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Prefeitura Municipal de Serranópolis do Iguaçu
Secretaria Municipal de Saúde
CADERNO TEÓRICO SOBRE DENGUE
Serranópolis do Iguaçu
2014
DENGUE
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da
família Flaviridae e é transmitida, no Brasil, através do mosquito Aedes aegypti,
também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos
principais problemas de saúde pública de todo o mundo.Em todo o mundo,
existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui
quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A dengue é conhecida no
Brasil desde os tempos de colônia, o mosquito Aedes aegypti tem origem
africana, ele chegou ao Brasil junto com os navios negreiros, depois de uma
longa viagem de seus ovos dentro dos depósitos de água das embarcações. O
primeiro caso da doença foi registrado em 1685, em Recife (PE). Em 1692, a
dengue provocou 2 mil mortes em Salvador (BA), reaparecendo em novo surto
em 1792. Em 1846, o mosquito Aedes aegypti tornou-se conhecido quando
uma epidemia de dengue atingiu o Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Em
1903, Oswaldo Cruz, então Diretor Geral da Saúde Pública, implantou um
programa de combate ao mosquito que alcançou seu auge em 1909. Em 1957,
anunciou-se que a doença estava erradicada do Brasil, embora os casos
continuassem ocorrendo até 1982, quando houve uma epidemia em Roraima.
A partir de 1995, a dengue passou a ser registrada em todas as regiões do
país. Em 1998 ocorreram 570.148 casos de dengue no Brasil; em 1999 foram
registrados 204.210 e, em 2000, até a primeira semana de março, 6.104.Em
2006, o número de casos de dengue voltou a crescer no país. Segundo dados
do Ministério da Saúde, entre janeiro e setembro de 2006 foram registrados
279.241 casos de dengue o equivalente a 1 caso (não fatal) para cada 30 km ²
do território desse país. Um crescimento de 26,3% em relação ao mesmo
período em 2005. A região com maior incidência foi a Sudeste. Já em 2008, a
doença volta com força total, principalmente no Rio de Janeiro, onde foram
registrados quase 250 mil casos da doença e 174 mortes em todo o Estado (e
outras 150 em investigação), sendo 100 mortes e 125 mil casos somente na
cidade do Rio de Janeiro. Nos últimos anos, outros estados do Brasil também
registraram uma epidemia de dengue. Atualmente, a dengue hemorrágica está
entre as dez principais causas de hospitalização e morte de crianças em países
da Ásia tropical.
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TIPOS DE DENGUE
Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus
causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
No Brasil, já foram encontrados dengue tipo 1, 2, 3 e 4. O vírus tipo 4 não era
registrado no País há 28 anos, mas em 2010 foi notificado em alguns estados,
como o Amazonas e Roraima. A dengue tipo 4 apresenta risco a pessoas já
contaminadas com os vírus 1, 2 ou 3, que são vulneráveis à manifestação
alternativa da doença. Complicações podem levar pessoas infectadas ao
desenvolvimento de dengue hemorrágica.
A dengue pode se apresentar, clinicamente, de quatro formas diferentes:
Infecção Inaparente, Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e
Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue Clássica
e a Febre Hemorrágica da Dengue.
Infecção Inaparente
A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma
da dengue. A grande maioria das infecções da dengue não apresenta
sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou
duas ficam doentes.
Dengue Clássica
A Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e semelhante à
gripe. Geralmente dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39°
a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações,
indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal
(principalmente em crianças), entre outros sintomas. Os sintomas da dengue
clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar
sentindo cansaço e indisposição.
Dengue Hemorrágica
A Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por
alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se
assemelha a Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução
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da doença, surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos
vasos na pele e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode provocar
hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas. Na
Dengue Hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam a pressão
arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença
não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
Síndrome de Choque da Dengue
Esta é a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma
grande queda ou ausência de pressão arterial. A pessoa acometida pela
doença apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda
de consciência. Neste tipo de apresentação da doença, há registros de várias
complicações, como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios,
insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural. Entre as
principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio, sonolência,
depressão,
coma,
irritabilidade
extrema,
psicose,
demência,
amnésia,
paralisias e sinais de meningite. Se a doença não for tratada com rapidez, pode
levar à morte.
O MOSQUITO
A dengue é transmitida para o homem através da picada do mosquito
Aedes aegypti (aedes do grego “odioso” e aegypti do latim “do Egipto”). Mais
conhecido como mosquito da dengue, ele pertence a uma espécie de mosquito
da família Culicidae proveniente de África e que já pode ser encontrado por
quase todo o mundo, com mais ocorrências nas regiões tropicais e
subtropicais, sendo dependente da concentração humana no local para se
estabelecer. O mosquito da dengue (Aedes aegypti) é o vetor de doenças
graves, como dengue e febre amarela, e por isso o controle de sua reprodução
é considerado assunto de saúde pública. O Aedes aegypti é um mosquito que
se encontra ativo e pica durante o dia, ao contrário do Anopheles, vetor da
malária, que tem atividade crepuscular (durante o amanhecer ou anoitecer)
tendo como vítima preferencial o homem. O mosquito da dengue tem cerca de
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0,5 cm de comprimento, é preto com pequenos riscos brancos no dorso, na
cabeça e nas pernas e suas asas são translúcidas. De difícil controle, já que
seus ovos são muito resistentes e sobrevivem vários meses até que a chegada
de água propicia a incubação, o mosquito da dengue deposita seus ovos em
diversos locais e rapidamente se transformam em larvas, que dão origem às
pupas, das quais surge o adulto. Assim como na maioria dos demais
mosquitos, somente as fêmeas se alimentam de sangue para a maturação de
seus ovos; os machos se alimentam apenas substâncias vegetais e
açucaradas.
Os ovos dos mosquitos são depositados normalmente em áreas
urbanas, em locais com pequenas quantidades de água limpa, sem a presença
de matéria orgânica em decomposição e sais. Em função disso, a água é
ácida. Normalmente, eles escolhem locais que estejam sombreados e em
zonas residenciais. Por isso, é importante não deixar objetos com água parada
dentro de casa ou no quintal. Sem este ambiente favorável, o aedes aegypti
não consegue se reproduzir.
A dengue é transmitida pela fêmea do Aedes Aegypti. Seu ciclo de
reprodução do ovo-ovo é de 10 dias. Quando o mosquito nasce, ela passa por
quatro estágios de crescimento, que podem durar oito dias no total. Depois ela
se transforma em pupa, estágio que dura, aproximadamente, dois dias. Depois
de sair da pupa, o mosquito adulto já pode se reproduzir e botar ovos, quando
o ciclo se reinicia.
O mosquito da dengue (Aedes aegypti) é menor que os mosquitos
comuns, tem, em média, 0,5 cm de comprimento. Ele é preto com pequenos
riscos brancos no dorso, na cabeça e nas pernas. Suas asas são translúcidas e
o ruído que produzem é praticamente inaudível ao ser humano. O macho
alimenta-se de frutas ou outros vegetais adocicados. Já as fêmeas se
alimentam de sangue animal, principalmente humano. É no momento que está
retirando o sangue que a fêmea contaminada transmite o vírus da dengue para
o ser humano. Na picada, ela aplica uma substância anestésica, fazendo com
que não haja dor na picada. As fêmeas costumam picar o ser humano no
começo da manhã ou no final da tarde. Picam nas regiões dos pés, tornozelos
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e pernas. Isto ocorre, pois costumam voar a uma altura máxima de meio metro
do solo.
SINTOMAS
O vírus da dengue pode se apresentar de quatro formas diferentes, que
vai desde a forma inaparente, em que apesar da pessoa está com a doença
não há sintomas, até quadros de hemorragia, que podem levar o doente ao
choque e ao óbito.
Há suspeita de dengue em casos de doença febril aguda com duração
de até 7 dias e que se apresente acompanhada de pelo menos dois dos
seguintes sintomas: dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares,
dores nas juntas, vermelhidão no corpo.
Infecção inaparente
A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma
da dengue.
Dengue Clássica
Geralmente, os sintomas da dengue iniciam de uma hora para outra e
dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de
cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos,
vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em
crianças), entre outros sintomas. Os sintomas da Dengue Clássica duram até
uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e
indisposição.
Dengue Hemorrágica
A febre alta é um dos primeiros sintomas da dengue. Inicialmente os
sintomas da dengue hemorrágica se assemelha à dengue clássica, mas, após
o terceiro ou quarto dia de evolução da doença, surgem hemorragias em
virtude do sangramento de pequenos vasos na pelo e nos órgãos internos. A
dengue hemorrágica pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias,
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gastrointestinais ou uterinas. Na dengue hemorrágica, assim que os sintomas
de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura,
queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
Síndrome de Choque da Dengue
A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase
imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência. Neste tipo de
apresentação da doença, há registros de várias complicações, como alterações
neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia
digestiva e derrame pleural. Entre as principais manifestações neurológicas,
destacam-se: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema,
psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite. Se a doença não
for tratada com rapidez, pode levar à morte. É importante destacar que a
dengue é uma doença dinâmica, que pode evoluir rapidamente de forma mais
branda para uma mais grave. É preciso ficar atento aos sintomas que podem
indicar uma apresentação mais séria da doença.
PREVENÇÃO
A ação mais simples para prevenção da dengue é evitar o nascimento
do mosquito, já que não existem vacinas ou medicamentos que combatam a
contaminação. Para isso, é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para
a reprodução. A regra básica é não deixar a água, principalmente limpa, parada
em qualquer tipo de recipiente. Como a proliferação do mosquito da dengue é
rápida, além das iniciativas governamentais, é importantíssimo que a
população também colabore para interromper o ciclo de transmissão e
contaminação. Para se ter uma idéia, em 45 dias de vida, um único mosquito
pode contaminar até 300 pessoas.
Ciclo de Transmissão da Dengue
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Então, a dica é manter recipientes, como caixas d’água, barris, tambores
tanques e cisternas, devidamente fechados. E não deixar água parada em
locais como: vidros, potes, pratos e vasos de plantas ou flores, garrafas, latas,
pneus, panelas, calhas de telhados, bandejas, bacias, drenos de escoamento,
canaletas, blocos de cimento, vasos de cemitério, folhas de plantas, tocos e
bambus, buracos de árvores, além de outros locais em que a água da chuva é
coletada ou armazenada. É bom lembrar que o ovo do mosquito da dengue
pode sobreviver até 450 dias, mesmo se o local onde foi depositado o ovo
estiver seco. Caso a área receba água novamente, o ovo ficará ativo e pode
atingir a fase adulta em um espaço de tempo entre 2 e 3 dias. Por isso é
importante eliminar água e lavar os recipientes com água e sabão.
Ações simples para combater a proliferação do mosquito da dengue
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TRANSMISSÃO
A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti
ou Aedes albopictus (ambos da família dos pernilongos) infectados com o vírus
transmissor da doença. A transmissão nos mosquitos ocorre quando ele suga o
sangue de uma pessoa já infectada com o vírus da dengue. Após um período
de incubação, que inicia logo depois do contato do pernilongo com o vírus e
dura entre 8 e 12 dias, o mosquito está apto a transmitir a doença. Nos seres
humanos, o vírus permanece em incubação durante um período que pode
durar de 3 a 15 dias. Só após esta etapa, é que os sintomas da dengue podem
ser percebidos. É importante destacar que não há transmissão através do
contato direto de um doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia. O
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vírus também não é transmitido através da água ou alimento. Lembrete: Quem
estiver com dengue deve se prevenir de picadas do mosquito Aedes aegypti
para evitar a transmissão da doença para o mosquito. Assim, é possível cortar
mais uma cadeia de transmissão do vírus. Portanto, quem estiver com dengue
deve usar repelentes, mosquiteiros e/ou outras formas de evitar a picada do
mosquito da dengue.
TRATAMENTO
O tratamento da dengue requer bastante repouso e a ingestão de muito
líquido, como água, sucos naturais ou chá. No tratamento, também são usados
medicamentos anti-térmicos que devem ser recomendados por um médico. É
importante destacar que a pessoa com dengue NÃO pode tomar remédios à
base de ácido acetil salicílico, como AAS, Melhoral, Doril, Sonrisal, AlkaSeltzer, Engov, Cibalena, Doloxene e Buferin. Como eles têm um efeito
anticoagulante, podem promover sangramentos. O doente começa a sentir a
melhora cerca de quatro dias após o início dos sintomas da dengue, que
podem permanecer por 10 dias. É preciso hidratar o paciente com sintomas da
dengue. É preciso ficar alerta para os quadros mais graves da doença. Se
aparecerem sintomas, como dores abdominais fortes e contínuas, vômitos
persistentes, tonturas ao levantar, alterações na pressão arterial, fígado e baço
dolorosos, vômitos hemorrágicos ou presença de sangue nas fezes,
extremidades das mãos e dos pés frias e azuladas, pulso rápido e fino,
diminuição súbita da temperatura do corpo, agitação, fraqueza e desconforto
respiratório, o doente deve ser levado imediatamente ao médico. Em caso de
suspeita de dengue, procure a ajuda de médico. Este profissional irá orientá-lo
a tomar as providências necessárias do seu caso.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da dengue é realizado com base na história clínica do
doente, exames de sangue, que indicam a gravidade da doença, e exames
específicos para isolamento do vírus em culturas ou anticorpos específicos.
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Para comprovar a infecção com o vírus da dengue, é necessário fazer a
sorologia, que é um exame que detecta a presença de anticorpos contra o vírus
do dengue. A doença é detectada a partir do quinto dia de infecção.
Inicialmente, é feito um o diagnóstico clínico para descartar outras doenças.
Após esta etapa, são realizados alguns exames, como hematócrito e contagem
de plaquetas. Estes testes não comprovam o diagnóstico da dengue, já que
ambos podem ser alterados por causa de outras infecções.
Dengue Hemorrágica
Há três exames que podem ser utilizados identificar a dengue
hemorrágica: a prova do laço, a contagem das plaquetas e a contagem dos
glóbulos vermelhos. A prova do laço é um exame de consultório, com uma
borrachinha o médico prende a circulação do braço e vê se há pontos
vermelhos sob a pele, que indicariam a doença. Os outros testes são feitos por
meio de uma amostra de sangue em laboratório. Lembrete: A dengue
hemorrágica deve ser diagnóstica rapidamente, pois se a doença não for
tratada com rapidez, pode levar à morte.
Perguntas frequentes sobre a dengue
1. A picada do mosquito é a única forma de transmissão da dengue?
Sim, a dengue não é transmitida por pessoas, objetos ou outros animais.
2. Qual é o principal mosquito transmissor da dengue?
É o mosquito Aedes aegypti.
3. É verdade que somente a fêmea do mosquito pica as pessoas?
Sim, pois é a fêmea que necessita do sangue em seu organismo para
amadurecer seus ovos e assim dar seqüência no seu ciclo de vida.
4. Como a pessoa reconhece o mosquito Aedes aegypti?
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O Aedes é parecido com o pernilongo comum, e pode ser identificado por
algumas características que o diferencia como: corpo escuro e rajado de
branco e possui hábito de picar durante o dia.
5. De onde veio o mosquito Aedes aegypti?
É originário da África Tropical característico de países com clima tropical e
úmido, introduzido nas Américas durante a colonização. Atualmente encontrase amplamente disseminado nas Américas, Austrália, Ásia e África.
6. Qualquer inseticida mata o mosquito da Dengue?
Sim, porém a aplicação dos inseticidas atua somente sobre a forma adulta do
mosquito, surtindo efeito momentâneo com poder residual de pouca duração.
7. Uma pessoa infectada pode passar a doença para outra?
Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções
para pessoas sadias. A pessoa também não se contamina por meio de fontes
de água, alimento, ou uso de objetos pessoais do doente de dengue.
8. É possível distinguir a picada do Aedes aegypti com a de um mosquito
comum?
Não. A sensação de eventual coceira ou incômodo é semelhante à picada de
qualquer outro mosquito.
9. Algum outro mosquito é capaz de transmitir a doença?
Sim, o mosquito Aedes albopictus, que também pode ser encontrado em áreas
urbanas, também pode transmitir a dengue.
10. Todo Aedes transmite a dengue?
Não, apenas os infectados. O mosquito só transmite a doença se tiver
contraído o vírus.
11. Todo mundo que é picado pelo mosquito Aedes aegypti fica doente?
É preciso que o mosquito esteja infectado com o vírus de Dengue. Além disso,
muitas pessoas picadas pelo mosquito Aedes aegypti infectado não
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apresentam sintomas. Outras apresentam sintomas brandos que podem passar
despercebidos ou confundidos com gripe, existindo ainda, aquelas que são
acometidas de forma acentuada, com sintomatologia exacerbada.
12. Por que foi possível fazer uma vacina para febre amarela e não está
sendo possível fazer uma vacina contra dengue?
No caso da Febre Amarela só existe um tipo de vírus. Na dengue, são
conhecidos quatro variedades de vírus – chamados den1, den2, den3, e den4.
Os quatro tipos já foram registrados no Brasil. A rigor, uma vacina para um tipo
não dará imunização para outro.
Sintomas
1. Quais são os principais sintomas da dengue?
Febre alta, dor de cabeça, principalmente na região ocular, dores nas
articulações, músculos e muito cansaço. Também é comum náuseas, falta de
apetite, dor abdominal, podendo até ocorrer diarréia e vermelhidão na pele.
2. Em quanto tempo os sintomas aparecem?
De três a quinze dias após a picada do mosquito infectado.
3. A pessoa pode estar com a doença e apresentar apenas alguns dos
sintomas? Não ter febre, por exemplo?
Sim. A intensidade dos sintomas varia muito de pessoa para pessoa.
4. A pessoa pode confundir a dengue com uma gripe forte? Como saber a
diferença?
Sim. A melhor forma de se ter certeza é procurando um médico e
eventualmente realizando exames.
5. Quem teve Dengue fica com alguma complicação?
Não. A recuperação costuma ser total. É comum que ocorra durante alguns
dias uma sensação de cansaço, que desaparece completamente com o tempo.
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Tratamento
1. A partir de que momento deve-se procurar um médico?
A partir dos primeiros sintomas.
2. Qual é o tratamento para a doença?
A pessoa doente deve repousar e ingerir bastante líquido (água, sucos naturais
ou chá), evitando qualquer tipo de refrigerante ou suco artificial. Antitérmicos e
analgésicos que contém em sua fórmula, ácido acetilsalicílico, como a aspirina,
devem ser evitados.
3. Por que não se deve tomar medicamentos a base de ácido
acetilsalicílico como “Aspirina, Melhoral, AAS”?
Porque estes medicamentos tem efeitos anticoagulantes e podem causar
sangramentos.
4. Qual é o tempo de cura para dengue?
A febre costuma durar de três a oito dias e pode causar pequenas bolhas
vermelhas em algumas regiões do corpo, como pés, pernas e axilas. Na
maioria das vezes, o doente demora uma semana para ficar bom. Porém, o
cansaço e a falta de apetite podem demorar até quinze dias para sumir. A
recuperação costuma ser total.
5. Há cuidados especiais com bebês e crianças pequenas?
Nas crianças pequenas a doença assemelha-se mais a uma infecção viral
inespecífica, sendo que os sintomas mais freqüentes são: febre, vômito e nas
que já falam, a dor abdominal. A prostração é menos intensa. Deve-se procurar
um médico logo que aparecerem os primeiros sintomas.
6. Quem já teve dengue uma vez pode ser contaminado novamente ou fica
imune?
Estudos indicam que uma pessoa doente de dengue fica imune para sempre,
com relação ao sorotipo que determinou a infecção, além do que, por um
período de alguns meses, ela fica protegida para qualquer dos sorotipos de
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dengue. Passado este tempo, se ela se contaminar por outro tipo de vírus
diferente daquele que se contaminou antes poderá ter comprometimento do
quadro clínico e desencadear a dengue hemorrágica.
Dengue Hemorrágica
1. Qual é a diferença entre a dengue clássica e a hemorrágica?
A clássica é mais branda do que a hemorrágica, que pode até causar a morte
do doente.
2. As pessoas que já tiveram dengue uma vez podem desenvolver o tipo
hemorrágico?
Sim. Qualquer um dos 4 sorotipos da dengue pode causar dengue
hemorrágica. A probabilidade de manifestações hemorrágicas é menor em
pessoas infectada pela primeira vez, portanto pessoas que contraem dengue
mais de uma vez apresentam maior chance de complicações do quadro clínico,
incluindo manifestações hemorrágicas.
3. Por que ela é mais perigosa?
Porque, como o próprio nome diz, causa hemorragia e pode levar à morte.
4. Que tipo de exame identifica a dengue hemorrágica?
Há três exames que podem ser utilizados: a prova do laço, a contagem das
plaquetas e a contagem dos glóbulos vermelhos. A prova do laço é um exame
de consultório, com uma borrachinha o médico prende a circulação do braço e
vê se há pontos vermelhos sob a pele, que indicariam a doença. Os outros
testes são feitos por meio de uma amostra de sangue em laboratório.
5. Quais são os sintomas da versão hemorrágica?
A dengue hemorrágica se manifesta de três a cinco dias depois da clássica. A
febre reaparece após ter cessado, causando suor, deixando a pele
esbranquiçada e as extremidades frias. É comum dor de garganta, queda de
pressão, dores no estômago e abaixo das costelas. As hemorragias ocorrem
em pequena quantidade. Quando a doença fica ainda mais grave o fígado fica
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mole e doloroso. As cólicas abdominais e a hemorragia aumentam, atingindo o
tubo digestivo e os pulmões.
6. Qual é o tratamento?
Neste caso, a recomendação é aplicação de soro e plasma. Em certos casos
há a necessidade de transfusão de sangue.
7. O mesmo mosquito que transmite dengue clássica pode transmitir a
hemorrágica?
Sim.
8. Qual a taxa de mortos entre os contaminados?
De acordo com as estatísticas a chance de morte no caso da primeira
manifestação da dengue clássica é zero. Na dengue hemorrágica a taxa é de
aproximadamente 3%.
Precauções com o mosquito
1. O mosquito infectado pode picar e mesmo assim não transmitir a
doença?
Sim, de 20% a 50% das pessoas não desenvolvem a doença.
2. Por que algumas pessoas são picadas, mas não ficam doentes?
Por características do sistema imunológico de cada um.
3. É verdade que o mosquito não pica à noite?
A fêmea do Aedes tem hábitos diurnos, não costuma picar à noite.
4. Que outros hábitos o Aedes tem?
O mosquito fica onde o homem estiver, e prefere picá-lo a qualquer outra
espécie e também gosta de água acumulada para colocar seus ovos.
5. É verdade que o mosquito se reproduz mais rápido no calor? Por quê?
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Sim. No calor, o período reprodutivo do mosquito fica mais curto e ele se
reproduz com maior velocidade. Isto explica o aumento de casos de dengue no
verão.
6. Por que só a fêmea do Aedes aegypti pica?
As fêmeas picam depois do acasalamento porque necessitam do sangue que
contem proteínas necessárias para que os ovos se desenvolvam.
7. Quanto tempo vive o Aedes?
A fêmea do Aedes vive cerca de 30 a 45 dias e, nesse período, pode
contaminar até 300 pessoas.
8. Quantos ovos um mosquito coloca durante sua vida?
Até 450. Descobriu-se que existe a transmissão transovariana, ou seja, que a
fêmea, se estiver contaminada, inocula o vírus nos ovos e os mosquitos já
nascem com ele. Isso multiplica as chances de propagação.
9. Por que a água acumulada é tão perigosa?
Porque a fêmea deposita seus ovos em locais com água acumulada.
10. Água de piscinas é uma ameaça?
Não se estiver recebendo o tratamento adequado com aplicação de cloro em
quantidade correta. Caso contrário será um criadouro de mosquitos.
11. Adianta só tirar a água dos pratinhos que ficam sob os vasos?
Não. Os ovos ficam aderidos às laterais internas dos pratos ou ainda nas
laterais externas dos vasos. O ideal é optar por pratos que fiquem bem justos
ao vaso e lavá-los com água e sabão, utilizando uma bucha para retirada de
possíveis ovos.
12. Ovos ressecados do Aedes também são perigosos?
Sim. Mesmo ressecados, os ovos são perigosos. Eles sobrevivem até 1 (um)
ano sem água e, se neste período entrar em contato com água, o ciclo
evolutivo recomeça.
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12. O repelente funciona? Quantas vezes deve ser aplicado por dia?
Os repelentes possuem ação limitada e não eliminam o mosquito, apenas o
mantém distante.
13. O uso de inseticida contra o Aedes pode torná-lo imune ao produto
químico utilizado?
Sim, pode.
14. Velas e incensos ajudam a espantar o Aedes?
Velas de citronela ou andiroba têm efeito paliativo. Isto porque o raio de
alcance e a duração são restritos.
15. A solução de água sanitária com água limpa nas plantas é eficiente?
Não, é necessário substituir bromélias e outras plantas que acumulem água por
aquelas que não acumulem água em suas folhas.
16. Aplicar borra de café na água das plantas e sobre a terra ajuda a
combater o Aedes?
A eficácia da borra de café na dosagem de duas colheres de sopa para meio
copo de água não foi comprovada e a sua utilização não simplifica os cuidados
atualmente recomendados que são: a eliminação dos pratos ou a utilização de
pratos justos aos vasos, a colocação de areia até as bordas dos pratos ou
eliminar a água e lavar os pratos com bucha e sabão semanalmente.
17. Mosquitos podem ser transportados em carros, aviões ou navios?
Sim, desde que haja condições adequadas no meio de transporte.
18. Quanto tempo eles sobreviveriam numa viagem dessas?
Cerca de 10 ou 12 horas nas condições ideais.
19. Qual é a autonomia de vôo do mosquito?
O Aedes costuma circular num raio de 50 a 100 metros de distância do local de
nascimento.
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20. A borrifação de inseticidas mata os ovos ou apenas os mosquitos
adultos?
Apenas os mosquitos adultos. Por isso, a borrifação de inseticidas só é eficaz
no caso de surtos ou epidemias. Para matar os mosquitos é preciso acabar
com os ovos. Caso contrário, outros mosquitos nascerão.
21. Quais são as condições ideais para o mosquito procriar e agir?
A temperatura que o mosquito gosta é de 26 a 28 graus. Qualquer temperatura
inferior a 18 graus o torna inoperante. Com 42 graus, ele morre.
22. Como a pessoa infectada transmite o vírus para o mosquito?
Durante seis dias ela pode transmitir o vírus para o mosquito. Um dia antes de
começar a sentir os sintomas e nos cinco primeiros dias de sintoma. Depois
disso, não infecta mais o mosquito.
Fonte:
Ministério da Saúde
CIVES: Centro de Informação dos viajantes – UFRJ
Manual OPAS 1978 – Informe Oficial
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