SINDROME DE DOWN OBJETIVO GERAL. Compreender como se dá a inclusão dos alunos com Síndrome de Down no Ensino Regular Comum, bem como a sua aceitação ou não pelo grupo ao qual está inserido. Objetivos específicos. Verificar se o professor encontra-se preparado tanto emocionalmente, como embasado em subsídios teóricos e práticos para receber esta clientela. Apontar o potencial de aprendizagem do aluno, e não evidenciar suas limitações. Avaliar a socialização e interação do aluno com Síndrome de Down na comunidade escolar. Metodologia A pesquisa foi realizada através de embasamento teórico: pesquisa documental e bibliográfica, bem como observação em salas de aulas e trabalho. Foram realizadas entrevistas com os diretores, os professores e as mães dos alunos com Síndrome de Down, sobre a permanência dos mesmos nas escolas de ensino regular comum. BREVE HISTÓRICO E CONCEITO DA SINDROME DE DOWN A Síndrome de Down ocorre em todas as raças e continentes, acontece numa proporção de 1 (um) caso para cada 600 (seiscentos) nascimentos. É a mais comum e mais conhecida síndrome cromossômica já existente, e foi o primeiro distúrbio cromossômico reconhecido no homem. De acordo com Werneck, A história oficial da síndrome de Down no mundo começa no século XIX. Até então, os deficientes mentais eram vistos como um único grupo homogêneo. Assim eram tratadas e medicadas identicamente, sem se levar em consideração as causas da deficiência, que são inúmeras e podem ocorrer durante a gestação, no momento do parto e depois do nascimento. (1995, p. 58,) Não há muitos relatos sobre os primeiros casos de Síndrome de Down visto que, outrora havia poucas revistas médicas, e o número de pesquisadores que se interessava por problemas genéticos e deficiência mental era muito pequeno. Outro fator que contribuiu para a não identificação da Síndrome foram às infecções e a desnutrição, que eram predominantes no decorrer do século XIX, vindo então camuflar assim problemas genéticos e de mal formações.Muitos pesquisadores descreveram algumas das características presentes em pessoas com Síndrome de Down, mas somente John Langdon Down fez uma descrição registrando todos os pontos cardinais da síndrome. Em suas palavras: O cabelo não é preto, como é o cabelo de um verdadeiro mongol, mas é de cor castanha, liso e escasso. O rosto é achatado e largo. Os olhos posicionados em linha oblíqua. O nariz é pequeno. Estas crianças têm um poder considerável para a imitação. (2007, p.48, apud) Contudo outras características podem ser notadas logo ao nascimento da criança, tais como: peso de nascimento menor se comparado à criança sem a Síndrome, os bebês costumam ser bastante sonolentos e, geralmente têm dificuldade na sucção e deglutição. É extremamente importante ressaltar que, mesmo que a presença dos sinais descritos levante a possibilidade de diagnóstico de Síndrome de Down, é necessário que se faça um diagnóstico completo, visto que tais sinais não são específicos e cada um deles, isoladamente pode estar presente em indivíduos ditos normais. Segundo Voivodic diz não devemos esquecer, em nenhum momento, das grandes diferenças existentes entre os vários indivíduos com SD no que se refere ao próprio potencial genético, características raciais, familiares e culturais, para citar apenas algumas e que serão poderosos modificadores e determinantes do comportamento a ser definido como características daquele indivíduo. Normalmente as pessoas têm o costume de estereotipar as crianças com síndrome de Down dando-lhes características como: docilidade, amistosidade afetividade, teimosia, e inúmeras outras, porém isto não quer dizer que todas têm o mesmo comportamento e personalidade. De acordo Milani No início da década de 1930, alguns médicos suspeitavam que a síndrome poderia ser o resultado de um problema cromossômico. Porém, essas técnicas não eram aperfeiçoadas a ponto de comprovar a teoria. Somente quando os métodos laboratoriais se tornaram acessíveis, em 1956, permitiram que os cientistas estudassem melhor os cromossomos e descobrissem que, ao invés dos presumíveis 48 cromossomos, havia 46 em cada célula humana normal. Três anos mais tarde, Lejeune observou que as crianças com a síndrome possuíam um cromossomo a mais do que o normal, com três cromossomos 21, o que levou ao termo trissomia. Quanto a Síndrome de Down ela é uma alteração genética caracterizada pela existência de um cromossomo adicional no par 21, daí o porquê também é chamada de trissomia do par21. Normalmente, as células reprodutivas (espermatozoides e óvulos) têm 23 cromossomos cada, no momento da fecundação, em circunstancias normais, será formada uma célula com 46 cromossomos. Posteriormente, terá início o processo de divisão celular, que gerará outra com 46 cromossomos. Porém, quando no momento da divisão celular, não ocorre a disjunção adequada dos cromossomos do par 21, dois cromossomos 21 ficam “grudados”, assim, as células serão uma de 47 e outra de 45 cromossomos, Dessa forma, a divisão celular prosseguirá, produzindo mais células com 47 cromossomos, neste caso então se diz que ocorreu Trissomia do Par 21 (por não disjunção), e cerca de 100% dos casos de Síndrome de Down são deste tipo. Enquanto que 3% dos casos de Síndrome de Down são por Trissomia de Translocação, ou seja, o número total de cromossomos nas células e de 46, mas o cromossomo 21 extra, está ligado a outro cromossomo, formando então novamente um total de três de cromossomos 21 presentes em cada célula. Neste caso, o terceiro cromossomo 21 não é “livre”, pois está ligado ou transloucado a outro cromossomo, geralmente ao cromossomo 14, 21 ou 22 é importante salientar que o cromossomo 21 extra ou parte dele pode se aderir a outros cromossomos. Na Translocação os cromossomos sofrem uma quebra na sua região central, há uma união entre os dois braços mais longos e perda dos dois braços curtos. Nos 2% restantes ocorre a Síndrome de Down por mosaicismo, ou seja, é quando ocorre um “erro” na segunda ou terceira divisão das células, que podem gerar células normais e células trissómicas. Após o nascimento do bebê, encontram-se algumas células com 47 cromossomos e outras células com o número normal de 46 cromossomos. Representando assim um quadro em mosaico, daí o termo mosaicismo. Diversos autores comentam que o mosaicismo possui um fenótipo, mais leve da síndrome e apresentam um desempenho intelectual melhor que, os que possuem S.D.por Trissomia 21. Ainda não se sabe o motivo pelo quais os cromossomos não se separam corretamente, bem como o porquê das células não se dividirem adequadamente. Seja qual for o tipo de Síndrome de Down é sempre o cromossomo 21 o responsável pelos traços específicos e função intelectual limitada, observados na maioria das crianças que tem esta Síndrome. De acordo com Werneck,. No caso da síndrome de Down, um dos sintomas é a deficiência mental. Em razão do excesso de material genético, provocado pela anomalia cromossômica, várias reações químicas, essenciais ao bom desempenho dos sistemas do organismo, não se fazem de forma apropriada. Mas além das razões de ordem biológica, outros fatores, de ordem ambiental, podem exacerbar ou limitar a função intelectual [...]. (1995, p.60) A limitação intelectual provocada pela S.D., pode e deve ser amenizada pela família, e esta é a responsável por todos os cuidados que a criança com a Síndrome tem ou possa vir a ter. O desenvolvimento da criança dependerá principalmente do meio em ela está inserida Diagnóstico Para diagnosticar a Síndrome de Down atualmente são utilizados três tipos de exames: amniocentese, amostra vilocorial e a triagem de alfa-fetoproteína. Amniocentese é o exame onde se colhe o líquido amniótico e este passa pelo processo de centrifugação e as células do feto se reproduzirão numa cultura. Esta técnica passou a ser utilizada em larga escala nos anos 1970, e é realizada geralmente a partir de 14 semanas até 16 semanas de gravidez, porém antes da realização deste exame faz-se a ultrassonografia, pois esta auxilia na identificação da localização da placenta e da cavidade amniótica. Frequentemente aplica-se anestesia local antes de inserir a agulha através da parede abdominal até o útero, sugando assim amostras do líquido amniótico. Este passa por um processo de centrifugação e as células fetais que foram obtidas passam a se reproduzirem numa cultura, podendo ser utilizadas posteriormente para a análise cromossômica. A amostra de vilocorial tornou-se disponível somente a partir do ano de 1980, nos EUA, para a realização do mesmo, é retirada uma parte do tecido placentário que é obtido por via vaginal ou mesmo através do abdome, isso ocorre entre a oitava e a décima primeira semana de gravidez. Alguns estudos realizados revelam que este procedimento não é tão seguro quanto o da amniocentese, porém o outro pode ser realizado mais precocemente e os estudos dos cromossomos podem ser realizados imediatamente após a coleta e os resultados podem ser obtidos mais rapidamente. No exame de ultrassonografia, ondas sonoras são emitidas para dentro do útero, e à medida que se deparam com certas estruturas internas, como um bebê em gestação, são registradas no monitor. Alguns investigadores e ou médicos utilizam este exame para detectar a Síndrome de Down, pois através deste, eles medem a grossura da pela na região do pescoço e o cumprimento do osso da perna. A Triagem de Alfa-fetoproteína materna só tornou-se disponível nos anos de 1980, com ele observou-se que os níveis baixos de alfa-proteína estão associados às desordens cromossômicas, especialmente no caso da Síndrome de Down. Estudos realizados recentemente mostram que é possível identificar cerca de 60% a 80% desses casos no período de gestação. Por serem poucas as desordens genéticas que podem ser separadas durante a gestação, e até o presente momento, nenhuma terapia intrauterina foi descoberta para a Síndrome de Down. Cariótipo. Para comprovar a existência da Síndrome de Down, o médico deve solicitar um exame genético: o cariótipo. É por meio deste, que se permite confirmar o diagnóstico. A constatação de um cromossomo extra no par 21 provém de um “erro” na divisão do material genético no início da formação do bebê, sendo suficiente para modificar definitivamente o desenvolvimento embrionário da criança. A forma genética da trissomia não tem valor no prognóstico, nem determina o aspecto físico mais ou menos pronunciado, nem uma maior ou menor eficiência intelectual. É importante ressaltar que, não existem graus de síndrome de Down e as diferenças de desenvolvimento decorrem das características individuais, como a herança genética, educação, meio ambiente ,e outros. O interesse em reconhecer e diferenciar o “erro” cromossômico responsável pelo nascimento do bebê é preventivo, ele permite saber se o “acidente” pode ocorrer em outra gestação ou em familiares, irmãos ou irmãs com a Síndrome. Os Dez Sinais Cardinais da Síndrome de Down. A aparência e o funcionamento dos indivíduos são determinados pelos genes, assim cada criança herda o gene de seus pais, e isso faz com que pareçam com eles em relação à estrutura corporal. Porém num caso de Síndrome de Down por causa da alteração genética as crianças são parecidas umas com as outras, geralmente isto não interfere no seu funcionamento, tão pouco as tornam menos encantadoras. Na realidade as características da Síndrome só são importantes para a realização do diagnóstico e, além disso, estas crianças são mais parecidas do que mesmo diferentes das crianças “normais” da sociedade. O reflexo de moro hipoativo está presente em 85% das crianças com Síndrome de Down este reflexo é involuntário e normal em recémnascidos, porém a presença deste em criança mais velha ou adulta é anormal, bem como a falta dele nos bebês, que é o caso da criança com S.D.. A hipotonia faz parte de 80% dos casos de S.D., ela é claramente percebida já na primeira infância, e é responsável pelo atraso no desenvolvimento motor da criança e os reflexos fracos e lentos. A face com perfil achatado ocorre em 90% dos casos, a criança apresenta um contorno achatado, isso acontece por causa do pouco desenvolvimento dos ossos faciais, o nariz é pequeno, geralmente o osso Nasal é afundado. Cerca de 80% das crianças possuem fissuras palpebrais com inclinação superior, quanto ao formato geralmente são normais, enquanto que as pálpebras são estreitas e levemente oblíquas, no contorno da íris muitas vezes apresenta pequenas marcas brancas. (Manchas de Brushfield). O excesso de pele na nuca aparece em 80% dos bebês, o pescoço deles tem uma aparência larga e grossa e pode ser observado em ambos os lados da parte de traz do pescoço, com o tempo tornam-se menos evidente podendo desaparecer por completo. A prega palmar única acontece em 45% dos casos de S.D. a dobra é transversal, frequentemente em uma das mãos, porém aparecer nas duas, e elas são curtos e largos. Em média 80% das crianças apresentam hipertensão das grandes articulações, neste caso ocorre a frouxidão geral nos ligamentos, a criança apresenta “articulações soltas”. Geralmente isso não acarreta problemas mais sérios a não ser quando uma junta sai do lugar (deslocamento), muitas vezes isto exige uma medida mais séria, uma correção cirúrgica. As anormalidades radiológicas da pélvis estão presentes em 70% das pessoas com Síndrome de Down elas não apresentam instabilidade atlantoaxial (referese ao atlas e ao áxis, a primeira e segunda vértebra cervical), e nem a atlantoccipital (refere-se ao atlas e ao osso occipital do crânio). As crianças podem ter problemas de marcha, desconforto na região do pescoço, em alguns casos poderá ser necessário uma intervenção cirúrgica para corrigir o problema. As crianças com instabilidade atlantoaxial e atlantoccipital não devem participar de atividades esportivas, pois poderiam afetar o pescoço. A demora no reconhecimento dessas condições poderá resultar em danos na medula. A hipoplásica da falange média do 5º dedo, este costuma ser pequeno e curvado para dentro (clinodactilia), o que ocorre em 60% dos casos de Síndrome de down. Em média 80% das crianças têm orelhas pequenas arredondadas, de implantação baixa, a borda da orelha muitas vezes é dobrada, a estrutura da orelha normalmente possui alterações, e os canais do ouvido são estreitos. Doenças Associadas com Maior Frequência à Síndrome de Down. As pessoas com Síndrome de Down apresentam mais problemas médicos do que as que não possuem a Síndrome, no decorrer da vida delas são encontrados diversos tipos de doenças como, infecções, problemas odontológicos, de visão, audição, cardíacos, problemas no intestino, e muitas outras. Em relação às infecções, as crianças na primeira infância apresentam problemas respiratórios com grande frequência, podem ter também infecções de ouvido, já na fase da adolescência, apresentam infecções de pele, principalmente na região das nádegas e coxas. Estas pessoas são mais suscetíveis à infecções por terem uma deficiência imunológica, que faz com que elas tenham infecções repetidas inúmeras vezes. Os problemas odontológicos começam a ficar visíveis já nos primeiros meses de vida da criança com Síndrome de Down, nelas pode-se observar um atraso na erupção dos dentes, os hábitos de bruxismo e de bricomonia (apertar os dentes), tanto em adultos como em crianças, apresentam ainda o hábito de sugar os dedos. No entanto o maior problema dental está relacionado às gengivas (doença periodental e gengivite). Quanto aos distúrbios visuais existem relatos que 50% das crianças têm dificuldade de ver de longe e 20% de ver de perto. Há um grande número de crianças que são estrábicas que possuem inflamações das margens das pálpebras e outras em menor número, possuem movimentos rápidos do olho (nistagmo). Em média 60 % a 80% das crianças com S.D. possuem déficits auditivos que podem ser leves ou moderados, em muitos casos deve-se ao aumento de cera no canal do ouvido, causando frequentes infecções de ouvido. Em relação aos problemas cardíacos, estes estão presentes em 50% dos casos, e deve ser detectado com urgência. Após o nascimento da criança com Síndrome de Down, é necessário que ela seja examinada por um cardiologista, independentemente de apresentar os sinais indicadores da cardiopatia congênita (baixo ganho peso, desenvolvimento mais lento quando comparada às outras crianças com a S.D., malformações torácicas, cansaço constante). É necessário um exame minucioso que inclui desde a ausculta dos batimentos cardíacos, a constatação da possível presença de sopro. Quanto aos problemas intestinais acontecem com muita frequência em crianças com Síndrome de Down, como por exemplo, estenose ou atresia do duodeno, imperfuração anal, podendo necessitar assim de intervenção cirúrgica..Alves diz que, por vezes, apesar de o tratamento ser seguido à risca, não consegue um resultado muito evidente, uma vez que, em certas crianças, o tratamento é habilitador/reabilitador. Consegue, na melhor das hipóteses, manter o estado da criança é garantir uma melhor qualidade de vida. (Apud Schwartzman.Muitas crianças com S.D. podem não apresentam nenhuma anormalidade e estarem em perfeito estado de saúde, contudo é importante lembrar que, é necessário um acompanhamento médico regularmente, para que possam desempenhar uma melhor qualidade de vida. As Incidências. Os riscos de ocorrência de nascimento da criança com Síndrome de Down no caso de mães de diversas idades, que nunca tiveram filhos com esta Síndrome. Já os riscos de ocorrência de nascimento da criança com S.D. no caso de mães de diversas idades que já tiveram filhos com a Síndrome. Idade da mãe ao conceber a criança corre o risco de nascer uma criança com SD. Como Dar a Notícia. Normalmente cabe ao obstetra que realizou o parto ou ao pediatra do recémnascido, falar com o casal sobre a suspeita de que a criança tem Síndrome de Down com certeza está não será uma das tarefas mais fáceis, principalmente porque esta notícia despertará muitas dúvidas e sofrimento, tanto para os pais como para os familiares. No entanto, é de suma importância que o profissional esteja preparado para este momento. Dependendo de como for dada à informação, ao casal, esta situação fará com que se estabeleça uma relação que tanto poderá ser positiva, como negativa, e é de fundamental necessidade que se crie uma relação positiva entre os pais e o bebê, para que o desenvolvimento geral dessa criança possa acontecer. A seguir estão algumas sugestões que têm se mostrado mais adequadas na horapara dar notícia. Procurar dar a notícia ao casal, logo após terem visto o bebê, isto deve acontecer o mais precocemente possível, ainda na maternidade. Dar a notícia em uma ambiente calmo e tranquilo, tento criar certa intimida de como, não permitir em hipótese alguma a presença de estranhos. Usar uma linguagem adequada ao casal, considerando o seu nível de escolaridade, idade, condições sociais, certificar-se de que ambos estão entendendo o que está sendo dito. Examinar o bebê na frente dos pais com atenção e carinho, ir apontando as características da Síndrome de Down, que estão justificando a necessidade do exame. Deixar bem claro que a confirmação da Síndrome de Down só ocorre com o resultado do cariótipo, mas que as chances de um engano a partir das características físicas são mínimas. Usar o termo Síndrome de Down e explicar porque não usar o termo mongolismo. Evitar o uso de outros termos como, retardo ou “debiloide”. Falar sobre a Síndrome de Down, porém deixar claro que o bebê precisa dos mesmos cuidados que as outras crianças “ditas normais”, e que embora o seu desenvolvimento seja mais lento, não se sabe qual será o limite desse desenvolvimento e também nunca dizer que ele não andará, ou falará. Informar sobre a necessidade de acompanhamentos especializados (fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outras) e indicar os locais onde existam esses atendimentos em sua comunidade. Saber entender se os pais reagirem negativamente, responder com sinceridade às perguntas feitas, mas de um modo delicado. Deixar o casal um tempo sozinho após a conversa, para poder sentir suas emoções. Em caso de dúvida procura um geneticista e principalmente mostrarse disponível para outros encontros. Responder a todas as perguntas dos pais, repetir se necessário, a mesma informação Transmitir todas o as resultado vezes do diagnóstico que assim for que solicitado. isto ocorrer. Explicar cada uma das características da Síndrome de Down, ressaltando os pontos positivos. Informar que ainda não foi descoberto tratamento medicamentoso, que possa curar a Síndrome de Down, mas que a estimulação por profissionais e o convívio social são fundamentais para o desenvolvimento da criança. Incentivar o casal a contar o diagnóstico e explicar aos familiares e amigos o que é a Síndrome de Down e que essa criança precisa de convívio, do carinho da família (avós, tios, primos), como qualquer outra. A FAMÍLIA E A CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN. A família tem um papel importantíssimo na vida de qualquer criança, visto que a família é a base que sustenta, e que fortalece as estruturas do indivíduo. Durante a gravidez a família idealiza um filho perfeito, imagina situações futuras como, brincar, passear, a escola, os amigos, a vida profissional, os sentimentos gerados pela ocorrência de uma criança com deficiência oscilam entre polaridade muito forte: amor e ódio, alegria e sofrimento; uma vez que as reações concomitantes oscilam entre aceitação e rejeição, euforia e depressão – para citar o que ocorre com mais frequência. (apud, Amaral. 2008), No entanto, logo que recebem a notícia que o filho tão esperado e desejado não virá, e o que chegou em seu lugar tem S.D., esta família passa a viver conflitos e sofrimentos, sente que o mundo desmoronou, e em muitos desistem de viver. Contudo é preciso ressaltar que cada família tem uma reação ao receber a criança com esta Síndrome, algumas conseguem superar as dificuldades e as crises, porém outras não se mantêm num momento de tristeza infindável. Voivodic diz que,Segundo alguns autores, existe um processo de luto adjacente, pela morte das expectativas do filho imaginado, quando do nascimento de uma criança disfuncional, que envolve quatro fases. Na primeira fase, há um entorpecimento com o choque e descrença. Na segunda, aparece ansiedade e protesto, com manifestação de emoções fortes e desejo de recuperar a pessoa perdida. A terceira fase caracteriza-se pela desesperança com o reconhecimento da imutabilidade da perda. E finalmente a quarta fase traz uma recuperação, com gradativa aceitação da mudança. Absolutamente todas as famílias passam pela fase do luto, algumas o superam, enquanto que outras nele permanecem. Porém no decorrer desta fase a família precisa se interagir, buscar melhores condições para lidar com o novo integrante. Sendo assim necessário enfocar a criança como ser completo, insubstituível e importante, e não valorizar somente a deficiência da mesma é preciso, portanto que haja uma conscientização por parte da família, de que a criança com deficiência é igual às outras, porém requer mais atenção, mais cuidados, mais e mais em tudo que diz respeito às suas necessidades. Dentre as suas necessidades, os sentimentos que podem transformar não só a vida destas, mas a de todos os indivíduos que a cercam está o amor e o respeito, visto que sem estes o ser humano deixa de existir por completo, e a base e as estruturas da família também se abalam. Sendo a família a grande responsável pelo desenvolvimento da criança, se faz necessário que ela encontre formas diferenciadas para melhorar a qualidade de vida de seus filhos. Segundo Voivodic, ”famílias que conseguem manter a ligação afetiva, estreita e positiva com a criança favorecem a aprendizagem, proporcionando condições de desenvolvimento e segurança para sua independência e autonomia”. Em todas as etapas da vida de uma criança, seja ela com deficiência ou não, é preciso os laços afetivos da família, pois assim ela se sentirá acolhida, amada e importante dentro do ambiente em que vive. O nascimento de uma criança com síndrome de Down não se pode ser visto como uma tragédia. Ao contrário, deve ser sentido com amor e agradecimento. Pessoas especiais são dadas apenas para pessoas especialmente capazes. Contudo, raramente a família consegue ver a situação por este ângulo, simplesmente o que ela quer é o filho que por muito tempo esperaram desejaram e fizeram planos. A Convivência com a Criança com Síndrome de Down Quando a família supera a fase do luto, (o que não acontece com todos os membros mutuamente), passam então a ter vida nova, e começam a reagir frente aos obstáculos encontrados. De acordo com Werneck, se os pais lidam com o filho que tem síndrome de Down com naturalidade, todos também o farão. Nada de tratá-lo como se fosse muito fraco ou indefeso, fazendo exigências ou restrições especiais aos outros irmãos em relação a ele. A família precisa ser a primeira a romper as barreiras do preconceito, para que a comunidade possa aceitá-lo, e assim a sociedade por sua vez além de aceitar irá se adequar às suas necessidades. Werneck diz ainda que, ”para as crianças é bem mais fácil lidar com o irmãozinho que só parece ser um pouco diferente do que imaginavam” (1995, p.122,), isso acontece porque as crianças são naturais, espontâneas, para elas não existem diferenças e quando passam a apontar diferenças é porque o adulto lhe passou esta informação. A criança precisa de uma convivência saudável com seu grupo familiar, pois só assim se desenvolverá e não se sentirá rejeitado, de acordo com Voivodic, O desenvolvimento das crianças com deficiência mental não depende só do grau em que são afetadas intelectualmente, pois numa visão mais sistêmicas consideram-se vários fatores que interferem no desenvolvimento dos quais o principal é o ambiente familiar. (Apud Rodrigo & Palácios, 1998) Sendo assim, direta ou indiretamente, a família é a responsável pelo desenvolvimento completo da criança, visto que é a interação da família com a criança S.D. que irá desenvolvê-la principalmente nas áreas cognitivas, linguísticas e sócio emocionais. Contudo algumas famílias ainda não se deram conta dessa responsabilidade, até porque o desenvolvimento da criança com deficiência é diferente, requer mais cuidados e atenção, e a família por sua vez enfrentará novos desafios. Para Voivodic,(2008,p.52)Essa qualidade de interação está mais claramente relacionada com o desenvolvimento da criança nos primeiros anos que as próprias características das crianças (salvo em casos de deficiência muito grave). Desde os primeiros meses, a criança com SD tem dificuldade para manter a atenção e estar alerta aos estímulos externos. A criança se desenvolverá de acordo com o meio em que vive, e cabe à família estimulá-la, dar atenção, carinho, educar, e acima de tudo vê-la como um importante membro da família. Estimulação Precoce da Criança com Síndrome de Down Toda e qualquer criança precisa ser estimulada após o nascimento, desde que não seja constatada nenhuma anomalia. Pois, os benefícios trazidos pela estimulação favorecerão a vida desta criança, melhorando assim, a fala, a mastigação, o padrão de andar, ou seja, as funções motoras e intelectuais. A criança precisa de estimulação, tal qual necessita de alimentação, vestimentas, afeto, atenção, cuidados para que possa desenvolver-se e estar pronta para entrar em contato com o mundo externo. A fase inicial da estimulação precoce é de 0 a 3 anos, por isso ela deve acontecer já nos primeiros dias de vida, visto que, esta é a fase crucial tanto para o desenvolvimento cerebral, quanto para o desenvolvimento motor. Porém, além de estimulá-las motoramente se faz necessária uma estimulação visual com brinquedos coloridos, auditivo com brinquedos sonoros com sons variados, podendo ainda utilizar a voz humana; quanto ao estímulo sensitivo, este poderá ser feito utilizando texturas diferentes e a criança deverá usar o mínimo roupas possíveis. É preciso, no entanto, salientar que todas as atividades devem ter significados para a criança fazendo parte do seu cotidiano, como as atividades de lazer, no ato da alimentação, do banho, do vestuário.De acordo com Werneck ,toda criança, com ou sem retardo mental, precisa de estímulos para aprender a se arrastar, engatinhar, sentar, andar, falar. Só que os adultos, apesar de intuitivamente trabalharem nesse sentido, não se dão conta do que fazem. A cada brincadeira nova, a cada ida ao circo ou parquinho de diversões, a cada música que cantamos, a cada passeio, a cada atividade na hora do banho ou durante a refeição, estamos estimulandoas e é de responsabilidade da família, e das pessoas que estão próximas à criança, é sabido que a criança Down que não recebe uma estimulação adequada tem sua vida adulta prejudicada. Visto que se trata de uma sequencia, a criança que não aprendeu a se arrastar, não irá engatinhar de forma adequada, assim como não sentará e nem andará corretamente. Uma criança que vive em um ambiente onde todos conversam com ela, canta para ela, e que a estimule a balbuciar nos primeiros meses de vida, com certeza esta terá maiores chances de desenvolver a fala nos primeiros anos de vida. Para Voivodic, “torna-se importante, desde os primeiros anos de vida da criança com SD, a estimulação que leve em conta seus diferentes modos e ritmos de aprendizagem, em função de suas necessidades especiais”. (2008, p. 46).As crianças com S.D. levam mais tempo que as outras crianças sem a síndrome para responder aos estímulos que lhe são oferecidos, por isso é necessário que elas sejam estimuladas todos os dias, e mais vezes, porém é preciso ressaltar que estas crianças precisam de acompanhamento médico, pois os exercícios que dão certo para um bebê poderá não dar certo para o outro. Saboya diz que,[...] cada criança com síndrome de Down tem seu programa de estimulação. O que serve para uma pode não servir para outra. Há bebês que por não terem perdido alguns de seus reflexos iniciais (reflexos típicos de um recém-nascido que deveriam desaparecer aos poucos, nos meses seguintes ao nascimento), necessitam de uma antiestimulação (exercícios inibitórios). E o rendimento dos exercícios será tanto maior quanto mais forem incorporados à rotina do bebê e de sua família. (1995, p.144) Os pais precisam ter em mente que ao estimular o bebê tem que ser por prazer, e que esta atividade é feita em conjunto com a família, pois muitas vezes acaba sendo de responsabilidade de uma única pessoa, no caso a mãe, se todos estimularem a criança com certeza poderão compartilhar dos bons resultados. O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E A APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN. As crianças com S.D. apresentam algumas limitações, são mais lentas e demoram mais tempo que as outras para atingir a maturidade e desenvolver-se por completo. Elas podem desenvolver inúmeras habilidades – dentro de suas limitações –, não sendo possível então predizer suas capacidades ao nascimento, visto que algumas crianças com Down têm um ótimo desenvolvimento cognitivo, pois receberam estímulos desde o seu nascimento e tiveram acompanhamento de diversas terapias.Por isso o trabalho pedagógico específico deverá ser iniciado o quanto antes possível, de preferência na Estimulação Precoce e na Educação Infantil, pois assim a criança receberá uma estimulação adequada para que possa desenvolver-se mais rápido. Segundo Voivodic, “é necessário, porém romper com determinismo genético e considerar que o desenvolvimento da pessoa com S.D. resulta não só de fatores biológicos, mas também das importantes interações com o meio”. O atendimento feito à criança com S.D. deverá ser realizado de acordo com as situações diárias da mesma, pois é na educação Infantil que ela será interada no meio social, adquira experiências de convivência com os demais integrantes da escola e por fim desenvolverá a autonomia. Contudo se faz necessário ressaltar que a criança Down, necessita da união dos profissionais em educação, dos pais e da equipe multidisciplinar para que juntos possam trabalhar em prol do seu desenvolvimento tanto acadêmico com social.Por mais que a escola e os profissionais se esforcem no sentido de promover o desenvolvimento da criança com SD, seus esforços serão bastante limitados se não for considerada, tanto em sua filosofia educacional quanto em sua prática de ação uma orientação aos pais. (2008, p. 57) E para que estas crianças possam desenvolver as suas habilidades, se faz necessário que ao aplicar as atividades, estas estejam voltadas para o objetivo da aprendizagem, visto que, em se tratando da criança Down, não há método específico, o que é preciso é uma intervenção específica de acordo com as necessidades de cada uma delas .A criança com S.D. somente é vista por sua deficiência, até porque a Deficiência Mental está presente em todas elas, nunca num todo, como um ser completo, embora sua capacidade intelectual não esteja dentro da normalidade segundo os padrões da sociedade, se forem bem estimuladas e integradas poderão se desenvolver melhor. De acordo com Voivodic, “o uso de rótulos e categorias enfatiza apenas as dificuldades e desvia a atenção de outros fatores que não são importantes e podem facilitar a aprendizagem”. A aprendizagem das crianças com S.D. torna- se um processo complexo e trabalhoso, pois, as mesmas demoram a adquirir e desenvolver a linguagem, sendo esta uma das características marcantes na criança com esta Síndrome, necessitando assim de uma estimulação específica.O processo do desenvolvimento cognitivo e da aprendizagem se dará mais rápido quando a criança com S.D. for integrada às atividades cotidianas, concretas, deixando de lado as abstrações, podendo assim desenvolver suas habilidades e potencialidades. Há uma outra necessidade que também deve ser lembrada, a de deixar de estereotipar a criança com S.D., bem como a limitação das suas capacidades intelectuais; visto que grande parte da sociedade já condena a criança a um fracasso intelectual por ter uma deficiência. Alves diz que, “[...], a Síndrome de Down é classificada como uma deficiência mental, a qual não podemos preestabelecer o limite do indivíduo, mas existe a grande possibilidade de desenvolvimento cognitivo”. (2007, p. 38) Cada pessoa possui um limite, portanto cada uma aprende de maneira diferente, no entanto, o mesmo que acontece com as crianças S.D., umas se desenvolvem mais rápido que as outras, assim como, umas têm mais oportunidades que as outras.Essas crianças para que possam ser atendidas adequadamente, precisam de profissionais preocupados com o seu bem estar, com a sua aprendizagem e com todo o seu desenvolvimento. A Importância do Brincar no Desenvolvimento da Criança com Síndrome de Down A criança com S.D. por ter seu desenvolvimento mais lento do que as crianças “comuns”, precisam de atividades que as estimulem. As brincadeiras e os brinquedos facilitam o desenvolvimento das mesmas. Segundo Milani, As crianças, através das brincadeiras, reproduzem cenas de sua própria vida. Em algumas situações, modificam tais cenas para que estas se tornem mais agradáveis. Essa mesma modificação pode ser detectada também em crianças portadoras da Síndrome de Down. (2006, p.92) As crianças trazem para as suas brincadeiras a realidade de seu cotidiano o que facilita muito, tanto o desenvolvimento social quanto o motor, tornando-as mais independentes em suas práticas de atividades de vida diária. A brincadeira permite que a criança resolva problemas não resolvidos no passado, de forma simbólica. Dessa forma, poderá enfrentar diretamente o presente, e se preparar para o futuro. As brincadeiras em que a criança precisa perseverar lhe ensinam a confiar. A confiança desenvolve o hábito de paciência, preservação e aplicação necessário para tornar possíveis as aprendizagens completas, no entanto muitas vezes os pais, ou mesmo os professores corrigem o modo das crianças brincarem, por acreditarem que o brinquedo não condiz com o modo ao qual esta sendo manuseado. Então quem acaba brincando são os adultos que intervém e não a criança, contudo é muito importante que a criança brinque, fantasie o máximo que puder. Em relação aos tipos de brincadeiras Milani diz que, A criança atribui vida aos objetos (animismo) e a brincadeira predominante é solitária. [...]. Aos poucos, vai se descentralizando e brincando coletivamente. Esse convívio social é fundamental para o desenvolvimento cognitivo e afetivo.emocional. Já na brincadeira simbólica coletiva, [...], aparece a necessidade de respeitar regras para ser aceita no grupo. A colaboração e / ou competição aparecerá mais tarde, nos jogos de regras. (2006, p. 99) É através das brincadeiras que as crianças com ou sem S.D. se desenvolvem, aprendem a viver em grupos, a respeitar normas, a impor regras e a ter limites. E ainda aumentava a agilidade mental, tem um melhor desenvolvimento nas atividades de lateralidade e nas de orientação espacial. Para Milani, [...] brincar é, para a criança, um modo de reconhecer suas características individuais em grupo e individualmente, de modo a melhorar e preservar sua imagem perante os outros [...] (2006, p.99) Normalmente é durante as brincadeiras que as crianças extravasam as suas vontades, suas características energias, fantasias, próprias, emoções e deixando suas visíveis suas personalidades. O brincar é o veículo natural do crescimento e da aprendizagem. Nos primeiros estágios, as crianças com síndrome de Down necessitam de assistência no brincar. Precisa imitar, aprender na ação e fazer algo acontecer. Precisam realizar escolhas e compartilhar. Os limites são determinados para seu comportamento e eles devem aprender a colaborar. Todas essas habilidades ajudam a formar comportamentos positivos e auxiliam na implementação de objetivos da escola e dos pais. (2007, p. 171 – 172) Na maioria das vezes o brincar não é levado a sério nem pelos pais e nem pelos professores, que acreditam ser uma perda de tempo e que não servirá para nada. No entanto, principalmente no caso da pessoa com S.D., o brincar é de suma importância, pois é através dele que a criança passa a melhorar o seu atraso no desenvolvimento. Segundo Zausmer (Pueschel). Poucas coisas encantam mais a criança do que descobrir um armário, baú de brinquedos ou gaveta. Os pais devem providenciar tais lugares, mas fazendo deles uma experiência de aprendizagem, mantendo o armário ou gaveta fechados quando não estão sendo utilizados, guardando os brinquedos e ajudando a criança a selecionar brinquedos que serão usados naquela hora, mas deixando claro que existe a opção de substituí-los mais tarde. (2007, p. 156) É importante que as crianças percebam que não são obrigadas a brincarem com um único tipo de brinquedo, ou uma única brincadeira, assim como também é preciso que os adultos verifiquem os melhores brinquedos os quais melhores se adaptam. INCLUSÃO E INTEGRAÇÃO. A inclusão e a integração possuem significados diferenciados, pois a primeira visa o que o indivíduo precisa, enquanto que a segunda prioriza o que o indivíduo sabe fazer, ou seja, o que tem a oferecer. Segundo Voivodic, no seu sentido etimológico, integração vem do verbo integrar, que significa formar, coordenar ou combinar num todo unificado. Inclusão vem do verbo incluir, significa compreender, fazer parte de, ou participar.Enquanto que a integração para Silva, (2008, p. 152) [...] a integração nada ou pouco exige da sociedade em termos de modificação de atitudes, de espaços físicos, de objetos e de práticas sociais. No modelo integrativo, a sociedade, praticamente de braços cruzados, aceita receber portadores de deficiência desde que estes sejam capazes de [...] (Apud, SASSAKI,sociedade, quanto a comunidade escolar, acredita que o simples ato de receber as pessoas com deficiência já significa que já estão cumprindo com o seu papel de cidadão inclusivo sendo assim, acreditam que não há necessidade de quebrar as barreiras atitudinais e / ou as arquitetônicas. Para Silva a inclusão é, o processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais e gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. A inclusão social constitui, então um processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos. Contudo é preciso que as pessoas não fiquem somente no modismo, que não se acomodem e nem pensem que a inclusão é mais uma tendência tanto visto que não é a mudança da terminologia que irá fazer com o processo de inclusão tenha total êxito, e sim as pessoas que pertencem a sociedade é que tem o poder de mudar a situação, de fazer a inclusão ganhar significado. Participar de um processo inclusivo é estar predisposto, sobretudo, a considerar e respeitar as diferenças individuais, criando a possibilidade de' aprender sobre si mesmo s sobre cada um dos outros em situação de diversidade de ideias, sentimentos e ações [...]. (Apud, Pedrinelli, 2002 p. 54) Porém a atual sociedade não se dá conta que para a inclusão acontecer é necessário que a aceitação seja interna, e que as ações precisam corresponder iguais nas ao escolas verdadeiro sentido de regular. ensino da [...]. inclusão.. (2006, p.9) Ao longo da história pode-se perceber que as pessoas com deficiência eram excluídas por questões financeiras, sociais e culturais, muitas dessas eram consideradas como possuídas por demônio, eram tratadas como loucas e internadas em sanatórios, exiladas em sítios afastados das cidades e quando a família não tinha condições de levá-los a estes locais, os deixavam presos em algum cômodo da própria casa.Contudo, a educação hoje tem um grande desafio: proporcionar a todos os indivíduos com qualquer deficiência, de caráter temporário ou permanente, o acesso aos conteúdos básicos que a escola oferece. Porém, para que realmente as escolas regulares comuns possam oferecer este ensino, elas precisam reestruturar os sistemas de ensino adequando – os às necessidades de cada aluno. De acordo com Voivodic, Para atender às necessidades educacionais de seus alunos, é preciso que a escola se modifique. Nesse momento caberá a ela atender a uma parcela social que até então esteve excluída de seus projetos e planos de trabalho, ainda que estivesse presente em suas dependências, seja na classe especial, na classe de recurso ou na classe comum. (Apud Mendes, 2002: 76) Até alguns anos atrás a pessoa com deficiência ao freqüentar a escola de ensino comum, só o fazia nas salas de recursos, ou em uma sala especial dentro do ensino comum, ficando assim segregada dos demais. Dentro do ensino comum as pessoas que tinham deficiências cognitivas, múltiplas, ou distúrbios emocionais severos não eram aceitas, pois a educação escolar não era considerada prioritária ou até mesmo possível, para estas pessoas. Foi então que começaram a surgir às escolas especializadas para atender as pessoas com deficiências, com distúrbios graves de aprendizagem ou de comportamento, e também as com altas habilidades. A educação especial tem cumprido, na sociedade moderna, duplo papel de complementaridade da educação regular. Isto é, atende por um lado à democratização do ensino, na medida em que responde às necessidades de parcela da população que não consegue usufruir dos processos regulares de ensino; por outro lado, responde, ao processo de segregação da criança ‘diferente’, legitimando a ação seletiva da escola regular a ação seletiva da escola regular. Aparentemente a educação especial tem um sentido ambíguo, pois ao mesmo tempo em que atende às necessidades das pessoas com deficiência, também as exclui, segregando-as das demais pessoas. No decorrer da história da educação especial, pode-se perceber que as pessoas com deficiência além de serem excluídas da sociedade, eram também afastados de suas famílias, e isto fazia com que se aumentasse o preconceito sobre as pessoas que fugiam do padrão de “normalidade”. Por algum tempo as escolas especiais ou centros educacionais específicos eram espaços voltados para as crianças consideradas “não escolarizáveis”, ou seja, aquelas que não tinham proveito em classes comuns, junto com outras crianças da mesma idade, e estas saíram prejudicadas por estarem convivendo com crianças que não rendiam .De acordo com Voivodic, Idealmente as classes especiais tinham por objetivo conduzir os alunos com deficiência mental à mesma meta que a escola regular objetivava aos alunos considerados “normais”: assegurar sua plena capacitação, preparando – os para uma vida independente em sociedade, mediante a aquisição de conhecimento e habilidades. Portanto a escola regular, mas sua prática se dava através de meios diferentes, com outras técnicas, em instituições exclusivamente para crianças com atraso mental. Constituía um elemento essencial a homogeneidade dos alunos, e isso assegurava, na medida do possível, a semelhança de nível intelectual, mesmo com diferenças de idade cronológica. No entanto pode-se perceber que, as escolas especiais mostraram suas limitações e raramente conseguiu atingir suas metas que havia proposto, como, preparar os adultos para que estes fossem autônomos e capazes. Somente a partir de 1994 com a Lei de Diretrizes e Base a Educação Especial ganha um novo significado. De acordo com Paulon, A Educação Especial é definida, [...], como uma modalidade de educação escolar que permeia todas as etapas e níveis de ensino. Esta definição permite desvincular “educação especial” de “escola especial”. Permite também, tomar a educação especial como um recurso que beneficia a todos os educandos e que atravessa o trabalho do professor com toda a diversidade que constitui o seu grupo de aluno. Para que a educação especial funcione de fato é preciso acreditar no potencial de cada aluno ali inserido, do mesmo modo deve ser no ensino comum. É necessário que educação especial seja além de um suporte, que trabalhe junto com a educação comum, e que ambas não se isente das responsabilidades relativas às dificuldades de seus alunos. Ou seja, que se unam e trabalhem em prol do aluno com deficiência, e que procurem soluções para melhor atendê-los. Segundo a Revista Educação Inclusiva, É comum responsabilizar a escola de ensino regular por não saber trabalhar com as deficiências e excluir seus alunos e a escola especial por se colocar de forma segregadora e discriminatória. A implementação da educação inclusiva requer a superação desta dicotomia eliminando a distância entre ensino regular e especial, que numa perspectiva inclusiva significa efetivar o direito de todos os alunos à escolarização nas escolas comuns de ensino regular e organizar a educação especial, enquanto uma proposta pedagógica que disponibiliza recursos, serviços e realiza o atendimento educacional especializado, na própria escola ou nas escolas especiais, que se transformam em centros especializados do sistema educacional, atuando como suporte ao processo de escolarização. A inclusão terá êxito quando as duas modalidades de ensino visar o aluno num todo, e não somente a deficiência que ele tem, quando deixar de procurar quem é o culpado pela educação não estar dando certa nestas duas modalidades. Assim irão proporcionar uma educação de qualidade, possibilitando a estes alunos meios de adquirir conhecimentos complexos que até então à sociedade somente exigia, mas não acreditava que os alunos com deficiência fossem capazes de adquirir. 6.2 A Educação Formal e Informal da Criança com Síndrome de Down A educação prepara as pessoas, ensina-lhes algumas habilidades, permite ainda adquirir independência, além de possibilitar a interação com outras pessoas. No entanto para que tudo isso aconteça é preciso que todos – sociedade, família, comunidade escolar –, estejam dispostos a trabalhar juntos. A principal finalidade da educação, da infância à adolescência, é a de preparar os indivíduos para serem eficazes e bem – sucedidos na vida adulta. Assim, a boa educação oferece uma combinação de habilidades básicas e especializadas. Para proporcionar este tipo de educação para crianças com Síndrome de Down, os educadores devem conhecer os desafios e problemas que essas crianças enfrentam, e como se responde a tais desafios. (2007, p. 183) Com a educação vários caminhos se abrem para qualquer pessoa seja ela com deficiência ou não, e através dela que o indivíduo se torna cidadão sabedor de seus direitos e deveres, e ainda tem o poder de discernir entre a educação informal da criança com S.D., se constitui primeiramente no seio familiar, sendo esta a responsável por inserir a criança no mundo, nas atividades de AVD. Segundo a família se constitui o primeiro grupo social da criança, e é através do relacionamento familiar que a criança viverá a primeira inserção no mundo. É no seio da família que a criança terá suas primeiras experiências, sendo, portanto esta a unidade básica de crescimento do ser humano e sua primeira matriz de aprendizagem. (2008, p. 48) A família de um modo geral deposita muitas expectativas no filho, esperando que ele corresponda de maneira positiva, porém quando o filho que nasce tem alguma deficiência essas expectativas são quebradas e a família entra em estado de choque.Contudo, sabe-se que este choque é inevitável, algumas famílias superam logo e passam buscar melhores condições de vida para o filho, geralmente a mãe e a primeira a sair do estado de choque e a acreditar no desenvolvimento do filho.As atividades da vida cotidiana na família dão a criança oportunidades para aprender e desenvolver – se através do modelo, da participação conjunta, da participação conjunta, da realização assistida e de tantas outras formas de mediar a aprendizagem. Essas atividades podem, ou não, propiciar motivações educativas. (VOIVODIC 2008, p. 54) É a partir dessas atividades que a criança vai adquirir base para melhor desenvolver-se no futuro, e suas funções cognitivas irão amadurecer, e com isso não terá grandes problemas na escola.Quanto à educação formal esta poderá ser oferecida tanto na modalidade de Ensino Regular Comum, como na de Ensino Regular Especial .Voivodic diz que, a educação formal, ministrada pela escola, é um processo importante na formação de todos os indivíduos. A escolarização tem como principal objetivo que os alunos aprendam a aprender e que saibam como e onde buscar a informação necessária. É a educação que irá propiciar ao indivíduo condições, e habilidades para se tornar uma pessoa independente e com autonomia, capaz de superar os obstáculos encontrados ao longo do caminho. A INCLUSÃO DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN NO ÂMBITO ESCOLAR Toda e qualquer criança com ou sem deficiência tem o direito de freqüentar a escola. E cabe à escola se adequar às necessidades de cada aluno, proporcionando-lhes uma educação de qualidade. De acordo com a Declaração de Salamanca a educação é um direito de todos e que cada indivíduo tem suas próprias características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem. E a Declaração também assegura todos devem ter oportunidade de obter e manter um nível aceitável de conhecimentos. É importante salientar que, somente as leis que asseguram a educação a todos, não são suficientes para garantir o acesso à escola e à qualidade de ensino, é necessário que tanto as escolas, quanto a comunidade escolar, se preparem, capacitem para atender às necessidades educacionais dos alunos ali inseridos. Segundo Voivodic, Tais ajustes ou adaptações também se organizam num contínuo que vai desde pequenas modificações na programação das aulas, até mudanças significativas e que se distanciam consideravelmente do projeto curricular estabelecido (estas, bem menos frequentes). Estes ajustes devem ser apropriados de acordo às necessidades específicas de cada aluno, pois são os ajustes aos recursos educacionais que favorecerão a efetivação da inclusão, e esta só será possível quando houver uma reestruturação completa do projeto pedagógico de cada escola. Voivodic diz que. A inclusão se reflete no desenvolvimento de estratégias que procuram proporcionar igualdade de oportunidades. O princípio da escola inclusiva é que todas as crianças aprendam juntas, independente das diferenças que possam ter. As escolas inclusivas devem reconhecer as diversas necessidades dos alunos e dar uma resposta a cada uma delas, assegurando educação de qualidade a todos, através do currículo apropriado, modificações organizacionais, estratégia de ensino usa de recursos e parcerias. Para isso, as crianças com necessidades especiais devem receber os apoios extras que necessitam para que tenham uma educação efetiva. Contudo vale salientar que, o modelo de educação existente no Brasil tem um padrão não muito favorável à inclusão. Em muitos casos, as crianças com Down vivem um dilema, pois se de um lado a inclusão delas no ensino regular favorece ganhos sócios – afetivos, por outro, na maioria das vezes, essas mesmas escolas oferecem poucas ou nenhuma alternativa na retenção dos conteúdos da sala de aula. Em contrapartida, a inserção das crianças Down nas escolas especiais, faz com que estejam em um ambiente muito protegido e algumas vezes segregado, contudo o aprendizado formal das crianças é o enfoque maior onde são usados os recursos adequados para a sua aprendizagem. É neste momento que os pais começam a ter dúvidas, não sabem qual o melhor local para seu filho aprender, tão pouco sabe onde encontrar profissionais aptos, qualificados e competentes para atender as necessidades de seus filhos. No entanto Voivodic (apud Mantoan 1997) enfatiza que “[...] a inserção escolar dessas crianças no ensino regular poderá contribuir significativamente para o seu desenvolvimento intelectual e para a sua atuação no meio social. No entanto, os pais precisam ter consciência de que, para as crianças com SD se desenvolverem é necessário que elas interajam com outras – “ditas normais” – e que se comportem e consigam fazer as mesmas coisas que as da mesma faixa etária fazem. Segundo Voivodic, “[...], quando a criança com SD frequenta escolas regulares, tem ganhos significativos não só em seu desenvolvimento social, mas também em seu desenvolvimento cognitivo. [...]”. Porém a criança com SD só terá êxito se estiver em um ambiente tranquilo, agradável, pois a partir do momento em que se sentirem rejeitadas os efeitos serão prejudiciais ao seu desenvolvimento. Além do ambiente favorável, se faz necessário também, os profissionais preparados, e com conhecimento para lidar com a nova situação, auxiliando assim todo o grupo escolar na resolução de alguns problemas do cotidiano dentro âmbito escolar .De acordo com Blascovi,–Assis, Quando falamos em um profissional bem preparado, queremos dizer que este deve ter conhecimentos gerais sobre o desenvolvimento e comportamento, [...], para poder intervir apenas quando necessário e de forma adequada, respeitando a liberdade que caracteriza a situação e cumprido seu papel de mediador em algumas ocasiões, sem resolver sozinho os problemas que possam surgir, mas sim em conjunto com o grupo para que possa haver, gradativamente, uma maior autonomia das crianças e dos jovens deficientes. A quebra de barreiras do preconceito é a fase inicial da inclusão, onde as pessoas são aceitas num todo, e a deficiência não é maior do que a pessoa que a tem, no entanto, não é isto que se tem visto tanto nas comunidades escolares, O que como tem na acontecido sociedade muito segundo de um Blascovi modo – Assis geral. é que, A criança portadora de deficiência, além de se ver estigmatizada pelas próprias características de sua deficiência, acaba sendo isolada do meio social em que vive por não ser considerada como um adulto produtivo em potencial. Aos olhos preconceituosos ela nada será quando crescer, portanto, além de ser uma criança inútil, acaba sendo prejulgada como um adulto inútil, que não contribuirá para o aumento de produção em nosso quadro social. (1997, p. 21) É preciso, no entanto, evidenciar que as crianças com S.D. são capazes, e muitas vezes o que as impedem de progredir é o preconceito e o prejulgamento que a sociedade faz, é necessário então oportunizar a participação dessas crianças em atividades que as façam se aproximarem e a se relacionarem o máximo possível com as outras pessoas .Visto que para realmente acontecer à inclusão, é necessário então a (efetiva) participação das pessoas com deficiência, elas precisam estar presentes, que lhes deem condições para que possam participar das atividades escolares que lhes são propostas. Além da participação, os alunos com deficiência também necessitam aprender e desenvolver as suas potencialidades, porém para que isso possa acontecer, as pessoas com Down precisam ter oportunidades iguais à das outras pessoas, que sejam valorizadas diante das habilidades que possuem. A comunidade escolar precisa também conscientizar – se que cada aluno é diferente, tem seu próprio ritmo de aprendizagem e que isto não o impedirá de aprender, de assimilar, de compreender os conteúdos básicos oferecidos pela escola. Para realizar inclusão, não é necessário que a professora seja especialista na deficiência apresentada pela criança. Significa sim que a escola e professores precisam adequar seu modo de ensinar, para que cada aluno possa aprender. É preciso explicar as suas características, sem generalizar ou ignorar suas diferenças. A intenção da inclusão não é “igualar” a criança com SD aos colegas, é fazer com que ela aprenda dentro de suas possibilidades. Mas que aprenda (Acesso em 23/08/08, 19H: 32 min) O preparo do professor está no conhecimento que ele adquire ao se informar mais sobre a deficiência de seu aluno, quais são as suas limitações, o que pode e como deve ser trabalhada as atividades e os conteúdos, pois os professores é que são os mediadores que favorecerem o crescimento.Um dos grandes responsáveis pelo sucesso da inclusão, visto que ele é quem desenvolverá as ações que estarão ligadas diretamente ao processo de inclusão. Ações estas que podem ir de uma simples situação, como lidar com as diferenças e o preconceito advindo por parte dos alunos ou de seus pais, com as limitações dos alunos com deficiência ou até mesmo com as frustrações e ou expectativas da família dos alunos incluídos. A escola é responsável também pela inclusão social, pois é ela quem tem o poder de transformar a sociedade, de preparar e instruir os cidadãos para o futuro e para o convívio em grupo. É a escola que irá abordar a questão do preconceito, visto que este tema ainda causa certo desconforto quando é colocado em pauta. A escola é obrigada a aceitar por meio de leis, crianças com deficiência, esta o faz porque lhe é imposto, não porque gosta ou tem afinidades às vezes podem até achar bonito ter um aluno incluído, contudo ainda não criaram uma lei que obriga a sociedade a aceitar de coração, as crianças com deficiência. Tal aceitação fica por conta da consciência de cada cidadão, pois a lei o obriga a aceitar, não a amar, a dar o melhor de si ao novo cidadão que acaba de chegar.Em relação à educação das pessoas com S.D., de acordo com o Projeto Roma, Voivodic cita que, a educação das pessoas com Síndrome de Down, desde o seu principio, deve objetivar sua autonomia individual na idade adulta. Para isso não é necessário um modelo de educação específico para essas pessoas, e sim um modelo educativo que respeite a diversidade cognitiva e cultural. é fundamental que os indivíduos integrantes do contexto social e cultural em que cada pessoa vive conhecem, compreendam e respeite a diferença. Ou seja, as pessoas com S.D. precisam que respeitem as suas habilidades, potencialidades e também de uma educação que desenvolva sua autonomia, para que eles mesmos possam resolver e decidir o que quer em sua vida, contudo se faz necessário que este respeito venha tanto da família a qual pertence quanto da sociedade. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com esta pesquisa pode-se constatar que tanto a sociedade, como as escolas ainda não estão totalmente preparadas para acolher e aceitar as pessoas com Síndrome de Down, assim também como outras deficiências, e são poucas as pessoas que fazem algo para amenizar essa situação, ou mesmo ao menos conhecê-las profundamente. Pode-se notar também que as pessoas com S.D. na maioria das vezes convivem mais com aquelas que fazem parte de seu ciclo familiar, possuem poucos amigos, os colegas de escola é em número muito restrito e vivem praticamente isolados. No que diz respeito ao âmbito escolar, notou-se que estas pessoas estão incluídas, mas os profissionais que são responsáveis pela a educação delas não estão preparados para atendê-las adequadamente conforme suas necessidades. Alguns diretores quando questionados se tiveram receio em aceitar as matrículas dos alunos Down, 28,5% deles disseram que não, pois a lei os obrigava a matriculá-los, ou seja, só o fizeram porque são obrigados, e não porque se preocupam com o futuro delas,com o tipo de educação que receberão.Outro fator importantíssimo detectado no decorrer desta pesquisa, foi a contradição entre professores e diretores, onde o primeiro afirma que oferece todo suporte e apoio aos professores para trabalhar com os alunos com S.D. enquanto o segundo afirma que o grande empecilho encontrado para trabalhar com os mesmos é a falta de apoio e suporte Quanto aos professores de Educação Física quando indagados à respeito dos exames médicos (cardiologista e ortopedista), se tinham conhecimento da necessidade destes para os alunos com Down pudessem fazer as atividades todos eles disseram ter, porém nenhum deles citaram se os pediu ou não .No entanto o que pode-se perceber claramente é que se faz necessário mostrar que as pessoas com S.D. têm capacidade de evoluir, basta que acreditem em seu potencial, que os estimulem, que faça do ambiente onde estão inseridos um grande aliado, e que não o exclua dentro da própria escola inclusiva, visto que falar que incluiu um aluno é fácil, difícil é tratá-lo da mesma forma que trata os demais. Isto é, inclusão não meramente ocupar em espaço em sala de aula, mas possibilitar que esse aluno tenha estimulação em seu convívio e aprendizado através das atividades compatíveis com as de seus colegas de sala ditos “normais”. REFERÊNCIAS BLASCOVI-ASSIS, Silvana. Lazer e Deficiência Mental. O papel da família e da escola em uma proposta de educação pelo e para o lazer. Ed. Papirus, 1997. Campinas, SP. MILANI, Denise. Down, Síndrome de, Como – Onde – Quando – Porque. 3ª. ed. Editora Livro Pronto, 2004 PAULON, Simne Mainier. FREITAS, Lia Beatriz de Lucca. & PINHO, Gerson Smiech. Educação Inclusiva, Documento Subsidiário à Política de Inclusão. Ministério da Educação – Secretaria de Educação. Brasília, 2007. PIANTINO, L Danezy. TUNES, Elizabeth. Cadê a Síndrome de DOWN que estava aqui: o gato comeu...: Programa da Lurdinha. Ed. Campinas, SP: Autores Associados, SCHWARTZMAN, José Salomão. Grande 2001. DOWN. Disponível em http://www.Schwartzman.com.br. Acesso em 15 de junho de 2006, às 14h, 45 min. SIEGFRIED, M. Pueschel organizador; tradução Lucia Helena Reily. Síndrome de Down. Guia para pais e educadores Campinas - SP. Ed. Papirus, 1993. – (Série Educação Especial) VOIVODIC, Maria Antonieta M. A. Inclusão Escolar de Crianças com Síndrome de Down. 5ª. ed. Editora Vozes, 2008. Werneck, Claudia. Muito Prazer eu Existo. 4ª ed. WVA, rio de Janeiro, 1995.