EMENTA E PROGRAMA DE DISCIPLINA Disciplina intersemestral: Temas Especiais em Poder e Desenvolvimento Local (ACH3737 - Temas de Políticas Públicas III) Responsável: Prof. Dr. Eduardo de Lima Caldas (e demais integrantes do Grupo de Estudos em Poder e Desenvolvimento Local) Ementa: Esta disciplina reúne professores, pesquisadores e alunos com o propósito de discutir ideias relacionadas ao tema “poder e desenvolvimento local”. Apresentação da disciplina: Esta disciplina é, antes de tudo, um esforço de reunir alunos e professores dispostos e interessados em discutir ideias vinculadas ao tema do “poder e desenvolvimento local”. Para tornar-se compatível com o período de recesso dos alunos, de férias de alguns professores, e com o interesse em possibilitar visitas de campo para o conhecimento e reconhecimento de experiências que permitam articular algumas ideias apresentadas em nossos encontros, a disciplina será oferecida com pelo menos três características que a distinguem daquelas oferecidas em períodos regulares: - Além da apresentação da disciplina, da aula sobre a “construção do local como tema de análise”, discussão sobre a produção do relatório de visita de campo, e apresentação de ferramentas e instrumentos metodológicos para a realização do trabalho final, as aulas serão concentradas na segunda semana do mês de julho e a entrega do trabalho ocorrerá na quarta semana do mesmo mês. Assim, os encontros presenciais serão concentrados fundamentalmente na segunda semana. - O conteúdo programático constitui uma espécie de mosaico. São vários temas, ideias, experiências, que exigirão de cada aluno um esforço de seleção, articulação e concatenação das ideias organizadas a partir do interesse específico do aluno. - A disciplina tem como exigência a realização de um trabalho de campo que permitirá ao aluno conhecer novas realidades. Frequência: Encontros de 4h, durante o mês de julho, concentrados na segunda e na última semana. Horários a serem combinados, de acordo com a disponibilidade dos professores convidados. Público alvo: alunos dos cursos de Gestão de Políticas Públicas, Administração Pública, Gestão Ambiental e correlatos, preferencialmente dos 2º e 3º anos, que tenham interesse em desenvolver pesquisas científicas neste campo de estudo. Objetivos: - Introduzir, aos alunos interessados, temas pertinentes e relevantes na área de “Poder e Desenvolvimento Local”; - Apresentar e compartilhar as pesquisas dos integrantes do Grupo com a comunidade científica; - Aprofundar o debate sobre questões já recorrentes no Grupo de Estudos em Poder e Desenvolvimento Local; - Criar novas agendas de pesquisa para os alunos interessados, com base nas atividades desenvolvidas em sala; 1 - Criar uma rede de interessados no tema nas instituições participantes (EACH/USP; EAESP/FGV; Unesp Araraquara; Senac). Metodologia: Serão feitos 4 encontros formativos na primeira semana de julho, conforme cronograma abaixo. Durante estes encontros, serão desenvolvidos pequenos projetos de pesquisa, com base com base nos temas pertinentes ao que chamamos de “poder e desenvolvimento local”, para serem postos em prática durante as duas semanas seguintes. A segunda semana será constituída por encontros com aulas e debates. A terceira semana será reservada para a realização dos trabalhos de campo. Na última semana, serão feitas sessões de apresentação dos resultados das pesquisas, bem como de novas sessões formativas, com os integrantes do grupo de pesquisa. Avaliação: Presença e participação em aula (20%); Desenvolvimento e entrega de projeto de pesquisa em grupo (40%); Desenvolvimento e apresentação final da pesquisa, em grupo (40%). Programa Primeira Semana – Bloco I: Introdução metodológica ao tema 05/07 Apresentação do curso Responsável: Prof. Dr. Eduardo de Lima Caldas (GPP-EACH/USP) Tema 1: Redes Sociotécnicas e Políticas Públicas Responsável: Prof. Dr. Mário Avila (Professor Adjunto da Universidade de Brasília). Para compreender e desvendar as relações de poder e as assimetrias dos espaços de decisão em torno de projetos políticos, entende-se que o quadro analítico da teoria ator-rede é particularmente bem adaptado para o estudo do papel desempenhado pela ciência e tecnologia na estruturação de relações de poder (CALLON, 1986). A comunicação não pretende avançar no terreno da comparação ou análise das teorias de redes sociais ou redes políticas, apenas concentrar esforços no sentido de demonstrar a adequação analítica da sociologia da tradução aos propósitos elencados. Um problema é que usamos durante muito tempo o termo rede sociotécnica apesar de ser este confundido com o de rede social. As redes sociais são configuradas por pontos e relações identificáveis; diferentemente, nas redes sociotécnicas desejamos conhecer as traduções e as coisas que se deslocam entre os pontos (CALLON, 2008). O repertório da tradução não é apenas desenhado para dar uma descrição simétrica e tolerante de um processo que mistura constantemente uma variedade de entidades sociais e naturais. Permite também uma explicação de como poucos obtêm o 2 direito de se exprimir e representar muitos silenciosos atores e os mundos social e natural que eles mobilizaram. Bibliografia: CALLON, Michael. Éléments pour une sociologie de la traduction. La domestication des coquilles Saint-Jacques et des marins-pêcheurs dans la baie de Saint-Brieuc. L’Année sociologique, v. 36, n. 1, p. 169-208, 1986. ____________. Entrevista com Michel Callon: dos estudos de laboratório aos estudos de coletivos heterogêneos, passando pelos gerenciamentos econômicos. Sociologias, p. 302321, 2008. ____________. Some elements of a sociology of translation: domestication of the scallops and fishermen of St. Brieuc Bay. In: Law, J. (ed). Power, action, belief: a new sociology of knowledge? Sociological Review Monograph. London: Routledge, 1986. ____________. Por uma nova abordagem da ciência, da inovação e do mercado. O papel das redes sóciotécnicas. In: PARENTE, André (Org). Tramas da rede: novas dimensões filosóficas, estéticas e políticas da comunicação. Porto Alegre: Sulina, 2004 DEPONTI, Cidonea Machado. Teoria do Ator-Rede (ANT): Reflexões Teóricas. In: IV ENCONTRO NACIONAL DA ANPPAS, 4., 2008, Brasília. Disponível em: http://www.anppas.org.br/encontro4/cd/ARQUIVOS/GT15731820080418104132.pdf. Acesso em: 20/08/09 MORAES, Marcia. A ciência como rede de atores: ressonâncias filosóficas. Hist. Ciencias. Saúde. Manguinhos, v.11, n.2, p. 321-333, maio/agosto. 2004. LATOUR, Bruno. A esperança de Pandora: ensaios sobre a realidade dos estudos científicos. Bauru: Edusc, 2001. Tema 2: Sociedade civil: TIC, governança aberta e ação coletiva Responsável: Prof. Dr. Jorge Machado (GPP-EACH/USP) Bibliografia: Vaz, J. C; Ribeiro, M. M; , R. Matheus - Dados governamentais abertos e seus impactos sobre os conceitos e práticas de transparência no Brasil, http://www.portalseer.ufba.br/index.php/ppgau/issue/view/556/showToc Silva, Daniela B. Transparência na esfera pública interconectada e dados governamentais abertos http://www.cidadaniaeredesdigitais.com.br/_pages/artigos_06.htm Princípios de Dados de Governança Abertos http://www.gpopai.usp.br/cursos/index.php/Princ%C3%ADpios_de_Dados_de_Governan %C3%A7a_Abertos Links (para navegar livremente) Lei de Acesso à Informação http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=96674 Príncipios para o acesso à informação - http://marco.artigo19.org/node/71 http://dondevanmisimpuestos.es/ Sunlight foundation - http://sunlightfoundation.com/projects/ - 3 www.Mysociety.org www.Govtrack.us www.data.gov www.data.gov.uk www.data.australia.gov.at "Links Técnicos" Roteiro para a abertura de Dados Governamentais - http://thackdaydf.com.br/wpcontent/uploads/Roteiro_para_abertura_de_dados_governamentais_v0.2.pdf http://www.governoeletronico.gov.br/anexos/e-ping-versao-2010 ** Textos complementares ** MACHADO, Jorge. Ativismo em rede e conexões identitárias: novas perspectivas para os movimentos sociais. Sociologias, no.18, Porto Alegre, July/Dec. 2007 http://seer.ufrgs.br/sociologias/article/view/5657 Michener, G. The Surrender of Secrecy: Explaining the Emergence of Strong Access to Information Laws in Latin America - http://gregmichener.com/Dissertation.html Open Data Study (report) http://www.transparency-initiative.org/ Modelo de Acesso à Informção (Lei) http://marco.artigo19.org/node/72 06/07 Tema 1: Construção do local como tema de análise Responsável: Prof. Dr. Ricardo Rocha Brito Bresler (Ceapg/FGV) Bibliografia: SPINK, Peter Kevin. O pesquisador conversador no cotidiano. Psicol. Soc. [online]. 2008, vol.20, n.spe [cited 2011-07-05], pp. 70-77 . Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010271822008000400010&ln g=en&nrm=iso>. BRESLER, Ricardo Rocha Brito. A roupa surrada e o pai: etnografia em uma marcenaria. In: MOTTA, Fernando C. Prestes; CALDAS, Miguel (orgs). Cultura Organizacional e Cultura Brasileira. São Paulo: Atlas, 1997. Tema 2: Técnicas e dicas de redação: a incorporação do olhar do pesquisador no texto científico Responsável: Prof. Me. Verônika Paulics (Ceapg/FGV) PAULICS, Veronika. Disseminação de inovações em gestão pública – um outro olhar. Segunda Semana – Bloco II: Formação em Poder e Desenvolvimento Local Cada aula deste bloco será ministrada em 2 tempos de 1h30 cada, sendo cada tempo dedicado à um tema específico, detalhado abaixo. Após a exposição dos temas, os alunos terão 1h, sob orientação, para desenvolvimento dos projetos de pesquisa. 4 11/07 Tema 1: Aspectos econômicos do desenvolvimento local Responsáveis: Prof. Dr. Eduardo de Lima Caldas e Prof. José Carlos Vaz (GPP-EACH/USP) O objetivo desta aula é apresentar aos alunos "linhagens" de discussão sobre Poder e Desenvolvimento Local, não como campo teórico, mas como campo temático capaz de contemplar uma gama diversa de abordagens teóricas. A aula será orientada por quatro questões: 1) O que é desenvolvimento local? 2) Essa idéia se concretiza a partir da ação do Estado, da sociedade e das comunidades? 3) Como se operacionaliza a(s) idéia(s) de desenvolvimento local? 4) A partir das idéias que acreditam na viabilidade operativa do desenvolvimento local, ele tem escala para transformar significativamente a realidade? Metodologia A aula está organizada em três partes: uma exposição conceitual com duração de aproximadamente 40 minutos. Discussão em grupos realizada a partir do artigo de MALUF (2000). Finalmente, notas conclusivas a partir do diálogo dos professores com os grupos. Bibliografia MALUF, Renato. Atribuindo sentido(s) à noção de desenvolvimento econômico. Estudos Sociedade e Agricultura, 15, outubro, 2000, pp.53-86. (Obrigatória): http://r1.ufrrj.br/esa/art/200010-053-086.pdf ALVES, Marcio Moreira. A força do povo: democracia participativa em Lages. São Paulo: Editora Brasiliense, 1980. (Complementar). HIRSCHMANN, Albert. O progresso em coletividade. Experiências de base na América Latina. New York. Fundação Iteramericana. 1986. 75p. (Complementar). OLIVEIRA, Francisco de. Aproximações ao enigma: o que quer dizer desenvolvimento local. São Paulo: Instituto Polis; Programa Gestão Pública e Cidadania/EAESP/FGV, 2001. (Complementar): http://www.polis.org.br/download/46.pdf SANTOS, Boaventura de Souza e RODRIGUES, Cesar. "Para ampliar o cânone da produção". In: SANTOS, Boaventura de Souza. Produzir para viver: os caminhos da produção não capitalista. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. (Complementar). Tema 2: Introdução à metodologia de pesquisa Responsável: Prof. Dr. Eduardo de Lima Caldas (GPP-EACH/USP) Esta aula apresenta inicialmente o debate sobre a construção científica. Em seguida, são apresentados diversas técnicas de pesquisa qualitativa utilizadas fundamentalmente nas ciências sociais. Objetivos O curso pretende iniciar os alunos na discussão dos pressupostos teóricos e no uso das diferentes metodologias e técnicas qualitativas difundidas na pesquisa em ciências sociais. 5 Metodologia 1. Aula expositiva 2. Estruturação de uma primeira versão do trabalho final Conteúdo Resumido 1. O Processo de Observação Científica 2. Entrevistas e Depoimentos 3. Estudos de Caso Bibliografia MAY, Tim. Pesquisa social: questões, métodos e processos. Porto Alegre: Artmed, 2004 (Capítulo 7: Observação participante: páginas 173-203). DaMATTA, Roberto. O ofício de etnólogo ou como fazer Anthropological Blues. In: Cadernos de Pós-Graduação em Antropologia Social. Rio de Janeiro, 1974. (Obrigatório) MAY, Tim. Pesquisa social: questões, métodos e processos. Porto Alegre: Artmed, 2004 (Capítulo 6: Entrevistas: páginas 145-172). YIN, Robert K. Estudo de Caso: planejamento e método (3ª edição). Porto Alegre: Artmed, 2004. 12/07 Tema 1: Construção de espaços públicos e emersão de movimentos sociais Responsáveis: Tamara Ilinsky Crantschaninov e Anny Karine de Medeiros (mestrandas em Administração Pública da EAESP/FGV) Objetivo: Entender os conceitos envolvidos (espaços públicos e movimentos sociais), traçar (brevemente) seu desenvolvimento histórico, para então aplicar os conceitos ao Brasil contemporâneo e seus impactos nos processos de políticas pública. Conteúdo: Abordagens teóricas e históricas dos temas, contextualização do caso brasileiro a aplicação prática na contemporaneidade. Bibliografia: AVRIZTER, Leonardo; COSTA, Sérgio. Teoria Crítica, Democracia e Esfera Pública: Concepções e Usos na América Latina. DADOS – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, Vol. 47, n o 4, 2004, pp. 703 a 728. DAGNINO, Evelina. ¿Sociedade civil, participação e cidadania: de que estamos falando? En Daniel Mato (coord.), Políticas de ciudadanía y sociedad civil en tiempos de globalización. Caracas: FACES, Universidad Central de Venezuela, pp. 95-110. Complementar: OLSON, Mancur. 1999. A lógica da ação coletiva. São Paulo: EDUSP, capítulo 1. COSTA, Sergio. Movimentos sociais, democratização e a construção de esferas públicas locais. Rev. bras. Ci. Soc., São Paulo, v. 12, n. 35, Oct. 1997 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010269091997000300008&lng=en&nrm=iso>. access on 28 June 2011. doi: 10.1590/S010269091997000300008. 6 CRANTSCHANINOV, Tamara Ilinsky. Representação e democracia em conselhos de políticas públicas: o caso da educação em São Bernardo do Campo. São Paulo: EACH/USP, 2010. (Trabalho de conclusão de curso em Gestão de Políticas Públicas). Disponível em: <http://fgvsp.academia.edu/TamaraCrantschaninov> Tema 2: Orçamento e Planejamento Participativo Responsável: Prof. Dr. Ursula Dias Peres (GPP – EACH/USP) Objetivo: Refletir sobre desafios e avanços de experiências de Planejamento e orçamento participativo Conteúdo: Apresentação de questões teóricas e experiências práticas sobre gestão participativa em governos locais. Bibliografia: FEDOZZI, Luciano. Observando o Orc!amento Participativo de Porto Alegre ? análise histórica de dados: perfil social e associativo, avaliac!ão e expectativas. / Luciano Fedozzi ? Porto Alegre : Tomo Editorial, 2007.48 p. SOUZA, C. Construção e Consolidação de Instituições Democráticas: papel do orçamento participativo. São Paulo em Perspectiva, 15(4) 2001 TATAGIBA, Luciana e TEIXEIRA, Ana Claudia. Dinâ$micas participativas institucionalizadas e produç!ão das políticas públicas. 6o ENCONTRO DA ABCP, Campinas 2007. TONI, Jackson De. Reflexões sobre as possibilidades do planejamento no setor público ? do Orçamento Participativo ao planejamento estratégico. Ensaios FEE, Porto Alegre, vo. 23, v. 2, p. 949-976, 2002. VILLAS BÔAS, R. Os canais institucionais de participação popular. VILLAS BÔAS, R. (org). Participação Popular nos Governos Locais. São Paulo, POLIS, 1994. 13/07 Tema 1: Construção de Indicadores econômicos e Sociais (aula prática) Responsável: Patrícia Laczynski (Professora do SENAC/SP, mestre e doutoranda em Administração Pública e Governo – EAESP/FGV) CEAPG. Desenvolvimento Local com Equidade em Municípios de Pequeno Porte Populacional - Como utilizar a Plataforma Básica. São Paulo: Denode Editora, 2010. Tema 2: Cooperação Intergovernamental em nível local Responsáveis: Patrícia Laczynski (Professora do SENAC/SP, mestre e doutoranda em Administração Pública e Governo – EAESP/FGV) e Catarina Ianni Segatto (mestre e doutoranda em Administração Pública e Governo – EAESP/FGV) Objetivos: - Mostrar diversidade de arranjos existentes no Brasil; - Conceitualizar os consórcios; - Mostrar os casos históricos e as próprias mudanças na legislação decorrentes deles. 7 Conteúdo: - Arranjos territoriais e consórcios: conceitos; - Tipos de consórcios e sua estrutura; - Consórcio do ABC e CISASF; - Lei dos Consórcios Públicos; - Vídeo e debate. Bibliografia obrigatória: CRUZ, Maria do Carmo Meirelles Toledo. Consórcios intermunicipais: uma alternativa de integração regional ascendente. In: CACCIA-BAVA, Sílvio, PAULISC, Veronika e SPINK, Peter (organizadores). Novos contornos da gestão local: conceitos em construção. São Paulo: Instituto Pólis, Programa Gestão Pública e Cidadania/FGV-EAESP, 2002. Opcional: ABRUCIO, F. L.; SANO, H. & SYDOW, C. T. Radiografia do associativismo territorial brasileiro: tendências, desafios e impactos sobre as regiões metropolitanas. In KLINK, J. (org.). Governança das metrópoles: conceitos, experiências e perspectivas. SP: Annablume, 2010. CUNHA, Rosani Evangelista da Cunha. Federalismo e relações intergovernamentais: os consórcios públicos como instrumento de cooperação federativa. Revista do Serviço Público. Ano 55, número 3, jul-set 2004. p. 5-37. 14/07 Tema 1: Desenvolvimento Rural e Agroecologia: novas questões para a gestão pública? Responsáveis: José Renato Sant’anna Porto e Natália Almeida (mestrandos do Programa de Pós-graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, da UFRRJ) Bibliografia recomendada: MIOR, Luiz Carlos. “Agricultores Familiares, Agroindústrias e Território: a dinâmica das redes de desenvolvimento rural no Oeste Catarinense”. Florianópolis: UFSC, 2003. Tese de doutorado do Programa de Pós- Graduação em Ciências Humanas (PPGICH) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Capítulos 1 e 4. Disponível em <http://www.tede.ufsc.br/teses/PICH0032.pdf> Bibliografia Complementar: DE BIASE, Laura. Agroecologia, campesinidade e os espaços femininos na unidade familiar de produção. 2010. Dissertação (Mestrado em Ecologia Aplicada) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. MONTEIRO, D; MENDONÇA, M. M. (2007). Promoção da Agroecologia na cidade: reflexões a partir do programa de agricultura urbana da AS-PTA. ARTICULAÇÃO NACIONAL DE AGROECOLOGIA. Caderno Construção do Conhecimento Agroecológico: novos papéis, novas identidades. pp. 131-14 E outras experiências em rede: Slow Food, Redes Agroecológicas (Escolas e Ecovilas), Dinâmicas Territoriais Rurais e Territórios como identidade cultural (RIMISP), Circuitos de Turismo Rural, Comitês de Bacia. 8 Tema 2: Alternativas de financiamento das políticas públicas em nível local Responsável: Dr. Roberta Clemente (doutora em Administração Pública e Governo – EAESP/FGV) Objetivos: O objetivo da aula é apresentar aos alunos fontes de recursos financeiros para a implementação das políticas públicas em nível local, o que inclui recursos próprios e advindos de transferências dos governos federal e estadual mediante convênios. Não é uma aula de discussão teórica, mas que pretende apresentar e discutir as alternativas atualmente disponíveis para que as políticas públicas desenhadas tenham viabilidade financeira para se tornarem realidade. Conteúdo resumido: A Constituição de 1988 estabeleceu uma autonomia política e financeira sem precedentes para os municípios brasileiros. Esta autonomia permitiu que os municípios fossem protagonistas na elaboração e implementação de políticas públicas. Foram desenvolvidas novas maneiras de provisão de serviços públicos para incluir novos públicos e serviços, incluindo parcerias com órgãos não governamentais e outras esferas de governo. Muitas iniciativas municipais inspiraram políticas federais e estaduais nas quais os Municípios são os principais responsáveis pela implementação local, e os demais entes pela orientação técnica e financiamento de parte dos recursos. A aula pretende indicar e discutir os principais instrumentos de financiamento disponibilizados pelo Governo Federal e do Estado de São Paulo para as políticas públicas municipais. Bibliografia: ARRETCHE, Marta. Federalismo e políticas sociais no Brasil: problemas de coordenação e autonomia. São Paulo Perspec., São Paulo, v. 18, n. 2, June 2004 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010288392004000200003&ln g=en&nrm=iso>. access on 01 July 2011. doi: 10.1590/S0102-88392004000200003. Textos Adicionais: ARRETCHE, Marta. Financiamento federal e gestão local de políticas sociais: o difícil equilíbrio entre regulação, responsabilidade e autonomia. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 8, n. 2, 2003 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232003000200002&ln g=en&nrm=iso>. access on 01 July 2011. doi: 10.1590/S1413-81232003000200002. LEITE, Cristiane Kerches ; FONSECA, Francisco. Federalismo e Políticas sociais no Brasil: impasses da descentralização pós-1988. Organizações & Sociedade, Brasília, DF, 18.56, 29 03 2011. Disponível em: <http://www.revistaoes.ufba.br/viewarticle.php?id=968>. Acesso em: 01 07 2011. MENDES, M., MIRANDA, R.B., COSSIO, F.B. 2008. Transferências intergovernamentais no Brasil: diagnóstico e proposta de reforma, Consultoria Legislativa do Senado Federal, Textos para Discussão 40, Abril. Disponível em http://www.senado.gov.br/senado/conleg/textos_discussao/TD40MarcosMendes_Rogeri oBoueri_FernandoB.Cosio.pdf 9 15/07 Tema 1: Avaliação e monitoramento de projetos de gestão pública relacionados à conservação biológica Responsável: Me. Thiago Uehara (Pesquisador do Ces e Ceapg/FGV) Bibliografia recomendada: MERMET, L.; BILLÉ, R.; LEROY, M.; NARCY, J.B.; POUX, X. L’analyse stratégique de la gestion environnementale: un cadre théorique pour penser l’efficacité en matière d’environnement. Natures Sciences Sociétés, 13, p. 127-137, 2005. SNAVELY, K.; DESAI, U. Mapping local government-nongovernamental organization interactions: a conceptual framework. Journal of Public Administration Research and Theory, v. 11, n. 2; p. 245-263, abr. 2001. Tema 2: Microcrédito Responsável: Heber Silveira Rocha (mestrando em Administração Pública da EAESP/FGV) Objetivo: Apresentar aos alunos a discussão sobre o microcrédito como instrumento de fomento ao desenvolvimento econômico local. A Aula trabalhará os seguintes pontos: A prefeitura como agente indutor do desenvolvimento - Microcrédito como instrumento de fomento ao desenvolvimento local - O poder das microfinanças na vida dos mais pobres - A utilização das redes como tecnologia social Metodologia: Exposição dos conceitos e dos pontos elencados: 40 minutos. Discussão em grupos do texto a ser escolhido. Debate final. Bibliografia: SINGER, Paul Cap. 1 A recente ressurreição da economia solidária no Brasil, pg 81 a pg. 86 IN. SANTOS, Boaventura de Souza. Produzir para viver: os caminhos da produção não capitalista. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002 SANTOS, Boaventura de Souza e RODRIGUES, Cesar. "Para ampliar o cânone da produção". In: SANTOS, Boaventura de Souza. Produzir para viver: os caminhos da produção não capitalista. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. (Complementar). ABRAMOVAY, Ricardo. A densa vida financeira das famílias pobres. IN Laços financeiros na luta contra a pobreza/Ricardo Abramovay org. Sebrae. 2004. Pg. 21 a 61 (Obrigatória). Complementar: ROCHA, Heber. Requisitos do Poder Público local na promoção do microcrédito enquanto instrumento de desenvolvimento local e geração de trabalho e renda. Monografia. 2008. 10 Terceira Semana - Bloco III: Pesquisa de Campo A proposta é que a terceira semana seja dedicada á realização de trabalho de campo inicial dos projetos desenvolvidos em sala e confecção das apresentações finais. Não há encontros presenciais. Quarta Semana – Bloco IV: Volta do Campo e apresentações 26/07 – A relevância do conhecimento e responsabilidade científica Responsável: Prof. Dr. Mário Aquino Alves (EAESP/FGV) Apresentações dos trabalhos 27/07 – Apresentação dos trabalhos (se necessário) 11