RESUMO GEOLOGIA – SLIDES PROVA B1 A Evolução da Terra: A evolução da Terra é o resultado do embate das forças da natureza. Dinâmica interna (vulcões, terremotos, etc). Dinâmica externa(sedimentação, erosões, etc). Atualmente esta evolução vem sendo marcada pelas ações do processo civilizatório, que destrói, cria enfim transforma o ambiente. O TEMPO GEOLÓGICO: A idade relativa das rochas pode ser obtida observando-se as marcas dos eventos nelas registrados. Considera-se que a Terra surgiu há 4.500 Milhões de anos. As rochas mais antigas, têm cerca de 3.800 Milhões de anos: são os gnaisses Isua do sudoeste da Groelândia HISTÓRIA GEOLÓGICA: Arqueano – contém rochas datadas de 3.870 Ma a 2.500 Ma. Proterozóico – é atribuído ao tempo entre 2.500 Ma e 570/540 Ma. (Paleoproterozóica, Mesoproterozóica e Neoproterozóica). Fanerozóico – desenvolvido a partir de 570/540 Ma. Dividido em três eras: Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica. A Deriva Continental:A Deriva Continental surgiu a partir das ideias visionárias do alemão Alfred Wegener. Que dizia que todos os continentes poderiam ter estado juntos, no passado, como um supercontinente que ele denominou Pangea, posteriormente tendo se fragmentado dando origem aos continentes e oceanos Alexandre Du Toit, refinou a hipótese de Wegener quando propôs que Pangea teria se fragmentado em duas grandes massas continentais : uma, no hemisfério norte, o super continente Laurásia; a outra, o continente do hemisfério sul, Gondwana. As evidências mais impressionantes que Wegener apresentou estava na distribuição de fósseis, principalmente de plantas representativas de gimnospermas e samambaias extintas, conhecidas, coletivamente como a flora de Glossopteris, na África no Brasil na Austrália, Índia e Antártica, que se correlacionava perfeitamente ao juntar os dois continentes Outra evidencia em que Wegener se baseou foi a paleoclimática. Onde ocorreu um evento de glaciação no sul e sudeste do Brasil, sul da África, Índia, Austrália e Antártica há aproximadamente 300 milhões de anos. DINÂMICA INTERNA: A terra é um planeta aproximadamente esférico, com 6.378 km de raio no equador. Da sua superfície ao centro apresenta-se constituída de esferas concêntricas. As esferas que compõe a terra são separadas por descontinuidades bruscas ou gradativas, indicada pela análise de propagação de ondas sísmicas. Ondas sísmicas primária (P): ou de compressão, propagam-se tanto em meios sólidos, como em líquidos Ondas sísmicas secundárias (S): são transversais à direções da propagação, difundindo-se com velocidade menor, e unicamente nos meios sólidos. As velocidades de P e S são função da densidade do meio, pelo que crescem com a profundidade em que penetram. A Terra possui três principais geosferas: a Crosta, o Manto e o Núcleo, descobertas pela análise da refração e da reflexão de ondas P e S. Estrutura Interna da Terra: Crosta: a camada mais externa e delgada da Terra é chamada Crosta, cuja espessura varia de 30 km a 40 km. Nas regiões montanhosas, como os Himalaias, a crosta pode alcançar 80 km de espessura. Constituição da Terra: A próxima figura sugere que a Crosta Continental flutua acima de material muito denso do manto, à semelhança dos icebergs sobre os oceanos. Núcleo: Ele corresponde, aproximadamente, a 1/3 da massa da Terra e contém principalmente elementos metálicos (ferro e níquel). Foi descoberto o contacto entre o Núcleo Interno e o Núcleo Externo Manto: A porção mais volumosa (80%) de todas as geosferas é o Manto. Divide-se em Manto Superior e Manto Inferior. Situa-se logo abaixo da Crosta e estende-se até quase a metade do raio da Terra. A parte rígida que inclui crosta e o manto é denominada de litosfera, enquanto a parte dúctil, astenosfera. Litosfera: É uma placa com espessura que varia de 100 km abaixo dos oceanos a 400 km debaixo dos continentes. A litosfera é a responsável pelos processos da Tectônica de Placas e p ela ocorrência dos terremotos Astenosfera: É também chamada de zona de fraqueza ou de baixa velocidade pela simples razão do decréscimo da velocidade de propagação das ondas S. A astenosfera, que se estende entre 100 e 350 km de profundidade, apresenta variações físicas e químicas. Tectônia Global: Esse conceito explica que a crosta terrestre, mais precisamente a litosfera - que engloba toda a Crosta e a parte superior do Manto, até cerca de 400 km de profundidade e está quebrada em um determinado número de placas rígidas. Estas placas se deslocam com movimentos horizontais. As movimentações ocorrem porque a Litosfera, praticamente “flutua” sobre o material mais quente e denso e parcialmente fundido, existente no topo da Astenosfera. Cadeias meso-oceânicas é um gigantesco sistema de montanhas submarinas que dividem a crosta dos oceanos simetricamente. É um local onde o material da astenosfera ascende para superfície, provocando a distensão e o fraturamento da litosfera oceânica. A cadeia meso-oceânica é o limite entre as placas tectônicas divergentes e é uma zona de elevado fluxo térmico (vulcanismo). É nos limites entre as placas que se encontra a mais intensa atividade geológica do planeta – vulcões ativos, falhas e abalos sísmicos frequentes. Há três tipos de limites entre as placas litósféricas: Limites divergentes: ocorrem nas cadeias meso-oceânicas onde tesões tracionais afastam uma placa litosférica da outra, com intrusão do magma derivado da astenosfera entre elas, que se transforma em uma nova crosta oceânica ao consolidar-se. Limites convergentes: ocorrem onde as placas litosféricas colidem frontalmente. Geralmente a placa de maior densidades mergulha sob a outra, entra em fusão parcial e gera grande volume de magma e lava, como por exemplo, na margem pacífica da América do Sul, entre as placas de Nazca e Sul-americana. No movimento de placas convergentes ocorre a zona de subducção, a placa que mergulha está sujeita a elevadas temperaturas e pressões. As rochas fundem, e o material formado (magma) ascende até a uma zona onde se acumula - câmara magmática. Eventualmente depois sobe até à superfície e dá origem a um vulcão. Limites conservativos: marcam o contato entre placas de densidades semelhantes que colidem obliquamente de modo que elas deslizam lateralmente entre si ao longo de falhas transformantes sem destruição das placas ou geração de crosta nova. Princípio da Isostasia: O iceberg e o navio flutuam porque o volume submerso é mais leve que o volume de água deslocado. De igual forma, o volume relativamente leve da Crosta Continental, projetado no Manto, permite a“flutuação” da montanha . Dinâmica Externa: Hidrosfera - Camada descontínua de água que, nos estados líquidos e sólidos, recobre a superfície da crosta em bacias e cadeias oceânicas, constitui geleiras e montanhas, além de lagos, rios e preenche fendas e poros dos solos e das rochas Atmosfera – A Terra acha-se envolvida por uma camada contínua de gases e vapor de água, a atmosfera, tem 95% de sua massa na Troposfera. Troposfera - É na Troposfera que se realizam os processos atmosféricos mais importantes para a dinâmica externa. Biosfera - é a parte da Terra onde desenvolve a vida. Compreende os cerca de 5 Km inferiores da troposfera, a hidrosfera até grandes profundidades oceânicas. Ela é o palco dos processos de dinâmica externa Intemperismo - Processo ou conjunto de processos combinados químicos, físicos e/ou biológicos de desintegração e/ou degradação e decomposição de rochas causados por agentes geológicos diversos junto à superfície da crosta terrestre. Erosão: É representado pelo desgaste das rochas, acompanhado pelo transporte mecânico e químico dos seus produtos. Pelos rios, chuvas, gelo, mar e vento INTER- RELAÇÕES: A atuação dos agentes de erosão variou no decorrer da história do planeta. As grandes bacias sedimentares, ilustram as transformações ambientais realizadas pelas manifestações da dinâmica externa. As causas desta transformações são: -variações climática; -movimentos tectônicos; -deslocamento das placas litosféricas; -soerguimento das grandes cadeias de montanhas O Homem como Agente Geológico: O homem evoluiu deixando de ser coletor de alimentos para se desenvolver como produtor, tornando-se o mais novo agente modificador do ambiente A partir do século XVI, houve uma explosão populacional em especial no últimos 100 anos. Exercendo uma forte pressão sobre o meio ambiente. Mineral: Substancia solida inorgânica e homogênea, que possui composição química definida e estruturada atômica característica. Estes se formam por cristalização a partir de líquidos magmáticos ou soluções termais. TIPOS: Armofos que tem forma própria por não apresentarem estrutura interna definida. Não-Amorfos, como os cristais, que são corpos com geométricas limitadas por faces arranjadas de maneira regular. ELEMENTOS: Nativos (formado por um só elemento ouro, cobre, enxofre). Isoforme (estrutura cristalina semelhante e composição química distinta, dois átomos). EIXOS CRISTALÓGRAFICOS: são elementos de referência utilizados na descrição do cristal.Com base nos elementos de simetria, os cristais foram reunidos em grupos denominados sistemas cristalinos HABITO: é a forma externa do mineral Habito Características Acicular Mineral em cristais delgados, semelhantes a agulhas Colunar Mineral em indivíduos grossos, semelhantes a colunas Lamelar Mineral achatado, em lamelas sobrepostas Laminado Mineral em finas lâminas achatadas Foliáceo Mineral que se separa facilmente em lâminas ou folhas Fibroso Agregado subparalelo de cristais finos e fibrosos Granular Mineral em forma de agregado de grãos Maciço Mineral compacto de forma irregular Terroso Mineral com aspecto de massa de barro seco Prismático Mineral na forma de prisma Propriedades Clivagem: Quando minerais são submetidos a um forte impacto por um martelo, estes se rompem. Certos minerais se rompem sempre ao longo de determinadas superfícies planas paralelas. Tal tipo é denominado de clivagem. Tipos de clivagem: perfeita, boa, regular, indistinta. Dureza: A dureza no sentido mineralógico corresponde a um parâmetro de resistência mecânica da superfície dos minerais. A dureza do mineral é definida através de ensaios de risco entre dois minerais, isto é, quando a superfície de um mineral é riscada por um outro mineral ou não. Fratura: Existem minerais que se rompem na direção não sendo paralela aos planos do cristal. O plano de rompimento deste tipo não é reto. Tal modo é denominado de fratura. Podem ser irregulares ou cochoidais (em forma de concha). Tenacidade: Resistência que os minerais oferecem à flexão, ao esmagamento, ao corte, etc. Os minerais do grupo das micas são flexíveis e elásticos. O quartzo, os feldspatos e a calcita são quebradiços. O talco, o gipso e a serpentina são sécteis (fácil de cortar). Densidade: Exprime a relação entre o peso e o volume ocupado por um mineral em comparação com a água destilada. Brilho: Refere-se ao modo como o mineral reflete a luz e é geralmente dividido em brilho metálico e não metálico. Entre os tipos de brilho não metálico, é usual distinguir alguns característicos, como o vítreo, o gorduroso e o sedoso. Cor: A cor dos minerais, sobretudo os que têm brilho metálico, é um importante meio para identificação. Em muitos casos, a cor é relacionada com a composição química do mineral. Traço: A cor de traço aparece quando o mineral a ser examinado é esfregado sobre uma superfície bruta (não polida) de uma placa de porcelana, cuja dureza está entre 6 e 7. Desta forma, é aplicável apenas para minerais de baixa dureza. Magnetismo: Os minerais que contêm o elemento ferro são afetados pelo campo magnético. Os diamagnéticos são repelidos e os paramagnéticos são atraídos pelo imã. Rochas: Rocha é um corpo sólido natural, resultante de um processo geológico determinado, formada por agregados de um ou mais minerais, arranjados segundo as condições de temperatura e pressão existentes durante a sua formação. Feições Macroscópicas Estruturas – são as feições resultantes de processos geológicos (falhamentos, dobramentos, intrusões ígneas). Descontinuidade – são falhas, juntas, fraturas, fissuras, etc. Cor – serve para qualificar o corpo rochoso em conjunto com os demais aspectos aqui mostrados. Feições Microscópicas Minerais secundários – estes minerais subsidiam a determinação da estabilidade física e química da rocha. Minerais deletérios – podem ser prejudiciais quando utilizados como agregado para o concreto. Textura– é o arranjo microscópico dos minerais. Granulometria – refere-se ao tamanho dos grãos. Microestruturas – são estruturas de dimensões microscópicas (microfraturas, microfissuras, microfalhas, microdobras e outras) que são determinantes para maior ou menor resistência mecânicas das rochas Principais minerais formadores de rochas Na formação dos minerais três fatores são importantes: pressão, temperatura e disponibilidade de material químico. Durante o processo de diferenciação geoquímica da Terra, que resultou na formação da sua parte sólida mais externa, dez elementos ali se concentraram. Destes elementos, o oxigênio (46,6%) e o silício (28,2%) são os mais comuns nos minerais formadores de rocha. Os demais são AL (8,2%), Fe (5,6%), Ca (4,2%) e outros. Silicatos: São minerais que contém o radical SiO em sua estrutura. Principais formadores de rochas são: quartzo, feldspatos, micas, piroxênios e anfibólio. Não Silicatos: Os minerais não silicatos abrangem os grupos dos elementos nativos, sulfetos, óxidos e hidróxidos, carbonatos, haloides e sulfatos. Elementos Nativos: Compreende qualquer elemento na sua forma simples (não –combinada). São alguns deles o ouro, a prata, o cobre, platina, ferro, diamante, grafita entre outros. Sulfetos: Principais minerais: Galena, Esfarelita, Calcopirita, Estanita, Pirrotita, Nicolita, Covelita, Estilbita, Pirita, Molibdenita e a Bornita Óxidos e Hidróxidos: Dentro da classe dos óxidos estão os principais minérios de ferro (hematita e magnesita), de estanho (cassiterita) e de alumínio (bauxita). Halóides: A classe química dos halóides caracteriza-se pela predominância dos íons halogênicos. Principais minerais. Halita, Silvita, Fluorita e Carnalita. Carbonatos: São os minerais que contém o íon carbonato em suas estruturas. Ocorrem em rochas sedimentares (calcário) e metamórficas (mármores). Principais minerais: Calcita, Dolomita, Magnesita. Rochas Ígneas As rochas ígneas ou magmáticas, são formadas pela solidificação de um magma, que corresponde ao material subterrâneo de composição silicática em fusão devido à alta temperatura. Magma: Os magmas apresentam altas temperaturas, da ordem de 700º a 1400º C e são constituídos por: 1. uma parte líquida, representada pelo material rochoso fundido; 2. uma parte sólida, que corresponde a minerais já cristalizados e a eventuais fragmentos de rocha (xenólitos) transportados em meio à porção líquida; 3. uma parte gasosa, constituída por voláteis dissolvidos na parte líquida, predominantemente H 0 e CO . 2 2 Temperatura e a Viscosidade: Magmas basálticos são mais quentes, com temperaturas de 1000º a 1400º C e têm viscosidade menor. Já os magmas graníticos são significativamente mais viscosos e apresentam temperaturas da ordem de 700 a 800º C. A viscosidade de um magma silicático é a propriedade de uma substância oferecer resistência ao fluxo, a qual está diretamente relacionada com a sua composição e temperatura Temperatura alta: magma menos viscoso Temperatura baixa: magma mais viscoso Teor sílica alto: magma mais viscoso (maior rede de tetraedros de sílica) Teor sílica baixo: magma menos viscoso (menor polimerização de tetraedros de sílica) Composição: É controlada pelos elementos químicos ocorrentes em determinado magma: i.Magma basáltico (básico, pobre em sílica); ii. Magma andesítico (intermediário); iii. Magma riolítico (ácido, rico em sílica). Constituição dos Magmas: A variação composicional dos magmas, assim como das rochas ígneas, é descrita principalmente pelo seu teor de sílica, que indica o percentual em peso de SiO 2. A composição do magma depende de basicamente três fatores: i. da constituição da rocha geradora; ii. das condições em que ocorreu a fusão dessa rocha e da taxa de fusão correspondente; iii. da história evolutiva desse magma, desde seu local de origem até seu sítio de consolidação Magmas diversos são produzidos em função da área fonte, contudo a profundidade em que ocorre a fusão da rocha também é importante. Magmas basálticos pela fusão dos peridotitos mantélicos, rochas formadas principalmente por olivina e piroxênios (minerais ferro-magnesianos), principalmente nas regiões abaixo das dorsais meso-oceânicas. Já os magmas graníticos estão associados à fusão de partes profundas da crosta continental, enriquecida em sílica em relação à crosta oceânica. Magmas andesíticos são característicos dos arcos de ilha ou de cadeias de montanhas de margens continentais convergentes. Rochas Ígneas e suas Características Quanto ao modo de ocorrência ou posicionamento de ocorrência, as rochas magmáticas podem ser classificadas em: i. Intrusivas ou plutônicas (formadas em grande profundidade): são halocristalinas, de textura fanerítica grossa, devido ao resfriamento lento; são aquelas originadas pela solidificação de uma lava vulcânica no interior da crosta.Ex: gabro, granito. ii. Extrusivas ou vulcânicas: são resultantes da solidificação de uma lava na superfície, tendem a ser vítreas ou afaníticas, devido ao resfriamento rápido. Ex: basalto, riolito: ii. Composição química das rochas Um dos parâmetros químicos mais importantes é o teor de sílica. Segundo esse parâmetro as rochas podem ser: i. Ácidas SiO2 > 65%; ii. Intermediárias 52% < SiO2 < 65%; iii. Básicas 45% < SiO2 < 52%; iii. Ultrabásicas SiO2 < 45%. Quanto a Cristalinidade Grau de cristalização: refere-se à proporção entre a parte cristalizada e a parte vítrea ou amorfa da rocha. De acordo com essa proporção é classificado pelas seguintes texturas: i. ii. iii. Holocristalina (Cristalina): a maior parte dos minerais é formada inteiramente por cristais, forma-se em condições de resfriamento lento. Ex: granito; Hipocristalina (Vítreo-cristalina): quando parte dos minerais é formada por cristais imersos em matriz vítrea, forma-se em condições de resfriamento rápido, mas não repentino. Ex: basalto,andesito, riolito; iii. Holohialina (Vítrea): constituída inteiramente por vidro, formada em regime de resfriamento brusco. Ex: obsidiana. Quanto à forma dos minerais É considerada sob dois aspectos e está relacionada a ordem de cristalização: Quanto à presença ou não de faces planas nos minerais: i. Idiomórficos ou euédricos: apresentam todas as faces planas; ii. Hipidiomórficos ou subédricos: minerais com algumas faces planas; iii. Xenomórfos ou anédricos: minerais com faces irregulares b) Quanto as três dimensões no espaço: Equidimensionais, tabulares ou lamelares, prismáticos. Quanto ao Tamanho dos Minerais i. Afanítica (vítrea ou mocrocristalina): quando a maior % dos minerais é invisível a olho nu. Ex: basalto, riolito, andesito. ii. Fanerítica: quando a totalidade dos minerais é visível a olho nu. Ex: granito, gabro, sienito. Quanto a Granulação: GRANULAÇÃO TAMANHO(mm) Muito Grossa > 60 Grossa 2 – 60 Média 0,06 – 2 Fina 0,002- 0,06 Muito fina < 0,002 Tipo de estrutura São as descontinuidades apresentadas pelas rochas e todas as modalidades de variações texturais em escala geológica de corpos rochosos. i. ii. Maciça: quando a rocha não apresenta vazios na amostra. Ex: granito ii. Vesicular: quando a rocha apresenta vazios na amostra. Ex: basalto. iii. iii. Amigdaloidal: quando a rocha apresenta vazios preenchidos parcialmente por minerais secundários. Ex: Dacito Índice de cor Diz respeito à proporção entre minerais máficos e félsico. i. Félsicas minerais escuros (M) < 30%; ii. Intermediária 30% < minerais escuros (M) < 60%; iii. Máficas 60% < minerais escuros (M) < 90%; iv. Ultramáficas minerais escuros (M) > 90%. Formação da rochas plutônicas O grandes volumes de magma cristalizam nas profundezas da crosta, gerando corpos intrusivos de tamanhos e formas diferentes. Esses corpos só podem ser vistos hoje, milhões de anos depois de terem se consolidado, graças ao soerguimento e erosão de vários quilômetros de crosta. Corpos intrusivos menores i. diques são formados quando o magma invade as rochas encaixantes através de fraturas ou falhas, e apresentam uma atitude vertical ou cortam as estruturas dessas rochas, sendo portanto denominados corpos discordantes; ii. sills são corpos intrusivos tabulares, que se alojam com atitude horizontal a sub-horizontal, paralelamente à estratificação quando as rochas encaixantes forem sedimentares, pelo qual são chamados de corpos concordantes; iii. lacólitos são corpos ígneos intrusivos, com a forma de um cogumelo, são formas subconcordantes. O lacólito arqueia as camadas de rocha sobrejacentes para obter espaço para seu alojamento; iv. Necks vulcânicos são corpos intrusivos discordantes formados pela consolidação do magma dentro de chaminés vulcânicas. Após a erosão do cone vulcânico, principalmente daquele constituído por material piroclástico, mais suscetível à erosão, sobressai na topografia a antiga chaminé, que serviu de alimentador de magma para o vulcão. v. Stock são os corpos ígneos plutônicos de menor dimensão e possuem uma forma irregular, são corpos intrusivos discordantes, que cortam as estruturas das rochas encaixantes. Corpos intrusivos maiores i. Batólitos são os corpos ígneos plutônicos de maior dimensão e possuem uma forma irregular, são corpos intrusivos discordantes, que cortam as estruturas das rochas encaixantes. Características das rochas ígneas PLUTONICAS ROCHA Granito Maciça ESTRUTURA Diorito Maciça Granular fina a grossa Cinza escura Sienito/ Nefelina Maciça Granular fina a grossa Rosa a marrom avermelhada Gabro/ Maciça Granular fina Cinza - escura a grossa preta Granular fina a grossa Preta esverdeada VULCÂNICAS diabásio TEXTURA Granular fina a grossa Peridotito Piroxenito Maciça ROCHA Riólito Andesito ESTRUTURA Maciça/vesicular amigdaloidal Maciça TEXTURA Granular a microcristalina Granular a microcristalina Traquito Maciça Granular a microcristalina Grossa Granular a microcristalina/ vítrea Fonólito Basalto Maciça/vesicular amigdaloidal COR Cinza a rosa avermelhada COR Cinza a rosada Cinza escura/ marromesverdeada Cinza a verdeescura Cinza escura Cinza escura a preta Rochas Sedimentares As rochas sedimentares são resultantes dos restos e detritos de outras rochas Intemperismo: altera constantemente rochas ígneas e metamórficas: o material resultante sofre transporte pela água, gravidade, vento e gelo depositando-se como um sedimento Sedimentos: em sua maioria são sólidos, mas podem ocorrer precipitados químicos onde microorganismos podem atuar.Um simples depósito não é uma rocha sedimentar. -Deve haver a compactação ou cimentação do material inconsolidado para que se transforme em rocha. Milhões de toneladas de sedimentos são carregados aos lagos e oceanos diariamente. -Durante o transporte, sedimentos de tamanhos variados tendem a se separar:cascalho, areia, silte, argila e material em suspensão. -Esses materiais apresentam pequenas frações dos outros: cascalho com areia; areia com silte ou argila, etc. -Durante o transporte, sedimentos de tamanhos variados tendem a se separar:cascalho, areia, silte, argila e material em suspensão. -Esses materiais apresentam pequenas frações dos outros: cascalho com areia; areia com silte ou argila, etc. -O processo de sedimentação começa pelo material mais pesado (cascalho) e vai até o mais leve (fino). -O processo não é ordenado (desuniforme) e as camadas formadas podem se alternar: areias com argilas, siltes com calcários, etc. - Essa alternância de materiais é chamada de acamamento ou estratificação. -Quando esses depósitos sedimentares são recobertos por espessas camadas de outras rochas (geralmente sedimentares) ocorre um processo de consolidação por pressão. -Muitas vezes, é possível que soluções penetrem no sedimento causando um processo de cimentação -Assim, as argilas formam rochas chamadas argilitos, os siltes, os siltitos, as areias, os arenitos e os cascalhos, os conglomerados. -Cerca de 70% da terra é recoberta por material sedimentar. -Normalmente, as rochas sedimentares ficam dispostas horizontalmente como foram formadas. -Entretanto, camadas inclinadas podem ocorrer devido a fenômenos de dobramentos resultantes de choques tectônicos. As rochas sedimentares constituem importantes recursos econômicos, podendo ser citados os calcários e dolomitos, matérias primas para várias finalidades industriais; areia, vidro; carvão, etc. São conhecidas, em Geologia de Engenharia, como rochas brandas, pois em geral apresentam baixas resistência mecânica e, muitas vezes são friáveis, devido à menor coesão dos minerais constituintes. Origem Ocorrem basicamente 5 processos: 1. Alteração ou intemperismo de rochas pré-existentes ígneas ou metamórficas (processo de preparação para a erosão) 2. Erosão ou retirada do material fragmentado por gravidade, água, vento ou gelo. 3. Transporte do material erodido por gravidade, água, vento ou gelo. O transporte segue a erosão sem haver separação nítida entre eles 4. Deposição: cessar do agente de transporte (gelo) ou diminuição de sua velocidade (água, vento). A deposição sempre ocorre em depressões ou regiões planas. 5. Litificação: compactação ou sobreadensamento seguido de cimentação das partículas transformando o material incoerente em rocha. Rochas sedimentares são formadas na parte externa da crosta acima das ígneas e metamórficas que formam o substrato crustal. Ao conjunto de transformações que o depósito sedimentar sofre após sua deposição, em resposta a estas novas condições dá-se o nome de diagêneses. Diagêneses Ao conjunto de transformações que o depósito sedimentar sofre após sua deposição, em resposta a estas novas condições dá-se o nome de diagêneses. Processos diagêneses Os processos mais conhecidos que levam à litificação de sedimentos são: Compactação Dissolução Cimentação Recristalização diagenética Compactação A Compactação diagenética pode apresentar-se sob dois aspectos: o químico e o mecânico. A compactação química engloba a dissolução de minerais sob pressão. Já a compactação mecânica não engloba processos químicos, mas sim aspectos físicos, como mudança no empacotamento intergranular e a deformação ou quebra de grãos individuais. O acúmulo de grãos rígidos aproximadamente esféricos, como resultado de processos deposicionais com baixa energia de impacto produz um empacotamento aberto, segundo arranjos próximos a cubos. Sob o efeito de compactação por soterramento, ocorre um empacotamento fechado de geometria romboédrica, como se comprimíssemos uma pilha de bolinhas de gude. Dissolução A dissolução diagenética tem como fator principal o efeito ou não de pressão. Se houver ausência de pressão, ocorre somente a percolação de fluidos no material depositado, podendo ocorrer reações químicas entre a solução e os minerais depositados. Quando ocorre dissolução sob pressão, também chamada de compactação química, podem ocorrer vários tipos de feições, as quais dependem da escala do material analisado. Em escala granulométrica, conforme aumenta o grau de soterramento, os grãos passam (figura 2) a ter contatos pontuais(1º figura do lado esquerdo), planares, côncavo-convexos e suturados. Cimentação Trata-se da cristalização de minerais formados a partir dos íons dissolvidos em solução na água intersticial. Ocorre em conjunto com a dissolução diagenética. Os tipos mais comuns de cimentos em rochas sedimentares são os compostos por minerais como quartzo, calcita, pirita e argilominerais. Rescritalização diagenetica Neste processo, sob condições de soterramento, ocorrem mudanças na mineralogia e na textura cristalina do material sedimentar. Dois exemplos são comuns O primeiro é a transformação de aragonita em calcita, dois polimorfos (mesma composição química com estrutura variável), compostos por carbonato de cálcio, porém de estruturas cristalinas distintas. Neste caso, também chamado de neomorfismo (nova forma), há mudanças apenas no retículo cristalino, sendo mantida a composição original. O segundo é a mudança na composição química, denominada substituição, na qual ocorre a transformação do carbonato (calcita ou aragonita) por sílica. Componentes de rochas sedimentares Os processos diagenéticos modificam a textura e mineralogia dos grãos, alteram a forma e a taxa de porosidade e criam novos componentes mineralógicos sob a forma de cimentos. Desse modo, uma rocha ou depósito sedimentar pode ser divido em dois grupos de componentes: os que já existiam na deposição e os surgidos durante a diagênese. Chamaremos os primeiros de deposicionais (primários) e os últimos de diagenéticos (secundários). Componentes deposicionais Desse modo, uma rocha ou depósito sedimentar pode ser divido em dois grupos de componentes: os que já existiam na deposição e os surgidos durante a diagênese. Chamaremos os primeiros de deposicionais (primários) e os últimos de diagenéticos (secundários). O material clástico mais fino compõe a matriz no arenito, a matriz seria os grãos menores ou silte. A porosidade referese ao volume, à geometria e a distribuição de poros que o agregado sedimentar tinha no momento de deposição . Classificação das rochas sedimentares Clásticas ou detrícas : de origem mecânica. São formadas de partículas minerais derivadas de intemperismo/erosão de rochas pré-existentes, ex. arenitos Não Clásticas: são geradas pela litificação de partículas precipitadas de origem química inorgânica ou orgânica. Clásticas Resultantes do acúmulo de detritos sólidos de outras rochas.Incluem cascalhos soltos, areias e lodo argiloso assim como conglomerados, arenitos e folhelhos.Podem ser classificados em função de sua granulometria (Tabela seguinte). Nome Fragmento do Diâmetro (mm) Matacão > 200 Calhau 60 a 200 Pedregulho 2 a 60 Areia 0,06 a 2 Silte 0,004 a 0,06 Argila < 0,004 Classificação Baseia-se na granulometria dos sedimentos Ruditos(Psefitos) Rochas nas quais predominam grãos com diâmetro > 2.0mm. Arenitos (Psamitos ) Rochas nas quais predominam grãos com diâmetro entre 2.0 e 0.05mm. Lamitos (Pelitos) Rochas nas quais predominam grãos menores que 0.05mm, formadas por silte e argila. Ruditos (Psefitos ) Conglomerado: Rocha formada por fragmentos arredondados (seixos /cascalhos – quando soltos e não cimentados) com diâmetro acima de 2.0 mm ligados por um cimento qualquer (sílica,óxidos, argila, carbonato); Brecha Sedimentar: Rocha formada por fragmentos angulares com tamanho acima de 2.0 mm ligados por um cimento qualquer. Arenitos (Psamitos ) Arenito: Apresenta diversas cores, sendo as mais comuns: cinza, amarela ou vermelha, apresenta mais de 80% de quartzo; sedimento consolidado de areia, ligado por um cimento qualquer. As estratificações dos arenitos são causada por: mudança de cor, granulometria, etc.; Arenitos (Psamitos ) Arcósio: Arenito com mais de 20% de feldspato, proveniente da desagregação de granitos. Lutitos (Pelitos ) Siltito: Formado pela consolidação de siltes; Cor cinza, amarela ou vermelha; Granulometria fina, as vezes se pode perceber grãos individualizados com auxílio de lupa; Áspero ao tato e entre os dentes; e na análise da mineralogia, costumam predominar os grãos de quartzo. Lutitos (Pelitos ) Argilito: Cor cinza até preta, amarela, verde ou avermelhada; Granulometria finíssima (argila), de poucos mícrons; Caulim = argila branca - usada na fabricação de papel; Folhelho: argila consolidada formando estratos finos e paralelos esfolheáveis, apresenta cor preta. Sedimentos não Clásticos a)Derivados indiretamente da decomposição, solução e redeposição de outras rochas. b)Provenientes da precipitação em que intervém agentes químicos ou seres vivos. c)São mais difíceis de se classificar do que os sedimentos clásticos. Classificação Maneira simplificada de classificação é baseada na base de sua composição química ou mineralógica: a)Calcário ou carbonatos (mais comuns são os carbonatos de cálcio e magnésio). c)Fosfáticos: compostos de fosforita. d)Silicosos: diatomitas, geiseritas, etc e)Carbonosas – turfa, linhito, carvão. Cor Variam de cor conforme sua composição Podem ser: Brancas (quartzo puro, caolinitas, calcita ou outros minerais claros) - Verdes (silicatos ferruginosos) Vermelhas (hematita). - Amarelas ou castanho: (limonitas) Pretas (ricas em matéria orgânica ou minerais pretos como a ilmenita, fragmentos de rochas pretas ou sulfeto de ferro). - A cor depende de fatores como pureza, graus de oxidação de compostos ferruginosos, teor em matéria orgânica, etc. Rocha sedimentares mais comum Conglomerados: constituídas por cascalhos cimentados entre si por material ferruginoso ou sílica amorfa ou quer outro aglutinante. O cascalho é geralmente de quartzo. Brechas: similares ao conglomerado mas com fragmentos angulosos. Formadas nos sopés de morros. São Tálus cimentados. Arenitos: areias cimentadas formando uma rocha dura. O cimento poderá se de óxido de ferro, sílica, carbonato, etc. Os grãos de areias poderão ser arredondados, angulosos, etc. Arcósio: é um arenito composto por quartzo e feldspato endurecido por cimentação. Folhelho: rocha composta principalmente de argila densamente compactada ou cimentada. São finamente estratificados e quando expostos à superfície do terreno fragmentam-se de modo lamelar em plaquetas. Calcários: os sedimentos não clásticos mais abundantes são os calcários compostos por CaCO 3(carbonato de cálcio) provenientes de conchas ou esqueletos. Existem também calcários com origem em precipitação química. Carvão: formado em regiões alagadiças em clima quente. As camadas de carvão podem atingir dezenas de metros sua origem liga-se a: acúmulo e decomposição parcial de vegetais em regiões alagadiças soterramento por outros sedimentos.