Um Pastor Desafiado – Uma Igreja Exortada – Pr. Ronaldo G

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“Um Pastor Aprovado – Um Pastor Desafiado – Uma Igreja Exortada”1
Pr. Ronaldo Gomes de Souza
Introdução
A carta de II aos Coríntios é um texto intrigante e paradigmático nas relações que
podem ser desenvolvidas entre um pastor e uma igreja. Conquanto se vão aproximadamente
20 séculos dos fatos registrados na carta, eles continuam sendo atuais, porque igrejas
continuam a existir sendo formadas por pessoas, seres humanos que conquanto salvas, ainda
carregam traços de sua humanidade, gente com virtudes e defeitos. Líderes e pastores também
são gente, possuem virtudes e defeitos, como o apóstolo Paulo os possuía e admitia.
E cá estamos nós, neste dia singular, reunindo esses dois elementos essenciais no
projeto dinâmico de Deus – sua igreja e seus pastores, colocados por Ele mesmo para
vivenciarem os desafios desta relação que Ele está usando para, mesmo a despeito de todos
esses ingredientes desafiadores, ocorrências e intercorrências, preparar sua noiva, para o seu
retorno glorioso.
Daí a escolha deste texto para um rápido esboço de seu conteúdo, procurando nele os
ensinos do Senhor para este tempo na vida do Pastor Alceir, do Pastor Zacarias e da Igreja
Batista em Parque Guarus e de todos os que aqui estamos.
1 – Um pastor avaliado em seu caráter – uma pastor desafiado em seu caráter – uma
igreja que confirma o caráter de seu pastor.
Este é o nosso orgulho: A nossa consciência dá testemunho de que nos temos conduzido no
mundo, especialmente em nosso relacionamento com vocês, com santidade e sinceridade
provenientes de Deus, não de acordo com a sabedoria do mundo, mas de acordo com a graça
de Deus. (II Coríntios 1:12).

santidade (aplóteti – simplicidade, franqueza) e sinceridade (elilikrineía – sinceridade,
pureza)

sinceridade (elilikrineía – sinceridade, pureza)

do mundo (sarkinê – ou sabedoria carnal, puramente humana, que não é obra do
Espírito Santo, mas da própria natureza humana guiada pelo desejo pecaminoso da
carne)
1
Mensagem na Posse do Pastor Zacarias Chaves da Silva na Igreja Batista em Parque
Guarus – 07 de outubro de 2015.
Ao defender seu caráter, sua fidedignidade diante das calúnias que estavam sendo
espalhadas a seu respeito, Paulo apela para o testemunho da sua consciência e para o
conhecimento em primeira mão que os coríntios tinham acerca do caráter dele, visto que os 18
meses que estivera entre eles por certo foram suficientes para os coríntios atestarem a
integridade dele.
Ao contrário de muitos, não negociamos a palavra de Deus visando lucro; antes, em Cristo
falamos diante de Deus com sinceridade, como homens enviados por Deus. (2 Coríntios
2:17).
Neste verso, Paulo refere-se aos falsos mestres que se haviam infiltrado na igreja de
Corinto, agindo de maneira insincera, auto-suficiente e orgulhosa. Usavam de astúcia e de um
mundano poder de convencimento com a intenção principal de arrancar dinheiro dos
membros daquela igreja. Paulo lembra àqueles irmãos o contraste de suas atitudes, pois lhes
tinha pregado o Evangelho sem receber nada em troca, tomando inclusive o cuidado de não
ser um fardo financeiro aos crentes de Corinto. Não é que o apóstolo fosse contrário ao
sustento vindo da igreja, mas no caso particular de Corinto ele percebeu que isso poderia ser
uma armadilha contra sua integridade, o que ele argumenta em I Coríntios 9:7-15.
Não damos motivo de escândalo a ninguém, em circunstância alguma, para que o nosso
ministério não caia em descrédito. (II Coríntios 6:3).
A preocupação do apóstolo é ter uma vida exemplar, pois não deseja que o ministério
caia em descrédito. A questão de carisma, poder e caráter tem sido um limiar tênue no
ministério e talvez (é uma opinião pessoal) cause mais estrago que até mesmo algumas
heresias, quando o pastor deixa a desejar em relação ao seu caráter.
2 – Um pastor avaliado e aprovado em sua integridade – Um pastor desafiado a ser
aprovado em sua integridade - Uma igreja que é a prova da integridade do ministério
pastoral.
Será que com isso, estamos começando a nos recomendar a nós mesmos novamente? Será que
precisamos, como alguns, de cartas de recomendação para vocês ou da parte de vocês? Vocês
mesmos são a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos. Vocês
demonstram que são uma carta de Cristo, resultado do nosso ministério, escrita não com tinta,
mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de corações
humanos. (2 Coríntios 3:1-3).
A grande quantidade de impostores que se diziam mestres tornou necessário que cartas
de recomendação fossem apresentadas quando alguém ainda desconhecido se apresentava
diante da igreja com a pretensão de ensinar as verdades apostólicas. Alguns falsificavam estas
cartas só para alcançar prestígio e ser reconhecido como mestre nas igrejas. No entanto, Paulo
não precisava desse tipo de confirmação. A própria igreja era a sua carta de apresentação. Não
era uma carta selada, lacrada, mas lida e vista por toda cidade de Corinto. O poder da
transformação do Evangelho na vida daqueles irmãos era a inequívoca confirmação de que o
apóstolo tinha sido instrumento de Deus para imprimir na vida daquela igreja as verdades
eternas do Evangelho. Uma carta escrita com tinta, aos poucos vai perdendo sua clareza, sua
nitidez, as letras vão perdendo seu brilho. Mas o que Paulo escrevera na vida dos Coríntios,
tinha efeito permanente, pois a impressão tinha sido feita com o próprio Espírito que é vivo e
vivifica. É óbvio que o apóstolo tem em mente aqui o contraste entre a antiga e a nova
aliança; esta, abrangente e duradoura, pois foi selada com o sangue de Jesus. É esta verdade
que acompanhou o ministério do Pastor Alceir aqui na igreja em Parque Guarus. Esta igreja
(não os prédios construídos sob sua administração) mas a igreja, expressão local do corpo de
Cristo é a prova cabal, inequívoca de um ministério exercido com integridade
3 – Um pastor avaliado e aprovado na dependência da graça – Um pastor desafiado a
depender da graça – Uma igreja exortada a viver sob a graça.
Mas graças a Deus, que sempre nos conduz vitoriosamente em Cristo e por nosso intermédio
exala em todo lugar a fragrância do seu conhecimento; porque para Deus somos o aroma de
Cristo entre os que estão sendo salvos e os que estão perecendo. Para estes somos cheiro de
morte; para aqueles fragrância de vida. Mas, quem está capacitado para tanto? (2 Coríntios
2:14-16).
Um ministério só será vitorioso se for exercido sob a égide da graça de Cristo. Uma
igreja só será vitoriosa se viver sob os auspícios da graça de Deus. A fé triunfante leva a
louvar a suficiência da inesgotável graça de Deus, que atua em todas as situações imagináveis,
mesmo as mais ameaçadoras e destrutivas que aparecerem. Não importam as aparências, a
igreja do Senhor e o ministério que a lidera são sempre conduzidos em triunfo quando ambos
vivem sob a graça de Deus. Paulo tem em mente, em verso 14 a procissão romana de triunfo,
em que o general vitorioso, em desfile festivo, conduzia soldados e prisioneiros de guerra
capturados, enquanto o povo olhava e aplaudia, com o ar carregado dos perfumes
provenientes da queima de especiarias para celebrar a vitória do poderoso exército romano.
É assim o cristão convocado para a guerra espiritual. É levado em triunfo por Deus em
Cristo. E é por meio do cristão que Deus espalha para todos os lugares a “fragrância” do
conhecimento de Cristo, embora esse perfume seja recebido de maneira diferente por aqueles
aos quais ele chega.
Não que possamos reivindicar qualquer coisa com base em nossos próprios méritos, mas a
nossa capacidade vem de Deus. (II Coríntios 3:5).
Este verso responde à pergunta feita em 2:16. É pela vontade graciosa de Deus que o
pastor é chamado. Primeiro para a salvação, depois para o ministério; é pela graça que o
ministério é realizado e é pela graça que pastor e igreja caminham sob a direção de Cristo.
Mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede
provém de Deus, e não de nós. (II Coríntios 4:7)
Este verso reforça a supremacia da graça para o viver cristão do pastor e igreja. Era
comum na antiguidade esconder tesouros em vasos de barro para despistar possíveis ladrões,
pois vasos de barro não possuíam valor ou beleza e assim não chamavam a atenção nem para
si mesmos nem para o tesouro ali escondido. A beleza poética deste texto mostra-nos uma
extraordinária verdade: a nossa fragilidade e insuficiência humana. Quem é Alceir? Quem é
Zacarias? Quem é Ronaldo? Quem somos nós, queridos – pastores e igreja – para recebermos
um tesouro tão valioso em nossas vidas. Este tesouro é o evangelho, o amor de Deus, a
incomparável e insubstituível graça divina. Somos barro, vasos de barro. Aliás, Isaías vai
mais além, diz que somo caco entre outros cacos: "Ai daquele que contende com seu Criador,
daquele que não passa de um caco entre os cacos no chão. Acaso o barro pode dizer ao
oleiro: ‘O que você está fazendo? ’ Será que a obra que você faz pode dizer: ‘Ele não tem
mãos’ (Isaías 45:9). Este poder que a tudo excede e nos faz continuar vem de Deus e não de
nós. É a absoluta insuficiência do homem que revela a suficiência total de Deus em nossas
vidas. É preciso concentrarmo-nos no tesouro, não no vaso.
4 – Um pastor aprovado nos paradoxos cotidianos do ministério – Um pastor desafiado a
enfrentar os paradoxos cotidianos do ministério – Uma igreja que reconheça e não pese
ainda mais os paradoxos cotidianos do ministério.
De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não
desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos.
Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja
revelada em nosso corpo. Pois nós, que estamos vivos, somos sempre entregues à morte por
amor a Jesus, para que a sua vida também se manifeste em nosso corpo mortal. De modo que
em nós atua a morte; mas em vocês, a vida. (2 Coríntios 4:8-12).
Pelo contrário, como servos de Deus, recomendamo-nos de todas as formas: em muita
perseverança; em sofrimentos, privações e tristezas; em açoites, prisões e tumultos; em
trabalhos árduos, noites sem dormir e jejuns; em pureza, conhecimento, paciência e bondade;
no Espírito Santo e no amor sincero; na palavra da verdade e no poder de Deus; com as armas
da justiça, quer de ataque, quer de defesa; por honra e por desonra; por difamação e por boa
fama; tidos por enganadores, sendo verdadeiros; como desconhecidos, apesar de bem
conhecidos; como morrendo, mas eis que vivemos; espancados, mas não mortos;
entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas
possuindo tudo. (2 Coríntios 6:4-10).
A graça de Deus não livra o servo de Deus seja qual ministério ele exerça das
vicissitudes cotidianas. A graça não nos livra das adversidades, dos paradoxos do ministério;
ela nos sustenta nos paradoxos do ministério. O tempo não nos permite aqui aprofundarmonos nos contrastes que cada uma dessas antíteses nos apresenta, mas elas nos falam dos
sofrimentos do ministério. Paulo não temia os sofrimento nem as tribulações, pois sabia que
Deus guardaria o vaso enquanto esse guardasse o tesouro: “Essa sã doutrina se vê no glorioso
evangelho que me foi confiado, o evangelho do Deus bendito”. (I Timóteo 1:11). Deus
permite as tribulações; ele as controla e as usa para a sua glória. Deus é glorificado por meio
de vasos frágeis. James Hudson Taylor, o missionário que evangelizou o interior da China,
costumava dizer: “Todos os gigantes na fé foram homens fracos que fizeram grandes coisas
por Deus, pois contaram com sua presença”.
Muitas vezes Deus permite que nossos vasos sejam sacudidos de forma a derramar
parte do tesouro e enriquecer a outros. O sofrimento revela não apenas as nossas fraquezas,
mas também a glória de Deus. Daí os paradoxos: vasos de barro x poder divino; a morte de
Jesus x a vida de Jesus; a morte em ação x a vida em ação. A mente natural não é capaz de
compreender esse tipo de verdade espiritual, portanto não consegue compreender como o
cristão triunfa sobre o sofrimento.
Assim como se deve concentrar no tesouro, não no vaso, também se deve concentrar
no Mestre, não no servo. Se sofremos é por amor a Jesus. Se morremos para nosso ego, é para
que a vida de Cristo seja revelada em nós. Se passamos por tribulações, é para que Cristo seja
glorificado. Ao servir a Cristo, a morte opera em nós, mas a vida opera naqueles aos quais
ministramos. É o preço do ministério. Como bem diz John Henry Jowett: “O ministério que
nada custa nada realiza”. “A prova do verdadeiro ministério não está em suas condecorações,
mas sim em suas escoriações” (Warren W. Wiersbe). “Quanto ao mais, ninguém me moleste;
pois eu trago no corpo as marcas de Jesus” (Gálatas 6:17) era o que Paulo podia dizer.
Mas a igreja precisa, tem o dever de ter espírito de cooperação e obediência para não
pesar ainda mais o trabalho ministerial. Muitas igrejas não fazem idéia do preço que um
pastor paga a fim de ser fiel ao Senhor, não apenas em relação às tribulações do ministério,
mas também de sua vida pessoal, familiar, social, emocional. Pastor é gente também! É ser
humano, irmãos! Não se esqueçam disso. (Certa vez, ao cumprimentar uma irmã ao final do
culto, algo que até não faço com muita freqüência, esta me disse: pasto que mão fininha, nem
uma calozinho. Eu repliquei – com muito carinho, claro – É verdade irmã, o problema é que
seus olhos e suas mãos não podem ver os calos no coração).
Como perseverar então? Como o Pr. Alceir chegou até aqui e como você, Pr. Zacarias,
chegará até o tempo que Deus determinar? Lembrando que somos privilegiados por possuir o
tesouro do evangelho em vasos de barro.
5 – Um pastor aprovado por visualizar a recompensa atemporal do ministério – Um
pastor desafiado a esperar pela recompensa atemporal do ministério – Uma igreja
exortada a acompanhar a visão do que é eterno no lugar do que é temporal.
Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente
estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão
produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os
olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que
não se vê é eterno. (2 Coríntios 4:16-18).
Qual a recompensa maior daquele que serve na causa do Mestre? O que o faz
prosseguir, se as adversidades e paradoxos estão presentes? O que leva o pastor a dizer como
o apóstolo Paulo: “...não desanimamos”. No exterior somos desgastados (diaftheíretai –
presente indicativo passivo - ação contínua, que indica o processo contínuo de desgaste, de
decomposição); no interior somos renovados (anakaivoûtai – presente indicativo passivo, que
enfatiza a renovação contínua). É por isso que é possível prosseguir. Se o desgaste é contínuo,
a renovação também o é. A renovação interior vence a destruição exterior e no fim acaba
vencendo a própria morte.
As dificuldades do cristão, sejam quais forrem, perdem importância quando vistas na
perspectiva da eternidade, da glória eterna, que pesa mais que todos eles. A idéia trazida pelo
texto no original é de alguma coisa totalmente fora de proporção. Por comparação, a glória
eterna é muito maior que todos os sofrimentos que a pessoa poderá experimentar nesta vida.
As experiências e circunstâncias desta vida, muitas vezes dolorosas e desconcertantes, são o
que nós, os crentes, temos de visível; mas, na perspectiva da Palavra de Deus, não passam de
fenômenos de nossa condição de forasteiro, nesse mundo caído, sendo por isso mesmo
temporários e fugazes. Queridos, se fixarmos os olhos nessas coisas visíveis, perderemos o
ânimo; em contrapartida, as realidades invisíveis, não menos reais por não poderem ser vistas,
são eternas e imperecíveis. Por isso procuramos olhar para o alto, não para as aparências
transitórias no cenário deste nosso mundo decaído e pecaminoso.
6 – Um pastor aprovado por sua singularidade – Um pastor desafiado a exercer um
ministério singular – Uma igreja exortada a entender a singularidade do novo
ministério.
Não temos a pretensão de nos igualar ou de nos comparar com alguns que se recomendam a si
mesmos. Quando eles se medem e se comparam consigo mesmos, agem sem entendimento.
Nós, porém, não nos gloriaremos além do limite adequado, mas limitaremos nosso orgulho à
esfera de ação que Deus nos confiou, a qual alcança vocês inclusive. Contudo, "quem se
gloriar, glorie-se no Senhor", pois não é aprovado quem a si mesmo se recomenda, mas
aquele a quem o Senhor recomenda. (2 Coríntios 10:12,13,17,18).
Mesmo que eu preferisse gloriar-me não seria insensato, porque estaria falando a verdade.
Evito fazer isso para que ninguém pense a meu respeito mais do que em mim vê ou de mim
ouve. (II Coríntios 12:6).
Estes versos são desafiadores para nós, pastores, e temos inclusive de confessar o
quanto é possível que já tenhamos atravessado muitas vezes essa tênue linha do orgulho, da
competição e do desejo de aplausos. Muitas vezes podemos nos surpreender gostando de
mostrar nossos feitos, o quanto nossa igreja progrediu, como sua estrutura evoluiu, etc, como
se Deus nos medisse por estas coisas. O conceito mundano de sucesso pode sorrateiramente
(para alguns intencionalmente) adentrar nossa mente, nossas atitudes e sentimentos. Alguém
disse como muita propriedade: “Deus não nos chamou para termos sucesso, mas para sermos
fieis”.
Ministério não é competição. Pastor Zacarias não foi colocado por Deus aqui para
competir com o seu antecessor, nem nós queridos colegas estamos no ministério para
competirmos uns com os outros. Tal atitude seria a mais veemente prova de carnalidade e de
ofensa ao sentido maior de ser pastor:
7 – Um pastor aprovado apresenta o troféu de sua aprovação - Um pastor desafiado a
buscar essa aprovação – Uma igreja submissa a Deus e a seu pastor, que foi ministrada
por 45 anos dentro da uma visão e disposta a continuar nesta submissão para continuar
sendo abençoada por Deus.
Que troféu é este? O que o Pr. Alceir levará consigo como troféu dos 45 anos de
ministério à frente desta igreja? O que o Pr. Zacarias irá perseguir como alvo de seu
ministério à frente desta igreja, pelo tempo que o Senhor determinar? Que visão é esta, da
qual estamos falando que pastores e igreja precisam abraçar e viver?
Das 13cartas pastorais escritas por Paulo, todas elas ele inicia falando de forma explícita ou
implícita de duas convicções que o acompanhavam em seu ministério:
1 - Ele era servo de Jesus Cristo;
2 – Ele não escolheu ser apóstolo, o era pela vontade de Deus, foi escolhido por Deus.
Destas duas convicções e realidades vinha sua autoridade, e se eram oriundas de Deus,
ninguém poderia tirar dele tais credenciais.
Conclusão
Pr. Alceir: o senhor chegou até ao jubileu de ouro ministerial e aos 45 anos de
ministério à frente desta igreja, porque, entendo e atesto isso pelo convívio que temos tido
durante pelo menos 30 desses 50 anos, porque viveu e exerceu o ministério pastoral a partir
desta autoridade dada por Deus: servo pela vontade de Deus.
Pr. Zacarias: você exercerá um ministério aprovado por Deus à frente desta igreja, se
viver e exercer o ministério pastoral a partir da autoridade dada por Deus: servo pela vontade
daquele que o chamou.
Igreja Batista em Parque Guarus: vocês continuarão como igreja que ama e prega a
verdade, se continuarem se submetendo à autoridade do servo-pastor que Deus tem dado a
vocês neste tempo.
Ninguém neste mundo foi mais servo do que Aquele que tudo podia reivindicar, mas
nos ensinou a mais bela e difícil lição: estarmos dispostos a servir:
Jesus sabia que o Pai havia colocado todas as coisas debaixo do seu poder, e que
viera de Deus e estava voltando para Deus; assim, levantou-se da mesa, tirou sua capa e
colocou uma toalha em volta da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e começou
a lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura.
Chegou-se a Simão Pedro, que lhe disse: "Senhor, vais lavar os meus pés?" Respondeu Jesus:
"Você não compreende agora o que estou lhe fazendo; mais tarde, porém, entenderá". Disse
Pedro: "Não; nunca lavarás os meus pés". Jesus respondeu: "Se eu não os lavar, você não terá
parte comigo". Respondeu Simão Pedro: "Então, Senhor, não apenas os meus pés, mas
também as minhas mãos e a minha cabeça!". (João 13:3-9).
Lavar os pés era uma tarefa servil, reservada aos escravos. Nessa ocasião, não havia
empregado, e nenhum discípulo se ofereceu. Além de oferecer uma lição sobre a humildade,
Jesus estava ali exemplificando a abnegada entrega que em pouco faria de sua própria vida na
cruz. Este episódio torna-se ainda mais significativo quando lembramos que em algum
momento da trajetória do grupo de discípulos com seu Mestre, dois deles quiseram buscar um
lugar de destaque e privilégios junto a Jesus. Jesus iniciou este ato sublime de exemplo de
servir, sem falar, sem justificar. A eloqüência estava no ato, não precisava discurso. Servir é
ação, não discurso.
PR. ALCEIR: SERVIR – ESTE É O TROFÉU DO PASTOR-SERVO DE DEUS.
PR. ZACARIAS: VIVA PARA QUE AO ENCERRAR AQUI O MINISTÉRIO
QUE DEUS TE DEU, POSSA TAMBÉM ABRAÇAR ESTE TROFÉU!
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