O Tema “Aquecimento Global” como instrumento de discussão do

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Categoria
Trabalho Acadêmico / Resumo Expandido
Eixo Temático - (Mudanças Climáticas)
Titulo do Trabalho
O Tema “Aquecimento Global” como instrumento de discussão do
Ensino de Ciências, no projeto Casa da Física
Nome do Autor (a) Principal
Paula Priscila Rocha Maciel
Nome (s) do Co-autor (a) (s)
Gabriel Rodrigues do Nascimento; Saulo Vieira Cavalcante da Silva, Madson
Cantuário de Assunção.
Nome (s) do Orientador (a) (s)
José Pedro Cordeiro
Instituição ou Empresa
Universidade Federal do Amazonas
Universidade do Estado do Amazonas
Instituição (s) de Fomento
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM.
E-mail de contato
[email protected];
[email protected];
[email protected];
[email protected]; [email protected];
Palavras-chave: Aquecimento global, ensino de ciências, consciência ambiental
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1 INTRODUÇÃO
A crise sócioambiental revela cada vez mais a interferência humana na biosfera,
tendo como fenômeno mais surpreendente o aquecimento global, causado pelo estilo de
vida do homem moderno. Sabe-se que a hipótese do aquecimento global não é
consensual nem indiscutível, persistindo dúvidas a respeito. Mas para Onça (2008, pg.
1748), “a mudança climática é um fato incontestável: o clima sempre mudou e, até onde
sabemos, continuará a mudar, não importa o que façamos”.
Nesse sentido, não podemos ignorar os efeitos do aquecimento global em nossas
vidas, principalmente naquelas pessoas que vivem no bioma Amazônico, numa
“exuberância dos ecossistemas amazônicos, com vastíssima cobertura florestal, variada
vida biológica e de espécies animais, potencial mineral de grande escala, enfim uma
ampla
concentração
de
natureza
originária,
distribuídos
em
5.217.423
km²,
correspondentes a 61% do território brasileiro” (SOUZA, 2002). Assim, o projeto Estação
e Centro de Ensino de Ciências Casa da Física, que foi criado no curso de Física da
Universidade Federal do Amazonas (UFAM), ao aplicar conhecimentos sobre questões
ambientais, compartilha responsabilidades, estimulando a percepção dos problemas, a
formação da consciência crítica e maior participação dos estudantes nos movimentos
relativos à sustentabilidade ambiental.
2 OBJETIVO GERAL
Compreender a percepção dos estudantes sobre o aquecimento global, numa
turma de estudantes de sétima série dentro do projeto Casa da Física.
3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Verificar quais as fontes midiáticas que mais os estudantes utilizam para se
informarem sobre aquecimento global;

Perceber como os estudantes compreendem esse fenômeno no seu dia-a-dia.
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4 METODOLOGIA
Como procedimentos metodológicos, fizeram-se leituras e consultas bibliográficas
sobre aquecimento global para se ampliar conhecimentos sobre o tema proposto. A
modalidade trabalhada foi pesquisa qualitativa através da observação participante, se
desenvolvendo a partir da interação entre pesquisadores e sujeitos investigados (Chizzotti,
2006),
numa atividade de dinâmica de grupo com 60 estudantes da sétima série dentro do
projeto Casa da Física. Estas observações são consubstanciadas através de análises dos
princípios do diálogo, da participação ativa e da transformação do indivíduo e do mundo
através da práxis, compreendida como "a ação e reflexão dos homens sobre o mundo
para transformá-lo"(FREIRE, 1970, p. 58). Desta forma, foi possível conviver com estes
sujeitos, dialogando e verificando as suas concepções sobre o aquecimento global, e, por
conseguinte, as suas práticas do dia-a-dia.
6 RESULTADO (S)
Segundo a LDB 9394/96, a aprendizagem na área de Ciências da Natureza deve
ter pretensões formativas, para o entendimento do mundo, e não simplesmente acúmulo
de conhecimento. Se a contextualização do que se ensina é importante para obterem-se
tais objetivos, a utilização da dinâmica de grupo entre os estudantes na Casa da Física se
mostrou altamente satisfatória, pois muitos deles expressaram de maneira criativa sobre o
tema, com poesias, músicas e peças teatrais, dentro de uma visão construtivista do
processo de ensino-aprendizagem, que “implica uma visão epistemológica e metodológica
na direção de um caminho que parte do empírico, passando pelo abstrato para chegar-se
ao concreto. Sendo que o concreto não é o ponto de partida, mas o lugar de chegada do
conhecimento” (GHEDIN, 2007: 30). Por outro lado, nas falas dos estudantes, percebeuse que as fontes midiáticas que mais os eles utilizam para se informar sobre o
aquecimento global são televisão e internet, que muitas vezes possuem cunho científico
duvidoso, e como os estudantes são provenientes de áreas carentes de Manaus, o
consumo de livros e revistas especializadas se torna restrito. Com relação à percepção do
tema, as atividades demonstraram um saber superficial sobre o tema, entretanto, de
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alguma forma, todos compreenderam que isso os afeta, de maneira direta ou indireta. É
necessário um maior número de pesquisas a fim de traçar o perfil do nível de informações
do estudante manauara, os quais permitam a realização de um trabalho de educação
ambiental amplo.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os educadores precisam se organizar para situações didáticas e de atividades que
tenham sentido para os estudantes. Não basta ensinar os conteúdos relacionados ao
aquecimento global e passar uma prova escrita para resolverem, mas ensinar-lhes em
como esses conteúdos pode ser relacionado à conscientização ambiental. Desenvolver
trabalhos sobre a questão e/ou temática do aquecimento global é uma forma de buscar
minimizar a grande lacuna de conhecimento que estudantes, professores, a comunidade
e seus agentes possuem. Este se torna um passo fundamental para a construção da
cidadania, que qualquer noção mais substancial de democracia e direitos humanos vai
reconhecer que o direito à vida vem antes de todos. Sem ele, não há como efetivar os
outros, mas é preciso garantir a sustentabilidade do meio ambiente para o ser humano
viver com melhores condições de vida.
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REFERÊNCIAS
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 8 ed. – São Paulo:
Cortez, v.16, 2006.
GHEDIN, Evandro. Perspectivas sobre a identidade do professor do campo. In:
GHEDIN, Evandro & BORGES, Heloísa da Silva. Educação do campo – A epistemologia
de um horizonte de formação. Manaus: UEA Edições, 2007.
ONÇA, Daniela de Souza; FELICIO, Ricardo Augusto. As mudanças climáticas
segundo Al Gore. Anais do IV Fórum Ambiental da Alta Paulista. – Tupã, SP, 2008.
SOUZA, Orlando Nobre Bezerra de; OLIVEIRA, Ney Cristina Monteiro de. Movimentos
sociais e educação no meio rural amazônico. Trabalho apresentado na 25 Reunião
Anual da ANPED, sessão Especial. “MOVIMENTOS SOCIAIS E EDUCAÇÃO”, Caxambu,
2002.
Disponível
em:
<http://www.anped.org.br/reunioes/25/excedentes25/orlandobezerrasouzat03.rtf>, acesso
no dia 30/03/2008.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. - (36. ª ed. 2003; 1.ª ed. 1970). - Rio de
Janeiro: Edições Paz e Terra, 184 p.
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