MRGP - MONITORAMENTO DA RESISTÊNCIA GALVÂNICA DA PELE Geciane de Souza Pereira∗ Me. Júlio César Marques de Lima ∗∗ RESUMO O Monitoramento da Resistência Galvânica (MRGP) ou Galvanic Skin Response (GSR) pode ser descrito como sendo um circuito que mede a impedância da pele através de um amplificador cujo ganho varia por uma relação entre uma resistência pré-definida e a resistência captada através de dois eletrodos colocados nos dedos das mãos de um paciente, um no indicador e outro no dedo médio, pontos estes onde se localizam as glândulas sudoríparas. Conforme este paciente é estimulado psicologicamente a quantidade de secreção (suor), liberada nesses pontos monitorados pelos eletrodos varia, alterando dessa forma a resistência medida. Portanto, quanto mais estimulado o sistema nervoso central estiver, mais suor as glândulas sudoríparas vão produzir e menor será a resistência medida nos eletrodos, aumentando assim a amplitude do sinal de saída do circuito. Este sistema é alimentado por uma bateria de celular de 3,7V, tendo a saída de tensão regulada em 3,3V, sendo gerado a partir desta, a alimentação simétrica de -3,3V. O circuito conta ainda com amplificadores operacionais do tipo OPA277, que atuam na amplificação e filtragem do sinal analógico, para redução de interferências. Recebendo os sinais analógicos, o circuito possui um microcontrolador MSP430F2619 que realiza a conversão desses sinais para digital e os envia através de uma porta tipo USB, para o computador. Os dados coletados são enviados a um software programado em Delphi que disponibiliza os dados através de gráficos. Palavras-chave: Resistência Galvânica da Pele. Eletrodos. Glândulas Sudoríparas. ∗ Acadêmico da Faculdade de Engenharia Elétrica da PUCRS. E-mail: [email protected] Professor da Faculdade de Engenharia Elétrica da PUCRS. E-mail: [email protected] ∗∗ 2 1 INTRODUÇÃO Nos tempos atuais a tecnologia voltada para a saúde e bem-estar do ser humano, vem obtendo consideráveis avanços. Equipamentos utilizados para diagnósticos tornaram-se cada vez mais precisos e indispensáveis aos profissionais de saúde. Este trabalho apresenta um dispositivo que mede a resistência da pele, e que pode ser utilizado na região das mãos das pessoas. Conforme a liberação de secreção feita pelas glândulas sudoríparas, é possível medir o nível de estresse em que se encontra um determinado indivíduo. O circuito utiliza um amplificador operacional para medir a resistência da pele aplicando uma tensão constante e medindo a variação de ganho do amplificador. O circuito é alimentado por uma bateria de 3,7V regulada para 3,3V para ficar compatível com a alimentação do microcontrolador. A tensão de -3,3V é gerada apartir de um conversor CC/CC, pois o amplificador operacional requer alimentação simétrica. Os dados obtidos são enviados pela porta USB isolada galvanicamente por um circuito de acoplamento óptico ao software, cuja função é monitorar a variação de resistência galvânica da pele nos dedos indicador e médio da mão, os quais estão ligados à variação do nosso sistema nervoso central, tendo como embasamento pesquisas realizadas nas áreas médica, científica e psicológica. Estas informações podem ser de grande valia no tratamento de paciente com alto nível de estresse e estresse pós – traumático. Os sinais convertidos e enviados ao computador alimentam tabelas e gráficos que podem fornecer precisão ao diagnóstico. 2 METODOLOGIA A metodologia utilizada nesse trabalho foi uma pesquisa experimental. O desenvolvimento desse estudo teve início com a pesquisa bibliográfica sobre o tema exposto, de modo a sistematizar as informações. Foram realizadas as seguintes etapas: • busca e seleção dos estudos; • montagem da experiência; • avaliação crítica dos resultados; • conclusão apartir dos resultados encontrados. 3 3 ESTUDO E IMPLEMENTAÇÃO DO CIRCUITO A resistência da pele é freqüentemente medida utilizando eletrodo bipolar [4] colocado na falange medial. Jaakko Malmivuo e Robert Plonsey sugerem trabalhar com a tensão constante de 0,5V na superfície da pele, já que a resistência da pele é linear até 0,7V [1]. A Figura 1 – Falanges médias, apresenta a estrutura da mão humana onde estão localizadas as falanges mediais. Figura 1 – Falanges médias Podemos utilizar a resposta galvânica da pele para descrever a atividade elétrica que demonstra as alterações psicológicas [2]. A variação da resposta galvânica se origina nas alterações das glândulas sudoríparas as quais estão sob controle do sistema nervoso simpático [1]. Alguns eventos como uma forte emoção, um acontecimento surpreendente, dor, exercício físico, respiração profunda, entre outros, fazem com que o sistema nervoso responda ativando mecanismos físicos e químicos através do corpo, incluindo as glândulas sudoríparas. Apesar desta resposta nem sempre ser visível (suor), ocorre uma alteração da resistência da pele em consequência das alterações psicológicas como o aumento da excitação e ansiedade [3]. 4 Foram projetados basicamente quatro circuitos utilizando o software Orcad Capture versão 9.10.157.97. • Circuito de alimentação simétrica; • Amplificador e filtro; • Circuito de conversão A/D microprocessado; • Circuito de isolação óptica e comunicação serial por meio da interface USB. 3.1 CIRCUITO DE ALIMENTAÇÃO SIMÉTRICA O circuito de alimentação pode ser visto na Figura 2 - Circuito de alimentação. É composto por uma bateria BLD-3 de 3,7V, utilizada em celulares, pelo regulador LP2985 [12] de 3,3V e pelo conversor CC/CC implementado com o circuito regulador MC34063 [11] responsável por gerar uma fonte simétrica a partir da alimentação de 3,3V. Ambos reguladores utilizados neste trabalho são fabricados pela Texas Instruments. JP1 L1 100uF R3 1R R9 1R 5 R10 1R 8 4 R11 1R 7 3.3V 1 1 2 3 U2A VIN VOUT ON/OFF 6 GN D HEADER 8 BPASS 5 2 LP2985-33DBVR C1 100nF C2 2.2uF C3 100uF Driv erCollector SwCollector Ipk SwEmitter VCC TimingCap CompInv Input GND 1 2 2 U1A SW1 3 D1 4 C4 1.5nF 1N5819 -3.3V MC34063ADR 1 8 7 6 5 4 3 2 1 R2 1k6 R1 1k C5 220uF Figura 2 - Circuito de alimentação O layout da placa com o circuito de alimentação pode ser visto na Figura 3 – Placa do circuito de alimentação simétrica. 5 Figura 3 – Placa do circuito de alimentação simétrica O resultado final da placa já montada pode ser visto na Figura 4 – Placa de alimentação montada (vista superior). Figura 4 – Placa de alimentação montada (vista superior) 3.2 CIRCUITO DO AMPLIFICADOR Pode-se medir a resistência da pele, aplicando-se uma tensão de 0,5V e medindo a resposta através de um circuito principal que consiste de uma fonte de tensão de 0,5V e de um amplificador, cujo esquemático pode ser visto na Figura 5 – Circuito do Amplificador. 6 Os eletrodos que conectam em JP2 servem para medir a resistência da pele, aplicando uma tensão de 0,5V constante e medindo a resposta utilizando amplificadores operacionais de alta precisão do tipo OPA277 [10] da Texas Instruments, dando ganho e fazendo a filtragem do sinal. Esse circuito, na sua essência, tem uma configuração de um amplificador não inversor [5] cuja resistência direta é dada pela impedância da pele, tendo sua saída excursionada de acordo com a variação da resistência captada pelos eletrodos. -3.3V -3.3V C11 C16 JP2 10uF 10uF C14 4 3 2 1 C8 100nF R4 100nF 100nF 39K Ain + 3 - R6 U3 R7 2 R8 6 3 OPA277UA 15k + 2 3.3V C17 220nF - 4 5 4 5 HEADER 4 C6 U4 JP3 6 1 2 OPA277UA 100k HEADER 2 7 1 7 1 47k R5 10k C9 100nF C7 100nF C10 10uF C15 47nF C12 100nF C13 10uF 3.3V 3.3V Figura 5 – Circuito do Amplificador Para garantir a tensão próxima de 0,5V no pino três do operacional U3, ou seja, VR5=0,5V, considerando a alimentação de 3,3V, foi realizado o seguinte cálculo. VR 5 = Vcc. R5 10kΩ ∴ 0,5V = 3,3V . ∴ R 6 = 56kΩ R5 + R 6 10kΩ + R 6 Equação [1] O valor comercial disponível utilizado para a montagem de R6 foi de 47kΩ, que conforme a equação abaixo garante que a tensão em R5 seja 0,57V. VR 5 = 3,3V . 10kΩ ∴VR 5 = 0,57V 10kΩ + 47kΩ Equação [2] 7 O primeiro estágio possui a configuração amplificador não inversor e para cálculo do da tensão de saída VOUT, foi realizado o cálculo abaixo. R4 VOUT = Vin .1 + Z eletrodo Equação [3] Sendo que o ganho do operacional é dado por R4 G = 1 + Z eletrodo Equação [4] A variação da resistência galvânica da pela varia em torno de 40kΩ a 500kΩ [1]. Sendo assim os valores máximo e mínimo para a tensão de saída são os seguintes: 39kΩ VOUT max = 0,57V .1 + = 1,125V 40kΩ Equação [5] 39kΩ VOUT min = 0,57V .1 + = 0,614V 500kΩ Equação [6] Um capacitor de 100nF foi colocado em paralelo com o resistor de 39kΩ a fim de estabilizar e filtrar o sinal, eliminando os ruídos de 60Hz gerados por circuitos externos [6]. 1 1 = fc = ∴ fc = 40,81Hz 2 . π . R . C 2 . π . 39 k Ω . 100 nF 4 8 Equação [7] O operacional U4 foi configurado como um filtro passa-baixa com freqüência de corte de 40Hz, responsável também por eliminar interferências no sinal de saída amplificado [6]. O layout da placa do circuito amplificador pode ser visto na Figura 6 – Placa do circuito do amplificador. 8 Figura 6 – Placa do circuito do amplificador A placa montada do circuito amplificador pode ser visto na Figura 6 – Placa do circuito do amplificador (vista inferior). Figura 7 – Placa do amplificador montada (vista inferior) 3.3 CIRCUITO DE CONVERSÃO A/D MICROPROCESSADO O microcontrolador MSP430F2619 tem a função de capturar os sinais analógicos e enviálos digitalmente para exibição no computador via USB. A Figura 8 – Microprocessador MSP430F2619, mostra o esquema elétrico desse circuito, onde estão a entrada analógica, a entrada e saída da porta serial, um led de sinalização e a entrada de programação do microcontrolador. 9 3.3V C18 10uF + X1 JP5 6 5 4 3 2 1 HEADER 6 16MHz 47k 9 P2.2 P1.1 2 3 4 5 6 RST TST 3.3V R14 10k 7 10 11 C24 C25 + 100nF 10uF 3.3V D4 R15 2 1k P1.1 1 LED P2.2 TX 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 XOUT P6.3/A3 P6.4/A4 P6.5/A5/DAC1 P6.6/A6/DAC0 P6.7/A7/DAC1/SVSIN 62 64 63 R13 AVcc XIN 3.3V C21 100nF DVss1 8 DVcc1 U5 3.3V 1 C19 100nF C20 10uF AVss + 3.3V P6.2/A2 P6.1/A1 P6.0/A0 RST/NMI TCK TMS TDI/TCLK TDO/TDI XT2IN 61 60 59 58 57 56 55 54 Ain RST TST 53 VREF+ VeREF+/DAC0 VREF-/VeREF P1.0/TACLK/CAOUT P1.1/TA0 P1.2/TA1 P1.3/TA2 P1.4/SMCLK P1.5/TA0 P1.6/TA1 P1.7/TA2 P2.0/ACLK/CA2 P2.1/TAINCLK/CA3 P2.2/CAOUT/TA0/CA4 P2.3/CA0/TA1 P2.4/CA1/TA2 P2.5/ROSC/CA5 P2.6/ADC12CLK/DMAE0/CA6 P2.7/TA0/CA7 P3.0/UCB0STE/UCA0CLK P3.1/UCB0SIMO/UCB0SDA P3.2/UCB0SOMI/UCB0SCL P3.3/UCB0CLK/UCA0STE P3.4/UCA0TXD/UCA0SIMO XT2OUT P5.7/TBOUTH/SVSOUT P5.6/ACLK P5.5/SMCLK P5.4/MCLK P5.3/UCB1CLK/UCA1STE P5.2/UCB1SOMI/UCB1SCL P5.1/UCB1SIMO/UCB1SDA P5.0/UCB1STE/UCA1CLK P4.7/TBCLK P4.6/TB6 P4.5/TB5 P4.4/TB4 P4.3/TB3 P4.2/TB2 P4.1/TB1 P4.0/TB0 P3.7/UCA1RXD/UCA1SOMI P3.6/UCA1TXD/UCA1SIMO P3.5/UCA0RXD/UCA0SOMI 52 51 50 49 48 47 46 45 44 43 42 41 40 39 38 37 36 35 34 33 RX MSP430F2619TPM Figura 8 – Microprocessador MSP430F2619 A Figura 9 – Placa do Conversor A/D e Serial, mostra o layout da placa do conversor A/D microprocessado e da serial. Figura 9 – Placa do Conversor A/D e Serial 10 3.4 CIRCUITO DE ISOLAÇÃO ÓTICA E COMUNICAÇÃO SERIAL O circuito de USB isolada foi projetado com a finalidade de realizar o isolamento elétrico e assim evitar que o usuário receba uma descarga elétrica durante o manuseio da placa [6]. O isolador óptico utilizado ISO 7221 têm uma barreira lógica de entrada e saída separados por dióxido de silício (SiO2), o que proporciona isolamento galvânico de até 4.000 volts. Estes dispositivos isolam e previnem contra ruído de correntes em barramento de dados dos sinais de terra separados. O circuito do FT232RL, mostrado na Figura 10 Circuito de isolação ótica e comunicação serial, tem a função de fazer a conversão de serial para USB. VCC VCC VCC U7 4 CN1 CON USB 1 2 3 4 20 16 15 FT232RL VCCIO TXD RXD VCC5I USBDM USBDP DTR# RTS# 1k R16 1 5 1k R17 TXi RXi VCC 3.3V 2 3 C27 C26 D2 LED LED 100nF U6A 1 RXi TXi 2 3 4 ISO7221AD VCC1 VCC2 OUTA INB INA OUTB GND1 GND2 100nF 8 7 6 TX RX 5 TEST 22 23 13 14 D3 26 GND GND GND C28 100nF VCC3O AGND 17 GPIO0 GPIO1 GPIO2 GPIO3 7 18 21 C29 100nF CTS# DSR# DCD# RI# VCC3I RESET# AVCC OSCI OSCO SLEEP# 25 5 8 19 24 27 28 12 11 9 10 6 Figura 10 - Circuito de isolação ótica e comunicação serial A Figura 9 – Placa do Conversor A/D e Serial, mostra a placa depois de montada, onde aparecem o microcontrolador, o isolador óptico e o conversor USB-serial. 11 Figura 11 – Placa montada do Conversor A/D e Serial 4 O MICROCONTROLADOR MSP430F2619 Os microcontroladores MSP430F da Texas Instruments são muito utilizados em projetos devido a sua rapidez, baixo consumo e capacidade de processamento. Neste trabalho o objetivo principal em utilizar o microcontrolador MSP430F2619 foi para realizar a conversão analógica digital do sinal gerado pelo amplificador e enviar os dados pela porta serial para o software de captura dos dados. O MSP430F2619 possui as seguintes características [8]: • Arquitetura RISC de 16bits; • Freqüência de trabalho de até 16MHz; • Ciclo de máquina de 62.5ns; • Conversor AD de 8 canais e 12 bits de grande precisão e rapidez; • Conversor DA de 2 canais e 12 bits; • Memória RAM de 4kB; • Memória FLASH de 120kB; • Tamanho reduzido em três tipos de encapsulamento: LQFP de 64 e 80 pinos e BGA de 113 pinos; • Alimentação facilmente fornecida de 1.8V a 3.3V; • Protocolos internos para comunicação serial UART (Universal Asynchronous Receiver/Transmitter), SPI (Serial Peripheral Interface) e I2C (Inter-Intergrated Circuit); • Ferramenta de desenvolvimento MSPGCC fornecida pela Texas. 12 A Figura 12 – Diagrama de blocos funcional do MSP430F2619, mostra a arquitetura interna deste microcontrolador [8]. Figura 12 – Diagrama de blocos funcional do MSP430F2619 4.1 CONFIGURAÇÃO DO MSP430F2619 O sistema básico de clock do microcontrolador trabalha com freqüências próximas de 16MHz e possui três fontes de clock ACLK, MCLK e SMCLK. Neste trabalho foi utilizado 10Mhz para os três clocks existentes. A comunicação da porta serial foi estabelecida para uma taxa de 19200bps, ou seja, envia ou recebe um bit a cada 52,08µs. Para realizar a conversão A/D neste trabalho foi utilizado o canal A0 para conversão, com um clock de 10MHz e referência interna do microcontrolador de 2.5V. A cada 10ms é gerada uma interrupção através do timer onde o valor lido no conversor A/D é convertido e enviado para o software GSR Plotter através da porta serial. A Figura 13 – Fluxograma mostra o fluxograma de configuração, leitura e envio de dados. 13 Figura 13 – Fluxograma do processo 4.2 A PROGRAMAÇÃO DO MSP430F2619 A programação do microcontrolador foi feita em linguagem C utilizando o compilador MSPGCC. Foram desenvolvidas as funções de leitura do A/D, programação do timer, interrupções e acesso a porta serial. Através de uma ferramenta de programação o código é transferido ao microcontrolador. O funcionamento do programa é bem simples. Uma vez feita a configuração dos periféricos do microcontrolador, o mesmo fica em loop eterno lendo o conversor A/D e enviando o valor lido para a porta serial. O tempo de cada leitura é controlado pelo timer. 14 5 O SOFTWARE GSR PLOTTER O software para aquisição dos dados foi desenvolvimento em Delphi com auxílio do professor orientador. É uma interface simples e serve para visualizar os dados adquiridos em uma tela gráfica semelhante a de um osciloscópio. Na Figura 14 – GSR Plotter, podemos visualizar a tela do programa de aquisição de dados fisiológicos. Figura 14 – GSR Plotter O programa tem 4 botões: • Iniciar – dispara o processo de aquisição; • Parar – encerra o processo de aquisição; • Limpar – limpa a tela do programa; • Sair – encerra o aplicativo. É possível selecionar a velocidade de transmissão e a porta de comunicação a ser utilizada através de dois combo boxes. A Figura 15 mostra o sistema completo em funcionamento, adquirindo os dados de resistência da pele e enviando ao software de coleta de dados. 15 Figura 15 – Sistema completo 6 CONCLUSÕES O projeto realizado atingiu plenamente seu objetivo que era o de implementar um sistema para medição da resistência da pele. Este projeto tem inúmeras aplicações, sendo a mais importante a de construir uma ferramenta de auxílio ao diagnóstico médico para tratamento de pacientes com estresse póstraumático. O projeto foi implementado com componentes de altíssima precisão e com baixo custo. O circuito conta com dispositivos de baixo consumo, garantindo alta durabilidade da bateria. O uso de baterias de celular garante fácil reposição de peças danificadas a um baixo custo, devido ao elevado volume de produção dessas baterias. O circuito foi implementado em pequenas dimensões facilitando o seu transporte e manuseio, como pode ser visto nas Figuras 16 e 17. 16 Figura 16 – Montagem completa Figura 17 – Montagem duas placas 17 7 REFERÊNCIAS 1 MALMIVUO, Jaakko; PLONSEY, Robert. Bioelectromagnetism – Principles And Aplplications Of Bioelectric And Biomagnetic Fields. New York: Oxford University Press, 1995. 2 FULLER, G.D. BIOFEEDBACK – Methods and Procedures in Clinical Practice. San Francisco: Biofeedback Press, 1977. 3 FENZ, Walter D.; EPSTEINS, Seymour. Gradients Of Physiological Arousal In Parachutist As A Infusion Of An Approaching Jump. Psychosomatic Medicine. V.29, P.33-52, 1967. 4 GEDDES L.A.; BAKER L.E.. Principles Of Applied Biomedical Instrumentation. 3.ed. New York, 1980. 5 PERTENCE JÚNIOR, Antônio. Amplificadores Operacionais e Filtros Ativos: teoria, projetos, aplicações e laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2003. 6 FRAGA, Carlos Eduardo Nadal. Monitoramento da resistência galvânica da pele. Porto Alegre: Revista de Graduação: publicações de TCC, 2009. 7 OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR. Disponível em http://www.mundoeducacao.com.br/ biologia/ossos-membro-superior.htm. Acessado em 07/12/2009. 8 Datasheet MSP430F2619TPM. Disponível em http://focus.ti.com/lit/ds/symlink/ msp430f2619. pdf. Acessado em 08/11/2009. 9 Datasheet FT232RL. Disponível em http://www.ftdichip.com/Documents/DataSheets/ DS_FT232R_V204.pdf. Acessado em 08/12/2009. 10 Datasheet OPA277UA. Disponível em http://focus.ti.com/lit/ds/symlink/opa277.pdf. Acessado em 08/12/2009. 18 11 Datasheet MC34063ADR. Disponível em http://focus.ti.com/lit/ds/symlink/mc34063a.pdf. Acessado em 08/12/2009. 12 Datasheet LP2985-33DBVR. Disponível em http://focus.ti.com/lit/ds/symlink/lp298533.pdf. Acessado em 08/12/2009. 13 Datasheet ISO7221AD. Disponível em http://focus.ti.com/lit/ds/symlink/iso7221a.pdf. Acessado em 08/12/2009.