O FIM DO LIVRO: ANÁLISE DOS DISCURSOS ACERCA DOS

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O FIM DO LIVRO: ANÁLISE DOS DISCURSOS ACERCA DOS
DIFERENTES SUPORTES DE LEITURA1
MADRUGA, Suzane Cardoso Gonçalves 2 - UDESC
Grupo de Trabalho – História da Educação
Agência Financiadora: não contou com financiamento
Resumo
A leitura e o livro tornam-se, cada vez mais, objetos de estudo de historiadores e
pesquisadores da área da educação. O presente artigo busca levantar algumas questões acerca
do “fim do livro”. Há quem diga que o livro está fadado ao desaparecimento. Tal preocupação
já existia ou, pelo menos, já era vislumbrada no século XIX como pode-se perceber no texto
de 1859 de Machado de Assis. O objetivo é buscar elementos similares e díspares entre a
concepção do fim do livro no texto machadiano e no texto de Roger Chartier. O último autor,
contemporâneo com as tecnologias da informação como a internet, apresenta também
perspectivas interessantes sobre o tema. Os possíveis cruzamentos destes textos possibilitam
importantes discussões acerca do leitor diante da leitura, dos suportes de leitura e do lugar do
livro nas sociedades do século XIX, na qual havia uma possível substituição do livro pelo
jornal, bem como, nas sociedades atuais em que o livro de papel pode vir a ser substituído
pelo computador ou por outros suportes virtuais de leitura como o Ipad, por exemplo.
Palavras-chave: História do Livro. História da Leitura. Livro. Fim do livro. Suportes de
leitura.
Introdução
Os olhos de pesquisadores/historiadores voltam-se para uma área geralmente relegada
apenas aos professores de Língua Portuguesa e profissionais da área das Letras. A leitura e a
escrita fazem parte da história da humanidade desde tempos remotos, servindo a diferentes
fins. Nas comunidades primitivas a escrita possuía um caráter figurativo, com a função de
registrar as caçadas e o cotidiano por meio de figuras. Isso levou a uma segunda função, mais
importante e abrangente que a primeira, a de memorização. Com o advento do registro físico
1
Artigo entregue na disciplina do PPGE-UDESC: Seminário Especial Bibliotecas – Espaços históricos de
sociabilidades.
2
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado de Santa Catarina –
PPGE/UDESC. E-mail: [email protected].
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dos acontecimentos cotidianos, a rememoração dos eventos e tarefas diárias tornou-se
possível. A leitura das representações era relativamente fácil e acessível a todos, já que
exprimia de modo direto e convencionado no âmbito de cada sociedade, aquilo que o autor
e/ou autores das inscrições desejavam registrar.
Posteriormente, cada grupo social geograficamente separado sentiu a necessidade,
mais ou menos urgente, de convencionar a oralidade a sinais gráficos que fossem capazes de
estabelecer uma comunicação compreensível dentro de cada grupo e que pudessem fornecer
registros mais precisos e detalhados daquilo que se desejava comunicar. Surgiam, então, os
primeiros alfabetos. Uma consequência do surgimento de alfabetos e da possibilidade de
registrar através da escrita aquilo que tradicionalmente era expresso apenas na oralidade foi a
complexificação do grau de organização dessas sociedades, uma vez que a escrita, agora mais
desenvolvida, foi utilizada para regular as relações comportamentais entre seus membros por
meio da criação de leis e códigos de conduta, os quais podiam ser registrados para a
posteridade. A leitura dos regimentos sociais era feita em voz alta para grande parte da
população, pois o acesso à alfabetização era privilégio de poucos. O desenvolvimento da
linguagem escrita possibilitou a materialização das mensagens que eram antes apenas
transmitidas oralmente. Rolos de papiros, tábuas, placas de barro ou qualquer outro meio
fortuito utilizado possibilitavam a transmissão de uma determinada mensagem por longas
distâncias com fins de interação social, ou seja, pode-se dizer que “A escrita é colocada, nesse
contexto, a serviço da cultura oral” (CAVALLO; CHARTIER, 1998, p. 10).
Uma outra consequência do advento da escrita foi que o acúmulo de conhecimento
tornou-se possível, e com ele, a preocupação de registrar os fatos históricos e míticos dos
povos, como por exemplo na cultura helênica assim como na mesopotâmica e na egípcia. A
leitura nesse período ganhou, além de seu caráter mnemônico, uma função estética (textos
poéticos e eruditos). Existia também uma preocupação em conservar as línguas consideradas
corretas, utilizadas pelas elites, e, por conta disso, surgem as primeiras gramáticas que
estabeleciam normas para o uso da língua (CAVALLO; CHARTIER, 1998).
As primeiras bibliotecas foram então criadas com o intuito de conservar os
conhecimentos de todos os povos em todos os tempos. A partir do século III a.C. um sistema
racional de organização em volumes fez-se necessário, e mesmo a classificação das obras em
determinados padrões (por autores, títulos, assunto). Segundo Cavallo e Chartier (1998) as
leituras, todavia, continuavam muito restritas a mestres de filosofia e ciências, tomando
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caráter intimista e fechado, e as próprias produções escritas tinham características mais
técnicas, como tratados de estratégia militar e manuais de agricultura. Surgem no século III
a.C. tratados gramaticais e manuais de retórica, com o objetivo de conseguir uma leitura mais
próxima da interpretação do autor. No mundo romano, os livros tornam-se mais acessíveis,
adaptados para novos tipos de leitores considerados menos preparados intelectualmente. A
partir do século II d.C., surge então o livro disposto em páginas, substituindo com vantagens
os rolos de papiro. A disposição em páginas era mais econômica pois possibilitava o uso dos
dois lados de cada folha, além de facilitar o manuseio. Com uma maior difusão dos livros, os
autores passam a ter com seus escritos uma relação mais próxima (CAVALLO; CHARTIER,
1998). Passam a preocupar-se em tornar seus livros mais “atraentes”, a fim de angariar mais
leitores.
O livro, quanto suporte, é de extrema importância e não pode ser descartado quando se
pensa no processo histórico das civilizações. Desde o surgimento do livro, aspectos da vida
cotidiana foram transformados: o modo de se portar diante da leitura é outro. Além disso, a
relação dos estudiosos com o livro não pode ser descartado. O livro passou a ser objeto de
pesquisas as mais variadas e, muitas vezes, era visto como detentor de toda a verdade sobre as
perguntas que o homem pudesse fazer.
O possível fim do livro aparece como uma afronta a muitos. No entanto, não se pode
deixar de perceber que as mudanças ocorrem e trazem à tona a importância deste objeto. Não
só por conta da internet se conjectura o livro tornar-se objeto de museu; no século XIX seu
desaparecimento parecia certo com o desenvolvimento acelerado da imprensa e, por isso
mesmo, da difusão dos escritos.
Analisar-se-á o discurso de Machado de Assis, então aos dezenove anos de idade,
promovendo um alvoroço no meio jornalístico uma vez que dizia que o jornal substituiria o
livro em função e em necessidade. Além disso, torna-se interessante observar em que lugar
Machado, então desconhecido, coloca o livro na sociedade.
É imprescindível trazer para essa discussão a repetição de uma crença, que o livro
desaparecerá com o advento da internet e das ditas inovações tecnológicas. Para tanto,
observa-se nos textos de Roger Chartier uma preocupação não apenas com a leitura, mas com
seus suportes.
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Machado de Assis – A Era do Jornal
Percebe-se no artigo publicado em 1859 uma previsão. Havia algo de ideal na visão
machadiana, pois concebia que a nova tecnologia – o jornal – substituiria o livro num
movimento de evolução, de progresso humano. Tal ideal modifica-se com o passar do tempo,
pois o próprio Machado de Assis, após ter seus escritos estabelecidos nos folhetins cariocas,
transforma-os em livros, os quais conhecidos, discutidos e analisados até hoje. Segundo
Machado de Assis (1997):
O livro era um progresso; preenchia as condições do pensamento humano? Decerto;
mas faltava ainda alguma coisa; não era ainda a tribuna comum, aberta à família
universal, aparecendo sempre com o sol e sendo como ele o centro de um sistema
planetário. A forma que correspondia a estas necessidades, a mesa popular para a
distribuição do pão eucarístico da publicidade, é propriedade do espírito moderno: é
o jornal.
A previsão de Machado não era fruto do homem maduro e realista que se tem notícia
em suas biografias, era sim a visão de um jovem de 19 anos, idealista. Via ele no jornal uma
oportunidade para que todos tivessem acesso à leitura. Um escritor seria lido e conhecido
rapidamente, sem a necessidade de esperar anos ou, até mesmo, para que sua obra fosse
apreciada após a sua morte. Além disso o jornal era aspecto de uma revolução maior e mais
abrangente do próprio espírito humano. No mesmo texto, Machado de Assis afirma que
O jornal apareceu, trazendo em si o gérmem de uma revolução. Essa revolução não é
só literária, é também social, é econômica, porque é um movimento da humanidade
abalando todas as suas eminências, a reação do espírito humano sobre as fórmulas
existentes do mundo literário, do mundo econômico e do mundo social.
Machado de Assis, com tal visão, não concebeu um futuro para o objeto livro. Mas o
livro permaneceu e, atualmente, é o meio de difusão de suas obras. Certamente, o jovem
redator do Correio Mercantil não esperava que o livro sobreviveria às suas previsões, uma
vez que no artigo supracitado justifica:
Quem enxergasse na minha ideia uma idolatria pelo jornal teria concebido uma
convicção parva. Se argumento assim, se procuro demonstrar a possibilidade do
aniquilamento do livro diante do jornal, é porque o jornal é uma expressão, é um
sintoma de democracia; e a democracia é o povo, é a humanidade. Desaparecendo as
fronteiras sociais, a humanidade realiza o derradeiro passo, para entrar o pórtico da
felicidade, essa terra de promissão.
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É instigante pensar o desaparecimento do livro. Instigante também pensar que o
assunto ainda reverbera na sociedade e provoca discussões acaloradas no meio acadêmico.
Suportes de Leitura – Será o fim dos livros de papel?
Muito se tem discutido acerca do livro de papel, seus custos, sua relação com a
sustentabilidade, o seu lugar numa sociedade cada vez mais virtual. O último ponto é que será
discutido neste texto, pois observa-se que não é um mero lugar, este ocupado pelo livro.
Trata-se de um lugar específico. Há redes sociais defendendo a presença do livro de papel, o
seu cheiro e o conhecimento ali contido. O lugar do livro é outro, não mais o do recorte de
informações ou da pesquisa. O lugar do livro é o lugar da memória, do registro dos leitores e,
para muitos, ainda é um refúgio, um esconderijo. A referência, neste sentido, é ao livro
literário, mas que não deixa de ser lugar de história.
Apesar de a leitura ter se tornado algo mais amplo que o livro de papel, uma vez que
há diversos meios de leitura, o objeto livro permanece. Certamente, tem ganhado outras
características, outras modalidades, mas ele está ali. O livro não desapareceu, como
provavelmente não desaparecerá. E o livro de papel, ao que parece, passa a ocupar um lugar
social além do que possuía quando foi criado. Seu lugar tornou-se de algo mais do que um
utilitário. Ele é documento e, utilizando o conceito de Jacques Le Goff (2003), transforma-se
cada vez mais em “documento-monumento”. Isso porque, além de continuar servindo aos
meios de pesquisa, de fruição e de aprendizado da leitura no processo de alfabetização,
também ocupa o espaço do monumento, pois
é tudo aquilo que pode evocar o passado, perpetuar a recordação, por exemplo, os
atos escritos. […] tem como características o ligar-se ao poder de perpetuação,
voluntária ou involuntária, das sociedades históricas (é um legado à memória
coletiva) e o reenviar a testemunhos que só numa parcela mínima são testemunhos
escritos. (LE GOFF, 2003, p. 526)
E, dessa forma, ocupa um lugar específico. Está ligado à civilização, à cultura, à
educação. Assim, não há como desaparecer.
O processo da leitura, isso é fato, tem se transformado por conta da mudança do
suporte onde a informação é encontrada. Não há como negar que o modo como se lê em um
livro é muito diferente de quando se lê em uma tela de computador, num Ipad ou mesmo num
celular. O comportamento, a postura são diferentes. No entanto, estes últimos também são
suportes de leitura, servem ao mesmo fim.
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A difusão da leitura no mundo e, principalmente, no Brasil, necessita das ferramentas
oferecidas pelos suportes virtuais. Atualmente, são essenciais para a educação de jovens e
adultos. Torna-se, cada vez mais, objeto para a difusão do conhecimento através dos cursos
EaD. Há uma certa democratização do conhecimento e, muitas vezes, mais atrativo do que os
livros da biblioteca da escola.
O conhecimento também possui outra postura no meio virtual. É mais rapidamente
modificado, tem movimento, pois novas informações podem ser encontradas sobre
determinado assunto a partir do momento que “caem na rede”. E não se pode negar essa
velocidade da informação. Se no século XIX Machado de Assis demonstrava encantamento
porque o jornal propiciava a escrita de homens comuns e, muitas vezes, jovens, o que pensar,
nos tempos que correm, de jovens de 13 anos tornando-se autores?
A leitura, como outros caracteres do desenvolvimento e do conhecimento humano,
tem se desenvolvido rapidamente, acompanhando a própria sociedade que muda, em facetas
diversas, a todo instante.
Retomando a questão da leitura e das diferentes posturas dos leitores conforme o
suporte adotado, outros protocolos de leitura também podem ser concebidos. Os protocolos
correspondem, tomando como exemplo uma empresa, à entrada e à saída de correspondências
e segundo Pécora (1985) os protocolos de leitura são de responsabilidade do autor, quando
este prevê um 'leitor ideal', ou seja, “baliza-se o percurso do observador de modo a que possa
chegar a uma interpretação do quadro que seu autor julga a única correta”. Não para por aí,
pois que há também a “responsabilidade do editor, de modo a favorecer certa extensão da
leitura e a caracterizar o seu 'leitor ideal', que não precisa assemelhar-se àquele
originariamente suposto pelo autor” (PÉCORA, op. cit., p.11).
No artigo Do códice ao monitor, Chartier apresenta o movimento promovido pela
mudança social diante do advento do computador e, posteriormente da internet, explicando
que a “revolução iniciada é, antes de tudo, uma revolução dos suportes e das formas que
transmitem o escrito” (CHARTIER, 1994, p. 190). Dessa forma, apresenta uma questão de
extrema importância para os estudiosos que se ocupam da leitura como objeto e, por isso
mesmo, preocupam-se com o destino do livro de papel.
Em outro momento, Chartier demonstra a necessidade de conscientização a respeito da
realidade das mudanças da sociedade, explanando que
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O universo dos textos eletrônicos significará, forçosamente, um distanciamento com
relação às representações mentais e operações intelectuais especificamente ligadas
às formas que tem apresentado o livro no Ocidente durante esses últimos dezessete
ou dezoito séculos. Não há ordem dos discursos que seja separável da ordem dos
livros que lhe é contemporânea. (CHARTIER, 1994, p. 194-195)
Nesse sentido, não há como prever o fim do livro. Ele é indissociável da sociedade
grafocêntrica, na qual estamos inseridos. Podem surgir outras e outras maneiras, suportes para
a leitura, mas o fim do livro não parece uma possibilidade real.
Os suportes de leitura modificam o olhar sobre o lido, a perspectiva, mas a leitura está
presente. O livro, por sua vez, está ligado ao processo de civilização da sociedade3, dando-lhe
certa distinção e respeito (ELIAS, 1993). Faz parte da história e insere-se na concepção de
documento/monumento de Le Goff:
O documento é monumento. Resulta do esforço das sociedades históricas para impor
ao futuro – voluntária ou involuntariamente – determinada imagem de si próprias.
No limite, não existe um documento-verdade. Todo documento é mentira. Cabe ao
historiador não fazer o papel de ingênuo. (LE GOFF, 2003, p. 538)
Por tal definição de Jacques Le Goff, compreende-se, neste texto, o papel do livro.
Para muitos perde espaço e relevância, no entanto, está ligado ao imaginário da sociedade e
muito presente nos ator sociais e individuais de leitura. Relembrando Umberto Eco
(CARRIÈRE; ECO, 2010), não conte com o fim do livro, pois dificilmente desaparecerá com
a revolução tecnológica.
Considerações Provisórias
Não se pode negar a necessidade, cada vez mais presente, do conhecimento das
tecnologias deste século. É preciso conhecer as inovações virtuais e adequar-se diante de tal
imposição. Nesse sentido, refletindo acerca da imposição de que o livro deve ser substituído
por outro suporte, percebe-se a sua teimosa permanência.
Tanto estudiosos do século XIX como pesquisadores contemporâneos contemplam o
livro como objeto distante, uma realidade que se findou. No entanto, o que se percebe é o
livro resistindo através das práticas de indivíduos preocupados com o conhecimento, com sua
disseminação.
3
Segundo o conceito de civilização de Norbert Elias (1993).
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A busca quase frenética para que os indivíduos leiam mais, para que visitem as
bibliotecas de seus bairros torna-se uma realidade. Pesquisas se ocupam do papel do livro na
sociedade, da sua utilização, do seu consumo, da quantidade lida por ano pelos brasileiros.
Enfim, existe uma preocupação em moldar hábitos cujos objetivos governamentais preveem
um país mais desenvolvido na escala intelectual, o que promoverá, certamente, maiores
investimentos externos.
Diante disso, persiste o livro, objeto de papel, palpável. A possibilidade de guardá-lo,
tal qual uma relíquia, um presente de um amigo. Enfim, o livro resiste às mudanças de ordem
social e econômica. Continua fazendo parte da história das pessoas e permeando o imaginário
do conhecimento. É, por sua vez, objeto de prazer e de memória. Seja o cheiro de novo ou de
anos de estante. Permanece como presença diante das muitas ausências com a qual se depara a
sociedade atual, emaranhada no mundo virtual.
REFERÊNCIAS
CARRIÈRE, Jean-Claude; ECO, Umberto. Não contem com o fim do livro. Rio de Janeiro:
Record, 2010.
CAVALLO, Guglielmo; CHARTIER, Roger (Org.). História da leitura no mundo
ocidental 1. São Paulo, SP: Ática, 1998.
CHARTIER, Roger. Do códice ao monitor: a trajetória do escrito. Estudos Avançados, São
Paulo, n. 21, p. 185-199, 1994. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141994000200012>.
Acesso em: 18 abr. 2012.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador: Formação do Estado e Civilização. Rio de Janeiro:
Zahar, 1993.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas/SP: Editora da UNICAMP, 2003.
MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. O jornal e o livro, em O Correio Mercantil, 10 e 12
de janeiro de 1859. In: COUTINHO, Afrânio (Org.). Machado de Assis: Obra Completa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997.
PÉCORA, Alcir. Introdução. In: CHARTIER, Roger (Org.). Práticas de leitura. São Paulo:
Ed. Liberdade, 1996.
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