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AIDS: Estar informado é um direito e dever de todos
Helena Beatris Hupfer1
Lianara Teresinha Mumbach Brandenburg2
Resumo
Este estudo busca esclarecer alguns pontos relevantes sobre a AIDS, como: suas
formas de transmissão, prevenção e tratamento, enfatizando o esclarecimento e o
repasse de informação. A AIDS hoje atinge milhares de pessoas em todo o mundo,
por ser uma doença silenciosa a qual muitas vezes leva anos para se desenvolver
no organismo infectado, dissemina-se com rapidez e muita facilidade, atingindo
indivíduos de diferentes faixas etárias e independente de sua opção sexual. Dessa
forma o objetivo deste trabalho é oportunizar o esclarecimento sobre esta doença,
que mesmo estando presente há algum tempo em nosso país, muitas são as
dúvidas que surgem, e em consequência da sexualidade e o erotismo serem hoje
colocados de forma mais explícita, e como forma rápida de prazer e satisfação
pessoal, todos se tornam um grande grupo de risco. Através deste estudo buscou-se
colaborar com as Unidades de Saúde, no que diz respeito ao combate a AIDS, uma
vez que o projeto foi realizado com muita dedicação, entusiasmo e enfatizando a
informação. Contudo, pode-se acrescentar que a prevenção ainda é a melhor arma
no combate a disseminação do vírus HIV. Este projeto, ainda permitiu promover e
analisar de forma mais crítica, o conceito de saúde entre os educandos, tentando
abrir-lhes os olhos, de que saúde é um direito de todos, e que os membros de uma
sociedade, escola ou família devem identificar os diversos fatores de risco de uma
determinada doença, buscar prevenção, e acima de tudo tornar-se disseminador de
informação e vencedor de preconceitos em relação às doenças, como a AIDS.
Palavras-Chaves: AIDS; Doença sexualmente transmissível;
1
2
Professora PDE – Colégio Estadual Padre Réus - PR
Orientadora IES Unioeste de Cascavel PR, Professora de Histologia e Embriologia
1 Introdução
AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida) teve seus primeiros casos
conhecidos por volta de 1977 e 1978 nos Estados Unidos, Haiti e África Central. No
início da análise da doença, exames chamaram a atenção dos médicos, quando
pacientes mais jovens com idade entre 20 e 30 anos estavam apresentando sinais
de Sarcoma de Kaposi, doença que até então atingia somente pessoas mais idosas.
Além do Sarcoma de Kaposi, estes pacientes apresentavam uma perda acentuada
de peso e uma maior facilidade em contrair qualquer tipo de infecção (denominada
posteriormente de infecção oportunista), uma vez que o sistema imunológico
encontrava-se debilitado nestes indivíduos (DANIEL, 2000).
Verificou-se que nos doentes de AIDS o Sarcoma de Kaposi variava desde
manchas rosadas até pápulas ou nódulos avermelhados e arroxeados tanto na pele
como em mucosas ou atingindo outros órgãos. Já em indivíduos não portadores do
HIV o Sarkoma de Kaposi se define através de nódulos azulados e roxos
principalmente nos membros inferiores (DANIEL, 2000).
Daniel (2000) ainda em seus relatos cita que logo no início do surgimento da
AIDS, esta estava ligada a grupos homossexuais com menos de 40 anos e somente
a partir de 1983 a doença começou a acometer mulheres e crianças.
Barone descreve um pouco desta situação no início da história:
“Os pacientes estudados – cujo número não parava de crescer –
apresentavam uma evidente deficiência do sistema imunológico. Essa
deficiência não tinha uma causa genética. Tinha sido adquirida por aqueles
indivíduos em algum momento de sua vida. Vem desse fato o primeiro nome
que se deu ao fenômeno: AIDS. A sigla, em língua inglesa, significa
Acquired immunodeficiency syndrome. Em português, síndrome da
imunodeficiência adquirida (síndrome é o nome que se da a um conjunto de
sintomas com causas que não estão bem definidas) (BARONE, 2009,
pg.11).”
Dados do Ministério da Saúde (2009) mostram que alguns anos após o
surgimento da AIDS, mais de mil novos casos já eram registrados nos países de
origem, a doença espalhava-se rapidamente, e no ano de 1981 registrou-se o
primeiro caso da doença no Brasil.
Muitos estudiosos defendem a tese de que o vírus precursor da doença
(HIV) era originário dos macacos e que através do contato do ser humano com a
espécie, fosse por arranhaduras, mordida ou até mesmo pela ingestão da carne mal
cozida do animal (supostamente contaminada) era o que desencadeava o contágio
da doença. (FORATTINI, 1993)
A epidemia da AIDS no mundo foi responsável por muitas mudanças
significativas
na
área
da
saúde,
política,
direitos
humanos,
políticas
medicamentosas, qualidade de vida e na religião. Isto levou a sociedade científica a
um grande desafio e a concentrar pesquisas na produção de remédios que viessem
a combater ou controlar os sintomas da AIDS.
A partir do momento que se tem conhecimento da realidade de muitas de
nossas escolas e os perigos que cercam nossos alunos, a escola junto com o corpo
docente e administrativo, buscam medidas que visam informar os adolescentes
sobre diversos assuntos. Portanto, este projeto surgiu com a ideia de instruir nossos
educandos a respeito da AIDS, seu modo de contágio e transmissão, como forma de
previni-los e afastá-los deste problema. Entende-se que discutir sobre esta doença é
de fundamental importância, uma vez que, no Brasil estima-se que por ano
aproximadamente 4 milhões de jovens entre 13 e 24 anos tornam-se sexualmente
ativos e talvez, disseminadores deste mal.
Ainda, é interessante ressaltar que em nosso município de Pérola d’Oeste o
índice de soro positivo é muito alto em virtude do pequeno número de habitantes, o
que deixa as autoridades e agentes da saúde desesperados por uma solução e
amenização do problema. Tentando mudar um pouco esta situação, e com o intuito
de diminuir drasticamente este índice de soro positivo neste município, este projeto
foi trabalhado no Colégio Estadual Padre Réus, envolvendo alunos do 9º ano do
Ensino Fundamental (entre 14 a 15 anos) e, objetivando o desenvolvimento de uma
consciência mais crítica e principalmente, tornando-os importantes disseminadores
de informação neste processo.
1.1 A AIDS no Brasil
No Brasil, os primeiros casos conhecidos e confirmados surgiram no ano de
1982 em São Paulo, desde então se estima que mais de 600 mil brasileiros já foram
infectados pelo vírus HIV (PINTO, et al, 2007).
Segundo Daniel (2000), 60% dos municípios brasileiros apresentavam pelo
menos um caso de AIDS, e entre os anos de 1999 a 2009 houve uma queda de
44,4% nos casos da doença em crianças menores de cinco (5) anos.
Por volta de 1980 quando se deu início à epidemia no Brasil a maioria dos
casos era encontrada em grandes centros urbanos como Rio de Janeiro e São
Paulo, sendo os casos diagnosticados em pessoas de classe alta, pela possibilidade
poderem viajar ao exterior contraindo e disseminando o vírus (DANIEL, 2000).
Já na década seguinte houve um aumento significativo da AIDS em pessoas
de classe mais baixa (58,7%), evidenciando que a epidemia havia se instalado no
país a partir desse momento (PINTO, et al, 2007).
Com essa realidade o governo brasileiro veio a desenvolver e a reforçar a
cada ano a divulgação de materiais para prevenção, apostando que este fato
deveria se tornar um hábito de vida aos jovens e pessoas sexualmente ativas, uma
vez que são as mais atingidas. Contudo, uma resposta satisfatória e eficaz ocorreu
entre os anos de 2005 e 2009 através da distribuição gratuita de preservativos a
população. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010)
Segundo dados do Ministério da Saúde (2006), os números de casos de
AIDS no Brasil registrados desde 1980 a julho de 2010, contabilizaram 592.914
novos casos definindo que a epidemia continua estável no país e que a taxa de
incidência oscila em torno de 20 casos por 100 mil habitantes.
Atualmente, verificou-se que na população brasileira existem mais casos de
AIDS em homens do que em mulheres, porém esse número vem se invertendo. Em
1989 para cada 6 casos de AIDS no sexo masculino havia 1 caso no sexo feminino
e no ano de 2009 para cada 1,6 casos em homens (Ministério da Saúde, 2006).
“Nas mulheres, 94,9% dos casos registrados em 2009 decorreram de
relações heterossexuais com pessoas infectadas pelo HIV. Entre os homens
42,9% foram por relações heterossexuais, 19,7% homossexuais e 7,8%
bissexuais. O restante foi por transmissão sanguínea e vertical (Ministério
da Saúde, 2006).”
A participação do Brasil na mobilização internacional para enfrentar a
epidemia se iniciou em meados da década de 80, quando a organização Panamericana da Saúde promovia reuniões para atualizar os dados da epidemia e
discutir táticas regionais para enfrentar a doença (GRANGEIRO, et al, 2009).
O Brasil se destacou com ousadia em suas campanhas preventivas,
raramente encontradas nos países latino-americanos e em outros países do 3º
mundo. O caráter ousado dessas campanhas brasileiras foi inaugurado com o cartaz
“Transe numa Boa” divulgado no ano de 1985, o cartaz era mais direcionado a
comunidade homossexual, chamando a atenção para a AIDS e enfatizando o sexo
seguro. A partir daí as campanhas passaram a girar em torno do uso da camisinha
(usado como estratégia da saúde pública brasileira), abordando o tema de maneira
mais erótica. (GRANGEIRO, at al, 2009).
Esse cenário é sem dúvida favorável para a resposta nacional a doença,
mas ainda são grandes os desafios voltados a AIDS, pois mais de 30 mil pessoas
adoecem e quase 15 mil morrem por ano no Brasil devido a doença e a fatores
ligados a ela. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
1.2 A AIDS e as formas de transmissão
“A AIDS é uma síndrome causada pelo vírus HIV (vírus da imunodeficiência
humana), que ataca e debilita o sistema imunológico, destruindo e enfraquecendo as
células de defesa do organismo (glóbulos brancos) (BRAZ, 2000, pg. 53).”
Segundo Barone (2009), o vírus HIV em uma pessoa contaminada pode ser
encontrado em diversas substâncias líquidas corpóreas, como sangue, saliva,
lágrimas, leite materno, esperma e secreção vaginal.
Atualmente, a relação sexual não está voltada somente a reprodução e nem
sempre acontece com um único parceiro, que por sua vez aumentam-se as chances
de contaminação. Aproximadamente 99% dos infectados ainda não apresentam
sintomas e sinais da doença, o que significa que são portadores assintomáticos
(aparentemente normais) e com o aumento dos parceiros afloram-se grandes
disseminadores do vírus (BARONE, 2009).
A literatura enfatiza que, em uma relação homem e mulher, qualquer um
pode ser infectado, o risco parece ser aparentemente maior para a mulher, pois o
vírus pode ser encontrado em maior quantidade no esperma do que na secreção
vaginal. Todavia, se a mulher for portadora do HIV e apresentar uma doença
sexualmente transmissível com aumento da secreção vaginal ou se estiver com
sangramento (menstruação), estes podem ser fatores que facilitam a transmissão do
vírus e a sua concentração no organismo feminino (BRAZ, 2000).
Braz acrescenta:
“O vírus tem uma transmissão mais eficiente do homem para a mulher do
que da mulher para o homem, mais isso não significa que ele não pode se
infectar em uma única transa com uma mulher se transar sem camisinha
(BRAZ, 2000, pg. 45).”
No caso dos homossexuais, o sexo anal é o mais comum e ao penetrar no
ânus, o pênis pode ocasionar feridas no reto, ou ainda sofrer algumas escoriações,
lesões estas que facilitam a transmissão do HIV. Este aumento na transmissão
através do sexo anal, também pode ser explicado pelo fato de que a mucosa anal é
mais sensível e menos resistente que a mucosa do pênis e da vagina (BARONE,
2009).
Contudo,
não
deixa
de
ser
interessante
ponderar,
que
hoje,
o
compartilhamento de seringas é considerado a segunda maior forma de transmissão
da doença atingindo drasticamente os usuários de drogas injetáveis.
Acredita que a injeção intravenosa é um veículo potente para a transmissão
da AIDS, porém a inalação de certas drogas como a cocaína, é vista como um
agravo à saúde do usuário, pela utilização compartilhada de canudos contaminados
com sangue proveniente de lesões da mucosa nasal destes usuários (BARONE,
2009).
Hoje com a prevenção e cuidados tomados para não haver a transmissão
através do sexo levou a redução significativa dessa forma de transmissão, mas
enquanto isso a contaminação através de usuários de drogas injetáveis e drogas
inaladas crescem cada vez mais, tornando essa forma de transmissão como um dos
meios mais comuns e potentes.
Outra forma de transmissão é a chamada transmissão vertical (da mãe para
filho), a qual pode ser caracterizada de três maneiras: nos primeiros 3 meses (vírus
atravessa a placenta), no contato direto com o sangue da mãe na hora do parto e
através da amamentação (DANIEL, 2000).
O primeiro caso de transmissão vertical no Brasil foi identificado no ano de
1985, e até 2000 foram registrados mais de 5731 casos confirmados. Atualmente,
com os devidos cuidados e maior tecnologia, essa forma de transmissão pode ser
controlada e reduzida, as gestantes precocemente diagnosticadas recebem
instruções e acompanhamento durante a gestação, o parto sempre cesariano
nesses casos para que a criança não entre em contato com o sangue da mãe, e
após o nascimento recebem leite materno doado, por ser esta secreção uma potente
forma de transmissão do vírus (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
É importante que a gestante se mantenha informada sobre esta forma de
transmissão (vertical), pois as crianças que nascem com AIDS apresentam baixo
peso corporal, gânglios, fígado e baço mais volumosos, e após os seis meses de
idade podem desenvolver problemas de pele e por consequência da intensa diarreia
podem emagrecer drasticamente. O autor ainda cita que, como o organismo infantil
contaminado tem dificuldade na produção de anticorpos, mais que os adultos, a
criança pode desenvolver rapidamente pneumonia e meningite. Já os tumores são
vistos com menos frequência nas crianças e recém-nascidos (BARONE, 2009).
“A mãe infectada passa todos os seus anticorpos para a criança, por isso o
teste pode dar positivo, sem que a criança tenha sido infectada. Apenas
depois de 18 meses de vida podemos saber, por meio do teste, se a criança
é realmente portadora ou não do vírus (BRAZ, 2000, pg. 55).”
A transmissão através da transfusão de sangue infectado está se tornando
uma forma rara de transmissão, fato explicado pela triagem do sangue e dos
doadores. Barone (2009) ainda acrescenta que a triagem deva ocorrer também em
órgãos e tecidos transplantados, bem como no esperma, para que este não se torne
veículo de transmissão do HIV em uma inseminação artificial.
No início da epidemia a transmissão do HIV pela transfusão de sangue
acometia principalmente os hemofílicos, contudo, devido a grande propagação da
doença pela transfusão sanguínea o governo obrigou-se a tomar medidas drásticas
de prevenção, e assim hoje, todo o sangue doado é previamente analisado antes de
chegar a um receptor.
“Quando relacionada ao sangue, a manipulação de instrumentos de metal,
que furam ou cortam, pode ocasionar o contágio. Isso vale para
instrumentos de dentistas, de manicures, lâminas de barbear, agulhas de
tatuagem ou de acupuntura [...] (BARRONE, 2009, pg.25).”
O uso obrigatório de luvas, máscaras e touca em muitos consultórios, levou
a diminuição de casos da doença em que a transmissão se devia ao manejo de
instrumentos cortantes de forma incorreta pelo profissional da saúde (MINISTÉRIO
DA SAÚDE, 2010).
Contudo, apesar dos meios de comunicação enfatizarem a prevenção da
AIDS, os casos ainda estão aumentando, principalmente aqueles vinculados ao
sexo. Vale ressaltar, que outra questão interessante está ligada ao seu tratamento,
pois a descoberta e utilização do coquetel para a AIDS, está trazendo uma falsa
idéia de segurança para muitos indivíduos, onde despreocupados consideram que
existe tratamento eficaz e cura para esta doença, o que não é verdade.
1.3 Prevenção e tratamento da AIDS
Parece não haver dúvidas quanto ao caráter da pandemia mundial de AIDS,
porém é interessante ponderar que a prevenção da AIDS gira em torno da
informação e somente com um bom esclarecimento e envolvimento das pessoas
pode-se colocar em prática as medidas preventivas, para que se busque a solução
ou amenização do problema.
O Brasil sempre teve uma boa política de prevenção, desde o início da
epidemia o país foi pioneiro na tomada de decisões e colocou em prática inúmeras
formas atrativas de prevenção.
Consideravelmente, a camisinha é a forma mais segura na prevenção da
AIDS no que diz respeito a transmissão através do ato sexual, contudo o Ministério
da Saúde (2006) adverte que esta deva ser utilizada de maneira correta, tomando
cuidado na verificação de sua data de validade e na lubrificação do produto, pois o
atrito durante o ato sexual pode levar ao rompimento deste e a uma relação não
segura.
Os utensílios (material cortante) usados pelas manicures, pedicures,
tatuadores, dentistas e outros profissionais da saúde, quando não forem
descartáveis devem ser esterilizados, pois os riscos de uma transmissão acidental
são quase nulos, desde que se tomem os devidos cuidados.
Tentando minimizar o problema que envolve a AIDS, a prevenção está
organizada de maneira a promover campanhas informativas através do rádio, TV,
revistas, jornais, panfletos e atividades educacionais como palestras e aulas
interativas que visem esclarecer dúvidas e informar sobre o assunto em questão.
Para o Ministério da Saúde (2006) a distribuição de preservativos é
considerada uma forma rápida e talvez uma das mais eficazes na prevenção e
combate a AIDS, visto que hoje a população já compreendeu que os medicamentos
existentes hoje apenas auxiliam no tratamento dos portadores do HIV, e não na
prevenção ou cura da AIDS.
Para o suposto tratamento da doença, já existem dois tipos de
medicamentos, as drogas virucidas que destroem o vírus HIV e as viruestáticas que
paralisam a sua multiplicação no organismo. Os medicamentos já testados e
utilizados são os virustáticos que retardam a evolução do vírus e aumentam o tempo
de vida do paciente (BARONE, 2009).
É importante descrever que o uso prolongado dos medicamentos pode
causar efeitos colaterais graves, como o acúmulo de gordura no sangue e em outras
partes do corpo, pode diminuir sua eficácia diante do combate ao próprio vírus, pode
criar resistência a outros medicamentos e ainda o vírus pode se tornar resistente a
todos os tipos de medicamentos usados para combatê-lo (BARONE, 2009).
O uso dos medicamentos para controle da AIDS deve ser acompanhado por
uma alimentação saudável, tempo de sono e exercícios físicos adequados, além de
serem administrados somente com recomendação médica, dando assim um efeito
mais positivo na prevenção das doenças oportunistas. Um acompanhamento
psicológico, também é essencial para uma melhor compreensão da doença e de
suas fases evolutivas, ajudando a reduzir a ansiedade e tranquilizando o paciente.
Pesquisas ainda tentam chegar a uma vacina contra o HIV, o que se tornou
prioridade para muitos cientistas envolvidos no estudo da AIDS, mas as dificuldades
ainda são muitas, tanto as que envolvem a própria natureza do vírus (esconder-se
nas células, alterar estruturas celulares e instalar seus próprios genes no
hospedeiro), quanto à restrição do uso de cobaias (animais e humanas) (BARONE,
2009).
“Existem, em investigação, dois tipos de vacina contra o HIV. Uma,
profilática, é destinada a indivíduos ainda não contaminados, mas que,
por alguma circunstância, estão expostos a infecção pelo HIV. Outra
curativa destina-se a indivíduos já infectados, que ainda não
manifestaram a doença (BARONE, 2009, pg.37).”
Além do “coquetel” tomado para o combate ao HIV, muitos pacientes
acabam tomando medicamentos para amenizar os sintomas provenientes das
infecções oportunistas. Como muitos remédios são usados cumulativamente e a
medida que passa o paciente apresenta novas infecções o sistema imunológico não
consegue mais combater estas doenças oportunistas e portanto, os medicamentos
passam a ser utilizados em dosagens maiores do que o previsto e em tempo
prolongado. (BARONE, 2009)
Segundo Braz (2000) é necessário esclarecer que existe uma janela
imunológica, período em geral de três meses para que o organismo produza
anticorpos em número suficiente a serem detectados em teste para a AIDS. O teste
não detecta o vírus no organismo, mas sim os anticorpos produzidos para combatêlo. Satisfatoriamente, o teste para que seja considerado confiável deve ser realizado
após três meses da suposta situação de risco, e é por esse fato também que um
recém-nascido só pode ser diagnosticado como portador ou não do HIV após 18
meses de vida (BRAZ, 2000).
2 Metodologia
Este trabalho objetivou avaliar o nível de conhecimento dos educandos em
relação à AIDS, suas formas de transmissão, prevenção e possível tratamento, na
tentativa de se formar alunos mais instruídos e críticos, pois a instrução os faz
conhecer e enfrentar de maneira mais segura os perigos do mundo que os cerca.
A amostra para aplicação da pesquisa foi composta por alunos da 8ª série
(9º Ano do Ensino Fundamental) do Colégio Estadual Padre Réus da rede pública do
Município de Pérola D’Oeste- PR.
A escolha do grupo com esta idade deu-se por diversos motivos: maior
aceitação para realização dos testes e ainda são alunos que estão passando por
uma fase de descobertas e experimentações, além de modificações psicológicas,
emocionais e sociais, perante a qual o educando se depara com um novo universo
repleto de curiosidades e inquietações.
O desenvolvimento do projeto ocorreu em duas etapas: onde a primeira foi
baseada na aplicação de um questionário pré-teste, e a segunda na realização de
algumas atividades de reflexão que aflorassem o interesse pelo tema (AIDS), estas
ainda complementadas por palestra seguida de dinâmicas e de uma breve
explanação de alguns slides ilustrativos. Após esta segunda etapa, o questionário foi
novamente aplicado com o intuito de averiguar o nível de instrução dos alunos frente
ao exposto.
2.1 Investigando o conhecimento do aluno (questionário pré-teste)
Metodologicamente o projeto se iniciou com a aplicação de um questionário
pré-teste objetivando investigar os reais conhecimentos dos educandos sobre a
AIDS, sua transmissão, prevenção e formas de tratamento.
A elaboração do questionário foi criteriosamente desenvolvida, seguindo um
roteiro que abordasse diferentes tópicos sobre a AIDS, uma vez que é um tema que
desencadeia muitos conflitos e momentos de desespero na sociedade.
Os alunos foram convidados e motivados a responder as diversas questões,
através da apresentação do trabalho e seus respectivos objetivos.
Na sequência são descritas as questões que foram repassadas a este grupo
de educandos (9º ano do Ensino Fundamental), no primeiro momento, como préteste, abordando as respostas mais comuns fornecidas pelos mesmos durante a
aplicação do questionário.
1) O que é AIDS?
Resposta: (da maioria: 69%) – A AIDS é decorrente do vírus HIV, que é
sexualmente transmissível, mas que também pode infectar de outras formas.
- É uma doença sexualmente transmissível.
2) O vírus HIV só pode contaminar grupo de risco como homossexuais?
Justifique.
Resposta: (da maioria: 77%) – Não, todas as pessoas correm o risco de contrair a
doença.
- O vírus HIV pode contaminar qualquer pessoa, independente do sexo, idade ou
orientação sexual.
- Não, o HIV pode infectar qualquer pessoa que entre em contato com o vírus.
3) A AIDS tem cura?
Resposta: (da maioria: 77%) - Não, hoje já existem medicamentos que combatem
a doença, mas não a eliminam do organismo.
-Não, existe apenas o tratamento.
4) Quanto tempo leva para o HIV desenvolver a AIDS no organismo?
Resposta: (da maioria: 31%) - Não há um tempo certo para o organismo
desenvolver a doença, pode levar meses ou anos.
- Não tem um tempo certo, varia de pessoa para pessoa.
5) Como o vírus da AIDS pode ser transmitido?
Resposta: (da maioria: 92%) - Através da relação sexual, transfusão de sangue,
compartilhamento de seringas e da mãe para a criança na hora do parto ou na
amamentação.
6) Como podemos evitar a transmissão do vírus da AIDS?
Respostas: (da maioria: 38%) - Pelo uso de preservativos, agulhas descartáveis e
materiais esterilizados.
7) Existe risco de infecção de HIV por doar sangue ou receber uma injeção?
Resposta: (da maioria: 62%) - Ao doar sangue pode haver infecção se o material
for reutilizado ou não esterilizado, como também pode haver contaminação ao
tomar uma injeção com agulha compartilhada ou não esterilizada.
- Pode ocorrer a contaminação se houver compartilhamento de agulhas e seringas
entre uma pessoa com o vírus e uma saudável.
8) Um só relacionamento sexual é suficiente para contaminar-se com o HIV?
Resposta: (da maioria: 85%) - Sim, se for sem o uso de preservativo pode haver
contaminação.
9) É possível ser infectado através do alicate de unha ou aparelho de
barbear?
Resposta: (da maioria: 31%) - Sim, se houver qualquer tipo de ferimento com
sangramento pode haver a contaminação.
- Se o barbeador e o alicate de unha são compartilhados e não forem devidamente
esterilizados pode haver a contaminação.
Quadro 1: Questionário Pré-teste
Fonte: Helena Beatris Hupfer
Durante a realização do questionário, os educandos demonstraram-se um
tanto apreensivos, curiosos e alguns até assustados. Depois de colhidos os dados e
realizada a análise das respostas fornecidas pelos mesmos, percebeu-se que a
maioria dos alunos respondeu corretamente as questões, o que foi muito satisfatório
para o projeto. O intuito da realização das palestras e momentos de reflexão com os
envolvidos é de instruí-los ainda mais, repassando inúmeras informações sobre o
tema e buscando torná-los cidadãos mais seguros e prontos para conhecerem os
reais perigos da AIDS, para que assim saibam se prevenir de maneira correta e a
levarem uma vida com um pouco mais de tranquilidade frente à doença.
2.2 Realização de palestras educativas
Como parte do desenvolvimento do projeto, buscou-se através de
intervenção por parte da escola uma enfermeira da unidade básica de saúde (UBS)
da cidade de Pérola D'Oeste para a realização de uma palestra informativa
abordando com grande enfoque o assunto em questão: AIDS.
Durante a palestra, a profissional da saúde, fez inúmeras explanações sobre
o tema, conceituando a doença, relatando sobre o vírus e as principais complicações
ao sistema imunológico. Contudo, explicou como diagnosticar a doença através do
teste anti-HIV, o qual é realizado por meio de uma pequena amostra de sangue
retirada do indivíduo, e ainda, deixou claro que o organismo em contato com o vírus,
produz anticorpos e através destes o teste mostrará se a pessoa está ou não
infectada.
Muitos foram os questionamentos realizados pelos alunos e dentre estes,
destacaram-se os referentes a “janela imunológica” e as formas de contágio da
AIDS, o que permitiu verificar grande entusiasmo dos educandos durante o
desenrolar da palestra e muita dedicação da palestrante, enfatizando que é
importante realizar o teste para o HIV e que este é gratuito e sigiloso, indiferente do
resultado obtido.
Considerando ainda, os componentes vulneráveis frente a AIDS, a
identificação de transmissão, responsabilidades na vivência da sexualidade,
desenvolveu-se como atividade interativa e educativa uma dinâmica entre os
adolescentes.
Dinâmica da assinatura:
Procedimento:
Cada participante recebeu uma ficha. Duas destas fichas estavam marcadas, uma
com ponto vermelho e a outra com ponto verde. Música tocando, adolescentes
caminhando pela sala, pausa na música, hora de trocar assinaturas nas fichas
entre os participantes. Assim sucessivamente, por umas cinco ou seis vezes.
Terminado este momento, aos participantes foi informado que haviam duas fichas
marcadas por ponto e que a ficha do ponto vermelho seria a pessoa do grupo com
HIV e não fazendo uso do preservativo. A ficha do ponto verde seria a pessoa
sem o vírus e que fazia uso do preservativo. Averiguando as fichas observou-se
pelas assinaturas quem teve contato com o participante com HIV.
Quadro 2: Dinâmica da assinatura
Fonte: Helena Beatris Hupfer
A dinâmica realizada proporcionou uma grande reflexão sobre os cuidados
com o corpo, prevenção das DSTs, sobretudo da AIDS, e ainda permitiu discutir que
a vivência sexual pode ser prazerosa e responsável, evitando comportamentos de
risco e cadeias de transmissão.
É interessante acrescentar, que o resultado desta atividade, a dinâmica da
assinatura, deixou os participantes muito apreensivos e assustados, porém logo em
seguida compreenderam o perigo da transmissão em cadeia, onde apenas um
indivíduo contaminado pode colocar “x” pessoas em risco.
Deve-se salientar ainda, que a palestrante da UBS pôs em discussão a
questão da discriminação aos “aidéticos”, enfatizando e argumentando sobre a
importância de um relacionamento sem preconceitos e sem medos, acrescentando
que abraços, apertos de mão e carinhos, assim como beijos, lágrimas, talheres mal
lavados, refeição junto com um "soropositivo", lençóis, telefones públicos,
transportes comunitários, cinemas, quadras esportivas, escolas, local de trabalho,
visitas a hospitais e piscinas não são meios de contágio da doença.
2.3 Investigando o conhecimento do aluno (questionário final)
Quando o questionário foi aplicado na forma de pré-teste (quadro 1), mesmo
com grandes porcentagens de acertos, verificou-se a necessidade da realização do
projeto na forma de palestras educativas, no intuito de instrui um número maior de
alunos, orientando-os a esclarecer dúvidas e a expressassem seus anseios.
O conteúdo foi primeiramente exposto de forma oral, com explicações e
diálogos entre os alunos e o professor, e no segundo momento foi trabalhado de
forma a enfatizar o visual, onde os educandos foram convidados a juntar-se em
grupos e a desenvolver cartazes com campanhas de prevenção ou apenas de
informação sobre a AIDS.
Percebeu-se no decorrer do desenvolvimento da atividade, que os alunos
apresentavam-se envergonhados e tímidos, porém logo foram se soltando,
adquirindo confiança para perguntar ou colocar suas experiências e expectativas,
assim, quando a enfermeira da UBS orientou a palestra, os alunos já estavam mais
confiantes, e participaram de forma significativa durante o debate.
É interessante considerar que o desenvolvimento do projeto, permitiu
aprendizagem, aquisição de novos conceitos e experiências, não somente aos
alunos, mas também para todo o grupo pedagógico da escola. Em relação aos
professores envolvidos, estes compreenderam a importância da comunicação e da
diversificação dos métodos de ensino e aprendizagem na busca de novos
conhecimentos.
Após a explanação do conteúdo, realização da palestra educativa e
momentos de reflexão e discussão sobre as principais dúvidas referentes ao tema,
era o momento da aplicação do mesmo questionário (quadro 1), tentando averiguar
o nível de instrução dos alunos participantes.
Com a coleta de dados após a segunda aplicação do questionário foi
possível verificar um resultado positivo e surpreendente. O índice de acertos em
todas as questões foi maior, demonstrando que quando um assunto é polêmico, e,
sobretudo bem discutido e trabalhado pode desenvolver ainda mais a aprendizagem
e por consequência, o nível de compreensão se torna maior e satisfatório.
Sabe-se que apenas o simples repasse de informação tem suas limitações,
e cabem ao professor, a escola e as unidades de saúde buscar novos métodos para
enriquecer este repasse, enfatizando a aprendizagem e a aceitação de novos
conhecimentos e práticas preventivas. No que se refere a AIDS, o conhecimento
pode ser uma importante barreira no combate ao vírus, principalmente quanto à
prevenção e sua transmissão.
Barone também argumenta sobre a importância da informação:
“Isso acontece por que o sexo está ligado apenas à reprodução dos seres
humanos, mas também à atividade de cada um. Assim todos que têm uma
vida sexual ativa estão sujeitos à contaminação pela doença. No entanto,
para evitar conclusões apressadas e enganosas, é preciso analisar com
cuidado a ligação entre AIDS e sexo. Daí a importância de manter-se bem
informado sobre o assunto.” (BARONE, 2009, pg.19).
Trabalhar assuntos polêmicos com jovens e adolescentes podem render
grandes frutos, uma vez que os jovens são o futuro da nossa nação e sempre estão
“antenados” aos novos acontecimentos e a tecnologia. Contudo, o audiovisual os
estimula e facilita o estudo de assuntos abrangentes, polêmicos e de importância
mundial. Talvez trabalhar com esse grupo etário seja uma das melhores formas de
combater o avanço da AIDS.
Inovar na forma de informar e conscientizar a sociedade sobre os reais
perigos da AIDS, muitas vezes parece intimidador, mas resultados interessantes
como os obtidos com este trabalho, o qual foi desenvolvido em um pequeno grupo
formado por alunos de 14 a 15 anos, serve como incentivo a muitos educadores.
Ao serem coletados os dados e avaliadas as respostas dos alunos nas
aplicações do questionário, percebeu-se que as mesmas não estavam incorretas,
apenas incompletas e, contudo, mais organizadas e formuladas na segunda
aplicação. Portanto, a palestra e a explanação sobre o tema, permitiu que o nível de
instrução dos alunos fosse maior no final do projeto. E vale acrescentar que, todo
adolescente é como uma pedra preciosa esperando para ser lapidada, e a escola
como um todo tem como dever informar e formar uma consciência de prevenção.
Perceber
que
estes
adolescentes
adquiriram
mais
informação
e
conhecimento é gratificante, e ainda, pode-se dizer que informar pessoas desta faixa
etária, é ajudar na construção de futuros cidadãos, adultos responsáveis e
prevenidos.
O
desenvolvimento
deste
projeto
permitiu
perceber
que
o
mais
surpreendente foi o despertar de uma consciência crítica e humanizada referente à
AIDS. E, portanto, espera-se que o trabalho desenvolvido com este grupo possa
abranger uma parte ainda maior da sociedade, pois o intuito foi a transformação
desses alunos de meros ouvintes em multiplicadores de informação.
A alegria e dinamismo do grupo demonstrou grande aceitação do trabalho
pelos participantes, o que também foi verificado em um de seus relatos: “Estou muito
satisfeito, pois foi um aprendizado singular que eu levarei para toda a minha vida,
como uma forma de preservar minha saúde e ter uma vida próspera e feliz e ao
mesmo tempo poderei contribuir para com os outros na mesma proporção”.
3 Conclusão
Apesar de tantas descobertas importantes sobre a AIDS e o vírus HIV, este
assunto é ainda muito polêmico, uma vez que inúmeros mitos ainda tentam omitir os
reais perigos da AIDS no que tange a sua prevenção, transmissão e tratamento.
No decorrer das atividades (palestras, confecção de cartazes, debates)
constatou-se que fatores como a mídia, membros da sociedade e religião exercem
acentuada influência sobre a formação de conceitos e no surgimento de mitos sobre
determinado assunto, especialmente os que refletem a transmissão do vírus da
AIDS.
Estudos mostram que os vírus causam diversas doenças no homem e nos
outros animais, com maior ou menor gravidade, desde um resfriado comum até
doenças graves como a raiva, a AIDS e a poliomielite (JUNQUEIRA e CARNEIRO,
2000).
A AIDS é uma síndrome que constitui grave problema médico e social, pois
o vírus HIV está associado ao desenvolvimento de certos tipos de câncer, o que por
sua vez vem acometendo a saúde do indivíduo infectado de maneira catastrófica.
É importante reafirmar que os vírus são estruturas constituídas por um
genoma de DNA ou RNA, sem a capacidade de multiplicação independente e que
dependem das organelas celulares para sua proliferação (JUNQUEIRA e
CARNEIRO, 2000). Adicionalmente, os vírus assim como o HIV, não possuem a
maquinaria necessária para a síntese de suas próprias moléculas, e por isso, são
parasitas intracelulares obrigatórios, causando diversas doenças nos animais e
também em plantas (DE ROBERTIS e HIB, 2006).
As células parasitadas permanecem vivas e tornam-se verdadeiras fábricas
de novos vírus, prolongando e agravando a infecção (JUNQUEIRA e CARNEIRO,
2000).
Em virtude da gravidade do problema e sabendo que a AIDS é um dos
maiores pesadelos para a sociedade médica e científica, viu-se a necessidade da
realização deste projeto, como forma de alertar alunos do Ensino Fundamental
baseando-se na ideia de que é muito mais eficaz a prevenção do que o tratamento
da doença.
Estudos enfatizam que o número de infectados nesta faixa etária dos 12 aos
19 anos é crescente e muito preocupante, pois com a liberdade sexual e o fácil
acesso às drogas, a sociedade está se deparando com um grande aumento de
infectados pelo HIV, muitos destes apenas jovens adolescentes.
Com base de que os diversos experimentos laboratoriais realizados pelos
cientistas ainda não demonstraram sucesso frente à cura para a AIDS, cabe aos
educadores uma busca incansável a novas estratégias de motivação e aprendizado
que aflorem nos alunos uma procura mais crítica por novos conhecimentos ou
informações, desmistificando muitos conceitos, principalmente os relacionados à
AIDS.
Este trabalho alcançou todas as expectativas esperadas, mostrando
principalmente aos educadores que informações sempre são bem vindas e nunca
demais. Ainda, muitos dos educandos foram capazes de perceber como é
importante buscar informações, divulgá-las e estar atento ao que é mito ou
realidade. A falta de esclarecimento pode acometer o bem estar do indivíduo, sua
saúde, principalmente se isso se referir ao vírus HIV.
Nos trabalhos realizados em sala de aula foi possível verificar grande
entusiasmo e aceitação pelos educandos, assim como muitas curiosidades foram
levantadas e posteriormente, sanadas com auxílio e orientação do professor.
Portanto, com a realização do questionário pós-palestra apurou-se que os alunos
apresentavam-se muito mais instruídos, críticos e seguros frente ao problema AIDS.
Através deste projeto foi possível verificar que nem sempre a família
consegue repassar as devidas informações a esses jovens, portanto cabe a escola
montar palestras, atividades educativas e motivadoras que visem uma busca maior
por conhecimentos sobre assuntos polêmicos do meio social.
A realização deste trabalho além da busca de informação possibilitou um
contato mais direto entre educandos e educadores, enfatizando que nem sempre o
quadro e giz funcionam como material didático apropriado para uma aprendizagem
de sucesso.
Este trabalho teve como missão contribuir para uma melhora da qualidade
de vida dos alunos, por meio do repasse de informação na tentativa de impedir o
avanço da epidemia do HIV/AIDS no município de Pérola D’Oeste e a
democratização de disseminação da informação utilizada não só aos alunos, mas
também ao grupo social em que vivem.
4 Referencias:
BARRONE, A.A. AIDS Informação e prevenção. São Paulo: Editora Ática, 2009.
BRAZ, J. E. Perdidamente AIDS: angústia de uma jovem. São Paulo: FTD, 2000.
DANIEL, H. Histórico da AIDS, 2000.
DE ROBERTIS, E.; HIB, J. Bases da Biologia Celular e Molecular. Rio de janeiro,
Guanabara Koogan, 2006.
JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. Rio de janeiro,
Guanabara Koogan, 2000.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. AIDS no Brasil, 2000.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. AIDS no Brasil, 2006.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Viração, especial AIDS. Associação de apoio a meninas
e meninos da região da Sé de São Paulo. São Paulo, 2006.
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