Manejo do catéter venoso totalmente implantado por enfermeiros do

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
TELMA BARBOSA DE OLIVEIRA CÁCERES
MANEJO DO CATÉTER VENOSO TOTALMENTE IMPLANTADO POR
ENFERMEIROS DO PRONTO ATENDIMENTO MÉDICO DO HOSPITAL REGIONAL
DE MATO GROSSO DO SUL/HRMS
CAMPO GRANDE (MS)
2014
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
TELMA BARBOSA DE OLIVEIRA CÁCERES
MANEJO DO CATÉTER VENOSO TOTALMENTE IMPLANTADO POR
ENFERMEIROS DO PRONTO ATENDIMENTO MÉDICO DO HOSPITAL REGIONAL
DE MATO GROSSO DO SUL/HRMS
Monografia apresentada ao Curso de Especialização
em Linhas de Cuidado em Enfermagem – Opção
Urgência e Emergência do Departamento de
Enfermagem da Universidade Federal de Santa
Catarina como requisito parcial para a obtenção do
título de Especialista.
Profª. Orientadora: Drª Sayonara de Fatima Faria
Barbosa
CAMPO GRANDE (MS)
2014
3
FOLHA DE APROVAÇÃO
O trabalho intitulado “Manejo do Cateter Venoso Totalmente Implantado por enfermeiros do
Pronto Atendimento Médico do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul/HRMS” de autoria da
aluna Telma Barbosa de Oliveira Cáceres foi examinado e avaliado pela banca avaliadora, sendo
considerado APROVADO no Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem –
Área Urgência e Emergência.
_____________________________________
Profª. Drª. Sayonara de Fatima Faria Barbosa
Orientadora da Monografia
_____________________________________
Profª. Drª. Vânia Marli Schubert Backes
Coordenadora do Curso
_____________________________________
Profª. Drª. Flávia Regina Souza Ramos
Coordenadora de Monografia
CAMPO GRANDE (MS)
2014
4
DEDICATÓRIA
"Amei meu filho do momento em que ele abriu os olhos até o momento que você os fechou."
Troia
Dedico a conclusão de mais um passo que dou em minha vida profissional aos meus
filhos, Dálete de Oliveira Cáceres e Álefe de Oliveira Cáceres, porque são minha maior razão de
viver, os presentes recebidos de Deus, de valor incalculável, mesmo não sendo merecedora de tal
tesouro.
Todo tempo dedicado a este trabalho e ao curso foi cedido por ambos, porque todas as
minhas horas do dia pertencem a eles. Filhos compreensivos, amáveis, carinhosos, estudiosos,
que mesmo com a pouca idade sabem que a educação é o segundo maior presente que podemos
dar aqueles que amamos, pois ensinar sobre o temor a Deus é o primeiro, porque se não amarmos
a Deus não seríamos capazes de amar ao próximo.
5
AGRADECIMENTOS
Devo agradecimento à minha tutora Mariza da Silva Martins e minha orientadora do
TCC, Profa. Dra. Sayonara de Fatima Faria Barbosa. Ambas guiaram e iluminaram o meu
caminho.
Agradeço aos colegas de profissão e de curso, Renata Cardoso Pereira, Denia Gomes da
Silva Felix e Danilo Vaz Marques pelo apoio e palavras de incentivo.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .........................................................................................................................................8
2. OBJETIVO .................................................................................................................................................9
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...........................................................................................................10
4. METODOLOGIA ....................................................................................................................................12
4.1 LOCAL DO ESTUDO .......................................................................................................................12
4.2 POPULAÇÃO ....................................................................................................................................12
4.3 ELABORAÇÃO DAS OFICINAS E EXPOSIÇÃO DIALOGADAS .............................................13
4. RESULTADOS ESPERADOS ................................................................................................................14
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................................15
REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................................15
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RESUMO
O presente estudo tem como objetivo propiciar a implementação do protocolo operacional padrão
de cuidado de enfermagem com o acesso venoso totalmente implantável por meio da educação
permanente para enfermeiros em unidade de emergência. Para seu alcance, são propostas
atividades educativas com os enfermeiros, que compreendem desenvolvimento de oficinas e
exposição dialogadas, visando identificar o conhecimento que possuem sobre o tema para
posteriormente apresentar os problemas abordados de acordo com procedimento operacional
padrão. Espera-se como resultado desta proposta avaliar as divergências de condutas com relação
aos cuidados com cateter venoso totalmente implantável, modificar práticas inadequadas e
sensibilizar os profissionais da importância da adesão ao protocolo.
Palavras-chave: oncologia; enfermeiros; cateter venoso totalmente implantável; acesso venoso.
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1. INTRODUÇÃO
A equipe de enfermeiros assistenciais do Pronto Atendimento Médico do Hospital
Regional de Mato Grosso do Sul (PAM/HRMS) é formada por profissionais recém-admitidos na
instituição por meio de concurso público, e muitos deles tem essa atuação como a primeira de sua
vida profissional.
Sendo o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) um hospital referência para
várias áreas de especialização médica (cardiologia, neurologia, oncologia, clinica médica,
cirurgia geral, etc), de média e alta complexidade, recebemos pacientes de todo o estado, com
problemas de base diversos, onde são realizados inúmeros procedimentos durante seu
atendimento.
Desde 2010 o HRMS passou, por determinação da Secretaria de Saúde de Mato Grosso do
Sul, a ser referência para atendimento de pacientes portadores de doenças crônicas hematológicas e
oncológicas, tanto para atendimento ambulatorial, administração de esquemas de quimioterápicos,
como também para internação de procedimentos cirúrgicos ou atendimento às intercorrências pós
quimioterapia e outros por razão da própria doença.
Aumentando a demanda no Pronto Atendimento Médico (PAM) de pacientes com
intercorrências onco-hematológicas, os enfermeiros do PAM se depararam com um procedimento
que não era comum, a punção e manejo de cateter venoso totalmente implantado (CVTI), também
conhecidos como Port Cath.
Durante a formação acadêmica nos são apresentados inúmeros protocolos de cuidados de
enfermagem, e nos é ensinada a realização de muitos procedimentos e os quais, muitas vezes, são
vistos apenas na teoria, pois as áreas de prática não são abrangentes.
Por esse e outros motivos, por vezes a própria falta de interesse do profissional em
aprofundar-se, muitos dos profissionais enfermeiros não conhecem o CVTI e sua extrema
importância para os pacientes com alterações onco-hematológicas, que deve ser manuseado de
forma asséptica, mantendo durabilidade para administração de terapia medicamentosa, reposição
volêmica e soluções hipertônicas e concentrações incompatíveis com o acesso venoso periférico
ou de uso prolongado, principalmente: nutrição parenteral, antibioticoterapia e quimioterapia.
A utilização de drogas extremamente vesicantes, utilizadas nos esquemas de quimioterapia
para tratamento das doenças neoplásicas, podem causar danos aos tecidos se houver um
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extravasamento. Por esse motivo é necessária uma via de acesso venoso calibroso e seguro,
propiciada ao paciente com a instalação do CVTI e sua perfeita manutenção.
O atendimento a pacientes com distúrbios oncológicos, tanto adulto quanto infantil, conta
com uma equipe de cinco enfermeiros assistenciais e uma enfermeira gerencial, que na sua
maioria trabalham no regime de plantão diário de 08 horas, não estando presentes durante os
finais de semana. A ausência desses enfermeiros às vezes dificulta o atendimento aos pacientes
que internam nesses períodos de sua ausência, pois sem ninguém que tenha conhecimento sobre
seus cuidados e punção do CVTI, obriga a equipe presente à punção de um acesso periférico, que
é difícil, dolorosa e de pouca durabilidade.
Segundo o Ministério da Saúde, a incorporação de uma nova tecnologia precisa seguir uma
adequada utilização na prática assistencial, de forma a gerar os melhores impactos esperados
sobre a saúde da população. A elaboração e a publicação dos Protocolos Clínicos e Diretrizes
Terapêuticas (PCDTs) têm papel essencial nesse processo (BRASIL, 2010).
A importância de atualização profissional, e assegurar uma assistência de enfermagem
livre de danos também está prevista no código de ética de enfermagem (COFEN, 2007). Assim,
os enfermeiros têm como dever, visando sempre o bom atendimento ao cliente, promover
atualização dos conhecimentos técnicos através da educação continuada.
Diante desta problematização, que é o desconhecimento dos procedimentos de punção e
cuidados com CVTI surgiu a necessidade de treinamento daqueles enfermeiros que se encaixam
nessa população, com o objetivo de diminuir agravos, perdas, garantir melhor atendimento aos
clientes e diminuir a sobrecarga de serviço aos enfermeiros da linha onco/hematológica, assim
justificando a realização deste estudo.
2. OBJETIVO
Implementar o protocolo operacional padrão de cuidado de enfermagem com o acesso
venoso totalmente implantável por meio da educação permanente.
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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, no Brasil, a estimativa para o ano de 2014, que
será válida também para o ano de 2015, aponta para a ocorrência de aproximadamente 576 mil
casos novos de câncer, incluindo os casos de câncer de pele não melanoma, reforçando a
magnitude do problema do câncer no país (BRASIL, 2014).
Na terapêutica oncológica, é frequentemente utilizado o CVTI, que é de extrema importância
para pacientes, tanto adultos, como pediátricos, para a infusão de quimioterápicos, hemoderivados,
administração de soroterapias e medicações, em pacientes que possuem as veias periféricas de difícil
acesso (WINFIELD, KANJI, 2008).
Os CVTI são tubos flexíveis radiopacos feitos de silicone, poliuretano ou teflon. Possuem
uma câmara de titânio em uma das extremidades. A parte central dessa câmara é uma membrana de
silicone chamada de septo, sendo este o local em que são puncionados para acesso ao dispositivo.
Essa câmara é puncionada de maneira asséptica com uma agulha própria para o procedimento, que
possui um ângulo de 90 graus, que proporciona maior segurança na fixação após punção e
denomina-se agulha de Huber. Esses cateteres são chamados de totalmente implantados por não
apresentarem nenhuma parte exteriorizada após sua instalação (BRASIL, 2008).
O uso do CVTI foi ampliado e a qualidade de vida dos pacientes oncológicos e
hematológicos, por não conter componentes exteriorizados, que possam causar alterações da
imagem corporal, confere mais liberdade para mobilização, minimiza os desconfortos, facilitando
manter com mais tranquilidade e normalidade as atividades diárias. A utilização desse dispositivo
tem sido cada vez mais requisitada, mas a sua utilização requer cuidados assépticos para garantir sua
permeabilidade e durabilidade (DI LOURENZO, SALUM, COSTA, 2013).
Os cuidados de enfermagem aos pacientes onco-hematológicos requerer atenção especial
devido a sua especificidade, com o uso do CVTI o cuidado é ainda mais complexo e exige
conhecimento e destreza dos profissionais que o manuseiam. A enfermagem precisa aprofundar seu
conhecimento, lançando diferentes possibilidades, considerando as especificidades deste cuidado
(DI LOURENZO, SALUM, COSTA, 2013).
É fundamental, entretanto, que se defina e revise periodicamente as normas e os
procedimentos sobre o uso dos agentes quimioterápicos antineoplásicos, mantendo programas de
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treinamento e atualização dos profissionais que manipulam esses agentes, para garantir uma
assistência segura tanto para todos os envolvidos no processo (BRUNO ET AL, 2011).
A instalação desse cateter é de responsabilidade médica, mas o manejo diário (punção,
heparinização, curativo) é de responsabilidade do enfermeiro, porem não é privativo deste.
Estudo realizado por Cunha e Leite (2008) mostrou que a utilização do cateter promove
segurança, proporcionada pelo conforto e alívio com a presença do cateter suavizando o
tratamento.
Apesar das vantagens que os CVTI oferecem, esses dispositivos necessitam de manejo de
profissionais experientes e podem ocasionalmente estar associados a complicações, como
sangramento, pneumotórax e infecção, entre outras (WOLOSKER, YAZBEK, NISHINARI,
2004).
É importante conhecer a assistência de enfermagem que vem sendo prestada aos pacientes
oncológicos, uma vez que o manejo inadequado desses dispositivos pode acarretar em prejuízos
para o paciente, tais como interrupção de tratamento por mau funcionamento do catéter, formação
de trombo venoso extenso e dificuldade de removê-lo, o que aumenta o risco de infecção; além
da necessidade de reposicionamento ou troca do dispositivo, gerando alto custo hospitalar
(SOUZA et al, 2013).
As complicações observadas nos estudos evidenciam a necessidade de maiores cuidados
em relação à manipulação dos cateteres. Assim, para garantir a confiabilidade à assistência de
Enfermagem a pacientes com distúrbios hematológicos, por meio de procedimentos seguros,
baseados em ações científicas, é imprescindível a elaboração e utilização de procedimento
operacional padrão (POP) (HONORIO, CAETANO, ALMEIDA, 2011).
Com o objetivo de organizar as funções de Enfermagem através da padronização, é
necessário compreender o processo com o auxílio de uma representação sistematizada como o
Procedimento Operacional Padrão (POP) que descreve detalhadamente os passos a serem
desenvolvidos para adequar e assegurar a qualidade da técnica (GUERRERO; BECCARIA;
TREVIZAN, 2008).
Segundo Honorio e Caetano (2009), as pessoas que ocupam cargos gerenciais precisam
entender que a padronização é o caminho mais seguro para a produtividade e competitividade em
nível internacional, e constitui uma das bases sobre as quais se assenta o moderno gerenciamento.
12
Visando a qualidade contínua da assistência prestada, diversos métodos têm sido
utilizados para o controle e normatização dos serviços de saúde, como a Acreditação Hospitalar.
É possível verificar que um dos fatores exigidos em todas as áreas a serem vistoriadas trata da
necessidade de manuais, protocolos e normas padronizadas que embasem as atividades
desenvolvidas em cada setor (BRASIL, 2002).
O setor de Oncologia/Hematologia adulto e pediátrica utiliza-se de um Protocolo
Operacional Padrão (POP) no manejo de cateter venoso totalmente implantado. Esse POP contém
informações precisas sobre o que é, como manusear e manter o tipo de acesso venoso em
questão.
O objetivo desse projeto é a capacitação de 100% dos enfermeiros assistenciais do
PAM/HRMS, num total de 16 profissionais, dos períodos matutinos, vespertino e noturno,
apresentando à estes o POP utilizado no setor de oncologia adulto e pediátrico, para realizarem
com segurança os cuidados adequados ao paciente com cateter venoso totalmente implantado.
4. METODOLOGIA
4.1 LOCAL DO ESTUDO
A proposta do estudo será realizada em uma Unidade de Pronto Atendimento Médico
(PAM), no hospital público do Governo do Estado, o Hospital Regional de Mato Grosso do
Sul/HRMS, localizado na Cidade de Campo Grande, no Estado de Mato Grosso do Sul.
4.2 POPULAÇÃO
Os sujeitos do estudo serão os enfermeiros que atuam no PAM, num total de 16
profissionais, independente do tempo de serviço na unidade.
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4.3 ELABORAÇÃO DAS OFICINAS E EXPOSIÇÃO DIALOGADAS
O processo de educação continuada será realizado por meio da realização de oficinas e
exposições dialogadas, que serão planejadas e executadas antes das oficinas. O plano de
atividades a serem desenvolvidas foi elaborado com as seguintes fases:
-
Preparação dos conteúdos para apresentação e discussão com os profissionais;
-
Seleção de recursos materiais e didáticos;
-
Organização do espaço físico;
-
Agendamento prévio das oficinas e exposições dialogadas com os profissionais;
-
Realização de oficinas e exposições dialogadas para demonstração dos procedimentos e
atualização dos enfermeiros;
-
Avaliação das atividades junto aos enfermeiros
Para a realização das oficinas e exposições dialogadas, será utilizado o espaço físico de
educação do continuada disponível no próprio hospital, estando prevista a utilização de recursos
materiais e didáticos como: notebook, projetor, conteúdos e referenciais a temática.
Serão utilizados recursos audiovisuais para apresentação dos temas e imagens, a
elaboração dos slides será realizada. Serão realizadas dinâmicas tanto para promover interação
entre os participantes das oficinas como para demonstração de técnicas abordadas no POP de
manuseio do cateter implantável, que será apresentado ao final de cada oficina.
Após o planejamento das atividades, da seleção de recursos didáticos e materiais, da
organização do ambiente para realização das atividades, preparação do conteúdo e dinâmicas
utilizadas, serão agendados os dias para implementação das atividades com os enfermeiros, de
acordo com as escalas de plantão, de modo que não dificulte a participação.
Implementação das oficinas
A implementação das atividades propostas terá início com a realização de uma oficina
com exposição dialogada. Para esta atividade, os participantes serão dispostos em círculo com a
finalidade de instigar a discussão, dúvidas e debates durante a oficina. Em seguida, será iniciada a
atividade, com uma discussão sobre o cateter, implicações, indicações, contra-indicações,
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cuidados de enfermagem e registro, de modo que todos os participantes da atividade fiquem a
vontade para expor o conhecimento que possuem sobre o tema, dúvidas e questões que possam
ser identificadas. Após esse primeiro momento, procederei a apresentação dos problemas
abordados de acordo com o POP, com auxílio de referenciais e imagens projetados para ilustrar a
apresentação, que será permeada pela discussão de todos os tópicos, com ampla participação dos
enfermeiros. De modo a propiciar um contato mais aproximado com o referencial a ser exposto
nesta atividade, será oferecido aos participantes um exemplar do POP, ressaltando que ele
encontra-se disponível para consulta na unidade. A oficina será finalizada com a avaliação da
atividade pelos participantes.
4. RESULTADOS ESPERADOS
O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, sendo um hospital escola, está
constantemente realizando educação continuada para toda equipe multidisciplinar, e os
responsáveis por estes eventos estão sempre abertos a sugestões e apoio nas atividades.
O resultado esperado desde o levantamento de problemas é avaliar as divergências de
condutas com relação aos cuidados com cateter venoso totalmente implantável, corrigir maus
hábitos e sensibilizar a todos que uma conduta inadequada pode trazer sérias consequências aos
nossos clientes, interferindo no esquema de tratamento e até causar danos irreversíveis.
Temos uma equipe jovem e inexperiente, e a educação continuada serve para construir e
reconstruir práticas de cuidado adequadas, na tentativa de propor mudanças necessárias, e propor
mudanças requer paciência, habilidade e conhecimento científico.
Com o objetivo de obter conhecimento cientifico para essa atuação, foi feita revisão
bibliográfica, e também consultados parceiros de atuação que possuem experiência de muitos
anos nos serviços de oncologia.
Com a aplicação de educação continuada sobre o manejo dos cateteres totalmente
implantáveis, acredita-se que o objetivo do trabalho será atingido, pois durante conversa prévia
com os parceiros, todos mostraram-se interessados no tema e acharam de muita importância,
sendo que a cada dia cresce o número de pacientes portadores deste tipo de cateter em nossa
unidade hospitalar.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O momento de reflexão que tenho vivenciado para desenvolver a proposta deste estudo,
enfatizou a importância da educação permanente, principalmente por vivermos continuamente a
necessidade de atualização dos cuidados de enfermagem, e pelo compromisso da profissão em
sempre buscar um cuidado de qualidade.
Espero que o desenvolvimento das atividades previstas contribua para a formação no
trabalho, e estimule a equipe de enfermagem a transformar a sua prática, além de estimular a
reflexão dos enfermeiros para a realização de outros estudos, confirmando que o conhecimento
não pode ser separado da ação.
REFERÊNCIAS
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