Atualidades 2013-I Armas vegetais contra o carrapato dos bois Dono de um dos maiores rebanhos bovinos do mundo, o Brasil enfrenta um inimigo capaz de causar prejuízos para a pecuária nacional: o carrapato-dos-bois. Apesar de ser combatido com produtos químicos industriais, estudos têm mostrado que diversas substâncias produzidas por plantas podem ser usadas no controle desse carrapato. Lembrem-se que a relação ecológica entre o carrapato e o boi é parasitismo, sendo que animais como o anú e a garça podem predar o carrapato e ter uma relação de mutualismo não obrigatório ou protocooperação com o gado bovino. O uso de substâncias extraídas de plantas é um tipo de fitoterapia. Cidade inteira: Vale-tudo urbano No sistema urbano brasileiro, questões como mobilidade, saneamento e segurança se apresentam insolúveis ao senso comum. Na coluna ‘Cidade inteira’, Sérgio Magalhães destaca a necessidade de planejamento e debate para encontrar soluções para questões das grandes cidades. Fique atento a questões relacionadas “caos urbano” que encontramos no Brasil de norte a sul. Segundo estudos recentes, o trabalhador brasileiro gasta, em média, quatro horas diárias somente com o deslocamento ao trabalho e a volta para casa. exploração desse minério, o combustível fóssil mais abundante da Terra, outros o consideram ultrapassado e substituível, além de argumentar que sua exploração é prejudicial ao meio ambiente e à vida dos trabalhadores do setor. Lembrem-se que o Governo Brasileiro optou pelo uso de termoelétricas movidas a carvão mineral e gás natural, para suprir a complementação da demanda por energia para o crescimento do País. As termoelétricas constituem uma das matrizes energéticas mais poluidoras que existem, seu uso é criticado por ambientalistas por contribuirem para o aumento da emissão de gás carbônico na atmosfera. Por que alguns dinossauros - herbívoros e carnívoros - eram tão grandes? Os seres vivos resultam de seu processo evolutivo, a presença de animais grandes deveu-se a características ambientais que selecionaram ao longo do tempo variações genéticas que resultaram na seleção de indivíduos cada vez maiores. Devemos lembrar que os dinossauros viveram na era mezosóica, tendo seu apogeu no período jurássico. Neste período as gimnospermas e pteridófitas eram gigantescas, o que poderia ter sido um fator seletivo para o tamanho. Maior número de espécies de peixes em todo o mundo é encontrado no rio Madeira. A América do Sul, notadamente a região amazônica, apresenta a maior diversidade ictiológica do planeta. Alguns rios da amazônia apresentam uma diversidade ictiológica maior que toda a Europa. Só este fator já é suficiente para a preservação dos mananciais hídricos da região. Carvão mineral: um mal necessário? O artigo de capa da Ciência Hoje n.301 aborda a polêmica gerada pela atividade de mineração carbonífera no Brasil, fortemente concentrada na região Sul. Enquanto uns defendem o aumento da Que planetas do sistema solar são visíveis a olho nu na Terra? Oito planetas orbitam em torno do Sol: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Podemos classificar os planetas como sólidos ou gasosos, ou, mais especificamente, de acordo com suas características físico-químicas, como os planetas mais próximos do Sol sendo sólidos e densos, mas de insignificante massa; e os planetas mais distantes sendo gasosos massivos de baixa densidade. Desde a sua descoberta em 1930 até 2006 Plutão foi considerado como o nono planeta do Sistema Solar. Porém em 2006, a União Astronômica Internacional criou a classificação de planeta anão. Atualmente, o Sistema Solar possui cinco planetas anões: Plutão, Eris, Haumea, Makemake, e Ceres. Todos são plutoides, com exceção de Ceres, localizado no cinturão de asteroides. Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno são visíveis a plho nú apartir da Terra. A invasão dos pinheiros Pinheiros trazidos ao Brasil para uso em plantações comerciais do sul do país avançam em ambientes naturais, inclusive áreas de conservação, e geram preocupação quanto a seu possível impacto na diversidade regional. Artigo da Ciência Hoje de abril apresenta pesquisas que buscam avaliar o impacto dessas árvores em ecossistemas aquáticos da região. Espécies estranhas ao ambiente são denominadas de exóticas. O grande problemas das espécies exóticas é que nem sempre elas possuem espécies concorrentes/predadoras o que favorecem sua dispersão ocupando e dominando o nicho ecológico de espécies nativas. As vezes levando as espécies nativas à extinção. Vacina dupla contra gripe e doença de Chagas está mais perto da realidade. Não esqueçam que vacina é a aplicação de antígeno no organismo. Uma vacina que imuniza contra a gripe e doença de Chagas carrega antígenos dos patógenos dessas doenças. A gripe é causada por um vírus (Influenza, tipos A,B e C) e a doeça de Chagas por um protozoário flagelado (Trypanosoma Cruzy). Mundo de ciência Em destaque este mês, três estudos que defendem que o sal interfere no desenvolvimento das células de defesa do corpo humano, juntando-se a outros vilões, como o tabaco, infecções e carência de vitamina D. O consumo excessivo do sal de cozinha têm causado grandes transtornos à população devido ao seu consumo exagerado. Se não bastasse o problema gerado pelo excesso de sódio devido seu consumo exagerado, temos a presença do Iodo, já que o sal de cozinha é iodado para prevenir contra o bócio endêmico ou ¨papo¨. Juntamente co o excesso de sal temos o excesso de iodo que pode levar a alterações na tireóide ( inflamações ou tireoidites). Por isso, o Governo resolveu reduzir este ano a concentração do iodo no sal de cozinha. A seção ‘Memória’ da CH 302 relembra como, há 100 anos, os experimentos do físico inglês Henry G. J. Moseley levaram ao conceito correto de número atômico – número de ordem do elemento químico no sistema periódico – e à criação de um método para obter a composição química dos materiais.Então, não custa nada dar uma olhadinha na teoria de número atômico, bem como o número atômico dos elementos mais comuns nos seus estudos. Quando o que cura passa a matar O uso indiscriminado e abusivo de certos medicamentos, entre eles muitos que não exigem receita médica, pode causar graves danos ao fígado e até levar à destruição desse órgão. Embora em todo o mundo sejam adotadas medidas para restringir o acesso aos fármacos e conscientizar a população para os riscos de sua ingestão excessiva, muitos ainda são adquiridos com facilidade pela população. Está é uma das razões que levaram a ANVISA fiscalizar a venda de antibióticos, uma vez que sua venda indiscriminada pode resultar em danos ao organismo, como também levar as cepas bacterianas a um processo seletivo aumentando a resistência das mesmas aos medicamentos. Em 2010, a Junta Internacional de Fiscalização a Entorpecentes (Jife), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), declarou que o uso abusivo de remédios é um problema mundial, e que o número de viciados em medicamentos é maior que o de usuários de cocaína, heroína e ecstasy somados. Quem ‘paga a conta’ nessa história é o fígado. Tudo porque grande parte do que é absorvido pelo sistema gastrointestinal humano – aquilo que comemos e bebemos – é drenado diretamente para o fígado pela veia porta, antes mesmo de atingir a circulação geral. Uma vez no fígado, o sangue é dirigido para os lóbulos hepáticos, pequenos grupos de células existentes no órgão, fluindo por capilares especializados. Esses minúsculos vasos sanguíneos facilitam o contato entre a corrente sanguínea e os hepatócitos, células com múltiplas funções que compõem em torno de 70% a 80% do tecido hepático. É justamente esse contato íntimo entre o sangue e os hepatócitos que permite ao fígado desempenhar a que é considerada sua principal função: a biotransformação de toxinas e drogas, para ‘limpar’ o organismo. As células do tecido hepático contêm enorme variedade de enzimas que transformam essas substâncias nocivas em moléculas mais solúveis em água, para facilitar sua inativação e excreção. As funções do fígado, porém, vão muito além da desintoxicação do corpo. Esse órgão pode desempenhar até centenas de funções diferentes, e a maioria cabe aos hepatócitos. Entre essas funções estão a remoção dos glóbulos vermelhos envelhecidos da circulação (hemocaterese), o metabolismo de lipídios, carboidratos e proteínas, o armazenamento de vitaminas e alguns sais minerais e a síntese de fatores de crescimento (substâncias que estimulam a proliferação e a diferenciação das células) e proteínas do plasma sanguíneo (essenciais em muitos processos orgânicos). Não esqueçam de que as organelas dos hepatócitos mais relacionadas à chamada biotransformação ou desintoxicação são: retículo endoplasmático e peroxissomos. Exatamente: Quando? A catástrofe última. Há 65 milhões de anos, um asteroide atingiu a Terra e levou animais e vegetais à extinção. Considerado o mais perigoso e mortal dos desastres, a colisão de um corpo celeste com a Terra. Uma das idéias mais aceitas para explicar a extinção dos grandes répteis foia justamente a colisão deste asteróide com a Terra. Com o choque a energia dissipada terias provocado a morte de milhões de animais. Além do mais, uma nuvem de partículas teria sido formada na atmosfera terrestre impedindo a passagem de luz solar durante um período tão grande, que comprometeu a fotossíntese e, consequentemente, a manutenção dos produtores levando as teias alimentres à extinção. Lagosta brasileira Um dos principais recursos pesqueiros dos Brasil, a lagosta sofre queda no rendimento da pesca por conta da captura de exemplares pequenos e uso de técnicas ilegais. Artigo da CH 303 traz dados sobre o impacto da sobrepesca do crustáceo e fala sobre iniciativas que trazem bons resultados para a recuperação desse setor. A pesca indiscriminada da lagosta, num primeiro momento pescando as lagosta de grande porte, o que resultou numa redução de seu tamanho dentro das populações nas últimas décadas e, num segundo momento, a pesca de lagostas pequenas, impedindo que elas cheguem à maturação reprodutiva o que garantiria sua reprodução mantendo os estoques populacionais no mar. Hoje, a pesca da lagosta só é permitida em certas épocas do ano. Entretanto, a fiscalização é falha o que têm agravado a redução de seus estoques no mar. Por que o carvão mineral brasileiro é de tão baixa qualidade? Carvão mineral é um sedimento fóssil orgânico, sólido, combustível, formado de restos de vegetais solidificados por baixo de camadas geológicas, durante milhões de anos. Dos combustíveis fósseis, o carvão mineral é o mais abundante na natureza. O carvão participa com 27% na matriz energética mundial, perdendo apenas para o petróleo, com 33% de participação. O carvão é, também, o energético com maior indicador de emissão de CO2. Para cada tep (toneladas equivalentes de petróleo) de carvão consumido na geração elétrica são emitidos perto de 4 toneladas de CO2. No caso de petróleo e derivados, as emissões de CO2 ficam próximas de 3 toneladas por cada tep consumido. No Brasil, o carvão mineral participa com um pouco mais de 5% na matriz energética e com apenas 1,3% na matriz elétrica. O principal uso do carvão ocorre na indústria siderúrgica e para geração elétrica. O carvão mineral brasileiro é considerado de baixa qualidade, com alto teor de cinzas e baixo conteúdo de carbono, o que inviabiliza a sua utilização fora das regiões das jazidas. Por isso, mais de 98% do produto é importado. As reservas de carvão do País estão situadas na região Sul, sendo que apenas as reservas provadas são suficientes para mais 500 anos. Investimentos vêm sendo realizados em desenvolvimento tecnológico, focados na redução de impurezas, na diminuição de emissões das partículas com nitrogênio e enxofre (NOx e SOx) e na redução da emissão de CO2, por meio da captura e armazenamento de carbono. Ensaio: Louva-deus, folclórico peculiar e As características singulares do louva-deus deram origem a diversas crenças no Brasil. Além de influenciar o folclore nacional, o comportamento desse inseto pode servir para o controle de pragas e como indicador de degradação ambiental. O Louva-deus é um excepcional carnívoro predador. Portanto, seria possível sua utilização no controle biológico de pragas em lavouras. Em nome do ouro Às margens do rio e da lei, o garimpo de ouro é uma labuta que historicamente flerta com a clandestinidade. Vem do Amazonas uma iniciativa que estabelece normas estaduais para regulamentar o ofício. A decisão, entretanto, incita questionamentos, sobretudo em relação à liberação do uso do mercúrio, metal altamente tóxico ao ser humano. O mercúrio é um metal pesado que no organismo humano forma-se o metilmercúrio que causa uma série de danos fisiológicos, entre os mais graves podemos citar: neuropatias periféricas, efeitos teratogênicos (alterações congênitas no embrião). A sacola de amido pode ser uma alternativa menos danosa ao ambiente do que as sacolas convencionais? No que diz respeito ao tempo de decomposição sim. Entretanto, devemos lembrar que o descarte excessivo deste tipo de sacola no ambiente pode gerar um desequilíbrio ecológico. Num ambiente aquático poderia gerar um dano semelhante a uma eutrofização. da polio). Vírus atenuado é um vírus “vivo”, ou seja, seu material genético é atenuado para dimuir sua virulência e não causar danos fisiológicos ao indivíduo – vacina atenuada (ex: vacina Sabin da polio). A seleção sexual foi proposta por Charles Darwin como uma variante da seleção natural. Esse tipo de seleção pode ser dividido em duas categorias: interações competitivas pré-cópula, quando se investe na aparência e em armamentos, e pós-cópula, quando os machos seriam selecionados pela eficiência na copulação. Ensaio: Cocoloba, um símbolo? Malária fora da Amazônia Hoje mais restrita a regiões tropicais, a malária ainda causa grande número de mortes no mundo. Algumas vítimas, porém, vivem longe de áreas afetadas e contraem a doença durante viagens a essas regiões. Parte desses casos fatais deve-se a pouca familiaridade com a doença de profissionais de saúde de áreas onde a transmissão não ocorre mais. A malária é transmitida pela picada da fêmea do mosquito-prego (Anopheles sp.) contaminadas. Estas, podem dispersar de uma região onde é endêmica para outra onde não ocorre a doença, isto pode ocorrer por exemplo: em caminhões que cruzam o Brasil. - Qual a diferença entre um vírus inativo e um atenuado? Vírus inativo é um vírus destruído ou seja, apenas gragmentos do seu envoltório é utilizado na produção de vacina – vacina inativada (ex: vacina Salk Encontrada somente em uma pequena área montanhosa em Minas Gerais, a cocoloba atraiu pouco interesse até recentemente. Agora, estudos detalhados de sua biologia e ecologia permitiram definir métodos para a conservação da espécie. A cocoloba é uma angiosperma conhecida em alguns lugares como uva-de-praia. É a maior folha de angiosperma do Brasil. Não custa nada, lembrar as diferenças entre folhas de monocotiledônea e dicotiledônea. Muito além das florestas A floresta amazônica abriga uma biodiversidade extraordinária, e a proteção dessa riqueza natural é tema comum nos dias atuais. O que poucos sabem é que existem ambientes não florestais na Amazônia, com plantas e animais próprios, que também são ameaçados por atividades humanas. O leitor pergunta - Por que tomamos apenas uma dose de algumas vacinas e outras temos que repetir anos depois? A ação das vacinas tem validade? O sistema imune esquece como combater a doença? Essa é uma questão ainda em estudo e que depende muito do tipo da vacina, pois cada uma induz uma resposta imune específica. Para a vacina de febre amarela, por exemplo, a recomendação atual é que uma nova dose deve ser tomada a cada 10 anos para garantir a imunização. Mas ainda existem muitos estudos sendo feitos para avaliar esse limite; pode ser que 10 anos seja o limite, mas pode ser também que uma dose seja suficiente para a vida toda. O conteúdo (quantidade de antígeno) e o número de doses, assim como a duração da imunidade de uma vacina são parâmetros estudados e definidos nas fases clínicas do processo de desenvolvimento tecnológico. Mas a avaliação de duração da imunidade de uma vacina normalmente só é definida após um longo tempo de uso. Embora seja estudada nas fases clínicas do processo de desenvolvimento tecnológico, a duração da imunidade de uma vacina normalmente só é definida após um longo tempo de uso O esquema de vacinação também tem a ver com a epidemiologia da doença. Algumas doenças incidem sobre uma faixa etária específica e faz mais sentido, em termos de saúde pública, aplicar a vacina somente para essa faixa, uma vez que a doença não tem tanto impacto fora desse grupo. Ainda assim, a questão é discutida. Qual a diferença entre mutação e especiação? Mutação é uma alteração aleatória no número de cromossomos ou na estrutura do DNA. As mutações ocorrem ao acaso e podem gerar um aumento na variabilidade biológica de uma espécie. Especiação ou macroevolução é o processo de formação de uma nova espécie. As mutações têm um papel importantante na formação de uma nova espécie, pois aumentam a variabilidade entre dois grupos a ponto de produzir entre esles um isolamento reprodutivo que caracteriza a formação de uma nova espécie. - Primeira vacina brasileira contra o vírus da Aids será testada em macacos este ano O vírus da AIDS foi isolado e identificado em 1983. Então, comemoramos 20 anos de sua descoberta. Logo, vale a pena ficar atento a assuntos relacionados ao HIV. Os múltiplos efeitos das saúvas Conhecidas popularmente como saúvas, as formigas cortadeiras são as mais estudadas no Brasil. Mais do que destruir plantações agrícolas e florestas de espécies exóticas, esses insetos, segundo estudos apresentados na CH 307, provocam importantes impactos na floresta nativa – sobretudo na mata atlântica – que ainda resta nas paisagens fragmentadas do país Terapias com células-tronco: promessa ou realidade? As frequentes notícias sobre o imenso potencial das célulastronco para o tratamento de diferentes doenças – algumas hoje incuráveis – geram esperanças e, às vezes, frustração, porque essas terapias ainda não estão disponíveis. O artigo de capa da CH deste mês detalha os desafios que a ciência ainda enfrenta para tornar esse tipo de tratamento uma realidade e revela que o uso medicinal das células-tronco está cada vez mais próximo. A ciência ainda não consegue determinar o mecanismo de controle da diferenciação em célulastroncos, principalmente as totipotentes. Daí o risco de sua utilização no ser humano, estas podem perder o controle de suas divisões e diferenciações e determinar a ocorrência de tumores. Entretanto, o potencial de sua utilização é incalculável no que diz respeito a sua utilização na formação de órgão e tecidos para o ser humano. Os perigos de nadar no Araguaia Drulia ctenosclera e espículas microscópicas: causa de problemas oculares em Araguatins Em alguns trechos do rio Araguaia – e possivelmente de outros rios amazônicos – não convém nadar com os olhos desprotegidos nem abrir os olhos embaixo d’água durante um mergulho. Partículas microscópicas rígidas (espículas) do esqueleto de esponjas podem perfurar as membranas que recobrem os olhos e causar problemas graves como os observados no município de Araguatins por pesquisadores de Ribeirão Preto, São Paulo e Porto Alegre. (fapesp fev 2013) Sim, existem esponjas de água doce, principalmento no Brasil. Em Goiás elas são frequantes não só no Araguaia, como também no Lago Serra da Mesa. - Fenômeno da seca ainda castiga a população do semiárido nordestino e gera polêmicas Infecções silenciosas Biodiversidade queimada Com 2,5 milhões de habitantes, Belo Horizonte é uma das maiores cidades brasileiras em que a leishmaniose visceral é endêmica – surgiram 1.255 casos entre 2001 e 2011. Causada por um parasita de uma só célula – o protozoário Leishmania infantum ou chagasi – que se aloja nas células de defesa e compromete o baço, o fígado e a medula dos ossos, pode ser letal se não tratada. Apesar de portador, o ser humano não serve de reservatório do parasita, que, nas áreas urbanas, também infecta os cães e é transmitido às pessoas A retirada de lenha de fragmentos da mata atlântica para cozinhar é uma realidade para mais de 700 mil habitantes da zona rural do Nordeste. Estudo apresentado em artigo da CH 308 calcula que essa população utiliza cerca de 400 mil toneladas de lenha por ano, ameaçando a conservação dos poucos remanescentes florestais dessa parte do país. Dê uma olhada em geografia no assunto queimadas. Edição 204 - Fevereiro de 2013 pela picada do mosquito-palha (fapesp fev 2013) Pererecas marsupiais Duas novas espécies de pererecas “marsupiais” foram descobertas na mata atlântica por uma equipe coordenada pelo herpetólogo Miguel Trefaut Rodrigues, da Universidade de São Paulo (USP). Ambas as espécies são do gênero Gastrotheca, cujas fêmeas possuem uma espécie de bolsa nas costas, usada para carregar seus ovos. Protegidos dentro da bolsa, os ovos se desenvolvem até se tornarem girinos, ou até mesmo pequenas pererecas. A tênia e o tubarão Fezes fossilizadas de peixe de 270 milhões de anos encontradas no Rio Grande do Sul carregam ovos do verme .Vestígios fósseis de um tubarão de água doce que viveu há 270 milhões de anos na área do atual município gaúcho de São Gabriel, 320 quilômetros a oeste de Porto Alegre, podem ser o registro mais antigo de infestação de um vertebrado por uma forma de tênia ou solitária. Um conjunto de 93 micro- estruturas de formato ovalado foi encontrado no interior de um coprólito (fezes petrificadas) do peixe e interpretado como ovos do parasita intestinal. Paulo Vanzolini, que morreu de pneumonia no dia 28 de abril, cinco depois de ter completado 89 anos, também escrevia sambas, sua segunda paixão, depois da zoologia. Além de compor – seu maior sucesso é Ronda, de 1951 –, às vezes ele próprio subia ao palco. Por muito tempo se acreditava que, nesses ambientes, o número elevado de espécies de plantas e de animais seria o resultado de longos períodos de estabilidade climática e geológica, que teriam favorecido o cruzamento e a reprodução. No final da década de 1960, Vanzolini resgatou conceitos empregados inicialmente para explicar a diferenciação de aves na Europa para apresentar a teoria dos refúgios, proposta simultânea e independentemente pelo geólogo alemão Jurgen Haffer. De acordo com essa interpretação, elaborada em conjunto com o geógrafo brasileiro Aziz Ab’Saber, a América do Sul teria passado por ciclos de variações climáticas intensas no último 1,6 milhão de anos – quando esfriava muito, como entre 18 mil e 14 mil anos, as florestas tropicais perdiam espaço e encolhiam, formando nichos geográficos, os refúgios, que teriam garantido a sobrevivência de espécies menos acostumadas ao frio. Vanzolini acreditava que as espécies se formavam e se diversificavam em consequência da formação dessas ilhas e do isolamento geográfico dos seres que a habitavam, não em consequência de evolução lenta e estável, como se pensava antes. A ameaça vem do planalto Ocupação e uso desordenado do solo, ao lado da instalação de usinas hidrelétricas, dificultam o fluxo migratório de espécies no pantanal. A ocupação e o uso desordenado da terra por meio da agricultura e da pecuária nas regiões adjacentes às planícies, muitas vezes estimuladas por políticas públicas, são hoje uma das principais ameaças à conservação da biodiversidade local, destacaram os pesquisadores. “A utilização não sustentável da terra nos planaltos tem provocado a erosão do solo e, como consequência direta, o assoreamento dos rios”, O resultado foi o rompimento de suas margens e a inundação permanente de mais de 5 mil km2 de uma área onde a inundação era sazonal. “Isso inviabilizou atividades econômicas próprias da região, reduziu a produção pesqueira e mudou substancialmente a composição local da fauna e da flora”, Outras atividades também ameaçam o bioma. É o caso da indústria, da mineração e da produção de energia por usinas hidrelétricas, as quais têm potencial para alterar a dinâmica natural dos ecossistemas que compõem o pantanal. “As hidrelétricas podem comprometer o fluxo de nutrientes transportados pela água e o funcionamento hidrológico que alimenta as planícies pantaneiras, bem como promover alterações no hábitat de espécies aquáticas e semiaquáticas e, consequentemente, nos serviços ecossistêmicos que essas espécies desempenham na região. “A construção dessas usinas pode comprometer o fluxo migratório de certas espécies de peixes da região”, disse. Já a mineração impõe risco de contaminação ao ambiente. “A mineração de manganês e ferro, por exemplo, pode levar à perda da vegetação característica do pantanal, afetando diversas espécies e comprometendo a disponibilidade de recursos hídricos fundamentais para a manutenção da diversidade biológica local”, destacou o biólogo. O garimpo de ouro no norte do pantanal já poluiu áreas significativas com mercúrio. As muitas faces do sertão Deficiência hídrica e clima semiárido exigiram respostas adaptativas sofisticadas de espécies da caatinga. Esses fatores ambientais têm, ao longo de milhares de anos, exigido respostas adaptativas específicas das plantas locais, o que lhes permite sobreviver num ambiente cada vez mais quente e seco. Uma dessas respostas é o ajuste que determinadas espécies fazem quanto à manutenção de suas folhas. Isso se dá por uma boa razão: quanto menos folhas as plantas têm, menor será a perda de água durante as estações mais secas. Algumas delas chegam a fazer a fixação de gás carbônico (CO2) à noite, utilizando-o na fotossíntese durante o dia, quando seus estômatos – estruturas nas folhas para troca de água e gases – estão fechados. “Esses são alguns dos mecanismos encontrados por essas espécies para não perderem água pela transpiração, que se dá pelas folhas. Uma estratégia simples, mas que lhes permite reter água para as épocas mais secas”, Outra resposta adaptativa dessas espécies aos variados ambientes do semiárido é a proteção que desenvolveram para suas folhas, enquanto ainda as têm. Essa proteção se dá por meio de acúleos, projeções pontiagudas que nascem na superfície do caule das plantas, e de tricomas, pequenos “pelos” que contêm substâncias urticantes e que, ao tocar a pele, podem desencadear reações alérgicas. Boa parte das plantas da caatinga, como os cactos, apresenta-se armada com esses escudos naturais. “Tratase de um mecanismo de defesa bastante interessante contra animais herbívoros”, destacou Queiroz. “Essas espécies mantêm suas folhas por um curto período de tempo durante o ano, logo elas são muito preciosas e por isso precisam ser protegidas.” Segundo ele, as condições às quais essas espécies têm sido submetidas vêm se configurando como um importante filtro ambiental, influenciando o processo evolutivo das espécies desse ecossistema ao longo do tempo. A 60 anos atrás J. Watson e F. Crick propõem a estrutura em dupla-helice para a molécula de DNA. Lembrar a estrutura helicoidal do DNA, bem como seus principais componentes.