AQUECIMENTO GLOBAL

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ISBN 978-85-8015-053-7
Cadernos PDE
VOLUME I I
Versão Online
2009
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS
DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
Produção Didático-Pedagógica
AQUECIMENTO GLOBAL
AQUECIMENTO GLOBAL:
VERSÕES E FATOS
Rosiani Mydlo Sardi
Prof. Doutor Mauro Parolin
Secretaria de Estado da Educação
Superintendência da Educação
Departamento de Políticas e Programas
Educacionais
Coordenação Estadual do PDE
ROSIANI MYDLO SARDI
AQUECIMENTO GLOBAL: VERSÕES E FATOS
Universidade Estadual de Maringá – UEM
Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão – FECILCAM
Orientador: Prof. Doutor Mauro Parolin
Campo Mourão
2010
Secretaria de Estado da Educação
Superintendência da Educação
Departamento de Políticas e Programas
Educacionais
Coordenação Estadual do PDE
ROSIANI MYDLO SARDI
AQUECIMENTO GLOBAL: VERSÕES E FATOS
Material Didático Pedagógico em forma de Multimídia com
Encarte, apresentado ao Programa de Desenvolvimento
Educacional, sob orientação do Professor Doutor Mauro Parolin
da Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo
Mourão.
Campo Mourão
2010
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AQUECIMENTO GLOBAL
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO..............................................................
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1.IDENTIFICAÇÃO.............................................................
6
2.OBJETIVOS.....................................................................
6
2.1 Objetivo Geral..........................................................
6
2.2 Objetivos Específicos...............................................
6
3. CONCEPÇÃO METODOLÓGICA..................................
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4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.......................
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................
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REFERÊNCIAS...................................................................
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APRESENTAÇÃO
Dentre os grandes desafios da humanidade neste século, as
questões ambientais começam a aparecer como prioridade.
A mídia tem enfatizado muitos problemas ambientais, dentre os que
AQUECIMENTO GLOBAL
mais são destacados estão: lixo, poluição, desmatamento, efeito
estufa, aquecimento global, destruição da camada de ozônio, entre
outros. Desses problemas o aquecimento global é o que vem sendo
apontado como grande vilão dentre os problemas ambientais a ser
“resolvido” em escala global.
É importante salientar que o efeito estufa não é ruim, partindo da
premissa que ele é um fenômeno natural e é em parte graças a ele
que existe vida no nosso planeta. Sem esse aprisionamento de calor
na atmosfera, a Terra seria um planeta gelado e inabitável.
O problema enfatizado atualmente, por uma corrente de cientistas,
governos e a mídia é que, ao longo do último século e meio, a
humanidade
tem
contribuído
muito
para
o
aumento
das
concentrações de gases estufa na atmosfera e consequentemente
para o aumento da temperatura da atmosfera terrestre, ou seja, para
o aquecimento global. Contudo, a comparação do aumento dos
gases de efeito estufa na atmosfera, e, a elevação da temperatura
da Terra no século passado não convenceu alguns cientistas que
passaram então a investigar outras possíveis causas dessa
anomalia.
No final da década de 1980, soou o primeiro alerta para a
possibilidade de uma “interferência perigosa” das atividades
humanas no clima, com conseqüências catastróficas. A Organização
das Nações Unidas (ONU) então criou o Painel Intergovernamental
sobre Mudança Climática (IPCC), com o objetivo de compilar toda a
pesquisa produzida sobre o assunto.
O relatório do IPCC foi recebido com pânico por ambientalistas, mas
por parte de alguns governos, o mesmo foi recebido com certo
ceticismo.
Esses
governos,
mais
precisamente
os
EUA
argumentavam sobre as incertezas que permeiam o fenômeno do
aquecimento global e em que proporção as atividades humanas
influenciam nas mudanças climáticas.
AQUECIMENTO GLOBAL
Para outra corrente de cientistas o aquecimento global é um
fenômeno natural, e está longe de ser provocado exclusivamente
pelas atividades humanas. Estudos realizados por esse grupo de
cientistas demonstram que a dinâmica do aumento da temperatura
da atmosfera terrestre ao longo dos anos está paralelamente
relacionada a intensa atividade solar no mesmo período analisado.
Diante do exposto, faz-se necessário uma análise mais criteriosa
desse fenômeno “aquecimento global” no sentido de avaliar as
diferentes opiniões decorrentes de pesquisas realizadas por grupos
antagônicos de pesquisa, visando desenvolver um posicionamento
científico dessa questão, deixando de lado o alarmismo e
sensacionalismo midiático por parte de professores, alunos e
comunidade. Considerando seus efeitos perversos, já tão bem
colocados
e
divulgados,
é
importante
também
visualizar
perspectivas favoráveis projetadas para a humanidade com o
aumento da temperatura atmosférica. É primordial que o educando
tenha clareza dos diferentes enfoques que norteiam as discussões
sobre
o
aquecimento
global
para
identificar
o
nível
de
responsabilidade e comprometimento dos seres humanos com esse
fenômeno da atmosfera terrestre.
Afinal a própria história da evolução do nosso planeta evidencia as
transformações nele ocorridos. Quanta diversidade de espécies
animais e vegetais a Terra foi capaz de desenvolver, abrigar e
extinguir, mesmo antes da espécie humana habitá-la?
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Portanto este material didático pedagógico consiste numa produção
multimídia, dividido em três partes, abordando o tema tão discutido
na mídia hoje, que é o Aquecimento Global. Possibilitando fornecer
diversas informações cientificas sobre o tema, e assim possam com
os alunos do Ensino Médio estabelecer uma discussão ampliando
AQUECIMENTO GLOBAL
seus conhecimentos.
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1.
IDENTIFICAÇÃO
INSTITUIÇÃO: Colégio Estadual João XXIII - Ensino Médio
NRE: Campo Mourão
DISCIPLINA: Geografia
PÚBLICO ALVO: 2ª série - Ensino Médio
CONTEÚDO: Aquecimento Global: Versões e Fatos
2.
OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Compreender a dinâmica do aquecimento global sob diferentes óticas científicas e
suas implicações no âmbito da política, da economia, da sociedade e da própria
natureza, explicitando as contradições que estão por de trás do discurso
hegemônico de “salvação da natureza” e do “planeta”, construindo um saber que
ressignifique as concepções do progresso, do desenvolvimento e do crescimento
sem limites, configurando numa nova racionalidade social, local e global.
2.2 Objetivos Específicos
Discutir as teorias que associam a questão do aquecimento global com
ações antrópicas e as que defendem que se trata de uma dinâmica natural
do sol.
Compreender os motivos que contribuem para o aquecimento global.
Identificar os interesses que permeiam as discussões em torno do
aquecimento global.
Identificar os países que mais poluem o ambiente.
Verificar junto à comunidade escolar como podemos agir para proteger o
espaço que ocupamos.
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3.
CONCEPÇÃO METODOLÓGICA
Compreendendo que as Diretrizes Curriculares (PARANÁ, 2008, p 73) enfatiza uma
concepção metodológica fundamentada na teoria do materialismo histórico dialético,
buscou-se um referencial para subsidiar o trabalho na Pedagogia Histórico-Crítica
que tem por objetivo a busca de um pensamento crítico dialético para a educação.
Segundo Saviani (2008 p 93) a pedagogia Histórico-Crítica expressa a passagem da
visão crítico mecanicista, crítico – a – histórica para uma visão crítica dialética, com
uma proposta pedagógica comprometida e que contribui para a transformação da
sociedade.
A Pedagogia Histórico-Crítica está pautada na concepção dialética, o u seja, prática
– teoria – prática, e é neste contexto que deve se partir o desenvolvimento do
trabalho docente, para a construção do conhecimento.
Conforme Paraná (2008, p 75) o ensino de Geografia deve considerar o
conhecimento espacial prévio dos alunos para relacioná-lo ao conhecimento
científico no sentido de superar o senso comum. Neste sentido Saviani (2007, p 70)
chama este momento de prática social, que é o ponto de partida de todo trabalho do
professor, onde é comum a professores e alunos, sendo a bagagem cultural que
ambos trazem de sua realidade para dentro da escola. Ambos estão inseridos na
mesma prática social, porém em posições distintas, os alunos com uma
compreensão sincrética e o professor uma visão síntese de todo processo. Neste
momento o aluno terá o primeiro contato com o conteúdo.
Saviani (2007 p 71) a problematização trata de detectar que questões precisam ser
resolvidas no âmbito da prática social e, em conseqüência que conhecimento é
necessário dominar. Paraná (2008, p 75) cita a importância deste momento quando
afirma que o professor ao apresentar o conteúdo que será trabalhado, deve criar
uma situação problema, instigante e provocativa. Essa problematização inicial tem
por objetivo mobilizar o aluno para o conhecimento.
Paraná (2008, p. 14) comenta que os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na
escola,
de
modo
contextualizado,
estabelecendo-se,
entre
eles,
relações
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interdisciplinares e colocando sob suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente
se apresentam quanto o estatuto de verdade atemporal dado a eles.
O processo de contextualização visa à atualização e aprofundamento do conteúdo
pelo professor, possibilitando ao aluno estabelecer relações e análises críticas do
conteúdo. Paraná (2008, p 75) contextualizar o conteúdo é mais do que relacioná-lo
à realidade vivida do aluno, é, principalmente, situá-lo historicamente e nas relações
políticas, sociais, econômicas, culturais, em manifestações espaciais concretas, nas
diversas
escalas
geográficas.
Ainda,
Paraná
(2008,
p.
30)
afirma
que
contextualização é um elemento fundamental das estruturas sócio-históricas, que
devem ser marcadas por métodos que fazem uso, necessariamente, de conceitos
teóricos precisos e claros, voltados à abordagem das experiências sociais dos
sujeitos históricos produtores do conhecimento. Gasparin (2007 p 2) comenta que
trabalhar os conteúdos de forma contextualizada evidencia aos alunos que os
conteúdos são uma produção histórica.
Se o objetivo do Ensino é levar o aluno tenha compreensão conhecimento científico,
superando o senso comum. Saviani (2007, p 71) comenta que a instrumentalização
consiste na apreensão dos instrumentos teóricos e práticos necessários ao
equacionamento dos problemas detectados na prática social. Trata-se de detectar
que questões precisam se resolvidas no âmbito da prática social e, em
conseqüência, que conhecimento é necessário dominar.
A Catarse é o momento de expressão elaborada da nova forma de entendimento da
prática social, Saviani (2007, p 72) explica este passo efetiva a incorporação dos
elementos culturais, com a estruturação dos conhecimentos científicos de forma
sintética, ou seja, transformando agora em elementos ativos de transformação social
e por último a prática social final.
A Prática social, por assim dizer a prática social final é o ponto de chegada.
Vislumbra a possibilidade de transformação da realidade, da própria prática social,
sendo a nova postura que o educando deve assumir perante a sociedade.
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Conforme Saviani (2007, p 73) a prática social inicial e final não é a mesma, se
consideramos que houve uma mudança no seu interior qualitativamente. Pela
mediação pedagógica.
Portanto, o processo de aprendizagem do ensino de Geografia deve ser conduzido
de forma dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos
para que a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam.
Paraná (2008, p.75) o ensino de Geografia tem por finalidade contribuir para a
formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e
crítica.
4.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
a) Prática Social Inicial
No primeiro momento tem a intenção de perceber o conhecimento prévio dos alunos
sobre aquecimento global, através de alguns questionamentos, tais como:
-
Que notícias tem circulado sobre o aquecimento global?
-
O que estas notícias têm dado ênfase?
-
Como a mídia tem divulgado as notícias sobre catástrofes naturais?
Aplicação de uma produção de texto para verificação do nível de conhecimento do
aluno sobre o tema. Análise das produções com levantamento quantitativo
b) Problematização
-
Que problemas ambientais podemos perceber em nosso contexto
social?
-
Será que o efeito estufa é natural ou é causado pela interferência do
homem na natureza?
-
Como estão sendo abordados os problemas ambientais em nossa
sociedade.
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c) Instrumentalização
- Apresentação do vídeo: AQUECIMENTO GLOBAL – versões e fatos,
disponível nos seguintes endereços:
Parte I: http://www.youtube.com/watch?v=omOiodB5E7Y
com 10:23
minutos;
Parte II: http://www.youtube.com/watch?v=8DsMhHXVsCE com 10:10
minutos;
Parte III: http://www.youtube.com/watch?v=111Lf8nMD-w com 13:10
minutos;
- Leitura, análise e discussão de textos sobre o tema. Esses textos têm o
intuito de complementar as informações do vídeo apresentado e que
atendam as necessidades detectadas no levantamento quantitativo das
produções textuais dos alunos elaboradas no primeiro momento.
- Realização de pesquisa com temas relacionados ao Aquecimento Global
que complemente o conhecimento do aluno sobre o tema em questão.
- Levantamento junto a comunidade escolar para averiguar o nível de
percepção que a mesma tem sobre o tema.
d) Catarse
-
Seleção de fotos e frases para divulgação do tema a comunidade.
-
Confecção e exposição de cartazes e/ou mural. Mostrando o censo e o
contra censo do Aquecimento Global.
-
Registrar por meio de filmagens e fotos com a finalidade da produção
de um vídeo.
e) Prática Social Final
Espera-se que as concepções apresentadas possam contribuir para a sua formação
pessoal, contribuindo para uma mudança de atitude e para compreensão dos
conhecimentos.
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5.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Espera-se que o aluno, enquanto sujeito inserido na sociedade e articulador de
ações dentro da realidade ambiental que vive possa por meio deste Material Didático
Pedagógico que versa sobre Aquecimento Global:
Compreender a dinâmica do Aquecimento Global não desmerecendo a importância
da preservação ambiental tanto no âmbito local quanto global.
Compreender que os interesses políticos e econômicos é que determinam as
estratégias de ações ambientais adotadas pelos países desenvolvidos e em
desenvolvimento também.
Ser capaz de se posicionar criticamente diante das questões ambientais veiculadas
pela mídia.
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REFERÊNCIAS
CANAL 4 BRITÂNICO. Documentário : A grande fraude do Aquecimento Global.
2008. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=RDzuXPM1W3k . Acesso
em 08 abr.2010
GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-crítica. 4ed.
Ver. e ampl. Campinas, SP: Autores Associados, 2007
MOLION, Luiz Carlos Baldicero. Aquecimento Global. Entrevista TV Brasil . 2010.
Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=u5MJYpSsGk0 . Acesso em 08 abr.
2010.
MOLION, Luiz Carlos Baldicero. Os mitos e fatos dos fatos das mudanças
Climáticas. Disponível em: <http://www.youtube.com/user/Willian1982spfc#p/u>
Acesso em 08 abr. 2010.
MOLION, Luiz Carlos Baldicero. Resfriamento Global para os próximos 20 anos
Disponível
em:
<http://www.youtube.com/watch?v=oC2KoWBhxP8&feature=related>Acesso em 08
abr. 2010.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de
Geografia para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba,
2008.
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia: Polêmicas do Nosso Tempo. 39
ed.Campinas, SP: Autores Associados, 2007.
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