Fonte: O Globo Surfe: testemunhas depõem hoje Polícia investiga ações violentas de surfistas no Quebra-Mar, na Barra Antônio Werneck [email protected] Marco Aurélio Lisan [email protected] "Fora Haole". Pichação no Quebra-Mar tenta expulsar surfistas visitantes Gabriel de Paiva A Polícia Civil começa hoje à tarde a tomar os primeiros depoimentos de testemunhas no caso que investiga ações violentas de surfistas locais da Praia do Quebra-Mar, na Barra da Tijuca, contra praticantes de fora do esporte. O inquérito foi instaurado por determinação do delegado Fábio da Costa Ferreira, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), depois de O GLOBO revelar que os locais contariam com a proteção de um grupo formado por policiais civis e militares. Um dos sinais de que os surfistas de fora não são bem-vindos está no caminho que leva às pedras do Quebra-Mar, onde os surfistas disputam as melhores ondas daquele trecho da Praia da Barra. No alto da pedra do costão é possível ler a inscrição "Fora Haole" pichada. Segundo dois salva-vidas do 2º Grupamento Marítimo da Barra, que preferiram não se identificar, a mensagem - também encontrada pichada no muro do píer que dá acesso à areia - quer dizer que os surfistas visitantes devem deixar o local. No Posto 2, na Barra, pouco depois do Quebra-Mar, a nutricionista Bianca Dutra, de Florianópolis, praticava surfe ontem ao lado do namorado, o apicultor Paulo Vieira. A catarinense contou que já sofreu o desconforto de ser chamada à atenção por locais que se acham donos do mar. - Normalmente tenho bastante problema com eles (os locais) -disse ela. surfe ontem ao lado do namorado, o apicultor Paulo Vieira. A catarinense contou que já sofreu o desconforto de ser chamada à atenção por locais que se acham donos do mar. - Normalmente tenho bastante problema com eles (os locais) -disse ela. Procurados, o governador Sérgio Cabral e o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, não quiseram se pronunciar sobre o assunto, assim como o prefeito Eduardo Paes. O inspetor Haroldo Franco, da 16ª DP, disse que serão convocadas todas as pessoas que denunciaram essa prática de localismo. Se algum policial for citado, ele será investigado. O inspetor afirma que se houver policiais envolvidos, os nomes serão levados para a Corregedoria de Polícia Civil. Fonte: O Globo