CÂMPUS: Rio do Sul LABORATÓRIO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS RELATÓRIO DE ATIVIDADE Curso: Licenciatura em Física Disciplina: Física 2 Turma: 2013.2 Professor: Bruno Data: Tema da aula: Dinâmica Conteúdos relacionados: Leis de Newton, aplicações da 2ª lei de Newton Objetivos: Relacionar força e aceleração como grandezas diretamente proporcionais. Aplicar a 2ª Lei de Newton em situações reais através de medidas de aceleração e força Metodologia utilizada/descrição das atividades (anexar modelos): Em anexo. Avaliação/autoavaliação: A atividade funcionou como esperado e os alunos tiveram bom desempenho, porém devido ao reduzido número de equipamentos os alunos precisaram formar grupos maiores do que seria o ideal. Anexos: Abaixo Bibliografia sugerida: Física 1 (Halliday, Resnick) 4ªed. Curso – Física-Licenciatura Disciplina – Física II – Mecânica (2ª fase) Professores – Otávio Bocheco e Bruno Leal Dias Semestre 2013-2 07/11/2013 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Aplicações da 2ª Lei de Newton Material: Trilho de ar, carrinho, massas acopláveis, gancho lastro, roldana, sensores fotoelétricos, cronômetro multifuncional, transferidor. 1 – OBJETIVOS: Relacionar força e aceleração como grandezas diretamente proporcionais. Aplicar a 2ª Lei de Newton em situações reais através de medidas de aceleração e força. 2 – INTRODUÇÃO TEÓRICA Se isto é é a resultante das forças que agem em uma partícula,esta adquire uma aceleração de mesma orientação de , tem a mesma direção e o mesmo sentido de . Se aumentarmos a intensidade de proporcional no módulo de , o que ocorrerá? Verifica-se que esse aumento provoca aumento diretamente . A partícula experimenta variações de velocidade cada vez maiores, para um mesmo intervalo de tempo. Considere o exemplo esquematizado abaixo, em que uma partícula é submetida, sucessivamente, à ação das forças resultantes as acelerações , e , e . Consequentemente, como já dissemos, a partícula irá adquirir, respectivamente, . Figura 1 – Objeto de massa Assim, se , devemos ter submetido a forças de diferentes intensidades. . Lembrando que o módulo da aceleração é diretamente proporcional à intensidade da força, podemos escrever: Onde é a constante de proporcionalidade. A constante está relacionada à dificuldade de se produzir na partícula determinada aceleração, isto é, refere-se à medida da inércia da partícula. Essa constante denomina-se massa da partícula e é simbolizada por Ou de forma genérica: Escrevendo essa expressão na forma vetorial, temos: . Daí segue que Tendo em vista o que foi exposto até aqui, cabe ao Princípio Fundamental da Dinâmica o seguinte enunciado: ‘’Se é a resultante das forças que agem em uma partícula, então, em conseqüência de , a partícula adquire na mesma direção e no mesmo sentido da força uma aceleração , cujo módulo é diretamente proporcional à intensidade da força’’ Outra idéia útil para este experimento que relembraremos a seguir é o cálculo da velocidade média referente a um determinado intervalo de tempo de um móvel submetido a uma força constante, e consequentemente, a uma aceleração constante. Considere um objeto que está se movendo de acordo com o gráfico abaixo. Figura 2 – Gráfico da velocidade em função do tempo para um móvel submetido à força e aceleração constantes. Observando o gráfico acima, podemos concluir que a velocidade média durante o intervalo de tempo é igual a média aritmética entre os valores inicial e final da velocidade nesse intervalo. Para este intervalo, podemos escrever: Se em o móvel partisse do repouso, ou seja, posterior medindo o intervalo de tempo medidas temos a velocidade média E substituindo o valor de na e a distância , poderíamos descobrir a sua velocidade num instante que o móvel percorreu durante o intervalo. Com essas duas , lembrando que: , podemos encontrar finalmente o valor de . Com os valores de e já determinados, podemos calcular a aceleração do móvel através da equação abaixo: Para determinar indiretamente a massa do móvel, que é um dos objetivos desse experimento, precisamos conhecer o módulo da força aplicada ao móvel durante esse intervalo, suposta constante. Nesta atividade mediremos indiretamente a massa de um carrinho e o ângulo de inclinação de um plano inclinado através de duas aplicações da 2ª Lei de Newton ilustradas a seguir: APLICAÇÃO 1 – CARRINHO SENDO PUXADO POR UMA FORÇA CONSTANTE Figura 3 – Sistema de dois blocos ligados por um fio. Aplicando a 2ª Lei de Newton a este sistema teremos: Medindo-se a massa , a aceleração do carrinho e utilizando o valor de , pode-se calcular a massa do carrinho sem realizar medida direta da mesma. Este é o procedimento que será realizado nesta atividade. Ou medindose as massas, poderíamos calcular teoricamente o valor de . APLICAÇÃO 2 – CARRINHO DESCENDO PLANO INCLINADO Figura 4 – Bloco descendo um plano inclinado Medindo-se a aceleração do carrinho e utilizando o valor tabelado de , podemos determinar indiretamente calculando o ângulo . Este é o procedimento que será realizado nesta atividade. Ou medindo-se poderíamos calcular o valor de . 3 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL APLICAÇÃO 1 i. Meça a massa do gancho lastro utilizando a balança. Anote o peso correspondente a este valor abaixo. ii. Com uma trena, meça a distância entre os sensores fotoelétricos. Anote o valor encontrado abaixo. iii. Conecte o gancho ao barbante que passa pela polia. Utilize fita adesiva se for necessário. iv. Coloque o anteparo no carrinho. v. Coloque vi. Ligue o cronômetro multifuncional. Escolha o idioma português e em seguida escolha a função ‘’ ou Lembrando que massas acopláveis de res’’. Em seguida escolha a opção no carrinho. senso- sensores. Aparecerá uma mensagem perguntando se você deseja inserir a distância entre os sensores, escolha a opção não. O cronômetro estará pronto para o início do experimento vii. Acione o gerador de fluxo de ar e em seguida posicione o carrinho em cima do trilho de forma que o anteparo viii. Solte o carrinho subitamente, o cronômetro iniciará sua contagem assim que o feixe de laser do primeiro cro- esteja imediatamente antes do primeiro sensor. Conecte o carrinho à outra extremidade do barbante. nômetro for interrompido e cessará quando o segundo feixe for interrompido. Anote o valor do intervalo de tempo na tabela abaixo. ix. Acrescente uma massa acoplável de aproximadamente crito anteriormente. de peso ao gancho. Repita o procedimento des- x. Acrescente uma massa acoplável a cada medida até preencher completamente a tabela de dados. Para cada configuração, faça pelo menos 5 medidas. xi. Meça diretamente a massa do carrinho utilizando a balança para posteriores efeitos de comparação. OBS: Para o cálculo da aceleração utilize os valores médios de e consulte as se necessário. Tabela 1 – Medidas referentes à aplicação 1 da 2ª Lei de Newton. APLICAÇÃO 2 i. ii. iii. iv. v. vi. Nesta segunda aplicação o barbante e os ganchos não serão utilizados, portanto, retire-os com cuidado e os coloque sobre a bancada em local seguro. Com a ajuda de um bloco de madeira incline o plano de um ângulo entre e . Com um transferidor, meça e anote esse ângulo abaixo. Mantenha as massas acopláveis de no carrinho. Ligue o cronômetro multifuncional. Selecione a mesma configuração descrita anteriormente no item vi da aplicação 1. Acione o gerador de fluxo de ar e em seguida posicione o carrinho em cima do trilho de forma que o anteparo esteja imediatamente antes do primeiro sensor. Solte subitamente o carrinho e anote o intervalo de tempo decorrido. Repita o procedimento até preencher a tabela. Tabela 2 – Medidas referentes à aplicação 2 da 2ª Lei de Newton. 4 – QUESTIONÁRIO 4.1 – Utilizando os dados da , faça o gráfico 4.2 – Obtenha o valor da massa do carrinho versus em uma folha de papel milimetrado. através da aplicação na das coordenadas de um ponto do gráfico escolhido arbitrariamente. 4.3 – Compare o valor encontrado na questão anterior com o valor medido pela balança. Para isso, utilize a seguinte equação: onde é o valor medido pela balança e 4.4 – Utilizando os dados da é o valor calculado a partir do gráfico. , calcule o ângulo de inclinação substituindo o valor médio de na . 4.5 – Compare o valor do ângulo de inclinação calculado na questão anterior com o valor medido diretamente com o transferidor. Utilize para este propósito a mesma equação apresentada na questão 3.3.