EXPEDIENTE Diretoria José Roberto Zimmerman CRM 52.13458-0 Milton Galper Posener CRM 52.13695-2 Leonardo Ferreira Zimmerman CRM 52.77204-6 Rogério Nogueira de Melo CRM 52.56012-8 Silnice Quintela Administradora Produzido por Selles & Henning Comunicação Integrada Projeto Gráfico Patrícia Ouvinha Editoração Eletrônica Leonardo Rocha Jornalista Responsável Giselle Soares Estagiárias de Jornalismo Marina Braga e Aline Ferreira Índice ENTREVISTA Metas para o controle da asma 04 COMPORTAMENTO Automedicação em casos de dengue 06 SAÚDE Testes alérgicos, por que fazer? 07 ESPECIAL Epidemia de sarampo na Europa causa alerta mundial 08 Unidades Rio de janeiro Barra da Tijuca Av. Armando Lombardi, 1000 - Bloco II Salas 140 e 141 - Condomínio Barra Life Center - Tel: 2491-2860 Centro Rua Sete de Setembro, 92 - Grupo 905 Tel: 2224-1594 Madureira Estrada do Portela, 99 - Grupo 1101 Vacinas: sala 1122 - Tel: 3359-4384 Tijuca Rua Desembargador Izidro, 22 - Lj. B Tel: 3515-0800 ALERGO AR SOCIAL Associação São Martinho transforma vidas CORPO HUMANO E SAÚDE Gripe: Como se prevenir? Administração: 3515-0800 Marcação de Consultas: 3515-0808 E-mail: [email protected] www.alergoar.com.br 11 SAÚDE DA CRIANÇA Vacinação: Melhor forma de combate a coqueluche Niterói Centro Rua da Conceição, 188 - Grupo 2308 Tel: 2622-1254 10 13 ACONTECE NA ALERGO AR Alergo ar, trinta anos fazendo história 15 Revista Alergo ar - Nº 7 - Ano 3 / 2012 EDITORIAL Mantenha os seus cuidados com a chegada do outono c ‘‘O aumento de casos de sarampo nos países da Europa fez a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitir um alerta em relação à doença, que vem tendo a sua incidência aumentada há quatro anos.’’ hegou o outono, a estação caracterizada pelo amarelar das folhas e pelas noites mais longas. É nessa época também que ocorrem as mudanças bruscas de temperatura e a diminuição da umidade do ar, por isso os cuidados devem ser ainda maiores com a saúde. Especialistas brasileiros decidiram apoiar a meta lançada pela GINA Brasil (Iniciativa Global Contra a Asma) para os próximos quatro anos, de reduzir em 50% o número de internações causadas pela asma. Confira mais informações na entrevista com a Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI). A automedicação, comum em casos de gripe e outras doenças, deve ser evitada quando ha suspeita de dengue, pois essa prática pode agravar o quadro da doença e levar à morte. Um indivíduo com suspeita ou com dengue, deve ingerir medicamentos apenas sob orientação médica. Saiba mais sobre o assunto na seção Comportamento. Ressecamento, coceira intensa e lesões avermelhadas fazem parte dos sintomas de dermatite atópica. A doença alérgica e inflamatória da pele, de origem genética, acomete principalmente as crianças, logo nos primeiros anos de vida. Leia na seção Saúde. O aumento de casos de sarampo nos países da Europa fez a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitir um alerta em relação à doença, que vem tendo a sua incidência aumentada há quatro anos. Somente em 2011 foram 26 mil novos casos notificados em todo o mundo. Confira por que o programa de vacinação é tão importante para a redução das ocorrências na seção Especial. Crianças e jovens que têm seus direitos violados encontram na Associação Beneficente São Martinho projetos que transformam a realidade dura em que vivem em aprendizado. Conheça a entidade e os projetos culturais desenvolvidos por ela na seção Alergo ar Social. Entenda também os sintomas do vírus influenza, popularmente conhecido como vírus da gripe, na seção Corpo Humano e Saúde. Saiba como se prevenir e aprenda a diferença entre resfriado e gripe. Na seção Saúde da Criança, descubra a melhor forma de combater a coqueluche, conhecida popularmente como tosse comprida. Esse ano a Alergo ar comemora seus 30 anos. Na seção Acontece na Alergo ar conheça um pouco da história da clínica e da sua evolução. Aproveite e boa leitura! 03 ENTREVISTA Metas para o controle da asma Durante congresso realizado em novembro de 2011, especialistas brasileiros decidiram apoiar a meta lançada pela GINA Brasil (Iniciativa Global Contra a Asma) para os próximos quatro anos: reduzir em 50% o número de internações. Entrevista com a Diretotia da Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI) aborda os principais subtemas debatidos no XXXVIII Congresso Brasileiro de Alergia e Imunopatologia, como a relação entre a asma e a automedicação, a obesidade, além das suas causas. 1. O que é asma e como ela se desenvolve? Asma é uma doença inflamatória, obstrutiva, de natureza alérgica das vias aéreas inferiores (brônquios). Há uma reatividade exagerada do indivíduo a diversos estímulos como partículas alergênicas, irritantes, poluentes, exercícios físicos, mudanças de temperatura ambiente, etc. 2. Quais são os sintomas da asma e os principais riscos do seu agravamento? O asmático tem tosse frequente, prolongada, em geral noturna, que pode prejudicar o sono. Nem sempre tem expectoração. O chiado no peito é outra característica do asmático, acompanhado de dificuldade para respirar e opressão no peito. Os sintomas podem estar combinados ou ocorrer isoladamente. Assim, uma criança que tem tosse crônica pode ser asmática. Falta de ar quando pratica exercícios físicos é outra manifestação da asma. 04 A asma é uma doença que atinge de 10 a 20% da população brasileira e é responsável por cerca de 400 mil internações hospitalares. Sem contar com os vários transtornos causados no dia a dia, como faltas ao trabalho e à escola. Cerca de 80% dos pacientes com asma apresentam causa alérgica e 78% desses pacientes sofrem, também, de rinite alérgica. 4. O que é GINA (Iniciativa Global Contra a Asma) ? O GINA (Iniciativa Global contra a asma) é uma ONG internacional que chegou no Brasil durante a campanha mundial “2010 – O ano do pulmão” afirmando-se como um dos membros mais ativos da Aliança Global contra as Doenças Respiratórias Crônicas (GARD) liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 3. A asma foi amplamente debatida no XXXVIII Congresso Brasileiro de Alergia e Imunopatologia. A que se deve este destaque? Dentre as doenças respiratórias, a asma é a segunda maior causa de hospitalizações no país e, entre 1998 e 2003, a doença foi responsável por mais de 23.700 óbitos. Diante desta realidade, os especialistas decidiram apoiar a meta lançada pela GINA Brasil (Iniciativa Global Contra a Asma) para os próximos quatro anos: reduzir em 50% o número de internações. 5. Atualmente como é realizado o tratamento para asma? Existem vários tipos de remédios para tratar a asma, mas pode-se dividir em dois grupos: remédios aliviadores, para aliviar sintomas e tratar as crises da doença; e remédios controladores, que atuam na inflamação dos brônquios, controlam a doença e evitam novas crises. O tratamento pode ser feito com a utilização de medicações por via inalada sob a forma de sprays (conhecidas como “bombinhas”), nebulização ou como inalado- Revista Alergo ar - Nº 7 - Ano 3 / 2012 res de pó seco. Outra maneira importante de prevenir é ressaltar que a higiene ambiental deve ser feita com rigor na casa dos pacientes que sofrem da doença. 6. Qual a relação entre a asma e a obesidade? A obesidade é um fator de risco para a asma. 7. Quais os riscos da automedicação? Existe uma característica genética que determina se o paciente vai responder ou não e como o seu organismo reagirá a um determinado medicamento e, portanto, nem todos os medicamentos utilizados para tratar as doenças alérgicas apresentam as exigências da prescrição médica. No entanto, possuem efeitos colaterais que podem levar o paciente a situações de extrema gravidade como, por exemplo, acidentes de trabalho. Especialistas ressaltam que, em hipótese alguma, o paciente deve consumir o medicamento sem antes consultar um especialista. 8. Quais são as principais causas para o desenvolvimento da asma? Como as crises asmáticas podem ser evitadas ou controladas? São desencadeantes de crises de asma: exposição ou contato com alérgenos (partículas que causam alergia) como a poeira, mofo e pelo de animais, assim como, irritantes (odores fortes de perfumes, materiais de limpeza, etc.) e poluentes intradomiciliares (cigarro, fumaça de fogão, etc.) e de fora da casa (resíduos industriais e de queima de combustível), infecções (resfriados), exercícios, mudanças de clima, etc. Para evitar a asma, o ambiente em que o asmático vive deve ser o mais higiêni- co possível, visando restringir o contato do paciente com elementos desencadeantes de crise, sejam alérgenos ou irritantes. Recomenda-se não ter fumantes no ambiente domiciliar. Os animais devem ser mantidos fora de casa, ou no mínimo, não entrarem nos quartos. Colchões e travesseiros devem ser forrados com material impermeável e este forro lavado periodicamente. Alguns desinfetantes podem reduzir a proliferação de ácaros em casa. Baratas devem ser combatidas, pois estão relacionadas à alergia e maior gravidade da asma. 05 COMPORTAMENTO Automedicação em casos de dengue A costumados a automedicação em casos de gripe e outras doenças comuns, muitas vezes as pessoas tomam medicamentos para aliviar o mal-estar, mesmo sem saber o que de fato estão sentindo ou o que está lhe causando os sintomas. Um indivíduo com dengue, ou com suspeita de ter a doença, deve ingerir medicamentos sob orientação médica, pois a automedicação pode agravar o quadro da doença e levar à morte. Em casos de dengue os medicamentos que devem ser evitados são: AAS, Aspirina, Melhoral, Voltaren, Scaflan e outros, pois favorecem o surgimento de hemorragias por interferir no processo de coagulação do sangue. Não há um tratamento específico para a dengue clássica, logo a atenção médica se volta para o fortalecimento do organismo para que ele próprio tenha condições para combater o vírus. Recomenda-se repouso, aumento da ingestão de líquidos, e medicamentos apenas para reduzir as dores e a febre. Vacina contra a dengue Pesquisas foram realizadas e o Ministério da Saúde autorizou a realização de testes da vacina contra a dengue em alguns estados brasileiros. Pesquisadores usaram material genético 06 do vírus da vacina contra a febre amarela, que é muito parecido com o vírus da dengue, e inseriram amostras de quatro tipos de vírus da dengue. Uma associação que protege, mas não causa doença. Concluídos os testes com êxito, a vacina deverá ser registrada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária para, então, ser distribuída. Enquanto isso, a população deve continuar se protegendo contra a dengue, evitando a proliferação do mosquito transmissor da doença. O vírus tipo 4, causa os mesmo sintomas que os demais, no entanto, por ser novo, tem maior potencial para desencadear um epidemia, pois muitas pessoas estão susceptíveis a sua infecção. Novo tipo de dengue Existem ao todo quatro diferentes tipos de vírus da dengue em circulação. Os vírus 1, 2 e 3 têm causado, todos os verões, um novo surto da doença, que se repete devido à infecção por um vírus de tipo diferente do anteriormente contraído. Recentemente, foi notificada no Brasil a presença do vírus tipo 4, que não era encontrado em território brasileiro há quase 30 anos. Fontes: Portal da Saúde, Site da Fiocruz e Site do Dr. Dráuzio Varella. Revista Alergo ar - Nº 7 - Ano 3 / 2012 SAÚDE Testes alérgicos, por que fazer? I rritações na pele, urticária, tosse, vômitos, diarreia, coriza, etc. São inúmeros os sintomas da alergia, uma doença crônica, fruto de uma reação imunológica exagerada por intolerância do organismo a determinadas substâncias físicas, químicas ou biológicas. A melhor maneira de detectar esses agentes desencadeadores (alérgenos) e de apontar o tratamento adequado para cada paciente é realizando os testes de alergia, também chamados de alergo imuno diagnósticos. Os testes, além de definirem a natureza alérgica dos sintomas, avaliam também o grau de sensibilização do indivíduo. Existem vários tipos de testes alérgicos. Em geral, podemos dividi-los em dois grupos: os testes de pele e os feitos a partir de análise sanguínea. Os tipos de testes mais realizados são: - “Prick Test”, epicutâneo ou punctura: É um procedimento rápido e indolor, no qual são introduzidas pequenas quantidades de alérgenos no antebraço do paciente, através de um pequeno furo na pele. São testados vários alérgenos de cada vez e depois observa-se o local por cerca de 20 minutos. Caso haja alguma reação, o teste é positivo. - Teste intradérmico: Através de injeção na pele, é colocada uma pequena quantidade de alérgenos. Geralmente, é feito para identificar as substâncias desencadeadoras em pacientes que possuem uma alergia fraca e, por isso, não foram detectadas no “prick test”. ‘‘os testes alérgicos são de extrema importância e podem ser realizados em adultos e crianças de qualquer idade que apresentem sintomas de doença alérgica...’’ - Teste de contato ou Patch Test: É usado para detectar a fonte de urticárias e dermatites de contato. Durante o exame, a solução contendo possíveis alérgenos é colocada nas costas do paciente, por meio de adesivos, que são retirados cerca de 48 horas após o exame. Caso seja notada alguma ocorrência de reação no local, o teste é positivo. - Teste sanguíneo: É realizado em laboratórios, a partir da coleta do sangue do paciente, com o objetivo de medir a quantidade de anticorpos produzidos pelo organismo quando exposto a um alérgeno. É feito em pacientes que não podem realizar os testes cutâneos devido ao uso de certos medicamentos ou de serem portadores de doenças de pele. - Testes de provocação: Consistem na introdução de pequena quantidade de substâncias suspeitas, por via oral, inalatória ou diretamente no local onde ocorre a alergia. Os testes orais são utilizados para os casos de alergias alimentares, e os nasais, ou de broncoprovocação, para alergias respiratórias. Esses testes são realizados raramente, e quando indicados, devem ser feitos sob vigilância cuidadosa do médico. Vale lembrar que os testes alérgicos são de extrema importância e podem ser realizados em adultos e crianças de qualquer idade, que apresentem sintomas de doença alérgica. Portanto, não hesite em fazê-los caso solicitado, procure o seu médico e garanta a sua qualidade de vida. Fonte: Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia 07 ESPECIAL Epidemia de sarampo na Europa causa alerta mundial O aumento do número de casos de sarampo nos países da Europa fez a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitir um alerta em relação à doença, que vem tendo a sua incidência aumentada há quatro anos. Somente em 2011, foram 26 mil novos casos notificados em todo o mundo. A vacina contra o sarampo foi incluída no calendário de vacinação na década de 80 e, por isso, alguns adultos podem estar susceptíveis à doença. Devido ao surto na Europa, foi realizada uma campanha de vacinação que imunizou crianças de um ano a menores de sete, logo no segundo semestre de 2011. O intenso fluxo de turistas europeus no Brasil resulta em importação do vírus de genótipo D4, que atualmente circula na Europa. Estados e municípios brasileiros notificaram ao Ministério da Saúde a ocorrência de 18 casos de sarampo em 2011, número este que não se estendeu graças à vacinação. As ocorrências foram relatadas em sete estados brasileiros e todos os casos são considerados importados, já que, desde 2001, o vírus selvagem 08 não circula no país. O controle da doença no Brasil se deu por meio da vacinação, que precisa ter seu esquema completo para garantir a imunidade. Entre 2001 e 2005, foram registrados no Brasil apenas 10 casos da doença, todos importados. Em 2006, foram notificados 57 casos, todos na Bahia e de origem desconhecida. O aumento da incidência da doença gera preocupação quanto à imunização da população brasileira, que, por pouco ouvir sobre o sarampo, desconhece os seus riscos e a importância da vacinação. O sarampo é uma doença infecto-contagiosa transmitida de pessoa para pessoa por meio de secreções das vias respiratórias, como gotículas eliminadas através do espirro ou da tosse. Altamente contagiosa, a doença também pode ser propagada através de partículas suspensas no ar, o que torna o ambiente fechado propício para a sua disseminação. A infecção pelo vírus do gênero Morbillivirus, causador do sarampo, provoca o desenvolvimento de anticorpos que impedirão uma reinfecção. Logo, só se desenvolve a doença apenas uma vez. O diagnóstico da doença pode ser feito por meio da análise clínica dos sintomas ou através de exame de sangue. O vírus O período de transmissão varia de quatro a seis dias antes do aparecimento de manchas vermelhas (exantemas) e estende até quatro dias depois. O estado nutricional e a imunidade do indivíduo influenciam na gravidade da doença, que, entre as contagiosas, é a principal causa de mortalidade de crianças com menos de cinco anos de idade. Estes fatores interferem não só no desenvolvimento da patologia, como podem torná-la uma epidemia. Prevenção Acompanhar o calendário de vacinação proposto pelo Ministério da Saúde é essencial para se prevenir contra o sarampo, que pode ser considerada uma doença grave, principalmente se contraída por indivíduos com baixa imunidade e gestantes. Essa responsabilidade começa cedo para os pais, pois a vacina contra a doença deve ser aplicada em duas doses a partir do nono mês de vida da criança. Revista Alergo ar - Nº 7 - Ano 3 / 2012 A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) recomenda a vacina a todos os viajantes, pois o vírus em circulação no exterior poderá ser contraído e trazido para o território nacional, assim como nos casos notificados nos últimos anos. A vacina demora cerca de 15 dias para estabelecer a imunidade no organismo, por isso deve ser tomada com antecedência. A pessoa com sarampo apresenta manchas avermelhadas na pele (exantema maculopapular eritematoso), que aparecem no rosto e se estendem em direção aos pés, febre, tosse, mal-estar, conjuntivite, coriza, perda do apetite e manchas brancas na parte interna das bochechas (exantema de Koplik). O sarampo pode trazer muitos problemas à saúde do infectado, pois a morte por essa doença é decorrente de complicações como pneumonia, otite média, broncopneumonia, diarreia e encefalite. Em gestantes, pode provocar aborto ou parto prematuro. Tratamento A vacina contra o sarampo é eficaz em 97% dos casos. Mu- lheres grávidas, pessoas imunossuprimidas, adultos que não foram vacinados e não tiveram sarampo na infância, devem tomar a vacina, para diminuir o risco de contrair a doença. Não há tratamento específico para o sarampo, por isso as medidas visam apenas aliviar os sintomas, o que ressalta a importância da vacina. Durante a infecção é necessário que o indivíduo faça repouso, beba bastante líquido, coma alimentos leves, limpe os olhos com água morna e faça uso de antitérmicos para baixar a febre. Em alguns casos, há necessidade de tratamento para o aumento de imunidade. Fontes: Portal da Saúde e Site do Dráuzio Varella. Alergo ar Social Associação São Martinho transforma vidas C rianças e jovens que têm seus direitos violados encontram na Associação Beneficente São Martinho projetos que transformam a realidade dura em que vivem em aprendizado. Há mais de 27 anos, a São Martinho, entidade que atua na área da infância e juventude, resgata das ruas e das comunidades carentes, crianças e jovens entre seis e 18 anos de idade, que não desfrutam dos direitos fundamentais como acesso à saúde, alimentação, educação, lazer, profissionalização, cultura, dignidade, respeito, liberdade, além de convivência familiar e comunitária. Quando acolhidos pela Associação, os jovens passam a participar de atividades culturais e educativas após o horário escolar, possuem defesa jurídico-so- cial, que contribui para a garantia de seus direitos e formação como cidadãos, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente, além de serem preparados para o mercado formal de trabalho (Lei do Aprendiz). Atualmente, a São Martinho trabalha através de quatro programas: Ao Encontro dos Meninos e Meninas em Situação de Rua, que tem como objetivo possibilitar o retorno dos jovens ao convívio familiar e comunitário; Educagente Centro Cultural, que oferece a oportunidade de acesso à educação, cultura, esporte e lazer; Mundo do Trabalho, que coopera para o ingresso dos jovens no mercado formal de trabalho, em conformidade com a Lei do Aprendiz; e o Centro de Defesa Dom Luciano Mendes de Almeida, que pres- ta assistência social-jurídica a crianças, jovens e suas famílias. O trabalho realizado pela Fundação gera frutos palpáveis, como mostram os números. Nos últimos cinco anos a equipe multidisciplinar da São Martinho atendeu mais de 10 mil crianças e jovens. 450 foram reinseridas em suas famílias e/ou famílias extensivas ou encaminhadas a um abrigo voluntário e quatro mil jovens (16 a18 anos) foram formalmente incluídos no mercado de trabalho. As parcerias que a Associação possui são fundamentais para o sucesso das ações realizadas. Qualquer pessoa pode se tornar voluntária da São Martinho. Para ajudar a instituição é necessário participar presencialmente dos projetos e ações ou através de doações que podem ser desde materiais escolares, artísticos, roupas, material de higiene pessoal, material de limpeza e lanches. Para saber mais sobre a São Martinho, faça contato através dos telefones: (21) 2156-6502 / 2156-7700 ou envie uma mensagem para o e-mail: doacoes@ saomartinho.org.br Conheça também o site da Associação: www.saomartinho.org.br. Crianças e jovens pela Associação São Martinho Revista Alergo ar - Nº 7 - Ano 3 / 2012 CORPO HUMANO E SAÚDE Gripe: Como se prevenir? A tualmente, os vírus influenza infectam em média, 5% a 10% da população mundial e causam aproximadamente 500 mil mortes por ano. A influenza, popularmente conhecida como gripe, é uma infecção do sistema respiratório que geralmente evolui para cura completa devido à reação do próprio organismo humano à ação do vírus. Em indivíduos com baixa imunidade, a doença pode predispor o desenvolvimento de outras mais graves, como pneumonia. Dentre os sintomas da doença, estão: febre alta (acima de 38ºC), dores musculares, de cabeça, de garganta, tosse seca, calafrios, fraqueza, espirros e coriza. O principal sintoma é a febre, que dura cerca de três dias. Os outros sintomas ficam mais evidentes com o avanço da doença. Transmissão A gripe pode ser transmitida pelo contato com as secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao falar, espirrar, ou tossir; ou por meio das mãos que, após contato com superfícies contaminadas, podem levar o agente infeccioso diretamente para a boca, nariz e olhos. O período de transmissão da doença é de dois dias antes até cinco dias após o início dos sintomas. 11 Corpo Humano e Saúde No inverno há maior número de gripes devido às aglomerações em ambientes fechados e não ao frio. A proximidade entre as pessoas facilita que o vírus seja transmitido, assim, o frio não causa a gripe, porém cria um ambiente suscetível para que o vírus se instale. Resfriado ou gripe? Muitas pessoas confundem resfriado com gripe. Embora os sintomas sejam parecidos, se tratam de doenças diferentes. O resfriado é mais brando que a gripe, e dura em média de dois a quatro dias, podendo ser causado por vários tipos de vírus, sendo o Rinovírus o mais comum. Já a gripe é causada pelo vírus Influenza e dura aproximadamente duas semanas. Ambas apresentam sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, como congestão nasal, secreção nasal (rinorreia), tosse, rouquidão, dores musculares (mialgia) e dor de cabeça (cefaleia). Porém, na gripe o infectado tem febre alta e os sintomas aparecem subitamente ao contrário do resfriado, em que eles surgem gradualmente. Formas de tratamento Na maioria dos casos o tratamento é realizado com analgésicos, antitérmicos, repouso e hidratação. Em alguns, são utilizados medicamentos antivirais que atuam especificamente sobre os vírus. Em quadros em que há complicações, como infecções bacterianas, poderão ser prescritos antibióticos, que desde novembro de 2010 são vendidos mediante receita e devem ser usados apenas sob orientação médica. 12 Vacina, a melhor prevenção A melhor forma de prevenir a gripe é através da vacinação, que deve ser anual, devido à mutação dos vírus. A composição da vacina varia de acordo com os vírus que estão em circulação, dos quais os três principais são selecionados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Por isso, mesmo após a vacinação, ainda existe a chance de se contrair a doença, causada por um vírus que passou por uma mutação e é diferente daqueles selecionados para a vacina. Nestes casos, a vacina funciona como um apaziguador, que reduz a potência da gripe e, consequentemente, as chances de complicação. Em geral, a pessoa demora duas semanas para desenvolver os anticorpos adequados, logo a vacina deve ser tomada no outono, antes do frio chegar, para que o organismo tenha tempo para atingir o estágio ideal de defesa. Dentre os benefícios da vacina, estão a proteção contra o vírus influenza e as complicações da gripe. Qualquer pessoa a partir dos seis meses de vida pode tomar a vacina, desde que não tenha alergia a ovo, uma vez que esta vacina é produzida em ovos de galinha. Os grupos de risco, que têm maior chance de desenvolver complicações da doença são: - Crianças de seis a 18 meses que estejam recebendo tratamento com aspirina; - Adultos e crianças portadoras de doenças pulmonares crônicas (incluindo asma) ou doenças cardiovasculares; que estejam sendo tratadas de doenças metabólicas crônicas (como diabetes), disfunção renal ou com deficiência imunológica (incluindo infecção pelo HIV); - Mulheres que estarão no segundo trimestre de gravidez quando chegar a “estação de gripe” (de junho a agosto, no Brasil); - Homens e mulheres a partir dos 50 anos; - Profissionais que trabalham em creches, orfanatos e casas de repouso. Fontes: Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia, site Dr. Dráuzio Varella e do Ministério da Saúde. Revista Alergo ar - Nº 7 - Ano 3 / 2012 SAÚDE DA CRIANÇA Vacinação: melhor forma de combate a coqueluche P opularmente conhecida como tosse comprida, a coqueluche voltou a preocupar o Ministério da Saúde. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2011 foram registrados mais de 500 casos de coqueluche no país, mais que o dobro dos casos confirmados em 2010. A imunidade oferecida pela vacina tríplice clássica, incluída no Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde e encontrada em clínica particulares, dura em torno de cinco a dez anos e, depois disso, todos voltam a estar susceptíveis à doença. A coqueluche é uma doença infecto-contagiosa transmissível que compromete o aparelho respiratório (traqueia e brônquios). De início, os sintomas da infecção são semelhantes aos de uma gripe ou resfriado, mas logo se intensificam, causando desconforto. A vacina contra a coqueluche é a tríplice clássica (DPT), que previne também contra a difteria e o tétano. Incluída no Calendário Básico de Vacinação da Criança do Ministério da Saúde, a vacina deve ser ministrada aos dois, quatro e seis meses de idade, com doses de reforço aos 15 meses e aos quatro anos de idade. A infecção pode ocorrer mais de uma vez e ainda em indivíduos já vacinados, após o fim do período de imunidade oferecido pela vacina. Por isso, tosse seca e constante por mais de duas semanas, pode ser sinal de coqueluche. Transmissão A bactéria Bordetella Pertussis, causadora da coqueluche, pode ser transmitida através do contato direto com a pessoa infectada ou por meio de gotículas eliminadas pelo doente ao tossir, espirrar ou falar. Confirmada a doença, o indivíduo deve tomar alguns cuidados importantes para não disseminar a doença, que é altamente contagiosa. O infectado deve evitar ambientes coletivos e procurar lugares ventilados durante todo período de transmissão, que dura duas semanas. Apesar de menos frequente, a doença também pode ser transmitida através de materiais contaminados. Por isso, objetos como talheres, pratos e copos devem ser separados para uso exclusivo, e as mãos devem ser lavadas antes e depois de entrar em contato com outras pessoas. Os adultos suscetíveis à doença se tornam os principais transmissores da bactéria para o grupo de risco, que inclui crianças lactentes e menores de um ano. Por isso a Sociedade 13 Saúde da Criança Brasileira de Imunizações (SBIm) recomenda a vacinação de adultos que convivem com grupo de crianças. Os idosos correm um risco ainda maior. Se dependentes exclusivamente do Serviço Público, que oferece a vacina apenas para crianças, estarão sujeitos ao desenvolvimento da infecção e são também propensos a ter complicações da doença, devido à baixa imunidade. Sintomas O período de manifestação da coqueluche varia entre sete e 17 dias. Os sintomas duram cerca de seis semanas e podem ser divididos em três estágios: Catarral - período que dura uma ou duas semanas, no qual há febre baixa, coriza, espirros, lacrimejamento, falta de apetite, mal-estar e tosse noturna. Sintomas que, nessa fase, podem ser confundidos com os da gripe e resfriados comuns. Paroxístico - estágio de duas semanas, em que ocorrem acessos de tosse paroxística, ou seja, tosse seca e repentina, incontrolável, com tossidas rápidas e curtas em uma única expiração, ou espasmódicas (involuntárias). De início esses episódios são breves, mas ocorrem um atrás do outro, sem que o indivíduo tenha condições de respirar entre eles. A inspiração profunda, entre uma tosse e outra, pode provocar um ruído agudo, semelhante ao de um guincho. A falta de ar pode deixar a face azulada (cianose) e ainda provocar vômitos. Convalescença - etapa final da doença, na qual o organismo começa a se restabelecer. Em 14 geral, a partir da quarta semana os sintomas vão regredindo até desaparecerem completamente. Diagnóstico Na maioria dos casos o diagnóstico é clínico, ou seja, obtido através da avaliação dos sintomas e queixas apresentadas. Exames laboratoriais podem ajudar a determinar a presença da bactéria Bordetella Pertussis, através da análise de secreções da nasofaringe, parte interna do nariz. Complicações A coqueluche pode evoluir para quadros graves principalmente nas crianças lactentes e nos idosos, causando complicações respiratórias como a pneumonia e outras complicações neurológicas, hemorrágicas e desidratação. Tratamento O tratamento geralmente é ambulatorial e feito em casa, com acompanhamento médico. O paciente faz uso de antibióticos que devem ser tomados por um período de 14 dias sem intervalo. Caso haja complicações e o paciente precise de suporte de oxigênio e alimentação por via que não seja a oral, será necessária a internação. De acordo com a Associação Brasileira de Imunizações (SBIm), todas as pessoas que tiveram contatos próximos com infectados, como os familiares, amigos, colegas de escola ou de trabalho, devem receber uma dose da vacina dTpa, que previne contra difteria, tétano e coqueluche. A vacina dTpa é encontrada apenas em clínicas particulares. Fontes: Site do Dráuzio Varella, Site da Sociedade Brasileira de Infectologia e Portal da Saúde. Revista Alergo ar - Nº 7 - Ano 3 / 2012 Alergo ar, trinta anos fazendo história H á 30 anos, surgia a Alergo ar, fruto de um sonho do especialista em alergia e pneumologia, Dr. José Roberto Zimmerman. Mais tarde os doutores Leonardo Ferreira Zimmerman, Milton Galper Posener e Rogério Nogueira de Melo se juntariam a ele na direção do serviço, contribuindo desta forma para a profissionalização da clínica e para sua ampliação, transformando a Alergo ar no que ela é hoje. Sua primeira unidade criada foi a do Centro, depois surgiram a de Madureira, a da Tijuca e de Niterói. A Alergo ar se prepara para inaugurar este na o, sua quinta filial, que será localizada na Barra da Tijuca. No início, a clínica oferecia atendimento apenas na especialidade de Pneumologia. Com o tempo, a diretoria percebeu a necessidade de ampliar sua atuação e oferecer aos pacientes um tratamento integrado, e atualmente, a clínica oferece atendimento nas áreas de Alergologia, Pneumologia e Dermatologia, e são realizados os tratamentos de imunoterapia, vacinação e antitabagismo, além de pequenos procedimentos, testes alérgicos e prova de função pulmonar. Nesses 30 anos de história, a empresa foi casa de inúmeros médicos e, alguns deles, continuam até hoje. Dr. Rogério Nogueira, especializado em Alergologia e Pneumologia, integra a equipe desde setembro de 1992 e percebeu nesses 20 anos na empresa, a melhora expressiva nas instalações de todas as unidades e da imagem do grupo.“Agradeço ACONTECE NA ALERGO AR o privilégio de trabalhar em uma empresa que proporciona um bem-estar aos funcionários e clientes’’, ressalta ele. Há 16 anos na clínica, a especialista em Alergologia e Pneumologia, Dra. Vera Lúcia Mesquita, se orgulha do crescimento da mesma e do fato de ser a maior do Rio de Janeiro na área. Além disso, a alergologista destaca a união e eficiência da equipe. “Parabenizo toda equipe da Alergo ar, que com união e eficiência consegue superar os obstáculos diários”, enfatiza ela. A alergologista e pneumologista, Dra. Mônica Cosenza, que atua na clínica desde 1997, aponta a melhora do ambiente de trabalho e as constantes pesquisas, informativos e impressos como aspectos importantes da evolução da empresa. “Quero parabenizar o criador da Alergo ar, o Dr. José Roberto, e todos da equipe, pois sem eles a clínica não teria se transformado no que é hoje’’, diz ela. Toda equipe Alergo ar agradece a confiança depositada pelos clientes nestes 30 anos. 15