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ZAP
(olanzapina)
Bula para Profissionais da Saúde
Comprimidos
2,5mg, 5mg e 10mg
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Zap
olanzapina
MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO REFERÊNCIA
USO ORAL
Comprimido
USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS
FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES
Zap (olanzapina) 2,5 mg, 5 mg e 10 mg em embalagens contendo 30 comprimidos.
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de Zap (olanzapina) 2,5 mg contém:
olanzapina....................................................................................................2,5 mg
excipientes* q.s.p............................................................................. 1 comprimido
* Excipientes: celulose microcristalina, lactose monoidratada, crospovidona, estearato de magnésio.
Cada comprimido de Zap (olanzapina) 5 mg contém:
olanzapina.......................................................................................................5 mg
excipientes** q.s.p........................................................................... 1 comprimido
** Excipientes: celulose microcristalina, lactose monoidratada, crospovidona, estearato de magnésio.
Cada comprimido de Zap (olanzapina) 10 mg contém:
olanzapina.....................................................................................................10 mg
excipientes*** q.s.p......................................................................... 1 comprimido
*** Excipientes: celulose microcristalina, lactose monoidratada, crospovidona, estearato de magnésio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
1. INDICAÇÕES
Zap (olanzapina) é indicado para o tratamento agudo e de manutenção da esquizofrenia e outras psicoses, nas quais sintomas positivos (ex.:
delírios, alucinações, alterações de pensamento, hostilidade e desconfiança) e/ou sintomas negativos (ex.: afeto diminuído, isolamento
emocional e social, pobreza de linguagem) são proeminentes. Zap (olanzapina) alivia também os sintomas afetivos secundários, comumente
associados com esquizofrenia e transtornos relacionados. Zap (olanzapina) é eficaz na manutenção da melhora clínica durante o tratamento
contínuo nos pacientes que responderam ao tratamento inicial.
Zap (olanzapina) é indicado, em monoterapia ou em combinação com lítio ou valproato, para o tratamento de episódios de mania aguda ou
mistos do transtorno bipolar, com ou sem sintomas psicóticos e com ou sem ciclagem rápida. Zap (olanzapina) é indicado para prolongar o
tempo de eutimia e reduzir as taxas de recorrência dos episódios de mania, mistos ou depressivos no transtorno bipolar.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
Esquizofrenia
A eficácia da olanzapina oral no tratamento da esquizofrenia foi estabelecida em 2 estudos controlados de curto prazo (6 semanas) de
pacientes internados que reuniam os critérios do DSM III-R (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) para esquizofrenia.
Em 1 dos 2 estudos, o medicamento comparador em um dos braços foi o haloperidol, mas no estudo não foram comparadas todas as doses
clinicamente relevantes para ambos.
Vários instrumentos foram usados para avaliar os sinais e sintomas psiquiátricos nesses estudos, entre eles a Escala Breve de Avaliação
Psiquiátrica (BPRS), um inventário com múltiplos itens de psicopatologia geral, usado tradicionalmente para avaliar os efeitos do tratamento
na esquizofrenia. O fator de psicose da BPRS (desorganização conceitual, comportamento alucinatório, desconfiança e alteração do conteúdo
do pensamento) é considerado um instrumento particularmente útil para avaliar os pacientes esquizofrênicos. Uma segunda avaliação
tradicional, a Impressão Clínica Global (CGI), reflete a impressão de um observador hábil, completamente familiarizado com manifestações
de esquizofrenia, sobre o estado clínico geral do paciente. Além disso, mais duas escalas foram empregadas; estas incluíram a Escala das
Síndromes Positiva e Negativa (PANSS), na qual estão enquadrados os 18 itens da BPRS e a Escala para Avaliação dos Sintomas Negativos
(SANS). Os resumos de estudos clínicos apresentados abaixo focam nos seguintes parâmetros: PANSS total e/ou BPRS total; fator de
psicose na BPRS; subescala negativa da PANSS ou SANS e gravidade da CGI. Os resultados dos estudos são os seguintes:
(1)
Em um estudo clínico, placebo-controlado, de 6 semanas (N= 149) envolvendo duas doses fixas de 1 e 10 mg/dia de olanzapina, a
olanzapina 10 mg/dia (mas não 1 mg/dia), foi superior ao placebo na PANSS total (também na BPRS total extraída), no fator de psicose da
BPRS, na subescala negativa da PANSS e na gravidade da CGI.
(2)
Em um estudo clínico, placebo-controlado, de 6 semanas (N= 253), envolvendo 3 intervalos de doses fixas (5,0 ± 2,5 mg/dia; 10,0
± 2,5 mg/dia e 15,0 ± 2,5 mg/dia), os grupos de dose de olanzapina mais altos (doses médias efetivas de 12 e 16 mg/dia, respectivamente)
foram superiores ao placebo no resultado da BPRS total, fator de psicose da BPRS e no resultado de gravidade da CGI. O grupo de dose mais
alta de olanzapina foi superior ao placebo na SANS. Não houve vantagem evidente para o grupo de dose alta sobre o grupo de dose média.
(3)
Em um estudo de longo prazo com pacientes ambulatoriais adultos que reuniam predominantemente os critérios do DSM-IV para
esquizofrenia e que permaneceram estáveis durante o tratamento aberto com a olanzapina por pelo menos 8 semanas, 326 pacientes foram
randomizados para continuar com suas doses de olanzapina (intervalo de 10 a 20 mg/dia) ou com placebo. O período de acompanhamento
para observar os pacientes quanto à recidiva, definida como o aumento dos sintomas positivos na BPRS ou hospitalização, foi planejado para
12 meses. Contudo, a interrupção antecipada do estudo foi devido a um excesso das recidivas com o placebo, comparado às recidivas com a
olanzapina. A olanzapina foi superior ao placebo no período para recidiva, o principal desfecho clínico avaliado neste estudo. Portanto, a
olanzapina foi mais efetiva que o placebo na manutenção da eficácia em pacientes estabilizados por aproximadamente 8 semanas e seguidos
por um período de observação de até 8 meses.
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O exame dos grupos de população (raça e sexo) não revelou qualquer resposta diferencial com base nesses subgrupos.
Mania (mania pura ou mista)
Monoterapia: A eficácia da olanzapina oral no tratamento dos episódios maníacos agudos ou mistos foi estabelecida em dois estudos de
curto prazo, placebo-controlados (um de 3 semanas e um de 4 semanas) em pacientes que reuniram os critérios para Transtorno Bipolar tipo I
com episódios maníacos ou mistos. Estes estudos incluíram pacientes com ou sem sintomas psicóticos e com ou sem ciclagem rápida.
O instrumento primário usado para avaliar os sintomas maníacos nesses estudos foi a Escala de Mania Young (Y-MRS), uma escala de 11
itens preenchida pelo médico, tradicionalmente usada para avaliar o grau de sintomatologia maníaca (irritabilidade, comportamento
agressivo/disruptivo, sono, elevação do humor, fala elevada, atividade aumentada, aumento da libido, transtorno da fala/pensamento,
conteúdo de pensamento, aparência e discernimento). O principal desfecho clínico destes estudos foi a redução da pontuação da Y-MRS ao
longo dos estudos. Os resultados desses estudos são os seguintes:
(1)
No estudo placebo-controlado de 3 semanas (N= 67) que envolveu um intervalo de dose de olanzapina (5-20 mg/dia, iniciando
com 10 mg/dia), a olanzapina foi superior ao placebo na redução da pontuação total da Y-MRS.
(2)
Em um estudo placebo-controlado de 4 semanas (N= 115) que envolveu um intervalo de dose de olanzapina (5-20 mg/dia,
iniciando a 15 mg/dia), a olanzapina foi superior ao placebo na redução da pontuação total da Y-MRS.
(3)
Em outro estudo, 361 pacientes que preenchiam os critérios do DSM-IV para mania ou episódio misto de transtorno bipolar e que
apresentaram, resposta clínica à olanzapina de 5 a 20 mg/dia na fase inicial aberta do tratamento (duração média aproximada de duas
semanas), foram randomizados para continuar o tratamento com olanzapina na mesma dose (N= 225) ou para realizar o tratamento com
placebo (N= 136), com o objetivo de observar as taxas de recaída dos pacientes.
Na fase duplo-cega do estudo, aproximadamente 50% dos pacientes do grupo recebendo olanzapina interromperam o tratamento até o 59º dia
e 50% dos pacientes tratados com placebo interromperam o tratamento até o 23º dia. As respostas durante a fase aberta foram definidas como
uma diminuição da pontuação total da escala Y-MRS ≤ 12 e da escala HAM-D 21 ≤ 8. As recaídas durante a fase duplo-cega foram definidas
como um aumento da pontuação das escalas Y-MRS ou HAM-D 21 ≥ 15, ou ocorrendo hospitalização em caso de mania ou depressão. Na
fase randomizada, os pacientes que continuaram recebendo olanzapina apresentaram um significativo aumento no tempo do aparecimento de
uma recaída.
Terapia em combinação com lítio e valproato: A eficácia do uso de olanzapina oral concomitantemente com lítio ou valproato no
tratamento dos episódios maníacos agudos foi estabelecida em dois estudos controlados em pacientes que reuniram os critérios do DSM-IV
para Transtorno Bipolar tipo I com episódios maníacos ou mistos. Esses estudos incluíram pacientes com ou sem sintomas psicóticos e com
ou sem curso de ciclagem rápida. Os resultados desses estudos são os seguintes:
(1)
Em um estudo de combinação, placebo-controlado de 6 semanas, 175 pacientes ambulatoriais sob tratamento com lítio ou
valproato, inadequadamente controlados com relação aos sintomas maníacos ou mistos, foram randomizados para receber olanzapina ou
placebo, em combinação com sua terapia original. A olanzapina (em um intervalo de dose de 5-20 mg/dia, iniciando a 10 mg/dia) combinada
com lítio ou valproato (em um intervalo terapêutico de 0,6 mEq/L a 1,2 mEq/L ou 50 mcg/mL a 125 mcg/mL, respectivamente) foi superior
ao lítio ou valproato isolados na redução da pontuação total da Y-MRS.
(2)
Em um segundo estudo de combinação, placebo-controlado de 6 semanas, 169 pacientes ambulatoriais sob tratamento com lítio
ou valproato, inadequadamente controlados com relação aos sintomas maníacos ou mistos (Y-MRS ≥ 16), foram randomizados para receber
olanzapina ou placebo, em combinação com suas terapias originais. A olanzapina (em um intervalo de dose de 5-20 mg/dia, iniciando a 10
mg/dia) combinada com lítio ou valproato (em um intervalo terapêutico de 6,0 mEq/L a 1,2 mEq/L ou 50 mcg/mL a 125 mcg/mL,
respectivamente) foi superior ao lítio ou valproato isolados na redução da pontuação total da Y-MRS.
Prevenção de recorrência no transtorno bipolar
A eficácia e segurança da olanzapina na prevenção da recorrência no transtorno bipolar foram investigadas em quatro estudos randomizados,
duplo-cegos e controlados. Em cada estudo, a olanzapina foi administrada por via oral, na forma de comprimidos ou cápsulas, em dose de 5 a
20 mg/dia. As doses de lítio (300 a 1.800 mg/dia) e de valproato (500 a 2.500 mg/dia) foram ajustadas para manter níveis terapêuticos
plasmáticos seguros.
O primeiro estudo procurou estabelecer a não inferioridade da olanzapina versus lítio em termos de incidência da recorrência sintomática
para pacientes em remissão sintomática de mania e depressão.
Pela definição de recorrência (incluindo hospitalização), os pacientes tratados com olanzapina tiveram uma incidência estatisticamente
inferior de recorrência bipolar (31,3% versus 42,5%; p= 0,02) e de recorrência de mania (13,8% versus 26,6%; p= 0,001), quando comparado
aos pacientes tratados com lítio. Os pacientes tratados com olanzapina também demonstraram um período estatisticamente mais longo até a
recorrência de transtorno bipolar ou mania do que os pacientes tratados com lítio. Além disso, a olanzapina foi tão eficaz quanto o lítio em
prolongar o período de uma recorrência depressiva. A taxa de recorrência e o período até sua ocorrência foram estatisticamente mais
favoráveis para os pacientes tratados com olanzapina do que para os pacientes tratados com lítio.
O segundo estudo, de 47 semanas, procurou estabelecer a superioridade da olanzapina versus placebo em termos do tempo até a recorrência
sintomática para pacientes em remissão sintomática de mania e depressão. Esse estudo mostrou que o tempo até uma recorrência para mania
ou depressão foi estatisticamente maior para a olanzapina do que para o placebo (174 dias para olanzapina e 22 dias para placebo). Os
pacientes tratados com olanzapina tiveram taxas estatisticamente menores de recorrência para mania (16,4%) quando comparada ao placebo
(41,2%), e para depressão (34,7% para olanzapina versus 47,8% para o placebo).
O terceiro estudo procurou estabelecer a superioridade da olanzapina mais um estabilizador do humor (lítio ou valproato) versus placebo
mais um estabilizador do humor em termos do tempo até a recorrência sindrômica para pacientes em remissão sindrômica de mania e
depressão. Para as análises usando a definição comum de recorrência sintomática, a incidência de recorrência de mania isolada foi
estatisticamente menor para o grupo de tratamento com olanzapina mais estabilizador do humor do que para o grupo de tratamento com
placebo mais estabilizador do humor. Esses dados demonstram a utilidade da olanzapina não apenas como monoterapia, mas também em
combinação com lítio ou valproato, para tratamento de prevenção da recorrência no transtorno bipolar. O quarto estudo, duplo-cego,
randomizado, de 47 semanas, comparou a olanzapina ao divalproato. Nesse estudo, a olanzapina mostrou-se estatisticamente mais eficaz que
o divalproato em reduzir a sintomatologia maníaca (p= 0,002). Além disso, o tempo até a remissão sintomática de mania foi
significativamente menor para a olanzapina que para o divalproato (14 dias para a olanzapina e 62 dias para o divalproato; p= 0,047).
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Descrição: A olanzapina é uma droga antipsicótica atípica que pertence à classe das tienobenzodiazepinas. A designação química é 2-metil4-(4-metil-1-piperazinil)-10H-tieno[2,3-b] [1,5]benzodiazepina.
A fórmula molecular da olanzapina é C17H20N4S e tem um peso molecular de 312,44. Apresenta-se como um sólido cristalino amarelo, que é
praticamente insolúvel em água.
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Propriedades Farmacológicas:
Farmacodinâmica: A olanzapina é uma droga antipsicótica com um perfil farmacológico amplo, através da ação em vários sistemas de
receptores. Em estudos pré-clínicos, a olanzapina demonstrou afinidade pelos receptores de serotonina 5HT2A/C, 5HT3, 5HT6; dopamina D1,
D2, D3, D4, D5; muscarínicos M1-5; α1-adrenérgico e histamina H1.
Os estudos de comportamento em animais dos efeitos da olanzapina indicaram antagonismo aos receptores 5HT, dopaminérgicos e
colinérgicos, consistente com o perfil de ligação a esses receptores. A olanzapina demonstrou maior afinidade in vitro ao receptor da
serotonina 5HT2, bem como maior atividade in vivo, comparada à afinidade e atividade para o receptor da dopamina D2. Os estudos
eletrofisiológicos demonstraram que a olanzapina reduziu seletivamente a ativação dos neurônios dopaminérgicos mesolímbicos (A10),
enquanto demonstrou pouco efeito sobre as vias estriatais (A9) envolvidas na função motora. A olanzapina reduziu uma resposta
condicionada de aversão, que é um teste indicativo de atividade antipsicótica, em doses abaixo das que produzem catalepsia, que é um efeito
indicativo de efeitos motores adversos. Ao contrário de outras drogas antipsicóticas, a olanzapina aumenta a resposta em um teste
“ansiolítico”.
Em dois de dois estudos controlados com placebo e em dois de três estudos controlados comparativos, com mais de 2900 pacientes
esquizofrênicos apresentando sintomas positivos e negativos, a olanzapina foi associada a melhoras significativamente maiores, tanto nos
sintomas negativos como nos positivos.
Farmacocinética: A olanzapina é bem absorvida após administração oral, atingindo concentrações plasmáticas máximas dentro de 5 a 8
horas. A absorção não é afetada pelo alimento. As concentrações plasmáticas de olanzapina foram lineares e proporcionais à dose em estudos
clínicos nas doses de 1 a 20 mg.
A olanzapina é metabolizada no fígado pelas vias conjugativa e oxidativa. O maior metabólito circulante é o 10-N-glucuronida, que em
teoria não ultrapassa a barreira hematoencefálica. As isoenzimas CYP1A2 e CYP2D6 do citocromo P450 contribuem para a formação dos
metabólitos N-desmetil e 2-hidroximetil, ambos exibindo significativamente menor atividade farmacológica in vivo do que a olanzapina em
estudos animais. A atividade farmacológica predominante é a da olanzapina original.
Embora o tabagismo, sexo e a idade possam afetar o clearance e a meia-vida da olanzapina, a magnitude do impacto desses fatores isolados é
pequena em comparação com a variabilidade geral entre indivíduos. A ligação da olanzapina às proteínas plasmáticas foi cerca de 93% em
uma faixa de concentração de 7 a 1.000 ng/mL. A olanzapina está ligada predominantemente à albumina e à α1-glicoproteína ácida.
Após administração oral a indivíduos sadios, a meia-vida média de eliminação da olanzapina foi de 33 horas (21 a 54 h para o 5º a 95º
percentil) e o clearance plasmático médio foi de 26 L/h (12 a 47 L/h para o 5º a 95º percentil). A farmacocinética da olanzapina variou em
função do tabagismo, da idade e do sexo, conforme apresentado na tabela abaixo:
Características do paciente
Não fumante
Fumante
Mulheres
Homens
Idosos (65 anos ou mais)
Não idosos
Meia-vida (horas)
38,6
30,4
36,7
32,3
51,8
33,8
Clearance plasmático (L/h)
18,6
27,7
18,9
27,3
17,5
18,2
Não houve diferença significante na meia-vida média de eliminação ou no clearance da olanzapina entre pacientes com insuficiência renal
grave, comparando-se aos pacientes com função renal normal. Aproximadamente 57% da olanzapina marcada radioativamente é excretada
na urina, principalmente como metabólitos.
Indivíduos fumantes com disfunção hepática leve apresentaram diminuição do clearance comparado aos indivíduos não fumantes sem
disfunção hepática.
Em um estudo com indivíduos caucasianos, japoneses e chineses, não houve diferenças entre os parâmetros farmacocinéticos da olanzapina
entre as três populações. O estado da isoenzima CYP2D6 do citocromo P450 não afeta o metabolismo da olanzapina.
4. CONTRAINDICAÇÕES
Zap (olanzapina) é contraindicado nos pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer ingrediente do produto.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Síndrome neuroléptica maligna (SNM): a SNM é um conjunto de sintomas complexos e potencialmente fatais, associada com
medicamentos antipsicóticos, incluindo a olanzapina. As manifestações clínicas da SNM são: hiperpirexia, rigidez muscular, estado mental
alterado e evidência de instabilidade autonômica (pulso ou pressão arterial irregular, taquicardia, diaforese e arritmia cardíaca). Outros sinais
adicionais podem incluir: elevação da creatinofosfoquinase, mioglobinúria (rabdomiólise) e insuficiência renal aguda. As manifestações
clínicas de SNM ou presença inexplicada de febre alta sem manifestações clínicas de SNM requerem a descontinuação de todas as drogas
antipsicóticas, incluindo a olanzapina.
Discinesia tardia: em estudos comparativos com haloperidol de mais de 6 semanas, a olanzapina foi associada com uma incidência menor,
mas estatisticamente significante, de discinesia proveniente do tratamento. Contudo, porque o risco de discinesia tardia aumenta com a
exposição em longo prazo às medicações antipsicóticas, deve-se considerar a redução da dose ou a interrupção da droga se sinais ou sintomas
de discinesia tardia aparecerem em um paciente. Esses sintomas podem piorar temporariamente, ou mesmo aparecerem após a interrupção do
tratamento.
Provas de função hepática: ocasionalmente, têm sido observadas, especialmente na fase inicial do tratamento, elevações assintomáticas e
transitórias das transaminases hepáticas TGP e TGO. Raros casos de hepatite foram relatados no período pós-comercialização. Nesse
período, casos muito raros de insuficiência hepática mista ou colestática foram relatados.
Convulsões: a olanzapina deve ser usada cuidadosamente em pacientes com histórico de convulsões ou que estão sujeitos a fatores que
possam diminuir o limiar convulsivo. Convulsões foram raramente relatadas em tais pacientes, quando tratados com olanzapina.
Atividade anticolinérgica: a experiência durante os estudos clínicos revelou uma baixa incidência de eventos anticolinérgicos. Contudo,
como a experiência clínica com olanzapina em pacientes com doença concomitante é limitada, devem ser tomadas precauções quando for
prescrita a pacientes com hipertrofia prostática, íleo paralítico, glaucoma de ângulo estreito ou condições relacionadas.
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Antagonismo dopaminérgico: a olanzapina exibe antagonismo à dopamina in vitro, e, em teoria, pode antagonizar os efeitos da levodopa e
dos agonistas da dopamina, assim como outras drogas antipsicóticas.
Atividade geral no sistema nervoso central (SNC): devido aos efeitos primários da olanzapina serem no SNC, deve-se tomar cuidado
adicional quando for administrada em combinação com outras drogas que atuem centralmente, incluindo o álcool.
Efeitos cardiovasculares: as comparações entre os grupos olanzapina/placebo, provenientes dos resultados agrupados de estudos clínicos
placebo-controlados, revelaram que não há diferenças estatisticamente significantes na proporção de pacientes recebendo olanzapina/placebo
que apresentaram alterações potencialmente importantes nos parâmetros do eletrocardiograma (ECG), incluindo os intervalos QT, QTC
(correção Fridericia) e PR. O uso de olanzapina foi associado a um aumento médio na frequência cardíaca (adulto: mais de 2,4 batimentos
por minuto, comparado com nenhuma alteração entre os pacientes que utilizaram placebo). Esta pequena tendência à taquicardia pode estar
relacionada ao potencial da olanzapina em induzir alterações ortostáticas.
Hipotensão ortostática: a olanzapina pode induzir hipotensão ortostática associada com vertigem, taquicardia, bradicardia e em alguns
pacientes, síncope, especialmente durante o período inicial de titulação da dose, provavelmente refletindo suas propriedades de antagonista
α-1 adrenérgico. Os riscos de hipotensão ortostática e síncope podem ser minimizados ao se adotar uma terapia inicial com 5 mg de
olanzapina administrada uma vez ao dia. Se ocorrer hipotensão, uma titulação mais gradual para a dose-alvo deve ser considerada.
Alterações dos lipídios: em estudos clínicos placebo-controlados, alterações indesejáveis dos lipídios foram observados em pacientes
tratados com olanzapina. Elevações significantes e, às vezes, muito altas (> 500 mg/dL) nos níveis de triglicérides foram observadas com o
uso da olanzapina. Aumentos médios moderados no colesterol total também foram observados com o uso da olanzapina. Portanto,
recomenda-se monitoramento clínico adequado.
Mortalidade cardíaca: em um estudo retrospectivo observacional, pacientes tratados com antipsicóticos atípicos (incluindo olanzapina) ou
antipsicóticos típicos tiveram um aumento similar, dose-relacionada, de morte cardíaca repentina presumida (MCR) comparado com os não
usuários de antipsicóticos (aproximadamente duas vezes o risco do que para não usuários). Em dados pós-comercialização relatados com
olanzapina, o evento MCR foi muito raramente relatado.
Eventos adversos cerebrovasculares (EAC), incluindo acidente vascular cerebral, em pacientes idosos com demência: eventos
adversos cerebrovasculares (ex.: acidente vascular cerebral e ataque isquêmico transitório), incluindo mortes, foram relatados em estudos
com pacientes idosos com psicose associada à demência. Em estudos placebo-controlados, houve uma alta incidência de EAC em pacientes
tratados com olanzapina comparados aos pacientes tratados com placebo (1,3% versus 0,4%, respectivamente). Todos os pacientes que
apresentaram eventos cerebrovasculares tinham fatores de risco pré-existentes conhecidos que estão relacionados com um risco elevado para
os EAC (ex.: histórico de EAC ou ataque isquêmico transitório, hipertensão, tabagismo) e apresentaram condições médicas concomitantes
e/ou medicamentos concomitantes tendo uma associação temporal com os EAC.
A olanzapina não está aprovada para o tratamento de pacientes com psicose associada à demência.
Hiperglicemia e diabetes mellitus: em pacientes com esquizofrenia, ocorre um aumento na prevalência de diabetes. Assim como com outros
antipsicóticos, alguns sintomas como hiperglicemia, diabetes, exacerbação de diabetes pré-existente, cetoacidose e coma diabético foram
relatados. Recomenda-se monitoramento clínico apropriado em todos os pacientes, particularmente em pacientes diabéticos e em pacientes
que apresentam fatores de risco para o desenvolvimento de diabetes.
Este medicamento contém LACTOSE. Portanto, deve ser usado com cautela em pacientes que apresentem intolerância à lactose.
Carcinogênese, mutagênese, danos à fertilidade e toxicidade animal: baseando-se nos resultados de estudos em ratos e camundongos,
conclui-se que a olanzapina não é carcinogênica. Achados significantes em estudos de oncogenicidade foram limitados a um aumento na
incidência de adenocarcinomas mamários em ratas e fêmeas de camundongo. Esse é um achado comum em roedores tratados com agentes
que aumentam a secreção de prolactina e não tem significância direta para humanos.
A olanzapina não foi mutagênica em uma extensa bateria de testes padrão, que incluíram testes de mutação bacteriana e testes in vitro e in
vivo em mamíferos.
Nos estudos em animais, a olanzapina não apresentou efeitos teratogênicos. A sedação afetou o desempenho no acasalamento dos ratos
machos. Os ciclos estrais foram afetados com doses de 1,1 mg/Kg (3 vezes a dose máxima humana) e os parâmetros de reprodução foram
influenciados em ratos que receberam 3 mg/Kg (9 vezes a dose máxima humana). Na ninhada de ratos que receberam olanzapina, foram
observados atrasos no desenvolvimento fetal e diminuições transitórias nos níveis de atividade da prole.
Em estudos animais com olanzapina, os principais achados hematológicos foram citopenias periféricas reversíveis em cães que receberam
altas doses de olanzapina (24 a 30 vezes a dose diária máxima humana), diminuições dose-relacionadas nos linfócitos e neutrófilos em
camundongos e linfopenia secundária a um estado nutricional comprometido em ratos. Poucos cães tratados com doses 24 a 30 vezes a dose
diária máxima humana desenvolveram neutropenia reversível ou anemia hemolítica reversível entre 1 e 10 meses de tratamento. Efeitos nos
parâmetros hematológicos em cada espécie envolveram células sanguíneas circulantes e nenhuma evidência de citotoxicidade da medula
óssea foi encontrada em todas as espécies estudadas.
Gravidez (categoria C): não há estudos adequados e bem controlados com olanzapina em mulheres grávidas. As pacientes devem ser
avisadas para notificarem seu médico se ficarem grávidas ou se pretenderem engravidar durante o tratamento com olanzapina. Dado que a
experiência em humanos é limitada, esta droga deve ser usada na gravidez somente se os benefícios possíveis justificarem os riscos
potenciais para o feto.
Lactação: em um estudo em mulheres saudáveis, lactantes, a olanzapina foi excretada no leite materno. A média de exposição infantil
(mg/Kg) no estado de equilíbrio foi estimada ser 1,8% da dose materna de olanzapina (mg/Kg). As pacientes devem ser aconselhadas a não
amamentarem no caso de estarem recebendo olanzapina.
Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas ou amamentando sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e utilizar máquinas: devido ao fato de a olanzapina poder causar sonolência, os pacientes devem ser
alertados quando operarem máquinas, incluindo veículos motorizados, enquanto estiverem em tratamento com olanzapina.
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Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar
prejudicadas.
Uso em idosos e outros grupos de risco
Pacientes com acometimento hepático de diversas naturezas: devem ser tomadas precauções em pacientes com TGP e/ou TGO elevadas,
em pacientes com sinais e sintomas de insuficiência hepática, em pacientes com doenças pré-existentes associadas com reserva funcional
hepática limitada e em pacientes que estejam sendo tratados com medicamentos potencialmente hepatotóxicos. No caso de elevação da TGP
e/ou TGO durante o tratamento, é necessário acompanhamento cuidadoso e deve-se considerar a redução da dose.
Pacientes com acometimento hematológico de diversas naturezas: como com outras drogas antipsicóticas, deve-se tomar cuidado quando
usar olanzapina nos seguintes tipos de pacientes:
- em pacientes que, por qualquer razão, tenham contagens baixas de leucócitos e/ou neutrófilos;
- em pacientes com história de depressão/toxicidade da medula óssea induzida por drogas;
- em pacientes com depressão da medula óssea causada por doença concomitante, radioterapia ou quimioterapia e
- em pacientes com condições de hipereosinofilia ou com doença mieloproliferativa.
Uso geriátrico: dos 2.500 pacientes que participaram dos estudos clínicos com olanzapina pré-comercialização, 11% (263) tinham idade de
65 anos ou mais. Em pacientes esquizofrênicos, não há indícios de diferença de tolerabilidade à olanzapina entre pacientes idosos e jovens.
Os pacientes idosos com psicose relacionada à demência tratados com olanzapina têm um risco aumentado de morte quando comparado com
o placebo. Em um estudo clínico placebo-controlado com pacientes com psicose relacionada à demência, houve uma maior incidência de
eventos adversos cerebrovasculares (ex.: acidente vascular cerebral e ataque isquêmico transitório) nos pacientes tratados com olanzapina
comparado com os pacientes tratados com placebo. A olanzapina não está aprovada para o tratamento de pacientes com psicose relacionada à
demência. Também, na presença de fatores que possam diminuir o clearance farmacocinético ou aumentar a resposta farmacodinâmica à
olanzapina, deve-se levar em consideração uma dose inicial mais baixa para os pacientes idosos.
Segurança em pacientes idosos com psicose associada à demência: em pacientes idosos, com psicose associada à demência, não foi
estabelecida a eficácia da olanzapina. Em estudos clínicos placebo-controlados em pacientes idosos com psicose associada à demência, a
incidência de morte foi significativamente maior nos pacientes tratados com a olanzapina em comparação com os pacientes tratados com
placebo (3,5% versus 1,5%, respectivamente). Os fatores de risco que podem predispor ao aumento da mortalidade nestes pacientes, quando
tratados com olanzapina, incluem: faixa etária ≥ 80 anos, sedação, uso concomitante de benzodiazepínicos ou presença de condições
respiratórias (ex.: pneumonia, com ou sem aspiração).
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Potencial de interação de outras drogas sobre a olanzapina: o metabolismo da olanzapina pode ser afetado pelos inibidores ou indutores
das isoenzimas do citocromo P450, especificamente a atividade do CYP1A2. O clearance da olanzapina foi aumentado pelo tabagismo e
coadministração de carbamazepina. Tabagismo e carbamazepina induzem a atividade do CYP1A2. Inibidores da atividade do CYP1A2
podem diminuir o clearance da olanzapina. A olanzapina não é um potente inibidor da atividade do CYP1A2. A farmacocinética da teofilina,
uma droga principalmente metabolizada pelo CYP1A2, não é alterada pela olanzapina.
Também foram estudados os efeitos de drogas que provavelmente alterariam a absorção da olanzapina oral.
Doses únicas de um antiácido contendo alumínio e magnésio ou cimetidina não afetaram a biodisponibilidade oral da olanzapina. Porém, a
administração concomitante de carvão ativado reduziu a biodisponibilidade oral da olanzapina de 50 a 60%.
A fluoxetina (dose única de 60 mg ou 60 mg diárias por 8 dias) causa um aumento médio de 16% na concentração máxima de olanzapina e
uma diminuição média de 16% no clearance de olanzapina. A magnitude do impacto deste fator é pequena em relação à variabilidade entre
os indivíduos e, portanto, a alteração da dose não é rotineiramente recomendada.
A fluvoxamina, um inibidor do CYP1A2, diminui o clearance de olanzapina. Isto resulta num aumento médio na Cmáx da olanzapina, após
a fluvoxamina, em 54% das mulheres não fumantes e em 77% de homens fumantes. O aumento médio na AUC da olanzapina é 52% e 108%,
respectivamente. Doses menores de olanzapina devem ser consideradas em pacientes recebendo tratamento concomitante com fluvoxamina.
Potencial de interação da olanzapina sobre outras drogas: em estudos clínicos com doses únicas de olanzapina, não foi evidente a
inibição do metabolismo de imipramina ou seu metabólito desipramina (CYP2D6, CYP3A, CYP1A2), varfarina (CYP2C19), teofilina
(CYP1A2) ou diazepam (CYP3A4 e CYP2C19). A olanzapina também não mostrou interação quando coadministrada com lítio ou com
biperideno.
Em estudos in vitro com microssomos hepáticos humanos, a olanzapina demonstrou pequeno potencial de inibir as isoenzimas do citocromo
P450: CYP1A2, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6 e CYP3A.
Estudos in vitro usando microssomos hepáticos humanos mostraram que a olanzapina tem pequeno potencial de inibir a glucuronidação do
valproato, que é sua maior via de metabolização. Além disso, o valproato mostrou ter pouco efeito no metabolismo da olanzapina in vitro. A
administração diária e concomitante in vivo de 10 mg de olanzapina e valproato por 2 semanas não afetou a concentração de valproato no
plasma. Portanto, a administração concomitante de olanzapina e valproato não requer ajuste na dose de valproato.
A absorção da olanzapina não é afetada por alimentos.
As concentrações de equilíbrio de olanzapina não têm efeito na farmacocinética do etanol. No entanto, podem ocorrer efeitos farmacológicos
aditivos, tal como aumento de sedação, quando o etanol é ingerido junto com a olanzapina.
A olanzapina tem atividade antagonista α-1 adrenérgica. Deve-se ter cautela em pacientes que recebem tratamento com medicamentos que
podem diminuir a pressão arterial por outros mecanismos que não o antagonismo α-1 adrenérgico.
O paciente deve ser aconselhado a informar seu médico caso esteja utilizando, planeja utilizar ou parou de utilizar um medicamento com ou
sem prescrição médica, incluindo fitoterápicos, uma vez que existe potencial de interação.
Nenhum estudo clínico foi conduzido para avaliar possíveis interações entre olanzapina e testes laboratoriais e não laboratoriais. Não há
conhecimento de interações entre olanzapina e testes laboratoriais e não laboratoriais.
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Conservar em temperatura ambiente (15 a 30 ºC). Proteger da umidade.
O produto deve ser mantido dentro de sua embalagem até o momento do uso. O prazo de validade do produto nestas condições de
armazenamento é de 18 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
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Características físicas e organolépticas do produto
Zap (olanzapina) 2,5 mg, 5 mg e 10 mg comprimido circular amarelo.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR
Zap (olanzapina) deve ser administrado por via oral e pode ser tomado independentemente das refeições.
Esquizofrenia e transtornos relacionados em adultos: A dose inicial recomendada de Zap (olanzapina) é de 10 mg administrada uma vez
ao dia, independentemente das refeições, já que a absorção não é afetada pelo alimento. A dose diária deve ser ajustada de acordo com a
evolução clínica, dentro da faixa de 5 a 20 mg diários. O aumento de dose acima da dose diária de rotina de 10 mg só é recomendado após
avaliação clínica apropriada.
Mania aguda associada ao transtorno bipolar em adultos: A dose inicial recomendada de Zap (olanzapina) é de 15 mg administrada uma
vez ao dia em monoterapia, ou de 10 mg administrada uma vez ao dia em terapia de combinação com lítio ou valproato, independentemente
das refeições, já que a absorção não é afetada pelo alimento. A dose diária deve ser ajustada de acordo com a evolução clínica, dentro da
faixa de 5 a 20 mg diários. O aumento de dose acima da dose diária sugerida só é recomendado após avaliação clínica apropriada e
geralmente deve ocorrer em intervalos não inferiores a 24 horas.
Prevenção de recorrência do transtorno bipolar em adultos: Pacientes que já estavam recebendo olanzapina para tratamento de mania
aguda, devem inicialmente continuar o tratamento com mesma dose, para a manutenção do tratamento de transtorno bipolar. A dose inicial
recomendada é de 10 mg/dia para os pacientes que já estão em remissão. A dose diária pode ser subsequentemente ajustada com base na
condição clínica individual, dentro da variação de 5 a 20 mg/dia. Zap (olanzapina) pode ser administrado independentemente das refeições, já
que a absorção não é afetada pelo alimento.
Considerações gerais sobre posologia oral em populações especiais:
Dose para pacientes idosos: Uma dose inicial mais baixa de 5 mg/dia pode ser considerada para pacientes idosos ou quando fatores clínicos
justificarem.
Dose para pacientes com disfunção hepática ou renal: Uma dose inicial de 5 mg deve ser considerada para pacientes com disfunção
hepática moderada ou renal grave e aumentada somente com cautela.
Pode ser considerada uma dose inicial mais baixa em pacientes que exibem uma combinação de fatores (sexo feminino, idosos, não
tabagista) que podem diminuir o metabolismo da olanzapina.
O uso de olanzapina oral em monoterapia não foi estudado em indivíduos menores de 13 anos de idade.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
9. REAÇÕES ADVERSAS
Peso
Em estudos clínicos randomizados, o ganho de peso médio foi maior em pacientes tratados com olanzapina que com placebo. Foi observado
um ganho de peso clinicamente significante em todas as categorias de índice de massa corporal (IMC) basal.
Em estudos de longo prazo (de no mínimo 48 semanas) com olanzapina, tanto a magnitude de ganho de peso quanto a proporção de
pacientes tratados que apresentaram ganho de peso clinicamente significante foram maiores que em estudos de curta duração. A porcentagem
de pacientes que ganharam ≥ 25% do peso corporal basal em exposição por longo período foi muito comum (≥1/10).
Glicemia
Nos estudos clínicos em adultos (de até 52 semanas), a olanzapina foi associada a uma alteração média maior na glicemia em relação ao
placebo.
A diferença nas alterações médias entre os grupos olanzapina e placebo foi maior em pacientes com evidências de desregulação da glicemia
na avaliação inicial na linha de base (incluindo aqueles pacientes diagnosticados com diabetes mellitus ou que apresentaram quadro
sugestivo de hiperglicemia), e estes pacientes tiveram um aumento maior na HbA1c comparados ao placebo.
A proporção de pacientes que apresentaram alteração no nível da glicemia basal de normal ou limítrofe para elevado aumentou ao longo do
tempo. Em uma análise dos pacientes que completaram 9-12 meses da terapia com olanzapina, a taxa de aumento da glicose sanguínea média
reduziu depois de aproximadamente 6 meses.
Lipidemia
Nos estudos clínicos de até 12 semanas de duração em adultos, os pacientes tratados com olanzapina tiveram um aumento médio nos níveis
de colesterol total, colesterol LDL e triglicérides de jejum, comparado aos pacientes tratados com placebo. Os aumentos médios nos valores
da lipidemia de jejum (colesterol total, colesterol LDL e triglicérides) foram maiores em pacientes com evidência de desregulação lipídica na
avaliação inicial na linha de base. Com relação ao colesterol HDL de jejum, não foi observada diferença estatisticamente significante entre
pacientes tratados com olanzapina e pacientes tratados com placebo.
A proporção de pacientes que apresentaram alterações no colesterol total, colesterol LDL ou triglicérides, de normal ou limítrofe para
elevado, ou alterações no colesterol HDL, de normal ou limítrofe para baixo, foi maior nos estudos de longa duração (de no mínimo 48
semanas) quando comparado aos estudos de curta duração. Em uma análise dos pacientes que completaram 12 semanas de terapia, o
colesterol total médio fora do jejum não aumentou mais depois de aproximadamente 4-6 meses.
Prolactina
Em um estudo clínico controlado (mais de 12 semanas), elevações na prolactina foram observadas em 30% dos pacientes tratados com
olanzapina quando comparado a 10,5% de pacientes tratados com placebo. Na maioria desses pacientes, a elevação foi leve.
Em pacientes com esquizofrenia, eventos adversos relacionados a menstruação potencialmente associados com elevações 1 de prolactina
foram comuns (< 1/10 a ≥ 1/100), enquanto que os eventos adversos relacionados a função sexual e a mama foram incomuns (< 1/100 a ≥
1/1.000). Durante o tratamento de pacientes com outras doenças mentais2, eventos adversos relacionados a função sexual potencialmente
associados com elevações de prolactina foram comuns (< 1/10 a ≥ 1/100), enquanto que os eventos adversos relacionados a menstruação e a
mama foram incomuns (< 1/100 a ≥ 1/1.000).
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(1)
(2)
Análises dos tratamentos dos eventos adversos emergentes de mais de 52 semanas de tratamento.
Depressão Bipolar, Depressão Psicótica, Transtorno de Personalidade Borderline e Mania Bipolar.
Transaminases hepáticas
Elevações transitórias e assintomáticas das transaminases hepáticas TGP e TGO foram observadas ocasionalmente.
Eosinofilia
Eosinofilia assintomática foi ocasionalmente observada.
Efeitos adversos para populações especiais:
Pacientes idosos com psicose associada à demência:
Nos estudos clínicos com pacientes idosos com psicose associada à demência, os efeitos indesejáveis muito comuns (≥ 1/10) relacionados ao
uso da olanzapina foram marcha anormal e queda. Quanto aos efeitos indesejáveis comuns (< 1/10 e ≥ 1/100) associados ao uso da
olanzapina, foram incontinência urinária e pneumonia.
Pacientes com psicose induzida por droga (agonista da dopamina) associada com doença de Parkinson:
Nos estudos clínicos envolvendo pacientes com psicose induzida por droga (agonista da dopamina) associada com doença de Parkinson, a
piora dos sintomas parkinsonianos foi relatada muito comumente (> 1/10) e com maior frequência que com o placebo. Alucinações também
foram muito comumente relatadas (> 1/10) e com maior frequência que com o placebo. Nesses estudos, foi necessário que os pacientes
estivessem estáveis à dose eficaz mais baixa de medicamentos anti-parkinsonianos (agonista da dopamina) antes do início do estudo e
permanecessem com as mesmas doses e medicações anti-parkinsonianas ao longo do estudo. A olanzapina foi iniciada na dose de 2,5 mg/dia
e titulada até uma dose máxima de 15 mg/dia, baseada no julgamento do investigador.
As informações a seguir resumem as reações adversas relevantes, com suas respectivas frequências, identificadas durante os estudos clínicos
e/ou durante a experiência obtida após a comercialização das formas farmacêuticas de uso oral e intramuscular de olanzapina.
Reação muito comum (> 1/10): ganho de peso1,9,10, ganho de peso ≥ 7% do peso corporal basal1, 11, hipotensão ortostática1, sonolência2 e
aumento da prolactina1,9,10.
Colesterol total de jejum1,11: limítrofe a elevado (≥ 200 mg/dL e < 240 mg/dL a ≥ 240 mg/dL).
Triglicérides de jejum1,10: limítrofe a elevado (≥ 150 mg/dL e < 200 mg/dL a ≥ 200 mg/dL).
Glicose de jejum1: limítrofe a elevada (≥ 100 mg/dL e < 126 mg/dL a ≥ 126 mg/dL).
Reação comum (> 1/100 e ≤ 1/10): astenia2, pirexia2, ganho de peso ≥ 15% do peso corporal basal1,12, fadiga2,9, constipação2, boca seca2,
aumento do apetite2, edema periférico2, artralgia2, acatisia2, tontura2,9, aumento da TGO1, aumento da TGP1, aumento da fosfatase alcalina1,
glicosúria1, aumento da γ-glutamiltransferase, aumento do ácido úrico, leucopenia1 (incluindo neutropenia) e eosinofilia1.
Colesterol total de jejum1,11: normal a elevado (< 200 mg/dL a ≥ 240 mg/dL)
Triglicérides de jejum1,10: normal a elevado (< 150 mg/dL a ≥ 200 mg/dL).
Glicose de jejum1: normal a elevada (< 100 mg/dL a ≥ 126 mg/dL).
Reação incomum (> 1/1.000 e ≤ 1/100): reação de fotossensibilidade2, bradicardia2, distensão abdominal, amnésia e epistaxe.
Reação rara (> 1/10.000 e ≤ 1/1.000): hepatite3, hiperglicemia3, convulsões3 e erupção cutânea3.
Reação muito rara (≤ 1/10.000): reações alérgicas3,6, reação de descontinuação do medicamento3,7, tromboembolismo venoso3 (incluindo
embolismo pulmonar e trombose venosa profunda), pancreatite3, trombocitopenia3, icterícia3, coma diabético3, cetoacidose diabética3,4,
hipercolesterolemia3,8, hipertrigliceridemia3,5,8, rabdomiólise3, alopecia3, priapismo3, aumento da bilirrubina total3, incontinência urinária3,
retenção urinária3 e aumento dos níveis de creatinofosfoquinase sanguínea3.
1
Conforme avaliado pelos valores mensurados dentro da base de dados dos estudos clínicos.
Evento adverso identificado na base de dados dos estudos clínicos.
3
Evento adverso identificado a partir de relatos espontâneos pós-comercialização.
4
O termo COSTART é acidose diabética.
5
O termo COSTART é hiperlipidemia.
6
Por ex.: reação anafilactoide, angioedema, prurido ou urticária.
7
Por ex.: diaforese, náusea ou vômito.
8
Níveis esporádicos de colesterol ≥ 240 mg/dL e níveis esporádicos de triglicérides ≥ 1.000 mg/dL foram muito raramente relatados.
9
Diferenças estatisticamente significantes entre os 3 grupos de dose foram observadas em um único estudo de 8 semanas, randomizado,
duplo-cego, de dose-fixa, comparando as doses de 10, 20 e 40 mg/dia de olanzapina em pacientes com esquizofrenia e transtorno
esquizoafetivo.
10
Diferença estatisticamente significante entre grupos de dose foram observadas nas 24 semanas de dose fixada comparando 150 mg/2
semanas, 405 mg/4 semanas e 300 mg/2 semanas de embonato de olanzapina em pacientes com esquizofrenia. Para triglicerídeos, esta
diferença de doses comparada foi observada para níveis normais de colesterol que aumentaram para alto nível (< 150 mg/dL a ≥ 200 mg/dL).
11
Duração média de exposição de 8 semanas.
12
Duração média de exposição de 12 semanas.
2
Eventos adversos observados em pacientes com mania recebendo terapia combinada com lítio ou valproato:
Reação muito comum (≥ 1/10): ganho de peso, boca seca, aumento de apetite e tremores.
Reação comum (≥ 1/100 e <1/10): distúrbio da fala.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
10. SUPERDOSE
Sinais e Sintomas: Os sintomas mais comumente relatados em caso de superdose com olanzapina (≥10% de incidência) incluem:
taquicardia, agitação/agressividade, disartria, vários sintomas extrapiramidais e redução do nível de consciência, variando de sedação ao
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coma. Outras sequelas significantes do ponto de vista médico incluem delirium, convulsão, possível síndrome neuroléptica maligna,
depressão respiratória, aspiração, hipertensão ou hipotensão, arritmias cardíacas (< 2% dos casos de superdose) e parada cardiorrespiratória.
Casos fatais foram descritos com superdoses agudas tão baixas quanto 450 mg de olanzapina por via oral, porém também foram relatados
casos de sobrevida após uma superdose aguda de aproximadamente 2 g de olanzapina por via oral.
Tratamento: Não existe antídoto específico para olanzapina. A indução de êmese não é recomendada. Alguns procedimentos padrão podem
ser indicados para o tratamento da superdose (isto é, lavagem gástrica, administração de carvão ativado). A administração concomitante de
carvão ativado mostrou reduzir a biodisponibilidade oral da olanzapina em 50 a 60%.
O tratamento sintomático e a monitoração das funções orgânicas vitais devem ser instituídos de acordo com o quadro clínico, incluindo o
tratamento da hipotensão e do colapso circulatório e o suporte da função respiratória. Não usar adrenalina, dopamina ou outros agentes
simpatomiméticos com atividade beta-agonista, pois a estimulação beta pode piorar a hipotensão.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
M.S.: 1.9427.0024
Farm. Resp.: Dr. Robson Assis França – CRF-SP 47.707
Fabricado por:
EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A.
Rod. Pres. Castelo Branco, km 35,6 - Itapevi – SP
Registrado por:
MOMENTA FARMACÊUTICA LTDA
Rua Enéas Luis Carlos Barbanti, 216 - São Paulo - SP
CNPJ: 14.806.008/0001-54 - Indústria Brasileira
Central de Relacionamento
0800-703-1550
www.momentafarma.com.br - [email protected]
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Histórico de Alteração da Bula
Dados da submissão eletrônica
Data do expediente
Dados da petição/notificação que altera bula
No do expediente
Assunto
-
10457 –SIMILAR –
Inclusão Inicial de
Texto de Bula –
RDC 60/12
Data do
expediente
No do
expediente
Assunto
Dados das alterações de bulas
Data de
aprovação
Itens de bula
Versões
(VP/VPS)
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