CITOLOGIA CLÍNICA Dr. George Nikolas Papanicolaou 1904 forma-se em medicina pela Universidade de Atenas 1910 inicia pós graduação na Universidade de Munique 1913 pesquisador na Faculdade de Medicina de Cornell, EUA papel dos cromossomos na determinação do sexo nas espécies nota mudanças citológicas recorrentes na cobaia durante o 15-16 dia do ciclo menstrual descreve junto ao Dr. Charles R. Stockard a técnica que possibilita o estudo dos ciclos sexuais 1923 mudanças no esfregaço vaginal mulheres com câncer uterino exibem “ células anormais com núcleo hipercromático, aumentado e deformado ” 1939 associa-se ao ginecologista Hebert F. Traut 1943 publicam “ Diagnóstico de Câncer através do esfregaço vaginal ” 1948 Simpósio da Sociedade Americana de Patologistas Clínicos com o trabalho “ Diagnóstico Citológico de Câncer ” aceitação internacional da técnica que fica conhecida como “Exame de Papanicolaou” ou Pap smear ampliação da técnica: diagnóstico de câncer nos tratos urinário, respiratório e gastrointestinal além do câncer de mama 1954 publica “Atlas de Citologia Esfoliativa” Dr. George Nikolas Papanicolaou IMPORTÂNCIA EM MEDICINA PREVENTIVA Exame de Papanicolaou permite detectar lesões pré-invasivas ou mesmo invasivas, reduzindo o óbito por câncer de colo uterino em 70% MATERIAIS BIOLÓGICOS ESTUDADOS ATRAVÉS DA CITOLOGIA esfregaços de cervix vaginal urina esperma escarro glândulas mamárias punções ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DE LABORATÓRIOS DE CITOPATOLOGIA Sala de Coleta Local onde é realizada a coleta do material biológico que será utilizado na realização do exame, em caso de coleta de material de cervix vaginal deve conter a maca de coleta ginecológica Laboratório de Citopatologia Local onde o exame é processado, deve possuir uma bancada, um ponto de água, armários para guardar os reagentes e um ou mais microscópicos ópticos Aparelho Genital Feminino Útero Tipos de hímen CITOLOGIA CERVICAL EXAME DE PAPANICOLAOU - método mais utilizado em citopatologia -capaz de detectar 95% dos estados cervicais de malignidade ou pré malignidade - capaz de detectar cerca de 50% dos estados malignos do endométrio - usado como teste de triagem permite a detecção de estados patológicos no início - permite direcionar a terapia curativa, diminuindo a taxa de óbito por carcinoma de cervix Colheita de Material - relativamente simples - importante para o diagnóstico - não se deve usar : lubrificantes, talcos ou medicamentos intravaginais durante o exame, tanto para fins diagnósticos como para facilitar a inserção do espéculo ORIENTAÇÕES A PACIENTE Paciente não deve: > 24 horas antes do exame, fazer ducha vaginal ou manter relações sexuais; > 48 horas antes do exame, usar medicamentos tópicos vaginais como cremes, pomadas ou óvulos vaginais. PROCEDIMENTO DE COLHEITA 1. Deitar a paciente em uma mesa ou maca de colheita ginecológica apropriada, deixando-a confortável e relaxada. 2. Introduzir delicadamente e na posição correta, o espéculo no canal vaginal da paciente. 3. Colheita de material 3.1. Fundo de Saco Posterior da Vagina - Inserir uma pipeta de Papanicolaou no Fundo de Saco Posterior - Aspirar a amostra através de sucção - Espalhar a secreção na superfície de uma lâmina de forma homogêna e sem esfregá-la de maneira vigorosa. - Mergulhar a lâmina em álcool etílico 95% para fixação do material Equipamentos usados em colheita de material do Trato Genital Feminino 3.2. Raspado Cervical - Inserir uma espátula de Ayre no canal vaginal - Inserir a parte mais larga da espátula no orifício da cérvix e girar 360 graus em sentido horário - Espalhar o material obtido, delicada e homogeneamente e sobre uma lâmina. - Mergulhar a lâmina em álcool etílico 95% para fixação do material 3.3. Endocervical e Endometrial - Colheita pode ser feita tanto por aspiração quanto por meio de raspado DISPERÇÃO DO MATERIAL pode oferecer dificuldades de interpretação do material