INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA 1- INTRODUÇÃO Descoberta por Michael Faraday, 1791-1867, cientista inglês, é o fenômeno do aparecimento de uma f.e.m (e) ou de uma corrente elétrica induzida (i) quando um condutor corta as linhas de um campo magnético. Explica o funcionamento dos geradores. Constata-se, experimentalmente, que, quando a intensidade do fluxo magnético se altera com o decurso do tempo, através de um circuito fechado, surge neste uma fem i média em (força eletromotriz induzida média). c) O ângulo θ varia. Variação do fluxo magnético (∆Φ) gera{ O ângulo θ está variando, o que faz variar o fluxo ∆Φ em circuito fechado (espira) ⇒ produz “f.e.m.” e “i”. ∆Φ em circuito aberto ⇒ produz f.e.m. 2- FLUXO MAGNÉTICO Para a abordagem conveniente do fenômeno da indução eletromagnética, Faraday sugeriu a introdução de uma grandeza chamada fluxo magnético e que mede o número de linhas de indução que atravessam a superfície da espira imersa num campo magnético. No SI, a unidade usual de fluxo magnético (Φ, fi) é o weber (Wb). Consideremos uma espira de área A colocada dentro de um campo magnético B de tal forma que a normal n à superfície da espira faça ângulo θ com as linhas de indução. 3- LEI DE LENZ Heinrich F. E. Lenz (1804-1865), físico russo que enunciou a lei que permite determinar o sentido das correntes induzidas. Estudou, também, a dependência da resistência elétrica com a temperatura. LEI DE LENZ ”Os efeitos da corrente induzida sempre se opõem às causas do seu aparecimento”. Aproximando o ímã com um SUL, aparecerá um SUL na espira. Aproximando com um NORTE, aparecerá um NORTE. Φ= B.A.cos θ Φ= B.A Φ= 0 Φ= - B.A Define-se fluxo do vetor indução B , através da espira, como sendo a grandeza escalar dada por: = B . A . cosθ B: indução magnética, em tesla (T); A: área da espira, em m²; Φ: fluxo magnético, em weber(Wb). Da definição de fluxo magnético resulta: 1 Wb = 1 T . 1 m2 T = Wb m2 Temos variação de fluxo de indução magnética (∆Φ) quando: a) O campo(B) do ímã na espira varia. Afastando o ímã com um NORTE, aparecerá um SUL na espira Por exemplo, a aproximação de um ímã em relação a uma espira causa a variação de fluxo magnético através da espira, originando uma fem i e a conseqüentemente uma corrente induzida. Esta corrente irá, então, produzir um fluxo magnético induzido que se oporá à variação do fluxo magnético indutor. 4– LEI DE FARADAY- NEUMANN A variação do fluxo de indução através da área de uma espira induz nela uma F.E.M., provocando o aparecimento de uma corrente elétrica (ou “A f.e.m. induzida num circuito é igual ao quociente da variação do fluxo magnético pelo intervalo de tempo decorrido. em - 1 _ 2 volt(V) t t 2 t1 O sinal negativo deve-se a lei de LENZ. Naturalmente, quando se considerar um intervalo de tempo tendendo a zero (Δt→0), será obtida a fem i instantânea (e) b) A área “A” da espira varia. 5- OBTENÇÃO De Uma f.e.m. INDUZIDA CONSTANTE Imaginemos um condutor retilíneo de comprimento L, atravessando uma região com velocidade v, onde atua um campo magnético B, orientado para dentro da folha conforme a figura abaixo. ⊙ Bi N1 U1 i2 = = N2 U2 i1 Isto decorre porque, num transformador ideal, a potência no primário (P1) é igual à potência no secundário (P2): i (P1 = P2). Como se trata de um condutor metálico, ele possui elétrons livres, os quais se deslocam com a mesma velocidade do condutor. Esses elétrons ficam submetidos a uma força magnética que provoca o acúmulo de cargas negativas em uma das extremidades do condutor e falta de cargas negativas na outra extremidade. À medida que as cargas elétricas vão se separando no interior do condutor vai se estabelecendo um campo elétrico, até que os elétrons ficam em equilíbrio, quando as forças elétricas e magnéticas assumem o mesmo módulo. Como resultada da separação surge entre os extremos do condutor uma tensão e, chamada fem induzida (fem i). A f.e.m. induzida entre os terminais de um condutor que se desloca num campo e dada por: e = ℓ.B.v e = fem induzida, na espira, em volts; B = módulo do campo magnético, em teslas; ℓ = comprimento do lado móvel, em metros; v = velocidade constante do lado móvel (DC), em m/s. 6-TRANSFORMADORES Uma aplicação importante do fenômeno da indução eletromagnética está nos dispositivos denominados transformadores elétricos. Transformador de tensão é um dispositivo capaz de elevar ou rebaixar uma ddp. É constituído, basicamente, de um núcleo de substância facilmente imantável (ferro puro) e duas bobinas (primário e secundário). U1 = tensão alternada gerada pela fonte (gerador) e recebida pelo consumidor que deseja transformá-la. U2 = tensão alternada obtida e que será utilizada pelo consumidor. A corrente alternada que alimenta o primário produz no núcleo do transformador um fluxo magnético alternado. Grande parte deste fluxo (há pequena perda) atravessa o enrolamento secundário, induzindo aí a tensão alternada U2. Chamando de N1 e N2 o número de espiras dos enrolamentos primário e secundário e admitindo que não há perdas, transformador ideal, as tensões de entrada e de saída são proporcionais ao número de espiras de cada uma das bobinas, ou seja: 7- CORRENTES DE FOUCAULT Circulam em condutores maciços, uma vez que nestes existem muitos percursos fechados e forças eletromotrizes induzidas fazem circular, no interior dos mesmos correntes induzidas, produzindo aquecimento.; são nocivas, pois provocam gastos de energia na forma de calor. Os núcleos dos transformadores são formados de percas laminadas justapostas para evitar formação dessas correntes. As correntes de Foucault são utilizadas na a construção de fornos de indução, para fundir peças metálicas, e nos velocímetros de carros.