PLANO DE CURSO Ramo: Teoria e História Seqüência: Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo Disciplina: Teoria, História e Crítica da Arquitetura e Urbanismo III TH-III Período: 4º Período Código: ARQ 1053 Pré-requisitos: ARQ 1052 Créditos: 04 Turma: B01 Referência: 2013/01 Professor: Arq. Azor Henrique de Mendonça Ferro EMENTA Estudo da arquitetura e do urbanismo do século XIX até meados do século XX, compreendendo a experiência internacional e brasileira, discutindo o movimento moderno como momento máximo do projeto iluminista. OBJETIVO GERAL Ampliar a formação histórico-cultural do futuro profissional como suporte para uma atitude crítica sobre a produção arquitetônica, considerada fonte indispensável para o exercício projetual. OBJETIVO INTERMEDIÁRIO Estudar a produção arquitetônica no período, na Europa, nos Estados Unidos e as manifestações no Brasil, através da obra dos arquitetos mais representativos de cada momento, complementando assim a formação histórico-cultural do futuro profissional e ainda estimular, por meio de uma sustentação teórica, a análise crítica desta produção arquitetônica, levando à compreensão de seu papel e significado no processo de desenvolvimento do fenômeno cultural da Arquitetura. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Identificar as características histórico-sociais e técnico-estéticas da produção arquitetônica em estudo Desenvolver instrumentos de análise do espaço edificado através de noção de arquitetura como fenômeno inserido na estrutura cultural e geográfica Exercitar a leitura espacial e de significado da forma arquitetônica, através de exercícios de análise conceitual e projeto Instrumentar o exercício da arquitetura por meio do estudo das formas históricas ao tornar conhecido seu repertório de meios de composição Ampliar e aprofundar os conhecimentos teóricos, exercitando a pesquisa, a análise e a reflexão teórica, tendo por objeto de estudo a vertente moderna de formação da arquitetura brasileira Desenvolvimento da capacidade de interpretação e expressão escrita, através de leituras e produção de textos JUSTIFICATIVA Na seqüência do Ramo de Teoria e História, o TH-III, compõe, juntamente com o TH-IV e TH-V, o bloco de disciplinas destinadas ao estudo da vertente contemporânea de formação da arquitetura brasileira. Iniciando este estudo, o TH-III apresenta ao aluno a mais significativa produção arquitetônica, tanto do edifício quanto da cidade, do período compreendido entre o início do século XIX e a primeira metade do século XX, nos cenários mundiais e brasileiros. Esta divisão se faz necessária, tendo em vista que apesar do curto intervalo de tempo, este período representa grande relevância e complexidade, para a compreensão do processo de formação e consolidação da arquitetura moderna no mundo e de suas primeiras manifestações no Brasil. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE 1 Os antecedentes do modernismo A conjuntura sócio-econômica e política da Europa do final do século XVIII e início do século XIX Reflexos da situação conjuntural da Europa do século XVIII e XIX na arquitetura: o edifício e a cidade O panorama arquitetônico europeu: o neoclassicismo, a arquitetura do ferro e o ecletismo A dicotomia entre engenharia e arquitetura (ciência x arte) As utopias da boa cidade – os progressistas racionalistas e os orgânicos culturalistas O questionamento acerca da produção arquitetônica do século XIX: o movimento das artes aplicadas (Arts & Crafts e o Art Nouveau) As reformas urbanas – Paris de Haussmann, Barcelona de Cerda, Viena de Wagner e Amsterdã de Berlage A escola de Chicago – renovação americana Os reflexos dos acontecimentos europeus no Brasil, durante o século XIX: o A transferência da corte portuguesa, a vinda da missão francesa e a introdução do neoclássico no Brasil o O Brasil republicano e o ecletismo UNIDADE 2 O alto modernismo Em busca da unidade e de uma identidade para a época A cidade industrial de Tony Garnier O futurismo italiano de Marinetti, Boccioni, Carrà e Russolo O neoplasticismo (De Stijl) – Theo van Doesburg, Piet Mondrian e Gerrit Rietveld A Primeira Grande Guerra Mundial como fator de ruptura das experiências anteriores O organicismo de Frank L. Wright O racionalismo e o expressionismo alemão – a experiência da Bauhaus – Walter Gropius, Mies van der Rohe, E. Mendelson e Meyer. As experiências do edifício e a cidade Os construtivistas russos – a escola estruturalista soviética O racionalismo francês – Le Corbusier – o edifício e a cidade A política do New Deal e a reforma urbana americana A Segunda Grande Guerra Mundial e o estilo internacional UNIDADE 3 O corpo de idéias do movimento moderno no Brasil: o modernismo oficializado Dissociação entre crescimento e desenvolvimento urbano no Brasil A construção de Aracajú e Belo Horizonte A transposição do ideário moderno europeu anterior às visitas de Le Corbusier O Estado-Novo e a inserção do país no primeiro surto de industrialização A construção de Goiânia: modernismo sertanejo Formulação de uma versão brasileira do ideário modernista – o Ministério da Educação no Rio de Janeiro A crítica internacional e a afirmação de independência cultural O surgimento das escolas paulista e carioca e seus expoentes METODOLOGIA E AVALIAÇÃO O curso será desenvolvido visando um maior envolvimento do aluno com o seu processo de aprendizagem, o que implica numa participação ativa do mesmo nas atividades propostas. As atividades englobam aulas expositivas com auxílio de material didático e de recursos audiovisuais, além de dinâmicas de grupo de leitura, debates e exercícios, e ainda, trabalhos e seminário, propostos pelo orientador e desenvolvidos pelos alunos. Será observada em sala de aula a participação, capacidade de análise e expressão (verbal e escrita), e, individuais e em grupos, e, avaliações orais e escritas. Os seminários serão realizados a partir da seguinte metodologia: 1. O trabalho será realizado em grupos que variam de 5 a 6 integrantes. 2. Cada grupo definirá um relator, um secretário e um comentador 3. O Relator é aquele aluno que expõe os resultados dos estudos referentes aos temas estudados. A exposição pode ser feita por um aluno, ou por todos sem exceção, repartindo as partes 4. O Secretário é o aluno designado para anotar as conclusões parciais e finais do Seminário, após os debates 5. O Comentador é o aluno escolhido pelo grupo para criticar a exposição de outro grupo. Ele deve estudar (com o seu grupo) com antecedência o tema a ser apresentado de um dos demais grupos, com o intuito de fazer críticas adequadas à exposição desse grupo. A sua fala abre os debates sobre aquela apresentação. O Grupo comentado não poderá escolher o grupo de seu comentador para criticá-lo. 6. Os procedimentos para o Seminário, seus documentos e instrumentos de avaliação: Fichamento dos textos estudados Trabalho teórico Apresentação oral 7. Critérios de avaliação: Revelar habilidade intelectual, não confundindo o pensamento do autor com os fatos por ele trabalhados Estabelecer correlações para os aspectos comuns ou para os assuntos interligados (espacial e temporalmente) Dar preferência à indicação das circunstâncias que revelam mudanças na evolução conjuntural Linguagem objetiva e concisa. Não se deter em pormenores. Não reproduzir trechos dos textos estudados, evidenciando uma interpretação do grupo Exatidão do assunto abordado Sequência no desenvolvimento dos assuntos abordados Adequação ao tempo disponível Seleção da argumentação em qualidade e quantidade Qualidade da exposição oral (controle de si, voz e vocabulário, empatia com o grupo classe) Seleção e uso dos recursos de apresentação Cada item será expresso em O (ótimo), B (bom), R (regular) F (fraco) e I (insuficiente) BIBLIOGRAFIA BÁSICA BENEVOLO, Leonardo. História da arquitetura moderna. São Paulo: Perspectiva, 1989. GIEDEON, Siegfried. Espaço, tempo e arquitetura (o futuro de una nova tradição). Martins Fontes, 2004. PEVSNER, Nikolaus. Origens da arquitetura moderna e do design. São Paulo: Martins Fontes, 1981. SEGAWA, Hugo. Arquitetura do Brasil. 1900-1990. São Paulo: EDUSP, 1999. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ARGAN, Giulio Carlo. Walter Gropius e a Bauhaus. Lisboa: Editorial Presença, 1990. BANHAM, Reyner. Teoria e projeto na primeira era da máquina. Tradução de A. M. Goldberger.3ª ed. São Paulo: Editora Perspectiva, 2003. BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido se desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Companhia das Letras, 1986. BRANDÃO, Carlos Antônio Leite. A formação do homem moderno através da arquitetura. Belo Horizonte: UFMG, 2001. CHAUL, Nasr Fayad. A construção de Goiânia e a transferência da capital. 2ª ed. Goiânia: UFG, 2001. CHOAY, Françoise. O urbanismo. utopias e realidades. Uma antologia. São Paulo: Perspectiva, 1979. DINIS, Anamaria. Goiânia: modernismo sertanejo. Paranoá – Cadernos de Arquitetura e Urbanismo, nº. 2. Brasília: Distrital Gráfica e Editora Ltda., 2006. FIEDLER, Jeannine ...[et al.]. Bauhaus. Tradução de Mariona Gratacòs i Grau e Meritxell Tena Ripollès. Barcelona: Könemann Verlagsgesellschaft/Loc Team, 2000. HOWARD, Ebnezer. Cidades-jardins de amanhã. Tradução de Marco Aurélio Lagonegro. 2ª ed. São Paulo:Annablunme/Hucitec, 2002. JENCKS, Charles. Movimentos modernos em arquitetura. Lisboa: Edições 70, 1987. KOPP, Anatole. Quando o moderno não era um estilo e sim uma causa. São Paulo: Nobel, 1990. LE CORBUSIER. Os três estabelecimentos humanos. São Paulo: Perspectiva, 1979. LE CORBUSIER. Por uma arquitetura. São Paulo: Perspectiva, 1989. PIRES, Jacira Rosa. Goiânia: cidade pré-moderna do cerrado 1922-1938. Goiânia:Editora da PUC Goiás, 2009. REIS FILHO, Nestor Goulart. Quadro da arquitetura no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1983. TOFLER, Alvin. A terceira onda. Tradução de João Távora. 16ª ed. Rio de Janeiro: Editora Record, 1980. UNDERWOOD, David Kendrick. Oscar Niemeyer e o modernismo de formas livres no Brasil. Tradução de Betina Bischof. São Paulo: Cosac & Naify Edições, 2002. AMARAL, Araci Abreu. Artes plásticas na Semana de 22: subsídios para uma história das artes no Brasil. 2ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1972. BAKER, Geofrey H. Le Corbusier – análisis de la forma. 3ª ed. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 1988. BONDUKI, Nabil... [et al.]. Affonso Eduardo Reidy. Lisboa: Editorial Blau, 2000. NIEMEYER, Oscar. Minha arquitetura. 3ª ed. Rio de Janeiro: Editora Revan, 2000. NIEMEYER, Oscar e SUSSEKIND, José Carlos. Conversa de amigos. Rio de Janeiro: Editora Revan, 2002. PEREIRA, Miguel Alves. Arquitetura, texto e contexto: o discurso de Oscar Niemeyer. Brasília: UNB, 1997. SANTOS, Cecília Rodrigues dos ... [et al.] Le Corbusier e o Brasil. São Paulo: Tesssela/Projeto Editora, 1987. CRONOGRAMA FEVEREIRO 05 –Quinta-feira – Preleção: A conjuntura social econômica e política da Europa do final do século XVIII e XIX 09 – Segunda-feira – Preleção: Reflexos da situação conjuntural da Europa do século XVIII e XIX na arquitetura: o edifício e a cidade. 12 – Quinta-feira – Preleção: Reflexos da situação conjuntural da Europa do século XVIII e XIX na arquitetura: o edifício e a cidade. 16 – Segunda-feira – RECESSO DE CARNAVAL 19 - Quinta-feira – Preleção: O panorama arquitetônico europeu: o neoclassicismo, a arquitetura do ferro e o Ecletismo. 23 – Segunda-feira – Preleção - Texto 1: Origens da arquitetura moderna e do design – Nikolaus Pevsner (pág.09 à pág.113) O movimento das artes aplicadas – Arts & Crafts e o Art Nouveau 26 – Quinta-feira - Preleção: O Iluminismo A estética como ramo da filosofia A falsa oposição “clássico x romântico” MARÇO 02– Segunda-feira – Preleção: A dicotomia entre engenharia e arquitetura 05– Quinta-feira – Preleção: Os reflexos dos acontecimentos europeus no Brasil, durante o século XIX: • A transferência da corte portuguesa para o Brasil • A missão francesa • O neoclássico no Brasil • O Brasil republicano • O ecletismo 09– Segunda-feira – PROVA INDIVIDUAL, ESCRITA E SEM CONSULTA – 1º N1 12– Quinta-feira – Preleção - A renovação estética impressionista 16 – Segunda-feira– Preleção - A estética expressionista 19 – Quinta-feira – Preleção: As utopias da boa cidade Os progressistas racionalistas e os orgânicos culturalistas 23 – Segunda-feira – Preleção: As reformas urbanas – Paris de Haussmann, Barcelona de Cerdá , Viena de Wagner e Amsterdã de Berlage 26 – Quinta-feira – Preleção: Em busca de uma unidade e de uma identidade para a época: • O funcionalismo como a primeira de nossas origens modernas • A cidade industrial de Tony Garnier 30 - Segunda-feira - Preleção: A Escola de Chicago • A influência de Frank L. Wright na Europa ABRIL 02 – Quinta-feira - FERIADO – SEMANA SANTA 06 – Segunda-feira – Preleção Texto 3 : O futurismo italiano 09 – Quinta-feira – Preleção Texto 3 : O neoplasticismo (De Stijl) holandês 13 – Segunda-feira – PROVA INDIVIDUAL, ESCRITA E SEM CONSULTA – 2º N1 16 – Quinta-feira – Preleção: A primeira Grande Guerra Mundial como fator de ruptura das experiências anteriores O racionalismo e o expressionismo alemão – a experiência da Bauhaus 20 – Segunda-feira – FERIADO 23 – Quinta-feira – Continuação da aula anterior 27 – Segunda-feira – Preleção: A escola estruturalista soviética Os construtivistas russos 30 – Quinta-feira – Continuação da aula anterior MAIO 04 – Segunda-feira – Preleção: O racionalismo francês – Le Corbusier – o edifício 07 – Quinta-feira – Preleção: O racionalismo francês – Le Corbusier – a cidade 11 – Segunda-feira – Preleção: A transposição do ideário moderno europeu anterior às visitas de Le Corbusier ao Brasil 14 – Quinta-feira – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL (AI) 18 – Segunda-feira – PROVA INDIVIDUAL, ESCRITA E SEM CONSULTA – 1º N2 21 – Quinta-feira – Preleção: O movimento modernista nos EUA A crise de 1929 , o New Deal e a reforma urbana americana 25 – Segunda-feira – Apresentação de vídeo: “O Brasil da Segunda República” – Fundação Itaú 28 – Quinta-feira – Preleção: O Estado-Novo e a inserção do Brasil no primeiro surto de industrialização JUNHO 01 – Segunda-feira - Preleção: A construção de Goiânia 04 – Quinta-feira – FERIADO 08 – Segunda-feira – Preleção: Formulação de uma versão brasileira do ideário modernista – o Ministério da Educação no Rio de Janeiro 11 – Quinta-feira – Continuação da aula anterior 15 – Segunda-feira – A escola carioca 18 – Quinta-feira – A escola paulista 22 - Segunda-feira – PROVA INDIVIDUAL, ESCRITA E SEM CONSULTA – 2º N2 25 - Quinta-feira - Comunicação e discussão das notas