Unidade Barreiros Professor: Data da Prova: Fábio Will Disciplina: Época: HISTÓRIA RESUMO MENSAL I Aluno(a): Série: 1º Ano Turma: Nota: Resumo Pré-História e Civilizações de Regadio Talvez a tarefa mais complexa das ciências humanas, principalmente para a história, arqueologia e antropologia, é definir onde começa o “humano”, isto é, como datar a origem da humanidade? Dentro dos estudos escolares de história há um recurso para ponderar esse impasse, adequando o que pode ser aprendido com aquilo que é pesquisado por especialistas. Trata-se da divisão entre Pré-História e História. A “História”, didaticamente falando, tem seu início com o aparecimento das primeiras civilizações, ou seja, com o surgimento das primeiras cidades, os primeiros sistemas políticos e sistemas de escrita. Já a PréHistória corresponderia ao período anterior às primeiras civilizações, mas que apresenta elementos e aspectos que, de uma forma ou de outra, prepararam o terreno para o advento desta. Nesse sentido, a Pré-História é uma área do conhecimento partilhada entre várias disciplinas, que, cada uma a seu modo, formam um mosaico de compreensão do passado pré-civilizacional do homem. Além da arqueologia e da antropologia, a biologia (especialmente a Paleontologia) também se insere no conjunto dessas disciplinas. É dela que provém as nomenclaturas que classificam os hominídeos, isto é, os grupos de seres pré-históricos que se assemelhavam ao Homem atual. Os gêneros de hominídeos variaram em alguns seguimentos principais e sua temporalidade também variou de cinco milhões de anos até, aproximadamente, 120 mil anos, como destacaremos abaixo. Os hominídeos mais antigos são do gênero Ardipithecus e Austrolopithecus. O Ardipithecus ramidus, por exemplo, tem sua presença na Terra, confirmada por especialistas, variando entre 5 e 4 milhões de anos. Já a do Australopithecus afarensis varia entre 3,9 e 3 milhões de anos. As feições e modos de comportamento desses hominídeos eram bem menos versáteis que do gênero Homo que viria depois. A atuação do Homo habilis, por exemplo, variou entre 2,4 a 1,5 milhões de anos. A do Homem erectus, entre 1,8 milhão a 300 mil de anos. Já a do sucessor desse último, Homo neanderthalensis, variou entre 230 e 30 mil anos. O Homo sapiens, que constitui o ser humano tal como o conhecemos hoje, apareceu, provavelmente, há cerca de 120 mil anos, como uma variação do Homo neanderthalensis. De forma geral, esses grupos de hominídeos são classificados como caçadores e coletores, isto é, não possuíam fixidez de território. Eram, basicamente, praticantes do nomadismo. A arqueologia e a história costumam, por meio de sistemas de datação, como o do Carbono 14 e da termoluminescência, dividir a ação desses hominídeos nas seguintes fases: o Paleolítico, ou Idade da Pedra Lascada, e o Neolítico, ou Idade da Pedra Polida. Essas divisões ocorrem também por meio do grau de domínio da tecnologia rústica. O uso de artefatos como pedra, madeira, pedaços de ossos e cerâmica é determinante para tal classificação. A última fase da Pré-História seria a Idade dos Metais, que corresponde ao período em que o homem passou a ter um pleno domínio do fogo e começou a fazer a fusão de metais, obtendo o bronze, por exemplo. Esse período data de 6 a 5 mil anos atrás e coincide com o aparecimento das primeiras civilizações. MESOPOTÂMIA Mesopotâmia, que em grego quer dizer ‘terra entre rios’, situava-se entre os rios Eufrates e Tigre e é conhecida por ser um dos berços da civilização humana. Localizada no Oriente Médio, atualmente esta histórica região constitui o território do Iraque. Há cerca de 4.000 a.C., grupos tribais da Ásia Central e das montanhas da Eurásia chegaram ao local devido às extensas áreas férteis próximas aos rios, além da vantagem de terem água próxima, fornecendo subsídio para pesca, alimentação e transporte. Pelos mesmos motivos chegaram, tempos depois: Sumérios Desenvolveram um importante sistema de canalização dos rios para melhor armazenar a água para sua comunidade. Também criaram a escrita cuneiforme, registrando os detalhes de seus cotidianos através de placas de argila, e os zigurates, construções piramidais que serviam de armazenamento de produtos agrícolas e de prática religiosa. As cidades-Estado de Nipur, Lagash, Uruk e Ur datam da época dos sumérios. Babilônios Criaram os primeiros códigos de lei para controlar a sociedade, como as Leis de Talião (Código de Hamurabi), formuladas pelo Imperador Hamurabi, que previam castigos severos aos criminosos de acordo com a gravidade de seus delitos. Por volta do século VII a.C., o Imperador Nabucodonosor II, que formava o Segundo Império Babilônico, ordenou que fossem construídos dois templos que serviriam de grande reverência arquitetônica: os Jardins Suspensos e a Torre de Babel. Assírios Tinham uma ampla organização militar e eram ávidos pela guerra. Quando dominavam determinados territórios, impunham castigos cruéis aos inimigos como forma de intimidá-los, para demonstrarem sua hegemonia. Além destes, os acádios, caldeus e amoritas, dentre outros, também constituíram a sociedade mesopotâmica. Eles eram povos politeístas (acreditavam em vários deuses) e tinham uma ligação religiosa com a natureza. Os povos da Mesopotâmia também desenvolveram a economia através da agricultura e dos pequenos comércios de caravanas, com base em uma política centralizada por um rei ou imperador. Por volta do século VI a.C., o Império Persa se fortaleceu sob comando do Imperador Ciro II, que não poupou esforços para tomar o poder dos babilônios, que tinham pleno domínio da Mesopotâmia. A conquista dos persas acabou com as primeiras formas de dinâmica culturais que marcaram a sociedade de origem mesopotâmica, uma das pioneiras da Antiguidade. O EGITO ANTIGO O Egito, dentre todas as sociedades do Oriente Próximo Antigo, é a civilização mais rica de material arqueológico, sendo então a civilização com mais fontes históricas para pesquisa. Entre o período de 5000 e 3000 a.C, acontece o surgimento do reino unificado do Egito. À partir do período Pré Dinástico, começam à surgir mudanças sociais drásticas notadas pela arqueologia. Estudos arqueológicos ao sul do Vale do Nilo Egípcio, revelaram que no final do período Pré-Dinástico já se encontravam lá uma população numerosa, aglomerada em construções fortificadas, com um templo de prestígio, e com boas condições de irrigação propiciadas pelas cheias do Nilo. A diversificação na sofisticação das tumbas mostra diferenças sociais marcantes, lá pela segunda metade do quarto milênio. Ruínas como essa, mostram que para serem construídas, se necessitava de algum tipo de tributo, para armazenar excedente de cereais e manter a alimentação dos trabalhadores. Lá foram encontrados também vasos de pedra e objetos cerimoniais, o que aponta a existência de artesãos qualificados, grandes celeiros, objetos de cobre, o que mostra domínio da metalurgia, que pressupõe a exploração de minas e armazenamento de minério. As obras de irrigação parecem estar intimamente ligadas à formação de cerca de 14 dezenas de entidades territoriais regionais, que mais tarde funcionariam como províncias do reino unificado. Ambas as civilizações, egípcia e mesopotâmica, se baseavam na irrigação fluvial, por períodos de seca e cheias dos rios, Nilo e Eufrates e Tigres respectivamente. A grande diferença é que as cheias do Nilo, apesar de fertilizadoras, não são tão destrutivas como as cheias dos rios Eufrates e Tigres. Sendo assim, o sistema de irrigação Egípcio não se comparava com o sistema Mesopotâmico. O deserto os protegia de ameaças estrangeiras. Os Egípcios dependiam menos do comércio estrangeiro, pois possuíam minas de cobre, ouro e estanho, além de pedras para construção. A urbanização plena, o comércio exterior em larga escala, e a divisão do trabalho só foram ocorrer depois da formação de uma monarquia unificada, que retia a maioria dos recursos para proveito próprio. Essa monarquia Egípcia, era composta basicamente por um rei que se intitulava a encarnação de uma divindade, sendo ele o centro do governo. Ele agia como monarca, sacerdote, divindade e juiz ao mesmo tempo. Atuava nos âmbitos administrativo, militar, judiciário, e sacerdotal. Embora o caráter da sucessão fosse hereditário, a divindade do faraó só era reconhecida na coroação. Em meados do terceiro milênio, com a quarta dinastia, se inaugura a era dos construtores das grandes pirâmides, aonde o poder monárquico atinge seu auge, caracterizado por grandes construções demonstrando força e poder, que dura quatro séculos. Nesse período, as instituições estatais já estão totalmente organizadas, como é indicado pela hierarquização de funcionários, com o fim do nepotismo, e com a formação da burocracia. A religião Egípcia também era politeísta, e se apresentava menos organizada do que a religião mesopotâmica. Como na religião Mesopotâmica, os templos eram grandes edifícios, fechados à população, e suas estátuas só saiam dos templos nos festivais. A crença no pós morte era forte, e eles criaram várias técnicas de mumificação para conservar os mortos para o além-vida. As pirâmides eram os túmulos dos faraós. Só na sexta dinastia os sacerdotes se diferenciam na casta estatal, elevando seu status social e recebendo uma hierarquia. Por volta de 2150 a.c, se inicia a decadência do império monárquico Egípcio, ocasionando a divisão temporária do país, e à ocorrência de invasões asiáticas do Delta, até a reunificação em 2040, quando se inicia o reino médio. Quando se fala no Egito da Antiguidade, as primeiras coisas que nos vêm à mente são as imagens das grandes pirâmides, as múmias e artefatos dos museus, os templos e a atmosfera de aventura que cerca tudo o que diz respeito ao tempo dos faraós, que a literatura e o cinema nos mostram como sempre presentes nas expedições arqueológicas. No entanto muito já se sabe a respeito do modo de vida, da estrutura social, da estrutura econômica, das relações políticas do Egito faraônico. Mas muitas vezes a circulação dessas informações fica restrita ao meio acadêmico ou a umas poucas centenas de pesquisadores dedicados. Infelizmente há muitas coisas que não chegam a público, propiciando a formulação de ideias fantasiosas que não são comprováveis, engrossando um extenso hall de crenças sobre a cultura egípcia, difícil de ser combatido. No decorrer de mais de três mil anos, o Egito passou por períodos de grande brilho, mas também de declínio e de oscilações políticas. A história egípcia costuma ser dividida em: - Período pré-dinástico - Período dinástico Período pré-dinástico (5000 - 3200 a.C) Desde 5000 a.C, o Egito era habitado por povos que viviam em clãs, chamados nomos. Estes nomos eram independentes uns dos outros, mas cooperavam entre si quando tinham problemas em comum. Essas relações evoluíram e levaram a formação de dois reinos independentes: Reino do Baixo Egito --> união dos nomos do Norte Reino do Alto Egito --> união dos nomos do Sul Por volta de 3220 a.C., esses dois reinos foram unificados por Menés, que se tornou o primeiro faraó, o governante absoluto do Egito, considerado um verdadeiro Deus na Terra. O faraó usava uma coroa dupla para demonstrar que era o rei do Alto e Baixo Egito. Menés fundou, assim, a primeira dinastia de faraós, finalizando o período Pré-dinastico. Período dinástico (3200 - 1085 a.C) Foi durante o período dinástico que se deu o crescimento territorial, econômico e militar do Egito. Este período é dividido em: Antigo Império (3200 - 2423 a.C) Durante o Antigo Império, os faraós conquistaram enormes poderes no campo religioso, militar e administrativo. Essa época foi conhecida como a época das pirâmides. O primeiro a criar uma pirâmide foi o rei Djezer e seu arquiteto Imhotep, em Sakara. Mais tarde um outro faraó, Snefer, inspirado nessa pirâmide construiu três pirâmides, porque só a ultima tinha condições de abrigar a múmia do rei. O filho (Kufu ou Keops), o neto (Quefrem) e o bisneto (Mikerinos) de Snefer construíram as magníficas pirâmides de Gizé. A família da 5ª dinastia talvez tenha sido a família mais poderosa de toda a historia do Egito. A sociedade era dividida em funcionários que auxiliavam o faraó e uma imensa legião de trabalhadores pobres, que se dedicavam à agricultura, ás construções e arcavam com pesados tributos. No Antigo Império, a capital do Egito foi, primeiro, a cidade de Tinis; depois, a de Mênfis. Por volta de 2400 a.C., O Império Egípcio foi abalado por uma série de revoltas lideradas pelos administradores de províncias. O objetivo destas era enfraquecer a autoridade do faraó. Com a autoridade enfraquecida, o poder do faraó declinou, a sociedade egípcia desorganizou-se e o Egito viveu um período de distúrbios e guerra civil. Médio Império (2160 - 1730 a.C.) Representantes da nobreza de Tebas conseguiram reunir forças para acabar com as revoltas que abalavam o Egito. Essa cidade acabou tornando-se a capital do Império Egípcio. Dela surgiram novos faraós que governaram o império nos séculos seguintes. Durante o Médio Império, o Egito atingiu certa estabilidade política, crescimento econômico e florescimento artístico. Isso impulsionou a ampliação das fronteiras, levando a conquista militar da Núbia. Por volta de 1750 a.C., o Egito foi invadido pelos hicsos (povo nômade vindo do Oriente Médio), que se mostraram superiores aos egípcios em termos de técnicas militares. Dessa forma os invasores conseguiram dominar a região norte do Egito e estabelecer a capital em Ávaris. Assim permaneceram por, aproximadamente, 170 anos. Novo Império (1500 - 1085 a.C.) Novamente a nobreza de Tebas reuniu forças e conseguiu expulsar os hicsos, restabelecendo a unidade política do Egito. Iniciou-se, então, o Novo Império. Usando técnicas militares aprendidas com os hicsos, os faraós organizaram exércitos permanentes, lançando-os em guerras de conquistas. Assim, invadiram territórios do Oriente Médio, dominando cidades como Jerusalém, Damsco, Assur e Babilônia. Os povos dominados eram obrigados a pagar tributos ao faraó em forma de ouro, escravos, alimentos, artesanato etc. Nessa época é que existiu os faraós mais famosos, como Hatchepsut, Akenaton, Ramsés - O Grande, entre outros. A Rainha Hatchepsut governou o Egito, mesmo sendo uma mulher, e não foi um mal governo: ela construiu maravilhosos monumentos que são muito conhecidos hoje em dia, mas depois de morta seu nome foi apagado. Os egípcios não gostava da idéia de terem sidos governados por uma mulher. Ramsés, O Grande além de ter sido um grande guerreiro foi um grande construtor, foi ele que construiu os templos em Abu Simbel, ele é até citado na bíblia, na historia de Moisés ele seria o faraó que se recusou a soltar o "povo de Moisés". Akenaton foi um grande revolucionário, ele implantou o monoteísmo, fazendo todos acreditarem apenas em Aton o deus Sol. Ele também mudou a capital do Egito de Tebas para Elamarna. Mas depois seu filho, Tutankamon voltou a antiga capital do Egito. Tutankamon se tornou famoso por sua tumba encontrada intacta. Ele tinha 9 anos quando virou faraó e morreu aos 18. A partir de 1167 a.C., o Império Egípcio foi agitado por revoltas populares, entrando em período de decadência. A maioria da população era sobrecarregada de impostos e afundava em crescente pobreza. Enquanto isso, o faraó e sua família, os chefes militares e os sacerdotes exibiam luxo, riqueza e poder. Decadência do Egito Depois do século XII a.C., o Egito foi sucessivamente invadido por diversos povos. Em 670 a.C., os assírios conquistaram o Egito, dominando-o por oito anos. Após liberta-se dos assírios, o Egito começou uma fase de recuperação econômica e brilho cultural conhecida com renascença saíta. Essa fase recebeu esse nome porque a recuperação egípcia foi impulsionada pelos soberanos da cidade de Sais. A prosperidade, porém, durou pouco. Em 525 a.C., os persas conquistaram o Egito. Quase dois séculos depois vieram os macedônicos, comandados por Alexandre Magno, e derrotaram os persas. Finalmente, retirando Cleópatra do trono de faraó, o Egito foi dominado pelos romanos, que governaram por 600 anos, até a conquista Árabe