Petrografia da Formação Pedra de Fogo (Permiano da Bacia do

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Petrografia da Formação Pedra de Fogo (Permiano da Bacia do
Parnaíba)
Lucas Carlucci Sato, Ana Maria Góes, Óscar Arturo Romero Ballén
Instituto de Geociências, USP, SP
1.Objetivos
Caracterizar os aspectos mineralógicos e
texturais de rochas siliciclásticas e carbonáticas
da Formação Pedra de Fogo (Permiano da
Bacia do Parnaíba) (Figura 1), através de
análise petrográfica associada a litofaciologia,
com intuito de inferir o ambiente deposicional e
a história diagenética destas rochas. O estudo
foi feito em rochas que afloram no Estado do
Maranhão, com ênfase no topo da seção tipo
desta formação.
2.Métodos/Procedimentos
Dois tipos de rocha foram estudados, as
siliciclásticas e carbonáticas. Para ambos o
estudo petrográfico foi usado para avaliar a
composição
mineralógica
com
maior
detalhamento, assim como os estágios de
cimentação e compactação. Para as rochas
siliciclásticas, a estimativa do grau de
arredondamento e esfericidade dos grãos
aliada a estudos das relações quartzo/feldspato
foram feitas com intuito de inferir o paleorelevo
e o grau de alteração dos minerais para inferir
o paleoclima. Também se usou a granulometria
e as estruturas macroscópicas para inferir o
ambiente deposicional. Foi estudado o
arcabouço das rochas carbonáticas para
inferência das respectivas faciologias descritas
em Logan et al. (1969) e Wilson (1975).
3.Resultados
No topo da seção tipo da Formação Pedra de
Fogo ocorrem rochas siliciclasticas com
granulação que varia de areia média a argila. A
análise macroscópica revelou que estas rochas
apresentam
significativa
quantidade
de
carbonato e através da análise petrográfica
esclareceu-se que a contribuição deste para a
formação das rochas é exclusivamente
diagenética. Ocorrem, além da cimentação
carbonática, mais cinco gerações de outros
tipos de cimentos.
Figura 1: Carta estratigráfica da Bacia do Parnaíba
de Góes (1995)
4.Conclusões
O ambiente deposicional era subaquoso de
baixa energia, evidenciados pela presença de
rochas pelíticas. A presença, em alguns níveis
estudados, de estruturas heterolíticas, gretas
de contração e ciclicidade de depósitos,
sugerem ambiente deposicional de planície de
maré. O clima era árido, pois os feldspatos do
arcabouço encontram-se pouco intemperisados
e a tectônica era pouco ativa, pois os grãos de
quartzo e feldspato encontram-se em sua
maioria subarredondados, consequência do
quão foram transportados.
5.Referências Bibliográficas
GÓES,
A.M.-1995A
Formação
Poti
(Carbonífero Inferior) da Bacia do Parnaíba.
Tese de doutoramente, Universidade de São
Paulo, 145pp.
LOGAN, B.W., HARDING, J.L.; AHR W.M.;
WILLIAMS J.D.; SNEAD R.G.-1969- Carbonate
sediments and reefs, Yucatan Shelf, Mexico.
Am. Assoc. Pet. Geol., Memoir, 11: 5–198
WILSON J.L.-1975- Carbonate Facies in
Geologic History, Springer-Verlag, 471 pp.
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