I SIMPÓSIO BRASILEIRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. DEZEMBRO DE 2002. SÃO PAULO/SP QUESTÕES AMBIENTAIS: AS EPIDEMIAS DE DENGUE NOS LEMBRAM OSVALDO CRUZ Edissa Maglioca Gonçalves e Raquel dos Santos B. Pereira Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo. Divisão de ações sobre o Meio Ambiente [email protected]úde.sp.gov.br Introdução: A atuação da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo nas questões relacionadas aos impactos ambientais e suas repercussões na saúde pública têm sido reconhecidas por vários setores da administração pública e da sociedade em geral. Por meio de um paralelo entre as epidemias de febre amarela, cólera, e malária, ocorridas na cidade do Rio de Janeiro no século XIX, e as epidemias de dengue atuais, pode-se concluir que o espaço urbano revela na sua organização a qualidade de vida que impõe a seus habitantes. Considerar os aspectos demográficos, culturais, sócio-econômicos etc. do espaço das cidades não é apenas essencial para a compreensão e prevenção de muitas doenças, mas também para subsidiar políticas públicas e elaborar estratégias de ação. Objeto: As epidemias de dengue nos grandes centros urbanos do Estado de São Paulo impõem atuação integrada dos órgãos competentes da Secretaria da Saúde do Estado para a implementação do Plano Nacional de Erradicação do Aedes aegypti (Aa), bem como o envolvimento de demais setores da administração pública e privada. Objetivo: Refletir a respeito das epidemias de dengue sob a óptica dos condicionantes sócio-ambientais das cidades e mostrar a necessidade de se abordar o problema por meio de ações que envolvam articulações intersetoriais e multiprofissionais, além de novas metodologias direcionadas para a identificação dos fatores de risco, das condições potenciais de risco e dos danos à saúde relacionados ao meio ambiente.