página 1 Fevereiro 2009 www.jornalsociedadeanimal.com.br IV Ano | Edição 34 Fevereiro 2009 Raiva Humana Brasil registra caso raríssimo de cura da raiva humana em Recife. Em 2008 houve três mortes pela doença, duas transmitidas por morcego, em Goiás e uma por macaco (sagüi), em Camocin, no Ceará. página 7 Distribuição Gratuita NESTA EDIÇÃO Epilepsia Epilepsia não tem cura, mas pode ser controlada. Alem dos medicamentos, muito carinho e atenção. página 3 Morcegos Das 1000 espécies, apenas 3 se alimentam de sangue. Eles podem se alimentar de insetos, frutos, sementes, néctar de flores entre outros. página 5 Cavalo Sorraia Raça de cavalos portugueses considerada a mais próxima do cavalo pré-histórico Ibérico, o ancestral do cavalo Lusitano. página 8 Coluna: animais domésticos Relação de cães para adoção página11 página 2 Fevereiro 2009 Crime contra a fauna • 20/01/2009 ‘Maternidade’ de tartarugas Para proteger a postura dos ovos e o nascimento das tartarugas da Amazônia, fiscais do Ibama e agentes ambientais transformaram uma área de reserva de Aveiro (PA) em uma verdadeira maternidade. Os agentes esperam que até fevereiro, oitocentos mil filhotes sejam levados para a bacia do Rio Tapajós.. (Fonte: G1) • 31 / 01 / 2009 Câmeras automáticas flagram 75 onças Usando câmeras fotográficas com sensores de presença instaladas em diferentes pontos da selva amazônica equatoriana, o pesquisador Santiago Espinosa conseguiu fotografar 75 onças-pintadas e demonstrar que a presença humana faz diminuir a incidência do maior felino do continente. As câmeras flagraram outros animais, como um bando de porcos selvagens e uma rara espécie de cachorro-domato. (Fonte: G1) Animais silvestres comem mangas envenenadas e morrem em Álvares Florence/SP Sete animais silvestres foram mortos por envenenamento em um sítio em Álvares Florence (537 km de São Paulo). Entre os bichos mortos está um lobo-guará, espécie que está na lista de animais em extinção do Estado de São Paulo de 2008. Proprietários de um sítio envenenaram mangas para atrair e matar javalis, que estariam causando danos na plantação de milho. No entanto, comeram as frutas quatro tatus, um cachorro-domato, um carcará e um lobo-guará, de acordo com a Polícia Militar Ambiental de Votuporanga (521 km de SP). A denúncia foi feita à polícia no dia 23 de janeiro.. De acordo com o termo circunstanciado (boletim de ocorrência com menor potencial ofensi- vo), as mangas foram encontradas próximas aos animais mortos. Elas foram encaminhadas para a Polícia Científica para análise. Pela cor e o cheiro das frutas e dos animais, a Polícia Ambiental pressupõe que o veneno usado foi o inseticida Furadan, usado para o controle de pragas em lavouras. O produto é vendido de forma controlada, segundo a polícia. Os proprietários do sítio - pai e filho - foram autuados pelo artigo 29 da lei 9.605 (lei de crimes ambientais), que prevê de seis meses a um ano de prisão para quem matar animais silvestres. Eles falaram à polícia sobre o ataque dos javalis à lavoura, mas se recusaram a falar sobre as mangas envenenadas. Os donos do sítio também foram multados em R$ 15.494 pelo crime contra a fauna. Outras vistorias foram realizadas no sítio pela Polícia Ambiental para verificar se o veneno continuava a ser usado para matar animais. Os policiais não encontraram mais irregularidades. (Fonte: Folha Online, 29/01/2009) www.ambientebrasil.com.br Lei 9.605 Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: Pena-detenção de seis meses a um ano, e multa. Expediente Sociedade Animal Empresa Jornalística Ltda CNPJ 06.963.370/0001-00 Insc. Est. isento Rua São Paulo, 143 | 3 andar | sala 34 Centro | Poços de Caldas - MG | CEP 37701-012 E-mail: [email protected] Site: www.jornalsociedadeanimal.com.br Diretora Neiva L. Silva Jornalista Responsável Gilberto César Immese Impressão Editora Verdade (16)3626.0491 Os artigos do Sociedade Animal são de inteira responsabilidade de seus autores. O Sociedade Animal circula nas cidades de Poços de Caldas e São José do Rio Pardo. Apoio Universidade Positivo ED - Escritório Experimental de Design Professora Responsável Eliza Yukiko Sawada Ilustração Sabrina Foggiatto Design Editorial Juliana Saladini e Sabrina Foggiatto http://design.up.edu.br (41) 3317-3236 página 3 Fevereiro 2009 Epilepsia Epilepsia não tem cura, mas pode ser controlada. A epilepsia é uma síndrome caracterizada por convulsões (conhecidas popularmente como “ataques”) que se repetem com maior ou menor freqüência durante a vida do animal. Ela pode ser hereditária (epilepsia primária) ou adquirida (epilepsia adquirida). A causa mais comum de convulsões em cães é a epilepsia primária, e se caracteriza por episódios repetidos de convulsões sem nenhuma causa aparente. Os cães acometidos são normais entre as crises. O que leva estes animais a apresentarem este quadro é um ”mau funcionamento” de uma área cerebral. Em gatos é incomum a epilepsia primária. Cães de raças como o Pastor Alemão, Beagle, Dachshund, São Bernardo, Cocker Spaniel, Setter Irlandês, Boxer, Husky Siberiano, Malamute do Alasca, Border Collie, Poodle Miniatura, Fox Terrier, Labrador Retriever e Golden Retriever são as mais comumente acometidas. As demais raças de cães e aqueles sem raça definida também podem desenvolver a doença embora com menor freqüência. As convulsões normalmente iniciam-se entre 6 meses e 3 anos de idade, embora não sejam observadas até os 5 anos de idade em alguns cães. Em grande parte dos casos, as convulsões são generalizadas, isto é, ocorre perda da consciên- cia, o animal pode vir a urinar e defecar, além de apresentar “movimentos de pedalar” durante o episódio. Os intervalos entre as convulsões freqüentemente são regulares, podendo ser de semanas ou meses. Com o avançar da idade, a freqüência e a gravidade das convulsões pode aumentar, especialmente em cães de raças grandes. Entre outras causas de convulsão, podemos citar animais que tiveram trauma crânio-encefálico, intoxicação, acidente vascular cerebral (“derrame”), doença inflamatória do sistema nervoso central, insuficiência renal, insuficiência hepática ou doença metabólica que leve a hipoglicemia (diminuição dos níveis de glicose no sangue). Estes indivíduos estão no grupo dos animais que possuem epilepsia adquirida. Caso seu cão apresente algum dia convulsão, não se desespere, apenas segure o animal junto ao chão para que ele não se machuque ao se debater e evite colocar a mão ou a face próximas à boca dele, pois ele pode morder você involuntariamente. Geralmente, o episódio dura poucos segundos ou minutos, o cão volta semiconsciente e sem entender bem o que ocorreu, mas logo volta ao normal. É importante ressaltar que um ou poucos episódios convulsivos não irão levar o animal a óbito. Após o término do “ataque”, procure seu veterinário de confiança para descobrir a causa da convulsão e medicar o animal se necessário. TRATAMENTO O tratamento está indicado para cães e gatos com convulsões graves ou que ocorram mais de uma vez a cada 4 a 6 semanas. O proprietário do animal deve participar da decisão de iniciar a terapia, uma vez que os esquemas de administração das medicações são muito rígidos. O objetivo do tratamento é diminuir a freqüência e a intensidade das convulsões a um nível suportável para o proprietário e para o paciente. A necessidade de administração diária deve ser enfatizada ao proprietário e sua motivação avaliada antes da decisão de iniciar a terapia. A retirada abrupta da medicação pode precipitar convulsões mais intensas que as que ocorriam inicialmente. Existem medicamentos que controlam com sucesso as convulsões, mas cuja administração regular danifica as células hepáticas, por isso deve ser associado a uma medicação que proteja o bom funcionamento do fígado. São necessários 8 a 18 dias para se alcançar um nível sérico estável (quantidade estável de medicação na corrente sanguínea). Para que isto ocorra, devem ser administrados a cada 12 horas na maioria dos animais. Nos 18 dias subseqüentes ao início do tratamento e após cada ajuste na dose, o paciente ainda pode apresentar convulsões porque a concentração sérica terapêutica pode não ter sido atingida. A dose de manutenção deve ser a Gilmar, 9 anos. mínima capaz de evitar os ataques. A medicação é para o resto da vida do animal, pois esta doença não tem cura, apenas tratamento de controle. Torna-se muito importante evitar situações de stress: viagens, cios, foguetes, etc. Todas estas situações podem desencadear uma crise! Por isso recomenda-se castrar os animais epilépticos. Caso o medicamento prescrito não apresente resultado satisfatório, converse com seu veterinário, pois somente ele pode decidir qual o melhor tratamento. Portanto, a longo prazo podem-se esperar problemas hepáticos e não é raro um cão epiléptico morrer de cirrose, mas também não é raro um cão epiléptico durar mais de 7 ou 8 anos! Por isso não desespere se o seu cão tiver epilepsia! Evite situações de stress e mantenha a medicação estipulada pelo veterinário. Faça análises químicas do fígado de 6 em 6 meses a fim de controlar alguma lesão secundária hepática e sobretudo compreenda o seu amigo e dê-lhe muito exercício e carinho! Vai ver que ele lhe retribuirá em dobro! Marcus Vinícius C de Vito CRMV-MG 7516 F:35-3721.8005/9931.3124 página 4 Fevereiro 2009 Alimentação para cadelas na gestação e lactação Gerar um filho exige que a futura mamãe siga alguns cuidados especiais, principalmente em relação à alimentação, o que proporciona benefícios para ela e para o bebê. No mundo animal não é diferente. Cadelas prenhas também precisam de alimentos adequados durante a gestação e na fase de lactação. O veterinário e gerente técnico do Grupo Guabi, dr. Rodrigo Bazolli, ressalta que, desde a concepção até o desmame, o animal passa por diferentes fases, com peculiaridades nutricionais e sanitárias, por isso é fundamental o acompanhamento de um médico veterinário. Cuidar da nutrição é importante para garantir sua saúde e do feto. “Cadelas abaixo ou acima do peso possuem menor número de filhotes do que aquelas com o peso ideal”, alerta. A gestação dura cerca de 63 dias – durante os primeiros 42 dias deve-se oferecer um alimento de boa qualidade, como rações super premium destinado ao cão adulto. “Nesta fase, é importante evitar que a prenha engorde demais para reduzir a chance de ter problemas no parto”, explica dr. Rodrigo. Nos últimos 21 dias de gestação – fase principal de crescimento dos fetos – há mais exigência na ingestão de alto teor de energia. Este rápido desenvolvimento dificulta o consumo de grandes volumes de alimento. Neste período, a cadela deve consumir uma ração super premium para filhotes várias vezes ao dia. Este produto possui alta densidade enérgica e suprirá suas exigências. Na lactação ela necessita dos nutrientes para sua manutenção e produção de leite. Recomenda-se oferecer à vontade um produto de boa qualidade e, ainda, com alta concentração de energia, encontrados nos alimentos super premium para filhotes. Com uma alimentação correta, não é necessário o uso de suplementos vitamínicos ou minerais. “A ingestão excessiva de nutrientes como o cálcio podem ocasionar eclampsia pós-parto”, completa o veterinário. Com 34 anos no mercado, o Grupo Guabi é hoje um dos maiores produtores de rações do país. Informações: www.guabi.com.br LN Comunicação Morcego com vírus da raiva causa alerta em Sorocaba/SP A constatação de que um morcego encontrado no Jardim Faculdade, zona leste de Sorocaba, era portador do vírus da raiva, colocou em alerta a Seção de Prevenção e Controle de Zoonoses do município. Foi o segundo caso em menos de dois meses. Ontem, quarta-feira, 4 de fevereiro, equipes percorreram as casas localizadas num raio de 500 metros do local onde o morcego foi achado agonizante. Cães e gatos receberam a vacina antirrábica. Foram dispensados da vacinação apenas os animais que já tinham recebido a vacina recentemente. A doença foi apontada em exame realizado pelo Instituto Adolfo Lutz. Em dezembro, já havia sido detectada a presença do vírus em outro morcego achado morto no mesmo bairro. Na época, foi feita uma varredura na região para localizar e destruir possíveis colônias dos morcegos. Os dois animais que apresentaram o vírus eram de espécie insetívora - que se alimenta de insetos - o que reduz o risco de contaminação, já que a doença costuma ser transmitida pelo morcego hematófago, que se alimenta de sangue. Geralmente, as vítimas do morcego hematófago são mamíferos como cães, cavalos e bois, mas no município de Tapiraí, cidade da região, houve casos de ataque a pessoas. A Secretaria de Saúde de Sorocaba informou não terem sido registrados casos suspeitos da doença na cidade e que a vacinação tem caráter preventivo. O secretário Milton Palma pediu aos moradores que fiquem atentos a possíveis sintomas da doença em seus animais e, diante de qualquer anormalidade, comuniquem os órgãos sanitários. Fonte: José Maria Tomazela/Estadão Online) www.ambientebrasil.com.br Fevereiro 2009 página 5 Morcegos Quem são? • Mamíferos que voam; • Possuem hábitos noturnos e crepusculares; • Orientam-se através de sons de alta freqüência (sonar); • Aproximadamente 1000 espécies identificadas Alimentação: • Das 1000 espécies, apenas 3 se alimentam de sangue. Os morcegos podem também se alimentar de insetos, frutos, sementes, néctar de flores, entre outros. Importância ecológica: • Realizam a polinização e a dispersão de sementes de muitas espécies vegetais, contribuindo para a recomposição de nossas florestas; • Controlam populações de insetos (1 morcego insetívoro pode comer mais de 600 mosquitos por hora) Os morcegos são protegidos por lei, sua perseguição, caça ou destruição são considerados crime. Importância para a saúde: • Podem morder e transmitir a raiva se forem indevidamente manipulados; • Suas fezes contêm bactérias, fungos e vírus que quando inalados podem ser prejudiciais a nossa saúde. Principais abrigos: Forros, sótãos, porões, frestas, construções abandonadas, cavernas, grutas, túneis, bueiros, cisternas, copas e folhagens de árvores e arbustos, estábulos, pontes, etc. Procedimentos para desalojar morcegos: • Nunca se deve tocar nos morcegos. • Observar sua localização. A presença de suas fezes e ruídos podem auxiliar sua localização; Lionycteris spurrelli, de hábito alimentar nectarívoro. Foto: Setsuo Tahara (www.flickr.com/photos/setsuotahara) • Verificar os espaços abertos por onde estes saem e entram e os horários nos quais isso ocorre; • Vedar de modo permanente todas as frestas existentes, deixando somente aquelas utilizadas pelos morcegos; • Aguardar o horário da saída dos morcegos e vedar esta abertura com material provisório (jornais ou panos). Os morcegos que saírem estarão impossibilitados de retornar aos abrigos. No mesmo horário do dia seguinte, retire o material provisório, permitindo a saída dos morcegos que tenham eventualmente permanecido no abrigo; • Vedar definitivamente as aberturas de entrada e saída de morcegos Existem alguns produtos de odor forte, como a naftalina e o formol (líquido ou em pastilhas) que eventualmente funcionam como repelentes de morcegos. Estes produtos devem ser utilizados com cautela pois podem fazer mal à saúde humana. Atenção: • Não tente captura-los! Se um morcego entrar na sua residência, acenda as luzes internas, deixe as portas e janelas abertas para o animal sair. • Em caso de acidentes, lave bem o local da mordida com água e sabão e procure um posto de saúde. Juliana M. Bonora de Oliveira - Bióloga Vigilância Ambiental em Saúde página 6 Fevereiro 2009 Caso raríssimo de cura da raiva humana registrado em Recife Antes apenas duas pessoas haviam sido curadas em todo o mundo, o que torna a cura do menino histórica para a medicina brasileira. Em 2008 foram confirmadas três mortes pela doença no Brasil, duas transmitidas por morcego, em Goiás e uma por macaco (sagüí), no Ceará. Dois casos chamaram a atenção nestes últimos meses no Brasil. A morte de Elismar Ferreira Martins, de 12 anos, em Brasília no dia 25 de dezembro. O menino, que segundo informações estava brincando com um morcego, foi mordido pelo animal no interior de Goiás, onde residia, e es- tava sendo tratado há 30 dias no Hospital de Base de Brasília. Ele foi encaminhado para tratamento somente quando começou a apresentar sintomas da doença. Elismar vinha sendo tratado com base no protocolo de Milwaukee, desenvolvido por médicos americanos para cuidar de uma paciente de raiva em 2004. A única no mundo, até agora, a ter eliminado o vírus e superado as seqüelas da doença, voltando a andar, falar e até dirigir. O método utiliza o coma e a aplicação de antivirais. O mesmo procedimento foi usado para tratar, na cidade de Recife, o adolescente Marciano Menezes Silva, de quinze anos. O menino também foi mordido por um morcego no município de Floresta, interior de Pernambuco, no dia 7 de setembro. Ele tomou quatro das cinco doses da vacina, mas não recebeu o soro anti-rábico. O Conselho Re- A prevenção é o melhor remédio contra a raiva humana. Vacinar os animais é condição básica para tê-los com segurança em casa. gional de Medicina (CRM) abriu sindicância para investigar por que o soro não foi aplicado. Se isso tivesse acorrido, ele poderia não ter contraído a doença. Depois de apresentar sintomas da doença, no dia 6 de outubro, ele foi levado ao Hospital Oswaldo Cruz, em Recife. Após receber o tratamento, ele foi considerado curado. O anúncio foi feito pelo médico Gustavo Trindade Henriques Filho, coordenador da Unidade de Terapia Intensiva de Doenças Infecciosas do hospital, depois de receber o resultado do terceiro exame do doente. As três análises, realizadas no Instituto Pasteur, em São Paulo, são necessárias para se determinar a cura. Antes dele somente duas pessoas haviam sido curadas em todo o mundo, o que torna a cura do menino histórica para a medicina brasileira. “É uma vitória para a medicina brasileira”, afirmou Henriques Filho. “Hoje temos condições de tentar salvar o doente que contrai raiva humana.”. Ele terá agora que lutar pela sua recuperação clínica e neurológica. Ainda não há prognóstico sobre eventuais seqüelas neurológicas, nem se Marciano conseguirá superá-las, de acordo com o médico Henriques Filho. Marcos Paulo de Assis Foto: Neiva L. Silva Foto da capa: Dario Sanches www.flickr/photos/dariosanches página 7 Fevereiro 2009 Raiva Humana O que é Sintomas A raiva é uma doença causada por um vírus que acomete praticamente todos os mamíferos e que pode ser transmitida ao homem, sendo portanto, uma zoonose. Tem prognóstico fatal em quase 100% dos casos, representando um sério problema de saúde pública. A transmissão ocorre quando o vírus da raiva existente na saliva do animal infectado penetra no organismo, através da pele ou mucosas, por mordedura, arranhadura ou lambedura, mesmo não existindo necessariamente agressão. O vírus não precisa de grandes feridas para penetrar no organismo, pequenas perfurações na pele já basta. No meio urbano, o principal animal transmissor do vírus rábico é o cão (85% dos casos), seguido do gato. Nas áreas rurais, além dos cães e gatos, ganham importância na cadeia epidemiológica, outros animais domesticados, como eqüinos, bovinos, suínos, ovinos além de animais silvestres como morcegos, catetos, gambás e macacos. Os sintomas da raiva surgem logo após o vírus se instalar no sistema nervoso. O primeiro sinal é ansiedade. O doente tem dificuldade em dormir e repousar. Em seguida vem paralisia muscular, que começa nas pernas e termina na cabeça. Ao final, os músculos respiratórios são afetados e, em no máximo sete dias, a pessoa morre por asfixia. Neste período, a pessoa desenvolve fobias de água e luz, pois quando tenta ingerir água ou recebe um facho de luz no olho o doente sente muita dor. A importância da vacinação anti-rábica A melhor maneira de prevenir a raiva é a vacinação dos animais. Cães e gatos devem estar em dia com a vacinação. Em Poços de Caldas, a campanha anual de vacinação ocorre sempre no mês de agosto é destinada para cães e gatos da zona urbana e rural da cidade. Vários postos de vacinação são montados em todas as regiões da cidade. O proprietário deve ficar atento aos dias e horários que os vacinadores estarão em seu bairro, o cronograma é anunciado em jornais, tv, rádio, folhetos in- formativos, ou diretamente pelo telefone da Vigilância Ambiental em Saúde (36972332). O animal deve ser levado ao posto de vacinação por um adulto, preferencialmente que o conheça e sempre em uma coleira. Na zona rural da cidade, a vacinação é feita de casa em casa, após o término da zona urbana. A vacina é gratuita e indicada para todos os cães e gatos a partir dos 3 meses de idade. Atenção, ela protege o animal por um ano, portanto ele deve ser vacinado anualmente. O que fazer quando agredido por um animal - Lavar imediatamente o ferimento com água e sabão; - Procurar com urgência o Serviço de Saúde mais próximo; - Não matar o animal, e sim deixá-lo em observação durante 10 dias, para que se possa identificar qualquer sinal indicativo da raiva; - O animal deverá receber água e alimentação normalmente, num local seguro, para que não possa fugir ou atacar outras pessoas ou animais; - Se o animal adoecer, morrer, desaparecer ou mudar de comportamento, voltar imediatamente ao Serviço de Saúde; - Nunca interromper o tratamento preventivo sem ordens médicas; - Quando um animal apresentar comportamento diferente, mesmo que ele não tenha agredido ninguém, não o mate e procure o Serviço de Saúde. Juliana M. Bonora de Oliveira - Bióloga Vigilância Ambiental em Saúde - Fone: 3697.2332 - Poços de Caldas página 8 Fevereiro 2009 O cavalo do Sorraia: Um presente do passado. Pinturas rupestres de cavalos muito similares ao Sorraia, em diversos sítios arqueológicos portugueses, permitiriam afirmar que as artes eqüestres originaram-se em terras portuguesas. Foto: Isilda M (www.flickr/photos/isildam) Corria o verão do ano de 1920 quando o Dr. Ruy d’Andrade se encontrava nos redores do povoado de Coruche, distante uns 70 km de Lisboa, a caçar narcejas. Do alto da colina que protege a cidade, se tem uma fantástica visão do Vale do Sorraia, e dos seus afluentes, o Sor e o Raia, que dão o nome ao rio maior. O lugar, a época do ano e o dia eram propícios para uma boa caçada destas aves, o que animou o Dr. d’Andrade a alongar o seu passeio pelos miradores da região. Num descanso no alto da serra, extasiado com o visual, divisou um pequeno grupo de cavalos pastando no fundo do vale. Para o observador comum, esta imagem não passaria de um belíssimo quadro bucólico, mas para o nosso aventureiro a emoção foi bem maior. Como hipologista e homem de ciências, uma serie de detalhes chamaramlhe a atenção, esses exemplares eram pequenos, com garupa de mula, de pelagem baia e pelode-rato, e o mais assombroso, tinham zebruras..., nas extremidades, no pescoço, na cabeça, e alguns até no corpo. O Dr. Ruy não demorou para perceber o enorme valor do achado, e não podia acreditar na sua sorte! Estava nem mais nem menos que perante um registro paleontológico vivo, um grupo de cavalos ibéricos primitivos, que dadas às características geográficas e culturais da região naquela época, tinham uma grande chance de serem puros, sem cruzamentos com outras raças européias. Nas coudelarias reais tinha visto nascer muitos exemplares de cavalos Lusitanos com zebruras, nas pelagens baias e pelo-de-rato, só que essas listras desapareciam nos animais adultos... Nos cavalinhos que agora descobrira, estas listras estavam presentes nos adultos também. Com a certeza de estar na presença dos ancestrais dos cavalos ibéricos, mal sabia ele que aquele descobrimento se transformaria na paixão da sua vida. Decidido a possuir estes animais, tentou infrutuosamente negociar com o proprietário, que se mostrou irredutível. Sem desistir da sua idéia, seguiu os movimentos da manada até achar alguma solução, que veio pouco tempo depois. Com a morte do dono dos animais, e antes de estes serem vendidos na sua totalidade, conseguiu comprar sete éguas e três machos, dos quais cinco eram de pelagem baia e cinco pelode-rato. Com este núcleo de animais foi criada na Herdade da Agolada, Coruche, no ano de 1937, a raça do Cavalo do Sorraia. O grupo original de 7-3 transformou-se em pouco tempo em 7- 3+1, pois uma das éguas, chamada Azambuja, estava prenhe, e pariu um potrinho de pai desconhecido, que entrou no registro. No ano de 1948 este grupo original ficou em 7- 4+1, pois foi incorporado ao registro um garanhão argentino, um cavalo crioulo de pelagem pelo-de-rato chamado Tata Dios Cardal, com características excepcionais para o padrão da raça Sorraia, adquirido ao Sr. Emilio Solanet, da fazenda El Cardal. Este núcleo de 7- 4+1 deu origem ao grupo de 100 cavalos do Sorraia que existem na atualidade, a maioria deles em Portugal, e um pequeno grupo em Munich, na Alemanha. Freqüentemente apare- página 9 Fevereiro 2009 cem publicações alertando para o perigo de extinção dos Sorraias, porem o que chama a atenção não somente deste tipo de cavalos senão dos eqüinos em geral, é a alta resistência que têm aos problemas de consangüinidade, uma vez que a incidência de defeitos hereditários entre exemplares de grupos fechados é muito baixa, como é também o caso dos Puro Sangue Ingleses, que foram originados de três garanhões e oito éguas. O Sorraia é um cavalinho muito resistente, acostumado à adversidade climática e a sobreviver comendo restolhos de vegetais produzidos em solos ácidos. Tem uma alçada de até 1,48 m, com aptidão para sela e pequenos trabalhos agrícolas. A pelagem é baia ou pelo de rato, com extremidades, cauda, cabeça e orelhas mais escuras, a crina é geralmente bicolor. Pouca musculatura e ossos finos mais resistentes; alguns admiradores mais fervorosos chegam a afirmar que é um Lusitano em miniatura. A pesar destas características, o verdadeiro valor dos Sorraias esta na sua genética. Sendo representantes primitivos dos cavalos ibéricos, resta saber qual o seu verdadeiro aporte a origem dos cavalos Lusitanos e Andaluzes, dos cavalos crioulos argentinos e brasileiros, e por extensão aos Mangalargas e Campolinas, dos Mustangs e da maioria dos cavalos que proliferaram em terras americanas, originados dos exemplares trazidos pelos conquistadores espanhóis e portugueses. O Dr. d’Andrade, homem sem fronteiras no pensamento, foi mais longe ainda, e elaborou uma teoria da civilização a partir do Sorraia. Ele argumentava que a civilização se inicia com a domesticação dos mamíferos superiores, passo indispensável antes de se chegar à escrita. Pinturas rupestres de cavalos muito similares ao Sorraia em diversos sítios arqueológicos portugueses permitiriam afirmar que já existia á cultura eqüestre em civilizações lusas anteriores às que acharam os romanos, e por tanto seria viável pensar que as artes eqüestres originaram-se em terras portuguesas, e a partir dali disseminaram-se por Europa, e não no sentido contrario. Como toda teoria, não deve ser descartada até reunir contundentes argumentos em contrario, é enquanto vigente podemos usufruir o fascínio de analisá-la. Muitas peças faltam ainda para chegar a um resultado definitivo; técnicas de DNA já estão sendo utilizadas para construir o mapa evolutivo deste tronco da espécie eqüina. O cavalinho do Sorraia se constitui assim num precioso elo, que nos ajudará a compor o quebra-cabeça da origem dos cavalos ibero-americanos. Mariano Etchichury CRMV-MG 6345 F:35-3697.1829/9958.8507 SP recomenda vacina contra a febre amarela em 331 cidades A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo colocou, preventivamente, mais 49 municípios do interior paulista na lista de recomendação para que viajantes tomem a vacina contra a febre amarela. Com isso, o número de cidades subiu para 331. De acordo com a secretaria, a nova relação das regiões consideradas de risco passa a incluir, a partir de agora, 38 municípios da região de Bauru e 11 da de Araraquara. Qualquer pessoa, a partir dos 9 meses de idade, que for se dirigir para estas regiões deve tomar a vacina contra a febre amarela pelo menos com 10 dias de antecedência, caso não tenha recebido nenhuma dose nos últimos 10 anos. Desde dezembro, o órgão vem realizando, em parceria com as prefeituras das cidades incluídas na lista, a vacinação da população localizada em áreas rurais, o que deve se estender até fevereiro, totalizando cerca de 80 mil pessoas. Na sequência, deverá ser iniciada a imunização dos habitantes de áreas urbanas. A extensão da área de risco na região de Araraquara foi decidida em razão da morte de um morador de São Carlos por febre amarela silvestre (contraída em região de mata) ocorrida em 2008. Já os municípios da região de Bauru foram incluídos por ficarem próximos à região de São José do Rio Preto, onde, no ano passado, foram detectados óbitos em macacos, também por febre amarela silvestre. Os novos municípios da região de Araraquara são Boa Esperança do Sul, Borborema, Cândido Rodrigues, Ribeirão Bonito, Dobrada, Dourado, Ibitinga, Santa Ernestina, Tabatinga, Taquaritinga e Trabiju. A região de Bauru teve todos os seus municípios incluídos na área de risco. (Fonte: Estadão Online) www.ambientebrasil.com.br 200 anos de proteção animal Em 25 de outubro de 1809, nascia em Liverpool, a primeira ONG voltada para os animais, conhecida hoje como Liverpool RSPCA Branch. Seus fundadores desejavam formar uma sociedade que atuasse “na repressão e prevenção da crueldade e dos maus-tratos causados aos animais”. A União Internacional Protetora dos Animais - UIPA, foi primeira entidade a ser fundada no Brasil, em 30 de maio de 1895. página 10 Fevereiro 2009 Cães para adoção Ser feliz dá trabalho No final de dezembro, doei uma cachorrinha que estava há dois anos aguardando um lar. Ela é uma vira-lata muito dócil, amorosa e, como não podia deixar de ser, se apegou ao pouco que tinha lá no abrigo: visitas diárias e a companhia de uma dezena de outros cães, todos abandonados como ela. Fiquei muito feliz com sua adoção e achei que seu dia finalmente chegara. Mas, ela foi devolvida logo depois e disseram que não se adaptou, que estava apática e não estava se alimentando direito. Claro, ela precisava de um tempo para entender que tinha um novo lar e também ter a certeza que não estava perdida novamente, que estava em segurança. Esta sensação de “estar abandonada” é muito comum em animais que viveram muito tempo em abrigos. Sempre digo para os adotantes: imagine que te seqüestram e soltam em outro local com pessoas que você não conhece. Você precisaria de um tempo para se adaptar, certo? Mas, não deu tempo. Em vez de amparar a cachorrinha, foi mais fácil devolvê-la. Eu não insisti, pois entendi que o adotante não estava preparado para conviver com um Anjo. O problema é que as pessoas, a maioria delas, não quer ter trabalho. Diante da menor dificuldade elas desistem, o ser humano é muito preguiçoso. Acho que a preguiça é o pior dos pecados capitais, pelo menos é um dos mais prejudiciais e, por causa dela, muitos deixam de sentir os maiores prazeres da vida. Este moço que devolveu a Bombom se privou de seu olhar de gratidão, de sua presença amorosa e seu amor incondicional. Ele não chegou a sentir sua recepção calorosa ao chegar em casa depois de um dia difícil. Ele não teve sua cumplicidade nos momentos de tristeza e de dor. Ele não sentiu nada disto, não deu tempo. Muitas vezes me dizem: você faz um lindo trabalho e deve ter muita satisfação com ele, deve se sentir uma pessoa realizada. Claro que tenho muita satisfação, mas tenho muito trabalho também. Como diria meu falecido pai, citando um ditado popular: “Você sabe das pinga que eu bebo, mas não sabe dos tombo que eu levo”. É exatamente isto: minha ajuda aos animais é muito gratificante, mas Filhote, 3 meses, SRD, porte grande, macho, castrado, primeira dose de vacina importada. Contato: (35) 9931.3124 Marcus Vinícius. Bombom Foto: Maria A. Toledo tem também o outro lado bem pesado: os dias de luto por aqueles que foram resgatados, mas não conseguiram sobreviver; as horas de intenso trabalho para cuidar de filhotes doentes; as dificuldades para amparar animais idosos que não conseguem mais se virar sozinhos; o desgaste diário por cuidar de dezenas de cães carentes de afeto e de companhia, marcados para sempre pelo abandono; a necessidade de sacrificar seu lazer para comprar a ração dos animais e a dor de sentir um gatinho muito amado morrer em seus braços depois de muito sofrimento. A lista é longa e variada. Para se ter o grande prazer de salvar uma vida é preciso muito esforço. Ser feliz é trabalhoso, cansativo e por vezes, muito triste. Maria Augusta Toledo www.anjosparaadocao. multiply.com Filhote, 8 meses, Boxer, vacinado. Contato: (35) 3713.5254 Associação Protetora dos Animais - AAPA. Labrador, macho, adulto, cor chocolate; Basset, fêmea, adulta, cor castanha; Mestiça Cocker, fêmea, cor preta; SRD, fêmea, porte médio, tigrada; SRD, fêmea, porte médio, cor amarela. Contato: (35) 3697.2332 C.C.Z.-Vigilância Ambiental em Saúde. Visite o canil municipal de Poços de Caldas, pois há outros cães para adoção. Os cães que não são adotados ou resgatados pelos proprietários são eutanasiados (mortos). Atenção: As fotos desses cães estão no Blog da AAPA, acesse e confira. aapapc.blogspot.com Disk Ração 3712.8863 Compras acima de R$ 60,00 2 x no cartão Compras acima de R$ 100,00 3 x no cartão página 11 Fevereiro 2009 CLASSIFICADOS AAPA Associação Prot. dos Animais Fone: 3713.5254 R.Ap.Martins Schiatti,48 Jd. Aeroporto - P. Caldas Dr Mariano Etchichury F:3697.1829/9958.8507 Poços de Caldas Pronto Socorro Vet. Fone: 3722.1793 F:3712.1491/8805.9049 Av Antônio Carlos, 104 Cascatinha - P. Caldas Clinicão Veterinária Fone: 3721.3271 Rua Gama Cruz, 156 Vila Cruz - P. Caldas Dr Darcy Vilhena Borges F:3721.2023/8408.6503 R.Marechal Deodoro,164 Centro - P. Caldas Dra Fabiana M. dos Santos Fone: 8813.6478 Poços de Caldas P.E.A.-Programa de Esterilização Animal Castração a Baixo Custo Clínica-Vacinas-Cirurgias Fone: (35) 3721.6818 Próx.H.Sta Lúcia-P.Caldas Dra Cecília B. Bissoli F:3721.1719/9192.1522 Rua Laguna, 666 Jd dos Estados - P. Caldas Dra Simone Holl Cirimbeli Fone: 9108.9182 Poços de Caldas Agro Animal Fone: 3721.3780 R. XV de Novembro, 171 Centro - P. Caldas Clinicão Veterinária Fone: 3721.3271 Rua Gama Cruz, 156 Vila Cruz - P. Caldas Casa de Ração Davidbel Fone: 3722.5455 Av João Avelino Mello,85 Cohab - P. Caldas Casa de Rações Kennedy Fone: 9987.7618 Rua Hematita, 301 Kennedy I - P. Caldas Chão Mineiro Fone: 3697.1800 Vetagro Agroveterinária Barão Dra Ingrid Amzalak Banho&Tosa Fone:3722.4317 F:3712.5165/8405.9396 R.Barão Cpo Místico,588/1 Centro - P. Caldas Poços de Caldas Pet Hotel Fone: 3722.4317 Agrominas Pet Shop Fone: 9827.1320 R.M.Joaquim Bernardes, 350 Aparecida - P. Caldas Borbulhos Peixes, Bichos e cia F: 3721.5377/9108.9182 Rua Rio Gde do Sul, 905 Centro - P. Caldas Casa do Animal R.Dovílio Taconi, 190/1 Quisisana - P. Caldas F:3721.8005/9931.3124 Barão R.Barão Cpo Místico,588/1 Centro - P. Caldas R.Marechal Deodoro, 205 Centro - P. Caldas F:3715.2824/9967.7025 DrMarcus Vinícius Carvalho de Vito Av Mansur Frayha, 1275 Ponte Preta - P. Caldas Spaço Animal Grandes Amigos Clínica Veterinária Rua Pirita, 421 Jd Kennedy - P. Caldas Banho & Tosa Fone: 3714.8548 Dr Jesualdo / Luiz Henrique Cães e Gatos Clínica Veterinária Av João Avelino Mello,35 Cohab - P. Caldas Vetagro Fone: 3714.8548 Av Mansur Frayha, 1275 Ponte Preta - P. Caldas Fone: 3713.5288 R.Benedita Lucas Silva,135 Jardim Ipê - P. Caldas Pet & Pesca Sul Pet Shop Fone: 3712.3701 Av Espanha, 193 Pq da Nações - P. Caldas Pegadas Banho & Tosa Caminho da Pesca Fone: 3721.2308 Pet Shop Barão Fone: 3721.2023 Av Santo Antônio, 632-1 Praça Zumbi Cascatinha - P. Caldas Fone: 3721.8005 R Marechal Deodoro, 164 Centro - P. Caldas R.Barão Campo Místico,739 Centro - P. Caldas página 12 Fevereiro 2009 Dia dos Animais - 14 de março Pedido dos Animais Se servimos para aplacar a tua solidão... Se servimos para que te sintas importante quando volta pra casa... Se servimos para lamber tuas lágrimas quando estás triste... Se servimos para que não passeies sozinho ao final de tarde... Se servimos para te proteger da violência do seu semelhante... Se servimos para proteger teus filhos quando não estás por perto... Se servimos para que o seu coração não seja o único a bater em sua casa... Se servimos para que te divirtas brincando... Se servimos para alegrar o seu silêncio com nossas vozes... Se servimos para que a tua mão afague um pelo macio... Se servimos para que carregue alimento e trabalho em nossas costas... Se servimos para que seus olhos se encham com a beleza de nossa plumagem... Se servimos para chorar a tua morte quando não tens mais ninguém para chorar por ti... Então, não nos maltrate! Não descontes tua tristeza em nosso frágil corpo. Não nos abandone à própria sorte. Não te afastes tanto, de forma que não consigamos mais te encontrar! Respeite nossos sentimentos, pois todos nós, considerados irracionais, temos sentimento, basta olhar bem dentro dos nossos olhos e verás que lá está escrito tudo que aqui foi dito! Cuide de mim e dos meus filhos como cuida dos teus, pois cuido de ti e dos teus filhos como cuido dos meus. Sejas meu amigo e te serei eternamente grato! E o dia que eu partir, chores de saudade e não de arrependimento, por ter me maltratado! Somos um cão... um gato... um cavalo... um pássaro... Enfim, somos todos os animais do mundo, todos. E aqui estamos pelas mãos de Deus! Respeite. Conscientize. Cuide.