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Atualidades 2013-I
Armas vegetais contra o carrapato dos
bois
Dono de um dos maiores rebanhos
bovinos do mundo, o Brasil enfrenta um
inimigo capaz de causar prejuízos para a
pecuária nacional: o carrapato-dos-bois.
Apesar de ser combatido com produtos
químicos
industriais,
estudos
têm
mostrado que diversas substâncias
produzidas por plantas podem ser usadas
no controle desse carrapato. Lembrem-se
que a relação ecológica entre o carrapato e
o boi é parasitismo, sendo que animais
como o anú e a garça podem predar o
carrapato e ter uma relação de mutualismo
não obrigatório ou protocooperação com o
gado bovino. O uso de substâncias
extraídas de plantas é um tipo de
fitoterapia.
Cidade inteira: Vale-tudo urbano
No sistema urbano brasileiro, questões
como
mobilidade,
saneamento
e
segurança se apresentam insolúveis ao
senso comum. Na coluna ‘Cidade inteira’,
Sérgio Magalhães destaca a necessidade
de planejamento e debate para encontrar
soluções para questões das grandes
cidades. Fique atento a questões
relacionadas
“caos
urbano”
que
encontramos no Brasil de norte a sul.
Segundo estudos recentes, o trabalhador
brasileiro gasta, em média, quatro horas
diárias somente com o deslocamento ao
trabalho e a volta para casa.
exploração desse minério, o combustível
fóssil mais abundante da Terra, outros o
consideram ultrapassado e substituível,
além de argumentar que sua exploração é
prejudicial ao meio ambiente e à vida dos
trabalhadores do setor. Lembrem-se que o
Governo Brasileiro optou pelo uso de
termoelétricas movidas a carvão mineral e
gás natural, para suprir a complementação
da demanda por energia para o
crescimento do País. As termoelétricas
constituem uma das matrizes energéticas
mais poluidoras que existem, seu uso é
criticado
por
ambientalistas
por
contribuirem para o aumento da emissão
de gás carbônico na atmosfera.
Por que alguns dinossauros - herbívoros e
carnívoros - eram tão grandes? Os seres vivos
resultam de seu processo evolutivo, a
presença de animais grandes deveu-se a
características ambientais que selecionaram
ao longo do tempo variações genéticas que
resultaram na seleção de indivíduos cada vez
maiores. Devemos lembrar que os
dinossauros viveram na era mezosóica, tendo
seu apogeu no período jurássico. Neste
período as gimnospermas e pteridófitas eram
gigantescas, o que poderia ter sido um fator
seletivo para o tamanho.
Maior número de espécies de peixes em todo
o mundo é encontrado no rio Madeira. A
América do Sul, notadamente a região
amazônica, apresenta a maior diversidade
ictiológica do planeta. Alguns rios da
amazônia apresentam uma diversidade
ictiológica maior que toda a Europa. Só este
fator já é suficiente para a preservação dos
mananciais hídricos da região.
Carvão mineral: um mal necessário?
O artigo de capa da Ciência Hoje n.301
aborda a polêmica gerada pela atividade
de mineração carbonífera no Brasil,
fortemente concentrada na região Sul.
Enquanto uns defendem o aumento da
Que planetas do sistema solar são visíveis a
olho nu na Terra? Oito planetas orbitam em
torno do Sol: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte,
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Podemos
classificar os planetas como sólidos ou
gasosos, ou, mais especificamente, de acordo
com suas características físico-químicas,
como os planetas mais próximos do Sol sendo
sólidos e densos, mas de insignificante massa;
e os planetas mais distantes sendo gasosos
massivos
de
baixa
densidade.
Desde a sua descoberta em 1930 até 2006
Plutão foi considerado como o nono planeta
do Sistema Solar. Porém em 2006, a União
Astronômica
Internacional
criou
a
classificação de planeta anão. Atualmente, o
Sistema Solar possui cinco planetas anões:
Plutão, Eris, Haumea, Makemake, e Ceres.
Todos são plutoides, com exceção de Ceres,
localizado no cinturão de asteroides.
Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno são
visíveis a plho nú apartir da Terra.
A invasão dos pinheiros
Pinheiros trazidos ao Brasil para uso em
plantações comerciais do sul do país
avançam em ambientes naturais, inclusive
áreas
de conservação, e geram
preocupação quanto a seu possível
impacto na diversidade regional. Artigo da
Ciência Hoje de abril apresenta pesquisas
que buscam avaliar o impacto dessas
árvores em ecossistemas aquáticos da
região. Espécies estranhas ao ambiente
são denominadas de exóticas. O grande
problemas das espécies exóticas é que
nem sempre elas possuem espécies
concorrentes/predadoras o que favorecem
sua dispersão ocupando e dominando o
nicho ecológico de espécies nativas. As
vezes levando as espécies nativas à
extinção.
Vacina dupla contra gripe e doença de Chagas
está mais perto da realidade. Não esqueçam
que vacina é a aplicação de antígeno no
organismo. Uma vacina que imuniza contra a
gripe e doença de Chagas carrega antígenos
dos patógenos dessas doenças. A gripe é
causada por um vírus (Influenza, tipos A,B e
C) e a doeça de Chagas por um protozoário
flagelado (Trypanosoma Cruzy).
Mundo de ciência
Em destaque este mês, três estudos que
defendem que o sal interfere no
desenvolvimento das células de defesa do
corpo humano, juntando-se a outros
vilões, como o tabaco, infecções e
carência de vitamina D. O consumo
excessivo do sal de cozinha têm causado
grandes transtornos à população devido ao
seu consumo exagerado. Se não bastasse o
problema gerado pelo excesso de sódio
devido seu consumo exagerado, temos a
presença do Iodo, já que o sal de cozinha é
iodado para prevenir contra o bócio
endêmico ou ¨papo¨. Juntamente co o
excesso de sal temos o excesso de iodo
que pode levar a alterações na tireóide (
inflamações ou tireoidites). Por isso, o
Governo resolveu reduzir este ano a
concentração do iodo no sal de cozinha.
A seção ‘Memória’ da CH 302 relembra como,
há 100 anos, os experimentos do físico inglês
Henry G. J. Moseley levaram ao conceito
correto de número atômico – número de
ordem do elemento químico no sistema
periódico – e à criação de um método para
obter
a
composição
química
dos
materiais.Então, não custa nada dar uma
olhadinha na teoria de número atômico, bem
como o número atômico dos elementos mais
comuns nos seus estudos.
Quando o que cura passa a matar
O uso indiscriminado e
abusivo de certos medicamentos, entre
eles muitos que não exigem receita
médica, pode causar graves danos ao
fígado e até levar à destruição desse
órgão. Embora em todo o mundo sejam
adotadas medidas para restringir o acesso
aos fármacos e conscientizar a população
para os riscos de sua ingestão excessiva,
muitos ainda são adquiridos com
facilidade pela população. Está é uma das
razões que levaram a ANVISA fiscalizar a
venda de antibióticos, uma vez que sua
venda indiscriminada pode resultar em
danos ao organismo, como também levar
as cepas bacterianas a um processo
seletivo aumentando a resistência das
mesmas aos medicamentos.
Em 2010, a Junta Internacional de
Fiscalização a Entorpecentes (Jife), órgão
da Organização das Nações Unidas
(ONU), declarou que o uso abusivo de
remédios é um problema mundial, e que o
número de viciados em medicamentos é
maior que o de usuários de cocaína,
heroína e ecstasy somados. Quem ‘paga a
conta’ nessa história é o fígado. Tudo
porque grande parte do que é absorvido
pelo sistema gastrointestinal humano –
aquilo que comemos e bebemos – é
drenado diretamente para o fígado pela
veia porta, antes mesmo de atingir a circulação geral. Uma vez no fígado, o sangue
é dirigido para os lóbulos hepáticos,
pequenos grupos de células existentes no
órgão, fluindo por capilares especializados. Esses minúsculos vasos
sanguíneos facilitam o contato entre a
corrente sanguínea e os hepatócitos,
células com múltiplas funções que
compõem em torno de 70% a 80% do
tecido hepático. É justamente esse contato
íntimo entre o sangue e os hepatócitos que
permite ao fígado desempenhar a que é
considerada sua principal função: a
biotransformação de toxinas e drogas,
para ‘limpar’ o organismo. As células do
tecido hepático contêm enorme variedade
de enzimas que transformam essas
substâncias nocivas em moléculas mais
solúveis em água, para facilitar sua
inativação e excreção.
As funções do fígado, porém, vão muito
além da desintoxicação do corpo. Esse
órgão pode desempenhar até centenas
de funções diferentes, e a maioria cabe
aos hepatócitos. Entre essas funções
estão a remoção dos glóbulos vermelhos
envelhecidos da circulação (hemocaterese), o metabolismo de lipídios,
carboidratos
e
proteínas,
o
armazenamento de vitaminas e alguns
sais minerais e a síntese de fatores de
crescimento (substâncias que estimulam
a proliferação e a diferenciação das células) e proteínas do plasma sanguíneo
(essenciais
em
muitos
processos
orgânicos). Não esqueçam de que as
organelas
dos
hepatócitos
mais
relacionadas
à
chamada
biotransformação ou desintoxicação são:
retículo endoplasmático e peroxissomos.
Exatamente:
Quando?
A
catástrofe
última.
Há 65 milhões de anos, um asteroide
atingiu a Terra e levou animais e vegetais
à extinção. Considerado o mais perigoso e
mortal dos desastres, a colisão de um
corpo celeste com a Terra. Uma das idéias
mais aceitas para explicar a extinção dos
grandes répteis foia justamente a colisão
deste asteróide com a Terra. Com o
choque a energia dissipada terias
provocado a morte de milhões de animais.
Além do mais, uma nuvem de partículas
teria sido formada na atmosfera terrestre
impedindo a passagem de luz solar
durante um período tão grande, que
comprometeu
a
fotossíntese
e,
consequentemente, a manutenção dos
produtores levando as teias alimentres à
extinção.
Lagosta brasileira
Um dos principais recursos
pesqueiros dos Brasil, a lagosta sofre
queda no rendimento da pesca por conta
da captura de exemplares pequenos e uso
de técnicas ilegais. Artigo da CH 303 traz
dados sobre o impacto da sobrepesca do
crustáceo e fala sobre iniciativas que
trazem bons resultados para a recuperação
desse setor. A pesca indiscriminada da
lagosta, num primeiro momento pescando
as lagosta de grande porte, o que resultou
numa redução de seu tamanho dentro das
populações nas últimas décadas e, num
segundo momento, a pesca de lagostas
pequenas, impedindo que elas cheguem à
maturação reprodutiva o que garantiria
sua reprodução mantendo os estoques
populacionais no mar. Hoje, a pesca da
lagosta só é permitida em certas épocas do
ano. Entretanto, a fiscalização é falha o
que têm agravado a redução de seus
estoques no mar.
Por que o carvão mineral brasileiro é de
tão baixa qualidade? Carvão mineral é um
sedimento fóssil orgânico, sólido,
combustível, formado de restos de
vegetais solidificados por baixo de
camadas geológicas, durante milhões de
anos. Dos combustíveis fósseis, o carvão
mineral é o mais abundante na natureza. O
carvão participa com 27% na matriz
energética mundial, perdendo apenas para
o petróleo, com 33% de participação. O
carvão é, também, o energético com maior
indicador de emissão de CO2. Para cada
tep (toneladas equivalentes de petróleo) de
carvão consumido na geração elétrica são
emitidos perto de 4 toneladas de CO2. No
caso de petróleo e derivados, as emissões
de CO2 ficam próximas de 3 toneladas
por cada tep consumido. No Brasil, o
carvão mineral participa com um pouco
mais de 5% na matriz energética e com
apenas 1,3% na matriz elétrica. O
principal uso do carvão ocorre na indústria
siderúrgica e para geração elétrica. O
carvão mineral brasileiro é considerado de
baixa qualidade, com alto teor de cinzas e
baixo conteúdo de carbono, o que
inviabiliza a sua utilização fora das
regiões das jazidas. Por isso, mais de 98%
do produto é importado. As reservas de
carvão do País estão situadas na região
Sul, sendo que apenas as reservas
provadas são suficientes para mais 500
anos. Investimentos vêm sendo realizados
em desenvolvimento tecnológico, focados
na redução de impurezas, na diminuição
de emissões das partículas com nitrogênio
e enxofre (NOx e SOx) e na redução da
emissão de CO2, por meio da captura e
armazenamento de carbono.
Ensaio:
Louva-deus,
folclórico
peculiar
e
As características singulares
do louva-deus deram origem a diversas
crenças no Brasil. Além de influenciar o
folclore nacional, o comportamento desse
inseto pode servir para o controle de
pragas e como indicador de degradação
ambiental. O Louva-deus é um
excepcional carnívoro predador. Portanto,
seria possível sua utilização no controle
biológico de pragas em lavouras.
Em nome do ouro
Às margens do rio e da lei, o
garimpo de ouro é uma labuta que
historicamente
flerta
com
a
clandestinidade. Vem do Amazonas uma
iniciativa que estabelece normas estaduais
para regulamentar o ofício. A decisão,
entretanto,
incita
questionamentos,
sobretudo em relação à liberação do uso
do mercúrio, metal altamente tóxico ao ser
humano. O mercúrio é um metal pesado
que no organismo humano forma-se o
metilmercúrio que causa uma série de
danos fisiológicos, entre os mais graves
podemos citar: neuropatias periféricas,
efeitos
teratogênicos
(alterações
congênitas no embrião).
A sacola de amido pode ser uma
alternativa menos danosa ao ambiente
do que as sacolas convencionais? No que
diz respeito ao tempo de decomposição
sim. Entretanto, devemos lembrar que o
descarte excessivo deste tipo de sacola
no ambiente pode gerar um desequilíbrio
ecológico. Num ambiente aquático
poderia gerar um dano semelhante a uma
eutrofização.
da polio). Vírus atenuado é um vírus
“vivo”, ou seja, seu material genético é
atenuado para dimuir sua virulência e não
causar danos fisiológicos ao indivíduo –
vacina atenuada (ex: vacina Sabin da
polio).
A seleção sexual foi proposta por Charles
Darwin como uma variante da seleção
natural. Esse tipo de seleção pode ser
dividido em duas categorias: interações
competitivas pré-cópula, quando se
investe na aparência e em armamentos, e
pós-cópula, quando os machos seriam
selecionados pela eficiência na copulação.
Ensaio: Cocoloba, um símbolo?
Malária fora da Amazônia
Hoje mais restrita a regiões tropicais, a
malária ainda causa grande número de
mortes no mundo. Algumas vítimas,
porém, vivem longe de áreas afetadas e
contraem a doença durante viagens a essas
regiões. Parte desses casos fatais deve-se a
pouca familiaridade com a doença de
profissionais de saúde de áreas onde a
transmissão não ocorre mais. A malária é
transmitida pela picada da fêmea do
mosquito-prego
(Anopheles
sp.)
contaminadas. Estas, podem dispersar de
uma região onde é endêmica para outra
onde não ocorre a doença, isto pode
ocorrer por exemplo: em caminhões que
cruzam o Brasil.
- Qual a diferença entre um vírus inativo e
um atenuado? Vírus inativo é um vírus
destruído ou seja, apenas gragmentos do
seu envoltório é utilizado na produção de
vacina – vacina inativada (ex: vacina Salk
Encontrada somente em uma pequena área
montanhosa em Minas Gerais, a cocoloba
atraiu pouco interesse até recentemente.
Agora, estudos detalhados de sua biologia
e ecologia permitiram definir métodos
para a conservação da espécie. A cocoloba
é uma angiosperma conhecida em alguns
lugares como uva-de-praia. É a maior
folha de angiosperma do Brasil. Não custa
nada, lembrar as diferenças entre folhas de
monocotiledônea e dicotiledônea.
Muito além das florestas
A floresta
amazônica
abriga uma biodiversidade extraordinária,
e a proteção dessa riqueza natural é tema
comum nos dias atuais. O que poucos
sabem é que existem ambientes não
florestais na Amazônia, com plantas e
animais próprios, que também são
ameaçados por atividades humanas.
O leitor pergunta
- Por que tomamos apenas uma dose de
algumas vacinas e outras temos que
repetir anos depois? A ação das vacinas
tem validade? O sistema imune esquece
como combater a doença?
Essa é uma questão ainda em estudo e que
depende muito do tipo da vacina, pois
cada uma induz uma resposta imune
específica. Para a vacina de febre amarela,
por exemplo, a recomendação atual é que
uma nova dose deve ser tomada a cada 10
anos para garantir a imunização. Mas
ainda existem muitos estudos sendo feitos
para avaliar esse limite; pode ser que 10
anos seja o limite, mas pode ser também
que uma dose seja suficiente para a vida
toda. O conteúdo (quantidade de antígeno)
e o número de doses, assim como a
duração da imunidade de uma vacina são
parâmetros estudados e definidos nas
fases
clínicas
do
processo
de
desenvolvimento tecnológico. Mas a
avaliação de duração da imunidade de
uma vacina normalmente só é definida
após um longo tempo de uso. Embora seja
estudada nas fases clínicas do processo de
desenvolvimento tecnológico, a duração
da imunidade de uma vacina normalmente
só é definida após um longo tempo de uso
O esquema de vacinação também tem a
ver com a epidemiologia da doença.
Algumas doenças incidem sobre uma
faixa etária específica e faz mais sentido,
em termos de saúde pública, aplicar a
vacina somente para essa faixa, uma vez
que a doença não tem tanto impacto fora
desse grupo. Ainda assim, a questão é
discutida.
Qual a diferença entre mutação e
especiação? Mutação é uma alteração
aleatória no número de cromossomos ou
na estrutura do DNA. As mutações
ocorrem ao acaso e podem gerar um
aumento na variabilidade biológica de
uma
espécie.
Especiação
ou
macroevolução é o processo de formação
de uma nova espécie. As mutações têm
um papel importantante na formação de
uma nova espécie, pois aumentam a
variabilidade entre dois grupos a ponto
de produzir entre esles um isolamento
reprodutivo que caracteriza a formação
de uma nova espécie.
- Primeira vacina brasileira contra o vírus
da Aids será testada em macacos este ano
O vírus da AIDS foi isolado e identificado
em 1983. Então, comemoramos 20 anos
de sua descoberta. Logo, vale a pena ficar
atento a assuntos relacionados ao HIV.
Os múltiplos efeitos das saúvas
Conhecidas popularmente como saúvas,
as formigas cortadeiras são as mais
estudadas no Brasil. Mais do que destruir
plantações agrícolas e florestas de
espécies exóticas, esses insetos, segundo
estudos apresentados na CH 307,
provocam importantes impactos na
floresta nativa – sobretudo na mata
atlântica – que ainda resta nas paisagens
fragmentadas do país
Terapias com células-tronco: promessa
ou realidade?
As frequentes notícias
sobre o imenso potencial das célulastronco para o tratamento de diferentes
doenças – algumas hoje incuráveis –
geram esperanças e, às vezes, frustração,
porque essas terapias ainda não estão
disponíveis. O artigo de capa da CH deste
mês detalha os desafios que a ciência
ainda enfrenta para tornar esse tipo de
tratamento uma realidade e revela que o
uso medicinal das células-tronco está cada
vez mais próximo. A ciência ainda não
consegue determinar o mecanismo de
controle da diferenciação em célulastroncos, principalmente as totipotentes.
Daí o risco de sua utilização no ser
humano, estas podem perder o controle de
suas divisões e diferenciações e
determinar a ocorrência de tumores.
Entretanto, o potencial de sua utilização é
incalculável no que diz respeito a sua
utilização na formação de órgão e tecidos
para o ser humano.
Os perigos de nadar no Araguaia
Drulia ctenosclera e espículas microscópicas:
causa de problemas oculares em Araguatins
Em alguns trechos do rio Araguaia – e
possivelmente de outros rios amazônicos
– não convém nadar com os olhos
desprotegidos nem abrir os olhos embaixo
d’água durante um mergulho. Partículas
microscópicas rígidas (espículas) do
esqueleto de esponjas podem perfurar as
membranas que recobrem os olhos e
causar problemas graves como os
observados no município de Araguatins
por pesquisadores de Ribeirão Preto, São
Paulo e Porto Alegre. (fapesp fev 2013)
Sim, existem esponjas de água doce,
principalmento no Brasil. Em Goiás elas
são frequantes não só no Araguaia, como
também no Lago Serra da Mesa.
- Fenômeno da seca ainda castiga a
população do semiárido nordestino e gera
polêmicas
Infecções silenciosas
Biodiversidade queimada
Com 2,5 milhões de habitantes, Belo
Horizonte é uma das maiores cidades
brasileiras em que a leishmaniose visceral
é endêmica – surgiram 1.255 casos entre
2001 e 2011. Causada por um parasita de
uma só célula – o protozoário Leishmania
infantum ou chagasi – que se aloja nas
células de defesa e compromete o baço, o
fígado e a medula dos ossos, pode ser letal
se não tratada. Apesar de portador, o ser
humano não serve de reservatório do
parasita, que, nas áreas urbanas, também
infecta os cães e é transmitido às pessoas
A retirada de lenha de fragmentos da mata
atlântica para cozinhar é uma realidade
para mais de 700 mil habitantes da zona
rural do Nordeste. Estudo apresentado em
artigo da CH 308 calcula que essa
população utiliza cerca de 400 mil
toneladas de lenha por ano, ameaçando a
conservação dos poucos remanescentes
florestais dessa parte do país. Dê uma
olhada em geografia no assunto
queimadas.
Edição 204 - Fevereiro de 2013
pela picada do mosquito-palha (fapesp fev
2013)
Pererecas marsupiais
Duas novas espécies de pererecas
“marsupiais” foram descobertas na mata
atlântica por uma equipe coordenada pelo
herpetólogo Miguel Trefaut Rodrigues, da Universidade de São Paulo (USP).
Ambas as espécies são do gênero
Gastrotheca, cujas fêmeas possuem uma
espécie de bolsa nas costas, usada para
carregar seus ovos. Protegidos dentro da
bolsa, os ovos se desenvolvem até se
tornarem girinos, ou até mesmo pequenas
pererecas.
A tênia e o tubarão
Fezes fossilizadas de peixe de 270
milhões de anos encontradas no Rio
Grande do Sul carregam ovos do verme
.Vestígios fósseis de um tubarão de água
doce que viveu há 270 milhões de anos na
área do atual município gaúcho de São
Gabriel, 320 quilômetros a oeste de Porto
Alegre, podem ser o registro mais antigo
de infestação de um vertebrado por uma
forma de tênia ou solitária. Um conjunto
de 93 micro- estruturas de formato
ovalado foi encontrado no interior de um
coprólito (fezes petrificadas) do peixe e
interpretado como ovos do parasita
intestinal.
Paulo Vanzolini, que morreu de
pneumonia no dia 28 de abril, cinco
depois de ter completado 89 anos, também
escrevia sambas, sua segunda paixão,
depois da zoologia. Além de compor – seu
maior sucesso é Ronda, de 1951 –, às
vezes ele próprio subia ao palco.
Por muito tempo se acreditava que, nesses
ambientes, o número elevado de espécies de
plantas e de animais seria o resultado de
longos períodos de estabilidade climática e
geológica, que teriam favorecido o
cruzamento e a reprodução. No final da
década de 1960, Vanzolini resgatou conceitos
empregados inicialmente para explicar a
diferenciação de aves na Europa para
apresentar a teoria dos refúgios, proposta
simultânea e independentemente pelo
geólogo alemão Jurgen Haffer. De acordo
com essa interpretação, elaborada em
conjunto com o geógrafo brasileiro Aziz
Ab’Saber, a América do Sul teria passado por
ciclos de variações climáticas intensas no
último 1,6 milhão de anos – quando esfriava
muito, como entre 18 mil e 14 mil anos, as
florestas tropicais perdiam espaço e
encolhiam, formando nichos geográficos, os
refúgios,
que
teriam
garantido
a
sobrevivência
de
espécies
menos
acostumadas ao frio. Vanzolini acreditava que
as espécies se formavam e se diversificavam
em consequência da formação dessas ilhas e
do isolamento geográfico dos seres que a
habitavam, não em consequência de
evolução lenta e estável, como se pensava
antes.
A ameaça vem do planalto
Ocupação e uso desordenado do solo, ao
lado da instalação de usinas hidrelétricas,
dificultam o fluxo migratório de espécies
no pantanal.
A ocupação e o uso desordenado da terra por
meio da agricultura e da pecuária nas regiões
adjacentes às planícies, muitas vezes
estimuladas por políticas públicas, são hoje
uma das principais ameaças à conservação da
biodiversidade
local,
destacaram
os
pesquisadores. “A utilização não sustentável
da terra nos planaltos tem provocado a
erosão do solo e, como consequência direta,
o assoreamento dos rios”, O resultado foi o
rompimento de suas margens e a inundação
permanente de mais de 5 mil km2 de uma
área onde a inundação era sazonal. “Isso
inviabilizou atividades econômicas próprias
da região, reduziu a produção pesqueira e
mudou substancialmente a composição local
da fauna e da flora”, Outras atividades
também ameaçam o bioma. É o caso da
indústria, da mineração e da produção de
energia por usinas hidrelétricas, as quais têm
potencial para alterar a dinâmica natural dos
ecossistemas que compõem o pantanal. “As
hidrelétricas podem comprometer o fluxo de
nutrientes transportados pela água e o
funcionamento hidrológico que alimenta as
planícies pantaneiras, bem como promover
alterações no hábitat de espécies aquáticas e
semiaquáticas e, consequentemente, nos
serviços ecossistêmicos que essas espécies
desempenham na região. “A construção
dessas usinas pode comprometer o fluxo
migratório de certas espécies de peixes da
região”, disse. Já a mineração impõe risco de
contaminação ao ambiente. “A mineração de
manganês e ferro, por exemplo, pode levar à
perda da vegetação característica do
pantanal, afetando diversas espécies e
comprometendo a disponibilidade de
recursos hídricos fundamentais para a
manutenção da diversidade biológica local”,
destacou o biólogo. O garimpo de ouro no
norte do pantanal já poluiu áreas
significativas com mercúrio.
As muitas faces do sertão
Deficiência hídrica e clima semiárido
exigiram
respostas
adaptativas
sofisticadas de espécies da caatinga.
Esses fatores ambientais têm, ao longo de
milhares de anos, exigido respostas
adaptativas específicas das plantas locais, o
que lhes permite sobreviver num ambiente
cada vez mais quente e seco. Uma dessas
respostas é o ajuste que determinadas
espécies fazem quanto à manutenção de suas
folhas. Isso se dá por uma boa razão: quanto
menos folhas as plantas têm, menor será a
perda de água durante as estações mais
secas. Algumas delas chegam a fazer a fixação
de gás carbônico (CO2) à noite, utilizando-o
na fotossíntese durante o dia, quando seus
estômatos – estruturas nas folhas para troca
de água e gases – estão fechados. “Esses são
alguns dos mecanismos encontrados por
essas espécies para não perderem água pela
transpiração, que se dá pelas folhas. Uma
estratégia simples, mas que lhes permite
reter água para as épocas mais secas”, Outra
resposta adaptativa dessas espécies aos
variados ambientes do semiárido é a
proteção que desenvolveram para suas
folhas, enquanto ainda as têm. Essa proteção
se dá por meio de acúleos, projeções
pontiagudas que nascem na superfície do
caule das plantas, e de tricomas, pequenos
“pelos” que contêm substâncias urticantes e
que, ao tocar a pele, podem desencadear
reações alérgicas. Boa parte das plantas da
caatinga, como os cactos, apresenta-se
armada com esses escudos naturais. “Tratase de um mecanismo de defesa bastante
interessante contra animais herbívoros”,
destacou Queiroz. “Essas espécies mantêm
suas folhas por um curto período de tempo
durante o ano, logo elas são muito preciosas
e por isso precisam ser protegidas.” Segundo
ele, as condições às quais essas espécies têm
sido submetidas vêm se configurando como
um
importante
filtro
ambiental,
influenciando o processo evolutivo das
espécies desse ecossistema ao longo do
tempo.
A 60 anos atrás J. Watson e F. Crick propõem
a estrutura em dupla-helice para a molécula
de DNA. Lembrar a estrutura helicoidal do
DNA,
bem
como
seus
principais
componentes.
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