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Reflexão e Ação – Fundamental II e Ensino Médio
Cérebro dos viciados em internet, drogas e álcool sofre as
mesmas alterações
Que o alcoolismo aumenta o risco de morte por câncer, todos nós sabemos. O que pouca
gente sabe é que o relacionamento amoroso pode reduzir o risco do vício de drogas, segundo um estudo feito com animais e divulgado na revista especializada Journal of Neuroscience.
De acordo com a pesquisa, as drogas viciam porque agem na área do cérebro conhecida
como “sistema de recompensas”, que é responsável pelo controle da nossa vontade de comer e fazer sexo. Cientistas da Universidade Federal da Flórida, nos Estados Unidos, acreditam que os relacionamentos estáveis formados na vida adulta também agem nessa região e
podem proteger o cérebro de vícios.
Cientistas que analisaram os cérebros de 17 jovens viciados em internet descobriram diferenças entre a massa branca - que é a parte do cérebro que contém as fibras nervosas - dos
viciados na rede e a das pessoas que não são viciadas. O estudo, que partiu de exames de
ressonância magnética, revelou alterações nas partes do cérebro relacionadas às emoções,
tomada de decisões e autocontrole.
Os resultados também indicam que o vício em internet pode partilhar mecanismos psicológicos e neurológicos com outros tipos de vício e distúrbios de controle de impulso - disse Hao
Lei, que lidera o grupo de estudos da Academia de Ciências da China.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram o cérebro de 35 homens e mulheres com idades entre 14 e 21 anos. Entre eles, 17 foram classificados como portadores de
Desordem de Dependência da Internet. Os resultados, que podem levar a novos tratamentos
para vícios, foram similares aos encontrados em estudos com viciados em jogos eletrônicos
e estão descritos na publicação científica Plos One.
Pela primeira vez, dois estudos mostram mudanças nas conexões neurais entre áreas do
cérebro, assim como mudanças na função cerebral, de pessoas que usam a internet ou jogos eletrônicos com frequência - disse Gunter Schumann, do Instituto de Psiquiatria do
King's College, em Londres.
O estudo chinês também foi classificado de "revolucionário" por Heriquetta Bowden-Jones,
professora de psiquiatria do Imperial College London.
"Finalmente ouvimos o que os médicos já suspeitavam havia algum tempo, que a anormalidade na massa branca no córtex orbitofrontal e outras áreas importantes do cérebro está
presente não apenas em vícios nas quais substâncias estão envolvidas, mas também nos
comportamentais, como a dependência de internet."
Você é um dos que ficam pendurados no computador? Que alterações terá sofrido o seu cérebro nos últimos anos? Será que você está viciado na internet?
Por: Carlos Roberto de Oliveira
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ
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