19/11/2014 PRINCIPAIS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIA EM PRIMATAS DO NOVO MUNDO PREVENÇÃO E CONTROLE VPS0425 – Gerenciamento em Saúde Animal e Saúde Pública Larissa Cristinne Caneli INTRODUÇÃO O que são os primatas do novo mundo? Quem são eles? Lista CITES ( Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora) – Apêndice II. Por que estudá-los? 1 19/11/2014 DOENÇAS VIRAIS 1) HERPESVÍRUS Cinco gêneros: Simplexvirus e Varicellavirus (Alphaherpesvirinae), Cytomegalovirus (Betaherpesvirinae), Lymphocryptovirus e Rhadinovirus (Gammaherpesvirinae) (VOEVODIN; MARX, 2009). Hospedeiros: naturais ou acidentais. Platirrinos mais susceptíveis do que os catarrinos. 2 19/11/2014 1) HERPESVÍRUS Zoonose: saliva, contato direto (fase ativa), fômites (raro). Brasil: herpesvírus simplex em saguis. Erupções mucocutâneas e encefalites. lesões em esôfago, traquéia, genitália externa, entre muitos outros (MENDELEZ, 1969). 1) HERPESVÍRUS Zoológicos: visitantes, técnicos e tratadores. Domiciliados: proprietários. Lembrar: fase ativa do vírus! 3 19/11/2014 1) HERPESVÍRUS Uso de EPI’s Cuidado com fômites Proximidade pet e proprietário Quarentena Fase ativa Infra-estrutura do recinto 2) RAIVA Rhabdovirus Callithrix jacchus, C. penicilatta.: carisma, ambiente urbano, aproximações -> riscos! Predação por cães e gatos -> vírus na residência. 4 19/11/2014 2) RAIVA Vacinação Instituições zoológicas e de pesquisa. Importadas: indicação para animais selvagens. Poucos estudos sobre a resposta vacinal. Em caso de acidentes... Fuenzalida-Palacios: não adequada (PASSOS, 2002). 3) FEBRE AMARELA Gênero Flavivirus (dengue). Ciclo urbano: Aedes aegypti. Ciclo silvestre: Haemagogus janthinomys. Primatas neotropicais mais sensíveis: Allouata. Cebus: alta morbidade, baixa mortalidade. Desenvolvem imunidade. 5 19/11/2014 3) FEBRE AMARELA Hospedeiros vertebrados: primatas não humanos. Amplificadores: viremia de 2 a 6 dias -> centenas de mosquitos infectados. Marsupiais e preguiças. 3) FEBRE AMARELA 2008 e 2009: surto em Allouata no RS (ALMEIDA; SANTOS; CARDOSO et al., 2011). Icterícia e hemorragias. Caráter super-agudo: prevenção. 6 19/11/2014 3) FEBRE AMARELA Prevenção em áreas endêmicas: Recintos telados. Vacinação: Cepa 17D. Resistência Precisa ao desafio. mais estudos. 3) FEBRE AMARELA Notificação compulsória! Sistema de vigilância epidemiológica (BR): detecção do vírus no ciclo enzoótico (PNH e vetor silvestre) Espécies sentinela! Antecipar surtos humanos. 7 19/11/2014 DOENÇAS BACTERIANAS 1) TUBERCULOSE Gênero Mycobacterium. Zoonose: monitoração e diagnóstico precoce. Dificuldades terapêuticas: prevenção. 8 19/11/2014 1) TUBERCULOSE Quarentena. Tuberculinização anual e nos animais da quarentena (CATÃO-DIAS; CARVALHO, 2007). Infra-estrutura de recintos: visitantes. Desinfecção rigorosa do ambiente. Pets: falha no monitoramento. 2) SALMONELOSE Alteração de microbiota: antibióticos, mudanças na dieta, privações de água e comida. Origem alimentar é a mais comum: ovos (cozimento). carnes (descongelamento). 9 19/11/2014 2) SALMONELOSE Portador assintomático -> depressão do sistema imune -> reagudização. Manejo sanitário: hipoclorito de sódio. Bem-estar animal. Restringir aves e roedores (fezes). Salmonelas viáveis no ambiente por longo período. DOENÇAS FÚNGICAS 10 19/11/2014 1) DOENÇAS FÚNGICAS Micoses pouco estudadas. Fator predisponente: deficiência de sistema imune. Superficiais Trichophyton e o Microsporum. Profundas: pelas leveduras, como a Candida albicans, Coccidioides immitis e o Cyptococcus neoformans. Sistêmicas: Histoplasma capsulatum, Aspergillus fumigatus, Sporothrix schenckii e Paracoccidioides brasiliensis. 1) DOENÇAS FÚNGICAS Prevenção: Manejo sanitário. Nutrição. Atenção aos períodos de risco. 11 19/11/2014 DOENÇAS PARASITÁRIAS 1) TOXOPLASMOSE Toxoplasma gondii. Acomete mamíferos e aves. Primatas: infecção hiper aguda e letal. Calitriquídeos mais sensíveis. Platirrinos mais susceptíveis que os catarrinos. Tempo de exposição ao agente. Comportamento arborícola. 12 19/11/2014 1) TOXOPLASMOSE Fontes de infecção e prevenção: Tratadores -> propé; tratador diferente para os felinos. Felis catus -> infra-estrutura de recintos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, M. A. B.; SANTOS, E.; CARDOSO, J. C. et al. Yellow fever outbreak affecting Allouata poppulations in Southern Brazil (Rio Grande do Sul State). American Journal of Primatology, v. 73, p. 1-9, 2011. CATÃO-DIAS, J.L.; CARVALHO, V.M. Tuberculose. In: CUBAS, Z. S.; SILVA, J.C.R.; CATÃO-DIAS, J. L. Tratado de animais selvagens Medicina Veterinária. São Paulo: Roca, cap.43, p.726-735, 2007. INNES, E.A. Toxoplasmosis: comparative species susceptibility and host immune response. Comp. Immunol. 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