Portfólio Sugerido - Novembro/12

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01 de novembro de 2012
Análise de Investimentos
Portfólio Sugerido - Novembro/12
Desempenho do Ibovespa em outubro - 2012
Depois de uma alta de 3,70% no mês de setembro, a Bovespa não conseguiu sustentar desempenho positivo no mês de
outubro, devolvendo parte da valorização acumulada no período de janeiro a setembro, encerrando o período em baixa de
3,56% acumulando no ano ganho de 0,60% . O mês de outubro foi marcado pela continua aversão ao risco por parte dos
investidores, devido principalmente à fragilidade dos indicadores econômicos na Europa, sobretudo na Espanha, somado a
ausência de sinais de decisões consistentes para a região. Os mercados passaram o período na expectativa de
pronunciamentos do lado externo para a discussão da crise, o que não aconteceu.
A divulgação de indicadores positivos nos Estados Unidos ajudou as bolsas em algum momento, mas as preocupações com
o ritmo de crescimento da economia mundial e falta de consenso entre os líderes da União Europeia no que diz respeito à
ação de um órgão de supervisão bancária na região, além dos balanços corporativos fracos nos Estados Unidos, tiveram
maior peso sobre o comportamento das bolsas.
Do lado doméstico, as ações das principais empresas listadas ainda refletem as medidas adotadas pelo governo sobre
alguns dos principais setores da economia (telecomunicações, energia elétrica, bancos). Tais medidas, além de pesarem
fortemente sobre as ações das companhias, levaram os investidores a permanecerem em compasso de espera em relação à
divulgação dos resultados do terceiro trimestre. Como boa parte dos resultados já divulgados veio abaixo da expectativa
dos profissionais de mercado, o Ibovespa seguiu sem força para qualquer reação. Nesta última semana do mês, destaque
para os dias de Bolsas fechadas nos EUA (29 e 30) com baixo volume na Bovespa. Além da ausência dos investidores
estrangeiros em mais este mês.
Para o mês de novembro acreditamos num melhor desempenho para a Bovespa em relação a outubro, mas sem otimismo,
lembrando que teremos três feriados neste mês, o que também contribuirá para um desempenho mais calmo na Bovespa.
Existe uma expectativa com respeito aos eventos marcados para a próxima semana, eleição presidencial nos Estados
Unidos e reunião do BCE, mas, a nosso ver a Bovespa ainda continuará refletindo os resultados das companhias no terceiro
trimestre, considerando que do lado macro não são esperadas surpresas. Desta forma, continuamos com uma carteira
mesclada de papeis defensivos e uma aposta nas empresas de commodities que poderão mostrar melhor desempenho
neste mês.
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Análise de Investimentos
Portfólio Sugerido - Novembro/12
Desempenho do Portfólio em Setembro de 2012
A Carteira Planner sugerida para o mês de setembro valorizou 1,39%, contra uma queda de 3,56% do Ibovespa. Os
destaques positivos no mês foram as ações da Lojas Marisa ( 19,24%), Ambev (7,64% ) e Duratex (6,32%), nesta ordem. Do
lado negativo os destaques foram Tim Participações (-8,05%), Gerdau ( -7,94%) e Petrobras (-7,02%).
Desempenho do Portfólio em Outubro
Portfólio Sugerido para Novembro
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01 de novembro de 2012
Análise de Investimentos
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1. Ações mantidas na carteira
Ambev (AMBV4) – Os papéis da companhia foram mantidos na nossa carteira de novembro, considerando as
características defensivas da ação e os resultados no 3T12 acima do esperado, com destaque para o
desempenho das operações no Brasil em patamar superior as operações internacionais do grupo, aliado às boas
perspectivas para o 4T12, com temperaturas mais elevadas, e cujo foco será o de alavancar os principais
impulsionadores do crescimento até agora, além de manter os investimentos de modo a aumentar a capacidade
de produção e distribuição no País. Como já é de amplo conhecimento dos investidores, a companhia se destaca
pela sua liderança no mercado nacional de cerveja, crescente presença na América Latina, elevada geração de
caixa, e como boa pagadora de dividendos, com yield esperado de 3% para 2013.
Bradesco (BBDC4) – O Banco é reconhecido pela sua forte e segura estrutura de captação, base de negócios
menos dependente de operações de crédito pela presença no segmento de seguros, previdência e capitalização,
pela qualidade da carteira, níveis de inadimplência menores do que o seu concorrente direto (com tendência
decrescente para os próximos trimestres), e pelo bom índice de eficiência. Destaque também para sua política
de pagamento de proventos mensais com um yield estimado para 2013 de 4,2%. O resultado do 3T12, um lucro
líquido recorrente de R$ 2,89 bilhões veio em linha com o que esperávamos, em função de maiores receitas de
prestação de serviços, decorrentes do incremento no volume dos negócios, menores despesas com PDD com
queda de 3% sobre o 2T12, e maior resultado operacional de seguros. Para o 4T12 as perspectivas de
crescimento das receitas, aliado a queda de inadimplência, corroboram para uma expectativa de resultados
crescentes.
Cia. Hering (HGTX3) – Apesar do fraco resultado reportado no 3T12, enxergamos potencial de valorização para
os papéis da companhia, sobretudo, considerando os seguintes fatores: (i) superação dos problemas com o novo
CD, após impactarem negativamente o resultado do 3T12; (ii) boa receptividade da coleção Alto Verão, a mais
importante do ano; (iii) cenário macroeconômico favorável; (iv) potencial e força das marcas; e (v) modelo de
produção flexível. Além disso, a companhia está sendo negociada a múltiplos atrativos em comparação aos seus
principais concorrentes. Estimamos que ao final de 2012, a companhia será negociada a 22,6x seus últimos doze
meses de lucro (P/L), enquanto Lojas Renner a 26,2x e Lojas Marisa 28,0x.
Cielo (CIEL3) – Optamos por manter os papéis da companhia em nosso portfólio de novembro, pois ainda vemos
potencial para as ações da Cielo no curto prazo. Porém, preferimos reduzir nossa exposição na empresa, em
virtude do risco envolvendo uma possível intervenção do governo, visando eliminar a exclusividade ainda
existente no setor. Assim, após o bom resultado reportado no 3T12, possíveis modificações no setor podem
impactar negativamente os papéis da Cielo no curtíssimo prazo, sendo um risco a ser considerado na tese de
investimento da companhia.
Duratex (DTEX3) – Mantivemos a Duratex na carteira para novembro, considerando os bons resultados
divulgados no 3T12, reflexo do crescimento das divisões operacionais Madeira e Deca, que mostraram bom
crescimento em volume de vendas e conseqüente evolução na receita do período de 9 meses de 2012. A
empresa é destaque nos segmentos de atuação, permanece com geração de caixa elevada, bem capitalizada,
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mantendo boas margens e com boas perspectivas também para 2013. Possui também boa política de
dividendos.
Gerdau (GGBR4) – Estamos mantendo nossa posição em Gerdau confiante em bom resultado no 3T12. Além
disso, as perspectivas para a economia brasileira em 2013 e a expectativa de que a economia americana
continue se recuperando, nos levam a continuar otimistas com esta ação.
OHL Brasil (OHLB3) – A OHL teve o melhor desempenho no setor de concessões rodoviárias no mês de Outubro,
ao mesmo tempo, não foi suficiente para sugerir um múltiplo corrente EV/EBITDA elevado. Esperamos que o
risco do setor como um todo aumente substancialmente com a abertura dos envelopes das primeiras licitações
da 3ª rodada das rodovias federais em Janeiro de 2013. Até lá, acreditamos que o setor continue ancorado pelo
menor risco por conta da previsibilidade dos resultados trimestrais futuros. Aliás, o começo do mês de
Novembro reserva os resultados do 3T12 para o setor. Historicamente, o setor oferece a maior expansão de
margem operacional no ano neste período, por conta da maioria dos reajustes nas praças de pedágio ocorrer
em 1º de Julho de cada ano e os custos não acompanham tamanha elevação em um único trimestre.
Petrobras (PETR4) – Mantemos nossa posição porque acreditamos que o necessário aumento de preços da
gasolina e diesel deve ser em breve decidido. Este aumento terá forte impacto nos resultados e aumentará a
geração de caixa para a empresa fazer face ao seu programa de investimentos.
TIM Participações (TIMP3) – Ainda que o cenário para o setor de telecomunicações permaneça incerto, com a
elevação do risco regulatório nos últimos meses, acreditamos que houve uma diminuição dessas pressões, de
modo que as ações TIMP3 seguem bastante descontadas, podendo apresentar certa recuperação até o final do
ano. O resultado da TIM no 3T12 veio bom, em linha com as expectativas, demonstrando que o período de
suspensão de vendas não apresentou impacto financeiro significativo para a companhia. Mantemos
recomendação de compra para TIMP3, com preço justo de R$ 10,90 por ação.
2. Ações retiradas da carteira
Fleury (FLRY3) – Estamos retirando as ações do Fleury de nosso portfólio sugerido deste mês, por acreditarmos
que certas ações de outras companhias apresentam maior potencial no curto prazo. No entanto, gostamos dos
fundamentos da companhia, que segue como opção para retornar às nossas carteiras em um momento mais
oportuno. No 3T12, apesar da alta já esperada na receita líquida de 24,9% a/a, o lucro líquido apresentou queda
de 4,0% a/a, na direção oposta das projeções do mercado.
Lojas Marisa (AMAR3) – Optamos por retirar as ações da varejista de nossa carteira deste mês, em virtude do
bom desempenho apresentado pelos papéis da companhia desde que ingressaram em nosso portfólio, com alta
de 19,24%. Dessa forma, preferimos realizar o lucro obtido com Lojas Marisa e nos posicionar em uma ação
mais atrativa no curto prazo.
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3. Ações incluídas na carteira
Pão de Açúcar (PCAR4) – Estamos incluindo as ações do grupo em nossa carteira, em virtude das boas
perspectivas para a economia brasileira neste semestre, acompanhado de um maior impacto das medidas
adotadas pelo governo visando fomentar a economia através do consumo, devendo beneficiar as empresas
voltadas para o mercado interno, como é o caso Pão de Açúcar. Acreditamos que o bom resultado do 3T12
deverá ter impacto positivo sobre o desempenho das ações (PCAR4) no mês, sustentado pelas expectativas de
um 4T12 ainda mais forte.
Totvs (TOTS3) – Optamos por incluir as ações TOTS3 em nosso portfólio sugerido deste mês. No 3T12, a Totvs
apresentou outro resultado expressivo, com alta de 11,1% a/a para a receita líquida, 28,9% a/a para o Ebitda e
de 9,0% a/a para o lucro líquido. Desse modo, acreditamos que a empresa continuará representando uma opção
mais segura na Bolsa em novembro, com fundamentos sólidos e crescimento consistente dos resultados. Além
do menor risco regulatório, o segmento de dados segue apresentando forte expansão, o que poderá induzir
uma elevação de seu valor justo por parte do mercado (que permanece apresentando upside potencial).
Vale (VALE5) – Incluímos a Vale em nossa carteira porque acreditamos que a recuperação dos preços do
minério de ferro está indicando uma melhoria nas margens da empresa no trimestre em curso. Até o momento,
o preço médio do quarto trimestre já é 2% maior que no 3T12. Como a produção média diária de aço na China
em outubro (até o dia 20) mostrou uma alta de 3,5% em relação ao mês anterior, é possível que os preços do
minério, no mínimo, permaneçam no patamar atual (US$119/tonelada).
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Análise de Investimentos
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Parâmetros do Rating da Ação
Nossos parâmetros de rating levam em consideração o potencial de valorização da ação, do mercado, aqui refletido
pelo Índice Bovespa, e um prêmio, adotado neste caso como a taxa de juro real no Brasil, e se necessário ponderação
do analista. Dessa forma teremos:
Compra: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for superior ao potencial de valorização do
Índice Bovespa, mais o prêmio.
Neutro: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for em linha com o potencial de valorização do
Índice Bovespa, mais o prêmio.
Venda: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for inferior ao potencial de valorização do Índice
Bovespa, mais o prêmio.
EQUIPE
Eduardo Velho, Economista-Chefe
[email protected]
Ricardo Tadeu Martins, CNPI*
[email protected]
Silvia Chandrowski Zanotto, CNPI-T
[email protected]
Mario Roberto Mariante
[email protected]
Gustavo Lobo, CNPI-T
[email protected]
Luiz Francisco Caetano, CNPI
[email protected]
Valcimar Lucas
[email protected]
Brian Tadeu Moretti, CNPI
[email protected]
Andre Seiti Tanaka
[email protected]
Priscila Grossi Andrade
[email protected]
Gustavo Pereira Serra
[email protected]
Victor Luiz de Figueiredo Martins
[email protected]
DISCLAIMER
Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções
referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste
relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e
nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da
Planner Corretora de Valores.
(*) Conforme o artigo 16, parágrafo único, da ICVM 483, declaro ser inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório de análise.
Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento), nos termos do art. 17 da ICVM 483
O(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento) envolvido(s) na elaboração deste relatório declara(m) que as recomendações contidas neste refletem
exclusivamente sua(s) opinião(ões) pessoal(is) sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em
relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo.
Declaração do empregador do analista, nos termos do art. 18 da ICVM 483
A Planner Corretora e demais empresas do Grupo declaram que podem ser remuneradas por serviços prestados à(s) companhia(s) analisada(s) neste relatório.
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