Untitled - Alergo ar

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Editoração Eletrônica
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Jornalista Responsável
Giselle Soares
Estagiárias de Jornalismo
Marina Braga e Aline Ferreira
Índice
ENTREVISTA
Metas para o controle da asma
04
COMPORTAMENTO
Automedicação em casos de dengue
06
SAÚDE
Testes alérgicos, por que fazer?
07
ESPECIAL
Epidemia de sarampo
na Europa causa alerta mundial
08
Unidades
Rio de janeiro
Barra da Tijuca
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Salas 140 e 141 - Condomínio Barra
Life Center - Tel: 2491-2860
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Madureira
Estrada do Portela, 99 - Grupo 1101
Vacinas: sala 1122 - Tel: 3359-4384
Tijuca
Rua Desembargador Izidro, 22 - Lj. B
Tel: 3515-0800
ALERGO AR SOCIAL
Associação São Martinho transforma vidas
CORPO HUMANO E SAÚDE
Gripe: Como se prevenir?
Administração: 3515-0800
Marcação de Consultas: 3515-0808
E-mail: [email protected]
www.alergoar.com.br
11
SAÚDE DA CRIANÇA
Vacinação: Melhor forma
de combate a coqueluche
Niterói
Centro
Rua da Conceição, 188 - Grupo 2308
Tel: 2622-1254
10
13
ACONTECE NA ALERGO AR
Alergo ar, trinta anos fazendo história
15
Revista Alergo ar - Nº 7 - Ano 3 / 2012
EDITORIAL
Mantenha os seus cuidados com
a chegada do outono
c
‘‘O aumento de
casos de sarampo
nos países da
Europa fez a
Organização
Mundial de Saúde
(OMS) emitir um
alerta em relação
à doença, que
vem tendo a sua
incidência
aumentada há
quatro anos.’’
hegou o outono, a estação caracterizada pelo amarelar das
folhas e pelas noites mais longas. É nessa época também
que ocorrem as mudanças bruscas de temperatura e a diminuição da umidade do ar, por isso os cuidados devem ser ainda
maiores com a saúde.
Especialistas brasileiros decidiram apoiar a meta lançada pela GINA
Brasil (Iniciativa Global Contra a Asma) para os próximos quatro anos, de
reduzir em 50% o número de internações causadas pela asma. Confira
mais informações na entrevista com a Sociedade Brasileira de Alergia e
Imunopatologia (ASBAI).
A automedicação, comum em casos de gripe e outras doenças,
deve ser evitada quando ha suspeita de dengue, pois essa prática pode
agravar o quadro da doença e levar à morte. Um indivíduo com suspeita ou com dengue, deve ingerir medicamentos apenas sob orientação
médica. Saiba mais sobre o assunto na seção Comportamento.
Ressecamento, coceira intensa e lesões avermelhadas fazem parte
dos sintomas de dermatite atópica. A doença alérgica e inflamatória da
pele, de origem genética, acomete principalmente as crianças, logo nos
primeiros anos de vida. Leia na seção Saúde.
O aumento de casos de sarampo nos países da Europa fez a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitir um alerta em relação à doença,
que vem tendo a sua incidência aumentada há quatro anos. Somente
em 2011 foram 26 mil novos casos notificados em todo o mundo. Confira por que o programa de vacinação é tão importante para a redução
das ocorrências na seção Especial.
Crianças e jovens que têm seus direitos violados encontram na Associação Beneficente São Martinho projetos que transformam a realidade dura em que vivem em aprendizado. Conheça a entidade e os
projetos culturais desenvolvidos por ela na seção Alergo ar Social.
Entenda também os sintomas do vírus influenza, popularmente conhecido como vírus da gripe, na seção Corpo Humano e Saúde. Saiba
como se prevenir e aprenda a diferença entre resfriado e gripe.
Na seção Saúde da Criança, descubra a melhor forma de combater
a coqueluche, conhecida popularmente como tosse comprida.
Esse ano a Alergo ar comemora seus 30 anos. Na seção Acontece na
Alergo ar conheça um pouco da história da clínica e da sua evolução.
Aproveite e boa leitura!
03
ENTREVISTA
Metas para o controle da asma
Durante congresso realizado em novembro de 2011, especialistas brasileiros decidiram
apoiar a meta lançada pela GINA Brasil (Iniciativa Global Contra a Asma) para os próximos
quatro anos: reduzir em 50% o número de internações. Entrevista com a Diretotia da
Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI) aborda os principais subtemas
debatidos no XXXVIII Congresso Brasileiro de Alergia e Imunopatologia, como a relação
entre a asma e a automedicação, a obesidade, além das suas causas.
1. O que é asma e como ela
se desenvolve?
Asma é uma doença inflamatória, obstrutiva, de natureza alérgica das vias aéreas
inferiores (brônquios). Há uma
reatividade exagerada do indivíduo a diversos estímulos
como partículas alergênicas,
irritantes, poluentes, exercícios
físicos, mudanças de temperatura ambiente, etc.
2. Quais são os sintomas da
asma e os principais riscos
do seu agravamento?
O asmático tem tosse frequente, prolongada, em geral
noturna, que pode prejudicar o sono. Nem sempre tem
expectoração. O chiado no
peito é outra característica
do asmático, acompanhado
de dificuldade para respirar
e opressão no peito. Os sintomas podem estar combinados ou ocorrer isoladamente.
Assim, uma criança que tem
tosse crônica pode ser asmática. Falta de ar quando pratica exercícios físicos é outra
manifestação da asma.
04
A asma é uma doença
que atinge de 10 a 20% da
população brasileira e é responsável por cerca de 400
mil internações hospitalares. Sem contar com os vários transtornos causados
no dia a dia, como faltas ao
trabalho e à escola. Cerca de
80% dos pacientes com asma
apresentam causa alérgica e
78% desses pacientes sofrem,
também, de rinite alérgica.
4. O que é GINA (Iniciativa
Global Contra a Asma) ?
O GINA (Iniciativa Global
contra a asma) é uma ONG internacional que chegou no Brasil durante a campanha mundial “2010 – O ano do pulmão”
afirmando-se como um dos
membros mais ativos da Aliança
Global contra as Doenças Respiratórias Crônicas (GARD) liderada pela Organização Mundial da
Saúde (OMS).
3. A asma foi amplamente
debatida no XXXVIII
Congresso Brasileiro de
Alergia e Imunopatologia.
A que se deve este destaque?
Dentre as doenças respiratórias, a asma é a segunda
maior causa de hospitalizações no país e, entre 1998 e
2003, a doença foi responsável por mais de 23.700 óbitos.
Diante desta realidade, os especialistas decidiram apoiar
a meta lançada pela GINA
Brasil (Iniciativa Global Contra a Asma) para os próximos
quatro anos: reduzir em 50% o
número de internações.
5. Atualmente como é
realizado o tratamento
para asma?
Existem vários tipos de
remédios para tratar a asma,
mas pode-se dividir em dois
grupos: remédios aliviadores,
para aliviar sintomas e tratar
as crises da doença; e remédios controladores, que atuam
na inflamação dos brônquios,
controlam a doença e evitam
novas crises. O tratamento
pode ser feito com a utilização
de medicações por via inalada sob a forma de sprays (conhecidas como “bombinhas”),
nebulização ou como inalado-
Revista Alergo ar - Nº 7 - Ano 3 / 2012
res de pó seco. Outra maneira
importante de prevenir é ressaltar que a higiene ambiental deve ser feita com rigor na
casa dos pacientes que sofrem
da doença.
6. Qual a relação entre
a asma e a obesidade?
A obesidade é um fator de
risco para a asma.
7. Quais os riscos da
automedicação?
Existe uma característica
genética que determina se o
paciente vai responder ou não
e como o seu organismo reagirá a um determinado medicamento e, portanto, nem todos
os medicamentos utilizados
para tratar as doenças alérgicas apresentam as exigências
da prescrição médica. No entanto, possuem efeitos colaterais que podem levar o paciente a situações de extrema
gravidade como, por exemplo,
acidentes de trabalho. Especialistas ressaltam que, em
hipótese alguma, o paciente
deve consumir o
medicamento sem
antes consultar um
especialista.
8. Quais são
as principais
causas para o
desenvolvimento
da asma? Como
as crises asmáticas podem ser
evitadas ou controladas?
São desencadeantes de crises de asma: exposição ou contato com alérgenos (partículas
que causam alergia) como a
poeira, mofo e pelo de animais,
assim como, irritantes (odores
fortes de perfumes, materiais de
limpeza, etc.) e poluentes intradomiciliares (cigarro, fumaça de
fogão, etc.) e de fora da casa (resíduos industriais e de queima
de combustível), infecções (resfriados), exercícios, mudanças
de clima, etc.
Para evitar a asma, o ambiente em que o asmático
vive deve ser o mais higiêni-
co possível, visando restringir
o contato do paciente com
elementos
desencadeantes
de crise, sejam alérgenos ou
irritantes. Recomenda-se não
ter fumantes no ambiente
domiciliar. Os animais devem
ser mantidos fora de casa, ou
no mínimo, não entrarem nos
quartos. Colchões e travesseiros devem ser forrados com
material impermeável e este
forro lavado periodicamente.
Alguns desinfetantes podem
reduzir a proliferação de ácaros em casa. Baratas devem
ser combatidas, pois estão relacionadas à alergia e maior
gravidade da asma.
05
COMPORTAMENTO
Automedicação em casos de dengue
A
costumados a automedicação em casos de
gripe e outras doenças
comuns, muitas vezes as pessoas tomam medicamentos para
aliviar o mal-estar, mesmo sem
saber o que de fato estão sentindo ou o que está lhe causando os sintomas. Um indivíduo
com dengue, ou com suspeita
de ter a doença, deve ingerir
medicamentos sob orientação
médica, pois a automedicação
pode agravar o quadro da doença e levar à morte.
Em casos de dengue os medicamentos que devem ser evitados são: AAS, Aspirina, Melhoral,
Voltaren, Scaflan e outros, pois
favorecem o surgimento de hemorragias por interferir no processo de coagulação do sangue.
Não há um tratamento específico para a dengue clássica,
logo a atenção médica se volta
para o fortalecimento do organismo para que ele próprio tenha condições para combater
o vírus. Recomenda-se repouso,
aumento da ingestão de líquidos, e medicamentos apenas
para reduzir as dores e a febre.
Vacina contra a dengue
Pesquisas foram realizadas e
o Ministério da Saúde autorizou
a realização de testes da vacina
contra a dengue em alguns estados brasileiros. Pesquisadores usaram material genético
06
do vírus da vacina contra a febre amarela, que é muito parecido com o vírus da dengue, e
inseriram amostras de quatro
tipos de vírus da dengue. Uma
associação que protege, mas
não causa doença.
Concluídos os testes com
êxito, a vacina deverá ser registrada pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária para, então,
ser distribuída. Enquanto isso,
a população deve continuar
se protegendo contra a dengue, evitando a proliferação
do mosquito transmissor da
doença.
O vírus tipo 4, causa os
mesmo sintomas que os
demais, no entanto, por
ser novo, tem maior
potencial para
desencadear
um epidemia,
pois muitas
pessoas estão
susceptíveis a
sua infecção.
Novo tipo de
dengue
Existem ao todo
quatro diferentes tipos de vírus
da dengue em
circulação.
Os vírus 1,
2 e 3 têm
causado,
todos os
verões, um
novo surto da
doença, que se
repete devido à infecção por
um vírus de tipo diferente
do anteriormente contraído.
Recentemente, foi notificada
no Brasil a presença do vírus
tipo 4, que não era encontrado em território brasileiro há
quase 30 anos.
Fontes: Portal da Saúde, Site
da Fiocruz e Site do Dr. Dráuzio Varella.
Revista Alergo ar - Nº 7 - Ano 3 / 2012
SAÚDE
Testes alérgicos, por que fazer?
I
rritações na pele, urticária, tosse, vômitos,
diarreia, coriza, etc.
São inúmeros os sintomas da
alergia, uma doença crônica,
fruto de uma reação imunológica exagerada por intolerância do organismo a determinadas substâncias físicas,
químicas ou biológicas.
A melhor maneira de detectar esses agentes desencadeadores (alérgenos) e de apontar
o tratamento adequado para
cada paciente é realizando os
testes de alergia, também chamados de alergo imuno diagnósticos. Os testes, além de
definirem a natureza alérgica
dos sintomas, avaliam também
o grau de sensibilização do indivíduo.
Existem vários tipos de testes alérgicos. Em geral, podemos dividi-los em dois grupos:
os testes de pele e os feitos a
partir de análise sanguínea.
Os tipos de testes mais realizados são:
- “Prick Test”, epicutâneo ou
punctura: É um procedimento rápido e indolor, no qual são introduzidas pequenas quantidades
de alérgenos no antebraço do
paciente, através de um pequeno furo na pele. São testados vários alérgenos de cada vez e depois observa-se o local por cerca
de 20 minutos. Caso haja alguma
reação, o teste é positivo.
- Teste intradérmico: Através
de injeção na pele, é colocada
uma pequena quantidade de
alérgenos. Geralmente, é feito
para identificar as substâncias
desencadeadoras em pacientes que possuem uma alergia
fraca e, por isso, não foram detectadas no “prick test”.
‘‘os testes alérgicos
são de extrema
importância
e podem ser
realizados em
adultos e crianças
de qualquer idade
que apresentem
sintomas de doença
alérgica...’’
- Teste de contato ou Patch
Test: É usado para detectar a
fonte de urticárias e dermatites de contato. Durante o exame, a solução contendo possíveis alérgenos é colocada nas
costas do paciente, por meio
de adesivos, que são retirados
cerca de 48 horas após o exame. Caso seja notada alguma
ocorrência de reação no local,
o teste é positivo.
- Teste sanguíneo: É realizado em laboratórios, a partir da coleta do sangue do
paciente, com o objetivo de
medir a quantidade de anticorpos produzidos pelo organismo quando exposto a um
alérgeno. É feito em pacientes que não podem realizar
os testes cutâneos devido ao
uso de certos medicamentos
ou de serem portadores de
doenças de pele.
- Testes de provocação: Consistem na introdução de pequena quantidade de substâncias
suspeitas, por via oral, inalatória ou diretamente no local
onde ocorre a alergia. Os testes
orais são utilizados para os casos de alergias alimentares, e
os nasais, ou de broncoprovocação, para alergias respiratórias. Esses testes são realizados
raramente, e quando indicados,
devem ser feitos sob vigilância
cuidadosa do médico.
Vale lembrar que os testes
alérgicos são de extrema importância e podem ser realizados em adultos e crianças de
qualquer idade, que apresentem sintomas de doença alérgica. Portanto, não hesite em
fazê-los caso solicitado, procure o seu médico e garanta a
sua qualidade de vida.
Fonte: Associação Brasileira de
Alergia e Imunopatologia
07
ESPECIAL
Epidemia de sarampo
na Europa causa alerta mundial
O
aumento do número
de casos de sarampo
nos países da Europa
fez a Organização Mundial de
Saúde (OMS) emitir um alerta em relação à doença, que
vem tendo a sua incidência
aumentada há quatro anos.
Somente em 2011, foram 26
mil novos casos notificados
em todo o mundo. A vacina
contra o sarampo foi incluída
no calendário de vacinação
na década de 80 e, por isso,
alguns adultos podem estar
susceptíveis à doença.
Devido ao surto na Europa,
foi realizada uma campanha
de vacinação que imunizou
crianças de um ano a menores de sete, logo no segundo
semestre de 2011. O intenso
fluxo de turistas europeus no
Brasil resulta em importação
do vírus de genótipo D4, que
atualmente circula na Europa.
Estados e municípios brasileiros notificaram ao Ministério
da Saúde a ocorrência de 18
casos de sarampo em 2011,
número este que não se estendeu graças à vacinação.
As ocorrências foram relatadas em sete estados brasileiros e todos os casos são considerados importados, já que,
desde 2001, o vírus selvagem
08
não circula no país. O controle
da doença no Brasil se deu por
meio da vacinação, que precisa ter seu esquema completo
para garantir a imunidade.
Entre 2001 e 2005, foram
registrados no Brasil apenas 10
casos da doença, todos importados. Em 2006, foram notificados 57 casos, todos na Bahia
e de origem desconhecida. O
aumento da incidência da doença gera preocupação quanto à imunização da população
brasileira, que, por pouco ouvir
sobre o sarampo, desconhece
os seus riscos e a importância
da vacinação.
O sarampo é uma doença
infecto-contagiosa transmitida de pessoa para pessoa por
meio de secreções das vias
respiratórias, como gotículas
eliminadas através do espirro
ou da tosse. Altamente contagiosa, a doença também pode
ser propagada através de partículas suspensas no ar, o que
torna o ambiente fechado propício para a sua disseminação.
A infecção pelo vírus do gênero Morbillivirus, causador do
sarampo, provoca o desenvolvimento de anticorpos que impedirão uma reinfecção. Logo,
só se desenvolve a doença apenas uma vez.
O diagnóstico da doença pode
ser feito por meio da análise clínica
dos sintomas ou através de exame
de sangue.
O vírus
O período de transmissão
varia de quatro a seis dias antes do aparecimento de manchas vermelhas (exantemas) e
estende até quatro dias depois.
O estado nutricional e a imunidade do indivíduo influenciam
na gravidade da doença, que,
entre as contagiosas, é a principal causa de mortalidade de
crianças com menos de cinco
anos de idade. Estes fatores interferem não só no desenvolvimento da patologia, como podem torná-la uma epidemia.
Prevenção
Acompanhar o calendário
de vacinação proposto pelo
Ministério da Saúde é essencial para se prevenir contra o
sarampo, que pode ser considerada uma doença grave,
principalmente se contraída
por indivíduos com baixa imunidade e gestantes. Essa responsabilidade começa cedo
para os pais, pois a vacina contra a doença deve ser aplicada em duas doses a partir do
nono mês de vida da criança.
Revista Alergo ar - Nº 7 - Ano 3 / 2012
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) recomenda a vacina a todos os
viajantes, pois o vírus em circulação no exterior poderá
ser contraído e trazido para o
território nacional, assim como
nos casos notificados nos últimos anos. A vacina demora
cerca de 15 dias para estabelecer a imunidade no organismo,
por isso deve ser tomada com
antecedência.
A pessoa com sarampo
apresenta manchas avermelhadas na pele (exantema
maculopapular eritematoso),
que aparecem no rosto e se
estendem em direção aos
pés, febre, tosse, mal-estar,
conjuntivite, coriza, perda do
apetite e manchas brancas na
parte interna das bochechas
(exantema de Koplik).
O sarampo pode trazer muitos problemas à saúde do
infectado, pois a morte por
essa doença é decorrente de
complicações como pneumonia, otite média, broncopneumonia, diarreia e encefalite.
Em gestantes, pode provocar
aborto ou parto prematuro.
Tratamento
A vacina contra o sarampo
é eficaz em 97% dos casos. Mu-
lheres grávidas, pessoas imunossuprimidas, adultos que não
foram vacinados e não tiveram
sarampo na infância, devem
tomar a vacina, para diminuir o
risco de contrair a doença.
Não há tratamento específico para o sarampo, por isso as
medidas visam apenas aliviar
os sintomas, o que ressalta a
importância da vacina.
Durante a infecção é necessário que o indivíduo faça repouso, beba bastante líquido,
coma alimentos leves, limpe os
olhos com água morna e faça
uso de antitérmicos para baixar
a febre. Em alguns casos, há necessidade de tratamento para o
aumento de imunidade.
Fontes: Portal da Saúde e Site do
Dráuzio Varella.
Alergo ar Social
Associação São Martinho
transforma vidas
C
rianças e jovens que
têm seus direitos violados encontram na
Associação Beneficente São
Martinho projetos que transformam a realidade dura em que
vivem em aprendizado. Há mais
de 27 anos, a São Martinho, entidade que atua na área da infância e juventude, resgata das ruas
e das comunidades carentes,
crianças e jovens entre seis e 18
anos de idade, que não desfrutam dos direitos fundamentais
como acesso à saúde, alimentação, educação, lazer, profissionalização, cultura, dignidade,
respeito, liberdade, além de convivência familiar e comunitária.
Quando acolhidos pela Associação, os jovens passam a participar de atividades culturais e
educativas após o horário escolar, possuem defesa jurídico-so-
cial, que contribui para a garantia de seus direitos e formação
como cidadãos, conforme prevê
o Estatuto da Criança e do Adolescente, além de serem preparados para o mercado formal de
trabalho (Lei do Aprendiz).
Atualmente, a São Martinho
trabalha através de quatro programas: Ao Encontro dos Meninos e Meninas em Situação
de Rua, que tem como objetivo
possibilitar o retorno dos jovens
ao convívio familiar e comunitário; Educagente Centro Cultural,
que oferece a oportunidade de
acesso à educação, cultura, esporte e lazer; Mundo do Trabalho, que coopera para o ingresso
dos jovens no mercado formal
de trabalho, em conformidade com a Lei do Aprendiz; e o
Centro de Defesa Dom Luciano
Mendes de Almeida, que pres-
ta assistência social-jurídica a
crianças, jovens e suas famílias.
O trabalho realizado pela
Fundação gera frutos palpáveis,
como mostram os números. Nos
últimos cinco anos a equipe
multidisciplinar da São Martinho
atendeu mais de 10 mil crianças
e jovens. 450 foram reinseridas
em suas famílias e/ou famílias
extensivas ou encaminhadas a
um abrigo voluntário e quatro
mil jovens (16 a18 anos) foram
formalmente incluídos no mercado de trabalho.
As parcerias que a Associação possui são fundamentais
para o sucesso das ações realizadas. Qualquer pessoa pode se
tornar voluntária da São Martinho. Para ajudar a instituição é
necessário participar presencialmente dos projetos e ações
ou através de doações que podem ser desde materiais escolares, artísticos, roupas, material
de higiene pessoal, material de
limpeza e lanches.
Para saber mais sobre a São
Martinho, faça contato através
dos telefones: (21) 2156-6502 /
2156-7700 ou envie uma mensagem para o e-mail: doacoes@
saomartinho.org.br
Conheça também o site da Associação: www.saomartinho.org.br.
Crianças e jovens pela
Associação São Martinho
Revista Alergo ar - Nº 7 - Ano 3 / 2012
CORPO HUMANO
E SAÚDE
Gripe: Como se prevenir?
A
tualmente, os vírus influenza infectam em
média, 5% a 10% da população mundial e causam aproximadamente 500 mil mortes por
ano. A influenza, popularmente
conhecida como gripe, é uma infecção do sistema respiratório que
geralmente evolui para cura completa devido à reação do próprio
organismo humano à ação do vírus. Em indivíduos com baixa imunidade, a doença pode predispor
o desenvolvimento de outras mais
graves, como pneumonia.
Dentre os sintomas da doença, estão: febre alta (acima de
38ºC), dores musculares, de cabeça, de garganta, tosse seca, calafrios, fraqueza, espirros e coriza.
O principal sintoma é a febre, que
dura cerca de três dias. Os outros
sintomas ficam mais evidentes
com o avanço da doença.
Transmissão
A gripe pode ser transmitida
pelo contato com as secreções
das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao falar, espirrar,
ou tossir; ou por meio das mãos
que, após contato com superfícies contaminadas, podem levar
o agente infeccioso diretamente
para a boca, nariz e olhos. O período de transmissão da doença é
de dois dias antes até cinco dias
após o início dos sintomas.
11
Corpo Humano e Saúde
No inverno há maior número
de gripes devido às aglomerações
em ambientes fechados e não ao
frio. A proximidade entre as pessoas facilita que o vírus seja transmitido, assim, o frio não causa a gripe,
porém cria um ambiente suscetível
para que o vírus se instale.
Resfriado ou gripe?
Muitas pessoas confundem
resfriado com gripe. Embora os
sintomas sejam parecidos, se
tratam de doenças diferentes.
O resfriado é mais brando que a
gripe, e dura em média de dois a
quatro dias, podendo ser causado por vários tipos de vírus, sendo o Rinovírus o mais comum.
Já a gripe é causada pelo vírus
Influenza e dura aproximadamente duas semanas.
Ambas apresentam sintomas
relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores,
como congestão nasal, secreção
nasal (rinorreia), tosse, rouquidão,
dores musculares (mialgia) e dor
de cabeça (cefaleia). Porém, na gripe o infectado tem febre alta e os
sintomas aparecem subitamente
ao contrário do resfriado, em que
eles surgem gradualmente.
Formas de tratamento
Na maioria dos casos o tratamento é realizado com analgésicos, antitérmicos, repouso e
hidratação. Em alguns, são utilizados medicamentos antivirais que
atuam especificamente sobre os
vírus. Em quadros em que há complicações, como infecções bacterianas, poderão ser prescritos antibióticos, que desde novembro de
2010 são vendidos mediante receita e devem ser usados apenas
sob orientação médica.
12
Vacina, a melhor
prevenção
A melhor forma de prevenir a
gripe é através da vacinação, que
deve ser anual, devido à mutação dos vírus. A composição da
vacina varia de acordo com os
vírus que estão em circulação,
dos quais os três principais são
selecionados pela Organização
Mundial de Saúde (OMS). Por
isso, mesmo após a vacinação,
ainda existe a chance de se contrair a doença, causada por um
vírus que passou por uma mutação e é diferente daqueles selecionados para a vacina. Nestes
casos, a vacina funciona como
um apaziguador, que reduz a potência da gripe e, consequentemente, as chances de complicação. Em geral, a pessoa demora
duas semanas para desenvolver
os anticorpos adequados, logo a
vacina deve ser tomada no outono, antes do frio chegar, para que
o organismo tenha tempo para
atingir o estágio ideal de defesa.
Dentre os benefícios da vacina, estão a proteção contra o
vírus influenza e as complicações da gripe. Qualquer pessoa
a partir dos seis meses de vida
pode tomar a vacina, desde que
não tenha alergia a ovo, uma
vez que esta vacina é produzida
em ovos de galinha.
Os grupos de risco, que têm
maior chance de desenvolver
complicações da doença são:
- Crianças de seis a 18 meses
que estejam recebendo tratamento com aspirina;
- Adultos e crianças portadoras
de doenças pulmonares crônicas (incluindo asma) ou doenças
cardiovasculares; que estejam
sendo tratadas de doenças metabólicas crônicas (como diabetes), disfunção renal ou com deficiência imunológica (incluindo
infecção pelo HIV);
- Mulheres que estarão no segundo trimestre de gravidez
quando chegar a “estação de gripe” (de junho a agosto, no Brasil);
- Homens e mulheres a partir
dos 50 anos;
- Profissionais que trabalham
em creches, orfanatos e casas
de repouso.
Fontes: Associação Brasileira
de Alergia e Imunopatologia, site
Dr. Dráuzio Varella e do Ministério
da Saúde.
Revista Alergo ar - Nº 7 - Ano 3 / 2012
SAÚDE DA CRIANÇA
Vacinação: melhor forma
de combate a coqueluche
P
opularmente conhecida como tosse comprida, a coqueluche voltou a preocupar o Ministério da
Saúde. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS),
em 2011 foram registrados mais
de 500 casos de coqueluche no
país, mais que o dobro dos casos
confirmados em 2010. A imunidade oferecida pela vacina tríplice clássica, incluída no Programa
Nacional de Imunização do Ministério da Saúde e encontrada
em clínica particulares, dura em
torno de cinco a dez anos e, depois disso, todos voltam a estar
susceptíveis à doença.
A coqueluche é uma doença
infecto-contagiosa transmissível
que compromete o aparelho respiratório (traqueia e brônquios).
De início, os sintomas da infecção
são semelhantes aos de uma gripe ou resfriado, mas logo se intensificam, causando desconforto.
A vacina contra a coqueluche
é a tríplice clássica (DPT), que previne também contra a difteria e
o tétano. Incluída no Calendário
Básico de Vacinação da Criança
do Ministério da Saúde, a vacina
deve ser ministrada aos dois, quatro e seis meses de idade, com doses de reforço aos 15 meses e aos
quatro anos de idade. A infecção
pode ocorrer mais de uma vez e
ainda em indivíduos já vacinados,
após o fim do período de imunidade oferecido pela vacina. Por
isso, tosse seca e constante por
mais de duas semanas, pode ser
sinal de coqueluche.
Transmissão
A bactéria Bordetella Pertussis, causadora da coqueluche,
pode ser transmitida através
do contato direto com a pessoa
infectada ou por meio de gotículas eliminadas pelo doente ao
tossir, espirrar ou falar.
Confirmada a doença, o indivíduo deve tomar alguns cuidados importantes para não
disseminar a doença, que é altamente contagiosa. O infectado
deve evitar ambientes coletivos
e procurar lugares ventilados
durante todo período de transmissão, que dura duas semanas.
Apesar de menos frequente,
a doença também pode ser
transmitida através de materiais
contaminados. Por isso, objetos
como talheres, pratos e copos
devem ser separados para uso
exclusivo, e as mãos devem ser
lavadas antes e depois de entrar
em contato com outras pessoas.
Os adultos suscetíveis à doença se tornam os principais
transmissores da bactéria para
o grupo de risco, que inclui
crianças lactentes e menores
de um ano. Por isso a Sociedade
13
Saúde da Criança
Brasileira de Imunizações (SBIm)
recomenda a vacinação de adultos que convivem com grupo de
crianças. Os idosos correm um
risco ainda maior. Se dependentes exclusivamente do Serviço
Público, que oferece a vacina
apenas para crianças, estarão
sujeitos ao desenvolvimento da
infecção e são também propensos a ter complicações da doença, devido à baixa imunidade.
Sintomas
O período de manifestação
da coqueluche varia entre sete e
17 dias. Os sintomas duram cerca de seis semanas e podem ser
divididos em três estágios:
Catarral - período que dura
uma ou duas semanas, no qual
há febre baixa, coriza, espirros,
lacrimejamento, falta de apetite,
mal-estar e tosse noturna. Sintomas que, nessa fase, podem ser
confundidos com os da gripe e
resfriados comuns.
Paroxístico - estágio de duas
semanas, em que ocorrem acessos de tosse paroxística, ou seja,
tosse seca e repentina, incontrolável, com tossidas rápidas e
curtas em uma única expiração,
ou espasmódicas (involuntárias). De início esses episódios
são breves, mas ocorrem um
atrás do outro, sem que o indivíduo tenha condições de respirar entre eles. A inspiração profunda, entre uma tosse e outra,
pode provocar um ruído agudo,
semelhante ao de um guincho.
A falta de ar pode deixar a face
azulada (cianose) e ainda provocar vômitos.
Convalescença - etapa final
da doença, na qual o organismo
começa a se restabelecer. Em
14
geral, a partir da quarta semana
os sintomas vão regredindo até
desaparecerem completamente.
Diagnóstico
Na maioria dos casos o
diagnóstico é clínico, ou seja,
obtido através da avaliação
dos sintomas e queixas apresentadas. Exames laboratoriais
podem ajudar a determinar a
presença da bactéria Bordetella
Pertussis, através da análise de
secreções da nasofaringe, parte interna do nariz.
Complicações
A coqueluche pode evoluir
para quadros graves principalmente nas crianças lactentes e
nos idosos, causando complicações respiratórias como a pneumonia e outras complicações
neurológicas, hemorrágicas e desidratação.
Tratamento
O tratamento
geralmente é ambulatorial e feito em
casa, com acompanhamento médico. O
paciente faz uso de antibióticos que devem ser
tomados por um
período de 14
dias sem intervalo. Caso
haja complicações e o paciente
precise de suporte de oxigênio e alimentação por via que
não seja a oral, será necessária
a internação.
De acordo com a Associação
Brasileira de Imunizações (SBIm),
todas as pessoas que tiveram
contatos próximos com infectados, como os familiares, amigos,
colegas de escola ou de trabalho, devem receber uma dose da
vacina dTpa, que previne contra
difteria, tétano e coqueluche.
A vacina dTpa é encontrada
apenas em clínicas
particulares.
Fontes: Site do Dráuzio Varella,
Site da Sociedade Brasileira de
Infectologia e Portal da Saúde.
Revista Alergo ar - Nº 7 - Ano 3 / 2012
Alergo ar, trinta anos
fazendo história
H
á 30 anos, surgia a
Alergo ar, fruto de um
sonho do especialista
em alergia e pneumologia, Dr.
José Roberto Zimmerman. Mais
tarde os doutores Leonardo Ferreira Zimmerman, Milton Galper
Posener e Rogério Nogueira
de Melo se juntariam a ele na
direção do serviço, contribuindo desta forma para
a profissionalização
da clínica e para sua
ampliação, transformando a Alergo ar
no que ela é hoje.
Sua primeira
unidade criada foi
a do Centro, depois surgiram a de
Madureira, a da Tijuca e de Niterói. A
Alergo ar se prepara
para inaugurar este na
o, sua quinta filial, que
será localizada na Barra
da Tijuca.
No início, a clínica oferecia
atendimento apenas na especialidade de Pneumologia. Com
o tempo, a diretoria percebeu
a necessidade de ampliar sua
atuação e oferecer aos pacientes um tratamento integrado,
e atualmente, a clínica oferece atendimento nas áreas de
Alergologia, Pneumologia e
Dermatologia, e são realizados
os tratamentos de imunoterapia, vacinação e antitabagismo,
além de pequenos procedimentos, testes alérgicos e prova de
função pulmonar.
Nesses 30 anos de história,
a empresa foi casa de inúmeros
médicos e, alguns deles, continuam até hoje. Dr. Rogério Nogueira, especializado em Alergologia
e Pneumologia, integra a equipe
desde setembro de 1992 e percebeu nesses 20 anos na empresa, a melhora expressiva nas instalações de todas as unidades e
da imagem do grupo.“Agradeço
ACONTECE
NA ALERGO AR
o privilégio de trabalhar em
uma empresa que proporciona
um bem-estar aos funcionários
e clientes’’, ressalta ele.
Há 16 anos na clínica, a especialista em Alergologia e Pneumologia, Dra. Vera Lúcia Mesquita, se orgulha do crescimento da
mesma e do fato de ser a maior
do Rio de Janeiro na área. Além
disso, a alergologista destaca a união e eficiência
da equipe. “Parabenizo
toda equipe da Alergo ar, que com união
e eficiência consegue superar os
obstáculos diários”,
enfatiza ela.
A alergologista
e pneumologista,
Dra. Mônica Cosenza, que atua na clínica desde 1997, aponta
a melhora do ambiente
de trabalho e as constantes
pesquisas, informativos e impressos como aspectos importantes da evolução da empresa.
“Quero parabenizar o criador da
Alergo ar, o Dr. José Roberto, e
todos da equipe, pois sem eles
a clínica não teria se transformado no que é hoje’’, diz ela.
Toda equipe Alergo ar agradece a confiança depositada
pelos clientes nestes 30 anos.
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