Prefeitura do Município de São Paulo Secretaria Municipal da Saúde Coordenação de Vigilância em Saúde - COVISA Centro de Controle e Prevenção de Doenças - CCD SARAMPO 11 de Novembro de 2011 INFORME TÉCNICO AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE O sarampo é uma doença infecciosa altamente contagiosa, caracterizada por quadro de febre, exantema e tosse, podendo apresentar coriza e conjuntivite. A vacina contra sarampo, caxumba e rubéola (SCR), é a única forma de prevenir a ocorrência desta doença na população. A circulação endêmica do vírus do sarampo foi interrompida no Município de São Paulo (MSP) em 2000. No entanto, permanece o risco de indivíduos suscetíveis contraírem sarampo, uma vez que estes vírus permanecem circulando em várias regiões do mundo, onde o controle desta doença ainda não foi estabelecido. Em 2011, até a presente data, o Centro de Controle de Doenças da COVISA do MSP identificou 11 casos confirmados (2 casos com PCR positivo para o vírus do sarampo genótipo D4, 5 com sorologia positiva para sarampo e os outros 4 casos confirmados por vínculo epidemiológico). Do total de 11 casos, 10 fazem parte de um agregado, ou seja, são comunicantes entre si. Neste agregado, 6 são crianças menores de 1 ano, e, portanto, não vacinadas. Conforme preconizado, foram adotadas todas as medidas de controle, e foram realizadas as ações de bloqueio vacinal com o objetivo de interromper a propagação da doença. Mediante a ocorrência desses casos, solicitamos aos profissionais da saúde de toda rede assistencial que se mantenham alertas para o atendimento de casos suspeitos de sarampo, que é definido como: 1 www.prefeitura.sp.gov.br/covisa “Todo paciente que, independente da idade e da situação vacinal, apresentar febre e exantema maculopapular, acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite”. Segundo normas do Ministério da Saúde para a vigilância das doenças exantemáticas, frente a um caso suspeito de sarampo deve-se proceder imediatamente à coleta de espécimes para a realização do diagnóstico laboratorial e notificação do caso, para que sejam desencadeadas as medidas de controle: busca de novos casos e bloqueio vacinal. Após a notificação do caso, o bloqueio vacinal deverá ser realizado imediatamente, com a vacina SCR de forma seletiva em todos os contatos do caso (mesmo domicílio, vizinhos, creches, salas de aula, trabalho, etc) e com antecipação da faixa etária para 6 meses de idade. Assim, na vacinação de bloqueio: De 6 a 11 meses Aplicar uma dose de vacina tríplice viral (SCR), sendo que esta não será considerada válida. Após os 12 meses a criança deverá receber uma nova dose, com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. De 1 a 19 anos sem nenhuma ou comprovação de vacina Aplicar uma dose de SCR e agendar a segunda dose com intervalo mínimo de 30 dias. De 1 a 19 anos com uma dose de vacina Aplicar a segunda dose de SCR. O intervalo entre esta dose e a anterior deve ser no mínimo de 30 dias. De 1 a 19 anos com duas doses de vacina Não realizar a vacinação de bloqueio. De 20 anos a nascidos a partir de 1960 sem vacinação anterior com SCR Aplicar uma dose da vacina. De 20 anos a nascidos a partir de 1960 com pelo menos uma dose de SCR Não vacinar. A proteção inicia-se duas semanas após a administração da vacina SCR e sua eficácia é superior a 95% para sarampo, rubéola e caxumba. Todos os exames sorológicos realizados pelo Instituto Adolfo Lutz reagentes para sarampo são encaminhados à FIOCRUZ, laboratório de referência nacional para o sarampo, que realizará exames complementares, mais específicos. 2 www.prefeitura.sp.gov.br/covisa O Centro de Controle de Doenças da COVISA ressalta que a cobertura da vacina SCR nas crianças de 1 ano de idade, dados preliminares de 2011, no MSP está maior que 95%, meta preconizada para interromper a cadeia de transmissão. No entanto, esta cobertura não é homogênea no município, havendo regiões em que a cobertura vacinal está abaixo de 95%. Lembramos que a vacina SCR faz parte do calendário vacinal dos seguintes grupos Nota 1. crianças de 1 ano a adolescentes até 19 anos; 2. profissionais do setor da saúde e da educação; 3. população institucionalizada; 4. estudantes; 5. trabalhadores da construção civil e do setor de turismo (Agentes de viagens, guias turísticos, taxistas, funcionários dos hotéis e profissionais do sexo, etc); 6. pessoas nascidas a partir de 1960. Vale lembrar que as pessoas com idade entre 20 e 39 anos que participaram da Campanha Nacional para Eliminação da Rubéola em 2008 receberam a vacina dupla viral (contra o sarampo e a rubéola). Portanto, não precisam receber a vacina desde que tenham a compravação da dose recebida. A vacina SCR está disponível, nos dias úteis, em todas as Unidades Básicas de Saúde e as salas de vacina dos Terminais Rodoviários Tietê e Barra Funda também nos finais de semana. Para maiores informações entrar em contato com o SAC COVISA por meio do endereço eletrônico [email protected]. 3 www.prefeitura.sp.gov.br/covisa