CLIPPING DE 23/03/2017 - Governo adia cortes e deve elevar impostos - Latam Airlines terá novo CEO no Brasil - Câmara aprova terceirização irrestrita e muda legislação para temporários - Brasil eleva contribuição de oferta global de petróleo - Governo diz que corte de R$ 58 bi é inviável e tributo pode subir - Governo deixa 86% dos servidores de fora da reforma da Previdência - A subversão do direito brasileiro - PARENTE SOBE O TOM E CONDICIONA EXPLORAÇÃO DO CAMPO DE LIBRA A QUEBRA DO CONTEÚDO LOCAL - DUAS GIGANTES DO SETOR NUCLEAR CHINÊS SE UNEM PARA CRIAR UMA EMPRESA AINDA MAIS PODEROSA - RELÁTORIO DA ANP SOBRE CESSÃO ONEROSA DEVE FICAR PRONTO ATÉ O FIM DE MARÇO - PETROBRÁS PLANEJA REDUZIR CUSTOS DE PRODUÇÃO PARA MENOS DE US$ 10 POR BARRIL - OTC VAI DEBATER SEGURANÇA SÍSMICA EM PROJETOS OFFSHORE - CNPE CRIA COMITÊ PARA GESTÃO ESTATÍSTICAS DO SETOR ENERGÉTICO DE - BP NEGOCIA VENDA DE OLEODUTO ESTRATÉGICO NO MAR DO NORTE - MÉXICO FECHA EXPLORAÇÃO INTERNACIONAIS CINCO COM CONTRATOS DE PETROLEIRAS - Para cumprir meta fiscal Governo corta R$ 58,2 bilhões - Perspectivas e Desafios do Setor do Petróleo no dia 29/03 em Macaé - Balanço 2016: quase US$ 100 bi de prejuízo e um lucro líquido de R$ 17 bi - Wilson Sons realiza primeira operação para a GALP no Porto do Açu - Soluções em gás reduzem e até substituem uso de água na indústria - Sistema Firjan e Simperj levam empresários fluminenses a Plástico Brasil em São Paulo - PIB deve ficar em 0,5% este ano segundo o Ministério da Fazenda - Governadores se dizem surpresos com decisão do Planalto sobre Previdência - Meirelles diz que questões judiciais podem gerar R$ 18 bilhões para Orçamento - Brasil dá sinal verde à construção da "Ferrovia Transoceânica" - Governo anuncia corte de R$ 58,2 bilhões no Orçamento de 2017 - Temer defende ganhos políticos com exclusão de servidores da reforma da Previdência - Retirada de servidores da reforma da Previdência não afeta ajuste fiscal, diz Meirelles - Alexandre de Moraes toma posse no Supremo - Reforma para todos? - Petrobras quer receber compensação do governo em petróleo 1ª PARTE: 23/03/2017 Fonte: Valor Econômico 23/03/2017 - Governo impostos adia cortes e deve elevar Por Claudia Safatle, Fabio Graner, Edna Simão e Cristiane Bonfanti Com um rombo de R$ 58,2 bilhões no Orçamento, o governo cogita enviar medida provisória ao Congresso Nacional para reonerar as empresas com a contribuição previdenciária sobre a folha de salários, revertendo a desoneração feita no governo do PT. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, adiantou que, dada a impossibilidade de fazer um corte de despesas na mesma dimensão do déficit, o governo definirá até terçafeira propostas para a elevação de impostos. Outros alvos são o aumento do PIS/Cofins e do IOF, muito provavelmente sobre o câmbio. O anúncio do contingenciamento, que deveria ter sido feito ontem, também foi adiado para terça-feira. A dificuldade decorre do fato de que o governo detém controle efetivo sobre uma parcela da despesa discricionária equivalente neste ano a R$ 120 bilhões. Reduzir essa verba à metade paralisaria o Estado e os investimentos em curso. Meirelles e o ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, consideraram esse corte "um pouco excessivo". O relatório de avaliação de receitas e despesas mostra estimativa de arrecadação de R$ 55,34 bilhões a menos que a prevista e aumento de R$ 3,4 bilhões na despesa. A Fazenda espera contar com receitas de R$ 14,16 bilhões que podem surgir de decisões favoráveis à União no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça. Meirelles citou como exemplo a possibilidade de relicitar as usinas hidrelétricas que a Cemig terá que devolver ao governo federal neste ano. Com as medidas à espera de decisões judiciais, o ministro calcula que poderá reduzir o rombo para R$ 44 bilhões. E o contingenciamento ficaria ainda menor com aumento de impostos. Para reestimar as contas em relação à lei orçamentária, o governo reduziu a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto de 1,6% para 0,5%. Baixou também os prognósticos da taxa Selic média de 12,1% para 10,9% ao ano, da taxa de câmbio média de R$ 3,40 para R$ 3,20 e da inflação, medida pelo IPCA, de 4,8% para 4,3% neste ano. VOLTAR Fonte: Valor Econômico 23/03/2017 - Latam Airlines terá novo CEO no Brasil Por João José Oliveira O grupo Latam Airlines, o maior da América Latina, mudou seu organograma, afetando a administração da Latam Brasil (ex-TAM), que passa a ter um novo presidente, no lugar de Claudia Sender. Jerome Cadier, atual vice-presidente sênior de marketing, Claudia Sender assumirá a vicepresidência de clientes do grupo e passa a presidência da Latam no Brasil a Jerome Cadier assume o comando a partir de maio. Os primeiros objetivos de Cadier serão implementar novos serviços como venda de alimentos e bebidas a bordo, e as novas classes tarifárias, que incluem preços diferentes para passageiros que embarcam com ou sem bagagens. Segundo ele, este novo modelo deve estar funcionando até o segundo semestre. Cadier herda de Claudia uma empresa que, em 2016, registrou lucro líquido de US$ 2,11 milhões. Em 2015, havia tido prejuízo de US$ 183,8 milhões. A receita de vendas caiu 9,82% no ano passado, para US$ 4,146 bilhões. A Latam Brasil respondeu por 43,5% das receitas do grupo no ano passado, de US$ 9,527 bilhões, ante uma fatia de 45,4% em 2015. A Latam, em fevereiro deste ano, tinha 32,2% do mercado brasileiro, atrás da Gol, com 35,6%. A presidente da Latam Airlines, Claudia Sender, que também é presidente da Latam Airlines Brasil S.A. (controladora local da aérea brasileira), passa a acumular este cargo com a vice-presidência de clientes do grupo. Além desta, o grupo vai trabalhar com mais três vice-presidências: malha, operacional e financeira. No organograma, acima da Latam Brasil S.A. e da Latam Brasil Linhas Aéreas (exTAM), está a Latam Airlines, presidida pelo empresário chileno Enrique Cueto. "Continuarei sendo responsável pelos negócios no Brasil, mas não estarei mais no dia a dia da operação", disse Claudia. Ela afirmou que uma das metas dessa nova organização é simplificar a estrutura do grupo. Segundo ela, a área de clientes vai focar em marketing e na execução e qualidade de serviços aos passageiros. "Nosso maior compromisso é retomar o crescimento e até 2020 aumentar em 50% a quantidade de passageiros transportados", disse a executiva, destacando a importância de fatores regulatórios, como a liberação da política tarifária que permita planos comerciais diferentes para transporte de bagagens, por exemplo, a possibilidade de cobrar uma tarifa menor de quem viaja apenas com bagagem de mão, aprovada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), está suspensa pela Justiça. Claudia lembrou que a demanda pelo transporte aéreo no Brasil acumula 19 meses seguidos de retração, mas que o ajuste de malha feito pela companhia que cortou 11,5% da capacidade em 2016 ante 2015 já está feito. Segundo ela, a demanda deve estabilizar-se e pode reagir a partir do segundo semestre. Cadier, de 46 anos, está há quatro anos no Grupo LATAM. Em Santiago do Chile, foi vice-presidente sênior de marketing do grupo. Assim como Claudia, Cadier trabalhou na Whirlpool, antes de ir para a Latam. Ela saiu da fabricante de fogões e geladeiras Brastemp e Consul em 2011 e ele, em 2013. Ele é formado em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), com MBA em Marketing e Finanças pela Kellogg School of Management da Northwestern University. O cargo de vice-presidente da unidade de negócios domésticos Brasil, que era ocupado pelo chileno Francisco Recabarren, foi extinto. Recabarren, o segundo executivo mais importante da aérea no Brasil, voltou ao Chile, onde será o vicepresidente de receitas do grupo. Perguntada sobre qual o fator que determinou a escolha de Cadier para a presidência em lugar de Recabarren, que seria o sucessor natural, Claudia disse que o grupo queria ter um brasileiro comandando a operação brasileira. Claudia disse ainda que a unificação da estrutura de clientes sob uma vicepresidência regional, que ela vai comandar, tem o objetivo de avançar na integração das operações que se juntaram em 2012, após a fusão entre a chilena LAN e a brasileira TAM. Além de Claudia, os três vice-presidentes que responderão a Cueto são Hernán Pasman, de operações e frota; Roberto Alvo, vice-presidente comercial; e Ramiro Alfonsín, que cuidará das finanças. VOLTAR Fonte: Valor Econômico 23/03/2017 - Câmara aprova terceirização irrestrita e muda legislação para temporários Por Raphael Di Cunto Laércio Oliveira: para relator, o importante é diminuir a judicialização sobre quais setores podem ser terceirizados A Câmara dos Deputados aprovou ontem projeto de lei de 1998 que libera a terceirização de todos os setores das empresas, seja atividade fim ou atividade meio, e também no serviço público, com exceção de carreiras de Estado, como auditor e juiz. O texto, criticado pela oposição sob a acusação de não apresentar g arantias para os trabalhadores, foi aprovado por 231 a 188 e seguirá para sanção do presidente Michel Temer. Diferentemente do texto votado há dois anos pela Câmara, essa proposta não tem dispositivos para impedir a chamada "pejotização" demissão de trabalhadores no regime de CLT para contratação como pessoas jurídicas (PJ) e restringir os calotes nos direitos trabalhistas o texto anterior obrigava o recolhimento de impostos antecipadamente e a retenção de valores. Não há também no projeto garantia de que os terceirizados terão os mesmos direitos a vale-transporte, refeição e salários dos demais. O relator da proposta, deputado Laércio Oliveira (SDSE), ex-empresário do setor de serviços e vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), afirmou que o mercado se autorregula. "As contratantes já exigem os comprovantes de pagamentos dos direitos trabalhistas antes de quitarem a fatura. Não precisa estar escrito na lei", disse. Para ele, o importante é diminuir a judicialização sobre quais setores podem ser terceirizados. Os direitos trabalhistas estarão garantidos na CLT e em acordos coletivos, afirmou. Assessor informal de Temer, o ex-deputado Sandro Mabel afirmou ao Valor que vai sugerir à Casa Civil a edição de medida provisória (MP) para criar um fundo "anticalote" que preserve a arrecadação do governo e os pagamentos dos direitos trabalhistas. "Será necessária uma MP para fazer alguns ajustes, como uma garantia, um seguro, de que as contribuições previdenciárias e encargos trabalhistas serão pagos", afirmou. Mabel é autor do projeto 4330/04, que está parado no Senado e que contém a previsão de um fundo, com um percentual de 4% do valor do contrato, para garantir o pagamento dos encargos caso a empresa terceirizada deixe de honrar com seus compromissos. "O 4330 era mais firme na questão do calote", disse. O projeto aprovado ontem é de 1998 e ficou paralisado na Câmara durante todo o governo Lula, apesar da pressão de empresários para que o assunto avançasse. Hoje os contratos de terceirização são regulados apenas por súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que impede o uso na atividade-fim das empresas (aquela para a qual foi criada). Os terceirizados eram permitidos apenas para funções secundárias, como limpeza e segurança. Ontem, os partidos da base orientaram quase todos o voto a favor do projeto para liberar a terceirização em todos os setores das empresas (exceto o transporte e vigilância de valores) e do funcionalismo público, excluindo carreiras de Estado. Dos 330 deputados da base que votaram, contudo, 93 foram ignoraram a posição do governo, número que pode comprometer na análise da reforma da previdência que exige no mínimo 308 votos. Mais de um terço de PSB, DEM, PR e PV votaram contra. O projeto promove ainda profundas mudanças na legislação do trabalho temporário, objetivo inicial do projeto encaminhado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1998. Esse tipo de contrato terá o prazo triplicado, de três meses para nove meses, com possibilidade de ser ainda maior por acordo ou convenção coletiva. Também torna muito mais abrangente o uso, permitindo a contratação para " demanda complementar" que seja fruto de fatores imprevisíveis ou, quando previsíveis, que tenham "natureza intermitente, periódica ou sazonal". A lei hoje permite apenas para substituição temporária de funcionários doença ou férias, por exemplo e acréscimo extraordinário de serviços. Pela versão aprovada, a responsabilidade da empresa que contratar outra para terceirizar serviços será subsidiária. Ou seja, ela só poderá ser acionada quando esgotadas todas as tentativas de acionar judicialmente a contratada. Sindicatos e a oposição defendiam a responsabilidade solidária, como ocorre atualmente, em que a tomadora de serviço e que costuma ter mais bens pode responder a qualquer momento. Os deputados favoráveis ao projeto só recuaram em um ponto: a anistia para as empresas que cometeram irregularidades que se tornariam legais com a aprovação do projeto. Com isso, poderiam pedir devolução de multas pagas. O relator retirou este trecho do relatório, dizendo que aumentaria a polêmica em plenário, mas que o governo informou que o impacto seria na ordem de R$ 12 bilhões. A anistia acabou rejeitada por 275 a 28. Para a oposição, a terceirização aumentará o número de acidentes de trabalho e precarizará direitos. "O trabalhador, que agora será tratado como pessoa jurídica, deixará de ter 13º, férias. Ele passará de uma relação trabalhista para uma relação civil, de contrato. Não haverá proteção ao trabalho insalubre, ao trabalho noturno", criticou a deputada Maria do Rosário (PT-RS). Relator da reforma trabalhista, que será votada no próximo mês, o deputado Rogério Marinho (PSDBRN) criticou o PT por usar a terceirização quando estava no governo, mas agora se manifestar contra. "A Petrobras, de cada quatro funcionários, três são terceirizados. A Caixa Econômica também. O problema é que eles [PT] fazem de maneira malfeita e envergonhada", disse. Na avaliação do tucano, a modernização gerará mais empregos. VOLTAR Fonte: Valor Econômico 23/03/2017 - Brasil eleva contribuição de oferta global de petróleo Por Renato Rostás O Brasil foi um dos principais contribuintes para petróleo nos últimos 12 meses. A excetuar o Irã ao mercado após anos de sanções do Ocidente na produção do país foi a maior do mundo, Internacional de Energia (AIE). o excesso de oferta global do um caso específico pois volta , a média de aumento mensal mostram dados da Agência Em um ano até fevereiro, a extração brasileira da commodity subiu, em média, 27 mil barris por dia a cada mês. Depois do Brasil aparecem gigantes como a Rússia que elevou o volume em 18 mil barris por dia todo mês e os principais produtores não convencionais como o Canadá, com 16 mil barris diários. Ao mesmo tempo, maior participante de um acordo costurado entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outras nações de alta relevância no mercado global, a Arábia Saudita cortou, em média, 30 mil barris por dia a cada mês dessa análise. Mais que ela, considerando os protagonistas internacionais, só aparece a Nigéria, com 34 mil barris diários. "Dois motivos podem explicar o status de produtor em ascensão", afirma Walter de Vitto, analista da Tendências Consultoria Integrada. "Um é óbvio, que de fato a atividade se acelerou, em um momento de maturação dos investimentos feitos lá atrás. Mas do outro lado, o mercado doméstico encolheu, o que fez com que as exportações subissem. " De fato, o consumo foi um calcanhar de Aquiles para o país nos 12 meses. A demanda brasileira encolheu em média 40 mil barris por dia todo mês. Dos países analisados, só a Arábia Saudita se igualou ao Brasil, também com 40 mil barris diários. Na outra ponta, a China elevou a cada mês sua demanda em 68 mil barris. Levando em conta o balanço entre oferta e demanda, o Brasil está empatado com o Irã. As adições líquidas foram, em média, de 67 mil barris por mês. Os chineses, do outro lado, retiraram do excesso 92 mil barris por dia em cada mês. De acordo com Norbert Ruecker, do banco Julius Baer, o Brasil é retrato de um cenário global maior, de continuidade de crescimento da produção mesmo em ciclo de baixa. "Isso ajuda em nossa visão de que o excesso de oferta provavelmente não vai desaparecer tão rápido quanto se esperava", acrescenta. "O causador maior dessa dinâmica, porém, é o xisto. " Se observada a tendência dos países desde novembro, quando a Opep estabeleceu um teto para sua produção, os Estados Unidos lideram por muito esse ranking. Foram 60 mil barris diários, em média, por mês. O Canadá, em segundo lugar, acrescentou 32,5 mil barris por mês. Já o Brasil, desde então, elevou em 2,5 mil barris a cada mês a produção. "Acreditamos que o Brasil vai continuar a ser um grande fator no mercado global de petróleo, dadas as reservas abundantes do pré-sal e o baixo custo da Petrobras ", afirma Brian Gibbons, analista da casa de análise de dívida CreditSights. "Mas o processo de evolução provavelmente será tortuoso, dado o momento de entrada de vários projetos iniciados e o desempenho dos preços." Essa perspectiva de aumento da relevância brasileira é um dos motivos pelos quais Esa Ramasamy, diretor da S&P Global Platts uma formadora de preço , vê "oportunidade de ouro" para que seja criado novo preço de referência. Assim como existem hoje o Brent e o WTI, o Brasil poderia criar um "benchmark" para o pré-sal, que tem um tipo de concentração intermediária ainda não contemplado, disse ontem em evento. Vitto, da Tendências, é mais cético. "Acredito que o Brasil vai ser um produtor mais relevante, mas não vejo como formador de preço", opina. "O que o xisto fez, a revolução geopolítica nesse mercado, não poderá ser imitado. Foi brutal", acrescenta. O secretário-executivo do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustível (IBP), Antônio Guimarães, compartilha dessa visão. "A discussão sobre preço ainda é prematura. Há muito que destravar no Brasil ainda", diz. (Colaboraram Camila Maia, de São Paulo, e André Ramalho, do Rio) VOLTAR Fonte: Valor Econômico 23/03/2017 - Governo diz que corte de R$ 58 bi é inviável e tributo pode subir Por Fabio Graner, Edna Simão e Cristiane Bonfanti O governo anunciou ontem que tem um rombo de R$ 58,2 bilhões para cumprir a meta fiscal, mas, diferentemente do padrão histórico, disse que não fará o contingenciamento na mesma magnitude. Os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo de Oliveira, afirmaram que só na terçafeira da semana que vem será anunciado o corte de gastos. Eles já adiantaram que o número será menor e que ainda poderá ser anunciado um aumento de tributos para diminuir ainda mais o bloqueio de despesas. "Não haverá contingenciamento de R$ 58,2 bilhões. Será menor", disse Meirelles. "Esse é um valor expressivo para se contingenciar num orçamento atual que já tem um patamar de despesas bastante comprimido", explicou o ministro, observando que decisões judiciais gerarão uma receita adicional ao Tesouro ao longo de 2017. Os ministros deixaram claro que é inviável um bloqueio dessa magnitude. Dyogo explicou que as despesas que são possíveis de serem cortadas são da ordem de R$ 120 bilhões, sendo que os investimentos representam R$ 37 bilhões. O maior temor do governo é que um corte muito grande gere uma paralisação da máquina, em especial dos investimentos, abortando a retomada em curso da atividade produtiva. Por outro lado, a equipe econômica recusa a alternativa de mudar a meta fiscal deste ano, de déficit primário de R$ 139 bilhões para o governo central. Para reduzir o corte, o governo espera poder contar com decisões judiciais envolvendo três usinas hidrelétricas a serem devolvidas pela Cemig à União porque a concessão venceu. Há também uma disputa judicial envolvendo precatórios. Segundo Meirelles, todas essas decisões podem gerar uma receita extraordinária que ainda será estimada, mas que pode ser de ao menos R$ 14 bilhões. Assim, explicou, essas decisões sozinhas podem levar o contingenciamento para algo entre R$ 42 bilhões e R$ 44 bilhões, sem considerar elevações de impostos. Meirelles destacou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli decidiu ontem em favor da União no caso de uma usina que, sozinha, pode render algo em torno de R$ 3,5 bilhões em receitas. O STF revogou a liminar que mantinha a titularidade da concessão de Jaguara com a Cemig. Além dessa, há outras duas usinas em discussão no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Meirelles esclareceu, entretanto, que as áreas jurídicas do governo ainda avaliam se o governo poderá de fato incluir essas receitas em suas contas. Se não puder considerar, mesmo assim o corte será menor, enfatizou o ministro, deixando claro que a opção de elevação de tributos se tornaria inescapável. "Se não puder incluir receitas de usinas, teremos que fazer combinação entre corte e aumento de tributo", disse. Dyogo defendeu o movimento inusitado do governo de deixar o corte para frente e correr para arrumar receitas. "O que há de especial neste momento é que há uma série de receitas que dependem de decisões judiciais e há possibilidade de adoção também de outras medidas. O que a legislação diz é que temos até o dia 30 subsequente ao encerramento do bimestre para detalhar essas medidas e implementar o contingenciamento equivalente. Estamos seguindo o ritual previsto na legislação", disse o ministro do Planejamento, defendendo a legalidade do formato. Dyogo observou que a idéia de não deixar para incorporar essas receitas no segundo relatório bimestral, previsto para maio, busca evitar um corte que sacrifique demais o Orçamento já apertado. Ele rebateu a pergunta de uma jornalista que apontou o uso de uma "contabilidade frágil" no anúncio do governo. "É o contrário de contabilidade frágil. Seria frágil se contabilizasse receita de venda de hidrelétricas que dependem de decisão [judicial]. Só vamos colocar nas receitas quando tiver total segurança", disse O rombo de R$ 58,2 bilhões foi calculado com base em uma redução da estimativa de receitas de R$ 55,3 bilhões. A menor expectativa de crescimento econômico gerou perda de arrecadação, contribuindo para diminuir a receita administrada em R$ 34 bilhões. Além disso, o governo espero ter R$ 13,2 bilhões a menos de recursos decorrentes de concessões e permissões. Também houve queda de R$ 2,9 bilhões na expectativa com venda de ativos, como imóveis da União. Houve também uma baixa de R$ 9,4 bilhões na estimativa para a receita previdenciária, que também é reflexo da atividade econômica e do nível de emprego. Assim, mesmo com uma redução de R$ 1,8 bilhão na estimativa de despesa da Previdência, o déficit projetado para o ano subiu para R$ 188,8 bilhões. O governo ainda elevou em R$ 3,4 bilhões a estimativa de despesas primárias. Entre os gastos cuja previsão aumentou estão o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e créditos extraordinários para ações na área de defesa civil e também em subsídios e subvenções, puxado pela maior demanda do setor do agronegócio. VOLTAR Fonte: Estadão 23/03/2017 - Governo deixa 86% dos servidores de fora da reforma da Previdência Com mudança no projeto de reforma anunciada na terça-feira por Temer, apenas os servidores federais civis vão se submeter às novas regras previdenciárias propostas; de acordo com o governo, decisão foi tomada por questões de autonomia federativa BRASÍLIA - A decisão do presidente Michel Temer de retirar os servidores estaduais e municipais da reforma da Previdência, anunciada na terça-feira, acabou deixando 86% do funcionalismo público em atividade no País fora do alcance da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que altera as regras de aposentadorias e pensões em tramitação no Congresso Nacional. Infográficos/Estadão Do total de 6,214 milhões de servidores públicos (federais, estaduais e municipais), 5,362 milhões não farão parte da reforma depois que o presidente cedeu às pressão dos grupos organizados e parlamentares e anunciou anteontem o recuo na proposta. O cálculo foi feito pelo consultor legislativo do Senado e especialista em Previdência Pedro Fernando Nery. A decisão abre um precedente para que outras categorias escapem também do alcance da reforma. A equipe econômica passou o dia tentando minimizar o impacto da mudança para conter uma piora da confiança no ajuste fiscal pelos analistas do mercado, mas, no Congresso, a retirada de outras categorias do funcionalismo público federal já é dada como certa, segundo apurou o Estado. Os policiais federais fazem forte pressão e as chances de conseguirem ficar de fora da reforma com apoio dos parlamentares aumentou com a concessão feita pelo Planalto. Juízes e procuradores federais vão brigar para ficarem de fora e há emendas já apresentadas para isso. E os Estados, que enfrentam problemas graves nas suas contas em razão do aumento crescente do déficit da Previdência dos servidores, reclamaram da decisão (ver página B4). O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse ontem que havia um risco grande de judicialização da proposta. ―Não é apenas uma questão de conveniência política ou viabilidade para os governadores, é de autonomia federativa‖, afirmou. Segundo o ministro, as regras para a Previdência dos servidores estaduais serão tomadas por cada Estado. ―O governo tomou a decisão de focar o seu trabalho no que é responsabilidade direta da União, que é o Orçamento federal‖, completou. Para os servidores da União, não haverá exceção. Um fonte da equipe econômica disse que o governo ―não considera a hipótese de retirar nenhuma categoria federal da proposta‖. Troca. Os dados apresentados pelo consultor do Senado levaram em consideração os militares das Forças Armadas, que também, com muita pressão, conseguiram escapar da reforma antes mesmo de a proposta ser enviada ao Congresso no final do ano passado. Apenas 852,85 mil servidores civis da União (14% do total do funcionalismo público brasileiro) serão afetados pela PEC. Para o consultor do Senado, o governo está ―trocando uma reforma por várias reformas‖. Segundo ele, o lobby para a mudança partiu sobretudo dos juízes, promotores e professores. Pelos dados do consultor, dos 5.593 entes federativos (Estados e municípios) do Brasil, 60% (3.382) têm regime próprio de previdência social. Na avaliação de Nery, não se sabe ainda como o mercado financeiro vai quantificar o impacto da mudança, já que aumentam as chances de o governo federal ter de socorrer os Estados no futuro. ―A gente sabe que no Brasil a União é sempre muito chamada a socorrer os Estados. Não se sabe como o mercado vai ‗precificar‘ esse passivo contingente, que é a possibilidade de no futuro o endividamento aumentar porque ela vai ter que socorrer eventualmente Estados que não conseguirem pactuar novas regras com as suas assembléias‖, avaliou. VOLTAR Fonte: Estadão 23/03/2017 - A subversão do direito brasileiro Regina Beatriz Tavares da Silva. CRÉDITO: DIVULGAÇÃO No meu artigo da semana passada, discorri sobre a ruína do Direito de Família que está sendo provocada pela supervalorização do afeto. Dia após dia, a preocupação aumenta. Avolumam-se no Poder Judiciário ações embasadas em suposta doutrina do afeto. Utilizo mais uma vez como ilustração nítida disso o tema de repercussão geral que está em pauta no STF sobre o regime sucessório da união estável (previsto no artigo 1.790 do Código Civil), cuja segunda parte do julgamento está marcada para o próximo dia 30 de abril, e no qual, a ADFAS – Associação de Direito de Família e das Sucessões, representada pelo Professor Ives Gandra da Silva Martins, seu Conselheiro Científico, e por mim, como sua Presidente, atua como amicus curiae. A questão constitucional chegou ao STF a partir de um caso concreto em que uma companheira viúva não se conforma em ver os bens particulares do falecido (bens adquiridos antes do início da união, adquiridos por herança durante a união e por doação) passados aos irmãos deste, muito embora herde os bens que seu companheiro adquiriu onerosamente (por compra ou por rendimentos de aplicações, por exemplo) durante a união estável. Não se conforma, em resumo, com o artigo 1.790 do Código Civil, que prevê as regras sucessórias da união estável. O desejo da mulher é de que os irmãos do falecido sejam completamente excluídos da sucessão e a integralidade da herança lhe seja conferida. O STF foi chamado a decidir um caso bem específico e uma questão constitucional mais específica ainda: é válida a disposição do Código Civil pela qual parentes colaterais (irmãos, no caso) afastam o companheiro sobrevivente na herança dos bens particulares do falecido? O Tribunal, entretanto, em mais um movimento que já se tornou perigosamente rotineiro, ultrapassou – e muito – os limites da controvérsia levantada no caso sob análise, e, de modo indevido, elevou e transfigurou a discussão que seria somente sobre uma regra pontual do Código Civil, em uma discussão sobre todo o regime sucessório das uniões estáveis no Brasil e sobre a validade de suas diferenças para com o regime sucessório do casamento. A isso é que em termos jurídicos se dá o nome de julgamento extra petita, um julgamento exorbitante dos limites da causa, em que o juiz ou Tribunal examina questões e toma decisões sem pertinência imediata com a controvérsia suscitada. Julgamentos extra petita são categoricamente vedados pelo ordenamento jurídico brasileiro. Para entender melhor o que fez o STF, imagine um juiz que obrigasse, além do acusado, também os seus pais, seus avós, tios e irmãos a sentarem no banco dos réus. E o pior é que esse juiz está em vias de condenar a família inteira. O STF já exorbitou seus poderes ao ampliar sobremaneira o objeto do julgamento. Mas irá exorbitá-lo muito mais se declarar a inconstitucionalidade do regime sucessório diferenciado da união estável. Na nossa democracia existe um princípio fundamental, que norteia todo o ordenamento jurídico e as relações entre os poderes: a presunção de constitucionalidade das leis. A Constituição Federal é nossa lei maior, e nenhuma outra lei pode afrontá-la ou será nula, sem efeitos. Entretanto, caberá sempre a quem alega a inconstitucionalidade de uma lei o ônus de demonstrar de forma inequívoca e irrefutável que a norma legal é, de fato, manifestamente inconstitucional. Do contrário, prevalece a constitucionalidade da lei, cuja aplicação nem mesmo o Supremo Tribunal Federal pode rejeitar. Caberia, então, aos que alegam a inconstitucionalidade total do artigo 1.790 do Código Civil demonstrar que o artigo é mesmo inconstitucional. Mas em que se fundamentam? Principalmente no artigo 226, § 3º, da Constituição que estabelece: ―Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento‖. As alegações de que este dispositivo igualou em absoluto a união estável e seus efeitos aos do casamento de maneira a tornar inconstitucional qualquer lei que regule os dois institutos de forma diferente são desprovidas de fundamento. A verdade é que este mandamento constitucional não suporta a declaração de inconstitucionalidade do artigo 1.790 do Código Civil. Porque ―equiparar‖ não é o mesmo que ―equalizar‖. Esse dispositivo constitucional não iguala a união estável ao casamento. Se o fizesse, incorreria em um erro não apenas jurídico, mas também lógico, pois, se a união estável, em todos os seus efeitos, fosse equalizada ao casamento, sequer haveria necessidade de prever os dois institutos jurídicos, muito menos prever a conversão de um para o outro. Como se converte algo no seu exato igual? Casamento e união estável constituem família e contam com a proteção equânime do Estado, que não pode, em seus benefícios destinados à preservação da família (programas assistenciais, leis previdenciárias, etc.) discriminar entre a família oriunda do casamento e a oriunda da união estável. Mas casamento e união estável não têm os mesmos efeitos sucessórios. E é este o sentido e alcance do artigo 226, § 3º, da Constituição. Portanto, no estabelecimento de efeitos sucessórios diversos entre o casamento e a união estável, não há também violação ao princípio da igualdade, como também afirmam alguns. Ocorre exatamente o contrário. O que há é a preservação da igualdade, porque este princípio traduz-se in concreto em tratar de maneira diversa duas situações que são de fato diversas. No caso, consiste em atribuir efeitos sucessórios diversos ao casamento e à união estável, em razão da diferença de natureza de cada uma dessas entidades familiares, em termos de constituição e desconstituição. A não-equiparação de efeitos jurídicos entre a união estável e o casamento também se justifica, e isto é crucial, pelo direito fundamental das pessoas à liberdade. Se as escolhas dos indivíduos são lícitas, não prejudicam a ordem pública ou os direitos de outros, a lei deve respeitar essas escolhas. O direito daqueles que desejam constituir família, mas não desejam se submeter aos rígidos e complicados efeitos sucessórios do casamento, deve ser, portanto, respeitado. É possível entender agora por que o STF exorbitará tanto a sua competência se declarar a inconstitucionalidade do regime sucessório vigente na união estável. O princípio elementar de constitucionalidade das leis afirma que um juiz ou Tribunal, mesmo o mais alto de nosso país, só pode declarar inconstitucional as leis que explícita e flagrantemente de fato o sejam. Como demonstrei, o artigo 1.790 não está nem de longe nesta categoria de leis. O dispositivo não apenas não afronta, como verdadeiramente realiza os preceitos constitucionais sobre a matéria. Essa é uma das razões principais pela qual tenho voltado frequentemente a este assunto. Suas consequências menos evidentes, mas nem por isso menos desastrosas, vão muito além dos que vivem em união estável no Brasil ou dos que pretendem constituí-la, o que por si só já é um número expressivo. O julgamento que será retomado na semana que vem (30/03) impacta em todos os brasileiros, porque, se não for alterada a maioria provisória da primeira parte do julgamento ocorrido em 31/08 do ano passado, no sentido da inconstitucionalidade do regime sucessório diferenciado da união estável, o STF irá declarar nulo, o que na prática significa revogar, sem fundamento e autoridade para tanto, um dispositivo legal devidamente votado e aprovado pelo poder legislativo, causando desordem nas competências próprias das esferas de poderes no Brasil. VOLTAR 2ª PARTE: 22/03/2017 Fonte: Petronotícias 22/03/2017 - PARENTE SOBE O TOM E CONDICIONA EXPLORAÇÃO DO CAMPO DE LIBRA A QUEBRA DO CONTEÚDO LOCAL O presidente da Petrobrás, Pedro Parente, em palestra no IBP na manhã desta quarta-feira (22), subiu o tom de sua ofensiva pela quebra do conteúdo nacional, deixando a impressão de uma espécie de chantagem à ANP. Ele condicionou os investimentos na área de Libra à flexibilização da política de conteúdo nacional. Depois de falar em preços acima de 40 %, suas palavras foram uma espécie de dá ou desce na agência reguladora brasileira e no próprio Tribunal Federal, que está apreciando os argumentos das partes. Na prática, esse condicionamento significa que se o conteúdo local não for quebrado, não haverá obra. O tom de ameaça lembra o menino dono da bola: se não jogar, não tem jogo. Parente disse que a quebra do conteúdo local permitirá aporte de US$ 5,5 bilhões. O valor refere-se à primeira fase do projeto e seria investido nos próximos cinco anos. Libra é a maior descoberta já feita no pré-sal e foi a primeira área licitada sob o modelo de partilha da produção. Mesmo assim, pelo jeito, o presidente da companhia ameaça abrir mão desta riqueza, caso as contratações não sejam feita, em sua grande maioria, no exterior. Provavelmente, pelo tom ameaçador que assumiu, deve ter o apoio dos seus sócios no projeto: Shell, Total e as chinesas CNOOC e CNPC. Em discurso durante evento promovido pelas petroleiras para defender mudanças no conteúdo local, Parente lembrou que a primeira proposta recebida pela Petrobrás para a plataforma de Libra teve preço 40% superior ao estipulado pela companhia. A estatal iniciou uma segunda licitação, com exigência de compras no Brasil menor do que os 55% previstos no contrato assinado com o governo em 2013. Para isso, pediu à ANP isenção de conteúdo local. A segunda licitação estava suspensa por liminar obtida pelo Sinaval. A justiça concedeu que o processo licitatório tivesse prosseguimento, mas não a assinatura do contrato, até que o mérito seja julgado definitivamente. Até agora, mesmo pressionada, a ANP ainda não respondeu ao pedido de isenção. Definiu que fará uma audiência pública para discutir o tema com o mercado. Caso não aceite, o consórcio estará sujeito a multas. Com esta espécie de ameaça, não se sabe como a agência reagirá. VOLTAR Fonte: Petronotícias 22/03/2017 - DUAS GIGANTES DO SETOR NUCLEAR CHINÊS SE UNEM PARA CRIAR UMA EMPRESA AINDA MAIS PODEROSA A união de duas maiores empresas do setor nuclear da China pode ser anunciada a qualquer momento. As gigantes nucleares de Xangai, a China National Nuclear, especializada em design e tecnologia de reatores e a China Nuclear Engineering Corporation Group, empresa que se concentra na construção, disseram que está em marcha uma reorganização estratégica dessas duas companhias para forma uma outra ainda mais poderosa. A união exige aprovação regulamentar, mas não envolve ativos importantes das empresas listadas e não afetaria as operações normais. O setor nuclear desempenha um papel significativo nas exportações avançadas de manufaturados do país e esta fusão significa não só simplificar as empresas estatais, mas também ajudar as empresas nucleares chinesas a exportarem melhor sua tecnologia para o mercado global. A combinação da força das duas companhias seria para aumentar as eficiências internas no setor nuclear do país e a competitividade externa. A geração de energia nuclear nos últimos anos, especialmente nos dois primeiros meses do ano, continuou a ver um crescimento acentuado. Os desenvolvedores de energia nuclear da China estão acreditando estar comissionando muitos mais reatores durante o 13º Plano Quinquenal (201620), porque a energia nuclear é uma fonte chave de energia limpa junto com a energia hidrelétrica. A capacidade nuclear instalada mais do que dobrou para 27,17 gigawatts no 12º Plano Quinquenal (2011-15) e deverá duplicar novamente até 2020 para 58 GW. A China prometeu expandir ainda mais seu setor nuclear para reduzir sua dependência do carvão e ajudar a cumprir seus compromissos de mudança climática. ― A China vai desenvolver a energia nuclear de uma maneira segura e altamente eficiente‖ disse o Premier Li Keqiang no relatório de trabalho do governo entregue durante a quinta sessão do 12 º Congresso Nacional do Povo, no início deste mês. Wang Shoujun, expresidente da China Nuclear Engineering Corporation Group, assumiu o cargo de presidente da CNNC, depois que o ex-presidente Sun Qin renunciou ao atingir a idade de aposentadoria no ano passado. A CNNC está principalmente envolvida no desenvolvimento, investimento, construção, operação e gestão de projetos de energia nuclear. Também está envolvido na pesquisa de tecnologia, para a segurança operacional de energia nuclear e serviços técnicos relacionados eo negócio de consulta. VOLTAR Fonte: Petronotícias 22/03/2017 - RELÁTORIO DA ANP SOBRE CESSÃO ONEROSA DEVE FICAR PRONTO ATÉ O FIM DE MARÇO A Petrobrás está contando os dias para a divulgação do relatório da Agência Nacional do Petróleo (ANP) sobre a questão de recebimento de recursos da cessão onerosa. A estatal acredita que o documento deve ser divulgado até o final deste mês. Há cerca de sete anos, a Petrobrás pagou US$ 42 bilhões para ter direito de produzir até cinco bilhões de barris em áreas da chamada cessão onerosa, na época do seu processo de capitalização. Estas áreas foram declaradas comerciais entre dezembro de 2013 e dezembro de 2014. O que a petroleira contesta é que entre o período de capitalização e a declaração de comercialidade das áreas de cessão onerosa, os preços do barril de petróleo sofreram uma forte queda. Por isso, a estatal espera receber valores por parte do governo ou até mesmo volumes adicionais de petróleo. VOLTAR Fonte: Petronotícias 22/03/2017 - PETROBRÁS PLANEJA REDUZIR CUSTOS DE PRODUÇÃO PARA MENOS DE US$ 10 POR BARRIL A Petrobrás apresentou uma nova meta de custos de produção, que agora deverá ficar abaixo dos US$ 10 por barril, afirmou nesta quartafeira (22) a diretora de Exploração e Produção da petroleira estatal, Solange Guedes. Segundo a executiva, o objetivo é chegar a este novo patamar no médio prazo. No ano passado, o custo de produção da Petrobrás ficou em US$ 10,3 por barril, o que representa uma queda de 11% na comparação com 2015. Especificamente nas áreas do pré-sal, os custos já estão abaixo da linha dos US$ 10. Em 2016, a produção na área teve gastos de US$ 8 por barril. Solange afirmou ainda que a entrada de novas plataformas pode aumentar temporariamente os custos de produção, mas que ao longo do tempo o valor vai diminuir e descer para baixo dos US$ 10. Neste ano, está prevista a entrada em operação de três novas plataformas de petróleo: duas no campo de Lula, na Bacia de Santos; e uma no campo de Tartaruga Verde, na Bacia de Campos. VOLTAR Fonte: Petronotícias 22/03/2017 - OTC VAI DEBATER SEGURANÇA SÍSMICA EM PROJETOS OFFSHORE A OTC 2017 terá um painel de discussão que abordará os avanços na segurança sísmica para várias instalações offshore ao redor do mundo. Entre os tópicos que estarão na pauta, estão os projetos sísmicos de sistemas de oleodutos submarinos e as práticas de emergência e inspeção em plataformas após terremotos. O objetivo do encontro é avaliar o estado atual dos projetos símicos em empreendimentos offshore, já que muitos deles estão localizados em áreas com atividades sísmicas. O evento será realizado no dia 1° de maio, a partir das 9h30 (horário local). Com a expectativa de receber mais de 90 mil pessoas, de mais de 120 países, a OTC 2017 vai reunir as maiores empresas do mundo no segmento de óleo e gás e terá a cobertura completa do Petronotícias, como acontece todos os anos. O evento será realizado entre os dias 1º e 4 de maio, no NRG Park, no estado americano do Texas. VOLTAR Fonte: Petronotícias 22/03/2017 - CNPE CRIA COMITÊ PARA GESTÃO DE ESTATÍSTICAS DO SETOR ENERGÉTICO O governo quer uma área voltada à gestão de informações sobre o setor energético. Para isso, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) criou o Comitê Gestor de Informações Energéticas (CGIE), que será responsável por ―garantir a qualidade‖ das informações e estatísticas energéticas usadas na formulação de políticas públicas. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), o comitê criado será responsável por regulamentar os processos de levantamento das informações, realizar a manutenção e atualização da base de dados do ministério, além de rever, quando for necessário, critérios e metodologias para aperfeiçoar as informações e estatísticas do setor energético. O grupo será composto por representantes, titulares e suplentes indicados pelo MME, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), pela ANP, pela Aneel, pelo Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), pelo Operador do Sistema Elétrico (ONS) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). VOLTAR Fonte: Petronotícias 22/03/2017 - BP NEGOCIA VENDA DE OLEODUTO ESTRATÉGICO NO MAR DO NORTE A British Petroleum (BP) está negociando a venda de um gasoduto considerado estratégico para o Reino Unido, o Forties Pipeline System (FPS), que movimenta cerca de 40% da produção britânica de petróleo diariamente, num trecho de 160 quilômetros. As conversas têm se dado com o grupo Ineos, do setor químico. O oleoduto é responsável por transportar 450 mil barris de petróleo por dia, provenientes de mais de 50 campos offshore localizados na parte britânica do Mar do Norte, sendo que a capacidade nominal do sistema é de mais de 1 milhão de barris por dia. O sistema FPS é 100% controlado pela BP e teve um papel fundamental no escoamento da produção de petróleo britânica nos últimos 25 anos, com expansões importantes ao longo desse tempo, conforme a produção alcançava novos patamares. VOLTAR Fonte: Petronotícias 22/03/2017 - MÉXICO FECHA CINCO CONTRATOS DE EXPLORAÇÃO COM PETROLEIRAS INTERNACIONAIS O México está avançando na reforma do setor energético e conseguiu fechar mais cinco contratos de peso com petroleiras internacionais. Os acordos são os últimos da ―ronda uno‖, a rodada de licitações mais disputada recentemente no país, e foram selados com a China Offshore Corporation, a francesa Total, a norueguesa Statoil, a americana Murphy Oil e a malaia PC Carigali, para a exploração de campos em águas profundas do Golfo do México. Nas contas do secretário de energia mexicano, Pedro Joaquín Coldwell (foto), esses contratos deverão gerar investimentos somados em US$ 34 bilhões para o país, quase cinco vezes mais do que o obtido com as três primeiras licitações da rodada. Os blocos estão situados em uma área considerada muito atrativa dentre as ofertadas pelo México, sendo que os sete blocos desta rodada têm reservas recuperáveis estimadas em 2,4 bilhões de barris de petróleo, o que equivaleria a quase 10% do total contido nas águas profundas do Golfo do México. VOLTAR Fonte: Tnpetróleo 22/03/2017 - Para cumprir meta fiscal Governo corta R$ 58,2 bilhões O governo cortará R$ 58,2 bilhões do Orçamento para cumprir a meta fiscal, anunciou há pouco o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. De acordo com a pasta, o contingenciamento (bloqueio) é necessário para compensar a revisão para baixo do crescimento econômico em 2017. O corte servirá para cumprir a meta fiscal de déficit primário de R$ 139 bilhões estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para este ano. O governo, até agora, não anunciou aumento de tributos. Os números foram fechados hoje numa reunião entre o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, e o presidente Michel Temer. Ontem (22), Meirelles tinha informado que o governo estava fechando as estimativas de quanto arrecadará com o resultado dos leilões de petróleo e gás e com o programa de regularização de ativos no exterior, também conhecido como repatriação, para definir o volume do contingenciamento e do aumento de tributos. Originalmente, o Orçamento-Geral da União estimava que o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) cresceria 1,6% em 2017. Por causa do desempenho da economia abaixo do previsto, no entanto, o governo reduziu a projeção para 0,5%. Em nota, o Planejamento explicou que a revisão para baixo do PIB e a reavaliação das projeções de arrecadação com certas concessões e vendas de ativos foram responsáveis por reduzir a estimativa de receitas em R$ 54,8 bilhões. Além disso, o governo teve de rever para cima, em R$ 3,4 bilhões, as projeções de gastos obrigatórios por causa de reestimativas de gastos com os benefícios da Lei Orgânica de Assistência Social, créditos extraordinários, fundos de desenvolvimento, subsídios, transferências e multas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A soma dos dois valores – redução de receitas e aumento de despesas obrigatórias – fez o governo cortar R$ 58,2 bilhões dos gastos discricionários (não obrigatórios). A distribuição do corte por ministérios será anunciada em uma semana. A expansão da economia menor que o previsto afeta a arrecadação federal, reduzindo a receita do governo em relação ao valor originalmente estimado no Orçamento. A equipe econômica aumentou tributos e contingenciou verbas para compensar o desempenho da arrecadação e permitir o cumprimento da meta de déficit primário – resultado negativo nas contas do governo desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública – estipulada na LDO. VOLTAR Fonte: Tnpetróleo 22/03/2017 - Perspectivas e Desafios do Setor do Petróleo no dia 29/03 em Macaé Primeiro grande encontro do ano em Macaé com especialistas da indústria de óleo e gás que acontece dia 29 de março, quarta-feira, das 9h30 às 12h30, no Hotel Grand Nobile, em Macaé. O evento ―Perspectivas e Desafios do Setor do Petróleo‖ contará com a presença da Reed Exhibitions Alcantara Machado, organizadora da Brasil Offshore, do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), da ABESPetro e da Prefeitura de Macaé. Serão discutidos a proposta de legislação e as novas perspectivas e expectativas do setor de Petróleo para 2017 a serem apresentadas no Congresso Nacional ainda no primeiro semestre deste ano. Serão debatidos assuntos relacionados ao: Conteúdo local; Tributação; Licenciamento; Abertura ao capital estrangeiro; Flexibilização do operador único,Incentivo à exportação Após a apresentação, haverá um debate moderado pelo jornalista William Waack e a coletiva de imprensa da Brasil Offshore 2017 – que nesta edição está focada na retomada do setor de óleo e gás, nas expectativas do mercado para Macaé e nas oportunidades apresentadas ao setor devido a entrada de novas operadoras para exploração nas áreas de pré-sal. Serviço Data: 29/03 das 9:30 às 12:30 Local: Hotel Grand Nobile Macaé - Rua Dolores Carvalho Vasconcelos, 110 Glória - Macaé/RJ A confirmação deve ser feita através desse email até 24 de março, sexta-feira. VOLTAR Fonte: Tnpetróleo 22/03/2017 - Balanço 2016: quase US$ 100 bi de prejuízo e um lucro líquido de R$ 17 bi A empresa apresentou um lucro líquido de R$ 2,5 bilhões no último trimestre de 2016. De acordo com a Petrobras, esse resultado permitiu reverter o prejuízo de R$ 16,4 bilhões dos três meses anteriores. A petrolífera apresentou prejuízo de R$ 14,8 bilhões no ano passado, uma queda em relação ao ano anterior quando a perda ficou em R$ 34,8 bilhões. O resultado, segundo a companhia foi influenciado pelo impairment de ativos (reavaliação de ativos antes de contabilizá-los) e de investimentos em coligadas, que somaram R$ 20,8 bilhões. De acordo com comunicado da estatal, o lucro operacional ficou em R$ 17 bilhões no ano passado; enquanto em 2015, houve prejuízo de R$12 bilhões. O endividamento líquido caiu 20%, passando de R$ 392 bilhões, no final de 2015, para R$ 314 bilhões, no fim de 2016, o equivalente a US$ 96,4 bilhões. Conforme a empresa, a queda do endividamento foi em decorrência de amortizações e pré-pagamento de dívidas, utilizando recursos do programa de desinvestimentos e de caixa. Os dados estão sendo apresentados nesta noite na sede da empresa, no centro do Rio. O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse que os resultados operacionais positivos são relevantes, mas lembrou que a empresa ainda tem uma dívida elevada. ―Temos que continuar a trabalhar para reduzir o total da dívida‖. As exportações aumentaram 12%, com um total de 634 mil barris por dia (bpd) de petróleo e derivados. O destaque para a companhia foram as exportações de petróleo, que subiram 14%. Meta de produção A meta de produção de 2016 foi cumprida, pelo segundo ano consecutivo atingindo 2milhões e 144 mil barris por dia (bpd) de petróleo. A empresa registrou recordes de produção chegando a 2,9 milhões de barris de óleo equivalente por dia. ―Isso é muito importante para a companhia. É um valor que a gente não se afasta‖, disse a diretora de Produção e Exploração da Petrobras, Solange Guedes. Demissão voluntária Depois de dois planos de desligamentos incentivados que reduziram o quadro de empregados em cerca de 13 mil pessoas no últimos anos, para 2017 a empresa prevê o desligamento ainda dos últimos 4 mil funcionários, ainda dos planos de demissão voluntária. Atualmente, a holding conta com aproximadamente 50 mil empregados. Incluindo todas as subsidiárias, o quadro de empregados totaliza entre 60 mil e 65 mil funcionários. "Vamos voltar à vida normal; se saírem pessoas vamos reequilibrar a força de trabalho", afirmou o diretor de Assuntos Corporativos da Petrobras, Hugo Repsold. Um novo plano de demissão voluntário não está previsto atualmente. VOLTAR Fonte: Tnpetróleo 22/03/2017 - Wilson Sons realiza primeira operação para a GALP no Porto do Açu A Wilson Sons Rebocadores e a Wilson Sons Agência, empresas do Grupo Wilson Sons, seguem ampliando sua atuação no Porto do Açu, em São João da Barra, no Norte do Estado do Rio de Janeiro. A companhia participou no início de março da primeira operação da GALP, empresa portuguesa do setor de energia, no Terminal de Petróleo (T-OIL). A manobra contou com a participação dos cinco rebocadores da Wilson Sons que realizam operações no Porto do Açu. A Wilson Sons Agência foi a responsável pelo atendimento e liberação juntos as autoridades portuárias dos navios (aliviador e recebedor). O diretor da Wilson Sons Agência, Christian Lachmann, comentou sobre a operação. ―A escolha de nossos serviços pela GALP é um passo importante para a consolidação de nossas atividades no Porto do Açu‖. As manobras de aproximação e atracação dos navios ocorreram no dia 3 de março no berço central do T-OIL do Porto do Açu. Após o reboque portuário e desembarque da carga de petróleo, os rebocadores auxiliaram a desatracação das embarcações, realizada no dia 5 de março. ―A experiência da nossa tripulação, a qualidade das nossas embarcações e todas as simulações realizadas foram fundamentais para garantir o sucesso dessa operação. O Porto do Açu já é hoje um dos principais em que atuamos e estamos muito satisfeitos com o trabalho realizado‖, comenta o diretor de Operações da Wilson Sons Rebocadores, Marcio Castro. Em outubro do ano passado, a Wilson Sons Rebocadores e a Prumo Logística, empresa que administra o Porto do Açu, assinaram contrato para atendimento exclusivo por dez anos. Fazem parte da frota na região os escort tugs WS Titan e WS Procyon, os dois mais potentes do país, com tração estática (bollard pull) de mais de 80 toneladas. Sobre o Grupo Wilson Sons O Grupo Wilson Sons é um dos maiores operadores integrados de logística portuária e marítima e soluções de cadeia de suprimento no mercado brasileiro, com quase 180 anos de experiência. A companhia conta com uma rede de atuação nacional e presta uma gama completa de serviços para as empresas que atuam na indústria de óleo e gás, no comércio internacional e na economia doméstica. As principais atividades do Grupo são divididas em dois sistemas – Portuário e logístico e Marítimo. VOLTAR Fonte: Tnpetróleo 22/03/2017 - Soluções em gás reduzem e substituem uso de água na indústria até O Dia Mundial da Água (22 de março) reacende as discussões sobre a necessidade de se encontrar formas mais racionais de consumo desse bem natural, que apesar de ocupar 70% da superfície da Terra, está disponível para uso humano somente nos 2,5% do total de água doce existente no planeta. E dessa parcela, mais de 90% são consumidos em conjunto por atividades ligadas à agricultura e indústria, conforme números da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Para tornar mais eficiente o uso de água em processos industriais, a Air Liquide, líder mundial em gases, tecnologias e serviços para a indústria e saúde, desenvolve soluções com a aplicação de gases que reduzem e até substituem a necessidade de água em atividades como limpeza de peças, maquinários, preparo de concreto, entre outras. Jateamento com gelo seco para limpeza de maquinários Entre as soluções desenvolvidas pela Air Liquide, estão as que fazem a limpeza de maquinários industriais por jateamento com gelo seco. A aplicação é feita por meio de um equipamento que impulsiona os jatos de gelo seco, que saem em formato de ―pellets‖ (espécie de granulados) a uma temperatura de – 80oC. No momento do contato com a superfície a ser limpa, que está em temperatura ambiente, ocorre um choque térmico que evapora o gás carbônico (CO2) presente nos pellets de gelo seco e faz a limpeza, sem deixar resíduos. Denominada Clean Blast, esta solução é indicada para a limpeza de maquinários industriais de diferentes segmentos, como alimentício, de plásticos, fundição, gráficas, embalagens, pneus, borrachas, entre outros. Além de eliminar o consumo de água, a solução gera ganhos em termos operacionais, já que não há a necessidade de desmontar peças ou maquinários inteiros para que a limpeza seja feita. Neve carbônica para limpeza pré-pintura de peças automotivas O Snow Clean, outra solução desenvolvida pela Air Liquide, tem aplicação semelhante à do Clean Blast. Mas em vez de pellets de gelo seco, o que é jateado é gás carbônico em formato de ―névoa carbônica‖, para a limpeza prévia feita em peças automotivas antes de sua pintura. A aplicação também economiza água e a necessidade de se reservar um espaço (cabine de pintura) para a lavagem que seria feita de forma convencional. Nitrogênio substitui gelo no resfriamento do concreto O Cryocrete também é uma solução que ajuda a reduzir o consumo de água na indústria. Desenvolvida para atender ao segmento da Construção, a aplicação consiste no uso de Nitrogênio para acelerar o processo de resfriamento do concreto, necessário para evitar o surgimento de rachaduras e outros tipos de fissura em grandes obras, como barragens, pontes, viadutos, usinas, entre outras. No processo convencional, o resfriamento do concreto seria feito mediante o uso de gelo, o que demandaria mais tempo e necessidade de aplicação manual. Além disso, o resfriamento não atingiria as mesmas temperaturas se comparado ao uso do gás. Por outro lado, a aplicação do Cryocrete acelera esse processo porque o nitrogênio é um gás que, naturalmente, já se encontra sob baixíssimas temperaturas, de até -196ºC. O resultado é o resfriamento mais rápido da mistura de concreto, que leva em média de 6 a 7 minutos para atingir a temperatura ambiente com o uso da solução da Air Liquide. Já o resfriamento com gelo, alternativa normalmente utilizada nesse processo, leva cerca de 15 a 20 minutos. VOLTAR Fonte: Tnpetróleo 22/03/2017 - Sistema Firjan e Simperj levam empresários fluminenses a Plástico Brasil em São Paulo Promover encontros com novos fornecedores, prospectar futuros clientes e conhecer as novas tecnologias que envolvem a cadeia produtiva do plástico e da borracha são os principais objetivos da caravana de empresários fluminenses, promovida pelo Sistema FIRJAN e Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado do Rio de Janeiro (Simperj), a Plástico Brasil. A feira internacional, que prossegue até sexta-feira (24/3) em São Paulo, é um dos principais pontos de encontros para a promoção de negócios e para a divulgação de produtos e serviços do segmento. Entre os principais interesses dos participantes da caravana fluminense estão máquinas e equipamentos, moldes e ferramentas, reciclagem e resinas sintéticas. A feira reúne profissionais dos setores consumidores de transformados de plásticos tanto da construção civil quanto ao químico, passando por alimentos e bebidas, automóveis e autopeças, papel, agricultura, produtos de metal e eletrônicos, farmacêutico, perfumaria, higiene e limpeza, entre outros. A Plástico Brasil é uma oportunidade para os empresários e funcionários das empresas conhecerem novos equipamentos, promover relacionamento com novos fornecedores e potenciais clientes a partir do que é apresentado na feira. A caravana fluminense integra o Mapa de Desenvolvimento do Rio de Janeiro 2016-2025, produzido pelo Sistema FIRJAN, que tem por objetivo fomentar os negócios, ampliando o acesso aos mercados nacional e internacional, além de fomentar a inovação e o empreendedorismo das empresas do Rio. VOLTAR Fonte: Tnpetróleo 22/03/2017 - PIB deve ficar em 0,5% este ano segundo o Ministério da Fazenda O crescimento da nossa economia será de 0,5% este ano, segundo estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas no país), divulgada hoje (22), em Brasília, pelo Ministério da Fazenda. A projeção anterior era 1%. A estimativa está próxima da esperada pelo mercado financeiro, que projeta expansão do PIB de 0,48%. Em 2016, o PIB teve queda de 3,6%. Para 2018, a estimativa é de expansão do PIB em 2,5%. A projeção para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é 4,3% este ano, e 4,5% em 2018. A estimativa anterior do governo para a inflação este ano era 4,7%. Hoje, o governo também divulgará o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, lançado a cada dois meses, com os parâmetros oficiais da economia e as previsões de arrecadação, de gastos e de cortes no Orçamento. Com base no documento, o governo edita um decreto de programação orçamentária, com novos limites de gastos para cada ministério ou órgão federal. Ontem, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reafirmou que não está descartado o aumento de impostos e disse que o valor do contingenciamento será a "combinação possível". Segundo ele, o objetivo principal é cumprir a meta fiscal de 2017, com um déficit previsto de R$ 139 bilhões. Comparação entre trimestres O Ministério da Fazenda também atualizou as estimativas para o PIB na comparação entre trimestres. Apesar de encerrar o ano com expansão de 0,5%, o PIB registrará crescimento de 2,7% no quarto trimestre deste ano (outubro a dezembro) em relação ao mesmo trimestre de 2016, informou o ministério. O número representa uma melhoria em relação a declarações anteriores do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Em janeiro, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, Meirelles tinha afirmado que o PIB chegaria ao quarto trimestre com expansão de 2% na comparação com o mesmo trimestre de 2016.. No início deste mês, na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o ministro tinha dito que o crescimento na comparação trimestral ficaria em 2,4% . "O importante é a comparação trimestral [trimestre contra trimestre do ano anterior]. É esse número que dá a sensação térmica da economia", explicou o secretário de Polícia Econômica do Ministério da Fazenda, Fabio Kanczuk. Ele não informou o impacto da revisão do PIB sobre o Orçamento em 2017. Ainda hoje à tarde, o Ministério do Planejamento anunciará a revisão das receitas e o contingenciamento (bloqueio de gastos não obrigatórios) para este ano com base na reestimativa do PIB. VOLTAR Fonte: Jornal do Comércio 22/03/2017 - Governadores se dizem surpresos com decisão do Planalto sobre Previdência Um dia depois de o presidente Michel Temer anunciar que a proposta de reforma da Previdência não vai mais incluir servidores estaduais e municipais, governadores que prestigiaram a posse do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, se disseram nesta quarta-feira (22), surpreendidos com a decisão do Planalto - e admitem que agora terão de arcar com o ônus político para revisar as regras. "O ônus político passou para os Estados, mas você vai dialogar, vai ver a realidade e mostrar os números", afirmou o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), antes de participar da cerimônia no STF. Segundo o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), todos os governadores foram pegos de surpresa com o anúncio de Temer. "Nunca foi discutida essa proposta", afirmou Pezão. O peemedebista afirmou ser favorável à autonomia federativa e disse esperar que essa experiência da Previdência venha também para outras políticas públicas. "Era um pleito de todos os governadores, de todos os diretores de regime de Previdência para a gente fazer casado com governo federal (a reforma da previdência). Mas não vejo problema nenhum de a gente começar o pacto federativo pela reforma da Previdência. Agora espero que ele se estenda também na parte tributária, na parte trabalhista, numa série de questões que a gente fica dependendo aqui de Brasília", afirmou. Para o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), o movimento do Planalto foi "previsível", diante das dificuldades do tema. "A tradição brasileira nesses temas da reforma da Previdência vão nessa direção: começa-se com um programa máximo e termina-se com um programa mínimo. De um modo geral os governadores concordam com uma agenda de revisão das regras da previdência como conceito. Foi uma surpresa", comentou Dino. O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), por sua vez, disse que o momento atual é de "coragem" para implantar medidas que garantam o equilíbrio das contas públicas. "O ideal é que fosse tudo de uma vez só aqui, pacificava. Mas paciência. Não tem mais populismo, demagogia. Eu fui surpreendido por esse posicionamento (do Planalto). Mas vou reunir minha equipe e ver que medidas vamos adotar", afirmou Richa. Na avaliação do governador do Piauí, Wellington Dias (PT), como o governo federal teve a iniciativa de propor a reforma da Previdência, cabe ao Palácio do Planalto ver a "calibragem" considerando o apoio político que tem dentro do Congresso Nacional. "A Previdência tem situações diferenciadas nos Estados Cada Estado é uma realidade. Cada um vai ter de encontrar a solução. Quanto menos solução na área da Previdência, menos investimento", analisou Dias, que defendeu a possibilidade de os Estados definirem suas reformas. Já o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que no Estado já foi feita uma reforma da Previdência, por meio da Fundação de Previdência Complementar do Estado de São Paulo (Prevcom). Segundo ele, o Estado só paga até o teto do INSS. A diferença daí pra frente é paga pela previdência complementar. "E não é mais benefício definido, é contribuição definida. Então, não tem déficit", ressaltou Alckmin. Questionado sobre o recuo do Planalto, Alckmin desconversou: "Temos de aguardar para ver os desdobramentos". VOLTAR Fonte: Jornal do Comércio 22/03/2017 - Meirelles diz que questões judiciais podem gerar R$ 18 bilhões para Orçamento Após o anúncio pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento de um rombo de R$ 58,168 bilhões que faltam no Orçamento para o cumprimento da meta de déficit fiscal de até R$ 139 bilhões, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o governo espera decisões judiciais que podem chegar a até R$ 18 bilhões a favor da União para definir o tamanho do corte efetivo que será anunciado até a próxima terça-feira (28). Segundo ele, medidas sobre aumento de tributos que também podem reduzir o tamanho do corte serão igualmente anunciadas na próxima semana. "Foi divulgado hoje o valor das receitas e despesas, com uma deficiência de R$ 58,2 bilhões e estamos estudando medidas compensatórias para cobrir e preencher essa diferença", disse o ministro. "Vamos aguardar mais alguns dias para termos segurança maior para decidirmos sobre o contingenciamento e sobre aumento de tributos, se necessário, para compensar essa diferença", completou. Segundo Meirelles, questões importantes para a definição do tamanho real do corte ainda estão em andamento de devem ser definidas até a próxima semana. Ele citou a decisão desta quarta-feira (22), do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre uma usina hidrelétrica que poderá ser privatizada, adicionando um valor estimado em R$ 3,5 bilhões para a União. Outras duas usinas cuja decisão ainda está nas mãos do Superior Tribunal de Justiça (STJ) podem gerar uma receita adicional de R$ 6,5 bilhões. "Existem estimativas que mostram que as receitas só com essas três chegam perto de R$ 10 bilhões. E também no STJ, há decisões sobre precatórios que podem acarretar valores adicionais de R$ 6 bilhões a R$ 8 bilhões", acrescentou Meirelles. "Então essas questões judiciais somadas podem representar R$ 14 bilhões, R$ 16 bilhões ou R$ 18 bilhões. Mas como ainda não há decisão, não pudemos incluir no relatório", resumiu. Por isso, Meirelles frisou que o corte será bem menor que a necessidade financeira divulgada hoje. "O contingenciamento final será substancialmente menor que R$ 58,2 bilhões", prometeu. VOLTAR Fonte: Jornal do Comércio 22/03/2017 - Brasil dá sinal verde à construção da "Ferrovia Transoceânica" Agência Brasil O Brasil deu o sinal verde nesta quarta-feira (22) em uma reunião técnica em La Paz ao projeto de construção do "trem bioceânico", também conhecido como Ferrovia Transoceânica, com financiamento da Alemanha e da Suíça, que beneficiará o comércio de cinco nações sul-americanas (Bolívia, Peru, Paraguai, Uruguai e Brasil). As informações são da agência de notícias alemã DPA. ―O Brasil tem interesse e vontade [de participar] deste esforço coletivo para chegar a mercados asiáticos e aproveitar a linha férrea que chega a Corumbá (lado brasileiro) e a Puerto Suárez (na Bolívia)‖, anunciou o coordenador de Assuntos Econômicos para a América do Sul da chancelaria brasileira, João Carlos Parkinson de Castro. Ele destacou que será importante estabelecer acordos de ―harmonização aduaneira‖ para que haja uma circulação fluída dos trens na rota Brasil-Bolívia-Peru. O ministro boliviano de Obras Públicas, Milton Claros, saudou a adesão do Brasil. "Estamos sobre trilhos", exclamou, na primeira reunião técnica que se realizou hoje na Chancelaria boliviana com a participação de representantes da Alemanha, Suíça, Brasil, Peru, Paraguai, Uruguai, Bolívia, do Banco Interamericano de Desenvolimento (BID) e da Corporação Andina de Fomento (CAF). O viceministro alemão de Transportes e Infraestrutura Digital, Rainer Bomba, confirmou que umas 30 empresas alemãs e suíças estão interessadas no financiamento e construção do "Corredor Ferroviário Bioceânico Central", nome oficial de uma linha ferroviária que teria uns 3.750 quilômetros de comprimento quando concluída. "Este é um tremendo projeto. Agora resta definir os objetivos de investimento para sua construção‖, afirmou Bomba. O vice-ministro alemão de Transportes assinou, junto ao ministro boliviano Milton Claros, um memorando de entendimento para consolidar o Corredor Bioceânico, num ato do qual participou o presidente da Bolívia Evo Morales. "Estamos convencidos que o trem bioceânico entre Brasil, Bolívia e Peru será o Canal do Panamá do século 21", destacou o mandatário. A via férrea que unirá o Atlântico ao Pacífico começaria na costa do Brasil, cruzaria a selva amazônica e a cordilheira dos Andes e terminaria no litoral peruano, depois de passar pelar Bolívia. O governo de La Paz aposta forte nesta obra porque quer evitar o uso de portos do norte do Chile, país com o qual mantém um litígio histórico por uma saída soberana ao mar. O traçado incluiria os trechos Santos-Campo Grande (no Brasil), Puerto Suárez (Bolívia) e Ilo (Peru) e seu custo é calculado em cerca de 14 bilhões de dólares, segundo o estudo técnico feito pela Bolívia. O projeto do "trem bioceânico" do presidente Morales foi apresentado há um ano ao vice-ministro alemão Bomba na primeira visita deste a La Paz, acompanhado de empresários alemães. Morales está empenhado em abrir novos corredores de exportação para produtos bolivianos, que hoje saem do país através de portos do norte do Chile. Cerca de 80% das exportações bolivianas saem pelo porto chileno de Arica. O "trem bioceânico' também poderia beneficiar outros países porque a cidade boliviana de Puerto Quijarro serviria como ponto de enlace entre uma futura hidrovia Paraguai-Paraná e a ferrovia para exportar produtos do Paraguai, Uruguai e Argentina pelo Oceano Pacífico. A reunião de La Paz não contou com a participação do vicepresidente do Peru e ministro de Transportes, Martín Vizcarra, que está atendendo à situação de emergência em seu país por causa das inundações, sendo representado por seu chefe de gabinete, Carlos Estremadoyro. VOLTAR Fonte: Estadão 22/03/2017 - Governo anuncia corte de R$ 58,2 bilhões no Orçamento de 2017 O valor acabou vindo acima do que se especulava nos últimos dias, entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões. Foto: Lino Mirgeler/AP O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles O governo anunciou nesta quarta-feira, 22, um corte de R$ 58,168 bilhões no Orçamento de 2017. O valor acabou vindo acima do que se especulava nos últimos dias, na faixa entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões. A previsão para este ano é de queda de R$ 55,340 bilhões nas receitas e aumento de R$ 3,406 bilhões nas despesas. O governo também afirma que as previsões de arrecadação com concessões e venda de ativos, as chamadas receitas extraordinárias, estão mais realistas. Para cumprir a meta fiscal deste ano, de déficit primário de R$ 139 bilhões, os técnicos do governo identificaram que seria necessário um contingenciamento de R$ 65 bilhões. Mais cedo, o Ministério da Fazenda divulgou alterações em suas projeções para a economia. Os números incluem uma nova revisão da estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, de 1% para 0,5%. No último Boletim Focus divulgado pelo Banco Central, as projeções de mercado apontam para uma alta de 0,48% no PIB de 2017. Para 2018, a Fazenda prevê expansão do PIB de 2,5%. VOLTAR Fonte: Estadão 22/03/2017 - Temer defende ganhos políticos com exclusão de servidores da reforma da Previdência Presidente afirmou ao Estado que retirada de funcionários estaduais e municipais da proposta dará celeridade aos trabalhos A exclusão dos servidores públicos estaduais e municipais da proposta da reforma da Previdência deve render ganhos políticos e dar celeridade à tramitação do projeto no Congresso, defendeu o presidente Michel Temer em entrevista ao Estado nesta quarta-feira, 22. Temer afirmou que a exclusão faz com que governadores tenham de participar de forma mais ativa do processo de ajuste fiscal e reduz a pressão sobre deputados e senadores em um ano pré-eleitoral. Veja mais a seguir. O presidente anunciou a mudança no texto na noite de terça-feira, 21, e afirmou que tomou a decisão após várias reuniões com parlamentares nos últimos dias. Nesses encontros, segundo ele, "surgiu com grande força" a ideia de que a União deveria respeitar a autonomia dos Estados e municípios, fortalecer o "princípio federativo" e fazer com que a reforma atingisse apenas servidores federais. É o primeiro recuo oficial do governo na proposta. "Vários Estados já providenciaram sua reformulação previdenciária. Seria uma relativa invasão de competência e não queremos neste momento levar adiante", disse, citando como exemplo categorias de policiais civis e professores. "Funcionários estaduais e municipais, de forma geral, dependerão da manifestação de seus governos estaduais e municipais", disse Temer. Os servidores públicos fazem parte do grupo mais articulado no Congresso no lobby contra a reforma da Previdência. A decisão do presidente pode abrir novos precedentes de mudanças, já que várias categorias de servidores federais também pedem para ficar de fora da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), entre eles juízes e procuradores do Ministério Público. VOLTAR Fonte: Estadão 22/03/2017 - Retirada de servidores da reforma da Previdência não afeta ajuste fiscal, diz Meirelles Ministro da Fazenda afirmou que exclusão de funcionários públicos estaduais e municipais de proposta é um processo normal BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a retirada dos servidores públicos estaduais e municipais da proposta de reforma da Previdência não afeta o orçamento da União e o ajuste fiscal. Foto: Hélvio Romero/Estadão Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles "Eu acho que é um processo normal, na medida em que existem algumas questões relacionadas à economia federativa e o fato é que não afeta, caso os Estados saiam, o orçamento da União e o ajuste fiscal", disse o ministro ao chegar para a solenidade de posse de Alexandre de Moraes como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Questionado se essa mudança na PEC da reforma da Previdência não esvaziaria a intenção do governo, Meirelles disse que a proposta da União é fazer uma reforma para todos os servidores públicos federais. "Agora, por uma questão de homogeneização, se expandiu isso para os estaduais. Mas, certamente, a retirada dos estaduais não afeta nosso projeto de teto de gastos, que só se aplica às despesas federais", reforçou o ministro. Perguntado se achava que os Estados teriam coragem de promover uma reforma da previdência para os servidores estaduais, Meirelles respondeu: "É um problema de cada Estado. Cada estado tem que cuidar de suas finanças pela Constituição." VOLTAR Fonte: Estadão 22/03/2017 - Alexandre de Moraes toma posse no Supremo Autoridades dos três Poderes da República estão presentes à cerimônia Alexandre de Moraes. Foto: Dida Sampaio/Estadão O novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, toma posse na Corte máxima nesta terça-feira, 22, às 16h. Autoridades dos três Poderes da República estão presentes à cerimônia. O novo ministro será conduzido ao Plenário pelo ministro mais antigo (decano), Celso de Mello, e pelo mais recente, Edson Fachin. Na sequência, é lido o termo de posse pelo diretor-geral do Tribunal, Eduardo Toledo. O ministro empossado prestará então seu juramento e assinará o termo e o livro de posse. O presidente da República, Michel Temer (PMDB), e os presidentes da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia, e do Senado Federal, Eunício Oliveira, compõem a mesa, assim como o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Natural de São Paulo, Alexandre de Moraes tem 48 anos e será o 168º ministro do STF no período republicano. Foi nomeado para ocupar a vaga aberta em decorrência da morte do ministro Teori Zavascki, vítima de um acidente aéreo ocorrido em 19 de janeiro último. Moraes foi ministro de Estado da Justiça, secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo e secretário municipal de Transportes da capital paulista. Atuou como advogado, consultor jurídico e promotor de Justiça em São Paulo, tendo integrado ainda o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), entre 2005 e 2007, em sua primeira composição. É graduado em Direito pela USP, possui doutorado em Direito do Estado e livre-docência em Direito Constitucional também pela Universidade de São Paulo. Alexandre de Moraes é professor associado da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (USP) e professor titular da Universidade Presbiteriana Mackenzie. VOLTAR Fonte: Estadão 22/03/2017 - Reforma para todos? O governo piscou. E piscou para quem não se esperava, pelo menos nesse primeiro momento. Temendo uma rejeição forte à reforma da Previdência, o próprio Temer anunciou na noite desta terça-feira, 20, em clima de ―notícia em cima da hora‖, a retirada dos servidores estaduais e municipais da proposta. Foi um ato de respeito à autonomia dos Estados, aos princípios federativos, justificou Temer – como se só agora o Planalto houvesse se dado conta dessa necessidade. Mais transparente, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), manifestou seu alívio, ao reconhecer que, com essa canetada, desapareciam uns 70% de pressão sobre os parlamentares, preocupados com a rejeição nos seus redutos eleitorais. As manifestações de rua, com forte participação de entidades de servidores públicos e professores, certamente ―desenharam‖ para o governo o estrago que poderia vir na votação. Está claro que a proposta não passaria incólume pelo Congresso. E nem seria o caso. Como foi dito na minha coluna desta semana no Estadão, ―Negociar ou desfigurar?‖ (http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,negociar-ou- desfigurar,7000170614), estava na hora de se iniciar uma conversa mais consequente entre as partes interessadas. Radicalismos contra e a favor das mudanças não levariam a nada – ou melhor, poderiam conduzir a um impasse. A questão, no momento, é saber se, pelos critérios divulgados pelo próprio governo, essa alteração no texto original deveria puxar a fila das concessões. Se é por questão de valores envolvidos, já se sabe que não são desprezíveis. No ano passado, o déficit da Previdência da União, Estados e municípios chegou a R$ 305 bilhões, ―amaciado‖ por um superávit de R$ 11 bilhões dos municípios. Os Estados entraram com quase R$ 90 bilhões nessa conta. Mas, talvez mais significativa do que a questão financeira, seja a da igualdade. Um dos argumentos repetidos à exaustão pelo governo para defender a reforma da Previdência era que ela viria para igualar os trabalhadores – obviamente com a transição necessária nos regimes especiais para não desrespeitar direitos já adquiridos. E esse recuo do Planalto está sendo visto como um passo na direção contrária. A proposta original já tinha produzido um ruído com a exclusão dos militares – as mudanças no seu regime vão ficar para um novo texto, que ainda estaria em negociação. Agora o ruído se amplia com a constatação de que haverá uma reforma concentrada nos trabalhadores do setor privado e nos servidores públicos da União. E, sabe-se lá outras tantas, ou até nenhuma – dependendo do cacife do governador — para servidores de Estados e Municípios. Sem contar outras eventuais exceções, por meio de emendas apresentadas à proposta original. Com a palavra, o governo: essa primeira mudança entra na categoria de ―negociação‖ ou ―desfiguração‖ da proposta do Planalto? VOLTAR Fonte: O Globo 22/03/2017 - Petrobras quer receber compensação do governo em petróleo Agência Nacional do Petróleo (ANP) deve divulgar relatório sobre cessão onerosa no fim deste mês Sede da Petrobras no Centro do Rio - Pedro Teixeira / Pedro Teixeira/ O Globo RIO - A Petrobras espera que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgue seu relatório em relação à cessão onerosa no fim de março. Em conversa com analistas devido à divulgação do resultado de 2016, Solange Guedes, diretora de Exploração e Produção da estatal, disse que a Petrobras pode pedir barris de petróleo em caso de ficar comprovado que tem recursos a receber do governo. A estatal adquiriu em 2010, por US$ 42 bilhões, o direito de produzir até cinco bilhões de barris durante o processo de capitalização. Esse direito de produção foi chamado de cessão onerosa. Na época, foi feita uma lei, que foi aprovada no Congresso. Esse contrato prevê uma reavaliação para as seis áreas da cessão onerosa, que foram declaradas comerciais entre dezembro de 2013 e dezembro de 2014. A discussão ocorre porque entre a época da capitalização e a declaração de comercialidade dos campos o preço do petróleo no mercado internacional apresenta forte queda, passando de cerca de US$ 90 para a faixa de US$ 50 por barril. Por isso, a Petrobras acredita que tem recursos a receber do governo. - A cessão onerosa é uma preocupação e um interesse grande nosso. O que temos de informação é que o relatório pode ser disponibilizado no fim de março ou início de abril. Isso é um ato extremamente relevante. Imediatamente a esse marco as partes envolvidas sentam na mesa para discutir a repactuação desse valor. Acreditamos ter crédito nessa renegociação. E podemos explorar a possibilidade, que ainda depende de ajuste legais, de ter volumes adicionais (de petróleo) aos contratados -disse Solange. VOLTAR