Serra Grande, 30 de Agosto de 2016 Reforma e Ampliação Instituto Floresta Viva MEMORIAL DESCRITIVO Localização Geográfica O terreno situa-se na Rodovia Ilhéus – Uruçuca, Serra Grande, distrito de Uruçuca, Bahia, Brasil. Projeto Arquitetônico O projeto apresenta um planejamento para o espaço ao redor do edifício atual do Viveiro do Instituto Floresta Viva, incorporando dois novos edifícios e a reforma e ampliação do edifício existente. Foram propostos: (01) - Refeitório Coletivo e Cozinha Comunitária, com 43,47m². (02) - Sanitários e Depósito, com 39,76m²; (03) - Salão de 82,33 m² para atividades didáticas da Escola da Floresta; (04) -O edifício existente receberá um Anexo de 35,57m² para depósito de substrato, instalação de forro (14,70m²) e 2 janelas (1,60x 1,20m) no escritório novo. 1 3 3 1 4 2 6 5 Estudo Preliminar do Projeto Arquitetônico: 1_Cozinha Comunitária e Refeitório Coletivo; 2_Sanitários e Depósito; 3_Salão para atividades didáticas; 4_Ampliação e reforma do edifício atual do Viveiro-Escola: 5_Portal de acesso escola; 6_Acesso Viveiro de Mudas A implantação dos edifícios foi pensada de maneira que os três edifícios estejam integrados, criando praças e espaços de estar entre eles. Um novo acesso, com área para carga e descarga, foi criado próximo à área de produção de mudas. A outra entrada, mais voltada para visitantes, recebe um portal verde, e cria percursos didáticos de sensibilização à natureza, com relógio de sol, cata-vento, pluviômetro, lagos de água de chuva, compostagem, salas de aula abertas, paisagismo tropical produtivo; etc... O projeto incorpora conceitos da Permacultura desde a observação dos recursos naturais como sol, luz e vento; passando pelo manejo ecológico dos resíduos; até a recuperação de solos e ecossistemas, plantio com diversidade de espécies vegetais nativas, Segurança alimentar, etc... As técnicas construtivas escolhidas priorizam o uso de materiais locais e conhecimento tradicional somado à novas tecnologias. Foram escolhidos materiais que possam ser coletados ou comprados em locais próximos. Atentando sempre para os gastos em logística. Foram escolhidos sistemas que sejam de fácil reprodutibilidade, tente em vista que este espaço pode ser um mostruário de tecnologias construtivas de baixo impacto. No encontro entre o edifício do viveiro e o novo salão para atividades, fica implantada a Cozinha e Refeitório integrados, é o espaço de encontro entre as pessoas. Uma área semi aberta, com a estrutura em feixes de bambu fino, fixada em um parede de taipa de pilão. O piso será de cimento queimado somente na área da cozinha – para facilitar a limpeza, no refeitório o piso será de terra batida. A cobertura em telha ecológica leva a água para uma calha embutida em um troco de pati que a encaminha para os lagos reservatórios de água da chuva. 2 No outro lado da parede de Taipa de Pilão, ficam os Sanitários (4 cabines+Lavatório de diferentes alturas, para criança e cadeirante) e o Depósito/ Almoxarifado. Este volume ortogonal é coberto por um teto verde. As águas cinzas do lavatório do sanitário, das pias da cozinha e do lavatório de louça deverão ser encaminhadas para sistema de manejo com macrofitas e a água negra dos vasos sanitários encaminhada para área com possibilidade de implantação de bio digestor (gás para fogão) e encaminhamento para bacia de evapotranspiração. Todos os ladrões dos sistemas deverão ser encaminhados para sistemas de irrigação dos jardins produtivos. O edifício do Salão de atividades da Escola da Floresta é um vão livre de 69,40m², coberto por uma estrutura de vigas recíprocas de bambu Guadua e coberto por palha de piaçava (tecnologia local), com um vidro ou cobertura translúcida de 1,00 x 1,00m no topo para arremate das vigas e iluminação zenital. A água coletada pela cobertura percorre um rio construído em fibrocimento, no nível do chão, com quedas de oxigenação e vegetação funcional plantada no paisagismo ao redor. Posteriormente, caso haja necessidade, pode ser pensado um sistema de fechamento no eixo dos pilares, para controle luminico e acústico. A ampliação do edifício do Viveiro do Instituto deverá ser feita com vigas e pilares em madeira, cobertura em telhas ecológicas, parede de vedação frontal em técnica de bioconstrução e revestimento externo para proteção da chuva (ladrilho hidráulico local ou peça fabricada na obra, com gabaritos de folhas naturais. A reforma do viveiro será a instalação do forro na nova área destinada a escritórios e acréscimo de 2 janelas de 1,60 x 1,20 nos escritórios. Caso haja possibilidade na obra, as 4 salas de escritório poderiam ser integradas, demolindo as paredes entre elas e criando um grande vão. Uso Salão Sanitários (4 cabines) e Depósito (6,54m²) Área 82,33 39,76 m² m² Cozinha e Refeitório Anexo 43,47 m² 35,57 m² Área Construída 201,00 m² Reforma (Forro + Janelas) 3