DA VELHA MALA Gilmar Pereira Lima Não trago coerência Não trago temor Muito menos ciência Ou filosofia. Somente esta velha mala, Aparentemente, vazia. Nela não cabem O dourado metal Nem flor Nem pesar Ou mágoa mal curada. Mas creio que seja de muita valia Esta mala que carrego Sem máscaras, Sem hipocrisia... Nela há um tanto de sonho... Mais nada. Pois carrego somente o amor, Do qual faço a poesia, Que compõe a minha estrada. #