Ministério da Cultura e Petrobras apresentam

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Ministério da Cultura e Petrobras apresentam:
Farsa da Boa Preguiça
Da obra de Ariano Suassuna
Direção de João das Neves
Com Guilherme Piva, Bianca Byington, Jackyson Costa,
Daniela Fontan e grande elenco
“Ô mulher, traz meu lençol,
Que eu estou na rede deitado!”
Joaquim Simão
A comédia musical Farsa da Boa Preguiça, de Ariano Suassuna, conta com a direção de
João das Neves, um dos fundadores do “Grupo Opinião”. No elenco de protagonistas,
Guilherme Piva, Bianca Byington e Jackyson Costa. Juntam-se a eles os atores Daniela
Fontan, Leandro Castilho, Vilma Melo, Flavio Pardal e Francisco Salgado. A peça teve
várias indicações a prêmios e foi contemplada com Prêmio Shell de Melhor Figurino e
Prêmio Contigo de Melhor Musical Brasileiro.
“Acho meio desonesto aceitar um trabalho que não sei fazer!”, Joaquim Simão
A peça, indicada para todas as idades, inclusive jovens e adolescentes, narra a história de
Joaquim Simão (Guilherme Piva), poeta de cordel, pobre e "preguiçoso", que só pensa em
dormir. Joaquim é casado com Nevinha (Daniela Fontan), mulher religiosa e dedicada ao
marido e aos filhos. O casal mais rico da cidade, Aderaldo Catacão (Jackyson Costa) e
Clarabela (Bianca Byington), possui um relacionamento aberto. Aderaldo é apaixonado
por Nevinha e Clarabela quer conquistar Joaquim Simão. Três demônios fazem de tudo
para que o pobre casal se renda a tentação e caia no pecado, enquanto dois santos
tentam intervir. Jesus observa e avalia tudo. A partir daí, situações inusitadas e muito
divertidas fazem deste texto uma das peças mais divertidas do teatro brasileiro.
“Ao encenar esse texto queremos reverenciar o mestre Ariano Suassuna e sua obra.
Queremos celebrar, com carinho e alegria, aquilo que somos: artistas do povo brasileiro”,
resume João das Neves, diretor do espetáculo.
Para Ariano Suassuna, a Farsa da boa preguiça tem dois temas centrais. Nela, não defendo
indiscriminadamente a preguiça — coisa que, aliás, não poderia fazer, pois ela é um dos
“sete vícios capitais” do Catecismo. No Teatro antigo, havia uma convenção, segundo a
qual, no fim da história, o autor podia dar sua opinião sobre o que acontecera no palco.
Era a chamada “licença”, ou “moralidade”. Pois bem. Na “licença” da “Farsa”, numa das
estrofes finais do terceiro ato, diz um dos personagens:
“Há uma Preguiça com asas,
outra com chifres e rabo.
Há uma preguiça de Deus
e outra preguiça do Diabo.
O elenco divide o palco com mamulengos
Durante os ensaios, por sugestão do diretor, os atores fizeram oficinas de mamulengos tipo de fantoche típico do Nordeste, especialmente em Pernambuco - com o artista
plástico Gil Conti. O grupo se saiu tão bem, que o diretor resolveu utilizá-los em cena. Os
mamulengos representam cada personagem e trazem as características físicas de cada
ator. Durante o espetáculo os personagens são representados também pelos bonecos.
A música está presente em todo espetáculo
Com um texto rimado, característica muito presente nas obras de Ariano, Alexandre Elias,
diretor musical da montagem, musicou vários momentos do espetáculo. Entre eles a
música de abertura, composta pelo próprio João das Neves. Segundo Alexandre, são 15
músicas no total. “A sonoridade que estou construindo para o espetáculo é a que
encontramos no universo do Ariano, uma mistura de musica nordestina de raiz, música
folclórica, e, como não poderia deixar de faltar, música armorial. Essa música armorial é
uma mistura da música nordestina de raiz com música medieval e clássica”, explica Elias.
A partir disso, o diretor pediu para que os próprios atores cantassem, dançassem e
tocassem diversos instrumentos, como violão, cavaquinho, percussão, entre outros.
Leandro Castilho e Flavio Pardal, inclusive, aprenderam a tocar rabeca com o mestre
Daniel Bitter. E tiveram o privilegio de terem seus instrumentos construídos pelo famoso
Nelson da Rabeca.
“Mesmo quando o ator vem me dizer que não sabe cantar nem tocar nada eu o coloco pra
ralar e, no final, todos viram músicos. Porque, ao meu ver, a música está dentro de todas
as pessoas, todos nós somos seres musicais e podemos fazer música e cantar. O canto é
nosso instrumento musical natural e orgânico”, acrescenta.
Nordeste de Ariano inspira cenário e nos figurinos
Outro destaque da montagem, o cenário de Ney Madeira, contará com detalhes de
algumas iluminugravuras do Ariano Suassuna e xilogravuras de Jota Borges, este,
considerado pelo autor o maior artista popular de todos os tempos.
Completando a ficha técnica, Rodrigo Cohen criou figurinos super coloridos, inspirados
nos festa populares da região.
Sobre Ariano Suassuna e seu Museu Digital
Ariano Suassuna dispensa apresentação, mas nunca é demais ressaltar que o trabalho do
romancista e dramaturgo é uma dos mais importantes referências da literatura brasileira.
Fundador do “Movimento Armorial”, Ariano tem sua obra permeada por valores e
personagens da cultura popular nordestina e de clássicos da literatura universal. O autor
dos célebres “O Auto da Compadecida” e “A Pedro do Reino”, é o poeta das raízes mais
fundas da nacionalidade, um defensor militante da cultura do Nordeste, tendo sido
comparado a Dante e Cervantes.
A realização do projeto “Ariano Suassuna 80”, teve o objetivo maior de valorizar a obra de
Ariano Suassuna, organizando-a e divulgando-a, através da realização de diversas ações
multimídia (literatura, internet, teatro, cinema, palestras etc.), direcionadas para todos os
públicos, com a finalidade de perpetuar sua memória. O programa de ações tem
abrangência nacional e esta finalizando o Museu Digital no site
www.arianosuassuna.com.br.
Sobre João da Neves
João das Neves (Rio de Janeiro, 1935). Diretor e autor.
Iniciou sua carreira profissional em 1959 com os espetáculos “O Noviço”, de Martins Pena;
“A Grande Estiagem”, de Isaac Gondim; e “Caminho da Cruz”, de Paul Claudel. Ambos com
o grupo “Os Duendes”.
Em 1964, funda, ao lado de Ferreira Gullar, Oduvaldo Vianna Filho, Teresa Aragão, Paulo
Pontes, Pichin Plá, Armando Costa e Denoy de Oliveira, o Grupo Opinião, um dos
principais focos de resistência político-cultural das décadas de 1960 e 1970, que
completou 45 anos de estrada.
Durante doze anos cria espetáculos para o grupo. Seu primeiro texto montado, “O Último
Carro”, metáfora do Brasil em um trem desgovernado, ficou quatorze meses em cartaz no
Rio de Janeiro e depois foi para São Paulo.
Afinado com as propostas artísticas e ideológicas desse grupo, o diretor sempre
privilegiou montagens de textos, tanto nacionais quanto estrangeiros, que poderiam
servir de enfoque para a situação política do Brasil nos anos da ditadura militar, tais como:
“A Saída, Onde Fica a Saída?” (1967), de Armando Costa, Antônio Carlos Fontoura e
Ferreira Gullar; “Jornada de Um Imbecil até o Entendimento” (1968), de Plínio Marcos;
“Antígone” (1969), de Sófocles, numa tradução de Ferreira Gullar; “A Ponte sobre o
Pântano” (1971), de Aldomar Conrado; e “O Homem é Um Homem”, de Bertolt Brecht,
tradução de Aldomar Conrado.
João das Neves recebeu o prêmio Molière de melhor direção, o prêmio Brasília de melhor
autor, ambos em 1976, e o prêmio Mambembe de melhor diretor, em 1977.
No fim da década de 1980, mudou-se para Rio Branco, onde, com atores amadores vindos
de grupos de periferia, funda o Grupo Poronga. Com eles realizou o “Tributo a Chico
Mendes”, peça baseada na história do líder dos seringueiros, assassinado por fazendeiros
do Acre, em 1988, espetáculo apresentado nas principais capitais do Brasil.
Na década de 90 se estabeleceu em Belo Horizonte, onde, em 1992, adaptou e encenou o
espetáculo “Primeiras Estórias”, baseado no livro de homônimo de Guimarães Rosa, que
também foi remontado com formandos da Universidade Estadual de Campinas - Unicamp.
A carreira de João das Neves revela um diretor que busca, por meio do teatro, a reflexão
sobre as contradições da sociedade brasileira. A crítica e ensaísta Ilka Marinho Zanotto
traça um perfil do artista: “João das Neves é um homem de teatro total”.
Em 2007, encenou o musical “Bezouro - Cordão de Ouro”, com o qual foi indicado para
diversos Prêmios, inclusive o Prêmio Shell de Teatro, como Melhor Diretor.
Ficha Técnica
Autor - Ariano Suassuna
Direção cênica - João das Neves
Direção musical - Alexandre Elias
Direção de movimento – Duda Maia
Figurinos – Rodrigo Cohen
Cenógrafo - Ney Madeira
Iluminação – Paulo César Medeiros
Direção de produção - Andréa Alves e Claudia Marques
Realização - Sarau Agência de Cultura Brasileira
Elenco
Guilherme Piva, Joaquim Simão
Bianca Byington, Dona Clarabela
Jackyson Costa, Aderaldo Catacão
Daniela Fontan, Nevinha
Flavio Pardal, Miguel Arcanjo e Quebra-Pedra (o Cão Caolho)
Francisco Salgado, Simão Pedro
Leandro Castilho, Fedegoso (o Cão Coxo) e Manuel Carpinteiro
Vilma Melo, Andreza, a Cancachorra
Serviço:
Farsa da Boa Preguiça
Teatro Santa Isabel
Endereço: Praça da República, S/N - Santo Antônio – Recife-PE - Cep: 50010-040
Site: www.teatrosantaisabel.com.br
Apresentações : 22, 23 e 24 de setembro de 2011.
Horários: Quinta e sexta, 20h e sábado, 21h.
Duração: 120 minutos
Valor do ingresso: Platéia (20,00) demais setores (10,00)
Tel para informações: (51) 3227-5100
Lotação do teatro: 700 lugares
Classificação etária: A partir de 12 anos
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