DIFICULDADES DE APRENDIZADO DO CONTEÚDO DE GEOGRAFIA NO ENSINO BÁSICO MÉDIO Professor Marcio de Castro Domeneguetti RESUMO Este artigo procura discutir as dificuldades no processo de ensino aprendizagem no conteúdo da disciplina Geografia, sendo está uma ciência que passou por várias contradições e também mudanças em sua epistemologia, rejeitando até mesmo suas origens e dificultando a compreensão dos seus recursos em ambiente escolar. É sugerida uma prática de ensino menos expositiva na troca de uma prática de ensino efetiva e participativa. Palavras Chaves: Ensino-Aprendizagem, Dificuldades, Geografia, Ciências, Construção Marcio de Castro Domeneguetti, Professor Licenciado e Bacharel em Geografia pelo C.U Fundação Santo André. Atua como educador do Colégio El-Shaday e na Rede Publica de Ensino do Estado de São Paulo. Pesquisas: Monografia de Conclusão de Curso (Linha de Pesquisa) “Prática de Ensino em Geografia” e outros artigos Página 1 1-INTRODUÇÃO Durante anos a Geografia ficou taxada como a matéria chata, sem motivação e sem motivo. Nos anos 1960, um parlamentar Frances, que era Geógrafo, sugeriu que está disciplina fosse retirada do currículo escolar Frances, tamanha era o incomodo que a enfadonha Geografia trazia para os educandos. Até que Yves Lacoste, um Geógrafo France, que por vezes vem ao Brasil contar sua experiência, resolveu escrever sobre tal tema, “A Geografia serve em primeiro lugar para fazer a Guerra” (LACOST, 1960), ele destacou a dúbia função da ciência, que servia para fazer a guerra, como uma ciência estratégica e importante e na escola pragmática e enfadonha, com o objetivo de produzir indivíduos que amassem o país a partir das belezas territoriais. Hoje a Geografia na escola já passou por vários outros problemas, mas um dos mais recentes é a negação de suas origens, na tentativa de quebrar as amarras da Geografia positivista tradicional, reinventaram a Geografia como uma ciência igual à sociologia, embora expresse as características sugeridas em conseqüência das críticas que os geógrafos fizeram as tradições da ciência, ou seja, refletir sobre os erros do passado “soou bem aos ouvidos geográficos”. Contudo está que deveria ser a solução também causou problemas e o mais evidente destes problemas estão na Geografia enquanto disciplina no ambiente escolar. Entretanto, os especialistas educadores e Geógrafos, por muito tempo afastaram os seus educandos das praticas, o ambiente da sala de aula tornou-se um Marcio de Castro Domeneguetti, Professor Licenciado e Bacharel em Geografia pelo C.U Fundação Santo André. Atua como educador do Colégio El-Shaday e na Rede Publica de Ensino do Estado de São Paulo. Pesquisas: Monografia de Conclusão de Curso (Linha de Pesquisa) “Prática de Ensino em Geografia” e outros artigos Página 2 grande espaço para exposição das idéias criticas do professor, enquanto o aluno, para aprender o conteúdo, deve ser critico como o professor (é a condição para aprovação do mesmo). Este caminho expositivo resultou em uma Geografia, como a tradicional, igualmente enfadonha, pragmática, porem crítica. Marcio de Castro Domeneguetti, Professor Licenciado e Bacharel em Geografia pelo C.U Fundação Santo André. Atua como educador do Colégio El-Shaday e na Rede Publica de Ensino do Estado de São Paulo. Pesquisas: Monografia de Conclusão de Curso (Linha de Pesquisa) “Prática de Ensino em Geografia” e outros artigos Página 3 NA SALA DE AULA A DISCIPLINA GEOGRAFIA TEM HISTORIA! Desde sua chegada no Brasil, em meados da década de 1930, trazida pela escola francesa de Geografia, esta ciência tornou-se fundamental no currículo escolar da educação básica no Brasil. No princípio, com as mudanças do Estado Novo, e a política progressista de Getulio Vargas, os conteúdos da Geografia eram aplicados em duas outras disciplinas; história do Brasil e Língua Portuguesa e cultura brasileira. Com o surgimento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a necessidade da Geografia no currículo da educação básica, consolidou a disciplina na escola da época. Nos dias de hoje a Geografia continua sendo importante no currículo da escola básica. No entanto a ciência passou por várias mudanças e um dos momentos de mudanças a ciência sofreu muito com metodologias que procurou negar toda a carga histórica, sua epistemologia. Foi um grande processo de transição dentro da estrutura da ciência e a Geografia tradicional foi substituída pela “Geografia Critica”, que desatou as amarras positivistas, ou pelo menos discursou neste sentido. O “Neo-Marxismo” foi introduzido, de forma primitiva por parte de Geógrafos, que mais estavam deslumbrados pela condição solúvel que alcançaram para Geografia tradicional. Com os anos passados a Geografia quase se tornou uma “Segunda Linha” da Sociologia, não se produzia Geografia e sim uma discussão da mesma forma pragmática, mas neste momento “Crítica”. A sala de aula foi à maior prejudicada neste processo; o ambiente escolar passou a ser um lugar de discursos críticos e a educação para a Geografia era exposição, exposição e exposição “Critica” dos conteúdos, sem qualquer preocupação com a Marcio de Castro Domeneguetti, Professor Licenciado e Bacharel em Geografia pelo C.U Fundação Santo André. Atua como educador do Colégio El-Shaday e na Rede Publica de Ensino do Estado de São Paulo. Pesquisas: Monografia de Conclusão de Curso (Linha de Pesquisa) “Prática de Ensino em Geografia” e outros artigos Página 4 relação deste conteúdo e a vida cotidiana do aluno (Considerando a importância desta ciência no cotidiano das grandes cidades ou pequenas deste Brasil)... Marcio de Castro Domeneguetti, Professor Licenciado e Bacharel em Geografia pelo C.U Fundação Santo André. Atua como educador do Colégio El-Shaday e na Rede Publica de Ensino do Estado de São Paulo. Pesquisas: Monografia de Conclusão de Curso (Linha de Pesquisa) “Prática de Ensino em Geografia” e outros artigos Página 5 AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NO CONTEÚDO DE GEOGRAFIA O educando que não tem nada a ver com os discursos da Geografia, não esta envolvido e nem empenhado em transformar os conceitos e métodos desta ciência e é este que sofre maiores “perturbações” (neste sentido, perturbações que não causa curiosidades, mas que atrapalha o processo de ensino-aprendizagem do educando). Quando um professor tem como objetivo principal envolver o educando em discussões que não fazem parte do cotidiano deste seu educando ou até mesmo não envolver o aluno nas discussões, transformando o ambiente de aprendizagem em um “Lugar” de cópias e transmissões de conteúdo, os resultados são desastrosos. A Geografia Crítica prega à dialética, mas o professor não assume uma relação com seu aluno que possibilita a partir de uma mediação, construir novos conceitos e novos conhecimentos, e ao invés disto determina os caminhos e os conceitos que o educando ira reproduzir. Enfim, a Geografia volta ao seu lamentável pragmatismo repetitivo com diversas barreiras intelectuais, que é pragmático por que não produz conhecimento ou “Vivencia”, não está interessado em buscar do educando o conhecimento prévio e intermediar, enquanto especialista, a produção de um conhecimento sustâncial. Marcio de Castro Domeneguetti, Professor Licenciado e Bacharel em Geografia pelo C.U Fundação Santo André. Atua como educador do Colégio El-Shaday e na Rede Publica de Ensino do Estado de São Paulo. Pesquisas: Monografia de Conclusão de Curso (Linha de Pesquisa) “Prática de Ensino em Geografia” e outros artigos Página 6 AS NOVAS TENDÊNCIAS DA CIÊNCIA NA PRÁTICA DE ENSINO EM GEOGRAFIA. A ciência é um mecanismo fundamental para transformação; vista deste ângulo, a Geografia está para o educando como para um medico o bisturi, se observarmos os escritos de Geógrafos como Ratzel, o Estado adquire poder conquistando território, compreendemos muito bem como o capitalismo vem quebrando barreiras comerciais a partir da guerra ideológica e até mesmo bélica, como é o caso dos ataques norte-americanos no Iraque, que considerando o choque ideológico das quedas da torre gêmeas, sofrido pelo povo daquele lugar, invadiu o Iraque, derrotando as forças e depois do fim do governo local está reconstruindo o país com produtos norteamericanos, Isto é, estão restabelecendo as culturas (julgo de valor), levando um modo de vida consumista ao um povo que ate então não tinha. Este movimento, se analisado aos mínimos detalhes, vamos afirmar que existiu precedente na Alemanha nazista, um Estado poderoso em suas ideologias que o próprio Ratzel ajudou a construir. Então como podemos negar o trabalho deste Geógrafo, ele foi e ainda são importantes para a sociedade, apesar de não concordar, seus pensamentos estão evidentes e fortes. Marcio de Castro Domeneguetti, Professor Licenciado e Bacharel em Geografia pelo C.U Fundação Santo André. Atua como educador do Colégio El-Shaday e na Rede Publica de Ensino do Estado de São Paulo. Pesquisas: Monografia de Conclusão de Curso (Linha de Pesquisa) “Prática de Ensino em Geografia” e outros artigos Página 7 Marcio de Castro Domeneguetti, Professor Licenciado e Bacharel em Geografia pelo C.U Fundação Santo André. Atua como educador do Colégio El-Shaday e na Rede Publica de Ensino do Estado de São Paulo. Pesquisas: Monografia de Conclusão de Curso (Linha de Pesquisa) “Prática de Ensino em Geografia” e outros artigos Página 8