FAN 2016: a universalidade do piano Em 2016, o FAN aprofunda a forma ecléctica, aberta e multidisciplinar como tem vindo a encarar o universo da música clássica ou erudita (ou com influência dessa área). Para a 10.ª edição foi escolhida uma linha de programação que tem o piano, em variadas abordagens, como elemento axial. Artistas nacionais e estrangeiros, com diferentes trajectos, apresentam seis espectáculos onde o piano desempenha um papel importante ou é protagonista. A abertura representa um momento alto, com as "Pocket Symphonies", de Sven Helbig. O músico alemão compõe peças para coro, orquestra e música de câmara e realiza digressões com música electrónica. Colabora, entre outros, com o Quarteto Fauré, os Pet Shop Boys e Rammstein. Cordas opulentas e uma variedade de sons sintetizados são parte de um poderoso arsenal musical, que resulta em vigorosas actuações ao vivo. Absolutamente imperdível. CALENDÁRIO POCKET SYMPHONIES (SVEN HELBIG) 16 |SÁB |21h30|GA DANÇARTE: ‘PÉS PRLIM PIM’ 21 |QUI |14h30|GA (PLATEIA) RUI MASSENA 22 |SEX |21h30|GA VOLCO & GIGNOLI 23 |SÁB |10h30|PA TIAGO SOUSA 29 |SEX |21h30|PA AMÉLIA BENTES: ‘SEM CHÃO SEM FIM’ 30 |SÁB |21h30|GA (PLATEIA) COLABORAÇÃO www.festivaldeanonovo.com www.teatrodevilareal.com /teatrovilareal INFORMAÇÕES E RESERVAS: [email protected] Tel. 259 320 000 2016 Recuperado o fôlego, os espectadores podem entrar no universo melódico de Rui Massena, o mediático maestro cujo trabalho na Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura o deu a conhecer a um vasto público nacional. No dia seguinte, o piano dialoga com o bandoneón em linguagens como o tango contemporâneo e o jazz de fusão. O duo argentino Volco & Gignoli é responsável por concertos que são como performances teatrais, onde momentos íntimos alternam com violentas explosões de energia. Regressamos a Portugal com Tiago Sousa, que desde 2006 vem construindo um espaço único no panorama da música portuguesa e que, enquanto editor, lançou nomes como B Fachada ou Noiserv. Responsável por bandas sonoras de filmes como “Bibliografia” (Miguel e João Manso) e “Canal” (Rita Nunes), Tiago Sousa revisita os seus discos e levanta o véu sobre o próximo trabalho, “Um Piano Nas Barricadas”. Um outro pianista português (e duriense), Raul Pinto, interpreta ao vivo o trabalho original que compôs para a coreografia “Sem Chão Sem Fim”, de Amélia Bentes, numa nova incursão do FAN pela dança contemporânea. O espectáculo infantil “Pés Prlim Pim”, da companhia DançArte, cruza também a dança com coreografias aéreas e tem na sua sonoplastia peças de Mozart para piano. A exemplo da edição anterior, alunos do Conservatório Regional de Música de Vila Real são convidados a apresentar-se publicamente durante o período do festival. [O FAN 2016 tem o apoio da Antena 2 e retoma a parceria com a Poças Júnior.] FESTIVAL DE ANO NOVO www.festivaldeanonovo.com APOIO: Ilustração: PAULO ARAÚJO PARCERIA: ALEMANHA Sven Helbig faz parte de uma geração de compositores que ultrapassa as fronteiras entre a composição clássica, a arte experimental e a música pop. Compõe peças para coro, orquestra e música de câmara e realiza digressões com música electrónica. Tem uma longa história de colaboração com o Quarteto Fauré, o cantor de ópera René Pape, o maestro Kristjan Järvi, os Pet Shop Boys e Rammstein. Sven actua a solo e com um quarteto de piano, editando radicalmente as suas composições para orquestra, desconstruindo-as e recriando-as numa tempestade electrónica. Sons de vibrafone que pairam no ar e batidas breakcore, cordas opulentas e uma variedade de sons sintetizados são parte do seu arsenal musical. É compositor residente no Deutsches Nationaltheater em Weimar e na Universidade de Leipzig, na Alemanha, e na Universidade Nacional de San Martin, em Buenos Aires. O seu disco de estreia, "Pocket Symphonies", foi lançado pela Deutsche Grammophon em 2013. QUINTA www.svenhelbig.com 21 | 14h30 | GR. AUDITÓRIO (PLATEIA) | M3 | 40 MIN | 2€ DANÇARTE PÉS PRLIM PIM www.passosecompassos.pt Género artístico: dança e aéreos Público-alvo: M/3 anos Lotação: até 250 crianças Pensar, questionar, reflectir, sugerir, criar, imaginar, são palavras que devem estar presentes na dinâmica social das crianças. Através da arte é possível surpreender, pensar de forma divertida, partilhar pontos de vista e trabalhar a imaginação. Ao longo deste espetáculo, pequenos quadros soltos e abstractos motivam pensamentos, suscitam questões e convidam opiniões. Com um pé na dimensão artística e outro na filosofia para crianças, esta criação é mais do que um espectáculo; é uma viagem a um mundo de ilusão que se assemelha ao real e que aborda questões globais do pensamento. Coreografia e figurinos: Sofia Belchior e intérpretes Interpretação: Rita Carvalho e Ricardo Mondim Composição musical: António Machado Música: Mozart (excertos em piano) Texto: Sofia Belchior Voz: Joana Machado Desenho de luz e técnica: António Machado e Sofia Belchior Produção: Passos e Compassos | 21h30 | PEQ. AUDITÓRIO | M6 | 70 MIN | 5€/3,5€ RUI MASSENA TIAGO SOUSA www.ruimassena.pt www.tiagosousa.org Rui Massena encarou um novo desafio: trocar a batuta pelas teclas de um piano, os recursos da orquestra pela sua própria visão enquanto compositor. A sua vasta experiência musical, no seu trabalho mais pessoal, traduz-se num fascinante universo de melodias que promete apaixonar quem se embrenhe nesta aventura. Um palco, um piano e um homem. Uma história, vários prémios, um percurso artístico singular. Tudo se conjuga num espetáculo único, imperdível e surpreendente. Tiago Sousa, músico autodidacta, tem como centro o piano. Desde 2006 vem construindo um espaço único no panorama da música portuguesa. Esquivo aos géneros e cânones, trilha um caminho que escapa às rotulagens e se constrói nas possibilidades da escrita musical. Neste concerto para piano solo irá revisitar os discos “Samsara” e “Walden Pond's Monk” e levantar o véu sobre o próximo disco: “Um Piano Nas Barricadas”, que será editado pela inglesa Discrepant e que resume o seu trabalho dos últimos dois anos, incluindo as bandas sonoras dos filmes “Bibliografia” (Miguel e João Manso) e “Canal” (Rita Nunes), assim como um tema em colaboração com Tó Trips chamado “A Conquista do Pão” e a revisitação de dois temas do disco “Insónia”. Rui Massena é uma conhecida figura do panorama cultural nacional que ajudou a transformar Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura num caso de sucesso. Foi maestro e director artístico da Orquestra Clássica da Madeira durante 12 anos. Entre muitos concertos em numerosos países, foi também maestro convidado principal da Orquestra Sinfónica de Roma entre 2007 e 2009. Foi o primeiro maestro português a dirigir na mítica sala Carnegie Hall, em Nova Iorque. Por cá, embarcou de corpo e alma na aventura Expensive Soul Symphonic Experience, um espectáculo onde uma orquestra clássica se juntou ao hip hop dos Expensive Soul (projecto de que resultou o DVD mais vendido em Portugal em 2012). SÁBADO FORRKLANGQUARTETT | 21h30 | GR. AUDITÓRIO | M6 | 70 MIN | 10€ 30 SÁBADO POCKET SYMPHONIES SVENHELBIG + 29 SEXTA 22 SEXTA SÁBADO 16 | 21h30 | GR. AUDITÓRIO | M6 | 70 MIN | 5€/3,5€ 23 | 21h30 | PEQ. AUDITÓRIO | M6 | 70 MIN | 5€/3,5€ VOLCO & GIGNOLI ARGENTINA www.volcogignoli.com PIANO E BANDONEON Sebastian Volco e Pablo Gignoli vêm de universos musicais diferentes. Volco desenvolveu estudos clássicos e enveredou pelo jazz e o rock, além de compor para cinema, teatro e dança. Vive entre Nova Iorque e Paris. Gignoli é um músico oriundo do tango contemporâneo. Entre 2004 e 20112 integrou a internacionalmente famosa Orquesta Tipica Fernandez Fierro (da Argentina, que actuou no Teatro de Vila Real no Verão de 2009). Em Paris, formou em 2014 a orquestra TAXXI (Tango XXI). Em 2012, os dois músicos decidiram formar um duo. O resultado é um projecto universal e intemporal, sem barreiras de género. Os seus concertos são como performances teatrais, onde momentos íntimos alternam com violentas explosões de energia. Volco & Gignoli deram centenas de concertos na Europa. Na França, o duo foi convidado para actuar em importantes salas como o Centre Georges Pompidou e a Maison de Radio France. | 21h30 | GR. AUDITÓRIO (PLATEIA) | M6 | 50 MIN | 5€/3,5€ AMÉLIA BENTES SEMCHÃO SEMFIM /amelia.bentes.5 UMA DANÇA SEM CHÃO, SEM FIM, UMA DANÇA A CÉU ABERTO. «O corpo move o meu ser. Provoco uma dança sem chão, sem fim, uma dança a céu aberto. Procuro assim entender os que procuram um caminho. Como procuro o meu, o meu melhor modo de ser, o meu atalho; e o meu caminho não sou eu, são os outros. Afinal o que sei eu de mim? Sinto-me eu e ao mesmo tempo desconheço-me. Será que existe um espelho interior? Se me abraçar com muita força será que me desfaço? E se te abraçar? Posso-te abraçar? A função do ar começa a ceder. O afecto segura-me em ti. Posso-te abraçar?» Amélia Bentes “Sem chão Sem fim” surgiu de um convite feito para criar um espectáculo para a Sala Ogival do Castelo de S. Jorge, com apresentações de Janeiro a Abril de 2015. Devido à grande adesão do público, Amélia Bentes decidiu adaptar a coreografia para palco. O espectáculo foi inspirado em vários textos de Clarice Lispector que falam da procura do outro, do que nos é comum, dos afectos e da sua intemporalidade. Encena energias em movimento, emoções simples, mas que nos unem. É um espectáculo onde a procura do outro é a descoberta do nosso próprio caminho. Ao som do piano e da harpa ao vivo, cria-se uma envolvência com o espaço e com a dramaturgia. Direcção e coreografia: Amélia Bentes Intérpretes: Clara Marchana, Fran Martinez, Vítor Gomes, Inês Queiroz, João Abreu, Catarina Oliveira, Amélia Bentes Música original: Raúl Pinto Músicos ao vivo: Raúl Pinto, Fran Martinez Iluminação: Fábio Ventura