Ministério da Educação e do Desporto Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Departamento de Artes Área de Conhecimento Artes Cênicas PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO CURSO LICENCIATURA EM TEATRO Natal Rio Grande do Norte Dezembro de 2005 2 Ministério da Educação e do Desporto Universidade Federal do Rio Grande do Norte Projeto Político Pedagógico do Curso de Licenciatura em Teatro Reitoria Prof. José Ivonildo do Rêgo (Reitor) Prof. Nilsen Carvalho Fernandes de Oliveira Filho (Vice) Pró–Reitoria de Graduação Prof. Antônio Cabral Neto (Pró-Reitor) Prof. ª Mirza Medeiros dos Santos (Pró-Reitora Adjunta) Coordenação Didático-Pedagógica da Pró–Reitoria de Graduação Prof. ª Maria Lúcia Santos Ferreira da Silva Nostradamus de Medeiros Lins Maria Carmozi de Souza Gomes Diretoria do CCHLA Prof. Márcio Moraes Valença (Diretor) Prof. Ângela Maria Paiva Cruz (Vice) Chefia do Departamento de Artes Prof. Luciano César Bezerra Barbosa (Chefe) Prof. José Sávio Oliveira de Araújo (Vice) Coordenação do Curso de Educação Artística Prof.ª Maria Helena Braga e Vaz da Costa (Coordenador) Prof.ª Teodora de Araújo Alves (Vice) Comissão de Reforma Curricular do Curso de Licenciatura Plena em Educação Artística – Habilitação em Artes Cênicas da UFRN (1994 a 2003): Prof. José Sávio Oliveira de Araújo Prof. Lenilton Teixeira (Convidado Externo) Prof. Makarios Maia Barbosa Prof. Marcos Aurélio Bulhões Martins Prof.ª Sônia Maria de Oliveira Othon Prof.ª Vera Lourdes Pestana da Rocha Comissão de Elaboração do Projeto Político-Pedagógico do Curso de Licenciatura em Artes Cênicas Habilitação Teatro Prof. José Sávio Oliveira de Araújo Prof. Makarios Maia Barbosa Prof. Marcos Aurélio Bulhões Martins Prof. ª Sônia Maria de Oliveira Othon Prof. ª Teodora de Araújo Alves Prof. ª Andrea Copeliovitch 3 Dados gerais da Instituição de Ensino Superior Mantenedora: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CNPJ: 24.365.710/0001-83 ENDEREÇO: Av. Senador Salgado Filho, 3000 COMPLEMENTO: Campus Universitário – Lagoa Nova MUNICÍPIO: Natal UF: RN CEP: 59 078 - 970 TELEFAX: (84) 3215 3995 e-mail: [email protected] SITE INSTITUCIONAL: www.ufrn.br UNIDADE ACADÊMICA: CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES DEPARTAMENTO DE ARTES ENDEREÇO: Av. Senador Salgado Filho, 3000 COMPLEMENTO: Campus Universitário – Lagoa Nova MUNICÍPIO: Natal UF: RN CEP: 59 078 - 970 TEL.: (84) 3215 3554 FAX: (84) 3215 3550 e-mail: [email protected] home page: www.cchla.ufrn.br/deart 4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6 1.1 Apresentação ...................................................................................................... 6 1.2 Histórico e Diagnóstico do Vigente Curso de Licenciatura em Educação Artística .........................................................................................7 2. JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 13 3. PERFIL DO PROFISSIONAL LICENCIADO EM TEATRO............................ 15 4. OBJETIVOS ............................................................................................................. 18 4.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 18 4.2 Objetivos Específicos ......................................................................................... 18 5. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES .................................................................. 21 6. TÓPICOS DE ESTUDO BÁSICO E DE CONTEÚDO ....................................... 24 6.1 Estrutura Educacional da Organização de Curso ............................................... 26 6.2 Conteúdos Curriculares ...................................................................................... 28 7. COMPONENTES CURRICULARES ................................................................... 29 7.1 Núcleos de conteúdos-base distribuídos por níveis de formação ....................... 29 7.2 Disciplinas Obrigatórias ..................................................................................... 31 7.3 Disciplinas Complementares .............................................................................. 32 7.4 Atividades Acadêmico-científico-culturais ........................................................ 34 7.5 Estágio Curricular ............................................................................................... 34 7.7 Trabalho de Conclusão de Curso ....................................................................... 35 8. ESTRUTURA CURRICULAR ............................................................................... 36 8.1 Matriz curricular do Curso de Licenciatura em Teatro....................................... 36 8.2 Distribuição da Carga Horária e Duração do Curso ........................................... 39 9. INTERAÇÂO DA GRADUAÇÃO COM A PESQUISA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA .............................................................................................................. 40 10. METODOLOGIA .................................................................................................... 41 11. SISTEMA DE AVALIAÇÃO ................................................................................ . 44 11.2 Do Projeto Acadêmico ..................................................................................... . 44 11.1 Do processo de ensino-aprendizagem ................................................................ 45 12. CORPO DOCENTE .............................................................................................. . 47 12.1 Corpo Docente do Departamento de Artes ligado ao Curso de Licenciatura em Teatro................................................................................................................... . 47 5 12.1.1 Professores Efetivos da Área de Artes Cênicas................................................ 45 12.1.2 Professores Substitutos do Departamento de Artes em 2006........................... 45 12.2 Composição, qualificação, proposta de qualificação e carga horária ................. 47 13. INFRA-ESTRUTURA DO CURSO ...................................................................... ..49 13.1 Laboratórios de Artes e Informática.................................................................. . 49 13.2 Laboratórios Cênicos......................................................................................... . 49 13.3 Acervo Bibliográfico ........................................................................................ . 50 13.4 Funcionários ....................................................................................................... 60 14. CADASTRO DE DISCIPLINAS, ESTÁGIOS E ATIVIDADES................................61 6 1. INTRODUÇÃO 1.1. Apresentação Durante os últimos dez anos, os professores de Artes Cênicas da UFRN estiveram aprofundando uma discussão temática e processual na busca de um modelo pedagógico para essa área de conhecimento, em diálogo com os demais professores do Departamento de Artes, integrantes de outras áreas artísticas de conhecimento, e com professores de outros departamentos desta IES que compunham o ainda vigente currículo do curso de Educação Artística, bem como com especialistas de diversos centros brasileiros que estudam Artes Cênicas, as Artes em geral e a Educação para apresentar uma proposta de curso de graduação que, em sua constituição fundamental, estivesse em conexão com a contemporaneidade das Artes Cênicas. No momento atual, estamos propondo o Projeto Político-Pedagógico de criação do Curso de Licenciatura em Teatro. Num futuro próximo, temos como meta implantar o curso de Licenciatura em Dança, o que se justifica em virtude do Curso de Educação Artística – Habilitação Artes Cênicas –, ainda em vigência, ter concentrado sua produção de conhecimento nessas duas áreas específicas. A criação do Curso de Licenciatura em Teatro visa atender às recomendações legais das Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de graduação/MEC, em concordância com a nova Leis de Diretrizes e Bases (LDB) e com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Assim, objetivando atender igualmente à demanda da sociedade, a criação desse Curso em nível de 3º Grau vem contribuir para a melhoria, formação e informação dessa área de conhecimento – TEATRO – no Estado do Rio Grande do Norte, de modo a promover uma atualização das atividades educacionais e de conhecimento científico-cultural até então desenvolvidas no curso de licenciatura em Educação Artística, Habilitação Artes Cênicas. A Licenciatura em Teatro, ora apresentada nesse projeto, visa aprofundar e especificar sua 7 contribuição para o ensino de Teatro como área de conhecimento, ensino este ancorado em referenciais epistemológicos reconhecidos na contemporaneidade a partir dos estudos desenvolvidos pelos professores que os aplicam em seus projetos de qualificação. 1.2 Histórico e Diagnóstico do Vigente Curso de Licenciatura em Educação Artística – A idéia de implantação da Licenciatura em Educação Artística na UFRN surgiu por volta de 1975, quando o Professor Cláudio Augusto Pinto Galvão, docente do Departamento de História desta Instituição e membro do Conselho Estadual de Educação do Governo do Rio Grande do Norte, em contato com a nova legislação do ensino superior, apresentou ao então Reitor Domingos Gomes de Lima a proposta de criação dessa Licenciatura em Natal (RN). Em conseqüência desse fato, o Reitor designa, por meio da Portaria n. º 22 283, de 12 de agosto de 1975, uma comissão para estudar a viabilidade de implantação da Licenciatura em Educação Artística, bem como elaborar o seu plano curricular. Deste modo, a Licenciatura em Educação Artística da UFRN foi criada pela Resolução n.º 72/75-CONSEPE1, de 1º de agosto de 1975, e pela Resolução n.º 42/75-CONSUNI2, que levaram em consideração os projetos de criação de novos Cursos e Habilitações, a expansão das atividades de ensino da UFRN, o atendimento específico ao mercado de trabalho, o atendimento à demanda das políticas governamentais referentes à formação de recursos humanos e, mais especificamente, a habilitação de professores para o ensino de matérias definidas como obrigatórias pela Lei n.º 5692/71, de 11 de agosto de 1971. O atual Curso de Educação Artística – Habilitação Artes Cênicas –, está ligado ao Departamento de Artes, que disponibiliza disciplinas, infra-estrutura e corpo docente para a sua realização e também conta com a participação de disciplinas e de corpo docente de outras áreas. Sua 1 2 Na UFRN, Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. Na UFRN, Conselho Universitário 8 estrutura é multidisciplinar e dialoga com as áreas de Educação e Direito, ligadas ao CCSA Centro de Ciências Sociais Aplicadas; História, Letras, Ciências Sociais, Antropologia e Psicologia, ligadas ao CCHLA – Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Esse curso teve seu ato de reconhecimento oficializado pela Portaria Nº 490/80-MEC, de 18/09/1980, sendo atualmente oferecido no turno matutino, com duração média de nove semestres (mínimo sete, máximo quatorze), com oferta de 25 vagas para a entrada de alunos pelo Concurso Vestibular, no primeiro semestre de cada ano. O Perfil Profissional do aluno egresso do atual curso de Educação Artística com Habilitação em Artes Cênicas é o de Licenciado, apto a exercer atividades docentes na área de Educação Artística na educação básica, havendo a possibilidade de exercê-las igualmente na educação superior, atendidas as prerrogativas de qualificação exigidas para essa função. Esse profissional pode atuar também na supervisão e assessoramento de empreendimentos artísticos nas áreas de ensino, na comunicação e animação cultural, instituindo-se como seus locais de atuação as redes pública e privada de ensino. O Curso de Educação Artística, em todas as suas habilitações, foi planejado para realizar-se com duração curta e plena. Licenciatura Curta, para formar o professor do que hoje se denomina Primeiros Ciclos do Ensino Fundamental, e Licenciatura Plena, para o magistério nos últimos Ciclos do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, objetivando a preparação de professores qualificados para atender às redes pública e privada de ensino. No início da década de 1990, obedecendo ao conjunto de discussões dos profissionais da área de Arte (inclusive de décadas anteriores) e às deliberações da Comissão de Especialistas de Ensino de Artes e Design (CEEARTES) do Governo Federal, extinguiu-se na UFRN a Licenciatura Curta, passando a executar-se apenas a Licenciatura Plena, mantendo os mesmos objetivos de preparação de professores. 9 A partir de meados dos anos 1990, a Nova LDB, os PCN e os Referenciais de Formação de Professores do MEC recomendam a extinção do atual Curso de Educação Artística, levando em consideração o atendimento à demanda de políticas públicas referentes à formação de recursos humanos qualificados para atuarem na área de Arte no Ensino Básico e, ainda, tendo em vista os projetos de criação de novos cursos e habilitações, a expansão das atividades de ensino, extensão e pesquisa, ou seja, a retomada do crescimento acadêmico, também metas das três últimas administrações da UFRN. O Curso de Educação Artística foi estruturado em quatro habilitações: Artes Cênicas, Artes Plásticas, Desenho e Música. Entretanto, com base nas novas resoluções do Ministério da Educação e Cultura, estas habilitações devem dar lugar a novos cursos, quais sejam: licenciaturas em Música, Artes Visuais, Teatro e Dança (sendo que estas últimas serão, nesse projeto, identificadas na ênfase dada a cada habilitação que vier a integrar o Curso de Licenciatura em Artes Cênicas), inspiradas na nova LDB, quanto a que “o ensino de arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos” (LDB, 1996, art..., § 2º) e confiantes de que a União ficará incumbida de “estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum”( LDB, 1996, art. 9º, item IV). Com base nessa lei, foram desenvolvidos pelo Ministério da Educação os seguintes documentos no intuito de auxiliar a execução do ensino de nível básico: Referenciais Curriculares para a Educação Infantil (0 a 6 anos); Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental (Da 1a à 4a série – Ciclos Iniciais); 10 Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental (Da 5a à 8a séries – Ciclos Intermediários e Finais); Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Quanto ao ensino de nível superior, de acordo com o artigo 53, item II, a LDB atribui às universidades, no exercício de sua autonomia, a tarefa de “fixar os currículos dos seus cursos e programas, observadas as diretrizes gerais pertinentes”. Portanto, a Secretaria de Ensino Superior (SESU), em cooperação com as Comissões de Especialistas, elaborou os seguintes documentos, que foram posteriormente enviados ao Conselho Nacional de Educação para apreciação e aprovação: Diretrizes Curriculares para o Ensino Superior em Teatro, Música, Artes Visuais e Dança; Indicadores e padrões de qualidade para avaliação dos cursos de Graduação; e Diretrizes Curriculares Gerais para as Licenciaturas. As orientações contidas nos documentos acima referidos, além de fundamentarem a proposição de um novo projeto político pedagógico para a área de Artes Cênicas, atendem a um conjunto de críticas que vêm sendo formuladas acerca das distorções presentes no curso de Educação Artística – Habilitação Artes Cênicas, atualmente em vigor, e que, portanto, precisam ser corrigidas. Começando pela nomenclatura do curso, Educação Artística – Habilitação Artes Cênicas -, podemos identificar de imediato duas generalizações: a primeira, na ambigüidade da denominação “Educação Artística” que sugere uma licenciatura cuja capacitação ambiciona uma polivalência na formação deste profissional, que deveria, segundo tal caracterização, dominar os mais diversos campos e linguagens artísticas no exercício de sua atividade docente, ainda que lhe seja dada a prerrogativa de escolher uma habilitação específica, no caso, a habilitação Artes Cênicas. No âmbito dessa habilitação, uma segunda generalização se opera, pois o termo “Artes Cênicas” pode ser usado como área de abrangência para uma gama de linguagens cênicas como Teatro, Dança, 11 Performance, Circo, Mímica e Ópera, entre outras. No entanto, esta denominação, embora pretenda dar uma opção de especificidade ao aluno formado na já ambígua Educação Artística, não especifica em qual linguagem das Artes Cênicas o egresso deste curso estará apto para exercer as atribuições que a sua Licenciatura lhe outorga, sendo necessário especificar a ênfase da linguagem a ser trabalhada em cada habilitação. A pretensão de formar um licenciado capaz de exercer atividades docentes na ambígua área de Educação Artística - Artes Cênicas para a educação básica esbarra ainda na insuficiência de conteúdos curriculares que preparem esse aluno para lidar com as diferentes situações de ensino inerentes a cada um dos níveis de escolarização. Apenas as exigências específicas necessárias ao exercício docente nos 1º e 2º ciclos do ensino fundamental já exigiriam, dado o grande número de competências e habilidades necessárias para esse fim, uma carga horária de atividades e conteúdos específicos muito acima da que lhe é oferecida. Outra fragilidade do curso em vigência reside na forma como está organizado o processo seletivo para o ingresso de alunos na UFRN. O conjunto de provas que buscam aferir os conhecimentos, potencialidades e deficiências de um candidato, nas diversas áreas do conhecimento presentes no ensino fundamental, exclui a área fim Artes, a qual deveria constar entre os objetos de sua seleção para ingresso no curso de Educação Artística. Sem entrar nos méritos sobre a validade e eficiência do exame vestibular como processo seletivo, cabe ressaltar que esse instrumento de avaliação gera uma quantidade significativa de dados acerca dos candidatos que aspiram à formação num determinado campo profissional. Tais dados, em geral disponibilizados pelas comissões que realizam estes processos seletivos, podem orientar ações específicas a serem desenvolvidas nos primeiros semestres letivos de um curso de graduação no sentido de melhor suprir as deficiências e valorizar as potencialidades dos novos alunos. 12 Nessa perspectiva, o projeto político pedagógico que ora apresentamos poderá iniciar um amplo debate acerca da sugestão de incluir elementos avaliativos dos conteúdos específicos de Arte para os candidatos às vagas da Licenciatura em Artes Cênicas, Habilitação Teatro. Outro desafio a ser enfrentado em um processo de formação, reside em superar o caráter fragmentário que os sujeitos possam vir a ter das diferentes experiências e conhecimentos vivenciados ao longo de um curso de graduação. A desarticulação entre os conteúdos ministrados pelas diferentes disciplinas gera em todos os participantes de um projeto curricular, sejam eles alunos ou professores, uma visão extremamente fragmentada do processo, apontando para a necessidade de sistematização das experiências oferecidas pelas disciplinas e direcionando-as para a noção de totalidade, implícita numa visão de área e seu respectivo perfil profissional.3 Pode-se observar ainda, que essa desarticulação faz-se presente não apenas na visão global do curso, mas entre as disciplinas oferecidas num mesmo semestre letivo, uma vez que a organização curricular vigente no curso de Educação Artística da UFRN não dispõe de um eixo norteador de objetivos específicos inerentes a cada semestre letivo, o que dificulta ainda mais a adoção de práticas de planejamento pedagógico coletivo entre os professores e seus programas de trabalho. Quando muito, o único aspecto formal que busca estabelecer alguma relação entre as disciplinas é a adoção de pré-requisitos ao longo do fluxograma da grade curricular, prática esta que dificulta a flexibilização curricular e não atende às necessidades de desenvolvimento de atividades interdisciplinares. Este diagnóstico da situação em que se encontra o curso de Educação Artística aponta para a proposição de um novo projeto político pedagógico para a formação profissional em Artes Cênicas, revendo o perfil do egresso, as articulações entre os diversos conhecimentos que compõem a área, bem como as novas conjunturas para o exercício de sua docência. 3 Ver, em anexo, proposta de melhoria da graduação aprovada pela Plenária do DEART como adendo ao Plano Trienal de Atividades do Departamento de Artes e que teve como base os dados gerados pelo processo de Avaliação da Docência em 2005. 13 2. JUSTIFICATIVA Diante do exposto no Item 1.2, o projeto político pedagógico do curso de Licenciatura em Artes Cênicas – Habilitação Teatro apresenta-se como uma nova proposta para o ensino de Teatro na UFRN como objeto sócio-político-cultural, considerando as especificidades dessa área do conhecimento e as necessidades de aprimoramento das práticas didático-pedagógicas para o ensino de Teatro em nossa sociedade, com a consciência de que o mesmo: apresenta formato e conceituação garantidos na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB – brasileira; incorpora conteúdos e metodologias de ação referendados nos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs – (Ensino Fundamental e Médio); aponta objetivos, no que tange à estruturação de um currículo de Licenciatura, afinados com o que normatizam os Referenciais de Formação de Professores do MEC; sintoniza com a política da UFRN de melhoria da qualidade dos cursos de graduação. A Universidade - lugar privilegiado para a formação de professores, pesquisadores e produção do conhecimento - pode contribuir para o processo de criação de novos modos de convivência com os saberes e entre os povos, multiplicando essas idéias por meio da ação dos educadores que nela se formam. Nesse sentido, o curso de Licenciatura em Artes Cênicas – Habilitação Teatro - surge como mais um espaço onde o crescimento dos saberes torna legítimo o debate em torno das necessárias "transformações de mentalidades", dentro e fora da Universidade, alimentando uma cultura criativa transdisciplinar e multi-referencial. O projeto para a implantação do curso de Licenciatura em Artes Cênicas – Teatro – da UFRN reafirma o espaço da Arte na Universidade e na Educação Básica, atendendo a uma das exigências da política educacional brasileira mais recente, conforme observado na nova Lei de Diretrizes e Bases. O referido curso, voltado para a formação de docentes, tem como eixos 14 curriculares a linguagem do teatro como conhecimento e preparação de profissionais afinados com as dinâmicas sociais, epistemológicas, éticas e estéticas exigidas no contexto contemporâneo, de modo a superar as segregações entre as áreas de conhecimento, teoria e prática, ensino, pesquisa e extensão, ciência e cultura, arte popular e erudita, entre outras. 15 3. PERFIL DO PROFISSIONAL LICENCIADO EM TEATRO A Habilitação Teatro, da Licenciatura em Artes Cênicas, da UFRN, sintonizada com os campos de referências desta área, na atual conjuntura educacional e cultural brasileira, pretende formar profissionais com domínio dos conhecimentos do fenômeno teatral, de modo a compreender os processos cênicos e seus aspectos pedagógicos. Neste sentido, o curso pretende formar professores de teatro para a educação básica, em experiências de produção de conhecimentos cênicos, teatrais e educacionais, em que se reconheça o fazer artístico como práxis acadêmica. Deste modo, pode-se compreender que a vertente da formação profissional ensejada e especificada nesse documento contempla o ensino de Artes Cênicas e suas respectivas estruturas de conhecimento, comprometendo-se, no presente projeto político-pedagógico, com a formação do professor de Artes Cênicas com habilitação em Teatro. O campo de atuação desse profissional encontra-se prioritariamente na instituição escolar, mais especificamente no contexto da educação básica, porém não se restringe a esta, visto que as Artes Cênicas, como fenômeno educativo, transcende o espaço da escola, inserindo-se em outros espaços sociais no fomento da formação acadêmica, artística e cultural. Como área de conhecimento, as Artes Cênicas possuem muitas faces que se articulam e se complementam, estando elas relacionadas a diversos outros campos do saber como a Psicologia, a Antropologia, a Comunicação, a Filosofia, entre outros, sendo imprescindível a articulação com o campo de conhecimento da Pedagogia no caso da formação docente em Artes Cênicas. Nesse contexto, pretende-se formar um profissional que, além do domínio dos conhecimentos específicos da área, seja capaz de promover a articulação dos múltiplos saberes necessários à demanda do seu exercício profissional, inclusive aqueles advindos de suas vivências anteriores e extra-escolares, bem como do contexto social de seus alunos. 16 Inclui-se no seu perfil a compreensão das questões que envolvem o ensino das áreas específicas das Artes Cênicas e o exercício das capacidades de avaliar criticamente sua própria atuação e de interagir de forma cooperativa com a comunidade profissional, acadêmica e artística na elaboração de projetos e de investigações nesse campo do conhecimento. Considerando o pensamento pedagógico contemporâneo em Artes, faz-se importante destacar a formação de um profissional atento à promoção do conhecimento que articule o fazer artístico, a apreciação das obras de arte e a contextualização histórica e social das mesmas. Ademais, o professor da área de Artes Cênicas deverá estar comprometido com a educação especial, incorporando os princípios de uma pedagogia inclusiva, o que lhe exige a capacidade de estabelecer interfaces com profissionais de outras áreas e a compreensão dos limites e possibilidades de sua atuação como professor de Teatro nesse contexto multifacetado. O professor deverá estar igualmente preparado para uma educação voltada para a diversidade étnica da população brasileira, haja vista que ainda predomina uma educação eurocêntrica em detrimento, por exemplo, de saberes étnico-culturais das populações negra e indígena. A Habilitação Teatro é compreendida, nesta proposta, em atendimento ao Perfil Desejado do Formando, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Teatro, que aconselha que os cursos sejam capazes de promover uma “sólida formação ética, teórica, artística, técnica e cultural que capacitará alunos, tanto para uma atuação qualificada nos processos de educação (formais e não-formais), quanto à investigação de novas técnicas, metodologias de trabalho, linguagens e propostas estéticas” em Teatro. Assim, como parte integrante do perfil proposto, o aluno deverá ser capaz de buscar uma contínua atualização profissional, fazendo, inclusive, conexão de sua graduação com estudos de pós-graduação e pesquisa, para que, assim, possa acrescer novas práticas à constituição de repertórios e saberes dessa área do conhecimento, e ainda, renovar a produção de pesquisa, crítica e 17 espetáculos teatrais, bem como contribuir para a formação de platéias, contribuindo para a difusão de novas idéias no Ensino de Teatro em nosso Estado e no país. Anseia-se ainda que esse perfil de egresso esteja imbuído do respeito às matrizes sócio culturais do sujeito formado, à sua realidade de origem, às diferenças (de etnia, gênero, crença, classe, etc.); do amor à sua arte e ofício e da capacidade de praticar a não-violência, articulando processos de paz e desenvolvimento sustentável para seu universo de atuação. 18 4. OBJETIVOS 4.1. Objetivo Geral Formar professores de Artes Cênicas com habilitação em Teatro e, assim, consolidar essa área de conhecimento na UFRN de modo a materializar as condições reais para o encaminhamento de seus programas e projetos de trabalho (ensino, pesquisa e extensão), tornando o Curso de Licenciatura em Artes Cênicas - Habilitação Teatro - um eixo central de desenvolvimento de ações e estratégias de formação de profissionais competentes que possam dominar a linguagem teatral e suas práticas (poéticas e pedagógicas) e atuar na sociedade de modo crítico e construtivo. 4.2. Objetivos Específicos Formar professores no Curso de Licenciatura em Artes Cênicas - Habilitação Teatro em permanente coerência com a práxis da gestão do conhecimento contemporâneo e histórico dessa linguagem, em sintonia com o que preconiza a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB – brasileira; os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN – (Ensino Fundamental e Médio) e os Referenciais de Formação de Professores do MEC; implementar uma proposta de estudo do Teatro por meio de um currículo autoavaliativo, flexível, constituído de modo híbrido em blocos e disciplinas, estruturados em unidades mínimas de conteúdo e projetos específicos de trabalho; realizar o Curso de Licenciatura em Artes Cênicas – Habilitação Teatro – cumprindo uma carga horária total mínima de 2800 horas de estudos desdobradas em conteúdos curriculares de natureza científico-cultural, em estágio curricular supervisionado, em 19 atividades supervisionadas do ensino-aprendizagem e em atividades acadêmico-científicoculturais; efetivar um currículo mínimo de prática de estudos em conteúdos de natureza científico-cultural, distribuído em aulas presenciais, produção acadêmica e estudos orientados, cumprindo uma carga de 1800 horas de trabalho; dotar os licenciandos de uma formação fundada numa prática pedagógica real e eficaz, como componente curricular, sendo 400 horas destinadas à prática como componente curricular, vivenciada ao longo do curso e mais 400 horas destinadas a estágio curricular supervisionado em atividades regulares na educação formal e não-formal; efetivar a prática acadêmica do aluno em atividades acadêmico-científico-culturais necessárias à sua formação na Licenciatura – elaboração de monografia, produção estética, participação em eventos acadêmicos de fóruns regionais, nacionais e internacionais, publicação, entre outros –, cumprindo a carga horária de 200 horas do currículo obrigatório; instigar a busca de metodologias de formação em Teatro para professores, atores, encenadores, dramaturgos, diretores, cenógrafos, iluminadores, figurinistas, sonoplastas, entre outros agentes de construção da cena, por meio das linhas de pesquisa e de laboratórios pedagógicos, como o Laboratório de Encenação Teatral e o de Pesquisas e Estudos Teatrais, já em funcionamento, e os Laboratórios de Tecnologia Cênica e de Interpretação, ambos em fase de implantação, de modo a promover a formulação de uma identidade local para o estudo dessa linguagem; possibilitar a formação em Teatro em fluxo contínuo, partindo da preparação para a graduação, por meio de cursos e projetos de extensão universitária ao nível do ensino médio, e da graduação para a pós-graduação, pelo desenvolvimento regular das linhas de pesquisa; 20 garantir que o interesse pelo estudo das linguagens cênicas seja estimulado e aprofundado, permanentemente, por meio de estudos e do contínuo credenciamento qualitativo de suas respectivas habilitações; implementar políticas de formação acadêmica junto aos alunos da graduação, em grupos de estudo permanentes, como parte das atividades acadêmico-científico-culturais, e aos alunos da pós-graduação, inserindo-os nas linhas de pesquisa que se desenvolvem na Instituição, estimulando-lhes à iniciação científica, à prática docente e ao envolvimento em projetos extracurriculares de pesquisa e extensão universitárias; participar de políticas de formação continuada para a comunidade externa, por meio da extensão universitária – cursos e projetos – direcionada a ex-alunos desse curso, professores da educação básica; estimular a participação contínua e crescente de estudantes no meio acadêmico, otimizando o seu tempo de permanência nos cursos a partir da avaliação e gestão participativa de problemas da administração acadêmica – trancamento de disciplinas e de programa de curso, reprovações, a falta de conexão do aluno com os mecanismos de aprendizagem a que tem acesso, etc – o que, comprovadamente, implica a redução da evasão escolar; instaurar e manter um mecanismo de acompanhamento e avaliação contínua desse projeto de curso, de modo a promover uma atualização sistemática e rigorosa do conhecimento e de suas práticas ao longo de sua duração. 21 5. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A Licenciatura em Artes Cênicas – Habilitação Teatro – da UFRN possibilitará aos seus alunos processos de formação e experiências de ensino-aprendizagem tendo em vista as seguintes competências e habilidades: desenvolver práticas de construção coletiva do conhecimento, pautadas no respeito às diferenças de pensamento/opinião como atitudes fundamentais à convivência democrática; reconhecer a escola como lugar de socialização do conhecimento e de articulação de práticas culturais; identificar os sujeitos de uma ação educativa como sujeitos produtores de cultura, instrumentalizando-os como produtores de valores e significados culturais e investindo no diálogo entre diferentes formas culturais como parte de um amplo processo de troca, que envolve diferentes níveis de percepção da realidade cotidiana, da mais local e imediata à mais ampla e aparentemente distante. desenvolver a sistematização de experiências como parte do domínio pedagógico, explicitando meios e fins para uma prática educativa; participar de experiências investigativas que propiciem o acesso à pesquisa de ensino de teatro, de modo a aproximar essa produção das realidades sociais da sala-de-aula; atribuir relevância à formação continuada como parte de um processo permanente de atualização do conhecimento e de reflexão sobre a prática pedagógica; compreender o espetáculo como construto cultural, fenômeno de grupo, de etnia, classe e composto social; adquirir o domínio do corpo como matriz de subjetividades e principal possibilidade poética, expressiva e técnica da arte da cena, visando a vivência da arte cênica em sua dimensão mais individual na direção do coletivo; 22 conhecer a multiculturalidade e diversidade do fenômeno espetacular, suas mais significativas formas tradicionais, suas origens primitivas e suas variações na contemporaneidade como parte integrante da arte cênica; entender a linguagem teatral, suas especificidades e desdobramentos, inclusive conceitos e métodos fundamentais à reflexão crítica dos seus diferentes elementos; suscitar, coordenar e conduzir processos educacionais de conhecimento teórico e prático da linguagem teatral no exercício do ensino de teatro, tanto no âmbito formal como em vivências não formais desse ensino; adquirir a capacidade de auto-aprendizado contínuo, exercitando procedimentos de investigação, análise e crítica dos diversos elementos e processos da arte teatral; perceber na história do teatro as múltiplas formas de manifestação desse conhecimento nas diversas sociedades, apreendendo suas especificidades de acordo com as realidades conjunturais e tecnológicas; conhecer a arte do ator, exercitando sua contemporaneidade e compreendendo as especificidades (continuidades e rupturas) dessa arte no desenvolvimento de técnicas e poéticas no percurso histórico do teatro; conhecer encenação e produção de espetáculos teatrais, bem como suas tecnologias; conhecer dramaturgia e literatura dramática, bem como suas semiologias; conhecer cenografia e construção de elementos cênicos, bem como a arquitetura e as tecnologias da arte teatral e do espetáculo; dominar códigos e convenções próprios da linguagem do teatro na realização de práticas poéticas e pedagógicas dessa arte; dominar a voz, sua constituição fisiológica e cultural, bem como suas expressividades para o uso/aplicação no teatro; 23 compreender a preparação do ator, a construção de personagens e a criação de papéis, bem como as práticas pré-expressivas e a improvisação teatral como instrumental prático para o teatro; compreender o uso do espaço e do tempo na composição teatral; conhecer os princípios gerais de educação e dos principais processos pedagógicos referentes à aprendizagem e ao desenvolvimento do ser humano como subsídios para o trabalho educacional aplicado às artes cênicas em suas manifestações específicas; compreender a realidade e as diversas formas de materialização da linguagem humana como objeto referente à compreensão do teatro e de suas possibilidades pedagógicas. desenvolver senso de cidadania e inclusão social desenvolver a conscientização de seu papel social transformador desenvolver sua sensibilidade para a compreensão das diferentes realidades sociais nas quais um professor pode atuar. 24 6. TÓPICOS DE ESTUDO BÁSICO E DE CONTEÚDO São os seguintes os tópicos básicos de conteúdo que perpassam essa proposta de Curso de Licenciatura em Artes Cênicas – Habilitação Teatro: Artes Cênicas: estudo de manifestações artísticas cujo sistema de representação ocorre por meio de uma cena, uma experiência espetacular mediada na presença física de um agente cênico que, usando suas linguagens e habilidades corporais, desenvolve uma ação diante do espectador, de modo que esse objeto artístico dependa dessa relação e cesse quando um desses elementos é suprimido; Educação: estudos científicos, técnicos e políticos do conhecimento e do processo educativo no conjunto contraditório das relações sociais, como condição de capacitação de agentes das práticas pedagógicas, realizáveis no interior da escola ou fora dela, a partir de dinâmicas de ensino e aprendizagem, que se organizam através das necessidades do sistema de ensino brasileiro, em defesa dos princípios da educação pública e de qualidade; Teatro - estudo dos mecanismos de proposição da arte teatral como arte cênica, suas argumentações e derivações, tendo em vista a construção de uma prática poética e a condução de processos de ensino e aprendizagem; Pedagogias do Teatro - sistema de condução da prática didática fundamental ao Teatro e ao seu conhecimento (construção, apreensão, produção etc.), desenvolvendo no Curso, sob orientação acadêmica, uma prática escolar, um exercício docente supervisionado e um estágio curricular, processos de ensino e aprendizagem de qualidade, eficácia e coerência; Transversalidades: condição de refletividade teórico-prática de conteúdos e dinâmicas de ensino e aprendizagem, com vistas à abordagem de áreas transversais de conhecimento, necessárias à formação do agente pedagógico para as artes cênicas; 25 Estudos Culturais – diálogo permanente entre as áreas de conhecimento teatral e pedagógico do curso, articulando os estudos culturais, os estudos pós-estruturalistas e os estudos pós-colonialistas, com bases na teoria crítica, nas ciências sociais, na política, na antropologia, na comunicação, na história, na psicologia, nas letras, na semiologia, na filosofia, entre outras, de modo a atender às dimensões políticas e contemporâneas da produção e crítica do conhecimento; Estética – diálogos permanentes ao longo da formação do profissional do ensino de teatro com ênfase nas estéticas (do espetáculo, do espetacular, do teatro, das artes no contemporâneo), nas antropologias e etnologias que formam esse conhecimento, na história geral da arte, história do teatro e nas sub-áreas de conhecimento teatral – dramaturgia, encenação, atuação, pedagogias da poética teatral, tecnologias de cena; Tecnologia – processos de formação de profissionais que demonstram domínio dos meios de composição técnica de sua arte (práticas poéticas, teóricas, técnicas): práticas poéticas, processos de realização da arte teatral (projetos específicos e conjunturais), envolvendo o aluno em fazeres sistematizados; práticas teóricas – estudos metodológicos das bases conceituais clássicas e contemporâneas do teatro e de suas pedagogias, atualizando a formação do aluno no ambiente acadêmico, favorecendo uma produção intelectual na área, ou seja, a reflexão crítica de sua prática revertida para o exercício da produção científica orientada (monografias, artigos, etc.); 26 práticas técnicas – fundamentação e experimentação técnica para o exercício de criação, desenvolvimento e apresentação do objeto poético-pedagógico. Para tanto, busca-se harmonizar as práticas de trabalho da graduação com as práticas da pesquisa pensadas a partir do PQI – Artes, para uma futura pós-graduação em Artes, que comporte as Artes Cênicas e as Artes Visuais como áreas de conhecimento preferenciais em que se distingam as seguintes linhas de pesquisa: Processos de Encenação e Pedagogias do Teatro; Teatro e Espetacularidade no Contemporâneo; Corpo, Arte e Educação; Artes Visuais, Cultura e Representação. 6.1. Estrutura educacional de organização de curso Busca-se, na presente proposta de curso, um modelo didático que possibilite a interdisciplinaridade como exercício de construção político-pedagógica do conhecimento, calcado na multirreferencialidade como caráter de fundamentação e discussão teórica. Neste sentido, propomos a seguinte estrutura educacional de organização e oferta de componentes curriculares no fluxo do curso, em que se destaquem os seguintes instrumentos didáticos: 1. Núcleos de conteúdos base – forma de realização da interdisciplinaridade, a partir do que definem as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação, que nessa proposta aparece como a organização temática dos componentes curriculares (disciplinas, atividades complementares, práticas pedagógicas, etc.) necessárias à construção de conhecimentos pelo aluno no período letivo. Os Núcleos são estruturas determinantes da relação do nível escolar do aluno com a matriz curricular do curso e 27 são formados por campos específicos de conhecimentos, obedecendo às necessidades pedagógicas do conteúdo que os definem; 2. Disciplinas – unidades mínimas de conteúdo curricular (campos teóricos, práticas didáticas, experimentações etc.) organizadas em núcleos de conteúdos base (de ensino e aprendizagem), obedecendo ao regime acadêmico de oferta disciplinar da UFRN (código, créditos, carga horária, etc.), que podem ser obrigatórias, cumprindo exigências institucionais, ou complementares, possibilitando ao aluno flexibilidade nos seus campos de conteúdo de formação a fim de realizar um perfil profissional específico; 3. Atividades acadêmico-científico-culturais – práticas de complementação curricular realizadas paralelamente ao fluxo didático-pedagógico do curso para efetivar o exercício das habilidades e competências do aluno, adquiridas, inclusive, fora do ambiente escolar. Essas atividades são mecanismos curriculares de ampliação do campo de formação do aluno, recomendadas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, realizáveis em projetos de pesquisa e extensão, dentre outras possibilidades; 4. Práticas como componentes curriculares – práticas de instrumentalização pedagógica do licenciando em Artes Cênicas – Habilitação Teatro – realizadas no âmbito do ensino, sob a forma de práticas flexíveis em articulação intrínseca com os núcleos temáticos de aprendizagem, as disciplinas e o estágio curricular supervisionado, a fim de dar conta dos múltiplos modos de ser da atividade acadêmico-científica, iniciando-se desde o primeiro semestre letivo do processo formativo do aluno de Teatro e estendendo-se ao longo do curso; 5. Estágio curricular supervisionado – atividade obrigatória, diversificada (planejamento, ensino, gestão educacional, supervisão acadêmica, etc.), voltada para uma efetivação de caráter processual da formação do graduando como professor de Teatro e para a implementação de condições de um desempenho profissional de 28 qualidade, possibilitando, especialmente, a avaliação continuada do rendimento acadêmico do curso. 6.2. Conteúdos curriculares Como aparato conceitual, esperamos que em sua atuação profissional o formando no Curso de Licenciatura em Artes Cênicas – Habilitação Teatro – da UFRN tenha contato construtivo com os seguintes campos do conhecimento teatral e educacional: corpo – compreendido aqui como composto cênico vivo, síntese subjetiva materializada em ação espetacular, capaz de ocupar ativamente o espaço da narrativa teatral, desdobrando-se em múltiplos discursos e significados, bem como práticas e aportes da cultura de onde provém o indivíduo/cena; espaço – dimensão física reconhecida como possibilidade espetacular da percepção e da construção de discursos cênicos e teatrais, lugar e linguagem da cena, bem como suas arquiteturas, tecnologias e elementos significantes e constitutivos (luz, ritmo, melodia, harmonia, imagem, cor, textura, suporte, matriz sociocultural, entre outros); texto – síntese significante da ação cênica, motivação, matéria sensível e transcurso narrativo da obra teatral, campo de manifestação da subjetividade e da razão do drama; o drama; pedagogia – episteme da educação e processo pelo qual se dá a construção e aquisição dos saberes, das culturas, da arte, da vida, do conhecimento. 29 7. COMPONENTES CURRICULARES 7.1 Núcleos de conteúdos-base distribuídos por níveis de formação: 1º Nível – A experiência cênica e suas manifestações Discutir diferentes concepções do cênico, promovendo ao coletivo de alunos e alunas experiências prático-teóricas de reconhecimento dos fenômenos do espetáculo, presentes em seus contextos socioculturais e em outros contextos circundantes, em trânsitos epistemológicos para um entendimento da cena como unidade elementar dos acontecimentos cênicos, em que se compreenda o corpo cênico como possibilidade actante e manifestação crítico-criativa, tendo o jogo como fenômeno coletivo e simbólico de produção de conhecimento. 2º Nível – Cena: cultura e poética Análise, contextualização e síntese das práticas cênicas, problematizando conceitos e identificando os elementos básicos articuladores da cena e das práticas educacionais, construindo conhecimentos sobre e em torno da cena teatral, partindo de referenciais não etnocêntricos de compreensão da ação dramática como condição para o desenvolvimento da poética cênica, referenciando-se nas transdisciplinaridades pertinentes aos estudos culturais. 3º Nível – Elementos do Teatro Possibilitar aos sujeitos da ação teatral a compreensão de suas relações com a construção pedagógica da cena, a partir do domínio dos conteúdos introdutórios em dramaturgia, atuação e cenografia, em suas especificidades histórico-culturais e em práticas interdisciplinares, de modo a favorecer a aprendizagem desses elementos da encenação teatral como pedagogias teatrais, ou 30 seja, práticas transversais que organizam e encaminham os referidos conteúdos em dinâmicas crítico-criativas do teatro como conhecimento. 4º Nível – Elementos da Encenação Teatral Clássica Construir experiências teatrais, investigando diferentes concepções de organização dos elementos da encenação teatral, a partir dos referenciais clássicos, dividida nas fases: preparação, pesquisa, composição, ensaio e apresentação pública dos resultados, por meio da aplicação crítica das pedagogias teatrais, abordando a dramaturgia, a atuação e a cenografia, como conteúdos específicos da encenação clássica. 5º Nível – Elementos da Encenação Teatral Moderna Estudar e produzir escrituras cênicas, vivenciando pedagogicamente o teatro como meio de produção de discursos sobre visões de mundo, com bases nas pedagogias teatrais, como práticas transversais que organizam e encaminham os conteúdos da dramaturgia, da atuação e da cenografia, em dinâmicas interdisciplinares que garantam as especificidades de cada um destes conteúdos como elementos fundantes da encenação teatral moderna. 6º Nível – Pedagogia da Encenação Teatral Estudos da encenação teatral considerando as variáveis relacionais produzidas no contexto sócio-político onde se organiza, fazendo uso dos conhecimentos de dramaturgia, atuação e cenografia, pautados na reiteração do sentido crítico do teatro como pedagogia. 7º Nível – Encenação, pedagogia, pesquisa e ação cultural Desenvolver projeto de investigação teatral, sistematizando sua fundamentação, organização metodológica e proposta estética, de forma que as pedagogias teatrais sejam reconhecidas como 31 práticas transversais que organizam e encaminham os conteúdos e dinâmicas da encenação teatral como pedagogia, como pesquisa e como ação cultural. 8º Nível – Pedagogia do Teatro e ação cultural Desenvolver projeto de pesquisa investigando um determinado campo de atuação das práticas teatrais, dando ênfase ao valor de transversalidades das pedagogias teatrais, de modo a favorecer compreensão da indissolubilidade dessas pedagogias com as ações culturais a elas pertinentes, na forma de organização dos conteúdos propiciada pela encenação teatral. 9º Nível – Pedagogia do Teatro e Teatro na Educação Prática pedagógica efetiva, realizada em dinâmica educacional, prática cênica, realizada em processo teatral e reflexão crítico-teórica sobre as estas práticas desenvolvidas neste nível e durante todo o curso. Espera-se que esta reflexão seja encaminhada em formato textual, como parte final do processo da encenação. 7.2. Disciplinas obrigatórias ART0200 ART0201 ART0203 ART0204 ART0206 ART0207 ART0208 ART0209 ART0211 ART0212 ART0213 ART0214 EDU0680 EDU0681 EDU0682 EDU0683 Jogo e Cena I Jogo e Cena II História do Teatro I História do Teatro II Dramaturgia I Atuação I Atuação II Cenografia I Encenação I Encenação II Encenação III Encenação IV Fundamentos Sócio-Filosóficos da Educação Fundamentos da Psicologia da Educação Organização da Educação Brasileira Didática X X X X X X X X X X X X 04 04 04 04 04 04 04 04 08 08 08 08 04 04 04 04 60 60 60 60 60h 60h 60h 60h 120h 120h 120h 120h 60 60 60h 60h EDU0680 EDU0680 - - 32 7.3 Disciplinas complementares Código ART0202 Nome JOGO E CENA III Créditos 04 Carga Horária 60H ART0205 HISTÓRIA DO TEATRO III 04 60h ART0210 ART0215 CENOGRAFIA II HISTÓRIA DO TEATRO BRASILEIRO 04 04 60h 60h ART0216 ESTUDOS CULTURAIS DO TEATRO 04 60h ART0217 ART0218 ART0219 CONSCIENTIZAÇÃO CORPORAL PEDAGOGIA DO CORPO TÉCNICA E ESTÉTICA DA DANÇA 04 04 60h 60h ART0220 DANÇA NO RN 04 60h ART0221 TÓPICOS ESPECIAIS EM DANÇA 04 60h ART0222 04 60h ART0223 ART0224 ELEMENTOS DE TREINAMENTO PRÉEXPRESSIVO O TEXTO NA CENA ANÁLISE DAS FORMAS ESPETACULARES 04 04 60h 60h ART0225 ESTÉTICA TEATRAL ART0226 ART0227 ART0228 ART0229 ART0230 ART0231 APRECIAÇÃO CRÍTICA DO ESPETÁCULO ARQUITETURA E TECNOLOGIA TEATRAL MÚSICA NA CENA I MÚSICA NA CENA II ILUMINAÇÃO CÊNICA PREPARAÇÃO VOCAL I 04 04 02 02 04 04 60h 60h 30h 30h 60h 60h ART0232 COM0090 FIGURINO E MAQUIAGEM SEMIÓTICA DA COMUNICAÇÃO 04 04 60h 60h DAN0001 ANTROPOLOGIA I 04 60h DAN0018 CULTURA BRASILEIRA 04 60h DAN0029 DAN0114 ANTROPOLOGIA E IMAGEM CULTURA POPULAR 04 04 60h 60h DAT0110 DAT0111 DAT0112 DAT0113 DAT0114 DAT0116 DESENHO EM COMPUTADOR I DESENHO EM COMPUTADOR II HISTÓRIA DAS ARTES I HISTÓRIA DAS ARTES II HISTÓRIA DAS ARTES III TÓPICOS DE PESQUISA EM ARTES 04 04 04 04 04 04 60h 60h 60h 60h 60h 60h DAT0129 DAT0130 CINEMA I CINEMA II 04 60h DAT0131 DAT0134 DAT0137 EDU0587 TV E VÍDEO DESENHO EM COMPUTADOR III HISTÓRIA DA ARTE NO BRASIL E NO RN INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO ESPECIAL 04 04 04 04 04 04 04 60h 60h 60h 60h 60h 60h 60h 33 FIL0001 FILOSOFIA I 04 60h FIL0520 FILOSOFIA DA CULTURA 04 60h FIL0701 LET0055 ESTÉTICA FILOSÓFICA FUNDAMENTOS DA LITERATURA OCIDENTAL 04 04 60h 60h LET0084 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS I 06 90h LET0085 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS II 06 90h MUS0409 MUS1210 MÚSICA POPULAR BRASILEIRA I CANTO COMPLEMENTAR I 02 02 30h 30h MUS2401 HISTÓRIA DA MÚSICA 04 60h MUS3030 FOLCLORE MUSICAL 04 60 34 7.4 Atividades Acadêmico-Científico-Culturais Participação dos alunos em atividades escolares que sedimentem aspectos de sua formação pedagógica na prática acadêmica, escolar, cultural e sócio-política: apreciação crítica de espetáculos cênicos; cursos e estágios não-obrigatórios aprovados pelo colegiado de curso; experiência docente, como monitoria e acompanhamento de processos pedagógicos e participação em projetos de iniciação científica e na vida acadêmica; experiência em órgãos colegiados ligados à produção cultural do município e/ou do estado; experiências em instâncias e colegiados da instituição universitária; montagens cênicas e teatrais durante o curso; participação em projetos de extensão universitária com as dinâmicas comunitárias. 7.5 Estágio Curricular O Estágio Curricular é uma atividade que será realizada pelos alunos da Habilitação Teatro com vistas à vivência geral de funcionamento escolar, em prática permanente e contínua, tendo a vivência em sala de aula como prioridade, sem desconsiderar dinâmicas educacionais que circundam a prática didática, como a gestão e a supervisão educacional, entre outras. O Estágio em Teatro deverá acontecer sob o acompanhamento sistemático de orientadores – professores do Departamento de Artes –, e sob a responsabilidade da Coordenação Pedagógica das Licenciaturas do Departamento de Educação da UFRN. CÓDIGO DISCIPLINA PRÉ-REQUISITO HORAS ESTÁGIO CURRICULAR I EDU0584 100 ESTÁGIO CURRICULAR II ESTÁGIO CURRICULAR I 100 ESTÁGIO CURRICULAR III ESTÁGIO CURRICULAR II 100 ESTÁGIO CURRICULAR III ESTÁGIO CURRICULAR II 100 35 7.6 Trabalho de conclusão de curso As alunas e alunos do Curso de Licenciatura em Artes Cênicas – Teatro cumprirão disciplinas obrigatórias e complementares, bem como atividades comunitárias de formação acadêmicas, além de práticas supervisionadas de ensino e estágios curriculares, computando uma carga horária total de 2800 horas. Ao final do curso, espera-se que este alunado apresente um rendimento significativo em múltiplas áreas da formação nas pedagogias do teatro. Para tanto, almeja-se com o presente projeto Político-Pedagógico que a principal vivência do curso – elemento curricular a conferir qualidade técnico-científica à formação desse alunado –, deva ser a sua prática como encenador e como pedagogo, desenvolvida no percurso da licenciatura por meio das diversas práticas cênicas. Nesse sentido, pretende-se que o trabalho de finalização do curso apresente, em linhas bem definidas e com fundamentação teórica, o resultado de todas as vivências do curso, especialmente das Encenações e dos Estágios Curriculares realizados ao final do curso, daí a escolha do formato de um relatório apresentado à disciplina Encenação IV, para dar espaço à reflexão crítico-teóricocientífica e à consciência acadêmica da graduação como processo inicial de uma formação interminável. Dessa forma, este relatório deverá ainda favorecer vivências de elaboração de projetos, de redação dissertativa, de qualificação temática e de defesa pública dos resultados dos trabalhos realizados, abrindo, assim, espaço para o planejamento de uma pós-graduação em diversos níveis para os formandos. 36 8. ESTRUTURA CURRICULAR 8.1 Matriz curricular do Curso de Licenciatura em Artes Cênicas – Habilitação: Teatro UFRN CENTRO: CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES Curso: Artes Cênicas Turno: ( X )M ( )T ( )N ( )MT ( )MN ( )TN ( )MTN Cidade: Natal Modalidade: ( )Bacharelado ( X )Licenciatura ( )Formação ( )Tecnólogo Habilitação: Teatro Currículo: 01 Semestre de ingresso pelo Vestibular: 1º ( X ) Vagas: 25 2º ( ) Vagas: ___ EXIGÊNCIAS PARA INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR OBRIGATÓRIAS DISCIPLINAS CRÉDITOS (CR) C. HORÁRIA (CH) Aula Lab Aula Lab 50 30 750 450 Total CR (A + L): Total CH (I): (A + 80 1200 L): ATIVIDADES (CH II) Estágio Outras 400 320 COMPLEMENT. DISCIP./ATIVID. CARGA HORÁRIA TOTAL CH (III) 960 (CH)(I + II + III) Total CH (II): (E + O) 720 2880 MÁXIMO 14 DURAÇÃO DO CURSO (EM SEMESTRES) MÉDIO 09 MÍNIMO 08 MÁXIMO - LIMITE DE CRÉDITOS POR SEMESTRE IDEAL - MÍNIMO - ESTRUTURA CURRICULAR 1º SEMESTRE – A experiência cênica e suas manifestações Código ART0200 ART0203 EDU0680 - DISCIPLINA/ATIVIDADE Jogo e Cena I História do Teatro I Fundamentos Sócio-Filosóficos da Educação Complementar I – Quadro I Complementar II – Quadro II Obr CR CH Requisito Co/Pré X X X 04 04 04 04 04 20 60 60 60 60 60 300h - - OBR CR CH Requisito Co/Pré X X X 04 04 04 04 04 20 60 60 60 60 60 20h 320h - - 2º SEMESTRE – Cena: cultura e poética Código ART0201 ART0204 EDU0681 ART0993 DISCIPLINA/ATIVIDADE Jogo e Cena II História do Teatro II Fundamentos da Psicologia da Educação Complementar III – Quadro I Complementar IV – Quadro II Atividades Acadêmico/Científico/Culturais I X 37 3º SEMESTRE – Elementos do Teatro Código ART0207 ART0206 EDU0682 ART0994 DISCIPLINA/ATIVIDADE Atuação I Dramaturgia I Organização da Educação Brasileira Complementar V – Quadro I Complementar VI – Quadro II Atividades Acadêmico/Científico/Culturais II OBR CR CH Requisito Co/Pré X X X 04 04 04 04 04 20h 60h 60h 60h 60h 60h 30h 330h - - X 4º SEMESTRE – Elementos da Encenação Teatral clássica Código DISCIPLINA/ATIVIDADE ART0208 ART0209 EDU0683 ART0995 Atuação II Cenografia I Didática Complementar VII – Quadro I Complementar VIII – Quadro IV Atividades Acadêmico/Científico/Culturais III OBR CR CH Requisito Co/Pré X X X 04 04 04 04 04 20 60h 60h 60h 60h 60h 30h 330h - - X 5º SEMESTRE - Elementos da Encenação Teatral moderna Código ART0211 EDU0087 ART0996 OBR CR CH Requisito Co/Pré Encenação I Complementar IX – Quadro 2 ou 4 Complementar X – Quadro 3 Estágio Supervisionado I (Licenciatura em Artes DISCIPLINA/ATIVIDADE X 08 04 04 - 120h 60 60 100h EDU0683 Pré Atividades Acadêmico/Científico/Culturais IV X 16 30h 370h - - Cênicas – Hab. Teatro) X 6º SEMESTRE – Pedagogia da Encenação Teatral Código ART0212 EDU0088 ART0997 DISCIPLINA/ATIVIDADE OBR CR CH Requisito Co/Pré X 08 04 04 - 120h 60h 60h 100h EDU0087 Pré 16 30h 370h - - Encenação II Complementar XI – Quadro 3 Complementar XII – Quadro 1, 2 ou 4 Estágio Supervisionado II (Licenciatura em Artes X Atividades Acadêmico/Científico/Culturais V X Cênicas – Hab. Teatro) 7º SEMESTRE – Encenação, Pedagogia,Pesquisa e Ação Cultural Código ART0213 EDU0089 ART0998 OBR CR CH Requisito Co/Pré Encenação III Complementar XIII – Quadro 1 ou 3 Complementar XIV – 2 ou 4 Estágio Supervisionado III (Licenciatura em Artes DISCIPLINA/ATIVIDADE X 08 04 04 - 120h 60h 60h 100h EDU0088 Pré Atividades Acadêmico/Científico/Culturais VI X 16 30h 370h - - Cênicas – Hab. Teatro) X 8º SEMESTRE – Pedagogia do Teatro e Ação Cultural Código ART0214 EDU0090 ART0999 OBR CR CH Requisito Co/Pré Encenação IV Complementar XV – Quadro 1 ou 3 Complementar XVI – Quadro 2 ou 4 Estágio Supervisionado IV (Licenciatura em Artes DISCIPLINA/ATIVIDADE X 08 04 04 - 120h 60h 60h 100h EDU0089 Pré Atividades Acadêmico/Científico/Culturais VII X 16 30h 370h - - Cênicas – Hab. Teatro) X 9º SEMESTRE – Pedagogia do Teatro e Teatro na Educação Código ART0992 DISCIPLINA/ATIVIDADE Trabalho de Conclusão de Curso OBR CR CH Requisito Co/Pré X - 120h - - 38 DISCIPLINAS COMPLEMENTARES QUADRO 1 – Disciplinas de Teoria Básica Código Nome Créditos Carga Horária DAT0112 DAT0113 DAT0114 DAT0137 04 04 04 04 60h 60h 60h 60h 04 60h VI DAN0001 HISTÓRIA DAS ARTES I HISTÓRIA DAS ARTES II HISTÓRIA DAS ARTES III HISTÓRIA DA ARTE NO BRASIL E NO RN TÓPICOS DE PESQUISA EM ARTES ANTROPOLOGIA I Semestre de preferência I II III II 04 60h VII DAN0114 CULTURA POPULAR 04 60h I DAN0018 CULTURA BRASILEIRA 04 60h III FIL0001 FILOSOFIA I 04 60h IV FIL0520 FILOSOFIA DA CULTURA 04 60h VIII LET0055 FUNDAMENTOS DA LITERATURA OCIDENTAL HISTÓRIA DO TEATRO BRASILEIRO ESTUDOS CULTURAIS DO TEATRO HISTÓRIA DA MÚSICA 04 60h VI 04 60h I 04 60h IV 04 60h II 04 60h IV ART0205 INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO ESPECIAL HISTÓRIA DO TEATRO III 04 60h III MUS3030 FOLCLORE MUSICAL 04 60 VIII DAT0116 ART0215 ART0216 MUS2401 EDU0587 Código ART0217 QUADRO 2 – Disciplinas de Práticas Corporais Cênicas Créditos 04 Carga Horária 60h I 04 04 60h 60h II VII ART0220 Nome CONSCIENTIZAÇÃO CORPORAL PEDAGOGIA DO CORPO TÉCNICA E ESTÉTICA DA DANÇA DANÇA NO RN 04 60h VIII ART0231 PREPARAÇÃO VOCAL I 04 60h VI ART0221 04 60h VIII 04 60h V MUS1210 TÓPICOS ESPECIAIS EM DANÇA ELEMENTOS DE TREINAMENTO PRÉEXPRESSIVO CANTO COMPLEMENTAR I 02 30h VII ART0202 JOGO E CENA III 04 60H III Código Nome Créditos Carga Horária ART0224 ANÁLISE DAS FORMAS ESPETACULARES ANTROPOLOGIA E IMAGEM ESTÉTICA FILOSÓFICA ESTÉTICA TEATRAL APRECIAÇÃO CRÍTICA DO ESPETÁCULO O TEXTO NA CENA 04 60h Semestre de preferência VII 04 04 04 04 60h 60h 60h 60h VIII V V VI 04 60h VI ART0218 ART0219 ART0222 DAN0029 FIL0701 ART0225 ART0226 ART0223 QUADRO 3 – Disciplinas de Apreciação e Crítica 39 COM0090 LET0084 LET0085 Código ART0230 DAT0129 DAT0130 DAT0131 DAT0110 DAT0111 DAT0134 ART0227 ART0232 MUS0409 ART0228 ART0229 ART0210 SEMIÓTICA DA COMUNICAÇÃO LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS I LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS II 04 60h VIII 06 90h VII 06 90h VIII QUADRO 4 – Disciplinas de Tecnologias e Conhecimentos Específicos em Artes Nome Créditos Carga Horária ILUMINAÇÃO CÊNICA CINEMA I CINEMA II TV E VÍDEO DESENHO EM COMPUTADOR I DESENHO EM COMPUTADOR II DESENHO EM COMPUTADOR III ARQUITETURA E TECNOLOGIA TEATRAL FIGURINO E MAQUIAGEM MÚSICA POPULAR BRASILEIRA I MÚSICA NA CENA I MÚSICA NA CENA II CENOGRAFIA II 04 04 04 04 04 60h 60h 60h 60h 60h Semestre de preferência VI IV V VI VI 04 60h VII 04 60h VIII 04 60h IV 04 02 60h 30h VIII IV 02 02 04 30h 30h 60h VII VIII V 8.2 Distribuição da carga horária e duração do Curso Considerando as recomendações das Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação docente, o Curso de Licenciatura Artes Cênicas – Habilitação: Teatro terá como tempo mínimo 9 (nove) períodos (níveis de aprendizagem), distribuídos em semestres letivos, cumprido em um total de quatro anos e meio de realização, computando uma duração mínima de 2800 horas, das quais: a) 2.000 horas destinadas para a execução das atividades científico-acadêmicas: 1.800 horas dedicadas às atividades clássicas de Ensino/Aprendizagem em sala de aula (disciplinas obrigatórias e complementares); 200 horas para as Atividades Acadêmico-Científico-Culturais, outras formas de enriquecimento didático, curricular, científico e cultural; b) 400 horas destinadas para a Prática Como Componente Curricular, distribuídas em todas as atividades de ensino do curso; c) 400 horas destinadas para o Estágio Supervisionado. 40 Obedecendo a legislação universitária em vigor, que reza sobre Integralização Curricular, o curso poderá ser cumprido em tempo máximo de sete anos. 9. INTERAÇÃO DA GRADUAÇÃO COM A PESQUISA E A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA É fator determinante na proposição deste Projeto Político-Pedagógico em Artes Cênicas, para a UFRN, a consciência que temos de que não poderá haver nenhuma formação qualificada, nesta habilitação em Teatro e na próxima planejada, em Dança, se não houver um profundo e forte vínculo de aproximação do alunado em formação com a Pesquisa e com a Extensão universitárias, ainda em seu processo de graduação. Para tanto, este grupo de professores elaborou e aprovou na UFRN e na CAPES/MEC o Plano de Qualificação Institucional: PQI-Artes (Registrado na Capes/MEC, sob o n.º 048/02) em cooperação com a Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), onde mantém um doutorando em Teatro e Educação (Prof. Marcus Aurélio Bulhões Martins), e com o Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas das Escolas de Teatro e Dança da Universidade Federal da Bahia (PPGAC/UFBA), na qual mantém um doutorando em Etnocenologia (Prof. Makarios Maia Barbosa). Nesta direção, este grupo de trabalho ainda mantém uma Especialização em Ensino de Teatro em funcionamento na UFRN, em fase de conclusão de uma turma em que se computam 14 (catorze) trabalhos de pesquisa, apontando para uma produção acadêmica de monografias tendo o teatro e suas pedagogias como campo temático. Para o encaminhamento desta Especialização, os professores de Teatro dialogam institucionalmente com o GEPEM - Grupo de Estudos de Práticas Educativas em Movimento – que conta com o Núcleo de Pesquisa "Estratégias do Pensamento", integrando o Programa de Pós-Graduação em Educação desta Universidade. 41 Igualmente relevante é o diálogo institucional que os professores de Teatro mantêm com o NAC - Núcleo de Arte e Cultura da UFRN, em cuja administração encontra-se a Professora Sônia Maria de Oliveira Othon. O NAC, entre outros objetivos, executa a política e as ações da UFRN nas áreas de Arte e Cultura, divulgando a produção artística e cultural desta Universidade e do Rio Grande do Norte, avaliando os projetos culturais e artísticos em relação às diretrizes e prioridades estabelecidas para o desenvolvimento cultural desta IES, promovendo e integrando os grupos permanentes e os agentes internos de produção artístico-cultural desta Instituição. 10 – METODOLOGIA A programação das atividades curriculares e extra curriculares será pautada numa reflexão continuada acerca das necessidades e interesses do corpo docente e discente, a partir dos componentes fixados nas ementas dos conteúdos e nas atividades de pesquisa e extensão. A programação semestral será estruturada por meio de reuniões pedagógicas sistemáticas entre os professores envolvidos nos diversos núcleos que compõem o projeto pedagógico do curso e homologada pelo colegiado do mesmo. Assim, cada professor poderá planejar as atividades de sua unidade de conteúdo, adotando práticas de pesquisa e sistematização (seminários, resenhas críticas, instrumentos de avaliação, entre outros aspectos) de acordo com os eixos e orientações previamente acordados pelo colegiado do Curso de Licenciatura em Artes Cênicas, no sentido de consolidar a interação entre as atividades do curso e fortalecer uma perspectiva interdisciplinar. 42 Cada aula, portanto, poderá ter desenvolvimentos teóricos, que fundamentem suas ações, e práticas que propiciem uma experimentação na qual os alunos possam exercitar suas habilidades de organização de conhecimentos e tomada de decisão. Ao final do curso, deverá ser exigido, como um dos processos relevantes para a qualificação do professor em formação, a Monografia. Nesse sentido, é importante buscar estudos que sejam relevantes para a área das Artes Cênicas, contribuindo para a construção de novos saberes na área e favorecendo a edificação de novas proposições para o seu ensino. Ainda sobre a indissociabilidade entre a teoria e a prática, Paulo Freire afirma que o discurso teórico, necessário à reflexão crítica, tem de ser de tal modo concreto que quase se confunda com a prática. O seu “distanciamento” epistemológico da prática enquanto objeto de sua análise, deve dela “aproximá-lo” ao máximo (FREIRE, 1996, p.44). A abordagem transdisciplinar abrange uma compreensão da realidade que deve estar pautada na complexidade como recurso epistemológico. O conhecimento, nesse sentido, acontece de forma dinâmica, de modo que o real não se fixe em formas estáticas do próprio conhecimento. Entende-se assim, que a sua tarefa é integrar as disciplinas, superando esse caráter disciplinar, a partir do diálogo permeado por diferentes configurações epistêmicas. Conseqüentemente a organização curricular exige uma reorientação dos modelos tradicionais das grades curriculares estruturadas em disciplinas isoladas para a organização por áreas de conhecimento. Deve-se dar ênfase na promoção do conhecimento artístico capaz de articular métodos entre o fazer artístico, a apreciação da obra de arte e o processo de contextualização histórico e social. No que se refere ao fazer é necessário conhecer e experienciar as diferentes técnicas e gêneros que compõem o universo das Artes Cênicas. A contextualização deve se processar através do estudo da dinâmica histórica e cultural, da estética e do exercício crítico de leitura da obra de arte, como também da identificação da realidade sócio-cultural dos diversos espaços nos quais o ensino das Artes Cênicas pode ser desenvolvido, por 43 exemplo: em escolas, universidades, galerias de arte, centros comunitários, entre outros, diagnosticando interesses e necessidades da comunidade envolvida na intervenção. A articulação do ensino, pesquisa e extensão pode ser efetuada por intermédio do desenvolvimento de projetos institucionais, que incentivem a colaboração entre universidades, espaços diversos de ensino das Artes Cênicas e organizações comunitárias, envolvendo equipes multiprofissionais que possam compartilhar o trabalho de pensar, gerenciar e avaliar o ensino e ações educativas com os professores em formação, docentes, profissionais da área e a comunidade. Dentro dessa perspectiva de renovação metodológica dos cursos de graduação, destaca-se o projeto UNI (Uma Nova Iniciativa na Educação dos Profissionais da Saúde: União com a comunidade, 1994), como um exemplo de busca de uma proposta transdisciplinar para os cursos de ensino superior. Baseado no projeto UNI, podemos propor algumas ações para atingir essa proposta, tais como: • • • • adoção de novos cenários de ensino, além da universidade, como por exemplo, escolas do ensino básico da rede particular e pública, escolas de artes plásticas, galerias de arte, museus etc.; adoção de novas metodologias de ensino-aprendizagem e de avaliação, que estimulem o professor em formação a procurar o conhecimento relacionado com a prática social, no qual são gerados e para o qual devem estar voltados, e adquirir habilidades, comportamentos e atitudes especificados no perfil traçado para o profissional de Artes Visuais; redução da atual fragmentação do currículo, passando-se a priorizar a agregação de profissionais por áreas de conhecimentos afins; adoção de uma atitude que estimule no professor em formação o interesse pela pesquisa, criando núcleos de estudos transdisciplinares, que abarquem diversos profissionais e envolva o corpo docente e discente na identificação dos interesses e necessidades de uma dada comunidade. A partir desse diagnóstico, é possível eleger conteúdos significativos a serem trabalhados no decorrer do estudo, e a mobilização em torno de possíveis estratégias de intervenção, que possam suprir, pelo menos, algumas das carências identificadas naquele grupo social investigado. Para que esses projetos possam de fato ser efetivados, torna-se necessário investir na formação pedagógica continuada do corpo docente do curso de licenciatura em Artes Cênicas, através de oficinas pedagógicas, cursos, discussões, debates, reuniões para troca de experiências e outros recursos. 44 Os projetos passam então a ser utilizados para dar forma e conteúdo ao processo de ensino (HERNANDEZ e VENTURA, 1998, p.28), relacionando efetivamente a teoria e a prática, o ensino, a pesquisa e a extensão, possibilitando ao professor em formação ir construindo o conhecimento a partir de uma realidade vivida, na qual ele aprende fazendo, efetuando trocas com a comunidade, com o corpo docente, com profissionais de outras instituições de ensino e com os próprios colegas de curso. Portanto, as atividades acadêmico-científico-culturais extra-classe serão consideradas como forma de flexibilização do currículo. 11. SISTEMA DE AVALIAÇÃO 11.1 Do projeto acadêmico O curso se propõe em perspectiva de uma avaliação continuada. Todos os elementos curriculares (disciplinas, atividades, práticas, estágios, etc.) comportam mecanismos de avaliação sistêmica de modo a favorecer uma auto-avaliação do curso e uma prática de atualização contínua de metodologias e processos pedagógicos. Da aplicabilidade do Projeto Político-Pedagógico, o curso busca uma prática pedagógica sistemática, por parte do Colegiado, que deverá realizar, ocorridos dois terços do semestre letivo, uma semana pedagógica de avaliação e planejamento. Nesse espaço, entre outras discussões, o curso deverá manter-se em constante reflexão acerca de seus objetivos, conteúdos, metodologias, dinâmicas e processos. Para tanto, nesse mecanismo pedagógico semestral, espera-se contar com a presença dos professores e dos representantes dos alunos, obedecendo à legislação de avaliação universitária e às normas do ensino de graduação vigente. 45 11.2. Do processo de ensino-aprendizagem Quanto à avaliação de rendimento escolar, o curso obedecerá à legislação educacional vigente na UFRN. Para tanto, pretende-se que as dinâmicas do curso proponham estratégias construtivas de avaliação, próximas da realidade contextual e de cada elemento curricular oferecido no curso, de modo a favorecer as especificidades dessa área de conhecimento. Seguindo a perspectiva dos Núcleos de aprendizagem, para as disciplinas obrigatórias e complementares, alunas e alunos matriculados no curso, de acordo com a legislação universitária em vigor, cumprirão processos de avaliação baseados em: carga horária cursada por conteúdo – para cada conteúdo cursado em disciplina será destinado pelo professor ministrante um valor conceitual referente, ficando a seu critério a forma de avaliação que melhor se adaptar às dinâmicas pedagógicas de seu conteúdo. Esta nota deverá ser apresentada ao coordenador do Núcleo, que realizará uma média ponderada de todas as notas dos conteúdos ministrados, disponibilizados pelos ministrantes, baseados na variação de carga horária e figurará como a nota da primeira avaliação. Esta avaliação deverá, na medida do possível, averiguar com mais rigor os preceitos da aprendizagem teórica de cada conteúdo ministrado no Núcleo. Quando todos os conteúdos curriculares do Núcleo forem ministrados por um único professor, este deverá proceder de modo a manter a estrutura desta média matemática ponderada por conteúdo ministrado; carga horária das práticas como conteúdos curriculares – baseado no fluxo de acontecimento das práticas em cada conteúdo de disciplina, caberá ao professor ministrante de cada um destes conteúdos, em acordo com os alunos matriculados, definir e considerar quais destas práticas serão válidas, efetuando, portanto, uma média simples dos valores atingidos pelo alunado em cada uma 46 delas, que deverá ser apresentada ao coordenador do Núcleo como nota de uma avaliação. Esta avaliação deverá averiguar com rigor e minúcias o rendimento do alunado quanto à sua formação pedagógica e servirá como critério fundamental para a avaliação da aprendizagem, no sentido primeiro dos objetivos do curso, no fluxo de sua realização, podendo determinar mudanças nos sistemas pedagógicos, metodológicos e conceituais das práticas de produção de conhecimento realizadas. Quando todos os conteúdos do Núcleo forem ministrados por um único professor, este deverá proceder de modo a manter a estrutura desta média matemática simples por prática realizada; carga horária geral do Núcleo – em casos específicos, previamente acordados em colegiado, para o cumprimento final do Núcleo de aprendizagem será destinado uma avaliação final, que poderá ser um relatório, um produto cênico, ou qualquer forma de avaliação que o coordenador do Núcleo compreender necessária, em sintonia com os alunos e com o aval do Colegiado de Curso, respeitando exatamente os contextos teórico-práticos realizados nos transcursos das aulas desse Nível. Neste formato de avaliação, espera-se que sejam enfocados os aspectos de averiguação total de todos os processos desenvolvidos, bem como do próprio modelo curricular para o Nível em questão, uma vez que esta avaliação, em específico, será complementada pela avaliação de conteúdo e pela avaliação das práticas como componentes curriculares; carga horária das atividades acadêmico-científico-culturais – sendo prerrogativa própria estrutura político-pedagógica do curso o favorecimento de realizações de uma dinâmica de atividades de formação complementar, será exigido do alunado uma avaliação formal das vivências realizadas, através de relatório semestral apresentado ao Colegiado de Curso. 47 12. CORPO DOCENTE 12.1 Corpo Docente do Departamento de Artes, ligado ao Curso de Licenciatura em Artes Cênicas – Habilitação Teatro 12.1.1 Professores Efetivos da área de Artes Cênicas Profa. Dra. Andrea Copeliovitch - Área de Atuação: Artes Cênicas – Teatro; Prof. Dr. Edson César Ferreira Claro - Área de Atuação: Artes Cênicas – Dança; Prof. Dr. José Sávio Oliveira de Araújo - Área de Atuação: Artes Cênicas – Teatro; Prof. Ms. Makarios Maia Barbosa - Área de Atuação: Artes Cênicas – Teatro; Prof. Ms. Marcos Aurélio Bulhões Martins - Área de Atuação: Artes Cênicas – Teatro; Profa. Ms Sônia Maria de Oliveira Óthon - Área de Atuação: Artes Cênicas – Teatro; Profa. Dra. Teodora de Araújo Alves - Área de Atuação: Artes Cênicas – Corpo; 12.1.2 Professores Substitutos do Departamento de Artes– em 2006 Profa. Ms. Maria Margareth Lima – Área de Atuação: Educação; Prof. Sávio Jordan de Luna - Área de Atuação: Artes Cênicas Profa. Ms. Suerda Ivanete Gomes da Silva – Área de Atuação: Informática; 12.2. Composição, qualificação (comprovada), propostas de qualificação, carga horária O referido grupo de professores de Artes Cênicas desta UFRN possui um perfil que o caracteriza por uma consciência da necessidade de uma constante atualização. Este perfil é favorecido pela presença de três doutores e, na atual conjuntura, de três doutorandos realizando múltipla qualificação em diálogo com os centros de excelência das linhas de estudo do Teatro e da Educação no Brasil e no mundo, conforme demonstra o quadro seguinte: 48 Professor* Andréa Copeliovitch 4 Teodora de Araújo Alves 5 José Sávio de Oliveira Araújo 6 Edson César Ferreira Claro Qualificação Doutora Doutora Doutor Doutor Sônia Maria de Oliveira Othon 7 Mestre Marcus Aurélio Bulhões Martins Doutorando Makarios Maia Barbosa Doutorando Programa/Universidade Departamento de Artes da UFRN; Departamento de Artes da UFRN; Departamento de Artes da UFRN; Departamento de Artes da UFRN, Aluna Especial do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRN; Aluno regular do Programa de Pós-Graduação em Teatro da ECA/USP, através do PQI-Artes; Aluno regular do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFBA, através do PQI-Artes; *Todos os docentes acima citados atuam em regime de dedicação exclusiva (DE) As preocupações com o encaminhamento das qualificações desses professores apontam para o atendimento das necessidades da área de Teatro na UFRN, objetivando uma unicidade deste empreendimento pedagógico, ou seja, uma sintonia de composição complexa entre os campos de estudo dos referidos professores com os mecanismos referenciais de abordagem desses campos, como se lê no quadro a seguir: Professor Andréa Copeliovitch Teodora de Araújo Alves José Sávio de Oliveira Araújo Marcus Aurélio Bulhões Martins Makarios Maia Barbosa Sõnia Maria de Oliveira Othon Edson César Ferreira Claro Campo de Estudo Interpretação e Preparação de Atores Corpo, dança e consciência corporal Pedagogias e Tecnologias Teatrais Teatro e Educação Teatro e Espetacularidade História do Teatro Dança e Educação Referencial de Abordagem Poéticas Cênicas e do Ator; Pedagogias do Corpo; Pedagogia do Teatro; Pedagogia do Teatro; Etnocenologia. Estudos Culturais Dança –Educação Física Neste sentido, acoplar saberes multirreferenciais em movimento sistêmico, como a Pedagogia Cultural, a Pedagogia do Teatro, as Poéticas Cênicas e do Ator, as Pedagogias do Corpo, a Etnocenologia e os Estudos Culturais, que se harmonizam em uma área de conhecimento complexa e auto-referencial como o Teatro, é a estratégia central deste grupo, que tem o objetivo de gerir esta área na UFRN implantando, em breve, o presente Curso de Graduação, e num futuro próximo, um Programa de Pós-Graduação. 4 A professora foi doutorada pelo Programa de Pós-Graduação de Ciência da Literatura/UFRJ, Rio de Janeiro, 2005. A professora foi doutorada pelo Programa de Pós-Graduação em educação/UFRN, NATAL, 2003. 6 O professor foi doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em 2005. 7 A professora Sônia Othon planeja tornar-se Aluna Regular no Doutorado em Educação em 2006. 5 49 A exemplo das contratações recentes das professoras Teodora de Araújo Alves e Andréa Copeliovitch, na atualidade, o grupo negocia com o Departamento de Artes a alocação de novas vagas para a contratação de mais professores doutores que venham a compor um quadro efetivo auto-suficiente na área de artes cênicas para, em breve especo de tempo, elaborar e executar um novo projeto Político-Pedagógico para uma Habilitação em Dança. 13. INFRA-ESTRUTURA DO CURSO O Departamento de Artes, subunidade com maior proximidade com o curso no Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, oferece uma infraestrutura significativa de laboratórios e outros equipamentos educacionais, que serão disponibilizados para a Licenciatura em Artes Cênicas – Habilitação Teatro. 13.1 Laboratórios de Artes e Informática Laboratórios de Papel Artesanal; Laboratório de Modelagem e Cerâmica; Laboratório de Informática (com 12 computadores e Internet banda larga); 13.2 Laboratórios Cênicos Teatro (com equipamento para iluminação cênica, palco multiuso, com capacidade para, aproximadamente, 100 pessoas); Laboratório de Encenação; Sala de Dança (com piso de madeira e espelhos). Ainda fazendo parte da estrutura física do Departamento de Artes, há uma sala de projeção (equipada com datashow) e uma sala de edição de vídeo (com ilha de edição digital e filmadora MiniDV), além de quinze salas de aula para ensino teórico (equipadas com quadro de giz ou pincel, e carteiras). 50 13.3 Acervo bibliográfico disponível para o curso Aquisições do sistema de bibliotecas da UFRN, nos últimos 04 anos, na área de Artes. Aquisições Biblioteca Central Zila Mamede em 2005: CCHLA – Artes Titulo Autor Quant. Arte Contemporânea: Uma História Concisa. Archer, Michal 5 Introdução à Gravura e História da Xilografia. Costela, Antônio. 5 A Tecnologia na Arte: Da Fotografia à Realidade Virtual. Couchot, Edmond. 5 Desenho Arquitetônico. Montenegro, Gildo A. 10 Design e Comunicação Visual. Munari, Bruno. 1 A Linguagem da Encenação Teatral. Roubine, Jean-Jacques. 5 Introdução às Grandes Teorias do Teatro. Roubine, Jean-Jacques. 5 A Arte do Ator. Roubine, Jean-Jacques. 5 Como Apreciar a Arte. Trevisan, Armindo. 5 Arte: Espaço, Tempo, Imagem. Venturelli, Suzete. 5 A Pedagogia do Espectador. Carvalho, Flávio Augusto Desgranges de. 5 Manual do Ator. Stanislavski, Constantin. 5 A Aprendizagem do Ator. Janô, Antônio Januzelli. 5 O Corpo Como Objeto de Arte. Jeudy, Henri-Pierre. 3 Artistas Brasileiros 13. Kate, Sreninaq. 3 Arte e Percepção Visual. 7ª Edição. Arnheim, Rudolf. 5 O Corpo em Movimento: O Sistema LABAN/ANNABLUME. Fernandes, Ciane. 6 A Performance da Oralidade Teatral. Fortuna, Marlene. 3 Odisséia do Teatro Brasileiro. Garcia, Silvana (Org). 3 51 Aquisições Biblioteca Central Zila Mamede em 2004: CCHLA – Artes Titulo Autor Quant. Odisséia do Teatro Brasileiro. Garcia, silvana (Org.) 3 O Corpo como Objeto de Arte. Jeudy, Henri-Pierre 3 Flávio Império. Kate,s Renina 3 Corpo do Autor – Metamorfose, Simulações. Prochno, C. Cesar 3 Antitratado de Cenografia. Ratto, Gianni 3 Ator e Estranhamento - Brecht e Stanislavski, Segundo Kusnet. Rizzo, Eraldo P. 3 Teatros uma Memória do Espaço Cênico no Brasil. Serroni, J. C. 3 Auleum. Anchieta, José (Costa) 6 O Papel do Corpo no Corpo do Autor. Azevedo, Sônia M. de 6 Tópicos Utópicos. Barbosa, Ana Mãe 2 O Dramaturgo como Pensador. Bentley, Eric 2 O Ator Compositor. Bonfitto, Matteo 4 Figurino - Uma Experiência na Televisão. Guerra, Lisette., Adriana, Leite 3 A Análise dos Espetáculos. Pavis, Patrice 3 Música de Cena. Tragtenberg, Livio 3 Estética Teatral : Textos de Platão a Brecht. Borie, Monique, Rougemont, Martine de, Scherer, Jacques 3 El Teatro Sagrado - EL Ritual Y Vanguarda. Innes, Christopher 3 Arte-Educação - Leitura no Subsolo. Barbosa, Ana Mãe 3 A Arte do Ator - da Técnica a representação. Burnier, Luis Otávio 3 Didática do Ensino de Arte - A Língua do Mundo. Martins Mirian Celeste Et Al. 3 Dicionário Crítico de Política Cultural. Coelho, Teixeira 3 A Arte de não Interpretar como Poesia Corpórea do Autor. Ferracini, Renato 2 A Performance da Oralidade Teatral. Fortuna, Marlene 3 Introdução às Grandes Teorias do Teatro. Roubine, Jean-Jacques 3 O Corpo em Movimento : O Sistema Laban. Fernandes, Ciane 6 A Formação do Ator : Um Diálogo da Ações. Spritzer, Mirna A. 3 A Construção do Espetáculo. Noronha, Luiz [et al]. 2 O Sentido e a Máscara. Bornheim, Gerd A. 1 52 Aquisições Biblioteca Central Zila Mamede em 2003: CCHLA – Artes Titulo Autor Quant. Do Grotesco e do Sublime. Hugo, Vítor. 1 Homo Ludens. Huizinga, Johan. 5 Introdução à Análise da Imagem. Joly, Martine. 1 Texto e Jogo. Koudela, Ingrid. 5 Brecht na Pós-Modernidade. Kourela, Ingrid D. 2 Brecht: Um Jogo de Aprendizagem. Koudela, Ingrid D. 3 Jogos Teatrais. Koudela, Ingrid Dormien. 4 A Tragédia Grega. Lesky, Alain. 1 Nelson Rodrigues: Dramaturgia Brasileira. Magaldi, Sabato. 2 Antunes Filho e a Dimensão Utópica. Milare, Sebastião. 3 A Idéia de Teatro. Ortega y Gasset, Jose. 7 Dicionário de Teatro. Pavis, Patrice. 2 História Concisa do Teatro Brasileiro. Prado, Décio de Almeida. 3 Teatro de Anchieta e Alencar. Prado, Décio de Almeida. 2 Corpo do Ator: Metamorfose, Simulacros. Prochno, C. César. 2 No Reino da Desigualdade. Pupo, Maria Lúci de S.B. 2 O Jogo Teatral no Livro do Diretor. Spolin, Viola. 6 Jogos Teatrais: O Fichário de Viola Spolin. Spolin, Viola. 3 Jogo Teatral no Livro do Diretor. Spolin, Viola. 5 Improvisação para o Teatro. Spolin, Viola, Koudela, Ingrid D. 3 Metodologia da Pesquisa. Thiollent, Michel. 5 Três Tragédias Gregas. Almeida, Guilherme. 2 Linguagem e Vida. Artaud, Antonin. 2 O Ator no Século XX. Aslan, Odete. 5 O Prazer do Texto. Barthes, Roland. 1 Etnocenologia, Textos Selecionados. Biao, Armindo, Greiner, Cristine (Orgs.). 6 A Arte do Ator. Boleslavisk. 1 O Ator Compositor. Bonfitto, Matteo. 1 Teatro e Sociedade - Shakespeare. Boquet, Guy. 1 A Arte do Autor - Da Técnica a Representação. Burnier, Luís Otávio. 1 A Personagem de Ficção. Cândido, A. 2 O Inspetor Geral de Gogol/Meyerhold. Cavaliere, Arlete. 2 Natureza e Sentido da Improvisação Teatral. Chacra, Sandra. 2 Edipo Rei. Vieira, Trajano. 2 53 Técnica de Representação Teatral. Adler, Estella. 2 Imagem e Letra. Costa, Orlando Ferreira da. 2 Um Vôo Brechtiano:Teoria e Prática da Peça. Koudela, Ingrid. 2 Jogos Teatrais. Koudela, Ingrid Dormien. 3 Aquisições Biblioteca Central Zila Mamede em 2002: CCHLA – Artes Titulo Autor Quant. Brecht Seleção de Poesia Brecht, Bertold 3 A Porta Aberta Brook, Peter 2 Artes plásticas no Século XX Bueno, Maria Lúcia 5 No Tempo de Ary Barroso Cabral, Sergio 2 Antonio Carlos Jobim - Uma Biografia Cabral, Sergio 2 A Divina Comedia dos Mutantes Calado, Carlos 2 Teatro Brasileiro do Século XX Campedelli, Samira Youssef 3 Teatro Elias Canetti Canetti, Elias 3 Metáfora e Montagem Carone Netto, Modesto 3 Dicionário do Folclore Brasileiro Cascudo, Luis da Camara 4 Contos Tradicionais do Brasil Cascudo, Luis da Camara 4 O Choro do Quintal a Municipal Cazes, Henrique 2 Modelagem Chavarria, Joaquim 3 Esmaltes Chavarria, Joaquim 3 Para o Ator Chekov, Michel 4 Jogo, Teatro e Pensamento Cortney, Richard 5 Introdução a Gravura e Historia da Xilografia Costella, Antonio. 3 Teatro de Rua Cruciane, Fabricio, Falleti, Clelia 3 Brock - O Rock Brasileiro dos Anos 80 Dapieve, Arthur. 2 A Arte no Século XXI - A Humanização das Tecnologias Domingues, Diana. 5 A Sintaxe da Linguagem Visual Dondis, Donis A. 5 Teatro Realista no Brasil Faria, João Roberto 3 Manual Mínimo do Autor Fo, Dario 3 Doente Moliere Fonseca, Rubem 3 Folclore Frade, Cascia 4 Torna-se Ator: Uma Análise do Ensino de Teatro no Brasil Freitas, Paulo Luis de 3 Histórias das Idéias Pedagógicas Gadotti, Moacir 3 Estudo da Psicopedagogia Musical Gainza, Violeta Hems de. 5 Estruturas da mente: A Teoria das Inteligências Múltiplas Gardner, Howard 3 Mestres do Teatro I. Gassner, jonhn. 6 54 Os Negros Genet, Jean 3 Grupo Macunaíma: Carnavalização e Mito George, David 3 Arte e Cultura Greemberg, Clement 5 Stanislaviski e o Teatro de Arte de Moscou Guinsburg, J. 3 Diálogos Sobre o Teatro Guinsburg, J. Silva, Armando Sérgio da. 3 Ser e Tempo Heidegger, M. 4 A Música e Criança Hooward, Walter. 5 Aprendizagem do Autor Jano, Antonio Januzelli 3 Metodologia do Ensino de Teatro Japiassu, Ricardo 3 Explorando o Universo da Música Jeandet, Nicole 5 Teatro Pedagógico Kaufman, Arthur 3 Texto e Jogo Koudela, Ingrid. 2 Pega Teatro Lopes, Joana. 2 Pesquisa em Educação Ludke, Menga & André. 2 A Aventura do Teatro Machado, M. C. 3 Teatro VI - João e Maria Machado, Maria Clara. 3 Focault e a Literatura Machado, Roberto. 3 Moderna Dramaturgia Brasileira Magaldi, Sabato. 3 Nelson Rodrigues: Dramaturgia Brasileira Magaldi, Sabato 3 Panorama do Teatro Brasileiro Magaldi, Sabato. 2 Curso de Desenho Geométrico Marchesi Jr. Isaias. 4 O Ensino da Dança Marques, Isabel 3 A Palavra Escrita Martins, Wilson 2 Ziembiensky e o Teatro Brasileiro Michalki, Yan. 3 Avarento e as Chabichonas Moliere, J. 3 Escola de Mulheres Moliere, J. 3 O Teatro de Heinner Muller Muller, Heinner. 3 O Ouvido Pensante Murray, Shafer R. 3 Decoração de Cerâmica Navarro, Maria Pilar 3 Jogos Teatrais (Exercícios para Grupo em Sala de Aula) Noveli, Maria C. 3 A Idéia do Teatro Ortega, Gasset, Jose. 3 Universo da Arte Ostrower, Faysa Perla 1 Criatividade e Processo de Criação Ostrower, Fayga Perla. 1 A Construção do Personagem Pallotini, Renata 3 Dramaturgia: A Construção do Personagem Pallotini, Renata. 5 Como Desenhar o Corpo Humano Parramon, Jose M. 3 55 Teatro em Movimento Peixoto, Fernando 3 O Que é Teatro Peixoto, Fernando. 3 Som, Gesto, Forma e Cor. Pimentel, Lúcia Gouveia 3 Estética da Voz: Uma Voz Para o Ator. Quinteiro, Eudosia Acuna. 5 A Mochila do Mascate. Ratto, Gianni. 3 Um Caminho do Teatro na Escola Reverbel, Olga. 3 Como Apreciar a Arte. Revisan, Armindo. 5 Arte Indígena: Linguagem Visual Ribeiro, Berta G. 1 A Crítica de Arte. Richard, André. 5 Educação Musical Para a Pré Escola. Rosa, Nereide Shilard S. 5 O Teatro Épico. Rosenfeld, Anatol. 3 O Mito e o Herói no Moderno Teatro Brasileiro. Rosenfeld, Anatol. 2 Teatro Moderno. Rosenfeld, Anatol. 3 Prismas do Teatro. Rosenfeld, Anatol. 3 A Arte do Ator Roubine, Jean-Jacques. 3 Introdução a Análise do Teatro. Ryngaert, Jean Pierre. 2 Metodologia do Trabalho Cientifico. Severino, A. J. 2 O Mercado de Veneza. Shakespeare, William. 3 Rei Lear. Shakespeare, William. 3 Tempestade. Shakespeare, William. 3 Megera Domada. Shakespeare, William. 3 Romeu e Julieta. Shakespeare, William. 3 Otelo. Shakespeare, William. 3 Otelo, Sonho de uma Noite de Verão. Shakespeare, William. 3 Oficina: Do Teatro ao Te-Ato. Silva, Armando Sergio. 3 O Jogo Dramático Infantil. Slade, Peter. 3 A Escola Pode Ensinar as Alegrias da Música. Snyders, George. 5 As Duzentas Mil Situações Dramáticas. Souriau, Etienne. 2 A Criação do Papel. Stanislavski, Constantin. 3 A Preparação do Ator. Stanislavski, Constantin. 3 A Construção do Personagem. Stanislavski, Constantin. 2 Manual do Ator. Stanislavski, Constantin. 2 Auto da Compadecida. Suassuna, Adriano Vilar. 3 A Pena e a Lei. Suassuna, Adriano Vilar. 3 Dicionário de Teatro. Vasconcelos, Luis Paulo. 2 A Tragédia de Hamlet. Vigotski, Lev. S. 3 Artaud e o Teatro. Virmaux, Alain. 3 56 Diálogo Sobre Encenação. Wekwerth, Manfred. 2 Conceitos Fundamentais da História da Arte: O Problema da Evolução Wolfflin, Heinrich. 5 Utopia Antropológica. Andrade, Oswald. 3 Arte Moderna. Argan, Giulio Carlo. 5 Higiene Vocal, Cuidando da Voz. Behlan, Mara, Pontes, Paulo. 5 Teatro, Tempo e Mercado. Campo, Leonildo Siqueira. 3 História e Formação do Ator. Carvalho, Enio. 3 A Tragédia: Estrutura e História. Costa, Lígia M. Da, Remédios, M. L. R. 2 Iniciação ao Teatro. Magaldi, Sabato. 3 Arte e Crítica de Arte. Argan, Giulio Carlo. 1 Primitivismo, Cubismo, Abstração. Herrison, Charles Et. Al. 3 Origami e Artesanato em Papel. Jackson, Paul. 3 Artes Plásticas da Semana 22. Amaral Aracy A. 5 A Árvore e o Relógio. Andrade, Jorge. 3 Artaud - Teatro e Cultura. Arantes, Urias Correa. 3 Linguagem e Vida. Artaud, Antonin. 3 O Ator no Século XX. Aslan, Odette. 3 Arte-Educação no Brasil, das Origens ao Modernismo. Barbosa, Ana Mae. 3 A Imagem no Ensino de Arte: Anos Oitenta e Novos Tempos. Barbosa, Ana Mae. 3 Etnocenologia, Textos Selecionados. Biao, Armindo, Greiner, Cristine (Orgs). 2 Teatro e Sociedade - Shakespeare. Boquet, Guy. 3 A Vertigem da Maneira, Pintura e Vanguarda nos Anos 80. Campos Jorge Lúcio de. 5 Novíssima Arte Brasileira: Um Guia de Tendências. Canton, Katia. 5 O Inspetor Geral de Gogol/Meyerhold. Cavaliere, Arlete. 3 Natureza e Sentido da Improvisação Teatral. Chacra, Sandra. 2 Moldes. Chavarria, Joaquim. 1 Cultura e Imaginário. Coelho, José Teixeira. 5 Os Cinco Paradoxos da Modernidade. Compagnom, Antoine. 5 Primeiro Ato: Cadernos, Depoimentos, Entrevistas. Correa, José Celso Martinez. 2 Dicionário Enciclopédico das Ciências da Linguagem. Ducrot, Oswald., Todorov, Tzvetan. 3 Memória e Invenção: Gerald Tomas em Cena. Fernendes, Silvia. 2 Um Encenador de Si Mesmo: Gerald Tomas. Fernandes, Silvia, Guinsburg, Jaco (Orgs). 2 Arte na Educação Escolar. Ferraz, Maria Heloisa C. de T. 3 Clement Greenberg e o Debate Crítico. Ferreira, Glória, Mello, Cecília Cotrim de (Orgs). 5 57 Modernismo e Modernismo - Pintura Francesa no Século XIX. Franscina, Francisco. 5 Poéticas do Processo: Arte Conceitual no Museu. Freire, Cristina. 5 As Trombetas de Jericó, Teatro das Vanguardas Históricas. Garcia, Silvana. 2 Voz: Partitura da Ação. Gayotto, Lúcia Helena. 1 Os Bombos. Genet, Jean. 3 Bauhaus: Nova Arquitetura (3Ed.). Groupius, Walter. 1 Pirandello: Do Teatro no Teatro. Guinsburg, J. (Org). 3 Diderot: Obras 1,2. Guinsburg, J. (Org). 6 Primitivismo, Cubismo, Abstração. Harrison, Charles, Et. Al. 5 Panorama do Teatro Brasileiro. Magaldi, Sabato. 3 O Texto no Teatro. Magaldi, Sabato. 3 Sobre o Trabalho do Ator. Meiches, Mauro., Fernandes, Silva. 3 A Crise do Passado: Modernidade, Vanguarda, Metamodernidade. Menezes, Philadelpho. 1 Antunes Filho e a Dimensão Utópica. Milare, Sebastião. 3 Don Juan: O Convidado de Pedra. Moliere, J. 3 Em Demanda Poética Popular. Muzart, Fonseca dos Santos. 4 Aspecto do Teatro Brasileiro. Oliveira, Paulo Roberto C. 3 Dicionário de Teatro. Ravis, Patrice. 3 Manual de Higiene Vocal p/ Profissionais. Pinho, Silvia M. Rebelo. 5 Educação Artística: Luxo ou Necessidade ? Roucher, Luis. 3 História Concisa do teatro Brasileiro. Prado, Décio de Almeida. 3 Texto/Contexto. Rosenfeld, A. 6 Teatro e Formação de Professores. Santana, Arão Paranagua de. 3 Teatro e Formação de Professores. Santana, Arso Paranagua. 2 Metodologia Científica. Santos, Antonio Pain. 2 A Canção no Tempo. Severino, Jairo, Melo, Zuza Homem de. 4 Macbeth. Shakespeare, William. 3 O Teatro de Revista no Brasil. Veneziano, Neyde. 3 Tragédia na Grécia Antiga. Vernant, Jean Pierre., Vidal-Naquet, Pierre. 3 A Pesquisa em Artes. Zamboni, Silvio. 3 Arte-Educação. Barbosa, Ana Mae. 3 Pueblo Pottery Designs M. Chapman. Kenneth. 1 The Complete Book Of Pottery Making. John B. Kenny. 1 Decoration Aula de Ceramica. Chavarria. 1 Proyectos em Ceramica. Cosenrino. 1 Ceramica Fina. Norton. 1 58 Cerimica Imaginativa. Ruprencht. 1 Making Molds. Cayton Pierce. 1 Três Tragédias Gregas. Almeida, Guilherme, Vieira, Trajano. 3 Teatro de Anchieta. Anchieta, José de. 3 A Morta, o Rei da Vela, o Homem e o Cavalo. Andrade, Oswald. 9 Um Escravo Chamado Cervantes. Arrabal, Fernando. 3 O Teatro e Seu Duplo. Artaud, Antonin. 3 Brecht no Brasil: Experiências e Influências. Bader, Wolfgang (ORG). 3 Pesquisa na Escola. Bagno, Marcos. 3 Para Trás e Para Frente: Um Guia Para a Leitura de Peças Teatrais. Ball, David. 3 Arte-Educação: Conflitos e Acertos. Barbosa, Ana Mae. 3 Recorte e Colagem, Influência de John Dewey no Ensino de Arte no Brasil. Barbosa, Ana Mae. 3 Tópicos Utópicos. Barbosa, Ana Mae. 3 O Teatro Ontem e Hoje. Barretini, Celia. 3 Cerâmica do Renascimento. Benini, Mirela. 1 Idéias em Educação Musical. Beyer, Esther. 3 Jogos Para Atores e não Atores. Boal, Augusto. 2 A Estética do Teatro. Boheim, Gerd - Brecht. 3 A Cerâmica. Fricke, Johann. 1 Burguês Ridículo: Sette Letras. Moliere, J. 2 A Vida do Viajante: A Saga de Luiz. Gonzaga, Dominique Dreyfus. 2 Escola de Arte. Ferraz, Maria Heloisa C. de T., Fusari, M. F. de Rezende. 80 Um Vôo Brechtiano: Teoria e Prática da Peça. Koudela, Ingrid. 2 Noções de Geometria Descritiva. Principe Jr. 2 O Truque e a Alma. Ripellino, Angelo Maria. 3 O Teatro de Heiner Muller. Rohl, Ruth. 2 Maiakovisk e o Teatro de Vanguarda. Ripellino. 3 O Teatro Brasileiro Moderno. Prado, Decio de Almeida. 3 Ler o Teatro Contemporâneo. Ringayert, Jean Pierre. 3 História Mundial do Teatro. Berthold, Margot. 3 A Hora do Teatro Épico no Brasil. Costa, Ina Camargo. 3 Mestres do Teatro II. Gassner, Jonh. 3 Ler o Teatro Contemporâneo. Rygaert, Jean Pierre. 2 Arte: Resistências e Rupturas. Ensaios de Arte Pós-Clássica. Costa, Cristina. 5 59 Acervo da Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Alex Galeno. Antonin Artaud: a revolta de um anjo terrível Cardozo, Joaquim. O coronel de macambira:bumba-meu-boi em dois quadros Moreira, Zenóbia Comédias na vida privada: Gil Vicente Collares. Moreira, Zenóbia Humor e crítica no teatro de Gil Vicente / Collares. Pavis, Patrice. A análise dos espetáculos: teatro, mímica, dança, dança-teatro, cinema. Albuquerque, Tentative transgressions: homosexuality, AIDS Severino J. and the theater in Brazil Berthold, Margot, História mundial do teatro Borie, Monique. Estética teatral: textos de Platão a Brecht Canella, Ricardo A construção da personagem no João Redondo Elias Ieker. de Chico Daniel/ 2005 2005 BSE-Humanas-Letras-e-Artes( 1/ 0) Biblioteca-Central-Zila-Mamede( 3/ 0) 2005 2005 Biblioteca-Central-Zila-Mamede( 5/ 0) BSE-Humanas-Letras-e-Artes( 2/ 0) Biblioteca-Central-Zila-Mamede( 5/ 0) BSE-Humanas-Letras-e-Artes( 2/ 0) Biblioteca-Central-Zila-Mamede( 5/ 0) 2004 BSE-Humanas-Letras-e-Artes( 1/ 0) 2004 2004 2004 Biblioteca-Central-Zila-Mamede( 4/ 2) Biblioteca-Central-Zila-Mamede( 2/ 0) Biblioteca-Central-Zila-Mamede( 2/ 0) 2005 60 13. 4 - FUNCIONÁRIOS Ana Lúcia de Araújo Supervisora Acadêmica Benilde Maria Fernandes Lira Pereira Secretária da Chefia Dejardiere M. Freitas de Morais Secretária da Coordenação Ricardo Pinto Paiva Laboratorista Rivaldo Lourenço de Lima Serviços Gerais Severino Barbosa Bezerra Porteiro BOLSISTAS Carlos Ribeiro Sales Bolsista Apoio Técnico - Laboratório de Informática Fábio Ferreira Pauli Bolsista Apoio Técnico - Laboratório de Encenação (06/2005 a 03/2006) Vitor de Azevedo Silva Bolsista Apoio Técnico - Laboratório de Encenação (04/2006) Kayonara Patrícia de Oliveira Alves Bolsista de Apoio Técnico - Secretaria 61 14 – CADASTROS DE DISCIPLINAS, ESTÁGIOS E ATIVIDADES