VIII Semana Acadêmica e VIII Expedição Geográfica: Ensino, práticas e formação em Geografia 04 a 06 de setembro de 2013 ESCOLAS DE FRONTEIRA: UMA ANÁLISE DO DISCURSO TELEVISIVO PARA ALUNOS E PROFESSORES DE GEOGRAFIA EM NOVA SANTA ROSA Camila Heimerdinger1 Marli Terezinha Szumilo Schlosser2 Introdução As notícias da mídia a cada instante alcançam lugares mais distantes em tempo menor. Desse modo os meios de comunicação facilmente propagam notícias, embora estas não necessariamente sejam notícias, isso significa que podem ser uma informação para o conhecimento ou insipiência. As notícias da mídia podem ser de favorecimento a rede logística, influenciar a política ou o comportamento, pois a população se depara diariamente com comerciais sobre as novidades do mercado e com a insistência da propaganda os consumidores se “rendem” com a aquisição do produto e os leitores com a aceitação da notícia em muitos casos. Nessa perspectiva, quando se trata de escolas em áreas de fronteira, as relações desse espaço de transição são significativamente complexas, sendo que Margarete Frasson (2011, p. 12) as apresenta como um [...] espaço de contradição entre possibilidades e limites encontrados pelo aluno migrante enquanto sujeito fronteiriço [...] integrante de uma cultura híbrida apropriada pelas experiências de convivência no intercâmbio cultural, marcada pelo saber e pelo poder da família e da escola, fazendo com que, na confluência entre as duas nações, ele se torna estrangeiro do lado de lá e do lado de cá da fronteira, vivendo a fronteira cultural nos dois países, sendo analisado no contexto do lado de cá (Brasil) da fronteira. De acordo com isso, o objeto de estudo são alunos e professores do 9º ano vespertino do Ensino Fundamental, sendo que a problemática é a desinformação e manipulação da “sociedade” perante a ausência de conhecimento e análise dos discursos 1 Graduanda do Curso de Geografia - UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon-PR. Bolsista do Subprojeto “O ensino da Geografia: da teoria a prática”, PIBID/CAPES, 2011/2013; Membro do ENGEO – Grupo de Pesquisa em Ensino e Práticas de Geografia, número do Grupo 34953/2011, cadastrado junto a Unioeste. E-mail: [email protected] 2 Doutora em Geografia - Professora do curso de Geografia da UNIOESTE - Campus de Marechal Cândido Rondon/PR e do Programa de Mestrado da UNIOESTE – Campus de Francisco Beltrão. Integrante do Laboratório de Pesquisa LEG - Laboratório de Ensino de Geografia e Linha/Grupo de Pesquisa ENGEO - Ensino e Práticas de Geografia. E-mail: [email protected] VIII Semana Acadêmica e VIII Expedição Geográfica: Ensino, práticas e formação em Geografia 04 a 06 de setembro de 2013 elaborados pela mídia no mundo globalizado. A partir disso destaca-se que a mídia pode estar servindo os alunos, embora os alunos possam servir à mídia. As escolas que fazem parte da pesquisa são públicas, sendo uma delas o Colégio Estadual Marechal Gaspar Dutra – Ensino Fundamental e Médio que se localiza na cidade de Nova Santa Rosa e a outra é a Escola Estadual do Campo de Planalto – Ensino Fundamental, localizada no distrito de Planalto do Oeste no mesmo município. Vale ressaltar que, essa investigação se encontra em uma faixa fronteiriça, com pluralidades culturais e a partir disso procura-se conhecer o modo que esses professores e alunos de fronteira atendem e tratam o discurso da mídia televisiva na atualidade, sendo isso efetuado com a aplicação de questionários. Objetivos A pesquisa tem como objetivo geral, analisar o discurso da mídia para alunos e professores do 9º ano no Colégio Estadual Marechal Gaspar Dutra e a Escola Estadual do Campo de Planalto, no município de Nova Santa Rosa situadas na faixa de fronteira do Oeste do Paraná. A partir disso, busca-se esclarecer de acordo com alguns autores o conceito de mídia relatando seus discursos e desdobramentos na atualidade. O estudo também irá comparar as escolas apresentando o discurso da mídia sob o ponto de vista/interpretação de professores de Geografia e alunos do 9º ano. Contudo, a efetivação da pesquisa terá resultados que visam contribuir no ensino da Geografia perante a facilidade dos alunos contatarem-se aos discursos midiáticos. Metodologia De início esta pesquisa realizará um levantamento de bibliografias como contribuição teórica. Em seguida, será efetivada a apresentação do projeto para os diretores, bem como aos professores dos 9ºs anos dos colégios envolvidos. Posteriormente, questionários serão aplicados a alunos do 9º ano vespertino do Ensino Fundamental, bem como aos professores de Geografia das turmas de ambas as escolas. Como método investigativo da pesquisa, os alunos receberão questionários fechados com alternativas objetivas. A partir disso, serão aplicados 15 questionários por 9º ano estimando-se abranger aproximadamente 50% dos alunos de cada turma, sendo estes VIII Semana Acadêmica e VIII Expedição Geográfica: Ensino, práticas e formação em Geografia 04 a 06 de setembro de 2013 escolhidos aleatoriamente em sala de aula. Quanto aos professores que participarão da pesquisa, receberão questões abertas e fechadas. Com os resultados dos questionários serão realizadas comparações, reflexões e questionamentos em diálogo com os autores do levantamento bibliográfico. Referências Bibliográficas FRASSON, Margarete. Alunos “brasiguaios” em movimento na tríplice fronteira: novas possibilidades, novos limites na integração do aluno “brasiguaio” – 2001/2011. Francisco Beltrão, 2011. 16 p. Projeto de Pesquisa (Seleção Mestrado) – Universidade Estadual do Oeste do Paraná.