1ª) Identifique os principais objetivos da conversão das demonstrações contábeis segundo PEREZ JUNIOR, e explique sobre cada uma deles. a) Obter demonstrações contábeis em moeda forte, não sujeita aos efeitos da inflação – empresas nacionais mantinham para fins gerenciais um sistema de contabilidade em moeda estrangeira considerada moeda forte, explica o autor (1999). Com a mudança da moeda para o “real” a inflação passou a representar cerca de 10% o que é considerada baixa para os nossos padrões, mas, com o término da correção monetária (janeiro de 1996), ao longo do tempo, essa inflação (10% aproximadamente) acabará acumulando-se provocando relevantes distorções nas demonstrações contábeis, razão pela qual, empresas que mantinham sistema de contabilidade em moeda estrangeira optaram por manter o sistema e outras que não possuíam decidiram implantar. b) Permitir ao investidor estrangeiro melhor acompanhamento de seu investimento, já que as demonstrações convertidas estarão expressas na moeda corrente de seu próprio país – para isso é necessário apresentar as demonstrações contábeis na moeda de origem e de acordo com os critérios contábeis a que esses investidores estão acostumados. c) Possibilitar a aplicação do método da equivalência patrimonial sobre os investimentos efetuados em diversos países – as empresas americanas com investimentos em outras empresas devem avaliá-los pelo método de equivalência patrimonial. Para isto, é necessário apurar o valor do patrimônio líquido contábil em moeda estrangeira e de acordo com os princípios contábeis americanos. d) Possibilitar a consolidação e combinação de demonstrações contábeis de empresas situadas em diversos países – as demonstrações contábeis dos investimentos em subsidiárias devem ser consolidadas com as demonstrações contábeis da matriz. Para isso há a necessidade de padronizar a moeda, isto é, as demonstrações contábeis da subsidiária devem estar na mesma moeda da matriz e de acordo com os mesmos princípios e critérios contábeis. 2ª) Para a conversão das demonstrações contábeis para moeda estrangeira a empresa deve manter sua contabilidade em moeda nacional de acordo com os princípios contábeis brasileiros e somente no final do exercício, após o encerramento das demonstrações contábeis em moeda nacional se aplicam os procedimentos de conversão. E se a contabilidade for elaborada em moeda estrangeira, as operações são convertidas para moeda estrangeira à medida que ocorrem e registradas em sistema contábil próprio, apurando ao término do exercício as demonstrações contábeis em moeda estrangeira, não havendo neste caso a necessidade de qualquer conversão. 3ª) Explique, segundo a visão de FERREIRA, quantos métodos existem que podem ser utilizados no processo de conversão de demonstrações contábeis expressas em uma moeda para a moeda de outro país e como isto funciona. Deve ser utilizado um método que produza a apuração de demonstrações contábeis expressas em reais refletindo adequadamente sua posição patrimonial e financeira e os resultados de suas operações devem ser de acordo com os princípios contábeis vigentes no Brasil e que sejam aplicados de maneira uniforme entre outros exercícios. 4ª) Sobre a demonstração do fluxo de caixa – FAS 95 explica PEREZ JUNIOR que a partir de 1959 a Junta de Princípios Contábeis passou a emitir pronunciamentos sobre os princípios contábeis, em substituição ao AICPA.(Instituto Americano de Contadores Públicos). 5ª) A FASB - Junta de Normas de contabilidade Financeira é um órgão independente, reconhecido pelo principal órgão que regulamenta o mercado americano de capitais, e tem por objetivo de determinar e aperfeiçoar os procedimentos, conceitos e normas contábeis. 6ª) A demonstração do fluxo de caixa foi introduzida nos Estados Unidos da América através do FAS 95 emitido em novembro de 1987, em substituição a APB 19 (Junta de Princípios Contábeis) que havia introduzido a DOAR Complementa SILVA que a demonstração do fluxo de caixa (DFC), nos EUA, é obrigatória para todas as companhias com fins lucrativos, inclusive as instituições financeiras. 7ª) A FAS 95 apresenta duas alternativas para a DFC - demonstração do fluxo de caixa as quais foram denominadas de: Método Direto e Método Indireto. 8ª) Qual a diferença entre as duas alternativas para a DFC (método direto e o método indireto)? Método indireto possui alguma semelhança com a nossa DOAR e; Método direto se assemelha com a demonstração tradicional de fluxo de caixa, A diferença entre o método indireto e o método direto está apenas na primeira parte do modelo que apresenta o fluxo de caixa das atividades operacionais, sendo que nas demais partes, os métodos são idênticos. 9ª) Qual é a determinação do FASB caso a empresa opte pelo método direto? Deverá apresentar, em nota explicativa, conciliação entre o lucro líquido contábil e o fluxo de caixa gerado pelas atividades operacionais. 10ª) De que forma é apresentado o fluxo de caixa segundo o FAS 95, pelo método direto e pelo método indireto. Demonstre de forma sintética. Demonstração do Fluxo de Caixa – FAS 95 – MÉTODO DIRETO Fluxo de Caixa Proveniente 1. Das atividades operacionais: Recebimentos de: Clientes Receitas financeiras Dividendos de coligadas e controladas Devedores Diversos Pagamentos a: Fornecedores de estoques Impostos e contribuições Salários e encargos Devedores diversos Acréscimo de caixa originado das atividades operacionais 2. Das atividades de investimentos Receita da venda de: Imobilizado Investimentos permanentes Aquisições de: Imobilizado Investimentos permanentes Diminuição de caixa originada das atividades de investimentos 3. Das atividades financeiras Integralização de capital Novos empréstimos e financiamentos Amortização de empréstimos e financiamentos Dividendos pagos Acréscimo de caixa originado das atividades financeiras 1 + 2 + 3 = Acréscimo de caixa no período + Saldo inicial = Saldo final Demonstração do Fluxo de Caixa – FAS 95 – MÉTODO INDIRETO Fluxo de Caixa Proveniente 1. Das atividades operacionais: Lucro líquido do exercício: (Receitas) Despesas que não afetaram o caixa Receita de equivalência patrimonial Depreciação e amortização Baixa do ativo permanente Despesa com devedores duvidosos Lucro líquido ajustado (Acréscimo) Diminuição de ativos operacionais Duplicatas a receber de clientes Contas a receber diversas Adiantamentos diversos Estoques Despesas pagas antecipadamente (Acréscimos) nos ativos operacionais Acréscimos (Diminuição) de passivos operacionais Fornecedores Impostos e contribuições Salários e encargos sociais Credores diversos Imposto de renda 11ª) Segundo SILVA, a DFC é de grande relevância para a análise de: administrador, analistas de mercado, investidores, acionistas, entre outros usuários da informação, e ressalta que uma companhia pode até sobreviver com prejuízo contábil, mas será muito difícil sobreviver sem dinheiro em caixa para saldar suas dívidas. 12ª) A aplicação do FAS 52 é obrigatória para conversão de demonstrações contábeis preparadas de acordo com os princípios contábeis norteamericanos (US-GAAP), que integrarão às demonstrações contábeis de empresas norteamericanas por meio de: consolidação (matriz mais subsidiárias), combinação (fusão ou incorporação de duas ou mais empresas) e avaliação de investimentos pelo método de equivalência patrimonial (coligadas). Quando o objetivo da conversão das demonstrações contábeis é a obtenção de recursos no exterior ou então para apresentação a investidores, não há obrigatoriedade de aplicação dos procedimentos de conversão previstos no FAS 52, salvo se houver exigência específica por parte do credor ou investidor. O mesmo se aplica quando a finalidade da conversão é gerencial. 13ª) De acordo com a deliberação CVM nº 28 de 0502-1986 a avaliação de investimentos pelo método de equivalência patrimonial aplicável no Brasil, segundo a legislação brasileira, também é aplicável aos investimentos em empresas no exterior. Os critérios de contabilização das transações inerentes aos investimentos no exterior devem seguir os mesmos procedimentos dos investimentos feitos no País. A integralização de capital deve ser registrada pelo custo incorrido. Caso o investimento tenha sido realizado em moeda estrangeira deverá ser convertida para a moeda “real” à taxa de câmbio corrente na data da remessa que corresponda a ações ou quotas subscritas e integralizadas. 14ª) As demonstrações contábeis da coligada ou da controlada que servirão de base aos ajustes da conta de investimentos ou à consolidação, deverão ser elaboradas com uniformidade de critérios em relação aos princípios contábeis do Brasil, adotadas pela investidora. 15ª) Identifique as técnicas e formas de conversão de balanços (métodos) mencionados por FERREIRA e por PEREZ JUNIOR. Segundo FERREIRA identifica os métodos: taxa corrente e taxa histórica. seguintes Perez Junior (1999) vai além e destaca os seguintes métodos: taxa corrente; taxa histórica; taxa de fechamento; taxa média; taxa projetada ou prevista e taxa de câmbio. 16ª) Método da taxa corrente é a taxa de câmbio vigente no dia em que determinada operação está sendo realizada ou em que o exercício social está sendo encerrado. 17ª) Método da taxa histórica é É a taxa de câmbio vigente na época do fato. 18ª) Método da taxa de fechamento é a taxa de cambio vigente na data de encerramento das demonstrações contábeis. 19ª) Método da taxa média é obtido através do Calcula-se a média aritmética das taxas de câmbio vigentes durante determinado período, normalmente um mês, apurada por média aritmética ponderada, de forma que melhor represente a evolução das taxas de câmbio durante o período. 20ª) Método da taxa de câmbio é Normalmente utiliza-se a taxa de venda de câmbio comercial praticada pelo governo. Quando há grande diferença entre a taxa de câmbio comercial e a taxa de câmbio do mercado paralelo que evidencia manipulação da taxa de câmbio oficial, utiliza-se uma taxa de câmbio praticada no exterior e informada pela matriz. Quando a contabilidade é feita em moeda estrangeira apenas para fins gerenciais, deve a empresa escolher a taxa mais conveniente aos seus objetivos. 21ª) As demonstrações financeiras (contábeis) para tomada de decisão, segundo SILVA, são relatórios que contém dados extraídos dos livros, registros e documentos que compõe o sistema de contabilidade de uma empresa ou entidade. 22ª) O CCL (capital circulante líquido) é o resultado da diminuição do ativo circulante menos o passivo que é um dos elementos fundamentais no processo. 23ª) Os modelos de gestão devem incorporar as diretrizes emanadas do referido modelo e na sua construção devem considerar aspectos relativos a: eventos econômicos, otimização do resultado econômico dos eventos e proposição de solução a partir de um modelo próprio. 24ª) A gestão das áreas de responsabilidade será eficaz se as necessidades informativas dos setores forem atendidas. 25ª) Os modelos de decisão devem ser utilizados pelos gestores na formulação, avaliação, análise e seleção das alternativas de ação, permitindo identificar suas conseqüências. 26ª) Margem de contribuição segundo PADOVEZE é a diferença entre o preço de venda unitário do produto ou serviço e os custo e despesas variáveis por unidade de produto ou serviço. Significa que, em cada unidade vendida, a empresa lucrará determinado valor. Multiplicando pelo total vendido, teremos a margem de contribuição total do produto para a empresa. Em outras palavras podemos dizer que a margem de contribuição é o mesmo que o lucro variável unitário, ou seja, o preço de venda unitário do produto deduzido dos custos e despesas variáveis necessários para produzir e vender o produto. .