fez, não pegue coisas que não são suas, diga que você sente muito quando machucou alguém, lave as mãos antes de comer, puxe a descarga, biscoitos e leite quentinho fazem bem. Viva uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco, desenhe e pinte e cante e dance e brinque e trabalhe um pouco todos os dias. Tire um cochilo todas as tardes. Quando você sair por aí, preste atenção no trânsito e caminhe, de mãos dadas, junto com os outros. Observe os milagres acontecerem ao seu redor. Lembre-se do feijãozinho no algodão molhado, no copinho plástico. As raízes crescem para baixo e ninguém sabe como ou por quê, mas todos somos assim. Peixinhos dourados e porquinhos da Índia e ratinhos brancos e mesmo o feijãozinho do copinho plástico —todos morrem. Nós também. E lembre-se do livro do Joãozinho e Maria e da Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 56 LINGUA PORTUGUESA primeira palavra que você aprendeu, sem perceber. A maior palavra de todas: OLHE !!!!! Tudo o que você precisa mesmo saber está aí, em algum lugar. As regras básicas do convívio humano, o amor, os princípios de higiene; ecologia, política e saúde. Pense como o mundo seria melhor se todos, todo mundo, na hora do lanche tomasse um copo de leite com biscoitos e depois pegasse o seu cobertorzinho e tirasse uma soneca. Ou se tivéssemos uma regra básica, na nossa nação e em todas as nações, de pôr as coisas de volta nos lugares onde as encontramos e de limpar a nossa própria bagunça. E será sempre verdade, não importa quantos anos você tenha, se você sair por aí, pelo mundo afora, o melhor mesmo é poder dar as mãos aos outros, e caminhar sempre juntos.‖ CAVERSAN, LUIZ. Disponível em: www.folha.uol.com.br Acesso em 23 jan.2008. (C) ―não bata nos outros‖ − respeito (D) ―não pegue coisas que não são suas‖ − honestidade (E) ―lave as mãos antes de comer‖ − higiene 1. A relação que o narrador estabelece entre a senhora e o texto ―Tudo o que eu precisava saber eu aprendi no jardim da infância‖ deve-se à(s) (A) sua longevidade. (B) postura que demonstra ter diante da vida. (C) fragilidade que apresenta, decorrente da idade. (D) dificuldade de locomover-se num mundo já tão conturbado. (E) lutas travadas e aos sofrimentos passados em sua vida. 7. NÃO apresentam entre si uma relação de sentido as seguintes expressões retiradas do texto ―Tudo o que eu precisava saber eu aprendi no jardim da infância‖: (A) ―jardim da infância‖ (l. 42) − ―caixa de areia da escolinha‖ (l. 43-44) (B) ―a sabedoria‖ (l. 42) − ―alto morro da faculdade‖ (l. 43) (C) ―vida equilibrada‖ (l. 52) − ―o feijãozinho do copinho plástico‖ (l. 63-64) (D) ―As raízes crescem para baixo‖ (l. 60) − ―todos somos assim‖ (l.61) (E) ―sair por aí‖ (l. 79) − ―caminhar sempre juntos‖ (l. 80-81) 2. O parágrafo do texto narrativo cuja reflexão despertou, no narrador, a lembrança do texto ―Tudo o que eu precisava saber eu aprendi no jardim da infância‖ é o (A) 1º (B) 2º (C) 4º (D) 5º (E) 6º 3. Considerando o texto ―Tudo o que eu precisava saber eu aprendi no jardim da infância‖, transcrito pelo autor a partir da linha 40, qual a relação parágrafo − enfoque do tema que está INCORRETA? (A) 3º − a moderação nas atividades da vida (B) 4º − a formação integral do ser humano (C) 5º − o alicerce na vida dos seres humanos (D) 6º − o inevitável na vida (E) 8º − a universalização dos hábitos 4. Em relação ao décimo parágrafo (segundo do texto ―Tudo o que eu precisava saber eu aprendi no jardim da infância‖), a ação que NÃO corresponde a um sentimento necessário à formação do ser humano apresenta-se em (A) ―reparta as coisas‖ − solidariedade (B) ―jogue limpo‖ − sinceridade 5. No texto, ―OLHE!!!!!‖ (l. 67), pelo modo como foi grafado, equivale, semanticamente, a (A) distraia-se (B) vislumbre (C) deleite-se (D) aprecie (E) absorva 6. ―OLHE!!!!!‖ (l. 67), no texto, é ―A maior palavra de todas‖ porque (A) assegura uma vida tranqüila. (B) evita uma abordagem desagradável. (C) facilita a capacidade de locomoção. (D) possibilita aquisição de conhecimentos. (E) previne contra os perigos. 8. Quanto à tipologia textual, qual trecho destacado corresponde à classificação a ele atribuída? (A) ―Ia com seu passo vagaroso, um pouquinho curvada, os cabelos brancos como que coroando a cabeça pequena.‖ (l. 1-3) – narrativo (B) ―O olhar firme no horizonte e o princípio de sorriso nos lábios me instigaram ainda mais, a ponto de eu indelicadamente permanecer olhando.‖ (l. 11-14) – dissertativo (C) ―Percebendo meu interesse, ela se voltou para mim e me fitou com seus olhos claros e profundos.‖ (l. 15-16) – narrativo (D) ―Sem saber o que fazer, disse ―bom dia‖, no que fui prontamente correspondido pela senhora,‖ (l. 18-19) – dissertativo (E) ―Fiquei a imaginar a vida daquela mulher, todas as suas lutas e experiências passadas, tudo o que tinha vivenciado para chegar ali, passando dos 80 anos, segura e confiante, rumo Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 57 LINGUA PORTUGUESA ao caminho que se lhe abria à frente.‖ (l. 24-28) – narrativo 9. Reescrevendo-se o período ―À medida que ia ultrapassando aquela senhora, tomando cuidado para manter distância suficiente para observá-la, fui ficando cada vez mais encantado.‖ (l. 8-10), o sentido original mantém-se em (A) Meu encantamento crescia progressivamente à proporção que ia ultrapassando aquela senhora, ao mesmo tempo que tomava cuidado para manter-me afastado o suficiente para observá-la. (B) Fiquei mais encantado quando, ao ultrapassar aquela senhora, tomando cuidado para manter a distância necessária, pude observá-la. (C) À medida que ultrapassava aquela senhora, meu encantamento aumentava, pois podia observá-la devido a tomar cuidado para manter a distância necessária. (D) Tomava cuidado para manter a distância necessária para observar aquela senhora, o que aumentava progressivamente meu encantamento, à medida que a ultrapassava. (E) Enquanto ultrapassava aquela senhora, fui ficando mais encantado por tomar cuidado para manter a distância necessária para observá-la. 10.D 11.D 12. (2 – 3 – 5 – 1 – 4 ) 13.C 14.C 15.B PRÁTICA DE TEXTO: 01.B 02.E 03.B 04.E 08.C 09.A 10.A 05.E 06.D 07.C 10. No texto, ―Percebendo meu interesse, ela se voltou para mim e me fitou com seus olhos claros e profundos.‖ (l. 15-16), a oração reduzida expressa a idéia de (A) tempo (B) condição (C) finalidade (D) concessão (E) conseqüência GABARITOS DOS EXERCÍCIOS: SINTAXE DA ORAÇÃO 01.D 02.E 03.-- 04.C 05. OD / OI/ OD / OI / OD 06.-07. AA / AA / CN / AA / CN / AA / CN / CN / CN / CN / AA / AA / CN / AA / AA / AA / AA 08.E 09.E 10.A 11.E 12.E SINTAXE DO PERÍODO 01. OD / S / S / OD / S / S / OD / S 02. CN / OI / OI 03.E 04.D 05.D 06.B 07.C 08. E / R / R / E / R / R / R R 09.C Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 58 LINGUA PORTUGUESA CONCORDÂNCIAS QUE MERECEM DESTAQUE Concordância Verbal REGRAS BÁSICAS 01. O verbo e o sujeito de uma oração mantêm entre si uma relação mútua chamada de concordância verbal. De acordo com essa relação, verbo e sujeito concordam em número e pessoa. Reconheço os próprios erros. Pessoas razoáveis reconhecem os próprios erros. O VERBO PODE CONCORDAR NO PLURAL E SINGULAR A) PORÇÃO DE, A METADE DE, A MAIORIA DE, A MAIOR PARTE DE A maioria dos alunos participou/participaram da festa. Nesses casos, o uso da forma singular do verbo enfatiza a unidade do conjunto; já a forma plural destaca os elementos que formam esse conjunto. B) UM DOS QUE, UMA DAS QUE O sujeito composto equivale a um sujeito no plural: Pai e filho conversaram longamente. Pais e filhos devem conversar freqüentemente. _______________________________________ 02. Nos sujeitos compostos pessoas gramaticais diferentes, o verbo concorda com a pessoa de menor número no plural. Nossos amigos, tu e eu (nós) formaremos um belo time. Tu e teus (vós) colegas formareis um belo time. _______________________________________ 03. Se o verbo estiver anteposto ao sujeito composto, pode concordar no plural com a totalidade do sujeito ou com o núcleo do sujeito mais próximo. Bastaram determinação e capacidade. Bastou determinação e capacidade. O Amazonas é um dos rios que cortam a floresta. A ministra é uma das que defende tal postura. O verbo usado no singular se aplica somente ao ser que se fala, ou quando se deseja destacar o indivíduo do grupo. Este é um dos alunos que mais se destacou. C) NÚCLEOS DO SUJEITO UNIDOS POR “OU” Se a conjunção ―ou” indicar exclusão, ou retificação, o verbo concordará com o núcleo do sujeito mais próximo. Milão ou Berlim sediará a próxima Olimpíada. O ladrão ou os ladrões conseguiram fugir. Se a idéia por ele expressa se referir a todos os núcleos do sujeito, o verbo irá para o plural. Um sorriso ou uma lágrima o tirariam daquela incerteza. Só Deus ou Nossa Senhora podem ajudá-lo nesse seu desespero. D) UM E OUTRO, NEM UM NEM OUTRO Quando há reciprocidade, a concordância deve ser feita no plural. Agrediram-se o deputado e o senador. (agrediram-se um ao outro) Ofenderam-se o jogador e o técnico. (ofenderam-se um ao outro) _______________________________________ 04. O sujeito, sendo composto e anteposto ao verbo, leva geralmente este para o plural. A moça e o rapaz cumpriram seus deveres. Se os núcleos do sujeito composto são sinônimos ou quase sinônimos ou estabelecem uma gradação, o verbo pode concordar no singular. O desalento e a tristeza minou-lhe as forças. Um aceno, um gesto, um estímulo faria muito por ele. O sujeito sendo uma dessas expressões, o verbo concordará, de preferência, no plural. Um e outro gostavam de cerveja. Nem uma nem outra casa foram visitadas. E) NÚCLEOS DO SUJEITO UNIDOS POR “NEM” O verbo concordará, de preferência, no plural. Nem o jogador nem o técnico podem salvar o time. Nem a mãe nem o pai salvaram a vida do filho. F) SUJEITOS CORRELACIONADOS O verbo concorda, de preferência, no plural. Não só a seca mas também o descaso assolam o Nordeste. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 59 LINGUA PORTUGUESA Tanto o pai quanto o filho costumavam passar por ali. Algum de vós fez isso? / Qual de vós duvida do fato? G) NÚCLEOS DO SUJEITO LIGADO POR “COM” C) SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS NO PLURAL O mais freqüente é usar o verbo no plural. Emprega-se, mais raramente, o verbo no singular quando o segundo sujeito é posto em plano tão inferior, que se degrada à simples condição de adjunto adverbial de companhia. João com Maria comeram feijão. João com os amigos comeu feijão. Adjunto adverbial Quando o sujeito é formado por nomes que só têm plural, se não houver artigo antes do nome, o verbo fica no singular. Flores não recebe mais acento. Pelotas é um bom local para se viver. Memórias póstumas de Brás Cubas renovou a estética do romance. Quando se trata de título de obras, admite-se o plural ou o singular. FORMAS “FECHADAS” DE CONCORDÂNCIA VERBAL Se houver artigo antes do nome, o verbo vai para o plural. Os Estados Unidos impuseram uma ordem mundial. As Minas Gerais são inesquecíveis. A) CERCA DE, MAIS DE, MENOS DE, PERTO DE Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada seguida de numeral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo. Cerca de vinte corpos foram resgatados dos escombros. Perto de quinhentas pessoas compareceram à cerimônia. Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olimpíadas. Mais de sete pessoas fugiram. D) PRONOME RELATIVO “QUE / QUEM” COMO SUJEITOS Quando o sujeito for o pronome relativo QUE, o verbo concordará com o antecedente do que. Fui eu que fiz tudo isso. Quando o sujeito é o pronome relativo QUEM, a pode-se utilizar o verbo na 3 pessoa do singular ou concordá-lo com o sujeito do verbo “ser”. Fui eu quem fiz isso. Somos nós quem pagamos. E) CONCORDÂNCIA COM PERCENTUAIS OBS: Quando a expressão MAIS DE UM se associar a verbos que exprimem reciprocidade ou for repetida, o plural é obrigatório. Mais de um parlamentar se ofenderam na tumultuada sessão de ontem. Mais de um casal, mais de uma família, já perderam qualquer esperança num futuro melhor. B) QUAIS, QUANTOS, ALGUNS, MUITOS, POUCOS, VÁRIOS + DE NÓS, DE VÓS, DENTRE NÓS, DENTRE VÓS O verbo fica na 3ª pessoa do plural, ou concorda com o pronome nós ou vós. Quais de nós sabiam/sabíamos disso tudo? Alguns de vós temiam/temíeis novas relações. Se o sujeito interrogativo ou o indefinido a estiver no singular, o verbo ficará na 3 pessoa do singular. Qual de nós sabia de tudo. / Algum de vós fez isso. Quando o sujeito for indicação de uma porcentagem seguida termo preposicionado, a tendência é fazer a concordância com esse termo que especifica a referência numérica. 1% dos investimentos devem/deve destinar-se à educação. 85% dos entrevistados declararam impostos. 99% da população brasileira assistiu/assistiram à Copa do Mundo. Se a porcentagem for particulariza, o verbo concordará com ela: Os 99% da população assistiram à Copa do Mundo. Aqueles 45% de eleitores estão indecisos. F) NÚMEROS FRACIONÁRIOS Quando o sujeito é um número fracionário, a tendência é concordar o verbo com o numerador. 1/5 da prova de matemática foi anulada. singular singular singular Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 60 LINGUA PORTUGUESA 2/5 das questões de matemática foram anulada. plural plural plural 2/5 da população votou / votaram plural singular singular ou plural 1/5 dos jovens votou / votaram singular plural singular ou plural G) PRONOMES DE TRATAMENTO COMO SUJEITO a O verbo fica na 3 pessoa. Vossas Excelências desejam algo? H) SUJEITOS RESUMIDOS POR TUDO / NADA / NINGUÉM O verbo concorda no singular. Carros, viadutos, pontes, tudo foi destruído. I) UM OU OUTRO O verbo concorda no singular com o sujeito um ou outro. Um ou outro caso será resolvido. Uma ou outra candidata saiu-se bem. J) NÚCLEOS DO SUJEITO SÃO INFINITIVOS O verbo concordará no plural se os infinitivos forem determinados pelo artigo ou exprimirem idéias opostas; caso contrário, tanto é lícito o singular como o plural. O comer e o beber são fundamentais à vida. Rir e chorar fazem / faz parte da vida. L) SUJEITO COLETIVO O verbo concorda no singular . A multidão gritava. (regra geral) Coletivo + termo preposicionado no plural A multidão de pessoas gritava / gritavam. CONCORDÂNCIA DE ALGUNS VERBOS E ESTRUTURAS VERBAIS ESTRUTURAS VERBAIS FORMADAS COM A PARTICIPAÇÃO DO PRONOME “SE”: Dentre as várias funções que esse pronome exerce, há duas de particular importância para a concordância verbal: A) Quando atua como índice de indeterminação do sujeito, o ―se” acompanha verbos intransitivos, transitivos indiretos e de a ligação, que devem obrigatoriamente estar na 3 pessoa do singular. Aos domingos, ia-se sempre à praça. Precisa-se de pedreiros. Era-se feliz. B) Quando atua como pronome apassivador, o ―se‖ acompanha verbos transitivos diretos e transitivos diretos e indiretos na formação da voz passiva sintética. Nesse caso , o verbo concorda com o sujeito da oração. Construi-se uma nova praça no bairro. Construíram-se novas praças no bairro. O VERBO “HAVER’ Quando indica existência ou acontecimento, é a impessoal, devendo permanecer sempre na 3 pessoa do singular. Ainda há pontos obscuros nessa versão. Deve ter havido pontos obscuros naquela versão. HAVER / FAZER / CHOVER São impessoais quando indicam tempo a decorrido. Nesse caso, devem permanecer na 3 pessoa do singular. Há anos que não o vejo. Faz anos que não o vejo. Choveu durante vários dias. Trovejou durante horas. HAJA VISTA A expressão haja vista admite 03 construções. Formas invariáveis: Haja vista os livros desse autor. (= por exemplo) Haja vista aos livros desse autor. (=olhe-se para) Forma Variável: Hajam vista os livros desse autor. (vejam-se, tenham vista) BATER, SOAR, DAR Referindo-se às horas, os três verbos acima concordam regularmente com o sujeito. Nisto, deu três horas o relógio da botica. Bateram quatro da manhã em três torres a um tempo. Deu uma hora e meia. Soaram dez horas nos relógios das igrejas. PARECER Em construções com o verbo parecer seguido de infinitivo, pode-se flexionar o verbo parecer ou o infinitivo que o acompanha. As paredes pareciam estremecer. As paredes parecia estremecerem. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 61 LINGUA PORTUGUESA CONCORDÂNCIA NOMINAL Observe: 1 - Um adjetivo + um substantivo ou viceversa O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo: velha casa casa velha velhos barcos barcos velhos 2 – Um adjetivo + substantivos (dois ou mais com gêneros e números diferentes ou não) O adjetivo concorda, em geral, com o substantivo mais próximo: Escolheste mau lugar e hora. Escolheste má hora e lugar Tinha invulgar inteligência e dinamismo. Observação: Se os substantivos são de pessoas ou parentesco, o adjetivo vai para o plural. Chegaram os simpáticos sogro e sogra. Chegaram os simpáticos sogra e sogro Vimos as belas Simone e Luísa. 3 - Substantivos + um adjetivo O adjetivo pode concordar com o substantivo mais próximo ou ir para o plural, com predominância do masculino: As ruas eram modernas. A lua ficou triste. A menina estava enferma. Mamãe continua bondosa. Seus olhos e sua boca eram tentadores Sua boca e seus olhos eram tentadores. Eram tentadores seus olhos e sua boca Eram tentadores sua boca e seus olhos. Era tentadora sua boca e seus olhos. O clima e a água eram ótimos. O sol e a lua são poéticos. O vale e o monte ficaram escuros. O rio e o vale estavam solitários. A noite e a lua eram frias. O predicativo do sujeito, quanto ao número, acompanha a concordância do verbo. Observação: Quando o sujeito for um substantivo feminino empregado em sentido indeterminado, vago, o adjetivo fica invariável. Pinga não é bom para o corpo. (mas "Esta pinga não é boa...") É proibido entrada. (mas "É proibida a entrada.") É necessário muita coragem. (mas "É necessária uma coragem ímpar.") 6 - Casos particulares Professores e professoras gaúchas. Professores e professoras gaúchos. Ela tem uma filha e um filho loiro. Ela tem uma filha e um filho loiros. Tinha muitos vestidos e jóias caras. Tinha muitos vestidos e jóias caros. É uma mulher de rosto e corpo belíssimo. É uma mulher de rosto e corpo belíssimos. a) O problema nos nomes de cores automóvel gelo olhos azuis blusas rosa unhas vermelhas sapatos areia vestidos amarelos raios amarelo-ouro olhos verde-escuros blusas verde-musgo camisas rubro-negras Observação: A concordância do adjetivo com o substantivo mais próximo é obrigatória, se o adjetivo se referir apenas a este. Se o nome de cor é ou contém substantivo, fica invariável. Se for um adjetivo simples ou composto, concorda normalmente, nunca se esquecendo de que, nos adjetivos compostos, só varia o último. A única exceção é azul-marinho (gravatas azul-marinho). Deu-me beijo e abraço apertado. O ancião e a jovem sedutora formaram um par estranho. 4 - Um substantivo + adjetivos São possíveis três construções: 1ª construção As literaturas brasileira e portuguesa ... Estudo as línguas inglesa e francesa. Os dedos polegar, indicador e médio ... 2ª construção A literatura brasileira e a portuguesa ... Estudo a língua inglesa e a francesa. O dedo polegar, o indicador e o médio ... 3ª construção A literatura brasileira e portuguesa ... Estudo a língua inglesa e francesa. O dedo polegar, indicador e médio ... 5 - Concordância do adjetivo em função de predicativo b) Mulher diz: "muito obrigada", "eu mesma", "eu própria". c) Só, sós Eles estão sós. (= sozinhos adjetivo) Eles só conversaram. (= somente advérbio) d) Quite (= livre, desobrigado) Estou quite. Estamos quites. Sócio quite. Sócios quites. e) Meio Como adjetivo (acompanhando substantivo), varia: meia maçã meio-dia e meia (hora) meia-noite. Como advérbio, fica invariável: Ela estava meio tonta. f) Anexo, incluso a apenso São adjetivos; devem variar: As folhas anexas contêm os exercícios. g)Menos É palavra invariável. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 62 LINGUA PORTUGUESA h) O substantivo e os numerais - cardinais Concordam com número, quando este estiver expresso ou implícito: Folha n.º dois. Página dois. Casa duzentos. Mas: Duas folhas. Duas páginas. Duzentas casas. - Ordinais Obedecem às regras que se inferem dos exemplos: Cometeu as infrações segunda e terceira. Subiu aos andares primeiro e segundo. Cometeu a segunda e terceira infração. Cometeu a segunda e terceira infrações. Subiu ao primeiro e segundo andar. Subiu ao primeiro e segundo andares. A).................... várias coisas inesperadas na tarde de ontem. (acontecer) B) .................... alguns poucos amigos fiéis no fim de semana. (ficar) C) .................... alguns doces. (sobrar) D) Ainda .................... bons motivos para ficarmos juntos. (deve existir) E) Ainda .................... surpresas nesse campeonato. (pode ocorrer) 02. Passe para o plural os termos destacados em cada uma das frases seguintes e faça as mudanças em cada caso: A) Anunciou-se a reforma administrativa. _______________________________________ B) Amanhã se fará o último exame. _______________________________________ i) Particípio O particípio, que às vezes é verbo e outras vezes é adjetivo, concorda com o termo a que se refere: C) Trata-se de questão polêmica. _______________________________________ As casas foram construídas com recursos do Estado. As mulheres amadas são mais felizes. Feitas as pazes, foram comemorar. Dadas as circunstâncias, foi necessário retroceder. Encerrada, depois de longos debates, a reunião, todas as pessoas presentes foram convidadas para o coquetel. D) Ele prefere não opinar quando se fala em eleição. _______________________________________ Observação: Com os verbos ter e haver, forma os tempos compostos, caso em que não varia As flores tinham desabrochado. Se elas não houvessem causado problemas, seriam convidadas. j) Melhor e mais bem Antes de particípio, deve-se usar mais bem, jamais melhor: Estas obras estão mais bem acabadas. Os atletas mais bem treinados vencerão. l) Expressões de tratamento Para efeito de concordância, as expressões de as as tratamento V. Ex.ª, V. Ex. , V. S.ª, V. S. etc. comportam-se como se fossem você (singular) ou vocês (plural): as Se V. Ex. (vocês) estivessem em seu juízo perfeito, compreenderiam que nada lhes devemos, porque os elegemos para que cumpram com suas obrigações. Observação: Háaque se respeitar o sexo da pessoa: V. Ex.a é muito generoso. (homem) V. Ex. é muito generosa. (mulher) Exercícios 01. Complete as frases seguintes com a forma apropriada do verbo entre parênteses: E) Obteve-se o computador mais veloz. _______________________________________ 03. A concordância verbal segue a norma culta da língua em: (A) Restava-lhe poucos minutos para a leitura. (B) Já era onze horas quando o avião deixou a cidade. (C) Haviam observações técnicas anotadas no livro. (D) Atravessara o saguão alguns turistas e a escritora. (E) Fazia três anos que não viajava a trabalho. 04. De acordo com a norma culta da língua, qual a única frase correta, quanto à concordância? (A) Gol, pênalti, chute, tudo foi importado da Inglaterra. (B) A importação de palavras, às vezes, são necessárias. (C) Bastante pessoas gostam de usar vocábulos importados. (D) Existe na língua expressões estrangeiras desnecessárias. (E) Por toda a parte há cartazes com expressões e vocábulos estrangeiro. 05. Assinale a sentença em que a concordância verbal está correta, de acordo com a norma culta da língua. (A) Aconteceu muitos fatos importantes no último fim de semana. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 63 LINGUA PORTUGUESA (B) Existe desportistas que usam roupas bem coloridas. (C) A maioria das crianças gosta de brincar de corrida. (D) Até pouco tempo, não haviam muitas pesquisas sobre o modo de correr dos animais. (E) O tempo bom e a temperatura amena da manhã convida a uma corrida ao ar livre. 06. Há ERRO de concordância em: (A) Pensou-se que faltava algumas pessoas importantes à reunião. (B) Anexas ao relatório vão as duas vias deste documento. (C) Podia haver várias divergências no recinto. (D) Mais de um orador falou sobre desafios. (E) Faz anos que ele comparece ao debate. 07. Entre os que observavam os acontecimentos __________ muitos gritos. De acordo com a norma culta da língua, a forma verbal que deve ser usada para preencher a lacuna acima é (A) aconteceu. (B) houve. (C) houveram. (D) ouviu-se. (E) percebeu-se. 08. Quanto à concordância verbal, a frase inteiramente correta é: (A) Atribuíam-se às águas da Fonte da Juventude o poder de rejuvenescimento de quem delas se servisse. (B) Quanto mais tende a ganhar expansão os limites da juventude, mais tendem os homens a subestimar a experiência dos mais velhos. (C) Preconceitos contra os velhos sempre houveram, sobretudo a partir da excessiva valorização dos atributos da juventude. (D) Não se condenem os moços por essa idolatria que, embora os favoreça, não nasce como iniciativa deles. (E) Destacam-se entre as conseqüências dessa idolatria a exclusão dos velhos, injustamente vistos como improdutivos. 09. A concordância, verbal ou nominal, está correta na frase: (A) Algumas comunidades indígenas, orientadas por ambientalistas, sobrevivem com a exploração de recursos que a floresta lhe oferecem. (B) A geração de impostos podem contribuir para melhorar as condições de vida em locais mais afastados, onde vivem população carente. (C) As condições do frágil equilíbrio ecológico amazônico exige uma atividade econômica que aumentem os rendimentos das famílias, sem destruição da natureza. (D) Os inúmeros conflitos de interesses na Amazônia torna muito difícil as tentativas de organização socioeconômica da região. (E) Existem muitos casos de exploração, em toda a região amazônica, em que se desrespeitam os limites do que a natureza é capaz de repor. 10. Indique a opção em que a concordância do verbo em destaque está ERRADA. (A) Vários índios, que usaram a Internet, aprenderam felizes. (B) Rebecca pediu a um dos índios para entrarem na Internet. (C) Nem todos os índios ficaram felizes com as inovações. (D) Cada um dos índios chamados pelo chefe foi à aula de computação. (E) Quase todos os povos da floresta têm vontade de aprender novidades. 11. A concordância verbal está ERRADA em (A) Nos últimos 50 anos, ocorreram fatos que aumentaram o nosso índice de felicidade. (B) Há 50 anos que os índices de felicidade vêm aumentando gradativamente. (C) Aconteceu vários fatores que proporcionaram o aumento da felicidade. (D) Nos últimos 50 anos, acentuaram-se as possibilidades de maior felicidade. (E) Daqui a mais 50 anos, é possível que a maioria das pessoas encontre a felicidade. 12.―Segundo Darwin, existiriam seis emoções...‖. Substituindo-se a forma verbal destacada acima por outra ou por uma locução verbal, a concordância verbal estará correta, segundo a norma culta, caso se use (A) haveria. (B) haveriam. (C) deveria existir. (D) poderiam haver. (E) haveria de existir. 13. O verbo está flexionado adequadamente em: (A) Chegou, hoje pela manhã, novos produtos orgânicos. (B) Haverá muitos dias de sol durante este outono. (C) Existe muitos produtos saudáveis à venda. (D) O pão e o bombom também pode ser produtos verdes. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 64 LINGUA PORTUGUESA (E) Pode os meninos ouvirem as músicas? 14. As sentenças abaixo foram retiradas de documentos oficiais. Em qual delas a concordância está de acordo com a norma culta? (A) A exposição de motivos ficou meia prejudicada pela ausência de justificativas. (B) Dado as recomendações da Comissão de Ética, as licitações serão revistas. (C) É necessário ainda muitos estudos para que o projeto se viabilize. (D) Segue anexo as cópias dos documentos requisitados pela gerência. (E) Solicito me que sejam enviadas as publicações o mais recentes possível. 15. Em qual das frases abaixo a concordância verbal está realizada de acordo com a norma culta? (A) 1.386 milhões de km2 é ocupado pelo volume da água no planeta. (B) Apresenta boa qualidade para consumo 2,5% das águas do planeta. (C) Haverá rios e cachoeiras suficientes para o fornecimento de água doce. (D) A água e o ar compõe os elementos fundamentais para a vida. (E) A preocupação com o meio ambiente e novas medidas previne a destruição. 16. Na passagem ―A maioria dos profissionais já viveu uma sensação de impasse na carreira.‖ (l. 1-2), a concordância verbal está de acordo com a norma culta. Assinale a opção cuja concordância verbal está, segundo essa mesma norma, correta. (A) Sempre houveram impasses na sua vida profissional. (B) A reparação dos erros cometidos são possíveis. (C) Soou oito horas no relógio da sala. (D) Investiga-se, nesse momento, as falhas ocorridas. (E) Faz alguns meses que iniciamos o trabalho. PRÁTICA DE TEXTO INEP 2007 TEXTO I MANDE SEU FUNCIONÁRIO PARA O MAR Tudo que o aventureiro americano Yvon Chouinard faz contraria dez entre dez livros de negócios. Dono de fábrica de roupas e artigos esportivos, ele pergunta a seus clientes, numa etiqueta estampada em cada roupa:você realmente precisa disto? Alpinista de renome, surfista e ativista ecológico, ele se levanta de sua mesa e incita os 350 funcionários da sede da empresa, na cidade de Ventura, na Califórnia, a deixar seus postos e pegar suas pranchas de surfe tão logo as ondas sobem. Aos 67 anos de idade, ele vai junto. Resultado: a empresa, que faturou US$ 270 milhões em 2006, foi considerada pela revista Fortune a mais cool do mundo, em uma reportagem de capa. Isso não quer dizer que seus funcionários sejam preguiçosos, apesar do ambiente maneiro. A equipe é motivada e gabaritada, como o perfeccionismo do dono exige. Para cada vaga que abre, a companhia recebe cerca de 900 currículos - como o do jovem Scott Robinson, de 26 anos, que, com dois MBAs no bolso e passagens por outras empresas, implorou para ser aceito como estoquista de uma das lojas (ganhou o posto). Robinson justificou: ―Queria trabalhar numa companhia conduzida por valores‖. Que valores são esses? ―Negócios podem ser lucrativos sem perder a alma‖, diz Chouinard. Essa alma está no parque de Yosemite, onde, nos anos 60, Chouinard se reunia com a elite do alpinismo para escalar paredões de granito. Foi quando começou a fabricar pinos de escalada de alumínio, reutilizáveis, uma novidade. Vendia-os a US$ 1,50. Em 1972, nascia a empresa, com o objetivo de criar roupas para esportes mais duráveis e de pouco impacto ao meio ambiente. A filosofia do alpinismo - não importa só aonde você chega, mas como você chega - foi adotada nos negócios. O lucro não seria uma meta, mas a conseqüência do trabalho bem-feito. A empresa foi pioneira no uso de algodão orgânico (depois adotado por outras marcas), fabricou jaquetas com garrafas plásticas usadas e passou a utilizar poliéster reciclado. Hoje, o filho de Chouinard, Fletcher, de 31 anos, desenvolve pranchas de surfe sem materiais tóxicos que diz serem mais leves e resistentes que as atuais. Chouinard, que se define como um antiempresário, virou tema de estudo em escolas de negócios. Quando dá palestras em Stanford ou Harvard, não sobra lugar. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 65 LINGUA PORTUGUESA Nem de pé. Revista Época Negócios. jun. 2007. (Adaptado) 1. ―Tudo que o aventureiro americano Yvon Chouinard faz contraria dez entre dez livros de negócios.‖ (l. 1-2) porque (A) ele se dedica a atividades esportivas. (B) seu estilo de vida é incompatível com a profissão. (C) seus conceitos sobre padrões de consulta são inconsistentes. (D) sua filosofia profissional foge aos cânones empresariais preconizados. (E) estimula seus funcionários a serem irreverentes e inconseqüentes. 2. Na passagem ―Isso não quer dizer que seus funcionários sejam preguiçosos, apesar do ambiente maneiro.‖ (l. 14), o vocábulo destacado faz referência semântica a (A) ―livros de negócio‖ (l. 2). (B) ―clientes‖ (l. 4). (C) ―pranchas de surfe‖ (l. 9). (D) ―revista Fortune‖. (l. 12) (E) ―cool.‖ (l. 12) 3. A grande competição que ocorre para preenchimento de uma vaga nessa empresa deve-se à(s) (A) possibilidade de atuar sem tanta exigência profissional. (B) escassez do mercado de trabalho. (C) valorização integral do profissional pela empresa. (D) disponibilidade de tempo para praticar atividades físicas. (E) vantagens lucrativas que a empresa oferece. 4. Em ― ‗Negócios podem ser lucrativos sem perder a alma‘ ‖ (l. 24-25), o sentido da expressão destacada é (A) sem considerar a racionalidade. (B) sem relevar o aspecto criativo. (C) sem avaliar os prejuízos. (D) sem valorizar a objetividade. (E) sem suprimir os conceitos. 5. Segundo as idéias apresentadas no 3o parágrafo, a importância da atividade física em relação à atividade profissional nessa empresa é servir para (A) inspirar a criação de novos produtos. (B) verificar a(s) falha(s) apresentada(s) por um produto criado. (C) minimizar as tensões diárias do profissional. (D) contrabalançar as atividades físicas com as profissionais. (E) comprovar a validade dos produtos já criados. 6. Na linha argumentativa do texto, o penúltimo período, em relação ao primeiro período, caracteriza-se como sendo um(a) (A) contraste. (B) conseqüência. (C) finalidade. (D) causa. (E) comparação. 7. A filosofia do alpinismo transposta para os negócios da empresa concebe o lucro obtido e a qualidade do trabalho como sendo o(a) (A) primeiro a finalidade da segunda. (B) primeiro a causa da segunda. (C) primeiro prioritário em relação à segunda. (D) segunda prioritária em relação ao primeiro. (E) segunda uma conseqüência do primeiro. 8. Assinale a opção cuja classe gramatical do que difere da dos demais. (A) ―que faturou US$ 270 milhões em 2006,‖ (l. 11) (B) ―...que seus funcionários sejam preguiçosos, apesar do ambiente maneiro.‖ (l. 14-15) (C) ―...que abre,‖ (l. 17) (D) ―que, com dois MBAs no bolso e passagens por outras empresas, implorou...‖ (l. 19-20) (E) ―que se define como um antiempresário,‖ (l. 43-44) 9. Segundo a norma culta, há ERRO de concordância na opção (A) A revista custa caro. (B) Os funcionários estão meio descrentes. (C) As equipes devem estar sempre alerta. (D) Às faturas estão anexo as listas de preço. (E) Todos chegaram ao continente salvo ele. 10. ―Isso não quer dizer que seus funcionários sejam preguiçosos,‖ (l. 14-15) Assinale a opção em que o verbo está flexionado no mesmo tempo e modo que o destacado na passagem acima. (A) Estejam atentos na hora da reunião. (B) Os ventos sopram em direção ao mar. (C) Gostaria de que ele fosse mais educado. (D) Se reouver os documentos perdidos, ficarei aliviado. (E) Espero que você cumpra o horário do trabalho. TEXTO II Da arte de aceitar Ele não aceitava a moça. Ela foi, foi, conversou, conversou, rodou, rodou, artimanhou, manhou, arte e manha, miou, afinal rendeu. Criança de Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 66 LINGUA PORTUGUESA emoções superficiais, rápidas, espontâneas e passageiras, ele cedeu. Aceitou-a. Fiquei pensando em algo tão definido pelos psicólogos e literatos, porém inesgotável e eterno como o tema humano: a necessidade de ser aceito. Ser aceito não é receber a concordância. É receber até a discordância, mas dentro de um princípio indefinível e fluídico de acolhimento prévio e gratuito do que se é como pessoa. Ser aceito é realizar a plenitude dos sentidos do verbo latino Accipio, que deu origem à palavra portuguesa. Accipio quer dizer: tomar para si; receber, acolher; perceber; ouvir, ouvir dizer; saber; compreender; interpretar; sofrer; experimentar; aprovar; aceitar; estar satisfeito com. Tem vários sentidos, tal e qual essa aceitação misteriosa e empática que alguns nos concedem. Ser aceito é ser percebido antes de ser entendido. É ser acolhido antes de ser querido. É ser recebido antes de ser conhecido. É ser experimentado antes da experiência. É, pois, um estado de compreensão prévia, que abre caminho para uma posterior concordância ou discordância, sem perda do afeto natural por nossa maneira de ser. Ser aceito implica mecanismos mais sutis e de maior alcance do que os que derivam da razão.Implica intuição; compreensão milagrosa porque antecipatória; conhecimento efetivo e afetivo do universo interior; compreensão pela fraqueza; cuidado com as cicatrizes e nervos expostos, tolerância com delírio, tolices, medos, desordens, vesícula preguiçosa, medo do dentista ou disritmia. Ser aceito é ser feliz. Raro, pois. Quer fazer alguém feliz? Aceite-a em profundidade. E depois discorde à vontade. Ela aceitará. Artur da Távola 11. O Texto II estrutura-se a partir de uma situação (A) hipotética ou real. (B) defendida pela psicologia. (C) estudada pela literatura. (D) rejeitada pelo ser humano. (E) explorada socialmente. 13. O parágrafo que apresenta os sentidos originais do termo correspondente ao tema do Texto II é o (A) 2º (B) 3º (C) 4º (D) 5º (E) 6º 14. O emprego dos dois pontos no 2º parágrafo justifica-se por anteceder um(a) (A) esclarecimento. (B) enumeração. (C) conceituação. (D) definição. (E) exemplificação. 15. ―É, pois, um estado de compreensão prévia,‖ (l. 24). Assinale a opção em que o vocábulo destacado tem o mesmo valor semântico que o do destacado na passagem acima. (A) Ele é tão irreverente que chega a ser mal educado. (B) Como disse a verdade, não foi punido. (C) Você foi injusto com seu amigo; deve, portanto, desculpar-se com ele. (D) Não veio à reunião, pois estava acamado. (E) Fiquei atento porque você será chamado a seguir. 16. O substantivo abstrato derivado do verbo apresentado NÃO é grafado com o mesmo fonema consonantal dos demais em (A) perceber – percep___ão. (B) conceder – conce____ão. (C) satisfazer – satisfa___ ão. (D) interpretar – interpreta___ão. (E) aprovar – aprova___ão. 17. As palavras que se acentuam pela mesma regra de ―prévia‖ e ―até‖, respectivamente, são (A) raízes e só. (B) inútil e baú. (C) infindáveis e você. (D) idéia e sofá. (E) hífen e saída. 12. No Texto II, as repetições, os jogos de palavras caracterizam a luta para a conquista, a aceitação. Nessa luta, NÃO há, por parte da moça, (A) persistência. (B) empenho. (C) paciência. (D) estratégia. (E) relutância. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 67 LINGUA PORTUGUESA CONCORDÂNCIA NOMINAL 1 - Um adjetivo + um substantivo ou viceversa O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo: velha casa casa velha velhos barcos barcos velhos 2 – Um adjetivo + substantivos (dois ou mais com gêneros e números diferentes ou não) O adjetivo concorda, em geral, com o substantivo mais próximo: Escolheste mau lugar e hora. Escolheste má hora e lugar Tinha invulgar inteligência e dinamismo. Observação: Se os substantivos são de pessoas ou parentesco, o adjetivo vai para o plural. Chegaram os simpáticos sogro e sogra. Chegaram os simpáticos sogra e sogro Vimos as belas Simone e Luísa. 3 - Substantivos + um adjetivo O adjetivo pode concordar com o substantivo mais próximo ou ir para o plural, com predominância do masculino: Observe: As ruas eram modernas. A lua ficou triste. A menina estava enferma. Mamãe continua bondosa. Seus olhos e sua boca eram tentadores Sua boca e seus olhos eram tentadores. Eram tentadores seus olhos e sua boca Eram tentadores sua boca e seus olhos. Era tentadora sua boca e seus olhos. O clima e a água eram ótimos. O sol e a lua são poéticos. O vale e o monte ficaram escuros. O rio e o vale estavam solitários. A noite e a lua eram frias. O predicativo do sujeito, quanto ao número, acompanha a concordância do verbo. Observação: Quando o sujeito for um substantivo feminino empregado em sentido indeterminado, vago, o adjetivo fica invariável. Pinga não é bom para o corpo. (mas "Esta pinga não é boa...") É proibido entrada. (mas "É proibida a entrada.") É necessário muita coragem. (mas "É necessária uma coragem ímpar.") 6 - Casos particulares Professores e professoras gaúchas. Professores e professoras gaúchos. Ela tem uma filha e um filho loiro. Ela tem uma filha e um filho loiros. Tinha muitos vestidos e jóias caras. Tinha muitos vestidos e jóias caros. É uma mulher de rosto e corpo belíssimo. É uma mulher de rosto e corpo belíssimos. a) O problema nos nomes de cores automóvel gelo olhos azuis blusas rosa unhas vermelhas sapatos areia vestidos amarelos raios amarelo-ouro olhos verde-escuros blusas verde-musgo camisas rubro-negras Observação: A concordância do adjetivo com o substantivo mais próximo é obrigatória, se o adjetivo se referir apenas a este. Se o nome de cor é ou contém substantivo, fica invariável. Se for um adjetivo simples ou composto, concorda normalmente, nunca se esquecendo de que, nos adjetivos compostos, só varia o último. A única exceção é azul-marinho (gravatas azul-marinho). Deu-me beijo e abraço apertado. O ancião e a jovem sedutora formaram um par estranho. 4 - Um substantivo + adjetivos São possíveis três construções: 1ª construção As literaturas brasileira e portuguesa ... Estudo as línguas inglesa e francesa. Os dedos polegar, indicador e médio ... b) Mulher diz: "muito obrigada", "eu mesma", "eu própria". c) Só, sós Eles estão sós. (= sozinhos adjetivo) Eles só conversaram. (= somente advérbio) d) Quite (= livre, desobrigado) Estou quite. Estamos quites. Sócio quite. Sócios quites. 2ª construção A literatura brasileira e a portuguesa ... Estudo a língua inglesa e a francesa. O dedo polegar, o indicador e o médio ... e) Meio Como adjetivo (acompanhando substantivo), varia: meia maçã meio-dia e meia (hora) meia-noite. 3ª construção A literatura brasileira e portuguesa ... Estudo a língua inglesa e francesa. O dedo polegar, indicador e médio ... Como advérbio, fica invariável: Ela estava meio tonta. 5 - Concordância do adjetivo em função de predicativo f) Anexo, incluso a apenso São adjetivos; devem variar: As folhas anexas contêm os exercícios. g)Menos Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 68 LINGUA PORTUGUESA É palavra invariável. e) olhos verde-mar h) O substantivo e os numerais - cardinais Concordam com número, quando este estiver expresso ou implícito: Folha n.º dois. Página dois. Casa duzentos. Mas: Duas folhas. Duas páginas. Duzentas casas. - Ordinais Obedecem às regras que se inferem dos exemplos: Cometeu as infrações segunda e terceira. Subiu aos andares primeiro e segundo. Cometeu a segunda e terceira infração. Cometeu a segunda e terceira infrações. Subiu ao primeiro e segundo andar. Subiu ao primeiro e segundo andares. j) Particípio O particípio, que às vezes é verbo e outras vezes é adjetivo, concorda com o termo a que se refere: As casas foram construídas com recursos do Estado. As mulheres amadas são mais felizes. Feitas as pazes, foram comemorar. Dadas as circunstâncias, foi necessário retroceder. Encerrada, depois de longos debates, a reunião, todas as pessoas presentes foram convidadas para o coquetel. Observação: Com os verbos ter e haver, forma os tempos compostos, caso em que não varia As flores tinham desabrochado. Se elas não houvessem causado problemas, seriam convidadas. k) Melhor e mais bem Antes de particípio, deve-se usar mais bem, jamais melhor: Estas obras estão mais bem acabadas. Os atletas mais bem treinados vencerão. m) Expressões de tratamento Para efeito de concordância, as expressões de as as tratamento V. Ex.ª, V. Ex. , V. S.ª, V. S. etc. comportam-se como se fossem você (singular) ou vocês (plural): as Se V. Ex. (vocês) estivessem em seu juízo perfeito, compreenderiam que nada lhes devemos, porque os elegemos para que cumpram com suas obrigações. Observação: Háaque se respeitar o sexo da pessoa: V. Ex.a é muito generoso. (homem) V. Ex. é muito generosa. (mulher) TESTES 1) O plural correto de OLHO VERDEa) olho verde-mar b) olhos verde-mares c) olhos verdes-mar d) olhos verdes-mares -MAR é: 2) O substantivo cujo plural apresenta mudança de pronúncia da vogal tônica é: a) bolso b) olho c) esposo d) gosto e) globo 3 Comprou uma casa e um carro ................ ; isso tornava ................. as nossas desconfianças de que ela estivesse ................. inclinada a pedir auxílio financeiro. a) novos improvável meio b) novo improvável meia c) novos improváveis meio d) novo improvável meio e) novo improváveis meia 4) Deixou ..............., desde logo, os prêmios a que faria jus o vencedor: dois ............ . a) estabelecidos carros azuisclaros b) estabelecidos carros azul-claro c) estabelecido carros azul-claros d) estabelecidos carros azul-claros e) estabelecido carros azuisclaros 5) Queremos bem ............... nossa opinião e nossos argumentos, deixando ............. , sem possibilidade de outras interpretações, as palavras que ................ expressam. a) clara escritas os b) claro escrito o c) claros escrito as d) claros escritas as e) clara escrito os 6) Os acidentados foram encaminhados a diferentes clínicas .......... . a) médicas-cirúrgicas b) médica-cirúrgicas c) médico-cirúrgicas d) médicos-cirúrgicos e) médica-cirúrgicos 7) Ela ....... reconhecia que era...... atrapalhada nos exames; era por isso que nunca aparecia entre as três ........ colocadas. a) mesmo b) mesmo c) mesma d) mesmo e) mesma meia meia meia meio meio melhores mais bem melhores melhor mais bem 8) Mais tarde, ................ as mudanças e os arranjos que se ............., poderemos prosseguir. a) providenciado b) providenciados c) providenciadas d) providenciados e) providenciadas fizer necessário fizer necessários fizer necessário fizerem necessário fizerem necessários 9) Desejo reafirmar a V. Ex.ª que todos os ................ que .............. foram encaminhados dependem exclusivamente de ................ veredicto. a) abaixos-assinados lhe seu b) abaixos-assinados vos vosso c) abaixo-assinados lhe seu d) abaixo-assinados vos vosso e) abaixo-assinados lhe vosso de 10) Dirigindo-me a V. Ex.ª, tomo a liberdade pedir-..............., Sr. Ministro, ................ Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 69 LINGUA PORTUGUESA interferência nos canais de televisão, no sentido de coibir certos abusos de linguagem. Tomando as providências cabíveis, V. Ex.ª será .............. de nossos mais veementes aplausos. a) lhe sua merecedor b) lhe sua merecedora c) vos vossa merecedor d) vos vossa merecedora e) lhe vossa merecedor RESPOSTAS 1- E 2- B 3- C 4- D 5- A 6- C 7- E 8- E 9- C 10- A Regência Verbal Principais verbos: ABRAÇAR Transitivo Direto - Apertar nos braços. O pai abraçou o filho querido. Transitivo Indireto - Abraçar-se (pronominal): rege preposição A, COM, EM. O pai abraçou-se com/ao filho. AGRADAR Transitivo Indireto - Satisfazer. preposição A; admite LHE(s). Rege a A estréia do filme agradou ao público. Transitivo Direto - Fazer agrado (alguém agrada alguém, sendo o sujeito nome de pessoa). João agradava a esposa. ASPIRAR Transitivo Direto - inalar, tragar, sorver. A menina aspirou o aroma da flor. Transitivo Indireto - desejar, almejar. Rege a preposição A; rejeita LHE(s). Os jovens aspiram a grandes conquistas. ASSISTIR Transitivo Indireto - ver, presenciar, estar presente. Rege a preposição A, rejeita LHE(s). Assistiu ao filme calada. Assistiu a ele (o filme) calada. Transitivo Indireto - Caber, pertencer. Rege a preposição A; aceita LHE(s) Não lhe assiste o direito de intervir. Transitivo Direto - auxiliar, ajudar, confortar. O médico assiste o doente. Intransitivo - Morar. Rege a preposição EM Há quanto tempo assistimos em Recife? CHAMAR Transitivo Direto - Convocar, convidar. Chamei você para a festa. Transitivo Indireto - Invocar: rege a preposição POR Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 70 LINGUA PORTUGUESA Chamo por Nossa Senhora sempre . Um contrato implica aceitação de cláusulas. CHEGAR Transitivo Indireto – promover rixas, mostrar má disposição para com alguém. Não se diz, na língua culta, "chegar em". Assim não é culto falar: "Cheguei em casa ontem.." Dizse: "Chegamos a casa ontem." Quando você chegou ao Brasil? A menina implicou com a outra. NAMORAR Transitivo Direto - Cortejar CUSTAR Quem você quer namorar? Intransitivo - ter valor de. A casa custou trinta mil reais. Transitivo Indireto - demorar, ser difícil, custoso. Só se emprega na 3ª pessoa do singular e tem como sujeito uma oração reduzida de infinitivo, precedida ou não da preposição A. OBEDECER / DESOBEDECER Transitivos Indiretos - regem a preposição A. Os filhos obedecem aos pais. A filha obedece-lhes em tudo. Custa-me (a) aceitar que retornou ao vício. Transitivo Direto e Indireto - acarretar trabalhos, causar incômodos, sofrimentos, prejuízos. Embora transitivos indiretos , esses verbos aceitam a voz passiva. O trabalho custou-me várias horas de sono. A lei foi obedecida por todos. Portanto, são erradas as formas: PAGAR / PERDOAR Nós custávamos a entrar na sala. Transitivos Diretos e Indiretos - pedem objeto direto da coisa que se paga ou se perdoa, e objeto indireto da pessoa a quem sem paga ou se perdoa. Custei a encontrar uma saída. ESQUECER / LEMBRAR Transitivo Direto - quando não são pronominais, ou seja, quando não estiverem acompanhados dos pronomes oblíquos. (me, te, se, etc.) Deus perdoe nossos pecados (coisa). Transitivo Indireto - quando usados como verbos pronominais. Dava-lhe dinheiro para pagar ao mestre (pessoa). Esqueci tudo (TD) / Esqueci-me de tudo.(TI) PREFERIR Não esqueça seus amigos. (TD) / Não se esqueça dos seus amigos.(TI) Transitivo Direto e Indireto - Não aceita reforço, rege preposição A . Esses dois verbos podem também apresentar uma outra construção, em que a coisa esquecida/lembrada funciona como sujeito. Lembrou-me aquele compromisso. O homem (pessoa). perdoava aos seus devedores "Quem prefere, prefere alguma coisa a outra", e não prefere uma coisa "do que a outra". Devem ser evitados os pleonasmos "preferir mais", "preferir antes", "preferir muito mais", "preferir mil vezes do que"... Nesse exemplo, o sentido do verbo é de "ocorrer, vir à mente" , o sujeito é "aquele compromisso" e "me" funciona como objeto indireto. PRECISAR Esqueceu-me aquele compromisso. Ele não soube precisar a quantia perdida. Nesse exemplo, o sentido do verbo é de "fugir da memória". O sujeito é "aquele compromisso" e o me funciona como objeto indireto. Transitivo Indireto - necessitar. IMPLICAR PROCEDER Transitivo Direto – trazer como conseqüência, acarretar. Intransitivo - comportar-se, ter fundamento, originar-se, provir. Transitivo Direto - determinar com exatidão. O país precisa de guerreiros. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 71 LINGUA PORTUGUESA A caravana procedia (originava-se) do sertão . A moça procedeu (comportou-se) corretamente. O depoimento do réu procedia (teve fundamento). Transitivo Indireto - dar início, realizar. Rege preposição A . O professor procedeu (realizou) à leitura do texto. QUERER Transitivo Direto – Desejar. Eu quero o biscoito recheado. Transitivo Indireto – ter afeto: rege a preposição A. Os filhos querem aos pais. Do filho que muito lhe quer. VISAR Transitivo Direto - apontar, mirar, rubricar. O atirador visou o alvo. O banco visou o cheque. Transitivo Indireto - pretender, almejar. Rege preposição A e rejeita LHE(s). A ação visava ao restabelecimento da paz Não vise apenas ao progresso material. Ele visava a alcançar o título. ________________________________________ Exercícios 01. Está correto o emprego da expressão sublinhada na frase: (A) Os exercícios com que o autor se refere são aqueles praticados sem muito controle. (B) As substâncias na qual a privação acarreta depressão são a dopamina e a endorfina. (C)) Quando o tempo de que dispomos é insuficiente para a ginástica, cresce a nossa ansiedade. (D) É um círculo vicioso, de cujo alguns não conseguem escapar. (E) As condições adversas em cujas muita gente faz ginástica ressaltam essa dependência. 02. Todas as religiões têm rituais, e os fiéis que seguem esses rituais beneficiam-se não propriamente das práticas que constituem os rituais, mas da meditação implicada nesses rituais. Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os segmentos sublinhados, respectivamente, por: (A) lhes seguem - lhes constituem - neles implicada (B) os seguem - os constituem - neles implicada (C) os seguem - os constituem - lhes implicada (D) os seguem - lhes constituem - implicada nos mesmos (E) seguem-nos - constituem-nos - a eles implicada 03. É mais do que suficiente o vocabulário _____ dispomos. O termo _______ o autor se refere é surfar. Tendo em vista a regência verbal, completam-se corretamente as frases com: (A) de que - a que. (B) com que - de que. (C) que - de que. (D) a que - que. (E) a que - com que. 04. O conhecimento ___________ se referia o profissional, se faz presente nas pessoas ___________ valores não são materiais. Assinale a opção que, segundo o registro culto e formal da língua, preenche as lacunas acima. (A) que – que (B) que – cujos os (C) a que – cujos (D) o qual – de cujos (E) o qual – para quem 05. Indique a opção em que a expressão em destaque pode ser substituída por ―lhe‖, assim como em ―...uma parte do mérito lhe cabe,‖ (A) O economista chamou o colega de benfeitor da natureza. (B) A Fundação convidou o professor para o cargo de diretor. (C) O projeto pertence ao renomado cientista. (D) O governo criou recentemente o BolsaFloresta. (E) A diretora gosta muito de sua assistente. 06. Observe as frases a seguir. O êxito ______ confiamos depende de esforço e dedicação. Os modelos de ídolos ______ todos aspiramos deveriam ser constituídos de valores éticos. A opção que preenche, respectivamente, as lacunas das frases acima, de acordo com a norma culta, é: (A) para que / de que. (B) de que / a que. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 72 LINGUA PORTUGUESA (C) em que / com que. (D) em que/ a que. (E) a que / em que. (B) de que - com que 07. Analise as frases. – Desejavam saber o preço __________ venderiam o camarão. – Com cenário iluminado, a pesca na lagoa foi a mais bonita __________ assistiu. – O barco __________ estavam os que se dirigiam ao porto passava distante dos pescadores. Tendo em vista a regência verbal, as frases acima se completam com (A) de que / em que / com que (B) de que / em que / do qual (C) pelo qual / a que / em que (D) pelo qual / que / de que (E) com o qual / com que / em que 11. Assinale a opção cuja lacuna não pode ser preenchida pela preposição entre parênteses: (C) a cujas - de cujos 08. Assinale a opção cuja regência do verbo apresentado é a mesma do verbo destacado na passagem ―Ser aceito implica mecanismos mais sutis e de maior alcance...‖ (A) Lembrar-se. (B) Obedecer. (C) Visar (no sentido de almejar). (D) Respeitar. (E) Chegar. 09. Assinale a alternativa cuja seqüência completa corretamente as frases abaixo: A lei ____ se referiu jà foi revogada. Os problemas ____se lembraram eram muito grandes. O cargo _____aspiras é muito importante. O filme _____gostou foi premiado. O jogo _______ assistimos foi movimentado. A) que - que - que - que - que B) a que -de que-que-que - a que C) que - de que - que - de que - que D) a que - de que - a que - de que- a que E) a que - que - que - que - a que 10. As liberdades _____ se refere o autor dizem respeito a direitos _____ se ocupa a nossa Constituição. Preenchem de modo correto as lacunas da frase acima, na ordem dada, as expressões: (A) a que - de que (E) em que - aos quais (D) à que - em que A) uma companheira desta, _____ cuja figura os mais velhos se comoviam. (com) B) uma companheira desta, _____ cuja figura já nos referimos anteriormente. (a) C) uma companheira desta, _____ cuja figura havia um ar de grande dama decadente. (em) D) uma companheira desta, _____cuja figura andara todo o regimento apaixonado. (por) E) uma companheira desta, _____ cuja figura as crianças se assustavam. (de) PRÁTICA DE TEXTO TCE/RO É preciso voltar a gostar do Brasil Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história, para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente, o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos a ser um animal muito estranho no zoológico das nações: sociedade recente, produto da expansão européia, concebida desde o início para servir ao mercado mundial, organizada em torno de um escravismo prolongado e tardio, única monarquia em um continente republicano, assentada em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com um povo em processo de formação, sem um passado profundo onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro estaria reservado para uma nação assim? Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram, em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar sua óbvia condição nãoeuropéia. Houve muitos esforços meritórios para superar esse impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais de cem anos de vida independente, começamos a puxar consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande & Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia cultural, disciplina que então apenas engatinhava. (...) Freyre revirou tudo de ponta- Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 73 LINGUA PORTUGUESA cabeça, realizando um tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios dentro da formação social brasileira. (...) A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas. Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se constituiu um modo de vida completo e específico. (...) Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo: comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas, canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes, ferramentas e técnicas, palavras e expressões de linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira) não se encontrava na política nem na economia, muito menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...) Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois, com Raízes do Brasil, um instigante ensaio – ―clássico de nascença‖, nas palavras de Antônio Cândido – que tentava compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas, experimentaria o inevitável trânsito para a modernidade urbana e ―americana‖ do século 20. Ao contrário do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o tempo secular da história. Considera a modernização um processo. Também busca a singularidade do processo brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade transplantada, mas nacional, com características próprias. (...) Anuncia que ―a nossa revolução‖ está em marcha, com a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência de um novo ator decisivo, as massas urbanas. Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores locais, elas não mais seriam demandantes de favores, mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica, patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a comunidade política, de modo a transformar, ao nosso modo, o homem cordial em cidadão. O esforço desses pensadores deixou pontos de partida muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre girava em torno da família extensa da casa-grande, um espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização que prometia associar-se a modernidade e cidadania. BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos. Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado) 1. Segundo o texto, o ―...tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios dentro da formação social brasileira.‖ (l. 29-30) refere-se: (A) à influência das culturas indígena e negra na civilização ibérica. (B) à influência destas etnias na constituição da cultura brasileira. (C) às interferências ibéricas na formação destas etnias. (D) às dificuldades que estes povos criaram para a formação social brasileira. (E) ao massacre sofrido por estes povos no processo colonizador. 2. O autor enaltece as teorias de Freyre e Buarque ―mesmo que tenham descrito um país que, em parte, deixou de existir.‖ (l. 69-70). Segundo o texto, o país, em parte, deixou de existir em virtude de: (A) diferentes colonizações na sua história. (B) erros na decifração do enigma brasileiro. (C) inevitáveis mudanças ao longo da história. (D) equívocos na construção da cultura. (E) dificuldades encontradas pelos antropólogos. 3. Para Sérgio Buarque, ―as massas urbanas‖ (l. 61) representam o(a): (A) sinal de liberdade dos senhores locais. (B) empecilho à decifração do enigma brasileiro. (C) resultado da colonização de raízes ibéricas. (D) produto de transformações feitas pela ―nossa revolução‖. (E) demonstração do autoritarismo em voga na década de 30. 4. O termo destacado em ―...um espaço integrador dentro da monumental desigualdade;‖ (l. 71-72) faz contraponto com o(a): (A) processo autoritário de modernização. (B) contraste econômico entre o campo e a cidade. (C) comunidade doméstica patriarcal. (D) estratificação social da casa-grande. (E) construção da cidadania decorrente da urbanização. 5. O fragmento ―somos uma sociedade transplantada, mas nacional, com características próprias.‖ (l. 56-58) sinaliza uma oposição. Assinale a opção em que os termos demonstram, respectivamente, esta oposição. (A) Independente / insubmissa. (B) Colonial / singular. (C) Única / igualitária. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 74 LINGUA PORTUGUESA (D) Livre / original. (E) Peculiar / específica. 6. A compreensão do Brasil foi retardada pela existência de: (A) uma família patriarcal que se opôs ao trabalho civilizatório das instituições formais. (B) uma sociedade que continuou mercantilista até a independência. (C) um enigma que só pôde ser decifrado com os ideais republicanos. (D) muitos dados que enredaram a nossa cultura. (E) aspectos que levaram à formação de uma identidade nacional contraditória. 7. É CONTRÁRIA ao texto a seguinte afirmação: (A) Sérgio Buarque não considera a passagem para a modernidade um processo lesivo aos interesses nacionais. (B) Gilberto Freyre e Sérgio Buarque compartilham o sentimento pelo ocaso da sociedade agrária. (C) Gilberto Freyre, conservador, faz uma releitura do Brasil que não se restringe ao elemento europeu. (D) O dualismo vivência rural e vivência urbana é cotejado por Sérgio Buarque em sua obra. (E) O ponto de contato entre o pensamento dos dois autores consiste na investigação do que há de específico na brasilidade. 8. O aspecto enigmático da sociedade brasileira consiste: (A) em se desvendar a razão de não se gostar muito do Brasil. (B) na fragilidade do olhar investigativo dos estudiosos. (C) na ineficácia dos esforços de se entender o Brasil em decorrência de sua situação geográfica. (D) na incapacidade brasileira de copiar os saberes europeus. (E) nas contradições existentes mesmo em etapas diferentes de sua constituição política. 9. Em ―seríamos enfim levados a fundar a comunidade política, de modo a transformar, ao nosso modo, o homem cordial em cidadão.‖ (l. 65-67), as partes destacadas podem ser substituídas, sem alteração de sentido, por: (A) de maneira que pudéssemos – do nosso jeito. (B) com o fim de – como se fosse nosso. (C) na forma de – da nossa sociedade. (D) tendo como objetivo – para nosso lucro. (E) sem fins de – do mesmo jeito. 10. Assinale a opção em que o conjunto destacado NÃO atribui ao texto a idéia de FINALIDADE. (A) ―Muitos motivos se somaram, (...) para dificultar a tarefa de decifrar, (...) o enigma ...‖(l.1-3) (B) ―concebida desde o início para servir ao mercado mundial,‖ (l.5-6) (C) ―(...) as tentativas feitas para compreender esse enigma (...) foram, (...) infrutíferas.‖ (l.13-15) (D) ―Houve muitos esforços meritórios para superar esse impasse.‖ (l. 20-21) (E) ―experimentaria o inevitável trânsito para a modernidade urbana ...‖ (l. 47-48) 11. Na construção de uma das opções abaixo foi empregada uma forma verbal que segue o mesmo tipo de uso do verbo haver em ―Houve muitos esforços meritórios para superar esse impasse.‖ (l. 20-21). Indique-a. (A) O antropólogo já havia observado a atitude dos grupos sociais. (B) Na época da publicação choveram elogios aos livros. (C) Faz muito tempo da publicação de livros como estes. (D) No futuro, todos hão de reconhecer o seu valor. (E) Não se fazem mais brasileiros como antigamente. 12. Assinale a opção em que há uso INADEQUADO da regência verbal, segundo a norma culta da língua. (A) É interessante a obra de Freyre com a qual a de Sérgio Buarque compõe uma dupla magistral. (B) É necessário ler estes livros nos quais nos vemos caracterizados. (C) Chico Buarque, por quem os brasileiros têm grande admiração, é filho de Sérgio Buarque. (D) É tão bom escritor que não vejo alguém de quem ele possa se comparar. (E) Valoriza-se, sobretudo, aquele livro sob cujas leis as pessoas traçam suas vidas. 13. Em qual das palavras apresentadas a seguir as lacunas NÃO podem ser preenchidas com os mesmos sinais gráficos destacados no vocábulo expansão? (A) E __clu __ão. (D) E __ pan __ ivo. (B) E __po __ição. (E) E __ cur __ão. (C) E __ terili __ação. 14. A ausência do sinal gráfico de acentuação cria outro sentido para a palavra: (A) trânsito. (B) características. (C) inevitável. (D) infrutíferas. (E) anônimas. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 75 LINGUA PORTUGUESA GABARITO DOS EXERCÍCIOS CONCORDÂNCIA VERBAL EMPREGO INDICATIVO DA CRASE 01. a) Aconteceram; b) Ficaram; c) Sobraram; d) devem existir; e) podem ocorrer. 02. a) Anunciaram-se; b) se farão; c) Trata-se; d) se fala; e) Obtiveram-se 03.E 04.A 05.C 06.A 07.B 08.D 09.E 10.B 11.C 12.A 13.C 14.E 15.C 16.E PRÁTICA DE TEXTO: 01.D 02.E 03.C 04.E 05.A 06.B 07.D 08.B 09.D 10.E 11.A 12.E 13.C 14.A 15.C 16.B 17.C REGÊNCIA VERBAL 01.C 02.B 03.A 04.C 05.C 06.D 07.C 08.D 09.D 10.A 11.E PRÁTICA DE TEXTO: 01.B 02.C 03.D 04.E 05.B 06.D 07.B 08.E 09.A 10.E 11.C 12.D 13.C 14.A Do grego krâsis (mistura, fusão). Em gramática normativa, significa a contração ou fusão de duas vogais em uma só ( aa > à ). Esse fenômeno é indicado pelo acento grave. A crase vai ocorrer quando houver a fusão da preposição “a” com: 1. o artigo feminino ―a‖ ou ―as‖; Refiro-me a a concorrência. prep. + art. Refiro-me à concorrência. crase 2. o pronome demonstrativo "a" ou "as"; Perdoarei a as que quiserem. prep. + pron. demonstrativo Perdoarei às que quiserem. crase crase 3. os pronomes demonstrativos "aquilo", "aquele" e flexões. Assistirei a aquele filme. prep. + pron. demonstrativo Assistirei àquele filme. crase CASOS EM QUE PODE OCORRER CRASE 1. Antes de palavras femininas, claras ou subentendidas. Dirijam-se à secretaria. Usava bigodes à Salvador Dali. (à moda de) Método prático: Substituir a palavra feminina por masculina e observar a conseqüência (a > ao = à). O orador aspirava a(?) fama. O orador aspirava ao sucesso. O orador aspirava à fama. Os críticos elogiaram as(?) poesias. Os críticos elogiaram os poemas. Os críticos elogiaram as poesias. 2. Antes dos pronomes relativos que, a qual e as quais Dirigiu-se à que estava ao seu lado. As pessoas às quais aludimos moram no Sul. Método prático: Substituir o antecedente por palavra masculina e observar a conseqüência (a > ao > à). Esta caneta é igual a(?) que perdi. Este livro é igual ao que perdi. Esta caneta é igual à que perdi. Vi a peça (?) que te referes. Vi o filme a que te referes. Vi a peça a que te referes. A glória a(?) qual aspirei, era efêmera. O êxito ao qual aspirei, era efêmero. A glória à qual aspirei... Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 76 LINGUA PORTUGUESA 3. Com os pronomes demonstrativos aquilo, aquele (e flexões) Não chegarás àquele patamar. Sempre visou àquilo mesmo. Método prático: Substituir os pronomes, respectivamente, por "isto" ou "este", observando a presença ou não da preposição. aquilo > isto = aquilo aquele > este = aquele aquilo > a isto = àquilo aquele > a este = àquele O povo não obedecia aquelas (?) leis. O povo não obedecia a estas leis. O povo não obedecia àquelas leis. Ninguém aceitou aquilo (?). Ninguém aceitou isto. Ninguém aceitou aquilo. locuções. Nesse caso, não há crase porque não há artigo. Os turistas foram a terra comprar flores. b) Significando lugar (cidade, estado, país), aparece com adjetivos, pronomes ou locuções. Nesse caso, pode haver crase: há artigo, mas depende de preposição. Os marujos retornaram à terra dos piratas. (retornar a) Gostaria de conhecer a terra de meus antepassados. (conhecer - v.t.d.) 4. Crase antes de nomes de lugares Só haverá crase com nomes determinados pelo artigo a. Quando formos à Bahia. (determinado por artigo) Quando formos a Belém. (não é determinado por artigo) Método prático para saber se há artigo. "Versinho da Tia Júlia". Se estou na ou volto da, pode haver crase no a; Se estou em ou volto de, crase pra quê." Os turistas dirigiam-se a (?) Califórnia. prep. a + art. a (Estou na Califórnia) Os turistas dirigiam-se à Califórnia. 4. Crase Facultativa a) Antes de nomes personativos femininos Os diretores dirigiram elogios a (à) Maria Helena. Se fosse um nome personativo masculino: Os diretores dirigiram elogios a (ao) Paulo Miguel. Como se vê o uso do artigo é facultativo. Observação: Nomes de lugares determinados por adjetivos, locuções adjetivas e alguns pronomes, sempre serão determinados por artigo. Ainda voltarei à Roma eterna. b) Antes de pronomes possessivos adjetivos (no singular) Antes de tudo viso a (à) minha salvação. Se fosse um pronome masculino: "Antes de tudo viso a (ao) meu bem-estar.", também o uso do artigo é facultativo. Observação: Em se tratando de pronome substantivo (e havendo a preposição) a crase será de rigor. Viso a (à) minha salvação e não à tua. CASOS PARTICULARES 1. Com a palavra "casa" a) Significando lar (nossa própria casa). Aparece sozinha, isto é, sem adjetivos, pronomes ou locuções. Nesse caso, não há crase porque não há artigo. Ao chegarmos a casa, já era noite alta. b) Indicando ser a casa de outrem ou estabelecimento comercial, aparece acompanhada de adjetivos, pronomes ou locuções. Nesse caso, pode haver crase: há artigo, mas depende de preposição. Falta pouco para chegarmos à casa dos noivos. (chegar a) Todos querem comprar a casa própria. (comprar v.t.d.) 2. Com a palavra "terra" a) Significando terra firme (o oposto de mar, água, bordo), aparece sem adjetivos, pronomes ou 3. Com a palavra "distância" A única locução adverbial formada com palavra feminina em que não ocorre crase é "a distância"; entretanto, se estiver determinada, teremos locução prepositiva, acentuada: "à distância de". O povo ficou a distância do congresso. O povo ficou à distância de cem metros do incêndio. Observação: Vindo o nome determinado como de pessoa amiga, parente, a crase não mais será facultativa, porque nesse caso o uso do artigo se fará mister. Os diretores dirigiram elogios à Maria Helena, minha irmã. c) Depois da preposição "até" Esta alameda vai até a (à).fazenda do meu pai. Se houvesse um nome masculino: "Esta alameda vai até o (ao) sítio do meu pai.", pode-se inferir que é facultativa a combinação das preposições até e a para ressaltar a idéia de limite ou exclusão. 5. Crase nas locuções formadas com palavras femininas Acentua-se o a das locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas, formadas com palavras femininas. a) Locuções adverbiais À primeira vista, o trabalho pareceu-nos bem simples. Sempre estudei à noite e nem por isso fiquei obscuro. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 77 LINGUA PORTUGUESA b) Locuções prepositivas Quem vive à espera de facilidades, encontra falsidades. Triunfaremos à custa de nossos méritos. c) Locuções conjuntivas O flagelo aumentava à medida que as chuvas continuavam. A proporção que subíamos, o ar tornava-se mais leve. Observações: 1. Segundo alguns dos principais autores, às vezes, o acento grave no "a" (à) representa a pura preposição que rege substantivo feminino, formando locução adverbial. Se tal procedimento não fosse adotado; teríamos, então, muitas frases ambíguas. O rapaz cheirava a bebida. (aspirava o cheiro da bebida) O rapaz cheirava à bebida. (exalava o cheiro da bebida) 2. Em relação à crase nas locuções adverbiais, há certa divergência entre alguns gramáticos; porém há consenso nos casos em que possa haver ambigüidade: Fique a vontade na sala. Sujeito ou a. adv. modo? EXERCÍCIOS E QUESTÕES DE CONCURSOS Assinale como Falso (F) ou Verdadeiro (V): 1. ( ) A assistência às aulas é indispensável. 2. ( ) Esta novela nem se compara a que assistimos. 3. ( ) Obedecerei àquilo que me for determinado 4. ( ) O professor foi a Taguatinga comprar pinga. 5. ( ) Chegou a casa e logo se jogou na cama. 6. ( ) Os turistas foram à terra comprar flores. 7. ( ) Via-se, a distância de cem metros, uma luz. 8. ( ) Diga a Adriana que a estamos esperando. 9. ( ) Ela fez alusões a sua classe e não a minha. 10. ( ) O conselheiro jamais perdoou a Dona Margarida. 11. ( ) Esta alameda vai até à chácara de meu pai. 12. ( ) Os meninos cheiravam a cola. 13. ( ) Eles andavam à toa, sempre à procura de dinheiro, vivendo e comendo à medida que podiam. Múltipla escolha 14. Assinale a alternativa em que o acento indicativo da crase é obrigatório nas duas ocorrências. a) Uma lei sempre está ligada a alguma outra. As leis estão subordinadas a Lei-Mãe. b) Obedecer aqueles princípios é necessário. É direito que assiste a autora rever a emenda. c) Alguns parlamentares anuíram a proposta de emenda. Agiram contra a lei. d) Estamos sujeitos a muitas leis. São contrários a lei. e) O Presidente atendeu a reivindicação do ministro. Procurou-se assistir as populações atingidas pela seca. 15. Não sei ________ quem devo dirigir-me: se ______ funcionária desta seção, ou _____ da seção de protocolo. a) a-a-a; c) a-à-à; e) à-à-à. b) a-à-a; d) à-a-à; 16. Assinale a alternativa em que a crase está indicada corretamente. a) Não se esqueça de chegar à casa cedo. b) Prefiro isto aquilo, já que ao se fazer o bem não se olha à quem. c) Já que pagaste àquelas dívidas, à que situação aspiras? d) Chegaram até à região marcada e daí avançaram até à praia. e) É um perigo andar a pé, sozinho, a uma hora da madrugada. 17. Daqui _____ vinte quilômetros, o viajante encontrará, logo _____ entrada do grande bosque, uma estátua que _____ séculos foi erigida em homenagem deusa da mata. a) a-à-há-à; d) a-à-à-à; b) há -a-à-a; e) há -a-há-a. c) à-há-à-à; 18. O progresso chegou inesperadamente _____ subúrbio. Daqui ________ poucos anos, nenhum dos seus moradores se lembrará mais das casinhas que, _______ tão pouco tempo, marcavam a paisagem familiar. a) aquele - a - a; d) àquele - a - há; b) àquele - à - há; e) aquele - à - há. c) àquele - à - à; 19. O fenômeno _______ que aludi é visível _______ noite e olho nu. a) a-a-a; c) a-à-a; e) à-à-a. b) a-à-à; d) a-à-à; 20. Já estavam _______ poucos metros da clareira _________ qual foram ter por um atalho aberto _______ facão. a) à-à-a; c) a-a-à; e) à-à-à. b) a-à-a; d) à-a-à; 21. Assinale a opção incorreta no que se refere ao emprego do acento grave indicativo de crase. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 78 LINGUA PORTUGUESA a) Há cinco anos vivendo em São Paulo, um cidadão inglês foi constrangido a abandonar a tradicional pontualidade britânica. Para ir à casa de seus alunos, ele enfrenta horas de trânsito congestionado. b) Assustado com os efeitos do trânsito sobre os índices de poluição, o secretário estadual de Meio Ambiente pregou a necessidade de restringir à circulação de carros na capital paulista. c) Em Salvador, a terceira cidade mais populosa do País, a prefeitura recorreu à parceria com a iniciativa privada para alargar as avenidas mais importantes. d) O motorista entregou a documentação a uma das funcionárias do Departamento e ficou à espera do resultado, a fim de que pudesse resolver o seu problema a curto prazo. e) Quanto àquele problema de falta de verbas para o Departamento, o diretor resolveu dirigir-se diretamente a Sua Excelência, de modo a deixar os funcionários mais tranqüilos. e) Na prática, isso já vem ocorrendo em escala menor: em algumas de suas missões, também o ônibus espacial já retornou à Terra com avarias provocadas por colisões em órbita." (VEJA, 22/3/95 - adaptado) 22. "Hoje deve haver menos gente por lá, conjeturou; ótimo, porque assim trabalho à vontade." Assinale a alternativa em que também deve ocorrer o acento grave indicador da crase. a) O dia 28 de outubro é consagrado a todas as pessoas que trabalham no serviço público. b) O ponto era facultativo somente a funcionárias do ING. c) João Brandão foi a tarde ao ING. d) Ele galgava a parede quando o vigia o encontrou. 1. V 6. F 11. V 16. D 21. B 2. F 7. F 12. V 17. A 22. C 3. V 8. V 13. V 18. D 23. E 4. V 9. F 14. B 19. C 24. C 5. V 10. V 15. C 20. B 25. C 25. Indique a letra em que os termos preenchem corretamente, pela ordem, as lacunas do trecho dado. "Assustada _____ família com os versos em que o via sempre ocupado, foi reclamar ao grande mestre que não o via estudar em casa, ao que lhe foi respondido que _____ sua assiduidade e aplicação _____ aulas nada deixavam _____ desejar. Era o que bastava e daí por diante continuou tranqüilo a ler e fazer versos..." (Francisco Venâncio Filho) a) à-a-as-à; d) à-a-as-à; b) a-à-às-a; e) à-à-às-a. c) a-a-às-a; GABARITO: 23. Assinale a frase em que o acento indicador da crase foi usado incorretamente. a) A obsessão à qual sacrificou a juventude não o persegue mais. b) Sentavam-se nas pedras do caminho à espera da comitiva do peão. c) Na imaginação, porém, ele voltava àquele mundo de sonho e fantasia. d) Depois de refletir, dirigi-me, decididamente, à casa de meu amigo. e) Tenho certeza de que os documentos não fazem referência à nada do que dizes. 24. Assinale o emprego incorreto de "a" e "à". a) "Os detritos cósmicos viajam a mais de 3.200 km por hora, 2,6 vezes a velocidade do som. b) A essa velocidade, uma esfera de metal do tamanho de uma unha que se chocar contra um objeto maior ... c) ... libera energia equivalente a explosão de uma granada. O futuro desses objetos é um dia precipitarem-se sobre a Terra. d) Os menores devem desintegrar-se. Os maiores podem chegar à superfície quase intactos. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 79 LINGUA PORTUGUESA conclusivas, tais como “por exemplo, além disso, isto é, aliás, então, etc‖. 09. Para separar as orações coordenadas assindéticas: Pontuação "No dia do listão haverá feijão, haverá muito feijão, haverá um dilúvio de feijão para a comemoração." EMPREGO DA VÍRGULA 01. Para separar os termos da mesma função, assindéticos: "Vim, vi, venci." 10. Para separar as orações coordenadas ligadas pela conjunção "e", quando os sujeitos forem diferentes: Havendo a conjunção "e" entre os dois últimos termos, suprime-se a vírgula: "Veio a noite da feijoada, e João não havia se preparado." "A mulher dança, pula e se diverte ao som da banda." 11. Para separar as orações coordenadas ligadas pelas conjunções mas, senão, nem, que, pois, porque, ou pelas alternativas: ou...ou; ora...ora; quer...quer, etc. 02. Para isolar o vocativo: "João, onde está o feijão?" "O adolescente é muito rico, mas não vive feliz." "E agora, José? "Ou o conhece, ou não". 03. Para isolar o aposto explicativo: "FHC, ex-presidente, manteve o hábito de viajar muito." 12. Para isolar as conjunções adversativas porém, todavia, contudo, no entanto; e as conjunções conclusivas logo, pois, portanto. 04. Para assinalar a inversão dos adjuntos adverbiais: "Ao sair do lugar, contudo, teve umas sombras de dúvida." "Por impulso comemorou." equipe "Nada diminuía, portanto, as probabilidades do perigo diante da situação." Diante de todos os convidados, o casal disse sim." 13. Para separar as orações adverbiais (iniciadas pelas conjunções subordinativasnão integrantes), principalmente quando antepostas à principal: instantâneo, todo a Sendo o adjunto adverbial expresso por apenas um simples advérbio, pode-se dispensar a vírgula, ainda que venha deslocado: "Hoje, completamos mais um ano de vida". "Hoje completamos mais um ano de vida". 05. Para marcar a elipse do verbo: "João e Maria comeram feijão; Mário, somente arroz. 06. Nas datas: "Como estudou direito para o vestibular, passou para o curso de Direito." Quando você vier, eu sairei de casa. 14. Para separar os adjetivos e as orações adjetivas de sentido explicativo: "O jardim, que está florido, será protegido durante a chuva." "Recife, 23 de novembro de 2000." "As mulheres, endividadas, procuraram a ajuda do gerente bancário." "Rio de Janeiro, 01 de janeiro de 2001" EMPREGO DO PONTO E VÍRGULA Observe um detalhe: nomes de meses são, invariavelmente, grafados em letra minúscula. 01. Para separar orações independentes que têm certa extensão, sobretudo se tais orações possuem partes já divididas por vírgula: 07. Nas construções onde o complemento verbal, por vir anteposto, é repetido por um pronome enfático (objeto direto / indireto pleonástico): "A mim, ninguém me engana." "Ao pobre, não lhe devo. Ao rico, não lhe peço." 08. Para isolar certas palavras ou expressões explicativas, corretivas, continuativas, "Uns trabalhavam, esforçavam-se, exauriam-se; outros folgavam, descuidavam-se, não pensavam no futuro." 02. Para separar as partes principais de uma frase cujas partes subalternas têm de ser separadas por vírgulas: Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 80 LINGUA PORTUGUESA "Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes são cidades de Pernambuco; Petrópolis, Teresópolis, Friburgo, do Rio de Janeiro. RETICÊNCIAS Indicam interrupção ou suspensão pensamento ou, ainda, hesitação ... do 03. Para separar os diversos itens de uma lei, de um decreto, etc. "Quem conta um conto..." "Art.12. Os cargos públicos são providos por: "Se todas as mulheres fossem iguais.... Ficariam os homens menos satisfeitos..." I - Nomeação; V - Readmissão; II - Promoção; VI - Reversão; III - Transferência; VII - Aproveitamento." IV - Reintegração; PARÊNTESES Servem os parênteses para separar palavras ou frases explanatórias, intercaladas no período: "Estava Mário em sua casa (nenhum prazer sentia fora dela), quando ouviu baterem..." EMPREGO DO PONTO FINAL TRAVESSÃO 01. No período simples: A família representa tudo na vida de uma pessoa. É um traço de certa extensão, maior do que o hífen, que indica a mudança de interlocutor: 02. No período composto : Quem é? João comeu feijão, e Maria bebeu suco. - Sou eu. 03. Nas abreviaturas: O travessão substitui comumente parênteses, as vírgulas e os dois pontos: d.C – depois de Cristo V.A – Vossa Alteza EMPREGO DOS DOIS PONTOS 01. Para anunciar a fala do personagem: O militar ordenou: os "O fato narrado - segundo disse o delegado estava repleto de incoerências." "Se não fosse eu - amigo daquela mulher - a história teria um final infeliz." "Prestem atenção - Ninguém deve sair." - Todos para a flexão! 02. Para anunciar uma enumeração: ASPAS Alguns homens preferem as seguintes opções de vida: lazer, dinheiro, uma boa mulher, futebol, feijão e muita saúde para viver intensamente. Usam-se as aspas: 03. Para anunciar um esclarecimento: Um sábio disse: Escute bem isto: quem vive feliz sexualmente, relaciona-se bem na sociedade. "Agir na paixão tempestade." 04. Para anunciar uma citação: B) Para distinguir palavras e expressões estranhas ao nosso vocabulário (expressões estrangeiras, neologismos, gírias, etc.): "Aristóteles dizia a seus discípulos: Meus amigos, não há amigos" PONTO DE INTERROGAÇÃO É o sinal que se coloca no fim de uma oração para indicar uma pergunta direta: Quem quer feijão? A) No princípio e no fim das citações, para distingui-las da parte restante do discurso: é embarcar durante a João vive num verdadeiro "trash". C) Para dar ênfase a palavras ou expressões: A palavra "sexo" está presente 24h na mente masculina. Exercícios PONTO DE EXCLAMAÇÃO 01. Assinale a alternativa corretamente pontuada: Emprega-se depois das interjeições ou depois de orações que designam espanto, admiração: A) Hoje, em dia, através do avanço da medicina, muitas doenças têm cura. "Quantos gols! Esse time é muito bom! B) Hoje em dia através do avanço da medicina, muitas doenças, têm cura. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 81 LINGUA PORTUGUESA C) Hoje em dia, através do avanço da medicina, muitas doenças têm cura. D) Hoje em dia, através do avanço da medicina muitas doenças têm cura. E) Hoje em dia através do avanço, da medicina, muitas doenças têm cura. 02. Indique o período cuja pontuação está inteiramente correta. A) Há muito, vêm caindo os salários dos professores das universidades públicas, estes desanimados fazem greve ou, as trocam pelas instituições privadas. B) Há muito vêm caindo os salários, dos professores das universidades públicas: estes desanimados, fazem greve ou as trocam, pelas instituições privadas. C) Há muito, vêm caindo, os salários dos professores das universidades públicas; estes desanimados fazem greve, ou as trocam pelas instituições privadas. D) Há muito vêm caindo os salários dos professores das universidades públicas; estes, desanimados, fazem greve ou as trocam pelas instituições privadas. E) Há muito vêm caindo, os salários dos professores, das universidades públicas; estes, desanimados, fazem greve, ou: as trocam pelas instituições privadas. 03. É preciso suprimir a vírgula da seguinte frase: (A) Ainda que não haja consenso, muitos acreditam que a prática da meditação traz efeitos altamente positivos. (B) Normalmente, os rituais religiosos acabam induzindo os crentes à prática da meditação. (C) Não importa qual seja a crença, todas as práticas religiosas estimulam a meditação. (D) Todo aquele que se entrega à prática da meditação,acaba atingindo um patamar de maior serenidade espiritual. (E) Segundo já se observou, as práticas religiosas estimulam o bom convívio entre as pessoas. 04. Está inteiramente correta a pontuação da frase: (A) A adolescência hoje, não apenas começa mais cedo, como também ameaça não terminar nunca indo até a velhice. (B) O mercado que tem leis tão oportunistas quanto implacáveis, sabe como alimentar essa idolatria, e tirar dela todo o proveito. (C) Deve-se destacar entre as conseqüências geradas por tal idolatria, o fato de que, a experiência dos mais velhos já não goza de prestígio. (D) Atualmente, aqueles que, por qualquer razão, não se dediquem ao culto da eterna juventude acabam sendo estigmatizados. (E) Julga o autor do texto que, o natural medo de envelhecer, de adoecer e o morrer esteja na raiz mesma, desse culto obsessivo do ―ser jovem‖. 05. Assinale a opção cuja frase apresenta ERRO de pontuação. (A) Acumulam-se, no decorrer da vida, experiências diversas. (B) Logo depois, quando conseguiu o equilíbrio necessário, atingiu o seu propósito de vida. (C) O conhecimento, contudo, não é suficiente para alcançarmos a sabedoria. (D) O sábio analisa o mundo a sua volta, e eu, a vida que me cerca. (E) As análises psicológica, psicanalítica e terapêutica, não condizem com a da maioria das pessoas. 06. ―Em meados de junho, a nova-iorquina Rebecca Moore, 52 anos, esteve no Brasil pela primeira vez.‖ As opções abaixo reestruturam a sentença acima, mantendo o mesmo sentido e pontuação adequada, EXCETO uma. Assinale-a. (A) Em meados de junho, pela primeira vez, a nova-iorquina Rebecca Moore, 52 anos, esteve no Brasil. (B) Esteve no Brasil pela primeira vez, em meados de junho, a nova-iorquina Rebecca Moore, 52 anos. (C) A nova-iorquina Rebecca Moore, 52 anos, esteve, pela primeira vez, em meados de junho, no Brasil. (D) A nova-iorquina Rebecca Moore, 52 anos, esteve no Brasil em meados de junho, pela primeira vez. (E) A nova-iorquina Rebecca Moore, 52 anos pela primeira vez, esteve no Brasil em meados de junho. 07. ―Atualmente a equipe da Fundação está dedicada a um trabalho exaustivo: ir a cada uma das comunidades,‖ O sinal de dois pontos da sentença acima só pode ser substituído por: (A) , aliás, (B) , a saber, (C) , inclusive, Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 82 LINGUA PORTUGUESA (D) , ou melhor, (E) , por exemplo, 08. De acordo com as regras de pontuação, assinale o enunciado que está pontuado corretamente. (A) Os níveis de violência, nos grandes centros urbanos suscitam reações. (B) O combate à violência é necessário pois, cada vez há mais vítimas desse fenômeno. (C) É possível mobilizar, pois, diferentes setores no combate à violência. (D) É possível por conseguinte, mobilizar diferentes setores no combate à violência. (E) Há, a presença da violência em todas as classes sociais e faixas etárias. 09. Em que sentença a vírgula está INCORRETAMENTE colocada, segundo a norma culta? (A) Muitas empresas garantem ajudar o meio ambiente, mas não fazem isso. (B) Para o consumidor descobrir empresas responsáveis, os especialistas indicam um caminho. (C) Basta buscar, informações na internet antes de comprar um produto. (D) Com a internet, está cada vez mais fácil pesquisar sobre as empresas. (E) Na falta de um computador, é bom telefonar para o serviço de atendimento ao consumidor. 10. Qual dos textos sobre os efeitos da corte portuguesa no Brasil apresenta pontuação correta? (A) A colônia de repente viu abrirem-se suas portas, que haviam ficado fechadas durante trezentos anos. Assim, ficou fora do controle da metrópole. O contato com o mundo exterior despertou a colônia entorpecida; introduziram-se: mais pessoas, mais capital e novas idéias. Como conseqüência, os brasileiros acharam que seu destino, era maior e mais importante. (B) A colônia de repente viu: abrirem-se suas portas, que haviam ficado fechadas durante trezentos anos; assim, ficou fora do controle da metrópole. O contato com o mundo exterior despertou a colônia entorpecida; introduziram-se mais pessoas, mais capital e novas idéias. Como conseqüência, os brasileiros acharam que seu destino era maior e mais importante. (C) A colônia de repente viu abrirem-se suas portas que haviam ficado fechadas durante trezentos anos, assim, ficou fora do controle da metrópole. O contato com o mundo exterior despertou a colônia entorpecida: introduziram-se mais pessoas, mais capital e novas idéias. Como conseqüência, os brasileiros acharam, que seu destino era maior e mais importante. (D) A colônia de repente viu abrirem-se suas portas, que haviam ficado fechadas durante trezentos anos. Assim, ficou fora do controle da metrópole. O contato com o mundo exterior despertou a colônia entorpecida: introduziram-se mais pessoas, mais capital e novas idéias. Como conseqüência, os brasileiros acharam que seu destino era maior e mais importante. (E) A colônia de repente viu abrirem-se suas portas que haviam ficado fechadas durante trezentos anos, assim, ficou fora do controle da metrópole. O contato com o mundo exterior despertou a colônia entorpecida – introduziram-se mais pessoas, mais capital e novas idéias. Como conseqüência: os brasileiros acharam que seu destino era maior e mais importante. 11. A retirada da vírgula só NÃO modifica o sentido de uma das sentenças abaixo. Qual? (A) O jornal entrevistou cientistas, políticos e agricultores. (B) Os profetas recebem apelidos pitorescos, de acordo com o método de observação. (C) Ontem conhecemos aquele profeta da chuva, que nasceu em Quixadá. (D) Erasmo, diz se vai chover no próximo mês. (E) Existem profetas dos animais, das águas e das estrelas. 12. Qual o trecho cuja pontuação está correta? (A) Os monitores mais antigos contêm várias substâncias, como chumbo, bório e fósforo que podem provocar doenças. (B) Os monitores mais antigos contêm várias substâncias; como: chumbo, bório e fósforo, que podem provocar doenças. (C) Os monitores mais antigos contêm várias substâncias (como chumbo, bório e fósforo) que podem provocar doenças. (D) Os monitores mais antigos contêm várias substâncias, como chumbo, bório e fósforo; que podem provocar doenças. (E) Os monitores mais antigos, contêm várias substâncias – como chumbo, bório e fósforo – que podem provocar doenças. 13. Considere os seguintes casos: I. Os homens, que ignoram os direitos da mulher, passarão a acatá-los. Os homens que ignoram os direitos da mulher passarão a acatá-los. II. Somente, agora o Código Civil brasileiro incorporou as mudanças ocorridas. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 83 LINGUA PORTUGUESA Somente agora o Código Civil incorporou as mudanças ocorridas. brasileiro III. O valor de um código, estabelecido por convenção, deve ser comprovado na prática. O valor de um código estabelecido por convenção deve ser comprovado na prática. A alteração na pontuação provoca alteração de sentido em (A) I, somente. (D) II e III, somente. (B) I e II, somente. (E)) I, II e III. (C) I e III, somente. 14. Atente para as seguintes frases: I. A preocupação do autor é com os jornalistas, cuja liberdade de expressão se encontra ameaçada. – II. Os jornalistas, que costumam cuidar de seus próprios interesses, não preservam sua independência. III. O direito à livre informação é dos jornalistas e, também, da sociedade como um todo. A supressão da(s) vírgula(s) altera o sentido APENAS do que está em (A) I. (B) Ie II. (E) III. (C) II. (D) II e III. PRÁTICA DE TEXTO Texto I O Cerco Total aos Fumantes O estado de São Paulo aprova a lei antifumo mais restritiva do país. É um grande passo para tentar apagar o cigarro da vida moderna. A vida de quem fuma só piora no Brasil e no mundo. Mas agora, em São Paulo, fumar virou um inferno. Daqui para a frente, será proibido acender cigarros, cachimbos e charutos em qualquer ambiente coletivo fechado em todo o estado. Isso significa que: 1) restaurantes não poderão mais ter alas para fumantes; 2) bares terão de aposentar seus cinzeiros; 3) hotéis passarão a fiscalizar seus hóspedes; e 4) empresas serão obrigadas a fechar as acinzentadas salinhas conhecidas como fumódromos. Quem quiser dar suas tragadas só poderá fazê-lo em casa, no carro ou ao ar livre. A lei é tão rigorosa que mesmo ambientes com teto alto e sem paredes, como marquises, serão vetados ao tabaco. Os empresários que não se adequarem à lei em noventa dias poderão ser multados em até 3,2 milhões de reais. É para deixar qualquer um sem fôlego. (...) No Palácio dos Bandeirantes quem quer fumar um cigarro precisa andar 500 metros, cruzar o portão e sair para a rua. ―Quando chove é pior, porque a gente precisa usar o guarda-chuva para chegar lá‖, conta um funcionário da Casa Civil do governo. ―Ficou tão difícil fumar que até decidi parar‖, diz ele. (...) Quem considera a lei exagerada deve saber que São Paulo apenas se alinha a uma tendência mundial. Em Londres, desde 2007 não se pode fumar em espaços fechados, como pubs, cafés, restaurantes e escritórios. Lá, também foram extintos os fumódromos. Em Nova York, já é proibido fumar em lugares fechados, desde 2003. No estado americano da Califórnia, a lei é ainda mais dura. Há mais de um ano é vetado fumar dentro dos carros se um dos passageiros tiver menos de 18 anos. Na cidade de Belmont, também na Califórnia, a restrição chega aos lares. Não se podem acender cigarros em apartamentos que dividam chão, teto ou parede com outros. Os fumantes americanos têm outro problema com que se preocupar: eles pagam, em média, 25% a mais pelo plano de saúde, já que o cigarro está associado a um sem-número de doenças. O caso mais radical é o do Butão, pequeno país espremido entre a Índia e a China, que simplesmente baniu a venda de tabaco em 2004. A brasa do tabagismo está-se apagando mundo afora. E a maioria não fumante não quer deixar que ela seja reavivada. BRASIL, Sandra. Revista Veja, 15 abr. 2009. (Adaptado) 1. Na segunda frase do Texto I, (�. 2-3) o autor emprega uma imagem coloquial e impactante que tem como objetivo (A) atrair a atenção do leitor ao apresentar, logo no princípio, uma opinião defendida na matéria. (B) contrastar de maneira jocosa o teor científico da matéria e a leveza do veículo utilizado. (C) ironizar a postura adotada em São Paulo acerca do fumo. (D) apresentar o argumento dos países estrangeiros para, em seguida, contrapô-lo. (E) revelar opiniões divergentes sobre o assunto proibição do fumo no Brasil. 2. O Texto I é uma matéria jornalística. Entretanto, emprega na sua estrutura construções que revelam um teor expressivo por meio do uso de figuras de linguagem, trocadilhos e ambiguidades. A passagem que NÃO serve de exemplo para essa afirmação é (A) ―Mas agora, em São Paulo, fumar virou um inferno.‖ (l. 2-3) Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 84 LINGUA PORTUGUESA (B) ―bares terão de aposentar seus cinzeiros;‖ (l. 7) (C) ―É para deixar qualquer um sem fôlego.‖ (l. 16-17) (D) ―Em Nova York, já é proibido fumar em lugares fechados, desde 2003.‖ (l. 29-30) (E) ―A brasa do tabagismo está-se apagando mundo afora.‖ (l. 43) 3. Na passagem ―Os empresários que não se adequarem à lei em noventa dias poderão ser multados em até 3,2 milhões de reais.‖ (l. 14-16), o termo que apresenta a mesma classe gramatical que em (A) ―A lei é tão rigorosa que mesmo ambientes com teto alto e sem paredes,‖ (l. 12-13) (B) ― ‗Ficou tão difícil fumar que até decidi parar‘,‖ (l. 22-23) (C) ―Quem considera a lei exagerada deve saber que São Paulo apenas se alinha a uma tendência mundial.‖ (l. 24-25) (D) ―Os fumantes americanos têm outro problema com que se preocupar:‖ (l. 36-37) (E) ―E a maioria não fumante não quer deixar que ela seja reavivada.‖ (l. 44-45) Texto II A charge é um gênero textual que apresenta um caráter burlesco e caricatural, em que se satiriza um fato específico, em geral de caráter político e que é do conhecimento público. 4. No plano linguístico, o humor da charge (A) tem como foco a imagem antagônica entre a palavra riqueza e a figura do homem maltrapilho. (B) baseia-se no jogo polissêmico da palavra economia, ora empregada como ciência, ora como conter gastos. (C) baseia-se na linguagem não verbal, que apresenta um homem subnutrido como um exemplo de brasileiro. (D) está centrado na ironia com que é tratada a produção de riquezas no Brasil. (E) reside na ideia de um morador de rua saber falar tão bem sobre assuntos como política, saúde e economia. 5. A primeira frase do personagem pode ser lida como uma hipótese formulada a partir da fala que faz a seguir. Apesar de não estarem ligadas por um conectivo, pode-se perceber a relação estabelecida entre as duas orações. O conectivo que deve ser usado para unir essas duas orações, mantendo o sentido, é (A) embora. (B) entretanto. (C) logo. (D) se. (E) pois. Texto III Olívia se aproximou de Eugênio e com um lenço enxugou-lhe o suor da testa. Estava terminada a traqueostomia. A enfermeira juntava os ferros. Ruído de metais tinindo, de mesas se arrastando. Eugênio tirou as luvas e foi tomar o pulso do pequeno paciente. A criança como que ressuscitava. A respiração voltava lentamente, a princípio superficial, depois mais funda e visível. O rosto perdia aos poucos a rigidez cianótica. Eugênio examinava-lhe as mudanças do rosto com comovida atenção. Vencera! Salvara a vida de uma criança! A vida é boa! – pensava Eugênio. Ele tinha salvo uma criança. Começou a cantarolar baixinho uma canção antiga que julgava esquecida. Sorvia com delícia o refresco impregnado do cheiro da gasolina queimada. Sentia-se leve e aéreo. Era como se dentro dele as nuvens de tempestade se tivessem despejado em chuva e sua alma agora estivesse límpida, fresca e estrelada como a noite. – Por que será – perguntou ele a Olívia – por que será que às vezes de repente a gente tem a impressão de que acabou de nascer... ou de que o mundo ainda está fresquinho, recém-saído das mãos de quem o fez? VERÍSSIMO, Érico. Olhai os lírios do campo. Rio de Janeiro: Globo, 1987. (Fragmento) 6. Para descrever a sensação do personagem em salvar a criança, no 4o parágrafo, o narrador emprega algumas estratégias como o uso de adjetivos, comparações, além de imagens poéticas. Qual dos substantivos a seguir expressa tal sensação do personagem? (A) Cansaço (B) Angústia (C) Certeza (D) Empáfia (E) Alívio Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 85 LINGUA PORTUGUESA 7. Sinais de pontuação ajudam a revelar a expressividade de um texto. A exclamação presente no terceiro parágrafo (l.12) do Texto III é empregada, sobretudo, para revelar (A) assombro. (B) indignação. (C) surpresa. (D) tensão. Sobre os pronomes: O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de sujeito na frase. O pronome pessoal é (E) admiração. do caso oblíquo quando desempenha função de 8. A Gramática da Língua Portuguesa prevê que o emprego do acento grave para indicar a ocorrência de crase pode ser facultativo em alguns casos. Em qual das passagens transcritas do texto há a ocorrência da crase, e o emprego do acento grave é facultativo? (A) ―Estava terminada a traqueostomia.‖ (B) ―A respiração voltava lentamente, a princípio superficial, depois mais funda e visível.‖ (C) ―Começou a cantarolar baixinho uma canção antiga que julgava esquecida.‖ (D) ―– Por que será – perguntou ele a Olívia –‖ (E) ―...a gente tem a impressão de que acabou de nascer...‖ complemento. Vamos entender, primeiramente, como o pronome pessoal surge na frase e que função exerce. Observe as orações: 1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar. 2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se deviaajudá-lo. Na primeira oração os pronomes pessoais ―eu‖ e ―ele‖ exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso reto. Já na segunda oração, observamos o pronome ―lhe‖ exercendo função de complemento, e consequentemente é do caso oblíquo. Os pronomes pessoais indicam as pessoas do GABARITOS DOS EXERCÍCIOS discurso, o pronome oblíquo ―lhe‖, da segunda oração, aponta para a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se devia PONTUAÇÃO ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe). 01.C 02D 03.D 04.D 05.E 06.E 07.B 08.C 09.C 10.D 11.B 12.C 13C 14.B Importante: Em observação à segunda oração, o emprego do pronome oblíquo "lhe" é justificado PRÁTICA DE TEXTO: 01.A 02.D 03.D 04.B 08.D3 antes do verbo intransitivo "ajudar" porque o 05.E 06.E 07.E pronome oblíquo pode estar antes, depois ou entre locução verbal, caso o verbo principal (no caso "ajudar ") estiver no infinitivo ou gerúndio. Exemplo: Eu desejo lhe perguntar algo. Eu estou perguntando-lhe algo. Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição, diferentemente dos segundos que são sempre precedidos de preposição. Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu estava Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br fazendo. Página 86 LINGUA PORTUGUESA Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o que eu estava Colocação fazendo. pronominal • Pronomes demonstrativos: Isso me deixa muito Aquilo me incentivou De acordo com as autoras Rose Jordão e Clenir Bellezi, a colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se a feliz! mudar de atitude! • Preposição seguida de gerúndio: Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais indicado à pesquisa escolar. referem. • Conjunção subordinativa: São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos. Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram. O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na oração em relação ao verbo: 1. próclise: 2. ênclise: pronome Ênclise antes do verbo depois do verbo A ênclise é empregada depois do verbo. A norma 3. mesóclise: pronome no meio do verbo culta não aceita orações iniciadas com pronomes pronome oblíquos átonos. A ênclise vai acontecer quando: Próclise • O verbo estiver no imperativo afirmativo: A próclise é aplicada antes do verbo quando temos: Não se trata querer de sair não outros. terão derrotas. • O verbo iniciar a oração: dessa cama. nenhuma novidade. Diga-lhe que está Chamaram-me para • Advérbios: Nesta aos Sigam-me e • Palavras com sentido negativo: Nada me faz Amem-se uns tudo bem. ser sócio. • O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da casa se fala alemão. preposição "a": Naquele dia me falaram que a professora não veio. Naquele instante os dois passaram a odiar-se. Passaram a cumprimentar-se mutuamente. • Pronomes relativos: • O verbo estiver no gerúndio: A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje. Não vou deixar de estudar os conteúdos Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreocupada. que me falaram. Despediu-se, beijando-me a face. • Pronomes indefinidos: • Houver vírgula ou pausa antes do verbo: Quem me disse isso? Todos se comoveram durante o discurso de Se passar no vestibular em outra cidade, mudo- despedida. me no mesmo Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br instante. Página 87 LINGUA PORTUGUESA Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas. Mesóclise A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no futuro do presente ou no futuro do pretérito: A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 81631764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 88