Jornal Primeira quinzena de Junho 2011 A Evolução do Geomarketing Áreas de atuação: ∗ Desastres Ambientais ∗ Circulação ∗ Erosão ∗ Formação de pessoal em técnicas Ambientais ∗ Disseminação da Informação geográfica Nesta edição: Imagem: http://whatisgeo.com/wp-content/uploads/geomarketing2.jpg Tamanduá (tamanduá tetradactyla) na Reserva de Mata Atlântica no Campus I da UFPB . O Geomarketing ou Marketing Geográfico nada mais é do que uma maneira de saber como o mercado se organiza no espaço. Através da obtenção de dados, seja por intermédio de pesquisas ou utilizando outras ferramentas é possível mapear esses dados. Com o mapeamento obtido podemos ver o mercado por outro ângulo e estabelecer estratégias de mercado que estejam de acordo com a realidade, em outras palavras, pode ter um melhor planejamento de vendas. Pag. 6 A Síntese Geográfica e o Trabalho Descritivo: uma questão de atitude e afinidade técnica 4 É de extrema importância a preservação da reserva de Mata Atlântica no campus I da UFPB As incongruências que se tem estabelecido na formação do profissional em Geografia têm sido reforçadas de maneira ideológica ao longo dos tempos, imprimindo nos estudantes e na própria população um desconhecimento do objeto e do sentido dessa arte que muito aproxima o ser humano a uma paixão nômade, essa é talvez uma questão de reminiscência. Pag. 2 Editoração e 7 Arte 05 de Junho - Dia do Meio Desenvolvimento Urbano, Ambiente Pag. 4 Trânsito e Transportes em João Pessoa Pag. 3 Ensaio: formação de pessoal em Biogeografia Pag. 5 Endereço eletrônico: http://geografiaaplicada.blogspot.com/ E-mails: [email protected] - [email protected] Jornal Geografia Aplicada Página 2 A Síntese Geográfica e o Trabalho Descritivo: uma questão de atitude e afinidade técnica Por Paulo Rosa As incongruências que se tem estabelecido na formação do profissional em Geografia têm sido reforçadas de maneira ideológica ao longo dos tempos, imprimindo nos estudantes e na própria população um desconhecimento do objeto e do sentido dessa arte que muito aproxima o ser humano a uma paixão nômade, essa é talvez uma questão de reminiscência. Estabeleceu-se na consciência das pessoas que Geografia é uma ciência explicativa, porém, na realidade a Geografia é a arte de descrever, essa situação cada vez mais se aproxima do real sem o ser. Por isso, então, que a leitura do cenário geográfico mistura-se na consciência das pessoas deixando lacunas que se convertem em estereótipos formadores de arquétipos, mas inconsistentes em sua aplicação. A produção da informação geográfica requer atitude e afinidade técnica, se tomando que o cenário contido numa dada paisagem se dá por força natural ou por força artificial (elementos semelhantes, repartições arbitrárias que são feitas na paisagem). O cenário dentro da paisagem deixa de ser uma particularidade e passa a ser uma síntese, por isso é representação, isto é, forma, é semiótico. Tem-se então a forma de um fundo, por exemplo, o mapa é a forma geográfica que representa o fundo, que é o real, e o objeto enquanto forma passa a ser representação substituindo o fundo, que é o real. Quanto menor a área representada melhor será a representação, quanto maior a área menores serão as condições de detalhamento, neste momento incluem-se os seguintes elementos: Razão e Proporção, e a Escala. A representação é a forma que substitui o fundo, e este é o real. A representação é a informação geográfica. Para a produção dessa informação geográfica se deve observar a questão das afinidades, pois nem sempre quem produz a informação geográfica é capaz de transmiti-la, ou seja, de informar de maneira disseminada para outras pessoas, esse papel é do professor, ou seja, de quem leva a informação para outros. Tomemos que Geografia não se ensina, muito pelo contrário, para se obter o conhecimento geográfico é necessário um trabalho de campo, ou a obtenção do conhecimento secundário por meio de um guia, alguém que tenha vivido (ou represente) a situação, para orientar o caminho com sentido e direção. Assim sendo, o professor de Geografia deve observar que orientar não significa ensinar e que o geógrafo é quem produz a informação geográfica, procurando sempre estabelecer referentes no trabalho de campo. A produção da informação requer uma escrita, uma transformação do real em forma, em representação. Nesse momento se questiona o que escrever e o que descrever? Como o sentido é a Geografia de um lugar, ou seja, de um cenário que está numa dada paisagem, precisa-se então deduzir o cenário que está contido na paisagem. Nesse momento a paisagem é que vai determinar o cenário que será descrito. Por isso, é que se deve buscar uma unidade de referência do lugar, por exemplo, na questão natural a bacia hidrográfica, no artificial uma rua, ou um bairro. Tanto a bacia hidrográfica como a rua poderão ser vistas como região, pois ambas as sínteses possuem elementos que os compõem de forma geográfica. Dependendo do tamanho da área a ser descrita, faz-se necessário uma excursão, seja ela real ou virtual, neste último caso utilizam-se os artifícios dos imageamentos a priori dos lugares. Na busca taxi- contrário ela descreve, por isso é que quando se vai à busca do tamanho de uma área para descrevê-la, deve-se ter uma concepção apriorística dessas classes de tamanho de área. Ressalta-se que essas classes são uma determinação ideológica e contêm lacunas, por isso aparentemente completas. A atitude é, na realidade, um enfrentamento do sujeito com seus dogmas, já estabelecidos, por isso, em muitos momentos requer juízos posteriores, ou seja, após o fenômeno ser observado, tomando-se que o cenário está dentro de uma paisagem e esta é a interligação de conjuntos bem estabelecidos, como pode ser visto na figura abaixo. As estruturas geográficas e taxonomia e corologia Atmosfera clima Troposfera relevo vida Hidrosfera água onômica das superfícies já existe uma gama de classes geográficas para a determinação da extensão das áreas, porém estas são oriundas diretamente ou da geomorfologia, da climatologia ou da questão política, pois a Geografia em si não busca explicar, pelo Esta figura denota uma paisagem, cuja interpretação pode ser rural ou natural, mas para detectar as composições que compõem o cenário depende não apenas de um estoque semântico, mas fundamentalmente, de Jornal Geografia Aplicada afinidades técnicas. Tomemos que para uma descrição mais acurada utilizamse de equipamentos, instrumental e ferramentas adequadas a cada elemento que vai se destacar do cenário. A paisagem exposta pela imagem é um açude cujo rio foi barrado para a acumulação de um grande estoque de água, pois o clima do lugar é semiárido com forte concentração de precipitação, porém nem sempre ultrapassa os 500 mm. O barramento do rio se deu em área constituída estruturalmente em rochas cristalinas, mais especificamente o gnaiss já bastante intemperizado, o que permite a desagregação sedimentar que formam solos eluviais jovens, pois com as precipitações concentradas, esse eluvião é deslocado para os níveis de menor energia, formando então a aluvião (areia e argilas) no terraço e no leito fluvial (ver figura abaixo). À medida que vai se buscando os elementos do cenário com maior detalhamento, se faz uso de todo um instrumental adequado para se coletar da- Página 3 dos e depois juntá-los em forma de informação para que possam ser mapeados. Como se pode ver na figura acima, a coleta de dados significa a leitura do cenário, que é uma vertente em que o solo jovem está exposto às ações da intempérie, quando há precipitação concentrada essa age como ser erosivo pressionando os pontos mais fracos, que são os componentes do relevo. Sendo esses mais vulneráveis à ação do agente de pressão, permite o desencadeamento de outras ações cujas forças acabam por modelar ainda mais o relevo. Nesse caso, para medir a ação da precipitação fez-se um parcelamento do solo que está alterado pela ação conjunta do desmatamento para a passagem de veículos e pela ação efetiva da precipitação. Após o parcelamento fez-se a leitura da declividade, utilizando-se o teodolito, de maneira fixa para ter um resultado como nível. A afinidade técnica se refere ao tamanho da área que se está procurando descrever, tornando mais consistente a relação entre o leitor do cenário e o instrumental utilizado. Desenvolvimento Urbano, Trânsito e Transportes em João Pessoa Por Hawick Arnaud Para o desenvolvimento do sistema urbano existem três eixos importantes para a mobilidade, acessibilidade e conforto da sociedade como um todo, pois a cidade se encontra em constante movimentação e deve caminhar para o seu progresso desde o crescimento demográfico até a ascensão da sua economia. Os serviços locais ou internos da cidade fazem parte de uma incessante logística essencial para o vetor do desenvolvimento urbano. Através desses fatores, surgem os pólos geradores de tráfego que são as grandes empresas nacionais ou multinacionais, estádios, ginásios, órgãos públicos, universidades dentre outros empreendimentos que modificam o comportamento do trânsito de uma cidade. A cidade precisa de agilidade a partir do investimento de políticas públicas, sobretudo, da prefeitura municipal e da secretaria de transportes para investir na estrutura local a fim de acompanhar o desenvolvimento urbano. Para isso, é importante um planejamento para evitar futuros problemas de congestionamentos nas vias dos principais corredores que cortam o município de João Pessoa. Na realidade, a infraestrutura deve acompanhar o desenvolvimento urbano para que o trânsito possa fluir em sua normalidade. O crescimento da demanda de veículos é alarmante e uma estratégia em termos estruturais é de suma importância para atender as necessidades da população. O padrão de estilo de transporte terrestre pres s iona a infraestrutura, e se esta última não acompanhar esse ritmo de crescimento o prejuízo ficará com o congestionamento do trânsito. A demanda do número de veículos cada vez crescente exige a ampliação do uso do solo e o poder executivo do município tem o grande desafio em aliar o desenvolvimento urbano à proteção do patrimônio público no caso de prédios antigos e históricos para que esse sistema rodoviário não sac rifique a infraestrutura no coração do município. Também é importante um transporte público de qualidade, além de uma tarifa acessível à população para que até as pessoas ao possuírem automóveis possam ser usuários desse serviço público. É uma estratégia para que as políticas públicas possam dar um novo rumo ao desenvolvimento urbano, ao trânsito e aos transportes com o intuito de fazer com que esses três eixos possam trilhar juntos e mobilizando as pessoas a esse sistema que irá ascender uma nova Fonte: Walter Paparazzo – Paraíba 1 Jornal Geografia Aplicada Página 4 Tamanduá (tamanduá (tamanduá tetradactyla) tetradactyla) na Reserva de Mata Atlântica no Campus I da UFPB Por Antonio Marcos No ano passado ocorreu um fato que me causou espanto, foi quando Gabriel Chaves, (estudante de enfermagem), chamoume para ver umas fotos na qual ele acabara de “tirar”. Fui ver, fiquei espantado e alegre, pois se tratava de um animal, era um tamanduá. Nunca imaginei que no fragmento de mata Atlântica da UFPB se encontrava esta espécie, até o momento não tinha ouvido nenhum relato; O animal estava ao lado do prédio da Residência Universitária que fica próximo a um dos fragmentos da reserva. Não se sabe o porquê desse animal ter se deslocado em torno das edificações, talvez ele estivesse fugindo de predadores ou poderia está perdido devido às luzes dos postes. O mais provável seria a procura de alimentos, pois ele precisa de uma área grande para caçar. Esse animal é de grande importância para a manutenção do ecossistema, ele contribui na redução da superpopulação de cupins e formigas nas florestas, deixando em equilíbrio as quedas das arvores. O tamanduá tem uma dieta bem diversificada baseada em insetos, sendo que a mais preferida dele é a de cupins e formigas. Tem hábitos noturnos, mas às vezes saem durante o dia à procura de alimentos. Sua distribuição geográfica vai desde a Venezuela ate à Argentina. É grande a matança deste animal no Brasil, na Paraíba já é difícil encontrá-lo devido à caça predatória, a sua carne é apreciada por muitas pes- soas. O fato é que um animal como esse precisa se deslocar constantemente à procura de alimentos. Já que na UFPB existem vários resíduos de mata, eles tem que fazer travessias em estradas e locais de muito iluminação e construções que são muitos no campus. É de extrema importância a preservação da mata na UFPB devido à existência de animais silvestres que habitam o local. Fotos: Gabriel Chaves 05 de Junho - Dia do Meio Ambiente Por Fransuelda Vieira áreas urbanas e a devas- Estamos acostumados a ouvir nos dias atuais discursos carregados de conceitos da ecologia e muita preocupação com o meio ambiente: ecossistema, desequilíbrio, fauna, flora, biomas, preservação, habitat. Entendo que isso é bom quando o discurso vem acompanhado de ações e mudanças de atitudes, iniciativas simples como não jogar papel ou latinhas no chão, efetivamente fazem a diferença. O dia do meio ambiente nos faz lembrar muitas coisas. tação das florestas que para alguns gera lucro e para outros gera a morte. Restam-nos algumas perguntas: viveríamos sem o desenvolvimento? Quanto estamos dispostos a pagar pelas inovações, pelo aumento do lixo? Será que o lixo é lixo? Pra onde vai o lixo que produzimos? Com certeza ele não desaparece depois que o serviço de limpeza urbana passa. Ficaríamos aqui, dias e dias fazendo inúmeras indagações. A humanidade conseguiu atingir marcas históricas e conseguiu também evoluir bastante no que se refere à construção de políticas e leis de defesa do Meio Ambiente, a legislação deve ser observada de forma rigorosa, sem beneficiar minorias. Pequenos gestos como o cuidado com o lixo, a seleção e separação de materiais que podem ser reaproveitados, a deposição de pilhas e baterias, como também eletro eletrônicos em locais adequados. É responsabilidade de todos manter o equilíbrio do nosso planeta, cuidar do ambiente em que vivemos é também uma questão de cidadania. Os impactos ambientais causados pelas grandes indústrias, a emissão de gases poluentes, o lançamento de resíduos nos rios e lagos, a retirada de areia dos leitos dos rios de forma desenfreada sem gerar riqueza para a população local, o aumento da frota de veículos e mais gases poluentes na atmosfera, além dos transtornos causados pela demora no trânsito e falta de vagas nos estacionamentos. Podemos ainda lembrar a impermeabilização do solo, impossibilitando que a água percorra seu caminho entre as partículas que compõem o solo e chegue ao subterrâneo, o aumento da temperatura provocando desconforto térmico, a retirada de madeira Belezas e trilha na Mata do Xém-Xém em Bayeux - Paraíba em parques próximos a Fotos: Fransuelda Vieira Jornal Geografia Aplicada Página 5 Ensaio: formação de pessoal em biogeografia Por Paulo Rosa Cleytiane Santos da Silva A formação em Geografia com caráter mais aplicado tem encontrado algumas barreiras por conta de que a maioria dos formadores está voltada há uma concepção mais sociológica, por isso tem uma fort e ação “t eóric oconceitual”. Para contornarmos essa situação o que temos feito? Temos ido a campo para proceder leitura dos cenários contidos em paisagens específicas. A leitura deve ser seguida de descrição com fotos e desenhos. Esse trabalho ainda que elementar, procura-se dar condições aos estudantes para que eles possam sentir-se seguros e sem medo de atrever-se na descrição. Descrever, desenhar e fotografar estas técnicas são simples e tem permitido aos estudantes o exercício de representar os elementos contidos na paisagem. Fizemos esse exercício com a turma da disciplina de Biogeografia, fomos fazer uma descrição do cenário litorâneo biogeográfico na enseada do Cabo Branco (João Pessoa – PB). No entanto, antes de irmos a campo, foram necessárias algumas recomendações para que pudéssemos ter a nossa linguagem mais afinada no “geografês”. Anunciou-se preliminarmente sobre a questão dos três níveis propostos por Bertrand: Potencial Ecológico (PE); Exploração Biológica (EB) e Utilização antrópica (UA). A partir da compreensão desses três níveis o cenário que será descrito fica mais exposto a uma melhor visualização. O PE vem a ser os elementos que formam de forma intersectiva a paisagem, ou seja, os componentes abióticos – Clima – nos detemos mais no vento – direção e velocidade; hidrografia, vimos com mais atenção o mar, maré e corrente litorânea e o relevo, vimos com mais atenção a formação da planície costeira. Já a EB, detivemos nos processos sociais da vegetação como a ocupação e competição em que as populações vão se estabelecendo e que os limiares vão sendo moldados pela ação da competição interespecífica . Num último patamar pudemos ver que a competição não existe apenas no campo botânico, mas há também a UA e esta é uma ação forte que Com esses instrumentos deveriam medir os limiares dos fragmentos vegetais, confeccionando um croqui de cada fragmento verificando a sua área atual para promover um comparativo com a área retirada das imagens de satélite, além do registro de imagens onde se demonstra a exploração biológica por meio dos indientra em cena buscando se víduos vegetais e a utilizaestabelecer e enfraquecen- ção antrópica. do a formação de comunidadades biológicas mais fortes, não de forma de censo, mais sim como possibilidades de estimativas sobre as formas ocupacionais das populações instituídas e, estas como estão agindo para a formação de campos dunares na enseada. A área a ser estudada foi a enseada da praia O grupo de estudantes, dividido Cabo Branco, na costa dos em equipe de três pessoas litorânea de João Pessoa, foram a campo para procedecapital do Estado da Paraí- rem o trabalho de inventário e registro. ba. Essa enseada foi dividida em nove fragmentos de vegetação, onde cada trio de estudantes deveria realizar seus estudos.Os estudantes se utilizaram de alguns instrumentos para realizar essa atividade, como: trena, prancheta, lápis, maquina fotográfica e imagens de satélite do local, tanto de toda a área a ser inventariada como dos fragmentos específicos. Fotos: Paulo Rosa Jornal Geografia Aplicada Página 6 A Evolução do Geomarketing Por Italo Ramon Desde os primórdios da comercialização o homem vem buscando maneiras de destacar seus bens e serviços das mais variadas formas. O Geomarketing ou Marketing Geográfico nada mais é do que uma maneira de saber como o mercado se organiza no espaço. Através da obtenção de dados, seja por intermédio de pesquisas ou utilizando outras ferramentas é possível mapear esses dados. Com o mapeamento obtido podemos ver o mercado por outro ângulo e estabelecer estratégias de mercado que estejam de acordo com a realidade, em outras palavras, pode ter um melhor planejamento de vendas. O Geomarketing possibilita que as empresas dividam seus mercados por zonas geográficas, cada zona vai ter suas características e dessa forma será tratada de maneira diferenciada para o melhor aproveitamento da empresa. O Geomarketing vem evoluindo significativamente nos últimos anos, com o passar do tempo essa maneira de identificar as preferências do consumidor vem se transformando e muito, principalmente quando se fala em tecnologia. As empresas têm investido muito nas novas ferramentas tecnológicas. Um mapeamento de áreas de preferências por determinados serviços e produtos tornase um banco de dados valioso, quando se fala em Geomarketing. A utilização de GPS, celulares equipados com recursos específicos, tabletes e notebooks são fortes aliados desse marketing espacial. As facilidades hoje são tantas que o nosso planeta acaba sendo plano, já que todas as distâncias hoje são irrelevantes, quando se trata de comercialização de mercadorias e serviços. As empresas têm quebrado os tabus de distância com as vendas online. Vale salientar que as empresas hoje têm departamentos específicos para cuidar da sua imagem virtual, pois a internet mesmo sendo uma forte aliada nas comercializações de longa distância também pode gerar equívocos e comprometer a imagem. Por se tratar de um ambiente onde as pessoas podem expor várias idéias que podem se espalhar pelo mundo em questão de segundos, ao mesmo passo que encurta as negociações, pode destruir um nome que levou muitos anos para se firmar nesse mercado que está cada vez mais feroz. Com simples pesquisa no Google ou mesmo navegando no Google Earth é possível saber os restaurantes mais próximos, padarias, hospitais, há uma infinidade de produtos e serviços. Recentemente alguns celulares estão sendo equipados com recursos que recebem dados de restaurantes ou outros lugares próximos de acordo com os interesses do proprietário do aparelho. Funciona como uma planfetagem virtual, essas empresas emitem mensagens para os celulares próximos, dessa forma podendo atrair clientes da região. A cada dia as empresas tem se aprofundado mais nessa busca pelo perfil de seus clientes. O que Fonte: http://whatisgeo.com/wp-content/uploads/ geomarketing2.jpg Fonte www.2dayconsultoria.com.br201007geomarketing-nas -eleicoes-2010 dizer dos sites de compras coletivas que invadem as nossas caixas de email com as suas promoções? Essas promoções nos são mandadas de acordo com um bando de dados, onde está o nosso perfil de compra de acordo com os nossos interesses. Parem para pensar também: com um simples clique de seu mouse em um anúncio na internedownload que se faz, você está movimentando dinheiro. Cada clique contabiliza centavos, esses centavos são repassados para os idealizadores do site. Já imaginou quantas pessoas por dia clicam em um mesmo anúncio na in- ternet? Será que não é possível saber seu perfil de compra pela sua máquina? São essas e outras questões que vem revolucionado o mercado do consumo e muitas mudanças ainda estão por vir, pois o mundo hoje trabalha em uma velocidade impressionante. Pense nisso. Blog Geografia Aplicada h t t p : / / geografiaaplicada.blogspot.com/ Jornal Geografia Aplicada Página 7 Jornal Geografia Aplicada Responsável: Paulo Rosa Edição e Editoração: Ivo Lacerda e Diandra Soares GEMA—Grupo de Estudos de Metodologia e Aplicação Universidade Federal da Paraíba Cidade Universitária—Centro de Ciências Exatas e da Natureza— Departamento de Geociências João Pessoa - PB - CEP - 58059-900 O conteúdo deste JORNAL é regido pelos termos de licença do: O jornal Geografia Aplicada é um periódico que visa a interação e a divulgação de atividades desenvolvidas dentro da Geografia caracterizadas pela execução das habilitações dos geógrafos dentro de âmbito com característica profissional. Os artigos e notas aqui impressos são as representações de experiências vividas por profissionais ou por pessoas com interesses afins, ou seja, dentro do universo das habilidades pessoais de cada um a partir do reconhecimento dos mais diversos aspectos inerentes ao desempenho da profissão. 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