Comparação das populações de neutrófilos e trombócitos em Truta arcoíris (Oncorhynchus mykiss) diplóides e triplóides pela citometria de fluxo 1 1 1 Renata Stecca Iunes , Janaina Munuera Monteiro , Rosemary Viola Bosch , José Roberto Kfoury 1 Júnior 1 Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, USP, São Paulo. triplóides apresentaram células maiores e mais 1. Objetivos complexas (valores maiores de forward scatter Com o intuito de melhorar a qualidade da channel e side scatter channel, respectivamente). carne, a produção de lotes monossexos de Porém ao analisarmos as médias das proporções fêmeas esterilizadas pela triploidização tem de trombócitos e neutrófilos de triplóides e sido uma das técnicas mais empregadas, já diplóides não notamos diferença estatística que essas fêmeas triplóides utilizam energia (p>0,05), provavelmente porque os leucócitos dos que seria utilizada na gametogênese para o animais triplóides, apesar de serem maiores estão crescimento somático. Na produção é em menor número mantendo proporções celulares importante a avaliação do estado de saúde semelhantes aos dos animais diplóides, assim desses animais, para isso podemos utilizar a como ocorre com os eritrócitos de trutas triplóides avaliação dos leucócitos dos mesmos. Dentre que são maiores que os das diplóides, devido ao esses leucócitos encontram-se os trombócitos aumento da quantidade de DNA nos triplóides, que e neutrófilos, que foram o foco de avaliação leva a um aumento do volume nuclear e desse trabalho que teve como objetivo a citoplasmático, assim como uma redução no comparação do perfil de trombócitos e número de células triplóides, já que o tamanho dos neutrófilos de truta arco-íris diplóides e peixes diplóides e triplóides são semelhantes [4,5], triplóides pela citometria de fluxo. o mesmo ocorre com macrófagos peritoneais [6]. 2. Material e métodos Trutas fêmeas foram anestesiadas com xilocaína a 40 ppm, para biometria, pesagem e coleta do sangue pela veia caudal [1]. O sangue periférico foi centrifugado e o “buffy coat” coletado. Os leucócitos do sangue 6 periférico foram ajustados para 2x10 células/100µl com RPMI suplementado com 5% soro fetal bovino inativado, e incubados com 100µl de anticorpos anti-neutrófilo (TTL-5E9) e 50 µl de anticorpo anti-trombócitos (TTL-7D11) por 40 minutos sob gelo. Após esse período, as células foram lavadas três vezes com solução Ringer e incubadas com 50 µl de anticorpo de cabra anti camundongo marcado com FITC (diluição de 1:20) por 20 minutos sob gelo, protegido da luz. Novamente as células forão lavadas 3 vezes em Ringer e depois analisadas pelo citômetro de fluxo [2,3]. 3. Resultados e discussão Foram analisadas 14 amostras sendo 8 de trutas diplóides e 6 de trutas triplóides com ajuda do programa cellquest-pro. Os animais 4. Conclusões Os fatos citados anteriormente demonstram uma adaptação das trutas triplóides quanto às características de seus leucócitos, contudo, para inferir se estas adaptações se estendem às suas funções; fazem-se necessários estudos futuros neste tema. 5. Referências Bibliográficas [1] J.R.M.C SILVA ET. AL, Polar biology, 20: 206212 (1998). [2] J.R. Kfoury Jr et. al, Journal of Experimental zoology, 284:309–316 (1999). [3] Y. SASAKI ET. AL, Fish & Shellfish Immunology, 12: 43–252 (2002). [4] T.J. Benfey e A.M. Sutterlin, Journal of Fish Biology, 24: 333-338 (1984). [5] M.J.T Ranzani-Paiva et. al., Revista Brasileira de Zoologia 15(4): 1093-1102 (1998). [6] L.N. Pressinotti, Dissertação apresentada ao Institudo de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo para obtenção do titulo de mestre na área de biologia celular e tecidual, 94p. (2006).