RENATA RIBEIRO DUARTE RODRIGUES ADESÃO DA POPULAÇÃO ADSCRITA NO ESF SANTA LÚCIA, NA LUTA CONTRA A DENGUE. PARANAÍBA-MS PARANAÍBA - MS 2011 2 RENATA RIBEIRO DUARTE RODRIGUES ADESÃO DA POPULAÇÃO ADSCRITA NO ESF SANTA LÚCIA, NA LUTA CONTRA A DENGUE. PARANAÍBA-MS Pesquisa apresentada no Curso de Pós Graduação em Atenção Básica em Saúde da Família Turma I, realizada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, FiocruzUnidade Cerrado (Universidade requisito para Pantanal Aberta do obtenção e Una-SUS SUS), do como título de Especialista em Saúde da Família. Sob a orientação da Profª. Eni Batista de Souza. PARANAÍBA - MS 2011 3 DEDICATÓRIA Ao meu marido José Flavio da Fonseca que me incentivou a continuar e me compreendeu em todas as minhas ausências agindo com companheirismo. Aos meus filhos Pedro, Flavia e Luísa que compreendeu meus momentos de isolamento junto ao computador, em nossas poucas horas que tínhamos para estar juntos. 4 AGRADECIMENTOS A equipe do ESF Santa Lúcia, por abraçar este projeto junto comigo. E Dra. Maria Luzia de Jesus que deu a ideia inicial do projeto soldadinho da dengue. A minha tutora Ení Batista que nunca se cansou de me estimular durante esta caminhada. A Imara Palcette que colaborou na prestação de informações e dados e abraçou também este projeto. 5 A persistência é o menor caminho do êxito. Charles Chaplin 6 Adesão da população adscrita no ESF Santa Lúcia, na luta contra a dengue. Paranaíba-MS Renata Ribeiro Duarte Rodrigues RESUMO: Este projeto tem como objetivo sensibilizar e inserir a população adscrita no ESF Santa Lúcia no município de Paranaíba para que se empenhe junto com a equipe de saúde e vigilância epidemiológica no combate e controle da dengue. Foi utilizada a metodologia da informação da real situação da dengue na comunidade através de informativos de mídia e pelos agentes comunitários de saúde. A seguir a ação proposta foi trabalhar com crianças na faixa etária entre sete e doze anos como agentes multiplicadores das informações e da vigilância quanto ao controle de larvas do Aedes Aegypti. As crianças voluntárias do projeto foram chamadas de soldadinhos da dengue. Palavras-chave: Dengue, vigilância, prevenção 7 Adesão da população adscrita no ESF Santa Lúcia, na luta contra a dengue. Paranaíba-MS Renata Ribeiro Duarte Rodrigues ABSTRAT: This project has how I aim to move and to insert the added population in the ESF Saint Lúcia in the local authority of Paranaíba so that dengue is pawned together with the team of health and vigilance epidemiológica in the combat and control of. Dengue was used the methodology of the information of the real situation of in the community through informative of media and for the communitarian agents of health. Following the proposed action worked with children in the age group between seven and twelve years like multiplying agents of the informations and of the vigilance as for the control of larvae of the Aedes Aegypti. The childish volunteers of the project were called of soldadinhos of dengue. key words: Dengue, vigilance, prevention 8 SUMÁRIO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 INTRODUÇÃO REVISAO DE LITERATURA OBJETIVOS JUSTIFICATIVA PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS RESULTADOS E DISCUSSÃO CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXOS 09 10 24 25 26 27 29 30 32 9 1 INTRODUÇÃO A Dengue chegou ao Brasil através dos navios negreiros e é hoje uma doença de grande relevância, atingindo a população de todos os estados. De acordo com Brasil (2008, p.07), “o controle de dengue no Brasil foi institucionalizado de forma sistematizada, a partir do século XIX, quando diversas epidemias de Febre Amarela urbana ocorriam no País, levando a óbitos centenas de pessoas”. É considerado um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, e muito mais nos países tropicais em que as condições sócias ambientais favorecem o seu desenvolvimento e a proliferação de seu principal vetor o Aedes aegypti. A classificação da Dengue, segundo Brasil (2007, p.05), “na maioria das vezes e retrospectiva e pendente de critérios clínicos e laboratoriais que nem sempre são disponíveis precocemente e alguns casos não se enquadram na referida classificação ‘dengue com complicações’, esses critérios não permitam o reconhecimento precoce de formas potencialmente graves para as quais é crucial a instituição de tratamento imediato”. A dengue tem como agente um arbovírus do gênero, Flavivirusda família flaviviridae, do qual existem quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e D-4. É uma doença febril aguda, de etiologia viral e de evolução benigna na forma, e, potencialmente grave, quando se apresenta nas formas hemorrágicas e síndrome do choque da dengue. É hoje, a preocupante arbovirose, pois que clássica afeta o homem e constitui um sério problema de saúde pública no mundo, especialmente nos países tropicais, nos quais as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes Aegypti, principal mosquito vetor. No município de Paranaíba (MS) tem- se observado um aumento dos números de casos positivos, sendo que destaca - se algumas alterações epidemiológicas e sintomatológica nos casos atuais, necessitando assim de um olhar direto e consciente dos órgãos públicos que atuam na porta de entrada do serviço, inserindo a comunidade a conscientizar na organização das campanhas e na limpeza da cidade em período de chuva. 10 2 REVISAO DE LITERATURA 2.1 DENGUE NO BRASIL A Dengue chegou ao Brasil através dos navios negreiros e é hoje uma doença de grande relevância, atingindo a população de todos os estados independentemente de classe social, cor e raça. De acordo com Brasil (2008, p.07), “o controle de dengue no Brasil foi institucionalizado de forma sistematizada, a partir do século XIX, quando diversas epidemias de Febre Amarela urbana ocorriam no País, levando a óbitos centenas de pessoas”. É considerado um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, e muito mais nos países tropicais em que as condições sócias ambientais favorecem o seu desenvolvimento e períodos sazonais a proliferação de seu principal vetor que é o Aedes aegypti. Segundo Timbó, (1993, p.1494), “o vírus da dengue é um Arbovirus (vírus isolados em artrópodes) do grupo B, do gênero Flavivirus, pertence à família Tagaviridae, transmitido por artrópodes hematófagos”. Existem pelo menos quatro tipos sorológicos distintos do vírus, designados DEN- I, DEN-2, DEN-3, DEN-4. Essa doença constitui-se, no momento, em um grave problema de saúde pública no Brasil e na maioria dos países tropicais onde as condições ambientais favorecem a proliferação do vetor, cuja transmissão vem se fazendo no País em níveis variáveis desde 1982. Segundo Pereira (1995, p.431), entretanto, “as alterações ambientais de natureza antrópica têm propiciado o deslocamento e/ou dano à fauna e flora, bem como o acúmulo de detritos e de recipientes descartáveis”. Paralelamente, as mudanças nas paisagens têm promovido alterações microclimáticas que parecem ter favorecido algumas espécies vetoras, em detrimento de outras, oferecendo abrigos e criadouros, bem como a disponibilidade de hospedeiros. De acordo com Timbó (1993, p.1495),na década de 90, houve um incremento significativo de casos, registrando-se três ondas epidêmicas da doença atingindo níveis mais elevados em 1998, com 528.388 casos notificados já em 2002 teve aumento maior de numero de casos 672.371. 11 Brasil (2008, p. 231), Cita que a “transmissão da fêmea Aedes aegypiti, no ciclo ser humano – Aedes aegypiti- ser humano. Após um repasto de sangue infectado, o mosquito está apto a transmitir o vírus depois de 8 a 12 dias de incubação extrínseca. A transmissão mecânica também é possível, quando o repasto é interrompido e o mosquito, imediatamente, se alimenta num hospedeiro susceptível próximo”. Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções com pessoa sadia, nem por intermédio de água ou alimento. Segundo Brasil (1999, p. 40), “a picada do mosquito acontece na parte da manhã, e ao anoitecer, pois ela tem uma visualização e consegue viabilizar a maturação dos ovos”. A Dengue tem como hospedeiro vertebrado, o homem e outros primatas, mas somente o primeiro apresenta manifestação clinica da infecção e período de viremia de aproximadamente sete dias, nos demais primatas, a viremia é baixa e de curta duração, isso se torna um conjunto de ações para a prevenção da doença seja intensificado, permitindo assim a identificação precoce dos casos de dengue, a tomada de decisões e a implementação de medidas oportuna a fim de principalmente evitar óbitos. Refere que o período de transmissibilidade da doença compreende dois ciclos: um intrínseco, que ocorre no ser humano, e outro extrínseco, que ocorre no vetor. A transmissão do ser humano para o mosquito ocorre enquanto houver presença de vírus no sangue do ser humano. O homem esta apto a infectar o mosquito a partir de 1º dia antes do aparecimento dos sintomas até o 6º dia da doença. 2.2 VETORES O mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti, necessita de condições favoráveis para a sua rápida expansão, tais como: deficiência de abastecimento de água, limpeza urbana, utilização de materiais nãobiodegradáveis, recipientes descartáveis de plástico ou vidros e latas nos quintais das residências, mudanças climáticas, existe como agravante, as condições sócio- ambientais que favorecem a sua proliferação. “Cita que são mosquitos do gênero Aedes aegypti o mais importante na transmissão da doença e também pode ser transmissor da febre amarela urbana. O Aedes 12 albopictus, já presente nas Américas, com ampla dispersão nas regiões sudeste e sul do Brasil, é o vetor de manutenção da dengue na Ásia, mas até o momento não foi associado à transmissão da dengue nas Américas” Brasil (2006, p.231). “Dos programas de controle de dengue, a vigilância entomológica é feita, principalmente, a partir de coletas de larvas, de acordo com Connor ME, Monroe WM (2007, p.296), ”para medir a densidade de Aedes aegypiti em áreas urbanas, essa metodologia consiste em vistoriar os depósitos de água e outros recipientes localizados nas residências e demais imóveis, como: borracharias, ferros- velhos, cemitérios (tipos de imóveis considerados estratégicos, por produzirem grande quantidade de mosquitos adultos), para calculo dos índices de infestação predial e Breteau”. A coleta de larvas é importante para verificar o impacto das estratégias básicas de controle da doença, dirigidas a eliminação das larvas do vetor. Esse, entretanto não é um bom indicador para se medir a abundância do adulto, ineficaz para estimar o risco de transmissão embora venha sendo usado com essa finalidade. Brasil, (2008, p.21), O Aedes aegypiti possui a cor escura, rajado de branco nas patas e corpo, em tamanho é um pouco menor que um pernilongo comum; apresenta quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. O mosquito adulto vive, em media de 30 a 35 dias. A sua fêmea põe ovos de 4 a 6 vezes durante sua vida e, em cada vez, cerca de 100 ovos, em locais com água limpa e parada. “um ovo do Aedes aegypiti pode sobreviver por até 450 dias (aproximadamente 1 ano e 2 meses), mesmo que o local onde ele foi depositado fique seco. Se esse recipiente receber água novamente, o ovo volta a ficar ativo, podendo se transformar em larva, posteriormente em pupa e atingir a fase adulta depois de, aproximadamente, dois ou três dias” Brasil, (2008, p.22). Quando não encontra recipientes apropriados, ou seja, reservatórios a fêmea do Aedes aegypiti, em casos excepcionais, pode voar a grandes distâncias em busca de outros locais para depositar seus ovos. Nas habitações, o adulto do Aedes aegypiti é encontrado, normalmente, em paredes, móveis, peças de roupas penduradas e mosquiteiros, barris, tonéis, pneus, latas, vasos de planta, tanques, caixas d ’água. A intervenção precisa estar contemplada com 13 ações continuadas, características imprescindíveis para evitar o aumento dos índices de infestações do Aedes Aegypti. O outro aspecto observado diz respeito ás dificuldades em estabelecer mudanças efetivas de hábitos de vida, que impliquem na própria organização dos serviços domésticos ou dos espaços ocupados por estabelecimentos diversos, que resultem no armazenamento correto de lixo e de recipientes que possam abrigar ovos, larvas do Aedes Aegypti e na sua eliminação de criadouros potenciais nesses ambientes domiciliares e Peri domiciliar. Gluber (1989, p. 1495), cita que “não se conhece nenhum reservatório animal do vírus nas Américas, o homem infectado continua sendo a única fonte de infecção para o mosquito, o qual permanece infectado o resto de sua vida”. E de acordo com Brasil (2008, p.08), “a capacidade de transmitir a virose aos suscetíveis é de 4 a 6 semanas”. 2.3 PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE De acordo com Brasil (2008, p.24) “O período de transmissibilidade da doença compreende dois ciclos: um intrínseco, que ocorre no ser humano, e outro extrínseco, que ocorre no vetor”. A transmissão do ser humano para o mosquito ocorre enquanto houver presença de vírus no sangue do ser humano, chamado período de viremia. O homem está apto a infectar o mosquito a partir do primeiro dia antes do aparecimento dos sintomas até o sexto dia da doença. “A transmissão se faz pela picada do mosquito Aedes Aegypti fêmea depois de alimentada com sangue de um indivíduo no período de viremia, que é geralmente de seis dias (um dia antes do início dos sintomas, até cinco dias depois). O vírus, então, se desenvolve no mosquito durante um período de oito a dez dias (período de incubação extrínseco), antes de ser transmitido aos humanos em alimentação subsequentes”. Brasil, (2007, p.5). De acordo com Timbó (1993, p. 1494), “geralmente registram-se maiores taxas de infecção no sexo feminino, provavelmente pelo maior tempo de permanência das mulheres em casa, onde a transmissão é mais frequente” 14 A Transmissão do dengue envolve a fêmea dos mosquitos Aedes que se infectam após picarem indivíduos virêmicos e transferem, pela picada, os vírus ao homem susceptível. A chegada do vírus às glândulas salivares do mosquito ocorre após um período de incubação de 7 a 11 dias, determinando o início da transmissão viral pelo mosquito, que passa a transmiti-lo por toda a vida. Outra forma de transmissão importante, entre os mosquitos, é a trans ovariana, dispensando o homem do ciclo mantenedor, o que poderia garantir a população viral em estações secas e frias, quando não existem mosquitos adultos ou reservatórios. Após a inoculação do vírus através da picada do mosquito, a primeira replicação ocorre em linfonodos locais, células musculares estriadas e lisas e fibroblastos. Com isto há a disseminação do microrganismo, livre no plasma ou no interior de monócitos / macrófagos. O vírus do dengue tem tropismo por estas células fagocitárias, que são reconhecidamente importantes para sua replicação. Existem duas formas de resposta imune ao vírus: a primeira previne a infecção e propicia a recuperação; a segunda relaciona-se com a imunopatologia do dengue hemorrágico. A primeira infecção pelo dengue estimula a produção de imunoglobulinas, (IgM) detectáveis a partir do quarto dia após o início dos sintomas, atingindo os níveis mais elevados por volta do sétimo ou oitavo dia e declinando lentamente, passando a não serem detectáveis após alguns meses. As imunoglobulinas (IgM) são observadas, em níveis baixos, a partir do quarto dia após o início dos sintomas, elevam-se gradualmente, atingem valores altos em duas semanas e mantêm-se detectáveis por vários anos, conferindo imunidade contra o sorotipo infectante, provavelmente por toda a vida. Os anticorpos obtidos durante a infecção por um tipo de vírus também protegem da infecção por outros tipos virais; entretanto, esta imunidade é mais curta, com duração de meses ou poucos anos. Infecções por dengue, em indivíduos que já tiveram contato com outros sorotipos do vírus, ou mesmo outros Flavivírus (como os vacinados contra febre amarela), podem alterar o perfil da resposta imune, que passa a ser do tipo anamnéstico ou de infecção secundária (reinfecção), com baixa produção de IgM, e resposta precoce de IgG. Nos quadros de dengue a sintomatologia geral de febre e mal-estar relaciona-se à presença, em níveis elevados, de citocinas séricas. As mialgias 15 relacionam-se, em parte, à multiplicação viral no próprio tecido muscular, acometendo inclusive o nervo óculo-motor, levando a cefaléia retrorbitária. Já no dengue hemorrágico, uma infecção sequencial foi claramente definida como importante fator de risco, uma vez que os anticorpos preexistentes podem não neutralizar um segundo vírus infectante de sorotipo diferente e, em muitos casos, paradoxalmente, amplificam a infecção, facilitando a penetração em macrófagos. Com isto, tais indivíduos possuem populações de macrófagos maciçamente infectadas, produzindo alta viremia. A presença de antígenos de dengue expressos na membrana macrofágica induz fenômenos de liberação imune por linfócitos T CD4 e CD8 citotóxicos. Os macrófagos ativados pelos linfócitos liberam tromboplastina, que inicia os fenômenos de coagulação e, também, liberam proteases ativadoras do complemento, causadoras da lise celular e do choque. O fator de necrose tumoral, de origem macrofágica e linfocitária, foram observados em níveis elevados, o que pode contribuir para a trombocitopenia e o aumento da permeabilidade vascular. 2.4 DENGUE EM MATO GROSSO DO SUL Mediante ao grande número de ocorrências de dengue clássica no Estado de Mato Grosso do Sul e também do grau de letalidade dos casos de Febre Hemorrágica do Dengue (FHD) e da possibilidade de uma epidemia a partir do período chuvoso, cresce a preocupação, uma vez que grande parte dos fatores contributivos para esse agravo é produzida pelo homem no ambiente urbano. Esses fatos apontam para a necessidade da intensificação das ações de Vigilância em Saúde. Em todo o Estado do Mato Grosso do Sul existe os sorotipos DEN-1, DEN-2 e DEN-3. O avanço do vírus tipo 4 da dengue pelo Brasil é uma ameaça à saúde pública. Não pelo vírus em si, que não é mais nem menos perigoso que os tipos 1, 2 e 3, mas pela entrada em ação de mais uma variação do microorganismo. Desde 1982 não ocorria a dengue tipo 4. Em 2010, casos de dengue de tipo4, DENV-4, foram confirmados por exames sorológicos preliminares e isolamento viral no Instituto Evandro Chagas, em pacientes no 16 Estado de Roraima. Por ter tido a presença do vírus causando a doença há 28 anos, a população ainda não está imune, portanto pode ser afetada por este tipo de vírus. Medidas de ataque ao mosquito Aedes aegypti devem ser mantidas e até mesmo incrementadas no sentido de controlar a evolução do vírus tipo 4.No passado um estudo mostrou uma associação de DENV-4, com uma epidemia de dengue hemorrágica que ocorreu no México em 1984. Como o DEN-4 foi detectado no Estado de Roraima e hoje circula em países que fazem fronteira com Brasil, aumenta a possibilidade da entrada desse novo sorotipo, a qualquer momento em nosso Estado. A cada sorotipo circulante em determinada região aumenta os riscos para as formas graves da dengue. O isolamento viral é a forma de se detectar quais os sorotipos circulantes, no entanto este exame ainda é insuficiente para o Estado. Para a inclusão dos municípios no Plano Nacional de Controle da dengue - PNCD são avaliadas as dificuldades operacionais para o combate ao Aedes Aegypti e consideradas alguns pontos, tais como: capital do Estado e regiões metropolitanas, população igual ou superior a 50.000 habitantes e municípios receptivos à introdução de novos sorotipos de dengue (fronteiras, portuárias, etc). O município de Paranaíba foi incluído como prioritário para o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD). 2.5 SITUAÇÃO ENTOMO-EPIDEMIOLÓGICA DA DENGUE EM PARANAÍBA A Vigilância Entomológica para o dengue se estrutura a partir do uso de métodos que revelam os grupos de indicadores relacionados ao ambiente, homem, vetor, hospedeiro, vírus e aos fatores climáticos. Este instrumento tem atribuição de quantificar e estratificar níveis de relacionamentos entre os componentes das cadeias de transmissão da doença, espacial e temporalmente, para o acompanhamento de suas flutuações (GOMES, 2002). A situação entomológica do município é obtida através de análise de diversos dados que são trazidos pelos agentes de controle de vetores através de boletim diário de atividades preenchidos durante as visitas de campo, nos 17 imóveis existentes no município, tanto da zona urbana quanto da zona rural (distritos, povoados, vilas e condomínios) dentre eles: residências, terrenos baldios, comércios, pontos estratégicos (ferros-velhos, borracharias, cemitério ) e outros (igrejas, escolas, clubes, praças ). Estes dados são coletados e transferidos para Programas do SISFAD e SINAN. Por todo o Brasil temos visto números que se referem a casos de Dengue de maneira dispersa, ou seja, estados e municípios que tiveram poucas notificações ou até nenhuma notificação em relação a casos de Dengue, durante anos, em outros, mostram aumento discreto ou exacerbado de casos de Dengue. Este mesmo aspecto é mostrado no município de Paranaíba, até 2009; nos anos de 2010 e 2011, o município vivenciou situações de epidemia. Conforme o esperado, os casos notificados são em maior número nos meses de março e abril. O importante é perceber que houve notificações o ano todo, com leve acréscimo a partir de novembro. Na tabela um abaixo, confirma a não necessidade de chuvas para a presença do Aedes aegypti; nos meses de estiagem, ele sobrevive em depósitos tipo bebedouros de animais, ralos e vasos de plantas ( depósitos B e C ), e, em alguns bairros, e municípios, onde há problemas com o fornecimento de água, ele sobrevive em depósitos tipo A , 2 reservatórios de água à nível do solo. 18 Tabela 1 – Casos de Dengue Notificados e Confirmados no município de Paranaíba no período de Janeiro 1999 a junho de 2011.Paranaíba – MS.2011 ANO NOTIFICADOS CONFIRMADOS 1999 90 63 2000 158 132 2001 79 28 2002 202 103 2003 94 39 2004 79 28 2005 605 290 2006 192 114 2007 307 196 2008 92 06 2009 239 94 2010 1120 821 2011 *Até junho 1157 708 Fonte: Plano de contingencia da Dengue 2011/2012. Paranaíba - MS 19 TABELA 2 Número de casos notificados por mês no município de Paranaíba no período de Janeiro 2009 a junho de 2011.Paranaíba – MS. 2011 MÊS 2009 2010 2011 Janeiro 06 47 91 Fevereiro 13 103 160 Março 49 322 375 Abril 49 352 262 Maio 41 170 194 Junho 18 57 75 Julho 11 18 Agosto 10 07 Setembro 10 07 Outubro 04 03 Novembro 10 06 Dezembro 18 28 TOTAL 239 1120 1157* Fonte: Plano de contingencia da Dengue 2011/2012. Paranaíba - MS Na tabela dois mostra a importância de se perceber que houve notificações o ano todo, com leve acréscimo a partir de novembro, confirmando a não necessidade de chuvas para a presença do Aedes aegypti; nos meses de estiagem, ele sobrevive em depósitos tipo bebedouros de animais, ralos e vasos de plantas. O Índice de infestação Predial (IIP) pode ser calculado a cada quarteirão trabalhado, diário, semanal ou mensalmente. O Levantamento de Índices Rápido do Aedes aegypti – LIRA, é um índice amostral, que se realiza a cada início dos ciclos estipulados, portanto são realizados 6 vezes ao ano. 20 Para levantar a Infestação predial de uma localidade, o índice é calculado da seguinte maneira: quantidade de imóveis positivos (Aedes aegypti) x 100 ÷ pela quantidade de imóveis inspecionados por localidade. O LIRA ( Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti) foi realizado em todos os ciclos dos anos de 2009, 2010 e 2011, com exceção do 2º. Ciclo de 2010, pois estávamos em ação de bloqueio mecânico, mutirão, realizado em toda área urbana. De acordo com o Programa Nacional de Controle da Dengue a meta é que o IIP seja mantido abaixo de 1%, a fim de diminuir o risco de transmissão da doença (MS - 2002) TABELA 3 - Índice de infestação predial em Paranaíba, segundo ciclo e anos 2008 a 2011.Paranaíba – MS. 2011 Ano 1º.ciclo 2º.ciclo 3º.ciclo 2008 4º.ciclo 5º.ciclo 6º.ciclo Anual 5,26 3,50 1,12 0,24 0,42 1,10 1,94 2009 5,83 3,28 1,96 0,87 2,61 4,81 3,22 2010 6,10 2,97 0,95 0,30 0,39 2,08 2,13 2011 4,27 5,45 1,25 0,70 Fonte: Plano de contingencia da Dengue 2011/2012. Paranaíba - MS Quando se analisa o Índice de Infestação Predial (IIP) do Aedes aegypti, no município, conforme Tabela 4, observa-se uma nítida mudança na densidade durante o ano, variando de acordo com a flutuação do regime pluvial, com sazonalidade bem definida, com aumento significativo do Índice no período de outubro ( 5º.ciclo) a abril ( 3º. Ciclo), seguindo o regime de chuvas, com aumento da umidade do ar e a permanência da temperatura acima dos 30 graus Em 2009 é nítido o crescimento do índice de infestação a partir do 5o. ciclo; e, em 2011, o 2º. Ciclo alcança um valor de 5,45 para o mesmo índice. O fator chuva foi bastante evidente para estes índices, sendo que em 2009, a partir de setembro tivemos volumes acima da média, e em 2011, em março, 21 3 principalmente, tivemos volumes pluviométricos de mais de 100 mm em um dia, com enchentes, quedas de pontes e rodovias. No município de Paranaíba, até final de 2010, o LIRA era realizado por equipes fechando estrato por estrato. Desde início deste ano (2011), o LIRA é realizado por área, ou seja, o agente realiza o levantamento na área na qual está zoneado. Este procedimento facilitou o trabalho, agilizando os resultados, e elevando sua confiabilidade. TABELA 4 – Número de indivíduos afetados pela Dengue, segundo sexo e idade, no ano de 2011, conforme resultados recebidos até o mês de setembro. Paranaíba – MS. 2011 Idade Sexo Masculino Sexo Total Feminino 0 - 10 anos 22 29 51 11 – 20 anos 52 64 116 21 – 30 anos 34 90 124 31 – 40 anos 41 71 112 41 – 50 anos 32 85 117 51 – 60 anos 28 56 84 61 – 70 anos 18 30 48 71 – 80 anos 07 05 12 01 01 431 665 81 - 85 anos TOTAL 234 Fonte: Plano de contingencia da Dengue 2011/2012. Paranaíba – MS Os dados da Tabela 4, em relação ao sexo, demonstram que o sexo feminino foi consideravelmente mais atingido pela Dengue (64,8%) em relação ao sexo masculino (35,2%). E em relação às idades, é interessante observar dados da pré-adolescência (11- 15 anos) e adolescência (16 - 20 anos), que ao 22 todo (masculino e feminino) somam 63 e 53 casos respectivamente, e que somente para os casos do sexo masculino, o intervalo de 11 - 15 anos, foi o que apresentou o maior número de casos (35). Estes dados são bastante importantes, pois se referem a um grupo de pessoas que requerem cuidados e maior atenção em casos de Dengue. E para o sexo feminino, é importante observar que houve casos em todos os intervalos de idade, de 0 a 86 anos ou mais, sendo os resultados mais significativos nas idades compreendidas entre 21 e 55 anos, num total de 279 casos confirmados (64,7%) com ênfase nos intervalos de 21- 25 anos com 48 casos, e, 46- 50 anos com 47 casos. TABELA 5 – Número de casos confirmados pela Dengue, por área de estratégia de saúde da família no ano de 2011. Paranaíba – MS. UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA NO. DE CASOS CONFIRMADOS USF “Santa Lúcia” 154 USF “Daniel” 143 USF “Antônio Miziara” (Santo Antônio.) 55 *** USF “Dona. Hilda” 34 USF” Dr. Yá (Santana) 33 USF ”Dr. Leolindo” (Nª.Sª. de Lourdes) 32 USF “Anna Ligya” 31 Outros *** 183 Total 665 Fonte: Plano de contingencia da Dengue 2011/2012. Paranaíba – MS O que se observa na Tabela 5, é que as áreas mais afetadas foram das USFs Santa Lúcia, seguida pela USF Daniel e USF Antônio Miziara (Santo Antônio). Queremos ressaltar que da totalidade de outros (183 casos confirmados), existe a probabilidade de aproximadamente 20% (36,6%) dos casos, serem da área da USF “Antônio Miziara” ( Sto. Antônio) devido ao fato da 23 Santa Casa estar inserida nesta área, e as pessoas procurarem diretamente os serviços do Hospital, sem passarem pela USF. Desta forma esta ESF teria aproximadamente 92 casos confirmados da doença. TABELA 6 - Casos de Dengue confirmados nos meses de janeiro a setembro de 2011, no município de Paranaíba – MS. Mês No. Casos confirmados Janeiro 57 Fevereiro 89 Março 169 Abril 188 Maio 108 Junho 38 Julho 11 Agosto 03 Setembro 02 TOTAL 665 Fonte:CMCV/Pba,MS/2011 Os dados contidos na Tabela 6 mostram a frequência dos casos em cada mês. É importante observar os dados referentes ao mês de julho, quando houve 11 casos positivos para a doença, o que é atípico, pois neste mês a densidade populacional do mosquito Aa é bem baixa. Isto confirma a adaptação do mosquito à meses mais secos, e sua independência para a sobrevivência em casos de chuvas. 24 3 OBJETIVOS 3.1. Objetivo Geral Planejar e executar as ações que promovam a adesão da população adscrita na unidade do ESF Santa Lúcia para participarem no controle e na prevenção da Dengue 3.2. Objetivos Específicos Alertar a população sobre a grave situação entomo-epidemiológica que se encontram os bairros adscritos à ESF Santa Lúcia; Inserir o agente comunitário de saúde em visitas domiciliares, na conscientização da população e ações de prevenção da dengue. 25 4 JUSTIFICATIVA A alta incidência de casos de Dengue caracteriza a grave epidemia em Paranaíba-MS, com registro de dois óbitos confirmados por Dengue ocorreram na área do ESF Santa Lúcia. Casos graves continuam ocorrendo, apesar do empenho da Secretaria Municipal de Saúde na tentativa de conter a epidemia. Torna-se urgente a participação ativa da população no controle da epidemia. A melhor forma de se controlar e evitar a dengue impedir que o mosquito se prolifere interrompendo seu ciclo de reprodução, ou seja, Brasil, (2008, p.40), cita que “impedindo que os ovos sejam depositados em locais estratégicos que possam acumular água limpa e parada como: latas, embalagens, garrafas, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, pratos de vasos de plantas, jarro de flores, caixa d’água, tambores, Lages das casas, cisternas, sacos plásticos, lixeiras, floreiras de cemitérios, Calhas em desníveis que escorrem as águas de chuvas e ralos”. Por essa razão, é necessário que as ações para o controle da dengue sejam feitos de maneira intersetorial, mas também a participação efetiva de cada morador, na eliminação dos criadouros existentes ou possíveis locais para reprodução do mosquito. 26 5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Projeto de intervenção na área de educação em saúde com a clientela usuária ESF Santa Lúcia e com as crianças matriculadas nas escolas que estão inseridas nesta área, através da elaboração de atividades educativas com crianças para que as mesmas possam ser os soldadinhos da dengue. Para realização deste projeto de intervenção foi trabalhado em primeiro momento com a equipe do ESF, na discussão dos dados epidemiológicos e mesmo traçando uma reflexão dos casos de óbitos por dengue de usuários cadastrados no SIAB. Em um segundo momento foi desenvolvido a etapa com a população, na qual os agentes comunitários de saúde atuaram intensivamente na prevenção dos focos, educando a população para que estes fossem responsáveis pela limpeza de seus quintais e destino do lixo doméstico. Na etapa seguinte buscou-se selecionar crianças para que fossem voluntárias no combate às larvas, responsabilizando-se por, no máximo, duas casas para cada criança. Tais crianças serão chamadas de SOLDADINHOS DA DENGUE com identificação e medalhas de Honra ao Mérito. Seguindo a etapa com os técnicos de vigilância epidemiológica para atuar juntos na divulgação nas rádios locais e imprensa escrita, procurando alertar a população sobre a realidade entomoepidemiológica da Dengue no município de Paranaíba. 27 6 RESULTADOS Foram realizadas durante um período de três meses, atividades de palestras nas escolas, reunião com a população usuária do ESF Santa Lúcia, técnicos que compõem a equipe multidisciplinar, entrevistas na mídia falada e escrita do município de Paranaíba. A prevenção e as medidas de combate exigem a participação e a mobilização de toda a comunidade a partir da adoção de medidas simples, visando a interrupção do ciclo de transmissão e contaminação. Caso contrário, as ações isoladas poderão ser insuficientes para acabar com os focos da doença. Na eventualidade de uma epidemia de dengue numa comunidade ou município, há a necessidade de serem executadas medidas de controle como o uso de inseticidas aplicados através de carro-fumacê ou nebulização, para diminuir o número de mosquitos adultos transmissores e interromper a disseminação da epidemia. Nessa oportunidade, a comunidade deve cooperar com o processo de nebulização, mantendo as portas e janelas das casas abertas, de modo a permitir a entrada do inseticida. No entanto essas medidas são as únicas a disposição da vigilância epidemiológica e são menos eficazes que a vigilância da própria população dentro de suas casas. Para trabalhar com as crianças envolvidas foram repassado informações sobre o ciclo do Aedes, e sobre a doença e as formas de prevenção. As informações foram prestadas em forma de palestras, discussão em grupos, debates e exposição de fotos e figuras relativas, aula pratica com os agentes de endemias com a visualização por meio do microscópio dos ovos e as larvas in vivo. As crianças selecionadas pelos agentes comunitários de saúde na faixa etária de 7 a 12 anos, tendo sido autorizadas pelos pais para atuar neste projeto. Cada ACS será responsável pelas crianças de sua área. As ações dos soldadinhos são desenvolvidas nos horários de folga da criança para não interferir nos horários de estudos e outras atividades já assumidas. Os soldadinhos deverão informar os ACS semanalmente das atividades que desenvolveram, nas casas visitadas e receptividade do morador com as informações prestadas. 28 As crianças envolvidas trazem um lado positivo ao trabalho que é a participação ativa dos pais, pois eles têm que autorizar e participar dos treinamentos realizados em espaços comunitários. Houve uma participação da coordenação da atenção básica do município de Paranaíba, que se responsabilizou em providenciar os uniformes e crachás de identificação das crianças soldadinhos, para o ano de 2012. Tendo ainda o plano de estender o projeto para todos os ESFs do município. 29 7 CONCLUSAO Com base em todas essas atividades já desenvolvidas podem-se afirmar os resultados positivos esperados, pois há o comprometimento da população usuária do ESF Santa Lúcia. Embora os indicadores epidemiológicos para dengue mostre ainda um grave risco de epidemia no próximo ano este quadro pode ser revertido com a proposta de educar brincando através dos soldadinhos da dengue. O projeto soldadinhos da dengue é um trabalho continuo e cujos resultados serão animadores evidenciando a importância da adesão da comunidade. 30 8 REFERENCIAS ARAÚJO, R.R.; NUNES,J.S.A. Relações geográficas entre o clima e a incidência de Dengue na cidade de São Luís/MA. 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Palestra com as crianças da Creche da LBV 33 Agentes Comunitários em Ação Mídia na divulgação dos riscos de epidemia de dengue. Desenho para camiseta dos uniformes dos soldadinhos da dengue.