Moradores acusam prefeitura regional de maquiar patrimônio

Propaganda
Moradores acusam prefeitura
regional
de
maquiar
patrimônio histórico em São
Miguel (SP)
As pedras no entorno das Ruínas do Sítio Mirim, localizadas na
Vila Jacuí, em São Miguel Paulista, foram alvo de uma polêmica
ação de zeladoria da Prefeitura Regional na semana passada.
Moradores alegam que as pedras foram pintadas e a paisagem
descaracterizada. Esse é mais um episódio envolvendo a praça,
que abriga as ruínas e é objeto constante de embates entre
moradores e poder público.
A prefeitura regional nega que foi feito pintura do espaço e
alega que houve apenas higienização.
O local se constitui como um rico e importante patrimônio
histórico do país pois era onde se encontrava
Casa
Bandeirista do Sitio Mirim, com vestígios do que foi o Brasil
Colônia. O sítio é tombado a níveis municipal, estadual e
federal. Mesmo assim, os moradores sempre denunciaram o
abandono da praça, que também foi noticiado pelo Blog Mural em
2012.
Desde 2015, a comunidade começou a se mobilizar por conta
própria para cuidar do local. Uma das ações nesse sentido foi
a criação do Sarau Urutu, que reúne mensalmente diversas
atrações culturais na praça, e que busca dar significado ao
espaço e despertar a comunidade para a importância de mantê-lo
limpo e bem cuidado.
Como resultado, os moradores também passaram a cobrar mais
ação do poder público em relação ao local. Foi com espanto,
porém, que receberam a ação da Prefeitura Regional de São
Miguel Paulista, que teria pintado as pedras do entorno das
ruínas de branco e cinza, descaracterizando um dos principais
patrimônios históricos da região.
“As pedras são um objeto da praça, muito particular, que a
deixam do jeito que ela é. Quando a gente passa pelo local e
vê pedras pintadas de branco e de cinza, parece uma grande
maquiagem sendo feita”, afirma o morador e organizador do
Sarau Urutu, Edson Lima, 31.
Para muitos moradores, a praça não é mero local de passagem e
uma ação como essa tem impactos significativos. É o caso de
Mateus Moreira dos Santos, 16, que costuma sentar na praça
para apreciar a “bela vista” proporcionada pelas ruínas do
Sítio. Para ele, a ação da Prefeitura Regional foi um
desperdício.
“É uma verba jogada fora. Não tem necessidade de pintar rocha,
ela é muito mais bonita na sua cor natural. A verba poderia
ser utilizada para colocar latas de lixo na praça”, opina
Mateus.
Para além da questão estética, os moradores também questionam
a legalidade da ação. De acordo com a portaria 420/2010 do
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan), para realizar intervenções nas áreas envoltórias de
bens tombados, como o Sítio Mirim, é preciso autorização dos
órgãos responsáveis.
O Mural não conseguiu contato com o Iphan para saber se houve
essa autorização no caso do Sítio Mirim. O Conselho de Defesa
do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico
(Condephaat), do governo estadual, informou que pinturas em
áreas de bens tombados pelo órgão estadual também necessitam
autorização, mas não informou se houve essa autorização no
caso em questão.
A Secretaria Municipal de Cultura, à qual se vinculam o
Departamento de Patrimônio Histórico e o Conselho Municipal de
Preservação do Patrimônio Histórico (Conpresp), responsáveis
pela preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade
de São Paulo, encaminhou as perguntas da reportagem para os
setores responsáveis, mas não respondeu até o fechamento.
Efeito Natural
Questionado, o prefeito Regional de São Miguel Paulista, Edson
Marques, afirmou em nota que as pedras não foram pintadas, mas
sim higienizadas, o que gerou uma “aparência de pintura” e que
a Prefeitura Regional tem conhecimento sobre o tombamento e as
restrições impostas ao local.
“O
cal é composto de Germicidas que são substâncias químicas
capazes de destruir todos os microrganismos, incluindo também
suas formas de resistência (esporos), como aqueles produzidos
por bactérias do gênero Clostridium sp e Bacillus sp abundante
no local, sobretudo sobre as pedras​”, afirmou​.
“Foi nesse contexto que surgiram
com aparência de pintura, mas na
temos conhecimento do tombamento
Não houve descaracterização do
ressaltou.
algumas pedras e a mureta,
verdade, higienizadas. Sim,
e das restrições, impostas.
local, pelo contrário​”​,
De acordo com ele, os serviços foram realizados porque a
região se encontrava o Sítio mirim era ‘deplorável’. ​”​Não se
fazia limpeza e higienização por ali há muito tempo. Devido ao
abandono, a área era ocupada por viciados em drogas, moradores
em situação de rua e, com o mato alto, pedras e muretas que
serviam como camuflagem, pessoas ali faziam sexo.”
​​O prefeito regional afirma que foram encontrados cápsulas de
cocaína, preservativos, carcaças de animais mortos. “Como
prevíamos, chegaram as chuvas que está se encarregando de
naturalmente lavar as pedras higienizadas e retornar a suas
belas cores que tanto nos encanta, sem risco à saúde das
pessoas”, conclui.
Por Gustavo Soares
Fonte original da notícia: Blog Mural – Folha de S. Paulo
Caçadores localizam sítios
arqueológicos no Amapá com
cerca de dois mil anos
Sítios arqueológicos descobertos no Amapá são indícios de que
as áreas que hoje pertencem a dois municípios no estado já
foram ocupadas há dois mil anos.
Divulgação/Internet.
Os achados foram localizados por caçadores. Logo depois,
especialistas do Museu de Arqueologia e Etimologia do Amapá se
dirigiram até as regiões para fazerem a identificação.
Estrutura semelhante já tinha sido localizada no município de
Calçoene há mais de 30 anos.
Nos locais foram encontrados círculos de pedras que seriam
usados, por exemplo, para ajudar a calcular as estações do
ano, por meio da observação.
O coordenador de Cultura do estado, Luís Bezerra, explica que
as construções são rodeadas de mistério. O primeiro deles
seria a origem. Ele diz que nos municípios onde os sítios
estão localizados não existe material semelhante. Fora isso, o
sistema usado a partir das pedras é considerado moderno para a
época.
O sítio que fica no município de Amapá está 13 quilômetros a
leste da sede da cidade, em área de planície.
Já o de Pracuúba – onde apenas 30% das pedras estão de pé –
se encontra em uma extensa área de mata.
O relatório com os dados sobre os sítios foi encaminhado pelo
governo estadual ao Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional. O Instituto de Pesquisas Científicas e
Tecnológicas do Amapá também foi acionado.
O próximo passo será a formação de uma equipe multidisciplinar
para retornar aos sítios e fazer a delimitação, reconhecimento
e estudos. Após a avaliação serão traçadas as estratégias de
preservação.
Outra descoberta recente levou a localização de 53 esqueletos
humanos no sítio histórico de ruínas da primeira igreja
construída no município de Mazagão. Uma audiência pública vai
decidir se os achados continuam no município ou se devem ser
transportados para a capital, Macapá.
Por Michelle Moreira
Fonte original da notícia: EBC – Radioagência Nacional
Ruínas de cidade que abrigou
200 mil pessoas são mistério
em Agrigento
São as ruínas mais importantes da Sicília e as mais bem
preservadas fora da Grécia. Seiscentas mil pessoas visitam por
ano o sítio arqueológico.
Reprodução.
O Vale dos Templos fazia parte da antiga Agrigento. Seiscentas
mil pessoas visitam por ano o sítio arqueológico. São as
ruínas mais importantes da Sicília e as mais bem preservadas
fora da Grécia. Entre todos os templos, o da Concórdia foi o
único que ficou em pé e resistiu aos terremotos da Idade Média
que derrubaram os outros monumentos
Dez outros templos faziam parte do vale, num dos maiores
parques arqueológicos do mundo. Essa foi uma das maiores
cidades do Mediterrâneo, com 200 mil habitantes. Píndaro,
poeta e historiador da antiguidade, escreveu que lá se fazia
tanta festa e que as pessoas se divertiam de tal maneira que
era como se não existisse o amanhã.
“Eles comiam muito, como se fossem morrer no dia seguinte, e
construíam como se não fossem morrer nunca. Através da
arquitetura, queriam deixar a marca da sua passagem, e como se
pode ver, conseguiram muito bem”, diz o diretor do Vale dos
Templos, Giuseppe Parello.
Em escavações, descobriu-se que os gregos se alimentavam de
vegetais, frutas e leguminosas. As oferendas de comida e
animais às divindades aconteciam do lado de fora do grande
templo.
Só as sacerdotisas e os sacerdotes da antiguidade entravam no
local, para as cerimônias de adoração dos deuses pagãos.
Fonte original da notícia: Globo Repórter
Ruínas
de
quartel
de
exploração de ouro em Jacuí
(MG) são reconhecidas como
sítio arqueológico
No século 18, local era usado pelo Estado para controlar a
exploração de ouro na região. Ruínas podem se tornar ponto
turístico.
Ruínas em Jacuí funcionavam como quartel do Estado para
controlar extração de ouro no século 18. (Foto:
Reprodução/EPTV)
Dentro da mata de Jacuí (MG), pesquisadores descobriram um
verdadeiro tesouro histórico do Sul de Minas. As ruínas de um
antigo quartel que controlava a extração de ouro na região
foram identificadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (Iphan) e reconhecidas como sítio
arqueológico. Com isso, o local pode se tornar um ponto
turístico para contar uma história que permaneceu desconhecida
por séculos.
As ruínas ficam em uma mata dentro de uma propriedade
particular. Até serem identificadas, as ruínas foram
confundidas com resquícios de construções antigas. “Somente os
proprietários do local que conheciam [as ruínas]. Mas aqueles
que estiveram aqui por algum motivo falavam: ‘são muros de
delimitação de cerca, de áreas’, ou senão era conhecido como
‘muro de escravos’, os escravos que construíram esses muros e
pronto”, conta a professora Renata Aparecida Silva Baquião.
Renata foi aluna do professor e historiador Antonio Teodoro
Grillo. Juntos, eles descobriram que no século 18 havia uma
grande atividade de exploração e fundição do ouro em Jacuí. Os
primeiros estudos sobre as ruínas começaram em 2003, quando
eles localizaram as paredes de pedra.
Até então, os moradores não tinham ideia do valor histórico
local. Em 2015, arqueólogos do Iphan comprovaram a hipótese
que no local existiu um quartel, construído pelo Governo
Estado na época. A intenção era controlar a exploração
ouro.
do
de
do
de
Os paredões de pedra dizem muito sobre a construção da época.
“A gente não tinha ideia que ia ter uma escada aqui, coberta
de folhas, então foi fazendo a limpeza que nós vimos a escada,
e percebemos que tinha acesso com as construções de cima. Foi
aí a importância, porque nós fomos entender que, em cima
dessas construções, tinha uma outra base.”
Depois da descoberta, vieram os trabalhos de comprovação e
preservação do patrimônio. O lugar ficou conhecido como Sítio
do Lanhoso, que era o nome oficial designado pelo governo pra
fazer a guarda do quartel. O córrego onde o ouro era lavado
também recebeu o mesmo nome.
Ao longo dos anos, Renata e o professor encontraram muitos
objetos da época da mineração, como cerâmicas e cachimbos,
peças que foram essenciais para o local ser reconhecido pelo
Iphan como sítio arqueológico.
“Agora, por determinação do Iphan, essas peças vão pro Museu
do Carste, que é o Museu Arqueológico em Pains, pra serem
curadas, e depois elas voltam para o município, pra abrigar um
acervo, museu, um centro de memória”, explica Renata.
Rota turística
O próximo passo é o sítio ser recuperado para virar um ponto
de encontro de estudantes e pesquisadores. “É a minha e a
nossa grande expectativa”, explica o professor Grillo.
“Resume-se numa palavra: proteção total. Isso é o grande
mérito da inserção de instituições como o Iphan, porque eles
têm estrutura pra isso.”
A pedido da Procuradoria da União, no dia 9 de maio haverá uma
reunião em Passos (MG) com o Iphan, Prefeitura de Jacuí e o
proprietário das terras, para discutir como será feita a
preservação das ruínas.
A secretária de Educação e Cultura de Jacuí, Angelita
Mendonça, já faz planos pra explorar o turismo histórico das
ruínas. “Jacuí faz parte do Circuito das Montanhas Cafeeiras,
e aí é muito gostoso ver que a gente pode agregar esses
valores, mostrar a nossa história. A gente precisa valorizar
tudo isso, para as crianças, os adolescentes, a gente trazer
tudo isso pra eles, incentivar, pra que eles vejam a história
do nosso município.”
Fonte original da notícia: Jornal da EPTV 1ª edição
Prédio
histórico
está
abandonado há vários anos; MP
aciona Hospital e Prefeitura
de Poconé (MT)
Várias construções fazem parte da lista de imóveis tombados e
inventariados na cidade de Poconé. São testemunhas e
personagens dos caminhos que a cidade trilhou em seus 236
anos – e, por isso, têm o valor arquitetônico, cultural e
social preservado por lei. Muitas vezes, no entanto, só por
lei.
Basta um breve passeio pelas ruas da cidade para flagrar parte
do passado em ruínas. Já sem telhado e com risco de
desabamento, casas e prédios históricos privados viraram
depósitos de lixo, criadouros de ratos e moscas, além de ponto
para usuários de drogas e prostituição.
São imóveis que tentam resistir à longa data, mas o
desinteresse político e à ineficiência do poder público na
fiscalização e aplicação das medidas punitivas acabam
contribuindo com a situação.
Um dos imóveis conferidos pela nossa equipe de reportagem foi
a Prefeitura Velha. É um local construído há vários anos
atrás, onde já abrigou o Hospital de Poconé, Prefeitura e
Secretarias Municipais, o imóvel hoje consiste em uma fachada,
escorada há alguns anos por ação da prefeitura. Além de se
tornar símbolo do descaso com o passado, a casa virou motivo
de queixa de moradores do entorno.
Diante do descaso, O MPE abriu um inquérito civil publico para
apurar as possíveis irregularidades constatadas. Segundo a
promotoria de Justiça, o Centro Histórico de Poconé é um
patrimônio tombado pelo Estado de Mato Grosso e o imóvel
integrante do acervo tombado, situado na Rua Intendente
Antonio João de Arruda, de propriedade da Sociedade
Beneficência Poconeana, que abrigou o antigo Hospital de
Poconé, também conhecido como “Prefeitura Velha” encontra-se
em deplorável estado de conservação, o que pode colocar em
risco sua característica original, além de colocar em risco a
segurança dos moradores dos arredores, uma vez que o local,
pelo estado de abandono, tornou-se ponto de vendas de drogas e
prostituição;
O MP acionou proprietário e o poder público da obrigação de
conservar o patrimônio cultural. Onde foi determinado a a
expedição de Termo de Compromisso para que a Sociedade
Beneficência Poconeana para que, no prazo de dez dias, proceda
a limpeza do imóvel e comprove o cumprimento da obrigação
imposta pelo artigo 12 da Lei Estadual 9.107/091.
Também foi oficiada a Prefeitura Municipal de Poconé, para
que, no prazo de quinze dias, atenta a obrigação
constitucionalmente imposta ao Município, promova, em caso de
omissão do proprietário, a limpeza do imóvel, com as
providências administrativas cabíveis.
A Secretaria Estadual de Cultura foi oficiada, onde foi
relatado o estado de deterioração do imóvel tombado, O
Ministério Publico requereu para que seja procedido inspeção,
com avaliação dos danos causados ao patrimônio cultural.
Fonte original da notícia: Poconet Notícias
Em ruínas, Justiça obriga
IPHAN a recuperar Casarão do
Padre Taborda em Itaverava
(MG)
Toda a estrutura do imóvel, cujas pinturas pertencem ao Mestre
Athayde, passará por ampla reforma.
Um dos mais importantes e emblemáticos patrimônios históricos
de Minas passará por recuperação estrutural. O Casarão do
Padre Taborda, em avançado processo de deterioração, foi alvo
de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público (MP),
através da curadoria de cultura, contra o Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico
prefeitura de Itaverava.
Nacional
(IPHAN)
e
a
A ação o próprio IPHAN elaborou laudo pericial que atesta o
estado crítico de conservação do casarão e aponta como solução
para o problema a elaboração e a execução imediatas de projeto
de restauração da edificação.
Após as contendas judiciais o MP conseguiu uma vitória em
favor da cultura itaveranse salvando um exemplar do século
XVIII quem contava com a sorte para permanecer de pé. Na ação,
o MP demonstrava “cabalmente que existe um seríssimo risco de
que o Sobrado do Padre Taborda venha a entrar em colapso
estrutural”.
Os laudos apontam que os elementos da sua estrutura, bem como
os demais elementos da sua arquitetura e decoração estão
comprometidos pela ação dos cupins e umidade.
No final de novembro, a Superintendente do IPHAN em Minas
Gerais, Célia Maria Corsino, assinou a ordem de serviço em que
a empresa Restaurare Construtora executará serviços da
primeira etapa das obras emergenciais do Sobrado.
O serviço deve iniciar ainda este e entre eles estão a reforma
completa da cobertura com substituição de peças deterioradas e
reposição de telhas rompidas e deslocadas, execução de
drenagem pluvial ao longo do perímetro do edifício,
reestruturação da escada de acesso ao pavimento superior,
reforço das fundações, com preenchimento das lacunas e injeção
de material, retirada das tábuas acondicionadas no segundo
pavimento e tratamento adequado para a preservação das
pinturas nas paredes e forros no segundo pavimento da casa, de
acordo com projeto específico. O prazo final para conclusão
das obras é de um ano.
A história
O IPHAN tombado o Casarão do Padre Taborda em 1993 pela sua
importância devido à sua importância histórico-cultural. Ali
foi residência do primeiro vigário colado na Freguesia de
Santo Antônio de Itaverava, Padre Manuel Ribeiro Taborda. O
período de atuação do religioso no local, 1752 a 1788, indica
a data de sua edificação.
As pinturas artísticas do Sobrado – sua tipologia, qualidade e
materiais usados datam do mesmo período de execução das da
Igreja de Santo Antônio– início do séc. XIX – e seriam do
mesmo artista, Manoel da Costa Athayde, o Mestre Athayde.
A cidade de Itaverava, que abriga esse importante acervo
histórico e artístico, foi dos primeiros arraiais mineiros,
tendo se originado das incursões bandeirantes que precederam
ao ciclo de descobrimento do ouro. É, ainda, considerado o
primeiro local dessa descoberta em 1694, embora essa riqueza
não tenha ali prosperado.
A vitória do Ministério Público é uma vitória da cultura de
Minas e de Itaverava.
Fonte original da notícia: Correio de Minas
Estudantes protestam contra o
descaso com o patrimônio
arquitetônico de Laranjeiras
(SE)
Quem passa pelo Calçadão Getúlio Vargas, no centro da cidade
histórica de Laranjeiras pode observar o protesto nas paredes
de alguns sobrados antigos. Uns em ruínas, outros precisando
de restauração. Foram colados vários curativos gigantes e
frases com pedidos de socorro nas paredes dos prédios por
estudantes universitários.
Fonte original da notícia: kokalaranjeiras.blogspot.com.br
Recife (PE) – Patrimônio
histórico ainda despercebido
O mês dedicado à preservação do patrimônio chega ao fim com
prédios centenários do Recife exibindo as marcas do abandono.
Foto: Leo Motta
O mês dedicado ao patrimônio histórico não assinalou motivos
para comemorar no Recife. A preservação de imóveis que
ajudaram a construir a história da Cidade ainda se mostra bem
aquém do esperado. Em diversos bairros, prédios centenários
exibem as marcas do abandono, descaracterização e até oferecem
risco para a população. A realidade também se estende a praças
e outros monumentos. O Ministério Público de Pernambuco apura
as denúncias de deterioração. De acordo com o órgão, mais de
400 imóveis ainda aguardam por reconhecimento arquitetônico.
Além da responsabilidade dos proprietários, faltam ações mais
efetivas do poder público.
De acordo com a promotora de Habitação e Urbanismo, Bettina
Guedes, uma ação civil pode também responsabilizar a gestão
municipal, a quem caberia a fiscalização. Apesar de protegido
no papel, a falta de cuidado tem transformado em ruínas uma
antiga habitação em Casa Amarela, na Zona Norte. O exemplar,
na rua da Harmonia, é um dos 260 cobertos pela lei 16.284,
prestes a completar dez anos. O texto normatiza os Imóveis
Especiais de Preservação (IEP’s) que, além de ter proibida a
demolição, deveriam receber manutenção periódica. Por lá,
janelas e portas foram fechadas por tijolos, parte do telhado
desapareceu e as rachaduras podem ser vistas por toda parte.
“Já faz um bom tempo que não existe vida nessa casa. A
sensação é de que pode desabar a qualquer momento”, diz a
aposentada Maria Auxiliadora, 64, que reside próximo dali.
Já no bairro de Casa Forte, os edifícios da avenida Dezessete
de Agosto ainda têm como vizinho um remanescente conjunto do
século passado. Fazem parte da memória urbana, como prevê a
legislação. São 12 imóveis ladeados onde pelo menos cinco
estão fechados e ociosos, agravando os problemas. Três deles
foram descaracterizados, com fachadas dando lugar a vidraças e
gradis. A norma prevê o impedimento a alterações na edificação
original, assim como o desmembramento do terreno. Na prática,
os artigos vão sendo deixados de lado. Nas Graças, a história
se repete no número 651 da avenida Rosa e Silva, onde duas
casas modernistas foram submetidas a mudanças para atender à
atividade comercial.
Foto: Leo Motta
O professor de Arquitetura e Urbanismo da UFPE, Tomás Lapa,
acredita que a falha vai além. “Falta educação patrimonial,
com a consciência de que o patrimônio é um bem de todos. Os
mecanismos de compensação também são frágeis e nem sempre dão
condições para o cuidado necessário. Hoje o que se vê são
prédios mantidos na marra, sem o menor diálogo com o que está
ao seu redor”, explica.
O descaso também é encontrado na Boa Vista, a exemplo da rua
da Glória. Três meses depois de um casarão ruir, os entulhos
permanecem na via pública. “Ouvimos estalos à noite e, quando
chove, surge o medo é de que possa cair sobre nós. Acho um
desrespeito com o passado bonito do Recife”, opina a dona de
casa Maria da Conceição, 64, que é vizinha do imóvel há 30
anos.
No Bairro do Recife, o conjunto arquitetônico tombado também
não escapa, alguns já vieram ao chão. Na travessa do Tuiutí,
prédios estão abandonados e fachadas dividem espaço com a
vegetação, evidenciando infiltrações.
A Prefeitura de Recife informou que realiza a fiscalização e
que vem intensificando o resgate patrimonial e histórico. Em
relação ao imóvel em Casa Amarela, a Secretaria de Mobilidade
e Controle Urbano (Semoc) disse que o proprietário foi
notificado a recuperá-lo e multado em R$ 20,7 mil pelo mau
estado de conservação.
Folha resume
Imóveis seculares entregues ao abandono no Recife. A falta de
propostas de preservação tem levado construções de grande
valor histórico a ruínas. O MPPE instaurou ação para cobrar
soluções, podendo penalizar a gestão pública. Conforme
especialistas, faltam ações mais eficazes e conscientização.
Por Marcílio Albuquerque
Fonte original da notícia: Folha de Pernambuco
Portugal – Tumba de 6 mil
anos
funcionava
como
‘telescópio’ primitivo
Mausoléu de pedra pré-histórico encontrado em Portugal ajudava
com a observação do céu noturno.
Foto: Fábio Silva/Divulgação
As tumbas pré-históricas, ao que tudo indica, eram bem mais
engenhosas que as atuais. As ruínas de um mausoléu de 6 mil
anos encontrado em Portugal no início do mês formam um túnel
escuro alinhado com uma região específica do céu, permitindo
observações astronômicas mais precisas antes da chegada do
telescópio moderno.
Uma observação específica, no caso: a estrela de Aldebarã, a
mais brilhante da constelação de Touro. O princípio da
invenção é simples: um corredor longo tubo de pedra, com
aberturas apenas nas duas extremidades, direciona o olhar do
observador para a posição exata da estrela no céu. A escuridão
absoluta do ambiente realça o brilho do astro, o que
permitiria sua observação precisa dias antes que ela fosse
possível a olho nu.
A escolha dessa estrela específica pode ter vários
significados. Ela talvez servisse como uma espécie calendário,
um ponto de referência para a mudança das estações que
ajudaria a orientar as ações da tribo. Seria útil, portanto,
criar uma forma de observá-la o mais rápido possível. Fábio
Silva, pesquisador português que faz parte do grupo da
Universidade de Wales Trinity Saint David, do País de Gales,
responsável pela descoberta, afirmou à New Scientist que a
oportunidade de ver a estrela também poderia ser uma espécie
de ritual de passagem.
“Imagine uma criança pequena forçada a passar a noite no
mausoléu – provavelmente morrendo de medo”, explicou o
pesquisador. “Pela manhã, ela veria essa estrela aparecer no
céu dias antes do resto da tribo. Isso poderia ser revelado a
ela como uma espécie de conhecimento secreto.”
A conexão entre rituais funerários e o movimento dos astros na
pré-história é conhecida há muito tempo. Na Irlanda, um quinto
das 130 tumbas já encontradas estão alinhadas com o nascer ou
o pôr do sol nos solstícios de inverno ou de verão, um número
alto demais para ser mera coincidência.
Por Bruno Vaiano
Fonte original da notícia: Revista Galileu
Vestígios de engenhos de
açúcar estão escondidos pelo
mato em Suape (PE)
Igreja de Santana, no Cabo de Santo
Agostinho, é uma das relíquias nas terras de
Suape. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
Ruínas, capelas e arruados de antigos engenhos de açúcar
guardam a memória canavieira de Pernambuco.
Leia mais…
Fonte original da notícia: jconline.ne10.uol.com.br
Download