suas asas, “mas (que triste este mas, como dói, como muitos lamentarão naquele dia do Juízo) vós não o quisestes!” – ILUSTRAÇÃO: A galinha vermelha. Flávio Josefo, historiador judeu, afirma em seus livros sobre a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C: “A maior desgraça que um povo tenha sofrido desde a fundação do mundo, não pode ser comparada com a miséria que o povo de Israel viveu com a destruição de sua cidade”. Afirma que 3 milhões de judeus de todos os lugares se reuniam entre os muros para celebrar a festa da páscoa, que destes 1.100.000 morreram de fome, sede, doença e ao fio da espada. - 600.000 morreram queimados dentro e nos arredores do templo; 100.000 foram vendidos como escravos para a Alexandria; 2.000 foram levados às arenas, aos circos dos leões em Roma, para serem comidos por estes animais ferozes, vivos. Triste saldo em conseqüência da rejeição da Palavra de Deus, pura e verdadeira. Nada ficou, nenhuma pedra sobre outra. Jerusalém ficou reduzida a um montão de ruínas. E por vinte e um séculos se encontraram apenas os “muros das lamentações”. Israel, como aquele cidadão americano, rejeitou o indulto, o perdão do Salvador, e sentiu na carne, no fundo da alma a sentença: Seja executado imediatamente”, tantos continuam rejeitando a graça de Deus. A história se repete. Nosso Deus, querendo a salvação de todos, ainda hoje está chamando. Foi por meio muitas mensagens de Cristo que o Espírito Santo chamou a todos nós: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hb 3.7b, 8a). - No decorrer de nossas vidas foi e continua sendo anunciado o convite de Jesus: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai senão por mim. Eu sou a porta. Se alguém entra por mim, será salvo; entrará e sairá e achará pastagem. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. Eu lhes dou a vida eterna. Quem crê, tem a vida eterna” (Ev. de João, vários capítulos). Felizes os que aceitaram, creram e crêem em Jesus e em suas palavras! A glória de Deus revelada em Cristo Jesus, nosso Salvador, brilhe sobre e dentro de nós, através do Espírito Santo, agora e sempre. Amém. A mensagem de nosso Salvador Jesus Cristo para este momento, tirado do Evangelho de hoje, Lc 13.31-35, nos conduza a refletirmos em suas palavras, cf. vers. 34: “Jerusalém, Jerusalém! Que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviado! Quantas vezes quis eu reunir teus filhos como a galinha ajunta os do seu próprio ninho debaixo das asas, e vós não o quisestes!” O Espírito Santo abra nossas e nossos corações para guardarmos e praticarmos os ensinamentos de nosso Salvador! Amém? Prezados irmãos e irmãs. *** A história que vou contar, embora rara e estranha, é tida por verdadeira. Um cidadão americano fora condenado à morte na cadeira elétrica. Seus familiares, porém, querendo libertá-lo desta pena máxima, apelaram ao presidente dos E.U.A. O presidente, após examinar o pedido, anulou o julgamento e concedeu-lhe o indulto – o perdão. Ordenou que o preso fosse libertado imediatamente. Os familiares, contentes, acompanhados de seu advogado, foram à cela do prisioneiro e lhe anunciaram a grande notícia: a liberdade assinada pelo presidente. Mas para surpresa geral dos familiares, das autoridades e dos demais presos, o cidadão condenado à morte – recusou a liberdade, o indulto, o perdão concedido, desprezando a mais alta autoridade da nação. O assunto voltou ao presidente. E este, após saber da recusa, assinou nova sentença nestas palavras: “Quem rejeita a liberdade, não merece o indulto. Seja executado imediatamente”. Nosso Deus e Salvador, a mais alta autoridade deste universo, dentro do seu coração santo, justo e misericordioso – tem apenas uma grande vontade: A absolvição total e geral de toda a humanidade! Desta vontade de Deus, o profeta Ezequiel afirma: “Tão certo como eu vivo, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu mau caminho e viva”. O apóstolo Paulo lembra esta mesma verdade: “Deus nosso Salvador, deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Tm 2.3,4). Jesus abre os braços e convida: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei... darei descanso às vossas almas” (Mt 11.28, 29c). A salvação que Deus realizou por meio de Cristo é universal. Todas as pessoas, de todos os tempos, de todas as idades, de todas as cores e de todas as nações e posições sociais podem receber a absolvição de todos os seus pecados e iniqüidades, - podem receber o indulto que os liberta do fogo do inferno e das garras de Satanás, podem receber a vida eterna nos céus. Esta é a vontade de Deus, e sempre assim foi. Deus quer que cada um receba com alegria e gratidão este indulto (perdão). É um valioso presente que quando rejeitado ou colocado de lado, levará o Senhor a assinar sua sentença: seja condenado. Foi exatamente isto que aconteceu com muitos do povo de Israel, e particularmente ao povo da cidade de Jerusalém. - Jesus anunciou, por meio dos pregadores, profetas, pastores, o indulto assinado com o seu sangue derramado na cruz, mas houve desprezo, rejeição e eliminação dos que anunciavam o perdão, os profetas de Deus. Por isso, com muita tristeza, teve de dizer: Eu queria a vossa salvação, “mas vós não o quisestes!” Qual deveria ter sido o procedimento de todos? Qual deve ser o meu, teu procedimento diante do chamado de Jesus? - O que ouvimos na leitura do AT, cf. Jr 26.13: “Agora emendai (mudem) os vossos caminhos e as vossas ações (a maneira de viver e agir), e ouvi a voz do Senhor vosso Deus; então se arrependerá (mudará de idéia) o Senhor do mal (desgraça) que falou contra vós outros”. Nosso Salvador jamais poderá ser acusado pela perdição daqueles que rejeitam a graça de Deus em suas vidas. - Eis que Ele se lamentou ao saber que o povo de Jerusalém não quiseram se arrepender, mudar de direção, dar meia volta e entrar no caminho de Deus para nunca mais sir dele. Em Lc 19.41, quando voltou a Jerusalém mais tarde, após ter sido recebido festivamente (Domingo de Ramos), lemos: “Quando ia chegando, vendo a cidade (os corações das pessoas), chorou”. Chorou por causa da impenitência e incredulidade de seu povo, por causa da indiferença ao seu Evangelho de perdão e salvação. - São lágrimas do bom Pastor, lágrimas do Redentor da humanidade, que mais tarde se transformaram em sangue na cruz do Calvário. Uma profecia foi feita pelo próprio Jesus a Jerusalém pela rejeição ao seu indulto, da graça e do amor de Deus, que 40 anos mais tarde se cumpriu. Jerusalém, a cidade na qual se erguia o majestoso templo de Deus, agora encontrava-se ameaçada e mergulhada numa tríplice desgraça: a) subjugada e dominada pela espada do governo romano; b) com problemas internos de revolução e pela confusão dos mais diversos partidos políticos; c) enferma e aleijada pelo ódio e rancor, egoísmo e orgulho, hipocrisia, rejeição da Verdade que salva e liberta, - que “poderia fazer sábia para a salvação pela fé em Cristo Jesus”. Por que, ó Jerusalém? Por que, ó filhos de Israel? Por que, ó povo de (nome de seu local)? Não ouvis, não obedeceis o meu chamamento? Por que não vos arrependeis de vossos pecados? Por que resistis ao Espírito Santo? - Por que não me aceitais como vosso Salvador? Eu vos amo. Dei minha vida na cruz por vós. Meu sangue vos purifica de todo o pecado! - Eu quero dar garantia de salvação às vossas almas; quero proteger-vos de todo mal, de desgraças, das tentações do diabo e de suas armadilhas. Eu quero receber-vos em meus braços e proteger-vos debaixo deles. Assim como a galinha protege, ajunta os seus pintinhos debaixo de Terão sempre para sai o conforto e o consolo que o Senhor nos dá em sua Palavra, como em Rm 5.8,9: Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira”. - Ou como lemos a bela confissão de fé do ap. Paulo: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). JESUS é o sacrifício agradável a Deus, o sacrifício que nos leva de volta ao Pai, que afasta de nós a desgraça maior – nossa condenação eterna, dando-nos a vida eterna Sim, Deus está do lado daqueles que crêem e lhe obedecem, que lhe são fiéis, dos que confiam em Cristo e no perdão que ele concede cada vez que se arrepende de seus pecados. - Estes são os seus protegidos. O ap. Paulo escreveu aos cristãos de Roma: “Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8.31). Jesus que quer continuar reunindo seus filhos nesta sua casa (igreja), para adorá-lo e lhe prestar culto, que quer sempre ver seus filhos vindo em direção ao altar para receber seu corpo e sangue na Santa Ceia, - quer ver cada um de nós, além de nós encher nossos pratos à beira do fogão ou à mesa, que nos alimentos diariamente de sua Palavra, quer nos ver à beira da cama, de joelhos, em oração. Porque quer nos dar a alegria da salvação e suas bênçãos enquanto estivermos neste mundo tão pecador. Por isso, cada um possa, com toda a sinceridade dizer-lhe: Tal como estou, tão pecador, / confiando em teu divino amor, A teu convite chego aqui - / Cordeiro santo, venho a ti! Amém. SERMÃO 2º Domingo na Quaresma Série Trienal C Texto: Lucas 13.31-35 Tema: Jesus quer reunir seus filhos. Domingos Martins, Pedra Azul, 26 de fevereiro de 2010. Fonte: Reformulação sermão de 06.04.79 – adaptado de Preciso Falar, vl. 2 – p. 226).